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Avaliação de Riscos num Posto de Trabalho Dotado de Visor

na Mário António & Lopes, Lda.

Mário António & Lopes, Lda.

Carmen Nunes

Curso Técnico Superior de Segurança e Higiene do


Trabalho

5/F/Acção 83

Curso Homologado Entidade Acreditada

«Aveiro, 2012»
Avaliação de Riscos num Posto de Trabalho Dotado de Visor
na Mário António & Lopes, Lda.

Mário António & Lopes, Lda.

Carmen Nunes

Curso Técnico Superior de Segurança e Higiene do


Trabalho
5/F/Acção 83

Orientador Estágio da Conclusão: Dr.ª Laura Andrade

Curso Homologado Entidade Acreditada

«Aveiro, 2012»
Avaliação de Riscos Num Posto de Trabalho Dotado de Visor
na Mário António & Lopes, Lda.
Curso Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho

Preâmbulo

O presente documento, representa o relatório de estágio como parte integrante do Curso de Técnico Superior de
Segurança e Higiene no Trabalho, Nível VI, homologado pela Autoridade para as Condições de Trabalho,
realizado na entidade Conclusão - Estudos e Formação, Lda., Ação número 83, tendo tido inicio em Outubro de
2011 com término em Junho de 2012.

Este documento reúne todas as informações e indicações relevantes em matéria de segurança e Higiene do
Trabalho que se mostrem necessárias para reduzir o risco de ocorrência de acidentes de trabalho e de doenças
profissionais, bem como o levantamento dos riscos num posto de trabalho dotado de visor, por forma a
preverem-se medidas de prevenção destinadas a minimizar o factor risco, e de proteção de vidas.

Este relatório deve ser evolutivo bem como objecto de permanente atualização.

A Mário António & Lopes, Lda. felizmente é uma empresa que apresenta boas condições de trabalho, contando
com uma estrutura de recursos humanos muito consciencializada e muito direcionada para a vertente “trabalho
seguro”.

Com a execução deste relatório poderemos identificar aspectos a melhorar, aumentando a qualidade de vida dos
trabalhadores, permitindo a consolidação e o aprofundar de todos os conhecimentos adquiridos ao longo de todo
o curso.

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I. ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO 1

2. OBJETIVOS/ÂMBITO 4

3. ENQUADRAMENTO TEÓRICO 5

3.1. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE RISCOS 5


3.2. MÉTODOS QUALITATIVOS 7
3.2.1. MÉTODOS QUANTITATIVOS 8
3.2.2. MÉTODOS SEMI-QUANTITATIVOS 8
3.3. ERGONOMIA. MÉTODOS DE ANÁLISE DE RISCOS ERGONÓMICOS 9
3.3.1. MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO 14
3.3.1.1. TÉCNICAS OBJECTIVAS OU DIRETAS 14
3.3.1.2. TÉCNICAS SUBJETIVAS OU INDIRETAS 14
3.3.2. MÉTODOS DIRETOS 15
3.3.3. MÉTODOS SUBJETIVOS 15
3.3.4. MÉTODOS SEMI-QUANTITATIVOS 16
3.3.5. MÉTODOS QUANTITATIVOS 20
3.4. POSTO DE TRABALHO DOTADO DE VISOR 21
3.4.1. TIPOS DE TRABALHO COM ECRÃ 22
3.4.2. O PAPEL DA EMPRESA 23
3.5. LESÕES MÚSCULO ESQUELÉTICAS 23
3.5.1. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE ALGUMAS LESÕES MÚSCULO-ESQUELÉTICAS RELACIONADAS COM O
TRABALHO 27

4. ENQUADRAMENTO LEGAL 30

5. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA 32

5.1. ESQUEMA DE LOCALIZAÇÃO 32


5.2. CONSTRUÇÃO E LAY-OUT 33
5.3. EVOLUÇÃO HISTÓRICA 33
5.4. ORGANIZAÇÃO DA EMPRESA 34
5.5. POLÍTICA DE SEGURANÇA E SAÚDE DA EMPRESA 35

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6. APRESENTAÇÃO DO CASO DE ESTUDO – POSTO DE TRABALHO DOTADO DE VISOR 36

6.1. DESCRIÇÃO DO POSTO DE TRABALHO 36


6.2. METODOLOGIAS UTILIZADAS 38

7. DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO/ PROPOSTA


DE MEDIDAS PREVENTIVAS/CORRETIVAS 39

7.1. VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO NO POSTO DE TRABALHO 39


7.1.1. CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS 39
7.1.2. CARACTERÍSTICAS ORGANIZACIONAIS 40
7.1.3. ESPAÇO UNITÁRIO DE TRABALHO 40
7.1.4. ASSENTOS 41
7.1.5. LIMPEZA DIÁRIA E PERIÓDICA 43
7.1.6. DESPERDÍCIOS 43
7.1.7. ATMOSFERA DE TRABALHO 44
7.1.8. ILUMINAÇÃO 45
7.1.9. EQUIPAMENTOS DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS/MEDIDAS DE AUTOPROTEÇÃO. 47
7.1.10. TECLADOS/ RATO 48
7.1.11. VISORES 49
7.1.12. SOFTWARE 51
7.2. APLICAÇÃO DO MÉTODO DA MATRIZ MELHORADA PARA A AVALIAÇÃO DE RISCOS NO POSTO DE TRABALHO
DOTADO DE VISOR 52
7.3. AVALIAÇÃO DO POSTO DE TRABALHO ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DO MÉTODO RULA 62
7.3.1. O MÉTODO RULA 62
7.3.2. APLICAÇÃO DO MÉTODO RULA AO POSTO DE TRABALHO DOTADO DE VISOR NA MÁRIO ANTÓNIO & LOPES,
LDA. 71

8. CONCLUSÃO 78

9. BIBLIOGRAFIA 82

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II. Índice de Figuras


Figura 1: Tipos de Métodos de análise de risco (adaptado de Carneiro, 2011). 6

Figura 2: Denominador Comum dos Elementos que caracterizam a Ergonomia (Faria, 2009) 10

Figura 3: Condições de Trabalho. Características (Individuais) do(s) Trabalhador(es) (Faria, 2009) 11

Figura 4: Condições de Trabalho. Condições Inerentes à sociedade Global em que a situação de trabalho
se insere 12

Figura 5: Condições de Trabalho. Exigências que caracterizam (definem) a(s) tarefa(s) 12

Figura 6: Grandes Categorias de Variáveis a ter em conta na análise de uma situação de trabalho. 13

Figura 7: Exemplo de PTDV, bem desenhado 21

Figura 8: Trabalho tipo introdução de Dados e correta disposição do Ecrã, Teclado e Documento 22

Figura 9: Trabalho tipo Conversacional e correta disposição do Ecrã, Teclado e Documento 22

Figura 10: Enquadramento conceptual dos mecanismos fisiológicos e dos factores de risco que
potencialmente contribuem para as LMERT 26

Figura 11: Localização de algumas Lesões Músculo – Esqueléticas Relacionadas com o Trabalho 28

Figura 12: Posturas adotadas em PTDV. Patologias associadas às más posturas e Postura
correta a adotar 29

Figura 13: Planta do Rés - do - Chão (Escala 1:200) 33

Figura 14: Organigrama da Empresa Mário António & Lopes, Lda. 34

Figura 15: Posto de Trabalho Dotado de Visor sobre o qual incidirá a Avaliação 36

Figura 16: Área útil de trabalho (área 1- zona principal de trabalho; área 2 - zona de trabalho secundário
e área 3 - zona de referência) 40

Figura 17: Cadeira ergonómica, adaptada aos Postos de Trabalho Dotados de Visor 41

Figura 18: Postura de trabalho correta num PTDV 42

Figura 19: Distribuição correta da iluminação em relação ao posto de trabalho 45

Figura 20: Posição adequada do posto de trabalho em relação à iluminação artificial 46

Figura 21: Disposição correta das fontes de luz num PTDV 46

Figura 22: Teclado, rato e apoio de pulso, adequados a um Posto de Trabalho dotado de Visor 49

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Figura 23: Correta disposição do visor de acordo com as fontes luminosas existentes. 50

Figura 24: A Ergonomia e a Tecnologia 51

Figura 25 : Posições do braço 63

Figura 26: Posições que modificam a pontuações do braço 64

Figure 27: Posições do antebraço 64

Figura 28: Posições que modificam a pontuação do antebraço 64

Figura 29: Posições do pulso 65

Figura 30: Desvio do pulso 65

Figura 31: Rotação do pulso 65

Figura 32: Posições do Pescoço 66

Figura 33: Posições que modificam a pontuação para o pescoço 66

Figura 34: Posições do tronco 67

Figura 35: Posições que modificam a classificação do tronco 67

Figura 36: Posição das pernas 67

Figura 37: Análise dos ângulos posturais, adotados pela colaboradora, durante a execução
das suas tarefas 72

Figura 38: identificação do esforço muscular associado à postura de trabalho adoptada e às forças
exercidas na realização de atividades estáticas ou repetitivas através do método RULA, no software
Ergolandia 3.0. 75

Figura 39: identificação do esforço muscular associado à postura de trabalho adoptada e às forças
exercidas na realização de atividades estáticas ou repetitivas através do método RULA, no software
Ergolandia 3.0. (Continuação) 76

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III. Índice de Tabelas


Tabela 1: Métodos de análise de riscos. _______________________________________________________ 5
Tabela 2: Prevalência de LER nas diversas atividades profissionais em % ____________________________ 24
Tabela 3: Lesões Músculo Esqueléticas relacionadas com o Trabalho mais relevantes, por região anatómica e
de acordo com a estrutura anatómica afetada ______________________________________________ 28
Tabela 4: Identificação da Empresa. _________________________________________________________ 32
Tabela 5: Procedimentos a seguir pela colaboradora durante as Vendas._____________________________ 36
Tabela 6: Procedimentos a seguir pela colaboradora durante as compras. ____________________________ 37
Tabela 7: Condições de Espaço Unitário de Trabalho.____________________________________________ 41
Tabela 8: Assento no PTDV a avaliar. ________________________________________________________ 42
Tabela 9: Limpeza diária. Situação encontrada. _________________________________________________ 43
Tabela 10: Recipientes existentes no posto de trabalho. __________________________________________ 44
Tabela 11: Condições de iluminação no PTDV. _________________________________________________ 45
Tabela 12: Situações encontradas em relação aos equipamentos de extinção de incêndios e Medidas de
Autoproteção. _______________________________________________________________________ 48
Tabela 13: Teclado e rato existentes no PTDV. _________________________________________________ 49
Tabela 14: Situação encontrada relativa ao visor no PTDV. _______________________________________ 50
Tabela 15: Tabela para a determinação da Escala de Frequência (F). _______________________________ 52
Tabela 16: Tabela para a determinação da Escala de Severidade (S). _______________________________ 52
Tabela 17: Tabela com a Escala dos Procedimentos e condições de segurança (Ps). ___________________ 53
Tabela 18: Tabela para atribuição de valor consoante o número de pessoas afectadas (N). ______________ 53
Tabela 19: Tabela da Magnitude do Risco. ____________________________________________________ 53
Tabela 20: Avaliação de Riscos Ergonómicos no posto de Trabalho Dotado de Visor da Responsável de
Compras e Vendas da Mário António & Lopes, Lda, enquanto permanece na sua secretaria. _________ 54
Tabela 21: Avaliação de Riscos Ergonómicos no posto de Trabalho Dotado de Visor da Responsável de
Compras e Vendas da Mário António & Lopes, Lda, durante a utilização das novas tecnologias da
informação e comunicação. ____________________________________________________________ 55
Tabela 22: Avaliação de Riscos Ergonómicos no posto de Trabalho Dotado de Visor da Responsável de
Compras e Vendas da Mário António & Lopes, Lda, durante a permanência no local de trabalho. ______ 57
Tabela 23: Avaliação de Riscos Ergonómicos no posto de Trabalho Dotado de Visor da Responsável de
Compras e Vendas da Mário António & Lopes, Lda, durante a tarefa de entrada e saída de dados. ____ 59
Tabela 24: Avaliação de Riscos Ergonómicos no posto de Trabalho Dotado de Visor da Responsável de
Compras e Vendas da Mário António & Lopes, Lda, ao nível organizacional. ______________________ 61
Tabela 25: Pontuações do braço. ____________________________________________________________ 63

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Tabela 26: Modificações sobre a pontuação dos braços. __________________________________________ 64


Tabela 27: Pontuação do antebraço. _________________________________________________________ 64
Tabela 28: Modificação da pontuação do antebraço. _____________________________________________ 64
Tabela 29: Pontuação do pulso. _____________________________________________________________ 65
Tabela 30: Modificação da pontuação do pulso._________________________________________________ 65
Tabela 31: Pontuação para a rotação do pulso. _________________________________________________ 65
Tabela 32: Pontuação para o Pescoço ________________________________________________________ 66
Tabela 33: Modificação da pontuação para o pescoço ___________________________________________ 66
Tabela 34: Pontuação para o tronco. _________________________________________________________ 67
Tabela 35: Modificação da pontuação do tronco. ________________________________________________ 67
Tabela 36: Pontuação para a posição das pernas._______________________________________________ 67
Tabela 37: Pontuação global para o GRUPO A._________________________________________________ 68
Tabela 38: Pontuação global para o GRUPO B._________________________________________________ 69
Tabela 39: Pontuação para a atividade muscular e para as forças exercidas. __________________________ 69
Tabela 40: Pontuação Final. ________________________________________________________________ 70
Tabela 41: Níveis de atuação, segundo a pontuação final obtida. ___________________________________ 71

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IV. Índice de Anexos


ANEXO I – Lista de Verificação das Condições de Segurança e Higiene do Trabalho na Mário António & Lopes,
Lda.
ANEXO II – Inquérito de Verificação das Condições de Segurança e Higiene do Trabalho num Posto de Trabalho
Dotado de Visor.
ANEXO III – Boletim Informativo, sobre Ergonomia, e as Recomendações de prevenção das LMERT.

