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Carmen Nunes
5/F/Acção 83
«Aveiro, 2012»
Avaliação de Riscos num Posto de Trabalho Dotado de Visor
na Mário António & Lopes, Lda.
Carmen Nunes
«Aveiro, 2012»
Avaliação de Riscos Num Posto de Trabalho Dotado de Visor
na Mário António & Lopes, Lda.
Curso Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho
Preâmbulo
O presente documento, representa o relatório de estágio como parte integrante do Curso de Técnico Superior de
Segurança e Higiene no Trabalho, Nível VI, homologado pela Autoridade para as Condições de Trabalho,
realizado na entidade Conclusão - Estudos e Formação, Lda., Ação número 83, tendo tido inicio em Outubro de
2011 com término em Junho de 2012.
Este documento reúne todas as informações e indicações relevantes em matéria de segurança e Higiene do
Trabalho que se mostrem necessárias para reduzir o risco de ocorrência de acidentes de trabalho e de doenças
profissionais, bem como o levantamento dos riscos num posto de trabalho dotado de visor, por forma a
preverem-se medidas de prevenção destinadas a minimizar o factor risco, e de proteção de vidas.
Este relatório deve ser evolutivo bem como objecto de permanente atualização.
A Mário António & Lopes, Lda. felizmente é uma empresa que apresenta boas condições de trabalho, contando
com uma estrutura de recursos humanos muito consciencializada e muito direcionada para a vertente “trabalho
seguro”.
Com a execução deste relatório poderemos identificar aspectos a melhorar, aumentando a qualidade de vida dos
trabalhadores, permitindo a consolidação e o aprofundar de todos os conhecimentos adquiridos ao longo de todo
o curso.
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Avaliação de Riscos Num Posto de Trabalho Dotado de Visor
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I. ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO 1
2. OBJETIVOS/ÂMBITO 4
3. ENQUADRAMENTO TEÓRICO 5
4. ENQUADRAMENTO LEGAL 30
5. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA 32
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8. CONCLUSÃO 78
9. BIBLIOGRAFIA 82
Figura 2: Denominador Comum dos Elementos que caracterizam a Ergonomia (Faria, 2009) 10
Figura 4: Condições de Trabalho. Condições Inerentes à sociedade Global em que a situação de trabalho
se insere 12
Figura 6: Grandes Categorias de Variáveis a ter em conta na análise de uma situação de trabalho. 13
Figura 8: Trabalho tipo introdução de Dados e correta disposição do Ecrã, Teclado e Documento 22
Figura 10: Enquadramento conceptual dos mecanismos fisiológicos e dos factores de risco que
potencialmente contribuem para as LMERT 26
Figura 11: Localização de algumas Lesões Músculo – Esqueléticas Relacionadas com o Trabalho 28
Figura 12: Posturas adotadas em PTDV. Patologias associadas às más posturas e Postura
correta a adotar 29
Figura 15: Posto de Trabalho Dotado de Visor sobre o qual incidirá a Avaliação 36
Figura 16: Área útil de trabalho (área 1- zona principal de trabalho; área 2 - zona de trabalho secundário
e área 3 - zona de referência) 40
Figura 17: Cadeira ergonómica, adaptada aos Postos de Trabalho Dotados de Visor 41
Figura 22: Teclado, rato e apoio de pulso, adequados a um Posto de Trabalho dotado de Visor 49
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Figura 23: Correta disposição do visor de acordo com as fontes luminosas existentes. 50
Figura 37: Análise dos ângulos posturais, adotados pela colaboradora, durante a execução
das suas tarefas 72
Figura 38: identificação do esforço muscular associado à postura de trabalho adoptada e às forças
exercidas na realização de atividades estáticas ou repetitivas através do método RULA, no software
Ergolandia 3.0. 75
Figura 39: identificação do esforço muscular associado à postura de trabalho adoptada e às forças
exercidas na realização de atividades estáticas ou repetitivas através do método RULA, no software
Ergolandia 3.0. (Continuação) 76
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V. Notações
ACT – Autoridade para as Condições de Trabalho
Art.º - Artigo
DL – Decreto-Lei
EDV – Equipamentos Dotados de Visor
FAM – Ficha de Aptidão Médica
ISO – Organização Internacional para a Padronização
LER – Lesões por esforços repetitivos
LME – Lesões Músculo Esqueléticas
LMERT – Lesões Músculo Esqueléticas Relacionadas com o Trabalho
N/A – Não Aplicável
NC – Não Conformidades
OCRA –Occupational Repetitive Action
OIT – Organização Internacional do Trabalho
OSHAS – Occupational Safety & Health Administration
OWAS – Ovako Working Analysis System
PT – Posto de Trabalho
PTDV – Posto de Trabalho Dotado de Visor
REBA – Rapid Entire Body Assessment
RULA – Rapid Upper Limb Assesment
SHT – Segurança e Higiene do Trabalho
SI – Sistema Informático
TSSHT – Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho
VI. Glossário
Acidente de Trabalho
Acidente que se verifique no local e no tempo de trabalho e produza direta ou indiretamente lesão corporal,
perturbação funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de trabalho ou de ganho ou a morte.
Considera-se também acidente de trabalho o ocorrido:
a) No trajeto de ida e de regresso para e do local de trabalho:
Entre a sua residência habitual ou ocasional, desde a porta de acesso para as áreas comuns do edifício ou para
a via pública, até às instalações que constituem o seu local de trabalho;
Entre qualquer dos locais referidos na alínea precedente e o local do pagamento da retribuição, enquanto o
trabalhador aí permanecer para tal efeito e o local onde ao trabalhador deva ser prestada qualquer forma de
assistência ou tratamento por virtude de anterior acidente e enquanto aí permanecer para esses fins.
Entre o local de trabalho e o local da refeição;
Entre o local onde por determinação da entidade empregadora presta qualquer serviço relacionado com o seu
trabalho e as instalações que constituem o seu local de trabalho habitual.
b) Na execução de serviços espontaneamente prestados e de que possa resultar proveito económico para a
entidade empregadora;
c) No local de trabalho, quando no exercício do direito de reunião ou de atividade de representante dos
trabalhadores, nos termos da lei;
d) No local de trabalho, quando em frequência de curso de formação profissional ou, fora do local de trabalho,
quando exista autorização expressa da entidade empregadora para tal frequência;
e) Em atividade de procura de emprego durante o crédito de horas para tal concedido por lei aos trabalhadores
com processo de cessação de contrato de trabalho em curso;
f) Fora do local ou do tempo de trabalho, quando verificado na execução de serviços determinados pela entidade
empregadora ou por esta consentidos (Lei n.º 98/2009, de 4 de Setembro).
Ambiente de Trabalho
Conjunto de elementos físicos, químicos e biológicos que envolvem o Homem, no seu posto de trabalho (Não
incluem os factores sociais) (Glossário – Centro de Informação: ACT – Autoridade Competente para as
Condições de Trabalho, http://www.act.gov.pt/(pt-PT)/CentroInformacao/Glossario/Paginas/default.aspx, 15 de
Maio de 2012 às 10h23min).
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Análise de Riscos
Utilização sistemática da informação disponível para identificar os perigos e estimar os riscos profissionais
((Glossário – Centro de Informação: ACT – Autoridade Competente para as Condições de Trabalho,
http://www.act.gov.pt/(pt-PT)/CentroInformacao/Glossario/Paginas/default.aspx, 15 de Maio de 2012 às
10h25min).
Avaliação de Riscos
Processo de identificar, estimar (quantitativa ou qualitativamente) e valorar os riscos para a saúde e segurança
dos trabalhadores. Este processo visa obter a informação necessária à tomada de decisão relativa ações
preventivas a adoptar (Glossário – Centro de Informação: ACT – Autoridade Competente para as Condições de
Trabalho, http://www.act.gov.pt/(pt-PT)/CentroInformacao/Glossario/Paginas/default.aspx, 15 de Maio de 2012 às
10h27min).
Carga de Trabalho
Sugere a ideia de um fardo imposto a alguém. Tratando-se da carga de trabalho, o conceito envolve a carga
imposta (solicitações, exigências, constrangimentos), assim como as suas repercussões sobre o comportamento
e as funções do operador em atividade. O conceito de carga de trabalho pode ser utilizado referindo-se
exclusivamente à tarefa ou simultaneamente à tarefa e ao envolvimento físico e social, constituindo, assim, a
carga global de trabalho (Sanders, 1989).
Checklist
Lista para verificação de atendimento de ações e critérios pré-estabelecidos (Ramalho, 2009).
Controlo de Riscos
Processo que envolve a adopção de medidas técnicas, organizativas, de formação, de informação e outras,
tendo em vista a redução dos riscos profissionais e avaliação dessas medidas (Glossário – Centro de
Informação: ACT – Autoridade Competente para as Condições de Trabalho, http://www.act.gov.pt/(pt-
PT)/CentroInformacao/Glossario/Paginas/default.aspx, 15 de Maio de 2012 às 10h30min).
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Doença profissional
Doença incluída na Lista das Doenças Profissionais de que esteja afectado um trabalhador que tenha estado
exposto ao respectivo risco pela natureza da atividade ou condições, ambiente e técnicas do trabalho habitual. E
ainda, para efeitos de reparação, a lesão corporal, perturbação funcional ou doença não incluída na Lista, desde
que se prove ser consequência necessária e direta da atividade exercida e não represente normal desgaste do
organismo.
Equipamento de Trabalho
máquina, aparelho, ferramenta ou instalação utilizados no trabalho (Decreto - Lei n.º 50/2005, de 25 de
Fevereiro).
Ergonomia
Ciência que tem como objectivo a compreensão das interações entre o Homem e os outros elementos de um
sistema de trabalho. É a disciplina científica relacionada com a compreensão das interações entre os seres
humanos e os outros elementos de um sistema, e a profissão que aplica os princípios teóricos, dados e métodos
pertinentes para conceber com vista a optimizar o bem-estar humano e o desempenho global do sistema
(Andrade, 2011).
Higiene do Trabalho
Conjunto de metodologias não médicas necessárias à prevenção das doenças profissionais, tendo como
principal campo de ação o controlo da exposição aos agentes físicos, químicos e biológicos presentes nos
componentes materiais do trabalho. Esta abordagem assenta fundamentalmente em técnicas e medidas que
incidem sobre o ambiente de trabalho (Glossário – Centro de Informação: ACT – Autoridade Competente para as
Condições de Trabalho, http://www.act.gov.pt/(pt-PT)/CentroInformacao/Glossario/Paginas/default.aspx, 15 de
Maio de 2012 às 10h52min).
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Local de Trabalho
Todo o local em que o trabalhador se encontra, ou donde ou para onde deve dirigir-se em virtude do seu
trabalho, e em que esteja, direta ou indiretamente, sujeito ao controlo do empregador (Lei n.º 102/2009, de 10 de
Setembro).
Plano de evacuação
Estudo das condições de segurança de um edifício relativamente os riscos graves (incêndio, explosão, fuga de
gás, etc.), estabelecendo os caminhos de saída mais rápidos e seguros, bem como a sinalização e coordenação
destas ações (Rodrigues, 2006).
Posto de Trabalho
Sistema constituído por um conjunto de recursos humanos, físicos, tecnológicos e organizacionais que, no seio
de uma organização de trabalho, visa a realização de uma tarefa ou atividade (Rodrigues, 2006).
Prevenção
Ação de evitar ou diminuir os riscos profissionais através de um conjunto de disposições ou medidas que devam
ser tomadas em todas as fases da atividade da empresa.
Rato Ergonómico
São equipamentos que permitem um menor cansaço das mãos e do pulso, devido à sua forma anatómica
permitindo um confortável posicionamento da mão (Andrade, 2011).
Perigo
Entende-se perigo como uma “fonte, situação, ou ato com potencial para o dano em termos de lesão ou afecção
da saúde, ou uma combinação destes”. Remete para algo com potencial para causar dano, poendo esse
potencial de perigo ser quantificado. Um perigo não conduz necessariamente a danos, mas a existência de um
perigo significa a possibilidade de ocorrerem danos (Carneiro, 2011).
Risco
O risco em contexto laboral pode ser interpretado como a combinação da probabilidade de ocorrência de um
acontecimento perigoso ou exposição a um factor de risco com a severidade da lesão ou doença que pode ser
causada pelo acontecimento ou exposição (Carneiro, 2011).
Segurança do Trabalho
Conjunto de metodologias adequadas à prevenção de acidentes de trabalho, tendo como principal campo de
ação o reconhecimento e o controlo dos riscos associados aos componentes materiais do trabalho (Glossário –
Centro de Informação: ACT – Autoridade Competente para as Condições de Trabalho, http://www.act.gov.pt/(pt-
PT)/CentroInformacao/Glossario/Paginas/default.aspx, 15 de Maio de 2012 às 11h00min).
Teclado Ergonómico
Está dividido em duas partes, a esquerda e a direita que, facilita a escrita. Também tem umas patilhas na parte
posterior que permite colocar o teclado mais alto ou mais baixo, finalmente possui uma zona onde é possível
apoiar os pulsos para um maior conforto (Andrade, 2011).
Trabalhador
Pessoa singular que, mediante retribuição, se obriga a prestar serviço a um empregador e, bem assim, o
tirocinante, o estagiário e o aprendiz que estejam na dependência económica do empregador em razão dos
meios de trabalho e do resultado da sua atividade (Lei n.º 102/2009, de 10 de Setembro).
Visor
Um ecrã alfanumérico ou gráfico, seja qual for o processo de representação visual utilizado (Andrade, 2011).
Zona de Referência
Fora do alcance do braço. Zona para os itens menos utilizados (Andrade, 2011).
1. Introdução
Nas últimas décadas, a evolução do trabalho é caracterizada por uma forte evolução tecnológica que tem
conduzido a profundas alterações das condições de trabalho e, consequentemente, das suas exigências.
Estas alterações, associadas à natureza do trabalho, podem ser responsáveis por problemas diversos, cujas
repercussões tanto se fazem sentir sobre o indivíduo (na sua vida profissional e social), como no próprio sistema
produtivo.
Atualmente a Segurança e Higiene do Trabalho é um direito que assiste a todos e é um factor determinante para
que se criassem leis e meios para que as empresas estabelecessem os seus serviços de SHT de acordo com as
suas características.
Em 1989 foi publicada pela Comissão Europeia a Diretiva 89/391/CEE, de 12 de Junho - designada
comummente por Diretiva Quadro -, a qual teve por objecto a execução de medidas destinadas a promover no
espaço europeu a melhoria da segurança e saúde dos trabalhadores (www.act.gov.pt/(PT-
PT)/CENTROINFORMACAO/PRINCIPIOSGERAISPREVENCAO/Paginas/default.aspx, a 25 de Maio de 2012 às
17h31).