V. Notações
ACT – Autoridade para as Condições de Trabalho
Art.º - Artigo
DL – Decreto-Lei
EDV – Equipamentos Dotados de Visor
FAM – Ficha de Aptidão Médica
ISO – Organização Internacional para a Padronização
LER – Lesões por esforços repetitivos
LME – Lesões Músculo Esqueléticas
LMERT – Lesões Músculo Esqueléticas Relacionadas com o Trabalho
N/A – Não Aplicável
NC – Não Conformidades
OCRA –Occupational Repetitive Action
OIT – Organização Internacional do Trabalho
OSHAS – Occupational Safety & Health Administration
OWAS – Ovako Working Analysis System
PT – Posto de Trabalho
PTDV – Posto de Trabalho Dotado de Visor
REBA – Rapid Entire Body Assessment
RULA – Rapid Upper Limb Assesment
SHT – Segurança e Higiene do Trabalho
SI – Sistema Informático
TSSHT – Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho

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VI. Glossário

Acidente de Trabalho
Acidente que se verifique no local e no tempo de trabalho e produza direta ou indiretamente lesão corporal,
perturbação funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de trabalho ou de ganho ou a morte.
Considera-se também acidente de trabalho o ocorrido:
a) No trajeto de ida e de regresso para e do local de trabalho:
Entre a sua residência habitual ou ocasional, desde a porta de acesso para as áreas comuns do edifício ou para
a via pública, até às instalações que constituem o seu local de trabalho;
Entre qualquer dos locais referidos na alínea precedente e o local do pagamento da retribuição, enquanto o
trabalhador aí permanecer para tal efeito e o local onde ao trabalhador deva ser prestada qualquer forma de
assistência ou tratamento por virtude de anterior acidente e enquanto aí permanecer para esses fins.
Entre o local de trabalho e o local da refeição;
Entre o local onde por determinação da entidade empregadora presta qualquer serviço relacionado com o seu
trabalho e as instalações que constituem o seu local de trabalho habitual.
b) Na execução de serviços espontaneamente prestados e de que possa resultar proveito económico para a
entidade empregadora;
c) No local de trabalho, quando no exercício do direito de reunião ou de atividade de representante dos
trabalhadores, nos termos da lei;
d) No local de trabalho, quando em frequência de curso de formação profissional ou, fora do local de trabalho,
quando exista autorização expressa da entidade empregadora para tal frequência;
e) Em atividade de procura de emprego durante o crédito de horas para tal concedido por lei aos trabalhadores
com processo de cessação de contrato de trabalho em curso;
f) Fora do local ou do tempo de trabalho, quando verificado na execução de serviços determinados pela entidade
empregadora ou por esta consentidos (Lei n.º 98/2009, de 4 de Setembro).

Ambiente de Trabalho
Conjunto de elementos físicos, químicos e biológicos que envolvem o Homem, no seu posto de trabalho (Não
incluem os factores sociais) (Glossário – Centro de Informação: ACT – Autoridade Competente para as
Condições de Trabalho, http://www.act.gov.pt/(pt-PT)/CentroInformacao/Glossario/Paginas/default.aspx, 15 de
Maio de 2012 às 10h23min).

Carmen Nunes IX
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Análise de Riscos
Utilização sistemática da informação disponível para identificar os perigos e estimar os riscos profissionais
((Glossário – Centro de Informação: ACT – Autoridade Competente para as Condições de Trabalho,
http://www.act.gov.pt/(pt-PT)/CentroInformacao/Glossario/Paginas/default.aspx, 15 de Maio de 2012 às
10h25min).

Avaliação de Riscos
Processo de identificar, estimar (quantitativa ou qualitativamente) e valorar os riscos para a saúde e segurança
dos trabalhadores. Este processo visa obter a informação necessária à tomada de decisão relativa ações
preventivas a adoptar (Glossário – Centro de Informação: ACT – Autoridade Competente para as Condições de
Trabalho, http://www.act.gov.pt/(pt-PT)/CentroInformacao/Glossario/Paginas/default.aspx, 15 de Maio de 2012 às
10h27min).

Carga de Trabalho
Sugere a ideia de um fardo imposto a alguém. Tratando-se da carga de trabalho, o conceito envolve a carga
imposta (solicitações, exigências, constrangimentos), assim como as suas repercussões sobre o comportamento
e as funções do operador em atividade. O conceito de carga de trabalho pode ser utilizado referindo-se
exclusivamente à tarefa ou simultaneamente à tarefa e ao envolvimento físico e social, constituindo, assim, a
carga global de trabalho (Sanders, 1989).

Checklist
Lista para verificação de atendimento de ações e critérios pré-estabelecidos (Ramalho, 2009).

Componentes materiais do trabalho


O local de trabalho, o ambiente de trabalho, as ferramentas, as máquinas, equipamentos e materiais, as
substâncias e agentes químicos, físicos e biológicos e os processos de trabalho (Lei n.º 102/2009, de 10 de
Setembro).

Controlo de Riscos
Processo que envolve a adopção de medidas técnicas, organizativas, de formação, de informação e outras,
tendo em vista a redução dos riscos profissionais e avaliação dessas medidas (Glossário – Centro de
Informação: ACT – Autoridade Competente para as Condições de Trabalho, http://www.act.gov.pt/(pt-
PT)/CentroInformacao/Glossario/Paginas/default.aspx, 15 de Maio de 2012 às 10h30min).

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Dano (provocado pelo trabalho)


Lesão corporal, perturbação funcional ou doença que determine redução na capacidade de trabalho ou de ganho
ou a morte do trabalhador resultante, direta ou indiretamente, de acidente de trabalho (Glossário – Centro de
Informação: ACT – Autoridade Competente para as Condições de Trabalho, http://www.act.gov.pt/(pt-
PT)/CentroInformacao/Glossario/Paginas/default.aspx, 15 de Maio de 2012 às 10h35min).

Doença profissional
Doença incluída na Lista das Doenças Profissionais de que esteja afectado um trabalhador que tenha estado
exposto ao respectivo risco pela natureza da atividade ou condições, ambiente e técnicas do trabalho habitual. E
ainda, para efeitos de reparação, a lesão corporal, perturbação funcional ou doença não incluída na Lista, desde
que se prove ser consequência necessária e direta da atividade exercida e não represente normal desgaste do
organismo.

Equipamento de Trabalho
máquina, aparelho, ferramenta ou instalação utilizados no trabalho (Decreto - Lei n.º 50/2005, de 25 de
Fevereiro).

Ergonomia
Ciência que tem como objectivo a compreensão das interações entre o Homem e os outros elementos de um
sistema de trabalho. É a disciplina científica relacionada com a compreensão das interações entre os seres
humanos e os outros elementos de um sistema, e a profissão que aplica os princípios teóricos, dados e métodos
pertinentes para conceber com vista a optimizar o bem-estar humano e o desempenho global do sistema
(Andrade, 2011).

Higiene do Trabalho
Conjunto de metodologias não médicas necessárias à prevenção das doenças profissionais, tendo como
principal campo de ação o controlo da exposição aos agentes físicos, químicos e biológicos presentes nos
componentes materiais do trabalho. Esta abordagem assenta fundamentalmente em técnicas e medidas que
incidem sobre o ambiente de trabalho (Glossário – Centro de Informação: ACT – Autoridade Competente para as
Condições de Trabalho, http://www.act.gov.pt/(pt-PT)/CentroInformacao/Glossario/Paginas/default.aspx, 15 de
Maio de 2012 às 10h52min).

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Local de Trabalho
Todo o local em que o trabalhador se encontra, ou donde ou para onde deve dirigir-se em virtude do seu
trabalho, e em que esteja, direta ou indiretamente, sujeito ao controlo do empregador (Lei n.º 102/2009, de 10 de
Setembro).

Medidas de prevenção (de riscos)


Conjunto de ações de ordem construtiva, técnica ou organizacional que têm como objectivo evitar ou minimizar
os riscos profissionais, ou seja proteger os trabalhadores na sua integridade física e moral. Como medidas de
prevenção mais vulgarmente utilizadas destacam-se a sinalização de segurança e os equipamentos de proteção
colectiva e individual, bem como as ações de formação e sensibilização dos trabalhadores (Glossário – Centro
de Informação: ACT – Autoridade Competente para as Condições de Trabalho, http://www.act.gov.pt/(pt-
PT)/CentroInformacao/Glossario/Paginas/default.aspx, 15 de Maio de 2012 às 11h00min).

Plano de evacuação
Estudo das condições de segurança de um edifício relativamente os riscos graves (incêndio, explosão, fuga de
gás, etc.), estabelecendo os caminhos de saída mais rápidos e seguros, bem como a sinalização e coordenação
destas ações (Rodrigues, 2006).

Posto de Trabalho
Sistema constituído por um conjunto de recursos humanos, físicos, tecnológicos e organizacionais que, no seio
de uma organização de trabalho, visa a realização de uma tarefa ou atividade (Rodrigues, 2006).

Posto de Trabalho dotado de Visor


O conjunto constituído por um equipamento dotado de visor, eventualmente munido de um teclado ou de um
dispositivo de introdução de dados e ou de software que assegure a interface homem/máquina, por acessórios
opcionais, por equipamento anexo, incluindo unidade de disquetes, por um telefone, por modem, por uma
impressora, por um suporte para documentos, por uma cadeira e por uma mesa ou superfície de trabalho, bem
como pelas suas condições ambientais (Decreto – Lei n.º 349/93, de 1 de Outubro).

Prevenção
Ação de evitar ou diminuir os riscos profissionais através de um conjunto de disposições ou medidas que devam
ser tomadas em todas as fases da atividade da empresa.

Carmen Nunes XII


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Rato Ergonómico
São equipamentos que permitem um menor cansaço das mãos e do pulso, devido à sua forma anatómica
permitindo um confortável posicionamento da mão (Andrade, 2011).

Perigo
Entende-se perigo como uma “fonte, situação, ou ato com potencial para o dano em termos de lesão ou afecção
da saúde, ou uma combinação destes”. Remete para algo com potencial para causar dano, poendo esse
potencial de perigo ser quantificado. Um perigo não conduz necessariamente a danos, mas a existência de um
perigo significa a possibilidade de ocorrerem danos (Carneiro, 2011).

Risco
O risco em contexto laboral pode ser interpretado como a combinação da probabilidade de ocorrência de um
acontecimento perigoso ou exposição a um factor de risco com a severidade da lesão ou doença que pode ser
causada pelo acontecimento ou exposição (Carneiro, 2011).

Segurança do Trabalho
Conjunto de metodologias adequadas à prevenção de acidentes de trabalho, tendo como principal campo de
ação o reconhecimento e o controlo dos riscos associados aos componentes materiais do trabalho (Glossário –
Centro de Informação: ACT – Autoridade Competente para as Condições de Trabalho, http://www.act.gov.pt/(pt-
PT)/CentroInformacao/Glossario/Paginas/default.aspx, 15 de Maio de 2012 às 11h00min).

Teclado Ergonómico
Está dividido em duas partes, a esquerda e a direita que, facilita a escrita. Também tem umas patilhas na parte
posterior que permite colocar o teclado mais alto ou mais baixo, finalmente possui uma zona onde é possível
apoiar os pulsos para um maior conforto (Andrade, 2011).

Trabalhador
Pessoa singular que, mediante retribuição, se obriga a prestar serviço a um empregador e, bem assim, o
tirocinante, o estagiário e o aprendiz que estejam na dependência económica do empregador em razão dos
meios de trabalho e do resultado da sua atividade (Lei n.º 102/2009, de 10 de Setembro).

Visor
Um ecrã alfanumérico ou gráfico, seja qual for o processo de representação visual utilizado (Andrade, 2011).

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Zona Principal de Trabalho


Distância do cotovelo até à mão. Zona para colocar os itens usados mais frequentemente numa área de fácil
acesso (Andrade, 2011).

Zona de Trabalho Secundário


Ao alcance do braço. Zona para colocar os itens utilizados não a todo o momento (Andrade, 2011).

Zona de Referência
Fora do alcance do braço. Zona para os itens menos utilizados (Andrade, 2011).

Carmen Nunes XIV


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1. Introdução
Nas últimas décadas, a evolução do trabalho é caracterizada por uma forte evolução tecnológica que tem
conduzido a profundas alterações das condições de trabalho e, consequentemente, das suas exigências.
Estas alterações, associadas à natureza do trabalho, podem ser responsáveis por problemas diversos, cujas
repercussões tanto se fazem sentir sobre o indivíduo (na sua vida profissional e social), como no próprio sistema
produtivo.

Atualmente a Segurança e Higiene do Trabalho é um direito que assiste a todos e é um factor determinante para
que se criassem leis e meios para que as empresas estabelecessem os seus serviços de SHT de acordo com as
suas características.

Em 1989 foi publicada pela Comissão Europeia a Diretiva 89/391/CEE, de 12 de Junho - designada
comummente por Diretiva Quadro -, a qual teve por objecto a execução de medidas destinadas a promover no
espaço europeu a melhoria da segurança e saúde dos trabalhadores (www.act.gov.pt/(PT-
PT)/CENTROINFORMACAO/PRINCIPIOSGERAISPREVENCAO/Paginas/default.aspx, a 25 de Maio de 2012 às
17h31).
Esta Diretiva atribui às entidades empregadoras nove princípios relativos à prevenção dos riscos profissionais e
à proteção da segurança e da saúde, à eliminação dos factores de risco e de acidente, à informação, à consulta,
à participação, de acordo com as legislações e/ou práticas nacionais, à formação dos trabalhadores e seus
representantes, assim como linhas mestras a observar com vista à sua aplicação no terreno.

Esta Diretiva foi transposta para o direito interno português através do Decreto-Lei n.º 441/91, de 14 de
Novembro, alterado posteriormente pelo Decreto-Lei n.º 133/99, de 21 de Abril (www.act.gov.pt/(PT-
PT)/CENTROINFORMACAO/PRINCIPIOSGERAISPREVENCAO/Paginas/default.aspx, a 25 de Maio de 2012 às
17h31).

Atualmente os Princípios Gerais da Prevenção, são assumidos pela Lei nº 102/2009, de 10 de Setembro, que
revoga os diplomas atrás referidos.

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Estes princípios são: (www.act.gov.pt/(PT-


PT)/CENTROINFORMACAO/PRINCIPIOSGERAISPREVENCAO/Paginas/default.aspx, a 25 de Maio de 2012 às
17h31). :
1. Evitar os riscos;
2. Avaliar os riscos que não possam ser evitados;
3. Combater os riscos na origem;
4. Adaptar o trabalho ao homem, especialmente no que se refere à concepção dos postos de trabalho,
bem como à escolha dos equipamentos de trabalho e dos métodos de trabalho e de produção, tendo
em vista, nomeadamente, atenuar o trabalho monótono e o trabalho cadenciado e reduzir os efeitos
destes sobre a saúde;
5. Ter em conta o estádio de evolução da técnica;
6. Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso;
7. Planificar a prevenção com um sistema coerente que integre a técnica, a organização do trabalho, as
condições de trabalho, as relações sociais e a influência dos factores ambientais no trabalho;
8. Dar prioridade às medidas de prevenção colectiva em relação às medidas de proteção individual;
9. Dar instruções adequadas aos trabalhadores.

A integração da Avaliação de Riscos na Prevenção é uma medida nacional coerente, quando falamos de
segurança e higiene dos trabalhadores e dos seus ambientes de trabalho. Esta avaliação tem por objectivo a
prevenção dos acidentes de trabalho e dos perigos para a saúde e integridade dos trabalhadores, através da
identificação e posterior implementação de medidas que reduzam ao máximo os riscos.

Assim, a Avaliação de Riscos constitui uma etapa chave no processo de prevenção ao permitir conhecer a
existência do risco e a sua natureza, contribuindo com um conjunto de informações muito importantes para o
planeamento das intervenções preventivas adequadas.

Genericamente, pode considerar-se que uma Avaliação de Risco não é mais do que um exame cuidadoso,
realizado nos locais de trabalho, de forma a detectar os componentes, aí existentes, capazes de causar danos
aos trabalhadores expostos, sendo na prática um processo dinâmico que necessita de uma constante
monitorização e acompanhamento, devendo por isso ser realizada periodicamente, para que qualquer alteração,
quer em termos de produto, quer em termos de processo, não desencadeie novas situações de perigo cujos
riscos não sejam minimizados.

No entanto, apesar de todo o desenvolvimento e apreensões crescentes direcionadas para as questões de SHT
e saúde ocupacional, ainda estamos longe de resolver os principais problemas tanto, os tradicionais como os

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resultantes da aplicação das novas tecnologias em prol do desenvolvimento económico das sociedades. Um
bom exemplo destes casos, são os Postos de Trabalho Dotados de Visor, como secretarias, escritórios e
serviços.
A Ergonomia, e a avaliação Ergonómica destes locais de trabalho, torna-se fundamental, na medida em que
procura fundamentalmente a adaptação do trabalho ao trabalhador para lhe proporcionar satisfação e estímulo.

Os problemas com os PTDV obrigam-nos a enfrentar variáveis que não permitem avaliar com precisão o impacto
das novas tecnologias no trabalhador. Como podemos adivinhar, o verdadeiro problema com que se depara o
ergonomista não é só a análise da interação entre múltiplas variáveis, como sejam a humidade relativa do ar, a
inclinação da cabeça, o pó, a irritação ocular, as doenças osteomusculares, ruído, concepção do posto de
trabalho, etc., como também entre outras causas, como sejam a imprecisão com que nos movemos na maioria
das vezes.

O Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho, assume um papel muito importante, tendo como
principal propósito garantir as condições de trabalho apropriadas, propondo-se a combater as doenças
profissionais, identificando as condições inseguras de trabalho que podem afectar a saúde, segurança e bem
estar do trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos profissionais, identificando-os, eliminando as
condições inseguras do espaço e educando os trabalhadores a utilizarem as medidas preventivas que visam um
maior nível de segurança no local de trabalho, nomeadamente a eliminação do risco de acidente, tornando-o
inexistente ou neutralizando-o.

Ao longo deste relatório é desenvolvida uma Avaliação de Riscos num Posto de Trabalho Dotado de Visor, na
empresa Mário António & Lopes, Lda., onde se estudam os eventuais riscos presentes no Posto de Trabalho da
Responsável de Compras e Vendas, avaliados com recurso a diferentes métodos de avaliação de riscos.
Durante enquadramento teórico são apresentados os vários métodos de avaliação de riscos existentes e na
metodologia encontram-se detalhados os métodos escolhidos para a realização desta avaliação.
Para finalizar, encontram-se as propostas para a implementação de possíveis medidas preventivas e corretivas
que conduzam a um reajustamento do posto de trabalho ao colaborador, transformando-o num local mais seguro
e contribuindo para o aumento do bem-estar e da produtividade do trabalhador.

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2. Objetivos/Âmbito
Este relatório foi realizado no âmbito do estágio de final do Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene
do Trabalho, aplicado a um Posto de Trabalho Dotado de Visor da Responsável de Compras e Vendas na
empresa Mário António & Lopes, Lda.

Este relatório tem como principais objectivos:


 Levantamento e diagnóstico das condições gerais de trabalho através da aplicação de lista de
verificação (Anexo I) e registo fotográfico na Mário António & Lopes, Lda. com vista à identificação de
situações encontradas como Não Conformidades, de forma a propor medidas Preventivas/Corretivas;
 Envolver a colaboradora no processo de avaliação do seu PT, com o preenchimento do Inquérito de
Verificação das Condições de Trabalho num Posto de Trabalho Dotado de Visor (Anexo II);
 Realizar uma Avaliação de Riscos a que está sujeita a colaborado Responsável pelas Compras e
Vendas no seu Posto de Trabalho Dotado de Visor, através da aplicação do Método Semi-Quantitativo
da Matriz Melhorada, a fim de poder realizar um Plano de Ação e Controlo;
 Realizar uma Avaliação Ergonómica através da aplicação do método RULA (Rapid Upper Limb
Assesment);
 Sensibilizar todos os Colaboradores em PTDV, sobre a importância da adoção de posturas corretas
durante a realização das suas tarefas e realização de exercícios de alongamento propostos em Boletim
Informativo distribuído para o efeito (AnexoIII).

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3. Enquadramento Teórico
3.1. Métodos de Avaliação de Riscos
A análise de riscos deverá ser a primeira abordagem para um problema de segurança do trabalho.
Com a análise de riscos pretende-se fazer o levantamento de todos os factores do sistema de trabalho
Homem/Máquina/Ambiente que podem causar acidentes.
A avaliação de riscos pode ser definida como o conjunto de técnicas e ferramentas usadas para identificar,
estimar, avaliar, monitorizar e administrar acontecimentos que colocam em risco a execução de um projeto
(Carneiro,2011).
A presença humana faz com que dificilmente se possa assumir que os riscos fiquem completa e definitivamente
avaliados, o que faz com que a avaliação dos mesmos seja um processo dinâmico e em evolução constante.
Desta forma, este processo consiste numa análise cuidadosa ao local de trabalho, de forma a identificar os
perigos que possam causar danos aos trabalhadores expostos.

Associado à noção de Avaliação de Risco surgem dois conceitos, já referidos, que importa diferenciar: o perigo
e o risco.
De acordo com a norma NP 4397:2008, a Avaliação de Riscos pode ser encarada como uma ferramenta muito
útil à tomada de decisões, fazendo mesmo parte integral de qualquer sistema de gestão.

Uma análise de risco consiste dos seguintes elementos (Carneiro, 2011):


- Identificação dos perigos: identificar as possíveis fontes de danos;
- Identificar os riscos: identificar eventuais cenários de acidentes em que estes perigos realmente possam causar
danos;
- Avaliação do risco: avaliar se as medidas suficientes foram tomadas para prevenir os acidentes e limitar os
danos possíveis.

Os métodos de análise de riscos podem ser diretos ou indiretos, tal como estão apresentados na Tabela 1.

Tabela 1: Métodos de análise de riscos.


Diretos Estabelecem fatores de risco antes da ocorrência do acidente
Métodos de Análise de
Os fatores de risco são estabelecidos mediante a análise dos
Riscos Indiretos
acidentes

Estes métodos, uns de carácter indutivo e outros de carácter dedutivo, têm necessariamente aspectos comuns.
De acordo com as suas características próprias, as razões porque foram desenvolvidos, os fins a atingir, os

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meios utilizados, são integrados em diferentes categorias. A título de exemplo, em função da importância relativa
de cada uma das suas componentes de "identificação" e de "quantificação" do risco, é habitual distingui-los
como métodos qualitativos, métodos semi-quantitativos e métodos quantitativos, como representado na Figura 1.

Assim, nas fases de estimativa e valorização podem ser empregues diferentes tipos de métodos (Carneiro,
2011).
- Métodos de Avaliação Qualitativos (MAQl);
- Métodos de Avaliação Quantitativos. (MAQt);
- Métodos de Avaliação Semi-Quantitativos (MASqt).

Árvores
Matriz
Lógicas
Métodos Métodos
Qualitativos Semi -
Quantitativos
Descritivos William Fine

Pontuais Matemáticos

Árvores Lógicas
•De acontecimento
•De falhas/Efeito
Estatisticos •De Causas
Métodos
•De decisões (causa efeito)
Quantitativos •De decições (efeito causa)

Figura 1: Tipos de Métodos de análise de risco (adaptado de Carneiro, 2011).