Esta Diretiva atribui às entidades empregadoras nove princípios relativos à prevenção dos riscos profissionais e
à proteção da segurança e da saúde, à eliminação dos factores de risco e de acidente, à informação, à consulta,
à participação, de acordo com as legislações e/ou práticas nacionais, à formação dos trabalhadores e seus
representantes, assim como linhas mestras a observar com vista à sua aplicação no terreno.
Esta Diretiva foi transposta para o direito interno português através do Decreto-Lei n.º 441/91, de 14 de
Novembro, alterado posteriormente pelo Decreto-Lei n.º 133/99, de 21 de Abril (www.act.gov.pt/(PT-
PT)/CENTROINFORMACAO/PRINCIPIOSGERAISPREVENCAO/Paginas/default.aspx, a 25 de Maio de 2012 às
17h31).
Atualmente os Princípios Gerais da Prevenção, são assumidos pela Lei nº 102/2009, de 10 de Setembro, que
revoga os diplomas atrás referidos.
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A integração da Avaliação de Riscos na Prevenção é uma medida nacional coerente, quando falamos de
segurança e higiene dos trabalhadores e dos seus ambientes de trabalho. Esta avaliação tem por objectivo a
prevenção dos acidentes de trabalho e dos perigos para a saúde e integridade dos trabalhadores, através da
identificação e posterior implementação de medidas que reduzam ao máximo os riscos.
Assim, a Avaliação de Riscos constitui uma etapa chave no processo de prevenção ao permitir conhecer a
existência do risco e a sua natureza, contribuindo com um conjunto de informações muito importantes para o
planeamento das intervenções preventivas adequadas.
Genericamente, pode considerar-se que uma Avaliação de Risco não é mais do que um exame cuidadoso,
realizado nos locais de trabalho, de forma a detectar os componentes, aí existentes, capazes de causar danos
aos trabalhadores expostos, sendo na prática um processo dinâmico que necessita de uma constante
monitorização e acompanhamento, devendo por isso ser realizada periodicamente, para que qualquer alteração,
quer em termos de produto, quer em termos de processo, não desencadeie novas situações de perigo cujos
riscos não sejam minimizados.
No entanto, apesar de todo o desenvolvimento e apreensões crescentes direcionadas para as questões de SHT
e saúde ocupacional, ainda estamos longe de resolver os principais problemas tanto, os tradicionais como os
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resultantes da aplicação das novas tecnologias em prol do desenvolvimento económico das sociedades. Um
bom exemplo destes casos, são os Postos de Trabalho Dotados de Visor, como secretarias, escritórios e
serviços.
A Ergonomia, e a avaliação Ergonómica destes locais de trabalho, torna-se fundamental, na medida em que
procura fundamentalmente a adaptação do trabalho ao trabalhador para lhe proporcionar satisfação e estímulo.
Os problemas com os PTDV obrigam-nos a enfrentar variáveis que não permitem avaliar com precisão o impacto
das novas tecnologias no trabalhador. Como podemos adivinhar, o verdadeiro problema com que se depara o
ergonomista não é só a análise da interação entre múltiplas variáveis, como sejam a humidade relativa do ar, a
inclinação da cabeça, o pó, a irritação ocular, as doenças osteomusculares, ruído, concepção do posto de
trabalho, etc., como também entre outras causas, como sejam a imprecisão com que nos movemos na maioria
das vezes.
O Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho, assume um papel muito importante, tendo como
principal propósito garantir as condições de trabalho apropriadas, propondo-se a combater as doenças
profissionais, identificando as condições inseguras de trabalho que podem afectar a saúde, segurança e bem
estar do trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos profissionais, identificando-os, eliminando as
condições inseguras do espaço e educando os trabalhadores a utilizarem as medidas preventivas que visam um
maior nível de segurança no local de trabalho, nomeadamente a eliminação do risco de acidente, tornando-o
inexistente ou neutralizando-o.
Ao longo deste relatório é desenvolvida uma Avaliação de Riscos num Posto de Trabalho Dotado de Visor, na
empresa Mário António & Lopes, Lda., onde se estudam os eventuais riscos presentes no Posto de Trabalho da
Responsável de Compras e Vendas, avaliados com recurso a diferentes métodos de avaliação de riscos.
Durante enquadramento teórico são apresentados os vários métodos de avaliação de riscos existentes e na
metodologia encontram-se detalhados os métodos escolhidos para a realização desta avaliação.
Para finalizar, encontram-se as propostas para a implementação de possíveis medidas preventivas e corretivas
que conduzam a um reajustamento do posto de trabalho ao colaborador, transformando-o num local mais seguro
e contribuindo para o aumento do bem-estar e da produtividade do trabalhador.
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2. Objetivos/Âmbito
Este relatório foi realizado no âmbito do estágio de final do Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene
do Trabalho, aplicado a um Posto de Trabalho Dotado de Visor da Responsável de Compras e Vendas na
empresa Mário António & Lopes, Lda.
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3. Enquadramento Teórico
3.1. Métodos de Avaliação de Riscos
A análise de riscos deverá ser a primeira abordagem para um problema de segurança do trabalho.
Com a análise de riscos pretende-se fazer o levantamento de todos os factores do sistema de trabalho
Homem/Máquina/Ambiente que podem causar acidentes.
A avaliação de riscos pode ser definida como o conjunto de técnicas e ferramentas usadas para identificar,
estimar, avaliar, monitorizar e administrar acontecimentos que colocam em risco a execução de um projeto
(Carneiro,2011).
A presença humana faz com que dificilmente se possa assumir que os riscos fiquem completa e definitivamente
avaliados, o que faz com que a avaliação dos mesmos seja um processo dinâmico e em evolução constante.
Desta forma, este processo consiste numa análise cuidadosa ao local de trabalho, de forma a identificar os
perigos que possam causar danos aos trabalhadores expostos.
Associado à noção de Avaliação de Risco surgem dois conceitos, já referidos, que importa diferenciar: o perigo
e o risco.
De acordo com a norma NP 4397:2008, a Avaliação de Riscos pode ser encarada como uma ferramenta muito
útil à tomada de decisões, fazendo mesmo parte integral de qualquer sistema de gestão.
Os métodos de análise de riscos podem ser diretos ou indiretos, tal como estão apresentados na Tabela 1.
Estes métodos, uns de carácter indutivo e outros de carácter dedutivo, têm necessariamente aspectos comuns.
De acordo com as suas características próprias, as razões porque foram desenvolvidos, os fins a atingir, os
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meios utilizados, são integrados em diferentes categorias. A título de exemplo, em função da importância relativa
de cada uma das suas componentes de "identificação" e de "quantificação" do risco, é habitual distingui-los
como métodos qualitativos, métodos semi-quantitativos e métodos quantitativos, como representado na Figura 1.
Assim, nas fases de estimativa e valorização podem ser empregues diferentes tipos de métodos (Carneiro,
2011).
- Métodos de Avaliação Qualitativos (MAQl);
- Métodos de Avaliação Quantitativos. (MAQt);
- Métodos de Avaliação Semi-Quantitativos (MASqt).
Árvores
Matriz
Lógicas
Métodos Métodos
Qualitativos Semi -
Quantitativos
Descritivos William Fine
Pontuais Matemáticos
Árvores Lógicas
•De acontecimento
•De falhas/Efeito
Estatisticos •De Causas
Métodos
•De decisões (causa efeito)
Quantitativos •De decições (efeito causa)
A avaliação de riscos tem como principais objectivos quantificar a gravidade (ou seja, a magnitude) que um risco
pode ter na saúde e segurança dos trabalhadores, resultante das circunstâncias em que o perigo ocorra e,
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assim, permitir que o empregador obtenha as informações necessárias para que possa tomar uma decisão
adequada no que toca ao tipo de medidas preventivas a adotar (Carneiro, 2011).
Heinrich defendia a teoria de causalidade (ou teoria do dominó) em que o acidente é um dos cinco factores de
uma sequência que pode resultar num dano ou perda pessoal. Os factores na série de ocorrência do acidente
desenvolvem-se segundo uma determinada ordem (Moreira, 2008/2009):
A chave para a Prevenção de Acidentes é, de acordo com Heinrich, a supressão do factor central, ato
inseguro. Na prática, a eliminação do ato inseguro pode ser conseguida através de uma política de formação (a
longo prazo) ou através do controlo direto da atividade humana e do ambiente (a curto prazo). A teoria da
causalidade de Heinrich é ainda hoje uma referência para a maioria das técnicas de investigação na área dos
acidentes de trabalho. Desta forma, em qualquer técnica de prevenção é fundamental (Moreira, 2008/2009):
- Observar e caracterizar as condições de trabalho;
- Identificar as fontes de perigo;
- Definir as medidas preventivas a adoptar;
- Agir no sentido da rapidez de execução;
- Controlar a eficácia das medidas implementadas.
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Estes métodos quantificam o que pode acontecer e atribuem um valor à probabilidade e à severidade, com
recurso a técnicas sofisticadas de cálculo e a modelos matemáticos. Também aqui se podem distinguir diversos
tipos de análise (Carneiro, 2011).
Baseiam-se num modelo matemático, em que se atribui um valor numérico aos diversos factores que causam ou
agravam o risco, bem como àqueles que aumentam a segurança, permitindo estimar um valor numérico para o
risco efetivo. De entre os métodos ditos quantitativos, podem citar-se:
Métodos estatísticos
– índices de frequência e de gravidade
– índices de fiabilidade
– taxas médias de falha, etc.
Métodos matemáticos
– modelos de falhas
– modelo de difusão de nuvens de gás
Métodos pontuais
– Gretener, Purt, Eric, MESERI, Dow
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financeiro, probabilidade ou frequência do evento pode-se calcular o risco, utilizando 3 critérios: Risco=
Consequência x Frequência x Probabilidade (Brasiliano, 2005).
Não existe uma definição clara de Ergonomia, tendo Maurice de Montmollin, com a publicação em 1967, do livro
“Os sistemas Homens – Máquinas” afirmado não existir uma definição oficial de Ergonomia (Faria, 2009).
No entanto a derivação da palavra Ergonomia – (do grego: ergo - trabalho e nomos – normas, regras, leis) pode
ser definida como a ciência que tem por objectivo a compreensão das interações entre o Homem e os outros
elementos de um sistema de trabalho. É a disciplina científica relacionada com a compreensão das interações
entre os seres humanos e os outros elementos de um sistema, e a profissão que aplica os princípios teóricos,
dados e métodos pertinentes para conceber com vista a optimizar o bem-estar humano e o desempenho global
do sistema (Andrade, 2011).
Esta não é uma definição estática, na medida em que, sendo uma ciência multidisciplinar se vai definindo ao
longo do seu desenvolvimento.
Pode-se dizer portanto que existem várias Ergonomias possíveis, existindo entre elas um denominador comum,
como demonstrado na Figura 2, que torna legitima a utilização do termo Ergonomia no singular, mas com um
grau de liberdade suficiente para que esta designação genérica corresponda a orientações e práticas
profissionais claramente diferenciadas (Faria, 2009).
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Perspectiva de adaptação do
trabalho ao Homem (população
"normal" de trabalhadores
disponiveis) sem prévia selecção
Ergonomia
Figura 2: Denominador Comum dos Elementos que caracterizam a Ergonomia (Faria, 2009).
Em 1º lugar, a utilização (pela Ergonomia) de dados científicos, relativos ao Homem e com origem
multidisciplinar, como principais disciplinas de base científica da Ergonomia, a Antropometria e a Biomecânica, a
Fisiologia e a Psicologia (Faria, 2009).
Em 2º lugar, a aplicação desses dados científicos ao estudo das situações de trabalho (fase de “diagnóstico”,
essencial na metodologia ergonómica) e à subsequente modificação das condições de trabalho (fase
“terapêutica” ou de intervenção ergonómica propriamente dita) (Faria, 2009).
Em 3º lugar e finalmente, a perspectiva de adaptação do trabalho ao Homem (isto é, à população normal dos
trabalhadores disponíveis) sem exigências de um prévio processo de seleção (Faria, 2009).
A “atividade”, ou “trabalho” não é um processo espontâneo, mas sim a resposta a um certo numero de factores
que a determinam e condicionam, figurando três categorias de factores, introduzidas por Jacques Leplat (Faria,
2009):
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A primeira categoria prende-se com as características Individuais dos Trabalhadores (Figura 3):
Caracteristicas "biográficas"
• Sexo; Idade; Nivel de Conhecimentos; Experiencia Profissional;....
Características (Individuais) do(s)
Capacidades de personalidade
• Atitude; Motivação relativamente ao trabalho;...
Leplat, em 1980 designou estas categorias de factores, como Condições de Trabalho Internas”.
A atribuição do estatuto de condições de trabalho às características dos trabalhadores, assume elevada
importância para a Ergonomia, porque (Faria, 2009):
Dá a noção da situação de trabalho da qual o operador humano faz parte integrante;
Obriga, a ter em conta, com toda a dispersão e variabilidade, as características individuais dos
trabalhadores na análise e diagnóstico das situações de trabalho.
A segunda categoria são as condições Sócio – Económicas, Condições de Vida (Extraprofissional) dos
Trabalhadores, (Figura 4):
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Figura 4: Condições de Trabalho. Condições Inerentes à sociedade Global em que a situação de trabalho se insere (Faria,
2009).
E por fim a terceira categoria são as exigências que caracterizam a tarefa profissional de um trabalhador e que
constituem as Condições de trabalho, propriamente ditas, (Figura 5).
Exigências que caracterizam
(definem) a(s) Tarefa(s)
Condições de execução
• Condições ambientais (ruído; iluminação; condições térmicas;...
• Condições técnicas (meios e equipamentos de trabalho; métodos de trabalho;...
• Condições organizacionais (situação do trabalhador na divisão de trabalho;
modalidades de execução individual do trabalho;...
Figura 5: Condições de Trabalho. Exigências que caracterizam (definem) a(s) tarefa(s) (Faria, 2009).
Os Critérios de Estudo adoptados em Ergonomia, também têm de se ter em conta. Em termos muito genéricos,
designa-se por critério uma variável que permite a avaliação de um fenómeno.
No método experimental, a variável critério é sinónimo de variável dependente, ou seja, a que serve para medir
as variações sofridas pelo fenómeno em estudo quando a situação se modifica pela manipulação de certas
variáveis, ditas independentes (Faria, 2009).