A avaliação de riscos tem como principais objectivos quantificar a gravidade (ou seja, a magnitude) que um risco
pode ter na saúde e segurança dos trabalhadores, resultante das circunstâncias em que o perigo ocorra e,

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assim, permitir que o empregador obtenha as informações necessárias para que possa tomar uma decisão
adequada no que toca ao tipo de medidas preventivas a adotar (Carneiro, 2011).

Heinrich defendia a teoria de causalidade (ou teoria do dominó) em que o acidente é um dos cinco factores de
uma sequência que pode resultar num dano ou perda pessoal. Os factores na série de ocorrência do acidente
desenvolvem-se segundo uma determinada ordem (Moreira, 2008/2009):

Ascendência e ambiente Falha humana Ato inseguro Acidente Dano Pessoal

A chave para a Prevenção de Acidentes é, de acordo com Heinrich, a supressão do factor central, ato
inseguro. Na prática, a eliminação do ato inseguro pode ser conseguida através de uma política de formação (a
longo prazo) ou através do controlo direto da atividade humana e do ambiente (a curto prazo). A teoria da
causalidade de Heinrich é ainda hoje uma referência para a maioria das técnicas de investigação na área dos
acidentes de trabalho. Desta forma, em qualquer técnica de prevenção é fundamental (Moreira, 2008/2009):
- Observar e caracterizar as condições de trabalho;
- Identificar as fontes de perigo;
- Definir as medidas preventivas a adoptar;
- Agir no sentido da rapidez de execução;
- Controlar a eficácia das medidas implementadas.

3.2. Métodos Qualitativos


Descrevem, sem chegar a uma quantificação global, os pontos perigosos de uma instalação e as medidas de
segurança existentes, sejam de tipo preventivo ou de proteção. Identificam também quais as conjugações de
acontecimentos que podem gerar uma situação perigosa e quais as formas de evitar que ocorram (Carneiro,
2011)
Este tipo de método é adequado para estimar situações simples, cujos perigos possam ser facilmente
identificados pela observação.
Os Métodos Qualitativos podem ser dos seguintes tipos:
– Estudo de riscos no posto de trabalho;
– Estudos de movimentação;
– Estudos de implantação;
– Planos de sinalização;
– Fluxogramas;
– Listas de verificação;
– Tabelas de reações químicas perigosas, etc.

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3.2.1. Métodos Quantitativos

Estes métodos quantificam o que pode acontecer e atribuem um valor à probabilidade e à severidade, com
recurso a técnicas sofisticadas de cálculo e a modelos matemáticos. Também aqui se podem distinguir diversos
tipos de análise (Carneiro, 2011).
Baseiam-se num modelo matemático, em que se atribui um valor numérico aos diversos factores que causam ou
agravam o risco, bem como àqueles que aumentam a segurança, permitindo estimar um valor numérico para o
risco efetivo. De entre os métodos ditos quantitativos, podem citar-se:
Métodos estatísticos
– índices de frequência e de gravidade
– índices de fiabilidade
– taxas médias de falha, etc.
Métodos matemáticos
– modelos de falhas
– modelo de difusão de nuvens de gás
Métodos pontuais
– Gretener, Purt, Eric, MESERI, Dow

3.2.2. Métodos Semi-Quantitativos


Estes métodos atribuem índices às situações de risco identificadas e estabelecem planos de atuação tais como
Método da Matriz e o Método de William Fine. Quando a avaliação pelos métodos quantitativos é insuficiente, é
preferível optar pelos métodos semi-quantitativos, visto que os métodos qualitativos são complexos e não
justificam os custos que lhes estão associados (Carneiro, 2011).

3.2.2.1. Método das Matrizes


O método das matrizes é um dos métodos de avaliação de riscos mais utilizados. Este método qualitativo é
recomendado pela norma inglesa BS 8800. O grau de risco é calculado em função do produto entre a
probabilidade e a gravidade. Caso se torne mais simples, para cada nível de classificação pode ser atribuído
um número (método semi-quantitativo). Este número tem como finalidade, atribuir na avaliação de riscos
posterior, uma lista de prioridades (Marques, 2012).

3.2.2.2. Método William T. Fine


O Método T. Fine é para ser aplicado ao posto de trabalho e é baseado em critérios, cada um com uma escala
de valor. Caso a empresa não possua histórico suficiente, mas tenha a ideia conjuntural do seu impacto

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financeiro, probabilidade ou frequência do evento pode-se calcular o risco, utilizando 3 critérios: Risco=
Consequência x Frequência x Probabilidade (Brasiliano, 2005).

3.3. Ergonomia. Métodos de Análise de Riscos Ergonómicos


A Ergonomia tem por objectivo essencial a adaptação do trabalho às características (físicas, psíquicas, sociais)
do trabalhador.
Segundo o artigo n.º 15 da Lei 102/2009, cabe ao empregador assegurar ao trabalhador condições de
segurança e de saúde em todos os aspectos do seu trabalho. Assim, o empregador deve zelar, de forma
continuada e permanente, pelo exercício da atividade em condições de segurança e de saúde para o
trabalhador, tendo em conta os princípios gerais de prevenção.

Não existe uma definição clara de Ergonomia, tendo Maurice de Montmollin, com a publicação em 1967, do livro
“Os sistemas Homens – Máquinas” afirmado não existir uma definição oficial de Ergonomia (Faria, 2009).

No entanto a derivação da palavra Ergonomia – (do grego: ergo - trabalho e nomos – normas, regras, leis) pode
ser definida como a ciência que tem por objectivo a compreensão das interações entre o Homem e os outros
elementos de um sistema de trabalho. É a disciplina científica relacionada com a compreensão das interações
entre os seres humanos e os outros elementos de um sistema, e a profissão que aplica os princípios teóricos,
dados e métodos pertinentes para conceber com vista a optimizar o bem-estar humano e o desempenho global
do sistema (Andrade, 2011).
Esta não é uma definição estática, na medida em que, sendo uma ciência multidisciplinar se vai definindo ao
longo do seu desenvolvimento.

Pode-se dizer portanto que existem várias Ergonomias possíveis, existindo entre elas um denominador comum,
como demonstrado na Figura 2, que torna legitima a utilização do termo Ergonomia no singular, mas com um
grau de liberdade suficiente para que esta designação genérica corresponda a orientações e práticas
profissionais claramente diferenciadas (Faria, 2009).

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Aplicação dos dados cientificos ao Utilização de dados cientificos


estudo das situações de trabalho relativos ao Homem, de origem
(Diagnóstico) e à subsequente multidisciplinar (Antropometria,
modificação das condições de Biomecânica, Fisiologia,
trabalho (Terapêutica) Psicologia,...)

Perspectiva de adaptação do
trabalho ao Homem (população
"normal" de trabalhadores
disponiveis) sem prévia selecção

Ergonomia
Figura 2: Denominador Comum dos Elementos que caracterizam a Ergonomia (Faria, 2009).

Em 1º lugar, a utilização (pela Ergonomia) de dados científicos, relativos ao Homem e com origem
multidisciplinar, como principais disciplinas de base científica da Ergonomia, a Antropometria e a Biomecânica, a
Fisiologia e a Psicologia (Faria, 2009).

Em 2º lugar, a aplicação desses dados científicos ao estudo das situações de trabalho (fase de “diagnóstico”,
essencial na metodologia ergonómica) e à subsequente modificação das condições de trabalho (fase
“terapêutica” ou de intervenção ergonómica propriamente dita) (Faria, 2009).

Em 3º lugar e finalmente, a perspectiva de adaptação do trabalho ao Homem (isto é, à população normal dos
trabalhadores disponíveis) sem exigências de um prévio processo de seleção (Faria, 2009).

A “atividade”, ou “trabalho” não é um processo espontâneo, mas sim a resposta a um certo numero de factores
que a determinam e condicionam, figurando três categorias de factores, introduzidas por Jacques Leplat (Faria,
2009):

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A primeira categoria prende-se com as características Individuais dos Trabalhadores (Figura 3):

Caracteristicas "biográficas"
• Sexo; Idade; Nivel de Conhecimentos; Experiencia Profissional;....
Características (Individuais) do(s)

Caracteristicas Fisicas Gerais


Trabalhador(es)

• Antropométricas; Biomecânicas; Estado de Saúde; Capacidade física; ...)

Capacidades cognitivas e sensoriais


• Nível Intelectual; capacidade visual; Capacidade auditiva;...

Capacidades de personalidade
• Atitude; Motivação relativamente ao trabalho;...

Figura 3: Condições de Trabalho. Características (Individuais) do(s) Trabalhador(es) (Faria, 2009)

Leplat, em 1980 designou estas categorias de factores, como Condições de Trabalho Internas”.
A atribuição do estatuto de condições de trabalho às características dos trabalhadores, assume elevada
importância para a Ergonomia, porque (Faria, 2009):
 Dá a noção da situação de trabalho da qual o operador humano faz parte integrante;
 Obriga, a ter em conta, com toda a dispersão e variabilidade, as características individuais dos
trabalhadores na análise e diagnóstico das situações de trabalho.

A segunda categoria são as condições Sócio – Económicas, Condições de Vida (Extraprofissional) dos
Trabalhadores, (Figura 4):

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Condições Inerentes à Sociedade Global


em que a situação de trabalho se insere
Factores sociais com repercussão imediata na vida das empresas
• Desenvolvimento económico e tecnológico
• elação de forças entre os parceiros sociais
• Legislação
• Politica da empresa
• ...

Condições de vida extra-profissional dos trabalhadores


• Transportes
• Alojamento
• Sobrecargas familiares
• Actividades Produtivasà margem do trabalho habitual
• ...

Figura 4: Condições de Trabalho. Condições Inerentes à sociedade Global em que a situação de trabalho se insere (Faria,
2009).

E por fim a terceira categoria são as exigências que caracterizam a tarefa profissional de um trabalhador e que
constituem as Condições de trabalho, propriamente ditas, (Figura 5).
Exigências que caracterizam
(definem) a(s) Tarefa(s)

Objectivos a atingir e respectivos critérios de avaliação

Condições de execução
• Condições ambientais (ruído; iluminação; condições térmicas;...
• Condições técnicas (meios e equipamentos de trabalho; métodos de trabalho;...
• Condições organizacionais (situação do trabalhador na divisão de trabalho;
modalidades de execução individual do trabalho;...

Figura 5: Condições de Trabalho. Exigências que caracterizam (definem) a(s) tarefa(s) (Faria, 2009).

Os Critérios de Estudo adoptados em Ergonomia, também têm de se ter em conta. Em termos muito genéricos,
designa-se por critério uma variável que permite a avaliação de um fenómeno.
No método experimental, a variável critério é sinónimo de variável dependente, ou seja, a que serve para medir
as variações sofridas pelo fenómeno em estudo quando a situação se modifica pela manipulação de certas
variáveis, ditas independentes (Faria, 2009).

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Um critério, é sempre um critério de qualquer coisa , permitindo uma avaliação mas em relação a determinado
objectivo concreto. Daí resulta (Faria, 2009):
- a seleção e utilização dos critérios de estudo, sejam inseparáveis dos objectivos que se perseguem
(colocando-se, o problema e a sua pertinência relativamente a esses mesmos objectivos);
- a mesma situação possa ser avaliada através de múltiplos critérios o que, em termos práticos, apenas significa
que ela pode ser analisada de vários objectivos.

Em Ergonomia o objeto de estudo, ou seja, o fenómeno sobre o qual a avaliação vai incidir, é a Situação de
Trabalho (Figura 6), situação complexa, comportando um grande número de variáveis que, no entanto, podem
ser agrupadas em 3 grandes categorias correspondentes a outros tantos níveis de análise:

Condições de Vida

Características Condições de
Objectivos
do Operador Execução
Nível I

TAREFA

Atividade do
Nível II
Operador

Consequências Realização Nível III


para o Operador (“performance”)

Figura 6: Grandes Categorias de Variáveis a ter em conta na análise de uma situação de trabalho

Tendo como objectivo a produção de conhecimentos específicos sobre a atividade do trabalho humano,
fomentar uma atitude preventiva face aos problemas relacionados com posturas de trabalho e levantamento
manual de cargas.
A abordagem ergonómica na análise de postos de trabalho situa-se no domínio dos métodos de análise de um
sistema. O sistema ergonómico é constituído por um conjunto de homens, máquinas e procedimentos
interagindo entre si num determinado ambiente. Tendo como objectivos, a eficiência e a segurança das
combinações Homem-Máquina, Homem-Espaço de trabalho e Homem-Ambiente, juntamente com o conforto e a
satisfação dos indivíduos envolvidos (Faria, 2009).