Carmen Nunes 12
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Um critério, é sempre um critério de qualquer coisa , permitindo uma avaliação mas em relação a determinado
objectivo concreto. Daí resulta (Faria, 2009):
- a seleção e utilização dos critérios de estudo, sejam inseparáveis dos objectivos que se perseguem
(colocando-se, o problema e a sua pertinência relativamente a esses mesmos objectivos);
- a mesma situação possa ser avaliada através de múltiplos critérios o que, em termos práticos, apenas significa
que ela pode ser analisada de vários objectivos.
Em Ergonomia o objeto de estudo, ou seja, o fenómeno sobre o qual a avaliação vai incidir, é a Situação de
Trabalho (Figura 6), situação complexa, comportando um grande número de variáveis que, no entanto, podem
ser agrupadas em 3 grandes categorias correspondentes a outros tantos níveis de análise:
Condições de Vida
Características Condições de
Objectivos
do Operador Execução
Nível I
TAREFA
Atividade do
Nível II
Operador
Figura 6: Grandes Categorias de Variáveis a ter em conta na análise de uma situação de trabalho
Tendo como objectivo a produção de conhecimentos específicos sobre a atividade do trabalho humano,
fomentar uma atitude preventiva face aos problemas relacionados com posturas de trabalho e levantamento
manual de cargas.
A abordagem ergonómica na análise de postos de trabalho situa-se no domínio dos métodos de análise de um
sistema. O sistema ergonómico é constituído por um conjunto de homens, máquinas e procedimentos
interagindo entre si num determinado ambiente. Tendo como objectivos, a eficiência e a segurança das
combinações Homem-Máquina, Homem-Espaço de trabalho e Homem-Ambiente, juntamente com o conforto e a
satisfação dos indivíduos envolvidos (Faria, 2009).
Carmen Nunes 13
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Para tal, antes de o avaliador se deslocar ao terreno deverá fazer uma Lista de Verificação com base nos
regulamentos e elementos já referenciados, contendo, entre outros, os seguintes aspectos:
Espaço de trabalho, sua conservação, limpeza, higienização, desinfecção e resíduos.
Condições de renovação do ar;
Condições de temperatura, humidade e luminosidade;
Princípios de ergonomia, mesas de trabalho, cadeiras, software;
Equipamentos dotados de visor, visores e teclados;
Condições de iluminação, iluminação de segurança e sinalização de emergência;
Prevenção de incêndios e proteção contra fogo, planos de evacuação e sinalização;
Instalações sanitárias;
Primeiros socorros.
Informação e formação dos trabalhadores;
Carga de trabalho;
Etc..
Um exemplo a seguir seria o do Anexo I, elaborada de acordo com o DL 243/86 de 20 de Agosto e Manual de
Ergonomia de Laura Andrade de 2011.
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Observação
Permite abordar de maneira global a atividade no trabalho. O Ergonomista dirige suas observações e faz uma
filtragem seletiva das informações disponíveis (Andrade, 2011).
Observação assistida
Trata-se de uma ficha de observação, construída a partir de uma primeira fase de observação "aberta".
Permite tratar estatisticamente os dados recolhidos; as frequências de utilização, as transições entre atividades,
a evolução temporal das atividades (Andrade, 2011).
Num segundo passo utilizam-se os meios automáticos de registo áudio e vídeo.
o Direção do olhar
A posição da cabeça e orientação dos olhos do indivíduo permite inferir para onde esse está olhando.
O registo da direção do olhar é amplamente utilizado em Ergonomia para apreciação das fontes de informações
utilizadas pelos operadores. Esta análise pode ser utilizada como indicador da solicitação visual da tarefa
(Andrade, 2011).
o Posturas
As posturas constituem um reflexo de uma série de imposições da atividade a ser realizada. A postura é um
suporte à atividade gestual do trabalho e um suporte às informações obtidas visualmente. Esta é influenciada
pelas características antropométricas do operador e características formais e dimensionais dos postos de
trabalho (Andrade, 2011).
o Estudo de traços
A análise é centralizada no resultado da atividade e não mais na própria atividade. Ela permite confrontar os
resultados técnicos esperados e os resultados reais. O estudo de traços pode ser considerado como
complemento e é usado, com frequência, nas primeiras fases da análise do trabalho. O estudo de traços pode
ser fundamental no quadro metodológico para análise dos erros (Andrade, 2011).
Carmen Nunes 15
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O método de OWAS é um método simples e útil, destinado à análise ergonómica da carga postural. A sua
aplicação proporciona bons resultados, tanto na melhoria da comodidade dos postos, como no aumento da
qualidade da produção (OWAS (Ovako Working Analysis System): ergonautas.com a 1 de Abril de 2012 às
22h35min).
As propostas informáticas para o cálculo da carga postural, baseadas nos fundamentos teóricos do método
OWAS riginal favoreceram a consolidação como “método de carga postural por excelência”. (OWAS (Ovako
Working Analysis System): ergonautas.com a 1 de Abril de 2012 às 22h35min).
O método OWAS baseia os seus resultados na observação das diferentes posturas adoptadas pelo trabalhador
durante o desenvolvimento da sua tarefa, permitindo identificar até 252 posições diferentes como resultado das
possíveis combinações da posição da coluna (4 posições); braços (3 posições); pernas (7 posições) e carga
levantada (3 intervalos) (OWAS (Ovako Working Analysis System): ergonautas.com a 1 de Abril de 2012 às
22h35min).
A primeira parte do método, a do registo de dados e posições pode realizar-se mediante a observação “in situ”
do trabalhador, a análise de fotografias, ou a visualização de vídeos da atividade (OWAS (Ovako Working
Analysis System): ergonautas.com a 1 de Abril de 2012 às 22h35min)..
Uma vez realizada a observação do método são codificadas as posturas. A cada postura se assinala um código
identificativo, isto é, estabelece-se uma relação inequívoca entre a postura e seu código (OWAS (Ovako Working
Analysis System): ergonautas.com a 1 de Abril de 2012 às 22h35min).
Em função do risco ou da incomodidade que representa uma postura para o trabalhador, o método OWAS
distingue quatro níveis ou categorias de risco que enumera em ordem ascendente, sendo, portanto, 1 a de valor
a que representa menor risco e a de valor 4 a de maior risco. Para cada categoria de risco o método
estabelecerá uma proposta de ação, indicando em cada caso a necessidade ou não de alteração da postura e
sua urgência (OWAS (Ovako Working Analysis System): ergonautas.com a 1 de Abril de 2012 às 22h35min).
Carmen Nunes 17
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O método OWAS apresenta uma limitação a assinalar. Este permite a identificação de uma série de posições
básicas de tronco, braços e pernas, que codifica em cada “Código de Postura”, contudo, não permite o estudo
detalhado da gravidade de cada posição (OWAS (Ovako Working Analysis System): ergonautas.com a 1 de Abril
de 2012 às 22h35min).
O método começa com a recompilação das diferentes posturas, observadas, adoptadas pelo trabalhador durante
a realização da tarefa. Quanto maior for o número de posturas observadas menor será a possibilidade de erro
introduzido pelo observador (estima-se que com 100 observações se introduz um erro de 10% entretanto que
para 400 é possível um erro de 5%) (OWAS (Ovako Working Analysis System): ergonautas.com a 1 de Abril de
2012 às 22h35min).
O método permite uma análise em conjunto das posições adoptadas pelos membros superiores do corpo (braço,
antebraço e pulso), do tronco, do pescoço e das pernas. Para além de definir outros factores que considera
determinantes para a valoração final da postura, como a carga ou força efectuada, o tipo de agarre ou o tipo de
atividade muscular desenvolvida pelo trabalhador (REBA (Rapid Entire Body Assessment): ergonautas.com a 1
de Abril de 2012 às 13h30 min).
O REBA avalia tanto posturas estáticas como dinâmicas, incorporando a novidade de possibilitar anotar a
existência de mudanças bruscas de postura ou posturas instáveis. Incluí ainda um novo factor que avalia se a
postura dos membros superiores do corpo é adoptada a favor ou contra a gravidade (REBA (Rapid Entire Body
Assessment): ergonautas.com a 1 de Abril de 2012 às 13h30 min).
Para a definição dos elementos corporais analisaram-se uma série de tarefas simples com variações na carga e
nos movimentos (REBA (Rapid Entire Body Assessment): ergonautas.com a 1 de Abril de 2012 às 13h30 min).
A aplicação do método REBA adverte o avaliador sobre o risco de lesões associadas a uma postura, indicando
em cada caso com que urgência que se devem aplicar ações corretivas. Trata-se, portanto de uma ferramenta
útil para a prevenção de riscos capazes de alertar sobre condições de trabalho inadequadas (REBA (Rapid
Entire Body Assessment): ergonautas.com a 1 de Abril de 2012 às 13h30 min).
Carmen Nunes 18
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O método mede a carga estática considerando o tipo de posturas que adopta o trabalhador e o tempo que as
mantém, proporcionando um valor numérico proporcional ao nível da carga. A partir do valor da carga estática o
método propõe um nível de atuação entre 1 e 5 (EPR (Evaluación Postural Rápida): ergonautas.com a 1 de Abril
de 2012 às 14h15min).
O método de Avaliação Postural Rápida introduz o sistema de classificação da carga estática do método LEST,
desenvolvido por F. Guélaud M.N. Beauchesne, J. Gautrat e G. Roustang, membros do Laboratório de Economia
e Sociologia do Trabalho (LEST) em Aix- en-Provence (EPR (Evaluación Postural Rápida): ergonautas.com a 1
de Abril de 2012 às 14h15min).
O Strain Index mede seis variáveis da tarefa: a intensidade do esforço, a duração do esforço por ciclo de
trabalho, o número de esforços por minuto, a postura da mão/pulso, a velocidade de execução e a duração da
tarefa por dia. Cada uma destas variáveis é classificada em cinco níveis, definindo-se um valor que multiplica
cada um dos níveis atribuídos e cujo produto constitui o indicador de esforço (JSI (Job Strain Index):
ergonautas.com; Serranheira & Uva, 2004).
Carmen Nunes 19
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Caracteriza-se através de um modelo de cálculo e um índice de exposição que vai assentar no confronto entre
variáveis encontradas na realidade de trabalho e variáveis que o método preconiza como recomendáveis (OCRA
(Occupational Repetitive Action): ergonautas.com a 1 de Abril ás 15h42min).
Este método calcula o limite de ações técnicas recomendadas e o índice de exposição de membros superiores,
fazendo a caracterização da tarefa através da observação da frequência e esforço requerido na tarefa observada
(OCRA (Occupational Repetitive Action): ergonautas.com a 1 de Abril ás 15h42min).
Carmen Nunes 20
Conclusão Estudos e Formação, Lda.
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Empresa
na Mário António & Lopes, Lda. Estudada:
tudo Ergonómico
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Conclusão Estudos e Formação, Lda.
cnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
3.4. Posto de Trabalho Dotado de Visor
De acordo com Cabral et al. (2003), “subsiste frequentemente a ideia de que a generalidade dos
estabelecimentos
Deverá ainda ter em vista que comerciais,
um posto de de trabalho,
escritóriosdotado
e serviços são locais
de visor de parecer-se
deverá reduzido grau de perigosidade pelo que,
com o da figuramuitas vezes, não lhes é prestado o cuidado e atenção que efetivamente merecem” (Pinto, 2009).
seguinte:
Carmen Nunes 21
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Carmen Nunes 22
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A empresa deve:
Informar o trabalhador sobre as condições de segurança e saúde relativamente ao seu posto de
trabalho
Organizar a atividade do trabalhador de forma a que o trabalho diário com visor seja interrompido com
alguma frequência através de pausas ou mudanças de atividade que reduzam a pressão do trabalho
com aquele equipamento;
Providenciar exame adequado aos olhos e vista antes de serem admitidos para aquele tipo de trabalho;
Providenciar exame oftalmológico periódico quando surgirem perturbações visuais;
Se necessário, disponibilizar, aos trabalhadores dispositivos de correção especiais, sem encargos
financeiros adicionais para eles;
Informar os trabalhadores sobre as medidas aplicáveis ao seu posto de trabalho e dar formação sobre
as normas de utilização dos equipamentos de trabalho em causa.
A entidade patronal deve consultar os trabalhadores e fazê-los participar nas medidas tomadas: princípio geral
imposto pela Lei-Quadro em matéria de segurança e saúde (http://higiene-seguranca-
trabalho.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=16715, 24 de Maio de 2012 às 13h08min).
Carmen Nunes 23
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Estudos epidemiológicos e experimentais demonstram que os factores mecânicos tais como a postura, a força e
a repetibilidade, bem como, a ausência de períodos de recuperação, a exposição a vibrações e a exposição ao
frio, são fatores que podem estar na origem deste tipo de lesões, os factores de risco profissionais indiretos,
como sejam os psicossociais e os organizacionais, e ainda, os factores de risco individuais (Caldeira, 2006).
Em Portugal, o género feminino é o mais atingido pela doença profissional com 2569 casos a contrastar com os
1841 casos registados no género masculino (ACT – Relatório Anual de Atividades, 2009).
A distribuição geográfica das doenças profissionais apresenta incidência significativa, num total de 72 %, em
quatro distritos, a saber: Porto com 1074 casos, Aveiro com 802 casos, Lisboa com 747 casos e, finalmente,
Setúbal com 553 casos (ACT – Relatório Anual de Atividades, 2009).
Em termos de manifestação clínica, as doenças com maior incidência são as doenças músculo-esqueléticas que
no seu conjunto representam 66,32 % (2925 doenças), seguidas dos casos de Hipoacúsia (surdez) que
representam 12,97 % (572 casos) do total (ACT – Relatório Anual de Atividades, 2009).
A severidade da lesão e a área anatómica afetada variam de acordo com a atividade profissional e as condições
da mesma.
Na Tabela 2, podemos ler a prevalência das lesões por área anatómica afectada e atividade (Caldeira, 2006).
O desenvolvimento tecnológico levou a um aumento da carga de trabalho. Esta carga de trabalho advém do
facto de os operadores não poderem ter iniciativa própria na organização do trabalho, sendo o seu trabalho
regido por normas de produtividade e caracterizado por um ritmo imposto, em que os tempos de descanso e de
recuperação são mínimos. A linha de montagem que, a nível industrial, se tornou símbolo de produtividade
apresenta versões mais modernas, como por exemplo, nos escritórios computadorizados (http://higiene-
seguranca-trabalho.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=16711, 20 de Maio de 2012 às 13h54min).
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Há provas evidentes de que certos factores relacionadas com o trabalho estão associados ao elevado risco dos
trabalhadores apresentarem lesões no seu sistema músculo-esquelético.
Alguns desses factores são:
A adopção e a manutenção de posturas de trabalho incorretas;
A execução de gestos repetitivos e estereotipados;
Os ritmos de trabalho intensos realizados com cadência imposta;
A utilização das mãos com esforço;
O manuseamento de cargas pesadas;
A pressão mecânica direta sobre certas zonas do corpo;
A exposição a vibrações;
A exposição a ambientes de trabalho frios.