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3.3.1. Métodos e Técnicas de Avaliação


A Ergonomia utiliza métodos e técnicas científicas para observar o trabalho humano. A estratégia utilizada pela
Ergonomia para apreender a complexidade do trabalho é decompor a atividade em indicadores observáveis
(postura, exploração visual, deslocamento) (Andrade, 2011).
A partir dos resultados iniciais obtidos e validados com os operadores, chega-se a uma síntese que permite
explicar a inter-relação de vários condicionantes à situação de trabalho.

3.3.1.1. Técnicas objectivas ou diretas


Registo das atividades ao longo de um período, por exemplo, através de um registo em vídeo. Estas técnicas
impõem uma etapa importante de tratamento de dados (Andrade, 2011).

3.3.1.2. Técnicas subjetivas ou indiretas


Técnicas que tratam do discurso do operador, são os questionários, as listas de verificação e as entrevistas.
Esse tipo de recolha de dados pode levar a distorções da situação real de trabalho, se considerada uma
apreciação subjetiva. Entretanto, esses podem fornecer uma gama de dados que favoreçam uma análise
preliminar.

Para tal, antes de o avaliador se deslocar ao terreno deverá fazer uma Lista de Verificação com base nos
regulamentos e elementos já referenciados, contendo, entre outros, os seguintes aspectos:
 Espaço de trabalho, sua conservação, limpeza, higienização, desinfecção e resíduos.
 Condições de renovação do ar;
 Condições de temperatura, humidade e luminosidade;
 Princípios de ergonomia, mesas de trabalho, cadeiras, software;
 Equipamentos dotados de visor, visores e teclados;
 Condições de iluminação, iluminação de segurança e sinalização de emergência;
 Prevenção de incêndios e proteção contra fogo, planos de evacuação e sinalização;
 Instalações sanitárias;
 Primeiros socorros.
 Informação e formação dos trabalhadores;
 Carga de trabalho;
 Etc..

Um exemplo a seguir seria o do Anexo I, elaborada de acordo com o DL 243/86 de 20 de Agosto e Manual de
Ergonomia de Laura Andrade de 2011.

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3.3.2. Métodos Diretos 

 Observação
Permite abordar de maneira global a atividade no trabalho. O Ergonomista dirige suas observações e faz uma
filtragem seletiva das informações disponíveis (Andrade, 2011).

 Observação assistida
Trata-se de uma ficha de observação, construída a partir de uma primeira fase de observação "aberta".
Permite tratar estatisticamente os dados recolhidos; as frequências de utilização, as transições entre atividades,
a evolução temporal das atividades (Andrade, 2011).
Num segundo passo utilizam-se os meios automáticos de registo áudio e vídeo.

o Direção do olhar
A posição da cabeça e orientação dos olhos do indivíduo permite inferir para onde esse está olhando.
O registo da direção do olhar é amplamente utilizado em Ergonomia para apreciação das fontes de informações
utilizadas pelos operadores. Esta análise pode ser utilizada como indicador da solicitação visual da tarefa
(Andrade, 2011).

o Posturas
As posturas constituem um reflexo de uma série de imposições da atividade a ser realizada. A postura é um
suporte à atividade gestual do trabalho e um suporte às informações obtidas visualmente. Esta é influenciada
pelas características antropométricas do operador e características formais e dimensionais dos postos de
trabalho (Andrade, 2011).

o Estudo de traços
A análise é centralizada no resultado da atividade e não mais na própria atividade. Ela permite confrontar os
resultados técnicos esperados e os resultados reais. O estudo de traços pode ser considerado como
complemento e é usado, com frequência, nas primeiras fases da análise do trabalho. O estudo de traços pode
ser fundamental no quadro metodológico para análise dos erros (Andrade, 2011).

3.3.3. Métodos Subjetivos


 Tabelas de avaliação
Tipo de questionário que permite aos operadores avaliar, eles mesmos, o sistema que utilizam.
O objectivo é apontar os pontos fracos e fortes dos produtos. No caso de avaliação de programas, uma tabela de
avaliação deve cobrir os aspectos funcionais e conversacionais (Andrade, 2011).

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 Entrevistas e verbalizações provocadas


A consideração do discurso do operador é uma fonte de dados indispensável à Ergonomia. A linguagem,
segundo MONTMOLLIN (1984), é a expressão direta dos processos cognitivos utilizados pelo operador para
realizar uma tarefa.
A entrevista pode ser consecutiva à realização da tarefa (pede-se ao operador para explicar o que ele faz, como
ele faz e por que) (Andrade, 2011).

 Entrevistas e verbalizações simultâneas


As entrevistas podem ser realizadas simultaneamente à observação dos operadores trabalhando em situação
real ou em simulação.
A análise concentra-se nas questões sobre a natureza dos dados levantados, sobre as razões que motivaram
certas decisões e sobre as estratégias utilizadas. Dessa maneira o Ergonomista revela a significação que os
operadores têm do seu próprio comportamento.
As verbalizações devem ser aplicadas com cuidado e de maneira a não alterar a atividade real de trabalho
(Andrade, 2011).

3.3.4. Métodos Semi-Quantitativos

3.3.4.1. Método RULA


Do leque dos métodos existentes para avaliar os factores de risco de exposição às lesões músculo-esqueléticas
do membro superior relacionadas com o trabalho, a aplicação do Método Rula (“Rapid Upper Limb Assessment”)
desenvolvido por Dr. E. Nigel Corlett pelo Dr. Lynn McAtamney do Instituto para a Ergonomia Ocupacional da
Universidade de Nottingham, mostrou-se como um instrumento de análise que não necessitando de
equipamentos sofisticados permite uma avaliação rápida das posturas do pescoço, tronco e dos membros
superiores adoptadas pelo trabalhador (Caldeira, 2006; Pavani & Quelhas, 2006).
O principal objectivo da aplicação deste método, tem como base a identificação do esforço muscular associado à
postura de trabalho adotada e às forças exercidas na realização de atividades estáticas ou repetitivas que
possam contribuir para o desenvolvimento de fadiga muscular localizada (Caldeira, 2006).
O RULA avalia a exposição aos factores de risco externos, por meio de diagramas posturais e três tabelas de
pontuação, nomeadamente: número de movimentos, trabalho muscular estático, força, posturas de trabalho
condicionadas pelo equipamento ou mobiliário e duração do período de trabalho sem pausas (Caldeira, 2006;
McPhee, 1987).

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3.3.4.2. Método OWAS


O método OWAS foi criado pela "Ovako Working Analysis System", proposto pelos finlandeses Osmo Karhu,
Pekka Kansi e Likka Kuorinka, em 1977, com o nome de "Correcting working postures in industry: A
practical method for analysis." foi publicado pela primeira vez na revista "Applied Ergonomics"
(OWAS (Ovako Working Analysis System): ergonautas.com a 1 de Abril de 2012 às 22h35min).; Pavani &
Quelhas, 2006).

O método de OWAS é um método simples e útil, destinado à análise ergonómica da carga postural. A sua
aplicação proporciona bons resultados, tanto na melhoria da comodidade dos postos, como no aumento da
qualidade da produção (OWAS (Ovako Working Analysis System): ergonautas.com a 1 de Abril de 2012 às
22h35min).

As propostas informáticas para o cálculo da carga postural, baseadas nos fundamentos teóricos do método
OWAS riginal favoreceram a consolidação como “método de carga postural por excelência”. (OWAS (Ovako
Working Analysis System): ergonautas.com a 1 de Abril de 2012 às 22h35min).

O método OWAS baseia os seus resultados na observação das diferentes posturas adoptadas pelo trabalhador
durante o desenvolvimento da sua tarefa, permitindo identificar até 252 posições diferentes como resultado das
possíveis combinações da posição da coluna (4 posições); braços (3 posições); pernas (7 posições) e carga
levantada (3 intervalos) (OWAS (Ovako Working Analysis System): ergonautas.com a 1 de Abril de 2012 às
22h35min).

A primeira parte do método, a do registo de dados e posições pode realizar-se mediante a observação “in situ”
do trabalhador, a análise de fotografias, ou a visualização de vídeos da atividade (OWAS (Ovako Working
Analysis System): ergonautas.com a 1 de Abril de 2012 às 22h35min)..
Uma vez realizada a observação do método são codificadas as posturas. A cada postura se assinala um código
identificativo, isto é, estabelece-se uma relação inequívoca entre a postura e seu código (OWAS (Ovako Working
Analysis System): ergonautas.com a 1 de Abril de 2012 às 22h35min).

Em função do risco ou da incomodidade que representa uma postura para o trabalhador, o método OWAS
distingue quatro níveis ou categorias de risco que enumera em ordem ascendente, sendo, portanto, 1 a de valor
a que representa menor risco e a de valor 4 a de maior risco. Para cada categoria de risco o método
estabelecerá uma proposta de ação, indicando em cada caso a necessidade ou não de alteração da postura e
sua urgência (OWAS (Ovako Working Analysis System): ergonautas.com a 1 de Abril de 2012 às 22h35min).

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O método OWAS apresenta uma limitação a assinalar. Este permite a identificação de uma série de posições
básicas de tronco, braços e pernas, que codifica em cada “Código de Postura”, contudo, não permite o estudo
detalhado da gravidade de cada posição (OWAS (Ovako Working Analysis System): ergonautas.com a 1 de Abril
de 2012 às 22h35min).

O método começa com a recompilação das diferentes posturas, observadas, adoptadas pelo trabalhador durante
a realização da tarefa. Quanto maior for o número de posturas observadas menor será a possibilidade de erro
introduzido pelo observador (estima-se que com 100 observações se introduz um erro de 10% entretanto que
para 400 é possível um erro de 5%) (OWAS (Ovako Working Analysis System): ergonautas.com a 1 de Abril de
2012 às 22h35min).

3.3.4.3. Método REBA


O método REBA (Rapid Entire Body Assessment) proposto por Sue Hignett e Lynn McAtamney foi publicado na
revista especializada "Applied Ergonomics" no ano de 2000. Este método é o resultado do trabalho em conjunto
de uma equipa de ergónimos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e enfermeiras, que identificaram
aproximadamente 600 posturas para a elaboração do método (REBA (Rapid Entire Body Assessment):
ergonautas.com a 1 de Abril de 2012 às 13h30 min).

O método permite uma análise em conjunto das posições adoptadas pelos membros superiores do corpo (braço,
antebraço e pulso), do tronco, do pescoço e das pernas. Para além de definir outros factores que considera
determinantes para a valoração final da postura, como a carga ou força efectuada, o tipo de agarre ou o tipo de
atividade muscular desenvolvida pelo trabalhador (REBA (Rapid Entire Body Assessment): ergonautas.com a 1
de Abril de 2012 às 13h30 min).

O REBA avalia tanto posturas estáticas como dinâmicas, incorporando a novidade de possibilitar anotar a
existência de mudanças bruscas de postura ou posturas instáveis. Incluí ainda um novo factor que avalia se a
postura dos membros superiores do corpo é adoptada a favor ou contra a gravidade (REBA (Rapid Entire Body
Assessment): ergonautas.com a 1 de Abril de 2012 às 13h30 min).
Para a definição dos elementos corporais analisaram-se uma série de tarefas simples com variações na carga e
nos movimentos (REBA (Rapid Entire Body Assessment): ergonautas.com a 1 de Abril de 2012 às 13h30 min).

A aplicação do método REBA adverte o avaliador sobre o risco de lesões associadas a uma postura, indicando
em cada caso com que urgência que se devem aplicar ações corretivas. Trata-se, portanto de uma ferramenta
útil para a prevenção de riscos capazes de alertar sobre condições de trabalho inadequadas (REBA (Rapid
Entire Body Assessment): ergonautas.com a 1 de Abril de 2012 às 13h30 min).

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3.3.4.4. Método de Avaliação Postural Rápida


A Avaliação Postural Rápida não é apenas um método que permite conhecer os factores de risco associados à
carga postural, mas também uma ferramenta que possibilita realizar uma primeira e breve valorização das
posturas adoptadas pelo trabalhador ao longo da jornada de trabalho. Se um estudo de Avaliação Postural
Rápida proporciona um nível de carga estática elevado o avaliador deveria realizar um estudo mais profundo do
posto através de métodos de avaliação postural mais específicos como o RULA, OWAS ou REBA (EPR
(Evaluación Postural Rápida): ergonautas.com a 1 de Abril de 2012 às 14h15min).