O desenvolvimento de lesões do sistema músculo-esquelético não é alheio, igualmente, a causas indiretas,
como os factores psicossociais, relacionados com a organização dos postos de trabalho e com as políticas
laborais, a existência de pausas insuficientes, a monotonia das funções, e outros constrangimentos inerentes
aos processos de trabalho, aos equipamentos e à organização do trabalho (http://higiene-seguranca-
trabalho.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=16711, 20 de Maio às 13:54min).
A Comissão Internacional de Saúde Ocupacional define as patologias relacionadas com o trabalho, designando-
as por work-related musculoskeletal disorders, como lesões e doenças do sistema músculo-esquelético, que
têm um determinante causal relacionado com o trabalho e reconhece, como lesões deste tipo, um número
elevado de lesões inflamatórias e degenerativas, de que resultam dor e/ou perda de capacidade funcional
(http://higiene-seguranca-trabalho.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=16711, 20 de Maio às 13:54min).
Qualquer zona do corpo pode ser afectada, mas os membros superiores, o pescoço e a zona lombar
constituem as áreas onde se verificam a maioria destas lesões. Se as causas de uma lesão não forem
interrompidas, esta torna-se permanente e a ocorrência de sinais, como a perda de função, a limitação dos
movimentos ou a perda de força muscular, manifestam uma incapacidade progressiva do trabalhador para a
realização das suas tarefas (http://higiene-seguranca-trabalho.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=16711, 20
de Maio às 13:57min).
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Esta sintomatologia é, provavelmente, o modo do corpo proteger os seus tecidos, uma vez que a dor local e o
inchaço tendem a restringir o movimento do corpo e a forçar o trabalhador a descansar para recuperar.
Cada individuo, reage aos diferentes factores que contribuem para potenciar e originar as lesões músculo
esqueléticas, ilustrados pelo modelo apresentado na Figura 10, de forma diferente.
Figura 10: Enquadramento conceptual dos mecanismos fisiológicos e dos factores de risco que potencialmente contribuem para as
LMERT (Fonte: (http://higiene-seguranca-trabalho.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=16711, 20 de Maio às 13:57min).
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A realização de atividades de trabalho, como já vimos anteriormente, expõe o trabalhador a diversos agentes
externos que podem afectar os seus mecanismos fisiológicos, como, por exemplo:
Em atividades de trabalho que impliquem a adopção de posturas não adequadas e/ou que seja
exercida força excessiva;
Em tarefas repetitivas que impliquem a realização de movimentos e de esforços musculares cíclicos;
Quando objetos exercem pressão contra a superfície do corpo, a qual é transmitida aos tecidos
subjacentes;
Quando o objecto de trabalho vibra e parte dessa vibração é transmitida ao corpo;
Devido à temperatura do meio ambiente e dos objetos de trabalho com que o corpo está em contacto.
Na Tabela 3, apresentam-se algumas LMERT, organizadas segundo a região do corpo onde ocorrem e a
estrutura anatómica afectada.
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Tabela 3: Lesões Músculo Esqueléticas relacionadas com o Trabalho mais relevantes, por região anatómica e de acordo
com a estrutura anatómica afetada (Fonte: (http://higiene-seguranca-
trabalho.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=16711, 20 de Maio às 15:04min).
Na Figura 11 estão assinaladas as regiões corporais onde têm origem, as lesões referidas anteriormente.
Figura 11: Localização de algumas Lesões Músculo – Esqueléticas Relacionadas com o Trabalho (Fonte:
(http://higiene-seguranca-trabalho.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=16711, 20 de Maio às 15:04min).
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Na posição sentada, as LMERT, mais frequentes, resultantes das más posturas adotadas nos postos de trabalho
dotados de visor, estão apresentadas nas Figura 12.
Figura 12: Posturas adotadas em PTDV. Patologias associadas às más posturas e Postura correta a adotar (Fonte:
http://jairtonedfisica.blogspot.pt, 25 de Maio de 2012 às 2h45min).
A melhor forma de prevenção do aparecimento e evolução das LMERT, é o diagnóstico precoce (prevenção
secundária) e a adopção de outras medidas de prevenção, como a avaliação Ergonómica dos postos de trabalho
e a tomada de medidas preventivas e corretivas nos mesmos.
Torna-se relevante a responsabilidade dos médicos do trabalho e de outros técnicos. Sendo sempre os médicos
do trabalho os principais responsáveis pelo “acompanhamento” clínico mais adequado dos casos
diagnosticados, independentemente do contributo (indispensável) de outras especialidades médicas, como são
os casos da Reumatologia, da Ortopedia ou da Medicina Física e Reabilitação (www.portaldasaude.pt., 24 de
Maio de 2012 às 14h08).
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4. Enquadramento Legal
No contexto deste trabalho, os diplomas legais aplicáveis são:
Locais de Trabalho
Decreto – Lei n.º 347/93 de 1 de Outubro - transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva n.°
89/654/CEE, do Conselho, de 30 de Novembro, relativa às prescrições mínimas de segurança e de
saúde nos locais de trabalho.
Portaria 987/93 de 6 de Outubro - Requisitos mínimos de segurança e saúde nos locais de trabalho.
Sinalização de Segurança
Decreto-Lei 141/95, de 14 de Junho – Estabelece os princípios gerais de promoção da segurança,
higiene e saúde no trabalho.
Portaria 1456-A/95, de 11 de Dezembro. Regulamento de Prescrições Mínimas de colocação e
utilização da sinalização de segurança e saúde no trabalho.
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5. Caracterização da Empresa
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PTDV a avaliar
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A certificação da empresa surge com o objectivo de procurar a melhoria contínua dos seus serviços. A Mário
António & Lopes, Lda. alcança em Março de 2004 a certificação pela norma NP EN ISO 9001:2000 - Sistema de
Gestão da Qualidade, no âmbito da Concepção e Construção de Redes de Distribuição e Utilização de Gás.
A Mário António & Lopes, Lda. é detentora das seguintes qualificações:
- Licença DGEG (Direção Geral de Energia e Geologia) de Entidade Instaladora e de
entidade
Montadora.
- Alvará de Construção do INCI (Instituto da Construção e do Imobiliário
- Instaladora de Sistemas Solares Térmicos
A Mário António & Lopes, Lda. está conotada no mercado como uma empresa credível, versátil e com
capacidade técnica e de infra estruturação. É uma empresa certificada pela norma NP ISO 9001:2008, com
alvará de construção, qualificada como empreiteiro da Galpenergia, agente Lusitaniagás e Instaladora de
Sistemas Solares Térmicos.
Os serviços da Mário António & Lopes Lda., mais detalhadamente desenvolvem-se nas seguintes áreas:
Soluções de Gás
Soluções de Climatização
Soluções de Fluidos
Soluções de Energias Renováveis
Assistências Técnicas
Projetos
Gerência
Assessoria Qualidade,
Segurança e
Ambiente
Servicos Produção
Assistências Gestão da
Projecto Comercial Obras Técnicas Agente Lgás Informação
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A natureza das tarefas desta colaboradora com o ecrã, pode dizer-se que é do Tipo Conversacional.
Este espaço é provido de todos os utensílios e mobiliário necessário às funções que nele devem ser exercidas,
servindo também como espaço de ligação e passagem para a sala de reuniões, sala de processos e Arrumos.
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Os ritmos de trabalho neste PTDV são adequados, mas dependendo das alturas e complexidade da tarefa, é-lhe
imposto um ritmo de trabalho intensivo, que segundo a colaboradora, provoca algum cansaço e irritabilidade,
afetando por vezes o bem estar físico, mental e a sua vida social.
Não existe rotatividade do posto de trabalho e o seu trabalho é desenvolvido com recurso ao suporte
tecnológico, o computador, telefone e fotocopiadora.
Figura 16: Área útil de trabalho (área 1- zona principal de trabalho; área 2 - zona de trabalho secundário e área 3 - zona de
referência) (Andrade, 2011).
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Na Tabela 7, estão apresentadas as situações encontradas como Não Conformidades e as respetivas Propostas
de Medidas Preventivas/Corretivas.
Adquirir uma secretária de maiores dimensões, que permita uma boa distribuição de
todos os utensílios e livre movimentação durante a execução de atividades não
frequentes, para utilizar quando a área 2 estiver totalmente preenchida.
A mesa deve ser ainda de altura regulável e de superfície anti-refletora.
7.1.4. Assentos
A cadeira de trabalho, deve ter boa estabilidade, ser de
altura ajustável à estatura do trabalhador, possuir um
espaldar regulável em altura e inclinação, borda frontal
arredondada, encosto com forma levemente adaptada
ao corpo para proteção da região lombar, encosto com
forma levemente adaptada ao corpo para proteção da
região lombar; possuir 5 rodízios (rodas) e de fácil
higienização, como ilustrado na Figura 17 (Andrade,
2011; Portaria 989/93).
Figura 17: Cadeira ergonómica, adaptada aos Postos de
Trabalho Dotados de Visor (Andrade, 2011).
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na Mário António & Lopes, Lda.
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Na empresa Mário António & Lopes, Lda. existem assentos em número suficiente, mas neste caso em particular
não é apropriado, como podemos verificar na situação encontrada como Não Conformidade, descrita na Tabela
8.
É importante que os colaboradores mantenham uma postura correta, sendo que esta deve ser facilitada pelas
recomendações anteriores. Esta consiste, assim, em manter (Andrade, 2011):
Cotovelo junto do tronco;
Braço e antebraço num ângulo de 90º não encolhendo os ombros;
Pulsos direitos;
Dedos ligeiramente curvos;
Braços relaxados;
Cabeça direita, com o nível do olhar no terço superior do ecrã, minimizando
inclinação do pescoço.
2011). http://higiene-seguranca-
trabalho.dashofer.pt,(16:46
Na Figura 18, podemos visualizar os ângulos posturais que devem ser adotados
de 10/05/2012)).
pelos colaboradores que trabalham em postos dotados de visor.
Carmen Nunes 42
Avaliação de Riscos Num Posto de Trabalho Dotado de Visor
na Mário António & Lopes, Lda.
Curso Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho
A limpeza periódica a paredes e tectos, fontes de luz natural e artificial e aos utensílios e equipamentos de uso
não diário, são realizadas, com o reparo, de que são feitas durante o horário de trabalho.
Todas as operações de limpeza são efectuadas durante o horário de trabalho, com o uso de alguns produtos
irritantes.
Na Tabela 9, encontram-se as situações encontradas como Não Conformidades, e respetivas propostas de
medidas preventivas/corretivas.
7.1.6. Desperdícios
Como consta no DL 243/86 de 20 de Agosto:
1 - Os desperdícios ou restos incómodos devem ser colocados em recipientes resistentes e higienizáveis com
tampa, que serão removidos diariamente do local de trabalho.
2. - Quando os desperdícios ou restos forem muito incómodos ou susceptíveis de libertarem substâncias tóxicas,
perigosas ou infectantes, devem ser previamente neutralizados e colocados em recipientes resistentes cuja
tampa feche hermeticamente. A sua remoção do local de trabalho deve ser diária ou no final de cada turno de
trabalho, conforme os casos.
3 - Cada posto de trabalho deve ter recipiente ou dispositivo próprio.
Os pontos 1 e 3 não se verificam, e na Tabela 10 estão apresentadas as situações encontradas como Não
Conformidades, e respetivas propostas de medidas preventivas/corretivas.
Carmen Nunes 43
Avaliação de Riscos Num Posto de Trabalho Dotado de Visor
na Mário António & Lopes, Lda.
Curso Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho
Devem existir boas condições de temperatura e humidade. A temperatura deve encontrar-se entre os 18ºC e os
22ºC, saldo em determinadas condições climatéricas em que poderá atingir os 25ºC. A humidade da atmosfera
de trabalho deve oscilar entre os 50% e os 70%. As janelas devem estar equipadas com um dispositivo que
atenue a luz do dia (Decreto- Lei n.º 243/86, de 20 de Agosto; Portaria 989/93).
Devem ser garantidas condições de trabalho nas quais o ruído e vibrações existentes não causem efeitos
nocivos sobre os trabalhadores. Devendo eliminar ou reduzir os ruídos e vibrações e limitar a sua propagação
(Decreto- Lei n.º 243/86, de 20 de Agosto).
Na Mário António & Lopes, Lda. estas condições prendem-se com as ambientais.
Em conversação com a colaboradora, podemos afirmar que são confortáveis, com o reparo de que no Inverno e
dias frios, apesar de existir sistema de aquecimento, por piso radiante, o ambiente se torna bastante frio e
incómodo, por manterem o sistema de aquecimento desligado. Propôs-se, portanto, que o sistema de
aquecimento seja ligado, nos dias de frio, 2 horas antes do inicio da atividade nos escritórios e desligado 2 horas
antes do termino desta.
Embora não tenham sido efetuadas medições dos níveis de ruído ou vibrações, através de uma avaliação
empírica, podemos afirmar que nesta empresa, nos escritórios não existem riscos associados ao ruído ou
vibrações.
Carmen Nunes 44
Avaliação de Riscos Num Posto de Trabalho Dotado de Visor
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7.1.8. Iluminação
Este posto de trabalho encontra-se situado no Rés – do – Chão do edifício, como já referido no ponto 4.1., sendo
um local interior, cego e de passagem para as restantes salas de escritório. Sendo assim, uma das principais
questões que se levantam é a da iluminação.
Tratando-se de um compartimento interior, sem superfícies transparentes e sendo a fonte luz predominante a
elétrica, é um ambiente escuro em que a luz natural, apenas é possível quando as portas das salas envolventes
se encontram abertas. Conclusão Estudos e Formação, Lda.
Empresa Estudada:
Na Tabela 11, podemos encontrar as condições
Estudode iluminação a melhorar e corrigir e as devidas
Ergonómico propostas para
Conclusão Estudos e Formação, Lda.
o efeito. Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
Tabela 11: Condições de iluminação no PTDV. Não existe luz local adequada, uma vez não existir um candeeiro de secretaria, no
entanto a colaboradora, considera que a luz artificial existente é suficiente.
Situação encontrada (NC):
A luz artificial é garantida através de lâmpadas fluorescentes de intensidade uniforme,
Iluminação natural deficiente.
bem distribuída, dirigida para baixo e perpendicular ao eixo de visão, evitando contraste
Iluminação provoca
ou reflexos reflexos
prejudiciais, nãoindesejados
provocando no ecrã do visor.
encadeamento, excessivo aquecimento nem
Iluminação artificial
cheiros, fumos não distribuída
ou gases uniformemente.
incómodos, tóxicos ou perigosos.