O método mede a carga estática considerando o tipo de posturas que adopta o trabalhador e o tempo que as
mantém, proporcionando um valor numérico proporcional ao nível da carga. A partir do valor da carga estática o
método propõe um nível de atuação entre 1 e 5 (EPR (Evaluación Postural Rápida): ergonautas.com a 1 de Abril
de 2012 às 14h15min).

O método de Avaliação Postural Rápida introduz o sistema de classificação da carga estática do método LEST,
desenvolvido por F. Guélaud M.N. Beauchesne, J. Gautrat e G. Roustang, membros do Laboratório de Economia
e Sociologia do Trabalho (LEST) em Aix- en-Provence (EPR (Evaluación Postural Rápida): ergonautas.com a 1
de Abril de 2012 às 14h15min).

3.3.4.5. Método Strain Index


É um método semi-quantitativo, para avaliação da repetibilidade de movimentos, desenvolvido por Moore e Garg
do Departamento de Medicina Preventiva do Medical College de Wisconsin, nos Estados Unidos, e tem como
propósito analisar os trabalhadores expostos ao risco determinado a probabilidade dos mesmos contraírem
afecções músculo- esqueléticas nos membros superiores (mão, pulso, antebraço e pescoço) (JSI (Job Strain
Index): ergonautas.com; Serranheira & Uva, 2004).

O Strain Index mede seis variáveis da tarefa: a intensidade do esforço, a duração do esforço por ciclo de
trabalho, o número de esforços por minuto, a postura da mão/pulso, a velocidade de execução e a duração da
tarefa por dia. Cada uma destas variáveis é classificada em cinco níveis, definindo-se um valor que multiplica
cada um dos níveis atribuídos e cujo produto constitui o indicador de esforço (JSI (Job Strain Index):
ergonautas.com; Serranheira & Uva, 2004).

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3.3.5. Métodos Quantitativos

3.3.5.1. Método OCRA


O método OCRA (Occupational Repetitive Action) método quantitativo para avaliação do risco associado à
repetibilidade de movimentos superiores (OCRA (Occupational Repetitive Action): ergonautas.com a 1 de Abril
ás 15h42min).

Caracteriza-se através de um modelo de cálculo e um índice de exposição que vai assentar no confronto entre
variáveis encontradas na realidade de trabalho e variáveis que o método preconiza como recomendáveis (OCRA
(Occupational Repetitive Action): ergonautas.com a 1 de Abril ás 15h42min).

Este método calcula o limite de ações técnicas recomendadas e o índice de exposição de membros superiores,
fazendo a caracterização da tarefa através da observação da frequência e esforço requerido na tarefa observada
(OCRA (Occupational Repetitive Action): ergonautas.com a 1 de Abril ás 15h42min).

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Conclusão Estudos e Formação, Lda.
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Empresa
na Mário António & Lopes, Lda. Estudada:
tudo Ergonómico
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Conclusão Estudos e Formação, Lda.
cnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho
3.4. Posto de Trabalho Dotado de Visor
De acordo com Cabral et al. (2003), “subsiste frequentemente a ideia de que a generalidade dos
estabelecimentos
Deverá ainda ter em vista que comerciais,
um posto de de trabalho,
escritóriosdotado
e serviços são locais
de visor de parecer-se
deverá reduzido grau de perigosidade pelo que,

com o da figuramuitas vezes, não lhes é prestado o cuidado e atenção que efetivamente merecem” (Pinto, 2009).
seguinte:

Um escritório produtivo é uma estrutura


complexa, na qual todos os elementos
devem ser planeados ao pormenor para
que exista uma total coordenação entre
eles.
Um escritório com toda a complexidade
dos seus problemas, tanto materiais
como humanos, exige uma estrutura
muito bem planeada e organizada, para
que possa funcionar relacionalmente
dentro de uma optimização de custos e
eficiência, cujo layout se deve
aproximar do apresentado na Figura 7.
Uma deficiente concepção dos postos
de trabalho do ponto de vista
ergonómico está associada ao
aparecimento de lesões diversas que
afectam tanto a saúde do trabalhador
como a rentabilidade da empresa.
Quando se fala simplesmente de
trabalho com EDV minimiza-se o
problema. Porém a prática mostra que
este trabalho pode diferir caso a caso.
Figura 7: Exemplo de PTDV, bem desenhado.

mia Carmen Nunes| Carolina Catarino | Daniela Sousa 32


Cabral et al. (2003), dizem-nos que “no trabalho com equipamentos dotados de visor há que fazer a distinção
entre dois tipos de trabalho com ecrã: introdução de dados e o trabalho tipo conversacional” (Pinto, 2009).

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3.4.1. Tipos de Trabalho com Ecrã


No trabalho com equipamentos dotados de visor há que fazer a distinção entre dois tipos de trabalho com o ecrã:
introdução de dados e o trabalho tipo conversacional (http://higiene-seguranca-
trabalho.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=16715, 24 de Abril de 2012 às 13h08min).

a) Introdução de Dados (Figura 8)


No trabalho com ecrã onde há introdução de dados o
operador introduz muitas informações por unidade de tempo,
em que as características deste trabalho são:
- as mãos estão sobre o teclado;
- o olhar está na maioria do tempo fixo no documento e só
olha para o ecrã de relance;
- a postura sentada e a posição da cabeça são constantes; o
trabalho é monótono;
- a carga visual é devida sobretudo à má legibilidade de
certos documentos e a um brilho incómodo do plano de Figura 8: Trabalho tipo introdução de Dados e correta
trabalho; disposição do Ecrã, Teclado e Documento
- o trabalho, apesar de ser monótono, exige uma grande (Fonte:http://higiene-seguranca-
capacidade de assimilação e concentração. trabalho.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=16715)

b) Tipo Conversacional (Figura 9)


No trabalho com ecrã onde há trabalho tipo conversacional,
o uso do aparelho limita-se a saídas e entradas de dados e
as características deste trabalho consistem em:
- haver uma grande incidência do olhar sobre o ecrã;
- haver habitualmente trabalhos acessórios, tais como,
procurar dados nos dossiers, chamadas telefónicas, etc.;
- o trabalho apresenta muita variedade;
- haver grandes exigências na capacidade de concentração,
assimilação e redação;
- a carga visual provocada pelo ecrã ser menor na pesquisa
do que no lançamento de dados;
Figura 9: Trabalho tipo Conversacional e correta
- a tendência para posturas forçadas ser também menor.
disposição do Ecrã, Teclado e Documento
(Fonte:http://higiene-seguranca-
trabalho.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=16715)

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3.4.2. O Papel da Empresa


O artigo 6º do Decreto-Lei nº 349/93 de 1 de Outubro, refere que o empregador tem de avaliar e controlar as
condições de segurança e saúde existentes nos postos de trabalho, as quais neste caso respeitam aos riscos de
visão, de afecções físicas e de tensão mental.
O artigo 4º do mesmo diploma refere que “Os equipamentos dotados de visor não devem constituir fonte de risco
para a segurança e saúde dos trabalhadores.”.

A empresa deve:
 Informar o trabalhador sobre as condições de segurança e saúde relativamente ao seu posto de
trabalho
 Organizar a atividade do trabalhador de forma a que o trabalho diário com visor seja interrompido com
alguma frequência através de pausas ou mudanças de atividade que reduzam a pressão do trabalho
com aquele equipamento;
 Providenciar exame adequado aos olhos e vista antes de serem admitidos para aquele tipo de trabalho;
 Providenciar exame oftalmológico periódico quando surgirem perturbações visuais;
 Se necessário, disponibilizar, aos trabalhadores dispositivos de correção especiais, sem encargos
financeiros adicionais para eles;
 Informar os trabalhadores sobre as medidas aplicáveis ao seu posto de trabalho e dar formação sobre
as normas de utilização dos equipamentos de trabalho em causa.

A entidade patronal deve informar e formar os trabalhadores que utilizam visores.


Deve, nomeadamente, ter a preocupação de disponibilizar aos trabalhadores que utilizam visores os
equipamentos adequados: cadeiras adaptadas ao trabalho (de altura regulável, com descanso para os pés (a
pedido), com espaldar regulável, etc.), iluminação especial, pintura dos locais de trabalho que não provoque
encandeamentos, eliminação ou interrupção periódica do ruído das máquinas, inclinação dos visores, etc.

A entidade patronal deve consultar os trabalhadores e fazê-los participar nas medidas tomadas: princípio geral
imposto pela Lei-Quadro em matéria de segurança e saúde (http://higiene-seguranca-
trabalho.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=16715, 24 de Maio de 2012 às 13h08min).

3.5. Lesões Músculo Esqueléticas


As lesões músculo esqueléticas (LME) constituem um conjunto de condições clinicas que envolvem nervos,
tendões, músculos e/ou estruturas de apoio, tais como os discos intervertebrais. Estas podem variar de
severidade, desde sintomas ligeiros e periódicos a condições crónicas e incapacitantes (Caldeira, 2006).
As LME são lesões causadas ou que pioram devido à tarefa e/ou ambiente de trabalho.

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Estudos epidemiológicos e experimentais demonstram que os factores mecânicos tais como a postura, a força e
a repetibilidade, bem como, a ausência de períodos de recuperação, a exposição a vibrações e a exposição ao
frio, são fatores que podem estar na origem deste tipo de lesões, os factores de risco profissionais indiretos,
como sejam os psicossociais e os organizacionais, e ainda, os factores de risco individuais (Caldeira, 2006).

Em Portugal, o género feminino é o mais atingido pela doença profissional com 2569 casos a contrastar com os
1841 casos registados no género masculino (ACT – Relatório Anual de Atividades, 2009).

A distribuição geográfica das doenças profissionais apresenta incidência significativa, num total de 72 %, em
quatro distritos, a saber: Porto com 1074 casos, Aveiro com 802 casos, Lisboa com 747 casos e, finalmente,
Setúbal com 553 casos (ACT – Relatório Anual de Atividades, 2009).

Em termos de manifestação clínica, as doenças com maior incidência são as doenças músculo-esqueléticas que
no seu conjunto representam 66,32 % (2925 doenças), seguidas dos casos de Hipoacúsia (surdez) que
representam 12,97 % (572 casos) do total (ACT – Relatório Anual de Atividades, 2009).

A severidade da lesão e a área anatómica afetada variam de acordo com a atividade profissional e as condições
da mesma.
Na Tabela 2, podemos ler a prevalência das lesões por área anatómica afectada e atividade (Caldeira, 2006).

Tabela 2: Prevalência de LER nas diversas atividades profissionais em % (Caldeira, 2006).


ÁREA ANATÓMICA PROFISSÃO
Construção Civil Industria Operadores de Computadores
Coluna Cervical 41,9 28,0 50
Ombros 41,6 28,2 25,1
Coluna 29,6 21,0 28,2
Coluna Lombar 69,9 37,6 51,6
Punhos e Mãos 42,8 15,0 24,1

O desenvolvimento tecnológico levou a um aumento da carga de trabalho. Esta carga de trabalho advém do
facto de os operadores não poderem ter iniciativa própria na organização do trabalho, sendo o seu trabalho
regido por normas de produtividade e caracterizado por um ritmo imposto, em que os tempos de descanso e de
recuperação são mínimos. A linha de montagem que, a nível industrial, se tornou símbolo de produtividade
apresenta versões mais modernas, como por exemplo, nos escritórios computadorizados (http://higiene-
seguranca-trabalho.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=16711, 20 de Maio de 2012 às 13h54min).

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Há provas evidentes de que certos factores relacionadas com o trabalho estão associados ao elevado risco dos
trabalhadores apresentarem lesões no seu sistema músculo-esquelético.
Alguns desses factores são:
 A adopção e a manutenção de posturas de trabalho incorretas;
 A execução de gestos repetitivos e estereotipados;
 Os ritmos de trabalho intensos realizados com cadência imposta;
 A utilização das mãos com esforço;
 O manuseamento de cargas pesadas;
 A pressão mecânica direta sobre certas zonas do corpo;
 A exposição a vibrações;
 A exposição a ambientes de trabalho frios.
O desenvolvimento de lesões do sistema músculo-esquelético não é alheio, igualmente, a causas indiretas,
como os factores psicossociais, relacionados com a organização dos postos de trabalho e com as políticas
laborais, a existência de pausas insuficientes, a monotonia das funções, e outros constrangimentos inerentes
aos processos de trabalho, aos equipamentos e à organização do trabalho (http://higiene-seguranca-
trabalho.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=16711, 20 de Maio às 13:54min).