Não existem sistemas de iluminação de emergência, que embora não seja uma exigência
Inexistência de sinalização luminosa de emergência e de segurança.
por lei, consideramos uma proposta de melhoria.
Medidas Preventivas/Corretivas:
Nos quadros abaixo apresentados e com as figuras 8 e 9, apresentamos as situações
Prover
descritas o local
e devidas de iluminação
propostas distribuída
de melhoria. uniformemente, de forma a
combater os reflexos e contraste indesejados no ecrã.
Situação encontrada
corrente elétrica.
de trabalho.
existente.
aos requisitos das tarefas a desempenhar, deve em
alguns casos ser aplicada localmente. As fontes de
Ergonomia Carmen Nunes| Carolina Catarino | Daniela Sousa 19
Carmen Nunes 45
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na Mário António & Lopes, Lda.
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Não deve ser susceptível a grandes variações de intensidade nem provocar encadeamento, aquecimento
excessivo, nem libertação de cheiros, fumos ou gases. A tonalidade das paredes e tectos não deve ser de modo
a absorver demasiada luz. As superfícies das instalações e dos planos de trabalho não deve provocar reflexos
prejudiciais ou encadeamento.
Embora não tenham sido feitas medições, sabemos que o nível de iluminância recomendado para uma dada
tarefa diz respeito à quantidade de luz que se considera necessária à boa execução dessa tarefa e é de 300 a
750 lux para um escritório. Sendo o nível ideal para este tipo de tarefas 500 lux. O nível de conforto e a precisão
com que se vê, depende da iluminância, quanto mais elevado for este nível mais rápido e perfeito é o trabalho,
com menos enganos e maior segurança (Andrade, 2011).
No caso do trabalho de escritório, para uma boa disposição e repartição dos dispositivos de iluminação, devem
ser cumpridos os seguintes requisitos:
de Riscos Associada à Actividade Profissional num Gabinete de Projectos
não deve aparecer nenhuma fonte luminosa no campo visual dos trabalhadores enquanto eles
trabalham;
a linha que une os olhos à fonte luminosa deve ser um ângulo de 30º com a horizontal (se não pode ser
evitado um ângulo inferior, as luzes devem ser equipadas de abat-jour);
M
ed
ida
as s P reve
lâmpadas ntiv
devema s
ser colocadas perpendicularmente à linha de visão;
utilizar um maior no de lâmpadas de menor intensidade que só algumas muito potentes (uso de
ções a adoptar passaria por limitar a passagem de veículos
lâmpadas fluorescentes tubulares);
m lã de vidro entre asosduas
dispositivos
placasluminosos devem ser
de gesso, colocados
para numa direção tal que ela não coincida com aquela para
isolamento
a qual o operador deva olhar frequentemente;
deve evitar-se a utilização de cores e de materiais refletores para as máquinas, os aparelhos, os
Figura 20: Posição adequada do posto de trabalho Figura 21: Disposição correta das fontes de luz num
em relação
to e aquecimento, bem comoà iluminação artificial (Andrade,
o isolamento da infra-estrutura PTDV.
caso se ache necessário.
vitadas pelo que, na implementação
2011). dos postos de trabalho,
facto
Carmen Nunes 46
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Sendo um estabelecimento de categoria de risco de utilização – Tipo XII “Industriais, Oficinas e Armazéns”
(Decreto – Lei n.º 220/2008 de 12 de Novembro) torna-se necessário o calculo da respetiva categoria de risco,
para se poder concluir acerca da obrigatoriedade das medidas de autoproteção a assegurar neste edifício, como:
Registo de segurança (obrigatório independentemente da categoria de risco (1ª, 2ª, 3ª ou 4ª);
Procedimentos de proteção ( apenas obrigatório para a 1ª categoria de risco);
Plano de Prevenção (obrigatório para as categorias de risco 2ª, 3ª e 4ª);
Procedimentos em Caso de Emergência (obrigatória para a 2ª categoria de risco);
Plano de Emergência Interno (obrigatório para a 3ª e 4ª categoria de risco);
Ações de Sensibilização de Formação SCIE (obrigatória para a 3ª e 4ª categoria de risco);
Simulacros (Obrigatória para as 2ª, 3ª e 4ª categorias de risco).
Verificou-se que não existe a categorização do edifício quanto ao risco, mas sabemos que por exemplo que num
escritório ou numa loja que não receba mais do que 100 pessoas em simultâneo e possuam uma altura inferior
ou igual a nove metros, deve ser garantida a existência de registos de segurança e implementados
procedimentos de prevenção, estando o não cumprimento desta obrigatoriedade legal sujeita ao pagamento de
coima que pode ir até €2 750, no caso de pessoa singular, ou até €27 500, no caso de pessoa colectiva (Art.º
25º do Decreto-Lei no 220/2008, de 12 de Novembro).
Verificou-se a inexistência de equipas de segurança que de acordo com o novo regulamento, os edifícios e
Entidades Exploradoras/Proprietários deverão dispor das mesmas, que serão constituídas pelo pessoal interno
ou por pessoal externo, sendo atribuídas funções aos diversos elementos, sendo o número mínimo de
elementos da equipa presentes em simultâneo no edifício é determinado em função da utilização -tipo e da
categoria de risco. Os elementos da equipa de segurança deverão ter formação específica.
Carmen Nunes 47
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Em relação aos meios de combate a incêndios, podemos verificar que existem extintores de CO2, na sua maioria
bem colocados e sinalizados, todos dentro do prazo de validade e em bom estado de pressão e conservação.
Ainda, assim, detetaram-se, algumas situações que serão passiveis de correção e melhoria, que passo a
apresentar na Tabela 12.
Tabela 12: Situações encontradas em relação aos equipamentos de extinção de incêndios e Medidas de Autoproteção.
Situação encontrada (NC):
Medidas de Autoproteção descoradas.
Incorreta colocação de extintores e sinalização de extintores.
Falta de Sensibilização e Formação de colaboradores para a
necessidade da manutenção da integridade de todos os equipamentos
de combate a incêndio.
Inexistência de equipas de segurança, bem como de pessoal formado
para atuação em caso de incêndio.
Medidas Preventivas/Corretivas:
Elaboração e Implementação das Medidas de Autoproteção
exigidas por lei, nomeadamente Decreto – Lei n.º 220/2008, de 12 de
Novembro e Portaria 1532/2008, de 29 de Dezembro, urgentemente.
Instalar os extintores de incêndio, bem sinalizados, em locais bem
visíveis, colocados em suporte próprio de modo a que o seu manípulo
fique a uma altura não superior a 1,2 m do pavimento e localizados
preferencialmente:
a) Nas comunicações horizontais ou, em alternativa, no interior das
câmaras corta-fogo, quando existam;
b) No interior dos grandes espaços e junto às suas saídas. (art.º 163ºdo
Anexo I da Portaria nº 1532/2008, de 29 de Dezembro);
Carmen Nunes 48
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Uma base refletora pode ser um auxiliar importante a colocar por baixo do teclado, evitando reflexos e
eletricidade estática.
Os ratos devem ter as medidas apropriadas para o utilizar. Uma excelente escolha são os ratos ergonómicos:
são equipamentos que permitem um menor cansaço das mãos e do pulso, devido à sua forma anatómica
permitindo um confortável posicionamento da mão (Andrade, 2011).
De acordo com o Inquérito efectuado à colaboradora, apresentado no Anexo II, podem levantar-se as questões
apresentadas na Tabela 13:
Figura 22: Teclado, rato e apoio de pulso, adequados a um Posto de Trabalho dotado de Visor.
7.1.11. Visores
Os visores devem possuir caracteres bem definidos e delineados, de dimensão apropriada e com espaçamento
adequado. A imagem deve ser estável (sem cintilações, reflexos ou reverberações), deve possibilitar a fácil
regulação da iluminância e do contraste entre os caracteres e o seu fundo, assim como, ser de orientação e
Carmen Nunes 49
Avaliação de Riscos Num Posto de Trabalho Dotado de Visor
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inclinação regulável e se necessário colocado sobre suporte separado ou mesa regulável (Portaria 989/93 de 6
de Outubro).
Após o preenchimento do Inquérito, apresentado no Anexo II, podem-se detalhar as características do visor
utilizado pela colaboradora, das quais saliento a melhorar e corrigir, as apresentadas na Tabela 14:
Figura 23: Correta disposição do visor de acordo com as fontes luminosas existentes
(Fonte:http://higiene-seguranca-trabalho.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=16715)
Carmen Nunes 50
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7.1.12. Software
A ergonomia do software trata dos aspectos relativos aos programas e à programação e busca melhorar
a
capacidade de utilização - usabilidade ("usability") - dos "softs" por usuários de diferentes características
(Figura 24).
O sotware utilizado pela colaboradora, é adaptado á tarefa a executar, é de fácil utilização e atende aos seus
conhecimentos. A informação é apresentada num formato e ritmo adaptado á sua utilização.
É de referir que o sistema não fornece indicações sobre o seu funcionamento, pelo que será pertinente,
disponibilizar essa informação, para que em caso de surgirem duvidas durante o seu uso, seja fácil a sua
consulta e esclarecimento.
Carmen Nunes 51
Avaliação de Riscos Num Posto de Trabalho Dotado de Visor
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Assim a magnitude do risco (R) é determinada pelo produto das 4 variáveis, cujos valores numéricos se podem
obter a partir da consulta das Tabelas 15, 16, 17 e 18.
R = F x S x Ps x N
R = Magnitude do risco;
F = Frequência;
S = Severidade dos danos;
Ps = Procedimentos e condições de segurança adoptados;
N = Nº de pessoas afectadas.
Carmen Nunes 52
Avaliação de Riscos Num Posto de Trabalho Dotado de Visor
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Tabela 17: Tabela com a Escala dos Procedimentos e condições de segurança (Ps).
Escala de procedimentos e condições de segurança (Ps)
Não existem ou não são conhecidas; 1
Sérias deficiências; 2
Algumas deficiências nos procedimentos e falta de implementação de outros; 3
Suficientes, mas melhoráveis; 4
Muito boas, suficientes e bem implementados. 5
Tabela 18: Tabela para atribuição de valor consoante o número de pessoas afectadas (N).
Escala do número de pessoas afectadas (N)
≥ 51 1
31-50 2
11-30 3
4-10 4
1-3 5
Neste procedimento, independentemente da magnitude do risco, sempre que houver ou se verifique a violação
de algum requisito legal considera-se o risco como não aceitável.
Nas Tabelas 20, 21, 22, 23 e 24, estão apresentadas as Avaliações de Riscos, por atividade da colaboradora
que trabalha no Posto de Trabalho a ser estudado, e respetivo Plano de Ação e Controlo.
Carmen Nunes 53
Avaliação de Riscos Num Posto de Trabalho Dotado de Visor
na Mário António & Lopes, Lda.
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Tabela 20: Avaliação de Riscos Ergonómicos no posto de Trabalho Dotado de Visor da Responsável de Compras e Vendas da Mário António & Lopes, Lda, enquanto permanece na sua secretaria.
Avaliação de Riscos
Empresa Mário António & Lopes, Lda. Posto de Trabalho PTDV – Compras/Vendas
Data 12 de Abril de 2012 N.º Trabalhadores Expostos: 1 Avaliação
Atividade Perigo Risco Danos/ Consequências PS existentes F S PS N MR Índice de Risco
Ergonómico: Lesões músculo – esqueléticas: Lombalgia; Ombros tensos;
2
Trabalho na secretária
Trabalhador
Disponibilizar a todos os trabalhadores em PTDV um apoio para os pés, regulável em altura, adaptável a cada colaborador. TSSHT 15 dias Gerência
Formação e sensibilização dos trabalhadores acerca das corretas posturas a adotar durante o período de trabalho, de forma a prevenir o aparecimento LMERT, e a importância TSSHT com CCP de 1 mês Gerência
da realização dos exercícios, propostos em documento distribuído aos trabalhadores em Posto de trabalho dotado de visor, apresentado no Anexo III. formador
Carmen Nunes 54
Avaliação de Riscos Num Posto de Trabalho Dotado de Visor
na Mário António & Lopes, Lda.
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Tabela 21: Avaliação de Riscos Ergonómicos no posto de Trabalho Dotado de Visor da Responsável de Compras e Vendas da Mário António & Lopes, Lda, durante a utilização das novas tecnologias da informação e comunicação.
Avaliação de Riscos
Empresa Mário António & Lopes, Lda. Posto de Trabalho PTDV – Compras/Vendas
Data 12 de Abril de 2012 N.º Trabalhadores Expostos: 1 Avaliação
Atividade Perigo Risco Danos/Consequências PS existentes F S PS N MR Índice de Risco
Uso do Visor inadaptado às Perturbações Visuais; Irritação ocular; Visão Turva; 2
Ergonómico: Sobrecargas e sobre esforços - 1 2 1 5 10
funções desempenhadas Fadiga Visual; Dores de Cabeça Situação critica
Uso das novas tecnologias da informação e
Ergonómico: Posturas de Trabalho Tensão muscular; Bursite do Ombro; Dores nos braços; 2
Uso do Teclado não ergonómico - 1 3 1 4 12
Dor difusa no ombro Situação crítica
Lesões músculo – esqueléticas; Cotovelo de
Uso do rato não ergonómico;
Movimento do cursor no monitor tenista/golfista punho/mão; Tensão muscular; Dores 2
comunicação
Adquirir Teclado Ergonómico, de superfície escura, com acabamento mate e antirreflexo, de inclinação regulável, independente do monitor. 8 dias Trabalhador e
Gerência
TSSHT
Colocar o teclado de forma a que haja espaço suficiente para apoiar as mãos e os antebraços em frente ao teclado. Trabalhador 8 dias TSSHT
Substituir telefone existente, por telefone semelhante ao apresentado na seguinte figura (telefone com auricular): 10 dias TSSHT
Gerência
Formação e sensibilização dos trabalhadores acerca das corretas posturas a adotar durante o período de trabalho, de forma a prevenir o aparecimento LMERT, e a 1 mês Gerência
TSSHT com CCP de Formador
importância da realização dos exercícios, propostos em documento distribuído aos trabalhadores em Posto de trabalho dotado de visor, apresentado no Anexo III.
Sensibilização dos colaboradores da importância dos exames oculares médicos periódicos. TSSHT 3 meses Gerência
Carmen Nunes 55
Avaliação de Riscos Num Posto de Trabalho Dotado de Visor
na Mário António & Lopes, Lda.
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Tabela 22: Avaliação de Riscos Ergonómicos no posto de Trabalho Dotado de Visor da Responsável de Compras e Vendas da Mário António & Lopes, Lda, durante a permanência no local de trabalho.