A Comissão Internacional de Saúde Ocupacional define as patologias relacionadas com o trabalho, designando-
as por work-related musculoskeletal disorders, como lesões e doenças do sistema músculo-esquelético, que
têm um determinante causal relacionado com o trabalho e reconhece, como lesões deste tipo, um número
elevado de lesões inflamatórias e degenerativas, de que resultam dor e/ou perda de capacidade funcional
(http://higiene-seguranca-trabalho.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=16711, 20 de Maio às 13:54min).

Qualquer zona do corpo pode ser afectada, mas os membros superiores, o pescoço e a zona lombar
constituem as áreas onde se verificam a maioria destas lesões. Se as causas de uma lesão não forem
interrompidas, esta torna-se permanente e a ocorrência de sinais, como a perda de função, a limitação dos
movimentos ou a perda de força muscular, manifestam uma incapacidade progressiva do trabalhador para a
realização das suas tarefas (http://higiene-seguranca-trabalho.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=16711, 20
de Maio às 13:57min).

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Os sintomas normalmente associados a este tipo de patologias incluem:


 O desconforto;
 O formigueiro ou a dor;
 A rigidez articular;
 A fadiga;
 A perda de força;
 A perda de coordenação;
 O inchaço na zona lesada;
 A descoloração da pele;
 A ocorrência de diferenças de temperatura corporal.

Esta sintomatologia é, provavelmente, o modo do corpo proteger os seus tecidos, uma vez que a dor local e o
inchaço tendem a restringir o movimento do corpo e a forçar o trabalhador a descansar para recuperar.
Cada individuo, reage aos diferentes factores que contribuem para potenciar e originar as lesões músculo
esqueléticas, ilustrados pelo modelo apresentado na Figura 10, de forma diferente.

Figura 10: Enquadramento conceptual dos mecanismos fisiológicos e dos factores de risco que potencialmente contribuem para as
LMERT (Fonte: (http://higiene-seguranca-trabalho.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=16711, 20 de Maio às 13:57min).

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A realização de atividades de trabalho, como já vimos anteriormente, expõe o trabalhador a diversos agentes
externos que podem afectar os seus mecanismos fisiológicos, como, por exemplo:
 Em atividades de trabalho que impliquem a adopção de posturas não adequadas e/ou que seja
exercida força excessiva;
 Em tarefas repetitivas que impliquem a realização de movimentos e de esforços musculares cíclicos;
 Quando objetos exercem pressão contra a superfície do corpo, a qual é transmitida aos tecidos
subjacentes;
 Quando o objecto de trabalho vibra e parte dessa vibração é transmitida ao corpo;
 Devido à temperatura do meio ambiente e dos objetos de trabalho com que o corpo está em contacto.

3.5.1. Identificação e caracterização de algumas lesões músculo-esqueléticas


relacionadas com o trabalho
As Lesões Músculo-esqueléticas Relacionadas com o Trabalho são classificadas, de acordo com a estrutura
anatómica afectada ,em:
 Lesões tendinosas: inflamações dos tendões e/ou das suas bainhas sinoviais (Tendinites (inflamações
em tendões), Tenossinovites (lesões em tendões envolvendo também as respectivas bainhas sinoviais
e os Quistos Sinoviais (consequência de lesões na bainha dos tendões));
 Lesões nas bursas (Bursites (envolvem a inflamação das bolsas serosas associadas às articulações);
 Lesões musculares (perturbações nos músculos, por exemplo a Síndrome de Tensão do Pescoço);
 Lesões nervosas: (compressão de um nervo, como sejam a Síndrome do Canal Cárpico);
 Lesões vasculares (afectam os vasos sanguíneos, como na Síndrome de Vibração).

Na Tabela 3, apresentam-se algumas LMERT, organizadas segundo a região do corpo onde ocorrem e a
estrutura anatómica afectada.

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Tabela 3: Lesões Músculo Esqueléticas relacionadas com o Trabalho mais relevantes, por região anatómica e de acordo
com a estrutura anatómica afetada (Fonte: (http://higiene-seguranca-
trabalho.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=16711, 20 de Maio às 15:04min).

Lesões Músculo – Esquelética Relacionadas com o Trabalho


Região Zona
Pescoço Ombros Cotovelos Punhos/Mãos
Estrutura Lombar
. Doença de Quervain
. Tendinites do .Ombro
Epicondilite .Tenossinovite
Tendões e (tendinite da Coifa dos
Epitrodeite Punho/Mão
suas bainhas Rotadores e Tendinite
. Quisto Sinovial
do Biópite)
. Dedo em gatilho
Bursite do Ombro
Bursa/Cápsula
Capsulite Retrátil
Síndrome Tensão Síndrome do canal
Músculos
do pescoço Cárpico
Lombalgia
. Síndrome do canal radial Síndrome de
Nervos
Síndrome do . Síndrome do Canal Cubital Vibração
Vasos Desfiladeiro Torácico
Sanguíneos

Na Figura 11 estão assinaladas as regiões corporais onde têm origem, as lesões referidas anteriormente.

Figura 11: Localização de algumas Lesões Músculo – Esqueléticas Relacionadas com o Trabalho (Fonte:
(http://higiene-seguranca-trabalho.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=16711, 20 de Maio às 15:04min).

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Na posição sentada, as LMERT, mais frequentes, resultantes das más posturas adotadas nos postos de trabalho
dotados de visor, estão apresentadas nas Figura 12.

Figura 12: Posturas adotadas em PTDV. Patologias associadas às más posturas e Postura correta a adotar (Fonte:
http://jairtonedfisica.blogspot.pt, 25 de Maio de 2012 às 2h45min).

A melhor forma de prevenção do aparecimento e evolução das LMERT, é o diagnóstico precoce (prevenção
secundária) e a adopção de outras medidas de prevenção, como a avaliação Ergonómica dos postos de trabalho
e a tomada de medidas preventivas e corretivas nos mesmos.
Torna-se relevante a responsabilidade dos médicos do trabalho e de outros técnicos. Sendo sempre os médicos
do trabalho os principais responsáveis pelo “acompanhamento” clínico mais adequado dos casos
diagnosticados, independentemente do contributo (indispensável) de outras especialidades médicas, como são
os casos da Reumatologia, da Ortopedia ou da Medicina Física e Reabilitação (www.portaldasaude.pt., 24 de
Maio de 2012 às 14h08).

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4. Enquadramento Legal
No contexto deste trabalho, os diplomas legais aplicáveis são:

Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais


 Lei n.º 98/2009, de 4 de Setembro - Regime jurídico dos acidentes de trabalho e das doenças
profissionais.

Estabelecimentos Comerciais, de Escritórios e Serviços


 Regulamento Geral de Segurança e Higiene do Trabalho nos Estabelecimentos Comerciais, de
Escritórios e Serviços - Decreto-Lei 243/86 de 20 de Agosto.

Locais de Trabalho
 Decreto – Lei n.º 347/93 de 1 de Outubro - transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva n.°
89/654/CEE, do Conselho, de 30 de Novembro, relativa às prescrições mínimas de segurança e de
saúde nos locais de trabalho.
 Portaria 987/93 de 6 de Outubro - Requisitos mínimos de segurança e saúde nos locais de trabalho.

Postos de Trabalho Dotados de Visor


 Decreto-Lei 349/93, de 1 de Outubro – Transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva 90/270/CEE,
do conselho, de 29 de Maio, relativa às prescrições mínimas de segurança e de saúde respeitantes ao
trabalho com equipamentos dotados de visor.
 Portaria 989/93, de 6 de Outubro – Prescrições Mínimas de Segurança e de Saúde respeitantes ao
trabalho com Equipamentos Dotados de Visor.

Sinalização de Segurança
 Decreto-Lei 141/95, de 14 de Junho – Estabelece os princípios gerais de promoção da segurança,
higiene e saúde no trabalho.
 Portaria 1456-A/95, de 11 de Dezembro. Regulamento de Prescrições Mínimas de colocação e
utilização da sinalização de segurança e saúde no trabalho.

Segurança e Saúde no Trabalho


 Decreto-Lei n.º 182/2006, de 6 de Setembro - Prescrições mínimas de Segurança e Saúde em matéria
de exposição dos trabalhadores aos riscos devidos a ruído.

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 Decreto-Lei n.º 50/2005, de 25 de Fevereiro – Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de


saúde para a utilização pelos trabalhadores de equipamentos de trabalho.
 Decreto-Lei n.º 347/93, de 01 de Outubro - Prescrições mínimas de segurança e de saúde nos postos
de trabalho, alterado pela Lei n.º 113/99, de 03 de Agosto.
 Lei n.º 102/2009, de 10 de Setembro – Regulamenta o regime jurídico da promoção da segurança e
saúde no trabalho.

Segurança Contra Incêndios


 Decreto-Lei 220/2008 de 12 de Novembro – Regime Jurídico da Segurança Contra Incêndios em
Edifícios, abreviadamente designado por SCIE.
 Portaria n.º 1532/2008 de 29 de Dezembro - Regulamenta, pela área da proteção civil, as disposições
técnicas gerais e específicas de SCIE referentes às condições exteriores comuns, às condições de
comportamento ao fogo, isolamento e proteção, às condições de evacuação, às condições das
instalações técnicas, às condições dos equipamentos e sistemas de segurança e às condições de
autoproteção.

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5. Caracterização da Empresa

Tabela 4: Identificação da Empresa.


Designação Social Mário António & Lopes, Lda.
NIPC 501 364 153
Morada (sede social) Zona Industrial da Mota, Rua 8 – Apartado 509, 3830 -907 Gafanha da Encarnação
Agencia Rua do Sobreiro, n.º 241, Loja T – Recardães ; 3750-722 Águeda
Telefone (Geral) 234 325 717
Telefone (Agência) 234 325 968
Fax (Geral) 234 326 873
Fax (Agência) 234 321 977
Concelho Ílhavo
Distrito Aveiro
E-mail info.geral@malopes.com
URL Http://www.malopes.com
Caracterização Jurídica Sociedade por Quotas
Data de Inicio de Atividade Março de 1987
CAE 43221 – Instalação de Canalizações
Companhia de Seguros Tranquilidade

5.1. Esquema de Localização

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5.2. Construção e Lay-Out

PTDV a avaliar

Figura 13: Planta do Rés - do - Chão (Escala 1:200).

5.3. Evolução Histórica


A empresa Mário António & Lopes, Lda. iniciou a sua atividade em 1987 dedicando- se à instalação de redes de
água, aquecimento central e manutenção industrial, passando posteriormente a dedicar-se às instalações de
gás, quer para particulares, indústrias e organismos públicos.
Em 2000 torna-se agente autorizado Lusitaniagás no concelho de Ílhavo, em 2004 os concelhos de Aveiro e
Vagos, estando presente atualmente em 4 concelhos – Ílhavo, Vagos, Águeda e Oliveira do Bairro.
Desde a sua existência que persegue a satisfação total das necessidades dos seus clientes, cada vez em maior
número, com soluções ora simples, ora arrojadas, nos vários segmentos em que atua. – Gás, Climatização,
Fluidos e Energias Renováveis.
Sedeada na Zona Industrial da Mota, na Gafanha da Encarnação (Ílhavo), é uma PME com cerca de 36
colaboradores que compõem uma jovem e dinâmica equipa. São eles o seu grande pilar.
Reconhecendo os Recursos Humanos como tal, é conotada à formação profissional a importância essencial e
estratégica, enquanto espaço privilegiado para a aquisição e desenvolvimento de conhecimentos, como forma
de atingir objectivos qualitativos e diferenciados do saber fazer e competências adquiridas.
Nos atuais ciclos económicos em constante mudança ressalta a necessidade urgente de dotar das competências
técnicas e pessoais que permitam um desempenho profissional adaptável, eficiente e atualizado.

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A certificação da empresa surge com o objectivo de procurar a melhoria contínua dos seus serviços. A Mário
António & Lopes, Lda. alcança em Março de 2004 a certificação pela norma NP EN ISO 9001:2000 - Sistema de
Gestão da Qualidade, no âmbito da Concepção e Construção de Redes de Distribuição e Utilização de Gás.
A Mário António & Lopes, Lda. é detentora das seguintes qualificações:
- Licença DGEG (Direção Geral de Energia e Geologia) de Entidade Instaladora e de
 entidade
Montadora.
- Alvará de Construção do INCI (Instituto da Construção e do Imobiliário
- Instaladora de Sistemas Solares Térmicos

A Mário António & Lopes, Lda. está conotada no mercado como uma empresa credível, versátil e com
capacidade técnica e de infra estruturação. É uma empresa certificada pela norma NP ISO 9001:2008, com
alvará de construção, qualificada como empreiteiro da Galpenergia, agente Lusitaniagás e Instaladora de
Sistemas Solares Térmicos.
Os serviços da Mário António & Lopes Lda., mais detalhadamente desenvolvem-se nas seguintes áreas:
 Soluções de Gás
 Soluções de Climatização
 Soluções de Fluidos
 Soluções de Energias Renováveis
 Assistências Técnicas
 Projetos

5.4. Organização da Empresa

Gerência

Assessoria Qualidade,
Segurança e
Ambiente

Servicos Produção

Assistências Gestão da
Projecto Comercial Obras Técnicas Agente Lgás Informação

Figura 14: Organigrama da Empresa Mário António & Lopes, Lda.