Avaliação de Riscos
Empresa Mário António & Lopes, Lda. Posto de Trabalho PTDV – Compras/Vendas
Data 12 de Abril de 2012 N.º Trabalhadores Expostos: 1 Avaliação
Atividade Perigo Risco Danos/Consequências PS existente F S PS N MR Índice de Risco
Iluminação natural deficiente 3
Físico: Iluminação Depressão; Irritabilidade; Cansaço; Fadiga - 1 3 3 4 36
e mal distribuída Situação aceitável
Permanência no posto de trabalho
Colocação dos fios eléctricos nas calhas existentes para esse fim. Eletricista 1 mês Gerência
Durante os períodos de temperaturas baixas ligar o sistema de aquecimento existente (piso radiante), às 7h da manhã e desligar o sistema às 16h, Durante as
Fiel de armazém Gerência
através da utilização de termóstato. temp. baixas
Gerência e
Formação e sensibilização dos trabalhadores em segurança contra incêndios. Empresa de Formação certificada para o efeito 1 mês
TSSHT
Formação e sensibilização dos trabalhadores para as questões de eficiência energética; TSSHT com CCP de Formador 2 meses Gerência
Formação e sensibilização dos trabalhadores, para os perigos elétricos, e correto manuseamento dos equipamentos elétricos. Empresa de formação certificada para o efeito 2 meses Gerência
Carmen Nunes 57
Avaliação de Riscos Num Posto de Trabalho Dotado de Visor
na Mário António & Lopes, Lda.
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Tabela 23: Avaliação de Riscos Ergonómicos no posto de Trabalho Dotado de Visor da Responsável de Compras e Vendas da Mário António & Lopes, Lda, durante a tarefa de entrada e saída de dados.
Avaliação de Riscos
Empresa Mário António & Lopes, Lda. Posto de Trabalho PTDV – Compras/Vendas
Data 12 de Abril de 2012 N.º Trabalhadores Expostos: 1 Avaliação
Atividade Perigo Risco Danos Consequências PS existentes F S PS N MR Índice de Risco
Cansaço; Doenças do
Dores de cabeça; pressão sanguínea elevada;
Psicossociais: Sobrecarga de coração; Subida do
Exigências de produtividade depressão; ansiedade; Ausência de reação ou sobre 3
trabalho; Stress individual - 1 3 3 4 36
ou obrigação de resultados colesterol; Stresse Situação aceitável
Ergonómicos: Posturas de trabalho reação; Sonolência.
Entrada e saída de dados
Ocupacional;
Tendinites; Cansaço físico e
mental; stresse individual; Dores musculares; Ausência de reação ou sobre
aumento de consumo de reação; Sonolência; evidência do abuso de 15 min de pausa da parte da 3
Ritmo de trabalho exigentes Psicossociais: stress individual 3 2 3 4 72
manhã e tarde. Situação aceitável
substâncias como álcool, substâncias.
tabaco, estupefacientes.
Carmen Nunes 59
Avaliação de Riscos Num Posto de Trabalho Dotado de Visor
na Mário António & Lopes, Lda.
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Tabela 24: Avaliação de Riscos Ergonómicos no posto de Trabalho Dotado de Visor da Responsável de Compras e Vendas da Mário António & Lopes, Lda, ao nível organizacional.
Avaliação de Riscos
Empresa Mário António & Lopes, Lda. Posto de Trabalho PTDV – Compras/Vendas
Data 12 de Abril de 2012 N.º Trabalhadores Expostos: 1 Avaliação
Perigo Risco Danos Consequências PS existentes F S PS N MR Índice de Risco
Impossibilidade de discutir Psicossociais: Stress 4
condições de trabalho e Desmotivação Diminuição do nível de competência. - 5 5 2 4 200 Situação bastante
organizacional de grupo
Ao nível mudanças organizacionais aceitável
organizacional Psicossociais: Stress individual,; 4
Sistema de pagamento por Angústia, Stress. Diminuição do nível de competência; diminuição da interação social - 4 5 3 4 240 Situação bastante
cheque, sem dia fixo. stress organizacional de grupo
aceitável
Plano de Controlo e Ação - Medidas Preventivas /Corretivas Responsável Prazo Controlado por Data
Promover reuniões mensais, para debater questões relacionadas com o desenvolvimento de trabalho, com espaço aberto à comunicação, solicitação de “inputs”, sensibilidade às
Gerência 1 mês TSSHT
queixas, etc.
Fixar dia, para pagamento de salários, por transferência bancária. Gerência 1 mês Trabalhador
Carmen Nunes 61
Avaliação de Riscos Num Posto de Trabalho Dotado de Visor
na Mário António & Lopes, Lda.
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O método deverá ser aplicado do lado direito e do lado esquerdo do corpo em separado e o auditor poderá
eleger à priori o lado que aparentemente está submetido à maior carga postural.
Grupo B:
Pernas
Tronco
Pescoço
Carmen Nunes 62
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Através das tabelas associadas ao método, são dados pontos por cada zona corporal para, em função destas,
se obter um valor global para cada um dos grupos A e B. A chave para a obtenção da pontuação dos membros é
a medição dos ângulos que formam nas diferentes partes do corpo do trabalhador. O método determina para
cada membro a forma de medição do ângulo (RULA (Rapid Upper Limb Assessment): ergonautas.com ( 16de
Abril de 2012 às 19h28min).
Posteriormente, as pontuações globais dos grupos A e B são modificadas em função do tipo de atividade
muscular realizada, bem como da força aplicada durante a realização da tarefa. Por último, obtém-se a
pontuação final com bases nos ditos valores globais modificados.
O valor final proporcionado pelo método RULA é proporcional ao risco da realização da tarefa, de forma que os
valores altos indicam um maior risco para o surgimento de lesões músculo-esqueléticas.
O primeiro grupo a avaliar, neste método é o Grupo A (braços, antebraços e pulsos) pela seguinte ordem:
1º Pontuação do Braço
Mede-se o ângulo que forma com o tronco.
Na Figura 25 podemos ver as diferentes posturas consideradas pelo método, orientando o avaliador a realizar as
medições necessárias.
Em função do ângulo formado pelo braço, obtém-se a pontuação consultando a Tabela 25.
Pontos Posição
1 Desde 20º de extensão aos 20º de flexão
2 Extensão > 20º ou flexão entre 20º e 45º
3 Flexão entre 45º e 90º
4 Flexão > 90º
A pontuação do braço pode ser modificada, aumentando ou diminuindo o seu valor original, , como podemos ver
na Figura 26 e Tabela 26, no caso de o trabalhador colocar os ombros levantados, apresentar rotação do braço,
se o braço se encontrar separado do tronco ou se existir algum ponto de apoio durante o desenvolvimento da
tarefa. Se nenhum destes casos for reconhecido na postura do trabalhador, o valor da pontuação do braço é o
indicado na tabela 25, sem alterações.
Carmen Nunes 63
Avaliação de Riscos Num Posto de Trabalho Dotado de Visor
na Mário António & Lopes, Lda.
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Pontos Posição
+1 Se o ombro está elevado ou o braço rodando
+1 Se os braços estão contraídos
-1 Se o braço tem um ponto de apoio
Figura 26: Posições que modificam a
pontuações do braço.
2º Pontuação do Antebraço
Quanto ao antebraço, podemos ver na Figura 27 as diferentes possibilidades.
Uma vez determinada a posição deste e o seu ângulo correspondente, consulta-se a Tabela 27, para determinar
a pontuação estabelecida pelo método.
Pontos Posição
1 Flexão entre 60º e 100º
2 Flexão < 60º ou > 100º
A pontuação obtida pelo antebraço pode ser aumentada nos casos em que o antebraço cruza a linha média do
corpo, ou se realiza uma atividade num lado deste. Na Figura 28 podemos ver graficamente as duas posições
indicadas e na Tabela 28 pode-se consultar os incrementos a aplicar.
Tabela 28: Modificação da pontuação do antebraço.
Pontos Posição
+1 A projeção vertical do antebraço encontra-se distanciada da
projeção vertical do cotovelo
+1 O antebraço cruza a linha central do corpo.
Figura 28: Posições que modificam a
pontuação do antebraço.
Carmen Nunes 64
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3º Pontuação do Pulso
Para finalizar o grupo A, analisa-se o pulso. Em primeiro lugar, determina-se o ângulo de flexão do pulso. Na
Figura 29 podemos visualizar as três posições possíveis, consideradas pelo método.
Após o estudo do ângulo, procede-se à seleção da pontuação correspondente consultando os valores
proporcionados, Tabela 29.
Tabela 29: Pontuação do pulso.
Pontos Posição
1 Se está em posição neutra no que diz respeito a flexão
2 Se está em flexão ou extensão entre 0º a 15 º
3 Se se encontra em flexão ou extensão maior que 15º
Figura 29: Posições do pulso.
O valor calculado para o pulso pode ser modificado se existir um desvio radial ou cubital, como o apresentado na
Figura 30. Nesse caso acrescenta-se 1 ponto (Tabela 30).
Uma vez obtida a pontuação do pulso dá-se valor à rotação do mesmo. Este novo valor será independente e não
será adicionada à pontuação anterior, mas servirá posteriormente para obter a valoração global do grupo A
(Figura 31; Tabela 31).
Tabela 31: Pontuação para a rotação do pulso.
Ponto Posição
1 Posição de apertar a mão, principalmente
2 Longe da posição de apertar a mão
Figura 31: Rotação do pulso.
Finalizada a avaliação dos membros superiores procede-se à avaliação do GRUPO B (pernas, tronco e
pescoço), pela seguinte ordem:
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1º Pontuação do Pescoço
O primeiro membro a avaliar do Grupo B é o pescoço.
Avalia-se inicialmente a flexão deste membro: a pontuação a dar através deste método é apresentada na Tabela
32 . Na figura 32 podemos visualizar as três posições de flexão do pescoço assim como a posição de extensão
pontuadas pelo método.
Tabela 32: Pontuação para o Pescoço
Pontos Posição
1 Se existe flexão entre 0º e 10º
2 Se está flexionado entre 10º e 20º
3 Para uma flexão superior a 20º
4 Se está em extensão
A pontuação calculada para o pescoço, poderá ser incrementada, com os valores apresentados na Tabela 33,
se o trabalhador apresentar inclinação lateral ou rotação, conforme se pode ver na Figura 33.
Tabela 33: Modificação da pontuação para o pescoço
Pontos Posição
+1 Se o pescoço está rodado
+1 Se existe inclinação lateral
Figura 33: Posições que modificam a pontuação
para o pescoço.
2º Pontuação do Tronco
O segundo membro a avaliar do grupo B será o tronco. Deve-se determinar se o trabalhador realiza a tarefa
sentado ou de pé, indicando neste último caso o grau de flexão do tronco, como podemos ver na Figura 34. Será
selecionada a pontuação adequada da Tabela 34.
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Pontos Posição
1 Sentado, bem apoiado com um ângulo tronco/cadeira > 90º
2 Se está flexionado entre 0º a 20º
3 Se está flexionado entre 20º e 60º
4 Se está flexionado mais de 60º
A pontuação do tronco poderá ser acrescida de 1 ponto se existir torção ou o tronco se encontrar inclinado na
lateral, como mostra a Figura 35. Podem ser tidas em conta as duas situações que alteram a pontuação inicial
do troco, caso estas se derem em simultâneo e acrescentar 2 pontos ao valor original do tronco, como mostra a
Tabela 35.
Pontos Posição
+1 +2 (caso as duas posições aconteçam Se há torção do tronco
+1 em simultâneo) Se há inclinação lateral do tronco
Pontos Posição
1 Sentado, com pés e pernas bem apoiadas
1 De pé com o peso simetricamente distribuído e espaço para mudar de posição
2 Se os pés não estão apoiados, ou se o peso não está bem distribuído
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Pontuação final
A pontuação resultante da soma do grupo A com a da atividade muscular correspondente e a debitada às forças
aplicadas passará a denominar-se pontuação C, ou seja:
Pontuação GRUPO A + Pontuação do tipo de atividade muscular exercida e da força aplicada = Pontuação C
Da mesma forma, a pontuação obtida da soma do grupo B à da atividade muscular e a debitada às forças
aplicadas passará a dominar-se pontuação D, ou seja:
Pontuação GRUPO B + Pontuação do tipo de atividade muscular exercida e da força aplicada = Pontuação C
A partir das pontuações C e D obtém-se uma pontuação final global para as tarefas que oscilarão entre 1 e 7,
sendo 1 a tarefa que apresenta menor risco de lesão e 7 a que apresenta o risco da lesão mais elevado.
A pontuação final é extraída da Tabela 40.
Por último, conhecida a pontuação final e mediante a Tabela 41, obtém-se o nível de atuação proposto pelo
método Rula.
Assim, o auditor determina se o desempenho da tarefa como esta se encontra definida é aceitável, se é
necessário um estudo em profundidade do posto para determinar concretamente quais as medidas a tomar, e se
deve planear um novo layout do espaço. A magnitude da pontuação postural, assim como as pontuações de
força e atividade muscular, indicarão ao avaliador os aspectos onde se podem encontrar os problemas
ergonómicos do posto e portanto realizar as recomendações convenientes para melhorar o mesmo.
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7.3.2. Aplicação do Método RULA ao Posto de Trabalho Dotado de Visor na Mário António &
Lopes, Lda.
Para a aplicação do Método RULA foram analisadas por observação direta os diversos ciclos de trabalho, com o
objectivo de definir os momentos de avaliação mais significativos, selecionando as posturas mais frequentes e
as mais exigentes.
Tiveram-se em consideração as seguintes etapas:
1) Selecionou-se o momento de uso do computador para executar a entrada e saída de dados, com o auxilio dos
documentos em suporte papel.
2) Avaliou-se a postura sentada;
3) Avaliou-se os lados esquerdo e direito;
4) Determinou-se as pontuações para cada uma das parte do corpo: O lado esquerdo do corpo difere do lado
direito, uma vez que os membros superiores do lado esquerdo trabalham com o teclado e os do lado direito tanto
trabalham com o teclado como com o rato do computador.
Para que avaliação, a partir deste método, seja mais precisa, foi utilizado o Software Ergolândia 3.0. Este
software, tem o intuito de auxiliar profissionais, cujo trabalho se relaciona com a avaliação de
tarefas e postos de trabalho, tendo em vista melhorar a saúde ocupacional dos
trabalhadores e aumentar sua produtividade(Manual Ergolandia, 2008)..
O ícone do Software mostrado ao lado, com dois rostos, possui a intenção de representar os
“Fatores Humanos” (Manual Ergolandia, 2008).
Permite o uso de inúmeros Métodos, entre eles a análise de imagens e o Método Rula, que são os que foram
utilizados neste relatório.
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Figura 37: Análise dos ângulos posturais, adotados pela colaboradora, durante a execução das suas tarefas.
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Avaliação do Grupo A:
1º Braço – considerou-se para pontuação do braço o valor 3, exercendo uma flexão entre 45º e 90º, como os
braços se encontram apoiados na mesa de trabalho a este valor subtrai-se um ponto, dando uma pontuação
igual a 2.
2º Antebraço – Para postura do antebraço tomou-se o valor de 1, com um ângulo de flexão entre 60º e 100º,
com um acréscimo de 1 valor para o lado direito uma vez que a projeção vertical do antebraço no uso do rato
ultrapassa a projeção vertical do cotovelo, dando um valor igual a 2.
3º Pulso – Tomou-se um valor de 2 para ambos os lados, com um acréscimo de um ponto para o pulso direito
devido ao seu desvio radial presente, dando o valor de 3.
Uma vez obtida a pontuação do pulso dá-se valor à rotação do mesmo. Este novo valor será independente e não
será adicionada à pontuação anterior, mas servirá posteriormente para obter a valoração global do grupo A,
assumindo o valor 1, neste caso.
As pontuações atribuídas para ambos os grupos (A e B), na vertente músculo e força estão associadas à
posição estática e ao tempo passado em frente ao computador. Como o trabalhador passa mais que 2 horas em
frente ao computador sem se levantar, na componente músculo é atribuída a pontuação de 1 e uma vez que
passa mais que 6 horas diárias à frente do computador, na vertente força dá-se a pontuação de 2 (Lueder,
1996).
Através da consulta da Tabela 37, obtemos a pontuação global do grupo A, que é igual a 3.
Para obtenção da pontuação C, atribuímos à pontuação do tipo de atividade muscular exercida e da força
aplicada o valor de 2, assim:
Pontuação C = 3+2 = 5
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Avaliação do Grupo B:
1º Pescoço – Como apresenta uma flexão superior a 20º toma um valor de 3 com acréscimo de um ponto devido
à inclinação lateral exercida (associada à postura do tronco adotada), assumindo um valor igual a 4.
2º Tronco – A sua pontuação é igual a 2, resultante do valor 1 (postura sentada) mais 1 devido à inclinação
lateral.
3º Pernas – Tomam o valor 2, porque o peso não se encontra simetricamente distribuído.
Através da consulta da Tabela 38, obtemos a pontuação global do grupo B, que é igual a 5.
Para obtenção da pontuação D, atribuímos à pontuação do tipo de atividade muscular exercida e da força
aplicada o valor de 1, assim:
Pontuação D = 5+2 = 7
Obtidas a Pontuação C e D podemos, através da análise da Tabela 39, obter uma Pontuação final de 7.
Através da análise da Tabela 40, obtemos um Nível de Atuação 4, ou seja, são necessárias alterações urgentes
ao posto de trabalho e ás tarefas.
Este resultado pode ser confirmado, a partir da aplicação do Método RULA, com a utilização do Software
Ergolândia 3.0., como passo a apresentar:
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Figura 38: Identificação do esforço muscular associado à postura de trabalho adoptada e às forças exercidas na realização de atividades
estáticas ou repetitivas através do método RULA, no software Ergolandia 3.0.
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Figura 39: Identificação do esforço muscular associado à postura de trabalho adoptada e às forças exercidas na realização de atividades
estáticas ou repetitivas através do método RULA, no software Ergolandia 3.0. (Continuação)
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A pontuação final toma o valor 7, o que se traduz num nível de atuação igual a 4, reforçando a necessidade de q
alterações urgentes no posto de trabalho.
Todas as medidas preventivas e corretivas já indicadas no Capitulo 7 e plano de Ação e Controlo, tornam-se de
carácter muito urgente, nomeadamente:
1 – Dotar o posto de trabalho com mesa regulável em altura, e de dimensões suficientes para a correta e
confortável disposição de todos os elementos de trabalho;
2 – Colocar à disposição da colaboradora cadeira ergonómica que promova boa estabilidade, de altura ajustável
à estatura do trabalhador, que possua um espaldar regulável em altura e inclinação, borda frontal arredondada,
encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar; possuir 5 rodízios (rodas), de
fácil higienização, giratória, com braços de altura de fácil regulação e com tecido que permita boa transpiração;
3 – Adquirir visor que garanta a boa legibilidade, estabilidade da imagem, com ajuste de luminosidade/contraste,
com tratamento antirreflexos, com polaridade de visor, permita realizar combinação de cores, com fácil
regulação da inclinação, rotação e altura;
4 – Organizar a secretaria, dispondo todos os utensílios da seguinte forma:
O objecto de maior frequência de observação (visor) deve ser centralizado em frente ao trabalhador. O
ângulo de Visão recomendado (medido a partir da linha horizontal da visão) varia entre 15º e 45º,
dependendo da postura de trabalho;
O teclado deve ser colocado de forma a facilitar a sua utilização e deve haver espaço suficiente para o
apoio das mãos e antebraços na mesa.
O rato deve ser ergonómico, de forma anatómica permitindo um confortável posicionamento da mão, a
sua base deve ser dotada de apoio de pulso.
Deve existir um candeeiro de secretária, fixo e de posição ajustável.
5 – Substituir telefone existente, por telefone com auricular
6 – Alternar o tipo de tarefas (com e sem recurso a monitor).
7 – Disponibilizar a todos os trabalhadores em PTDV um apoio para os pés, regulável em altura, adaptável a
cada colaborador;
8 – Nas alturas de maior trabalho, designar alguém, da empresa ou estagiário com formação na área, para
ajudar a colaboradora, na execução das tarefas;
9 – Fazer recursos a pausas frequentes durante o horário de trabalho.
10 – Instalar software, no computador, que solicite ao colaborador de 2 em 2 horas, através de mensagem no
monitor, a realização de exercícios físicos de alongamento;
11 – Formação e sensibilização dos trabalhadores acerca das corretas posturas a adotar durante o período de
trabalho, de forma a prevenir o aparecimento LMERT, e a importância da realização dos exercícios, propostos
em documento distribuído aos trabalhadores em Posto de trabalho dotado de visor, apresentado no Anexo III
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8. Conclusão
A realização deste relatório, permitiu-me adquirir uma visão global da relação que a maioria das empresas deve
adotar em relação à Segurança e Higiene do Trabalho.
A empresa Mário António & Lopes, Lda. mostra uma preocupação crescente em relação ás Condições de SHT,
onde o Técnico assume um papel de extrema importância no trabalho a desenvolver junto dos colegas.
Sendo uma empresa de Construção Civil, fornecedora qualificada Galpenergia, sob a concessão da
Lusitâniagás, tem todas a as condições de SHT asseguradas para as equipas de obra, sendo alvo de auditorias
constantes por parte deste cliente, onde tem obtido resultados positivos.
No entanto, nas suas instalações, nomeadamente, na zona dos escritórios, estas condições, pode dizer-se que
não recebem a mesma atenção. Talvez, isto se deva, à natureza de tarefas que aqui são desempenhadas, e à
ideia generalista de que não envolvem riscos ou perigos para a saúde e bem estar dos colaboradores.
Com a realização do Diagnóstico das Condições Gerais de Segurança e Higiene do Trabalho, através da
aplicação da Lista de Verificação apresentada no Anexo I, juntamente com o registo fotográfico, é possível
apurar que a empresa, possui uma cultura direcionada para Segurança e Higiene do Trabalho bastante
desenvolvida, no entanto, existem algumas situações que puderam ser identificadas como Não Conformidades,
e que se encontram referidas e desenvolvidas no Capítulo 7 - Diagnóstico das Condições de Segurança,
Higiene e Saúde no Trabalho/ Proposta de Medidas Preventivas/Corretivas, ponto 7.1. - Verificação das
Condições de Segurança e Higiene do Trabalho no Posto de Trabalho.
Das situações apontadas e que têm a haver com todos os espaços físicos da empresa, refiro como mais
importantes e urgentes a resolver, por ordem de importância, as seguintes:
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- Instalar os extintores de incêndio, bem sinalizados, em locais bem visíveis, colocados em suporte
próprio de modo a que o seu manípulo fique a uma altura não superior a 1,2 m do pavimento e
localizados preferencialmente:
a) Nas comunicações horizontais ou, em alternativa, no interior das câmaras corta-fogo, quando existam;
b) b) No interior dos grandes espaços e junto às suas saídas. (art.º 163ºdo Anexo I da Portaria nº
1532/2008, de 29 de Dezembro).
2. Iluminação
2.1. Situações Encontradas como Não Conformidades:
- Iluminação natural deficiente, nos Postos de Trabalho Dotados de Visor da Responsável de Compras e
Vendas e da Recepcionista e Secretária da Empresa;
- Iluminação artificial não distribuída uniformemente;
- Inexistência de Sinalização de emergência luminosa.
2.2. Medidas Preventivas/Corretivas Propostas:
- Prover todos os locais interiores de iluminação artificial distribuída uniformemente;
- Realizar medições de iluminância, de forma a garantir que nos espaços onde se realizem Trabalhos
em PTDV, esta seja próxima dos 500 lux.
- Implementação de sistema luminosos de emergência e segurança, com iluminação garantida em caso
de corte da corrente elétrica.
3. Atmosfera de Trabalho
3.1. Situações Encontradas como Não Conformidades:
- Ambiente frio e incómodo no Período de Inverno e dias frios.
3.2. Medidas Preventivas/Corretivas Propostas:
- Ligar sistema de aquecimento, nos dias de frio, 2 horas antes do inicio da atividade nos escritórios e
desligado 2 horas antes do termino desta.
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Em relação ao PTDV onde a Responsável de Compras e Vendas, cumpre funções, foi possível, durante o
desenvolvimento do ponto 7.1. deste relatório, identificar algumas situações apontadas como Não
Conformidades, corroboradas pelo Inquérito de Verificação das Condições de Segurança e Higiene do trabalho
Num Posto de Trabalho Dotado de Visor (Anexo II). Estas situações foram tratadas através do método de
Avaliação de Riscos pela Matriz Melhorada, no ponto 7.2., e encontram-se desenvolvidas nas Tabelas 20, 21,
22, 23 e 24.
Terminada a Avaliação de Riscos, surgiram situações Criticas, cujas intervenções sugeridas no Plano de Ação e
Controlo assumem carácter imediato e urgente. As situações passiveis de intervenção imediata, são:
1. Trabalho na Secretaria
1.1. Design Inadequado da Secretaria e cadeira.
Os riscos Ergonómicos, assumem um papel de destaque, exigindo ações urgentes, tornando-se assim
imperativa a aplicação de medidas preventivas/corretivas.
A Avaliação do Posto de Trabalho através da aplicação do Método RULA, no ponto 7.3., tendo como objetivo a
identificação do esforço muscular associado à postura de trabalho adoptada e às forças exercidas na realização
das atividades estáticas ou repetitivas assumidas pela colaboradora durante a realização das tarefas que lhe
ocupam a maior parte dos seus dias de trabalho, veio reforçar a necessidade urgente de redesenhar este PTDV.
O resultado desta avaliação assume uma pontuação de valor 7, traduzindo-se num Nível de Atuação 4, ou seja,
são necessárias todas as alterações, urgentemente, ao posto de trabalho e ás tarefas.
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As medidas que dão resposta a esta necessidade, encontram-se expostas no ponto 7.3.2.2. e no Plano de Ação
e Controlo, com vista à prevenção de doenças como as LMERT, extinção de eventuais riscos, aumento do bem
– estar e da produtividade do trabalhador.
É importante referir, que os riscos psicossociais, associados a esta atividade, embora tenham sido na sua
maioria, avaliados através do Método da Matriz Melhorada, como situação aceitável, ou Situação bastante
aceitável, devem ter a implementação das medidas para a sua prevenção asseguradas.
O sofrimento dos trabalhadores, muitas vezes invisível e pouco objetivo, é difícil de avaliar e traduzir por meio de
um número ou nível, mas é sabido por todos, que afeta negativamente a saúde, bem-estar, autoestima, relações
familiares, enquadramento socioprofissional, etc., potenciando os acidentes de trabalho, doenças profissionais,
produtividade, motivação, etc. Podendo vir a traduzir-se em custos elevados para a entidade patronal.
É muito importante que todas as sugestões abordadas neste relatório, sejam tidas em conta, e implementadas.
Este relatório deve ser objeto de uma monitorização dinâmica e de permanente atualização.
Por fim, posso dizer que a realização deste trabalho, me permitiu colocar em prática os conteúdos ministrados
nos vários módulos do curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho, permitindo-me ainda ter
a visão do quão importante é o papel de um Técnico dentro de uma organização.
A natureza e a variedade de trabalho que se pode desenvolver, nesta área, a meu ver, transcende a verificação
das Diretivas, Leis ou Decretos – Lei, tornando-se num conjunto de ações que podem simplesmente mudar de
uma forma positiva a vida das pessoas.
Esta oportunidade permitiu-me consolidar conhecimentos e compreender as atividades a desempenhar no
futuro.
Segurança é Vida!!
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9. Bibliografia
Andrade, L. (2011). Manual de Ergonomia.
Faria, M.H. (2009). A Ergonomia em Saúde Ocupacional: Limites e Perspetivas. Oeiras, SO-Intervenções
em Saúde Ocupacional, S.A.
Gadd, S; Deborah, K; Balmforth, H. (2003). Good practice and pitfalls in risk assessment. Sheffield, UK:
Health & Safety Executive.
Glossário - Centro de Informação: ACT - Autoridade para as Condições do Trabalho. (2012), de ACT -
Autoridade para as Condições do Trabalho: http://www.act.gov.pt/(pt-
PT)/CentroInformacao/Glossario/Paginas/default.aspx
JSI (Job Strain Index): ergonautas.com. Obtido no dia 1 de Abril de 2012: ergonautas.com.
Lueder, R. (1996). A Proposed RULA for Computers Users. Proceedings of the Ergonomics Summer
Workshop. US Berkeley Center for Occupational & Environmental Health Continuing Education
Program, San Francisco.
Marques, J.P. (2012). Técnico/a Superior de Segurança e Higiene do Trabalho. Módulo: Avaliação de
Riscos.
McPhee, B. J. (1987). Work-related muscoloskeletal disorders of the neck and upper extremities in
workers angaged in light, highly repetitive work in Osterholz, U.; Karmau, W.; Hulman, B.(eds). In
Proc Int Symp Work-related Musculosketal Disorders (pp. 244-258). Bonn.
Carmen Nunes 82
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Moreira, A.M. (2008/2009). Gestão e Segurança de Obras e Estaleiros. Análise de Riscos. Instituto
Politécnico de Tomar, escola Superior de Tecnologia de Tomar. Departamento de Engenharia
Civil.
OWAS (Ovako Working Analysis System): ergonautas.com. Obtidono dia 1 de Abril de 2012:
ergonautas.com: http://www.ergonautas.upv.es/metodos/owas/owas- ayuda.php
Pavani, R. A., & Quelhas, O. L. (06 a 08 de Novembro de 2006). A avaliação de riscos ergonômicos como
ferramenta gerencial em saúde ocupacional. XIII SIMPEP- Bauru, SP, Brasil.
REBA (Rapid Entire Body Assessment): ergonautas.com. Obtido no dia 1 de Abril de 2012:
ergonautas.com: http://www.ergonautas.upv.es/metodos/reba/reba- ayuda.php
RULA (Rapid Upper Limb Assessment): ergonautas.com. Obtido no dia 20 de Maio de 2012:
ergonautas.com:http://www.ergonautas.upv.es/metodos/rula/rula- ayuda.php
Serranheira, F., & Uva, A. (2004). Avaliação de risco de lesões musculo-esqueléticas do membro superior
ligadas ao trabalho (LMEMSLT): aplicação dos métodos RULA e Strain. Observatório Português
dos Sistemas de Saúde.
Carmen Nunes 83
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Dados da Empresa:
Nome: Mário António & Lopes, Lda.
Morada: Zona Industrial da Mota, Rua 8, Apt. 509, 3830-907 Gafanha da Encarnação
Tlf/Fax: 234 325 968/234 268 873 Sector de Atividade: Construção Civil
N.º de Trabalhadores: 36
Modalidade de Serviços de SHT: Internos
Observações:_______________________________________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________ __________________________________________________
(Assinatura) (Assinatura)
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Verificação dos requisitos legais DL 243/86 de 20 de Agosto:
Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações
Espaço Unitário de Trabalho
1. Área útil do trabalhador ≥ 2m2 X
2. Espaço entre postos de trabalho ≥ 80 cm X
3. Volumemínimo/trabalhador ≥ 10 m3 X
4. Edifício adaptado? X
a) Pé direto ≥ 2,70 m X
4º
5. Pé direto ≥ 3 m X
6. Armazém sem permanência de trabalhadores X
a) Armazém com pé direito ≥ 2,20 m X
b) Armazém com pé direito ≥ 3 m X
7. Meio complementar de renovação de ar quando não se verificar o ponto 4. a) ou 5. X
Observações:
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Assentos
8. Assentos apropriados X
9. N.º de assentos suficiente X
10. Assentos facilmente higienizáveis X
11 Assentos confortáveis X
12. Assentos funcionais X
13. Assentos anatomicamente adaptados X
5º
a) Distância adequadas?
b) Adaptadas ao colaborador?
Observações:
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Desperdícios
17. Recipientes resistentes e higienizáveis com tampa para os desperdícios. X
18. Recipientes com tampa que feche hermeticamente e neutralize a libertação de substâncias tóxicas, perigosas ou X
9º infectantes.
19. Remoção diária dos desperdícios referidos no ponto 17. e/ou 18. X
20. Existência de recipientes em todos os postos de trabalho. X
Observações:
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Atmosfera de trabalho
21. Renovação natural e permanentes do ar X
22. Correntes de ar incómodas ou prejudiciais X
23. Dispositivos de captação local e respectiva drenagem, em caso de libertação ou produção de produtos incómodos, tóxicos ou X
infectantes
24. Isolamento do posto de trabalho quando existem as condições do 23. X
10º 25. Meios de renovação forçada do ar em compartimentos cegos ou interiores, sem corrente de ar ou arrefecimento brusco X
26. Renovação de ar natural e/ou forçada X
a) Sem produção de substâncias incómodas, tóxicas, perigosas ou infectantes X
b) 30 m3/h/trabalhador ≥ Qmédio ar fresco e puro ≤ 50 m3/h/trabalhador X Medição empírica
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Temperatura e Humidade
29. Humidade [50;70]% X Medição empírica
30. Temperatura [18;22]ºC ou até 25ºC X Medição empírica
11º 31 Radiações térmicas elevadas na vizinhança X
34. Arrefecimento intenso na vizinhança X
35. Correta instalação de radiadores, convectores e tubagens de A/C X
Movimentação do ar inferior a 0,1 m/seg? X Medição empírica
Manual (Andrade,
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Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações
Iluminação
41. Iluminação natural ou complementar artificial adequada X
42. Área das sup. Transparentes ≥ 1/3 Área do pavimento a iluminar X
43. Iluminação local adequada X
44. Iluminação artificial não poluente e elétrica X
45. Iluminação:
a) intensidade uniforme X
14º
b) distribuição de forma a evitar contrastes muito acentuados e reflexos prejudiciais X
c) Não provoca encadeamento X
d) Não provoca excessivo aquecimento X
e) Não provoca cheiros, fumos ou gases incómodos, tóxicos ou perigosos X
46. Meios ópticos adequados quando necessário? X
47. Sistema de iluminação de emergência e segurança, em locais com grande número de trabalhadores X
Existência de lâmpadas incandescentes X
Existência de luz dirigida para baixo X
Manual (Andrade, 2011)
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Ruído e vibrações
50. Postos de trabalho ruidosos e trepidantes isolados X
18º 52. Insonorização dos locais ruidosos X
53. EPI’s disponíveis a todos os trabalhadores, caso o posto de trabalho seja ruidoso? X
Manual Existem medidas técnicas apropriadas para a limitação da propagação do ruído e vibrações? X
(Andrade,
2011)
Observações: São distribuídos auriculares de proteção contra o ruído aos trabalhadores que efetuam trabalhos com rebarbadoras e martelos pneumáticos, no entanto verificou-se que
nem todos as utilizam com regularidade, alegando que apenas utilizam estes instrumentos muito esporadicamente e por curtos períodos de tempo.
Ruído ambiente
54. Exposição ao ruído inferior aos limites indicados nas NP X Medição empírica
19º
55. Exposição às vibrações inferior aos limites indicados nas NP X Medição empírica
Observações: Embora não tenham sido efetuadas as devidas medições, o ambiente envolvente a todo o edifício não apresenta níveis de ruído elevados nem quaisquer níveis de
vibração.
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Ritmos de trabalho
22º 57. Ritmos de trabalho adequados, de acordo com parecer médico X
58. Pausas no decurso do trabalho X
59. Rotatividade no desempenho das tarefas X
Observações:
Recipientes
24º 60.Recipientes convenientemente identificados: X
a) Sinal de Perigo X
b) Nome da substância ou designação de referencia X
c) Informações relativas ao manuseio X
Observações:
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Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações
Idade mínima
26º 63. Cumprimento das idades mínimas fixadas para manuseamento de substâncias perigosas, insalubres ou tóxicas. X
64. Substâncias utilizadas
Identificação das substâncias
a) Tóxicas X
b) Incómodos X
c) Perigosos X
utilizadas
d) Insalubres X
e) Infectantes X
f) Explosivas X
g) Inflamáveis X
Observações: Apenas utilizadas pela equipas de obra. Em todas as auditorias realizadas pelo dono de obra (Lusitaniagás), verificou-se que as medidas de proteção necessárias são acauteladas e dadas
a conhecer a todos os colaboradores.
Armazenagem
29º 65. Produtos armazenados em compartimento próprio X
66. Se sim no 65., existem sistemas de ventilação suficiente X
67. Se sim no 65., sistema de fecho hermético X
68. Se sim no 65., compartimento com pavimento escavado X
69. No armazém de subst. explosivas e/ou inflamáveis existe parede frágil voltada para o exterior, livre de habitações, instalação eléctrica X
blindada e antideflagrante e porta chapeada a ferro.
Observações: Existem produtos de limpeza, que não se encontram armazenados em local próprio. Apenas os materiais de construção e outros necessários ao desenvolvimento da atividade em obra se
encontram devidamente armazenados, com exceção de tintas e produtos diluentes, que se encontram armazenados sem bacias de retenção e sem o respeito da lei da compatibilidade química.
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Empilhamento
35º 79. materiais empilhados de forma estável. X
80. Peso dos materiais não excede a sobrecarga prevista para o pavimento. X
81. Empilhamento não é efectuado contra paredes que não esteja devidamente dimensionadas para tal. X
82. Empilhamento não prejudica a distribuição de luz natural/artificial, circulação nas vias de passagem e o funcionamento eficaz X
dos equipamentos ou do material de luta contra incêndios.
Observações:
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Chuveiros
39º 100. Se existe manipulação de substâncias tóxicas, perigosas ou infectantes, existe um chuveiro por cada grupo de dez X
trabalhadores ou fracção que cessem simultaneamente o trabalho.
Observações:
Vestiários
40º 101. Vestiários que permitam, aos trabalhadores, mudar e guardar o vestuário que não seja usado durante o trabalho. X
Observações:
Armários Individuais
41º 102. Vestiários com armários individuais sempre que os trabalhadores exerçam tarefas em que haja necessidade de mudança de X
roupa e na medida da área disponível dos estabelecimentos existentes.
103. Existem tantos armários individuais quanto os trabalhadores do mesmo sexo e separados para homens e mulheres. X
Observações:
Medidas e Características
42º 104. Armários individuais com as medidas e características fixadas nas normas portuguesas. X
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Refeitórios
44º 106. Existem meios de aquecimento de comida nos refeitórios, em compartimento separado dos restantes locais. X
Até 25 pessoas, 18,5 m2; X
107. Superfícies dos
máximo de pessoas
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Água potável
45º 112. É disponibilizada água potável, em locais facilmente acessíveis, em quantidade suficiente e, se possível, corrente. X
113. São distribuídos copos individuais ou instalados bebedouros de jacto ascendente. X
Observações:
Recipientes de água
46ª 114. Quando não há rede de água potável, é utilizada água potável de outra origem, contida em recipientes fechados e X
higienizados.
115. Os recipientes de água não potável e suas canalizações têm um dístico-aviso, «Água imprópria para consumo». X
Observações:
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Verificação das Condições do Posto de Trabalho dotado de Visor segundo Andrade, 2011
O visor possui orientação e inclinação regulável de modo livre e fácil, adaptando-se às necessidades dos trabalhadores? X
Existência de filtro de visor? X
Existência de reflexos no visor? X
Observações:
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Condições a verificar Sim Não N/A Observações
Possuem altura ajustável? X
Possuem borda frontal arredondada? X
Possuem um encosto ajustável em altura e em inclinação? X
Possuem encosto para proteção da região lombar? X
Possuem 5 rodas; X
São facilmente higienizáveis? X
Cadeiras
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Os envidraçados possuem dispositivos ajustáveis que atenuem a luz do dia; X Local sem
janelas
Existe ruído ambiente que interfira no desenvolvimento do trabalho; X
Existência de área de descanso; X
Existência de mobiliário de apoio adequado; X
Observações:
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Dados da Empresa
Nome: Mário António & Lopes, Lda.
Morada: Zona Indusrial da Mota, Rua 8, Apt. 509, 3830 – 907 Gafanha da Encarnação
Tlf./Fax: 234325968/234326873
Dados do Trabalhador
Nome: Isabel Cristina da Costa Capela Domingues
Tratamento de textos
Diálogo interativo
Análises/Programação/Projeto
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Equipamentos de trabalho
Visor
Tamanho dos
Considera adequado o tamanho dos caracteres? Sim x Não
Caracteres
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Visor
Teclado
Independência do
O teclado é Independente do Visor?
teclado Sim x Não
Regulação da inclinação
A inclinação do seu teclado é regulável?
do Teclado Sim x Não
Disposição do Teclado A distribuição das teclas no teclado, dificulta a sua localização e utilização?
Sim Não x
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Rato
Sim Não x
O seu desenho é adaptado à curva da mão, permitindo uma utilização comoda?
Na utilização de rato
O movimento do cursor, no monitor, responde satisfatóriamente,aos movimentos que
Sim Não x
executa com o rato?
A superficie de trabalho suporta sem se mover, o peso do equipamento ou o de uma Sim xx Não
Estabilidade
pessoa ou objecto que se colocar sobre qualquer dos seus bordos?
Acabamento
Sim x Não
As superficies de trabalho têm acabemnto mate, anti-reflexos?
Utiliza Portadocumentos? (Se sim, responda às questões a) e b) que se seguem) Sim Não
Espaço para colocação O espaço disponivel debaixo da superficie de trabalho é suficiente e permite uma posição Sim x Não
das pernas cómoda?
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Cadeira
O design da sua cadeira, parece-lhe adequado, permitindo liberdade de movimentos e Sim Não x
uma postura adequada?
Ajuste
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Anexo III – Boletim Informativo, sobre Ergonomia, e as Recomendações de prevenção das LMERT
Ergonomia
Posto de Trabalho Dotado de Visor – Recomendações
O que é a Ergonomia?
A palavra Ergonomia descreve a ciência de “conceber
uma tarefa que se adapte ao trabalhador, e não forçar o
trabalhador a adaptar-se à tarefa”.
ao Computador
1 – tenossinovites;
2 – tendinites;
3 – epicondilite;
4 – síndrome do túnel carpo;
5 – bursites;
6 – dedo em gatilho;
7 – síndrome do desfiladeiro
torácico;
8 – síndrome do pronador
Redondo;
9 – mialgias.
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Risco Ergonómico…
Um dos maiores fatores de risco, do ponto
de vista ergonómico, é a postura estática.
Desse modo, tal atitude deve ser combatida
de forma prática e eficiente no próprio posto
de trabalho. Por pelo menos cinco minutos
Sabia que, geralmente, uma dor de cabeça pode por hora deixe as suas atividades de
ter origem na região cervical? Por isso,
precisamos ter muita atenção e cuidado com trabalho e execute exercícios ou movimentos
essa região quando estamos a olhar para o
monitor. Veja na figura acima a posição correta. de alongamento periodicamente.
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Dicas de Alongamento
Ficar ao computador por longos períodos pode causar tensão no pescoço,
ombros, e dores na região lombar. Os exercícios de alongamento, devem
ser executados várias vezes ao dia ou sempre que se sentir cansado.
Levantar-se e caminhar pelo escritório ou local de trabalho também
contribui para melhorar o ânimo e a disposição.
...
! Diminuem as tensões acumuladas no trabalho;
! Previnem lesões e doenças por traumas
cumulativos, como as LME;
! Diminuem a fadiga visual, corporal e mental por
meio das pausas para os exercícios.
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Posições a adotar e
não adotar, quando
trabalha com o rato e
teclado!!
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