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5.5. Política de Segurança e Saúde da Empresa


A Mário António & Lopes, Lda. define como valores essenciais a proteção do Ambiente, a Segurança e a Saúde
dos seus colaboradores, clientes e partes interessadas, estabelecendo um compromisso de integrar a
Segurança, Saúde e Ambiente (SSA) na estratégia e atividades da Organização, bem como da melhoria
contínua no seu desempenho.
Para atingir este compromisso tem ao seu serviço uma Técnica Superior de Segurança e Higiene do Trabalho,
responsável pela implementação e monitorização de todas as questões relacionadas, recorrendo aos serviços
externos de uma empresa de Medicina no trabalho devidamente creditada para o efeito, onde os colaboradores
realizam periodicamente os exames médicos obrigatórios.

Nesse sentido a Mário António & Lopes, Lda. compromete-se a:


- Consagrar a Segurança, Saúde e Proteção do Ambiente como valores fundamentais da Empresa;
- Assumir que a gestão da Segurança, Saúde e Ambiente e uma responsabilidade direta dos líderes e a
prevenção de riscos uma responsabilidade de todos na Organização;
- Promover a formação e informação de todos os colaboradores, em questões de Segurança, Saúde e Ambiente,
envolvendo parceiros e demais partes interessadas;
- Aplicar as melhores práticas de gestão e soluções técnicas disponíveis, para além do cumprimento da
legislação, nas estratégias de prevenção e melhoria contínua mediante a identificação, controlo e monitorização
de riscos para garantir a Segurança, Saúde e proteção do Ambiente;
- Estabelecer metas e objectivos, medindo e avaliando os resultados obtidos e tomando as ações necessárias a
sua prossecução;
- Assegurar a utilização eficiente da energia e recursos e a incorporação de tecnologias seguras e inovadoras na
gestão das suas atividades, minimizando o impacte, de forma a garantir a sustentabilidade da Empresa e a
proteção do ambiente;
- Informar e divulgar a presente Política, de forma responsável e transparente, às partes interessadas,
comunicando o desempenho da Empresa a nível de Segurança, Saúde e Ambiente;
A Mário António Lopes, Lda. e constituída por uma equipa motivada, competente e inovadora, empenhada em
proteger o Ambiente, a Segurança e a Saúde dos seus colaboradores, clientes, parceiros e da comunidade,
contribuindo ativamente para um trabalho seguro e saudável.

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6. Apresentação do Caso de Estudo – Posto de Trabalho Dotado de Visor


6.1. Descrição do posto de Trabalho
O posto de trabalho, que será objecto de estudo, situa-se
no Rés – do – chão do edifício, na zona dos escritórios,
constituída por uma sala interior, (Figura 13 – Planta do
Rés-do-Chão), onde se encontram dois postos de trabalho
dotados de visor o da a recepcionista e secretaria e o da
responsável de compras e vendas (PTDV a analisar).
As funções desempenhadas pela Responsável de
Compras e Vendas é predominantemente ao computador
(equipamento dotado de visor) e fotocopiadora, como
podemos ver na Figura 15, as suas tarefas encontram-se
descritas nas Tabelas 5 e 6. Figura 15: Posto de Trabalho Dotado de Visor sobre o qual
incidirá a Avaliação.

Tabela 5: Procedimentos a seguir pela colaboradora durante as Vendas.


Procedimento Ação
1. As encomendas dos clientes podem ser feitas por escrito ou verbalmente.
Compete ao colaborador registar as encomendas na Ficha de
Atendimento.
As adjudicações das propostas enviadas deverão ser feitas por escrito e
recepcionadas pela Comercial ou através da assinatura do cliente na O.S.
entregue pelo técnico.
Estas informações são registadas no SI pela colaboradora responsável pelas
Vendas e Compras.
2. Compete depois ao Comercial a análise das encomendas ou adjudicações
recebidas.
Após o acordo por escrito do Cliente para todas as alterações à proposta e à
encomenda que venham a ser necessárias, a colaboradora recebe a
documentação referente ao contrato e deve registar todo o seguimento no SI.
3. Após aceitação dos termos contratuais por parte da empresa e cliente a
colaboradora deve gerar Ordem de Serviço, para que se possa agendar com
o cliente os trabalhos a executar, de acordo com o PQ Gestão da
Informação.
Após conclusão da Ordem de Serviço, esta é enviada pelo GIN, para
tratamento, juntamente com todos os documentos que possam estar
associados para que a colaboradora registe toda a informação no SI.

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Tabela 6: Procedimentos a seguir pela colaboradora durante as compras.


Fluxograma Ação
1. Na detecção de uma necessidade de produto para a Produção são
preenchidas Requisições Internas pelos Chefes de Equipa, Direções ou
Gerência, que são entregues ao Responsável de Compras, que efetua a
consulta das condições de fornecimento e procede à respectiva
encomenda. Sempre que haja uma necessidade específica de
determinados produtos para aplicação em obra, é comunicada
verbalmente ao Responsável de Compras, de forma a ser feita a
encomenda ao fornecedor o mais rapidamente possível.
2. Para alguns fornecedores existem preços e/ou contratos de
fornecimentos, onde estão pré-definidos os preços e as condições a
praticar. Nestes casos, não é necessário fazer consultas de mercado.
Caso o produto/serviço a encomendar não possua fornecedor
selecionado, deve proceder à sua seleção.
3. Se o produto/serviço a encomendar possuir um fornecedor já
selecionado, procede-se à emissão da Nota de Encomenda (SI).
Compete ao Responsável de Compras fazer o acompanhamento dos
pedidos de compra emitidos para os fornecedores, no sentido de
garantir os prazos de entrega.
4. A verificação dos produtos comprados compreende dois tipos de
controlo:
• Controlo Administrativo/Quantitativo; • Controlo Qualitativo.
O Controlo Administrativo envolve a verificação dos produtos de
compra, de acordo com os documentos de transporte do fornecedor e
de acordo com os documentos de compra da Mário António & Lopes
Lda. É verificado se os produtos entregues (tipo e quantidade)
correspondem ao descrito nos documentos de transporte do fornecedor
e, posteriormente, se os produtos entregues correspondem ao descrito
nos documentos de compra da Mário António & Lopes Lda. Compete às
entidades da empresa envolvidas verificar se foram respeitadas as
condições de expedição e administrativas, rubricar e colocar a data de
recepção nos documentos com origem no fornecedor. Depois da
conferência da documentação, esta é enviada para a ASS para o seu
processamento administrativo e contabilístico.
O Controlo Qualitativo envolve a verificação do produto de modo a
verificar a sua conformidade com os requisitos especificados, de acordo
com o estabelecido com a Instrução de Trabalho Recepção.
5. Se a encomenda não estiver de acordo com o pretendido, o
Responsável de Compras efetua o registo na Ficha de Não
Conformidade, que posteriormente é encaminhada para a DQU, sendo
efectuado o registo de Reclamação ao Fornecedor, onde é comunicado
o demérito atribuído.
6. Na recepção, o material está identificado quanto ao seu estado de
monitorização e medição, podendo estar como “Aguarda Inspeção” em
zona pré-definida, armazenado no local destinado, no caso de
conformidade, e com a Etiqueta de Não Conforme, quando ocorre uma
Não Conformidade.
Todos os passos deverão ser registados no Sistema Informático.

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A natureza das tarefas desta colaboradora com o ecrã, pode dizer-se que é do Tipo Conversacional.
Este espaço é provido de todos os utensílios e mobiliário necessário às funções que nele devem ser exercidas,
servindo também como espaço de ligação e passagem para a sala de reuniões, sala de processos e Arrumos.

6.2. Metodologias Utilizadas


Para a realização da avaliação de riscos deste PTDV, foi realizada uma avaliação Diagnóstico das condições de
Segurança e Higiene do Trabalho em todos os espaços envolventes dentro da empresa Mário António & Lopes,
Lda., através da utilização de uma lista de verificação (método qualitativo), apresentada no Anexo I, tendo em
conta as prescrições legisladas no DL 243/86 de 20 de Agosto, o DL 349/93 de 1 de Outubro e Portaria 989/93
de 6 de Outubro, preenchida através da observação direta das instalações e dos trabalhadores, com a captação
de registo fotográfico.
De seguida foi realizada uma entrevista e verbalização simultânea à colaboradora que ocupa o PTDV alvo de
análise, para o preenchimento de uma tabela de avaliação (método subjetivo), de forma a permitir uma avaliação
mais detalhada do PTDV e dos utensílios que são utilizados pela colaboradora durante a realização das suas
tarefas, através do Inquérito apresentado no Anexo II.
Após o levantamento de todos estes elementos, foi elaborada uma análise de riscos através do método da
Matriz Melhorada (análise de riscos direto, semi-quantitativo), de forma a poder estabelecer as prioridades para
a resolução dos problemas identificados.
Posteriormente fez-se uma análise ergonómica através do método de avaliação da carga postural, semi-
quantitativo, o Rapid Upper Limb Assessment (RULA), com a utilização do Sotware Ergolandia 3.0.

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7. Diagnóstico das Condições de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho/


Proposta de Medidas Preventivas/Corretivas
A empresa Mário António & Lopes, Lda. é alvo de constantes auditorias, por parte do seu maior cliente
Lusitaniagás e Galpenergia no que toca às questões de Segurança e Higiene do Trabalho, encontrando-se estas
condições na sua maioria asseguradas, monitorizadas, conhecidas e cumpridas por todos os seus
colaboradores.
Esta empresa conta com 36 colaboradores, existindo 10 postos de Trabalho Dotados de Visor, sem contar com a
gerência, existindo apenas 9 trabalhadores a ocupar estes postos.
Esta análise irá incidir sobre um Posto de Trabalho Dotado de Visor (PTDV), em particular, ocupado pela
responsável das Compras e Vendas, já descrito anteriormente no Capitulo 5.
Aplicando a Lista de Verificação das Condições Gerais das Condições de Segurança e Higiene do Trabalho
elaborada e apresentada no Anexo I, podemos, levantar algumas questões encontradas e passiveis de melhoria,
que passarei a desenvolver e apresentar durante este capítulo.

7.1. Verificação das Condições de Segurança e Higiene do Trabalho no Posto de Trabalho


Para a verificação das condições de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho neste PTDV, procedeu-se ao
registo fotográfico e observação direta do local, atividade desempenhada pela colaboradora, verificação da
checklist (Anexo I), entrevista e verbalização direta, a fim de avaliar os equipamentos utilizados durante o
decorrer do trabalho, preenchendo o inquérito apresentado no Anexo II.

7.1.1. Características Individuais


A Colaboradora que ocupa este PTDV é do sexo feminino, tem 37 anos, mede 1,67m e pesa 68,5 Kg.
Efetua os exames médicos periódicos exigidos por lei, e a sua ficha de aptidão médica (FAM) indica encontrar-
se em boas condições físicas e psíquicas para o exercício da sua função.
Trabalha na empresa à 1 ano e meio, sente-se motivada para o trabalho que executa, verbalizando que gosta do
que faz.
A sua posição de trabalho, durante as 8h de trabalho é predominantemente a sentada. Necessitando apenas de
se deslocar ao escritório da Gestão de Processos e de Informação, para troca de documentos, e muito
esporadicamente ao armazém, onde, aquando da recepção de material de construção por parte dos
fornecedores, deve verificar toda a documentação que deverá acompanhar estes material, bem como a sua
integridade e qualidade.
Todos estes processos, com recepção de documentos, troca de informação, emissão e recepção de facturas,
etc., deve ser registada no Sistema de Informação (SI) (computador).

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7.1.2. Características Organizacionais


O horário de trabalho nos escritórios da empresa Mário António & Lopes, Lda. realiza-se por períodos de 4 horas
da parte da manhã e 4 horas da parte da tarde, perfazendo um total de 8 horas diárias. O período da manhã tem
inicio às 9h00 até às 13h00, havendo pausa de uma hora para almoço, iniciando o período da tarde às 14h00 até
às 18h00. A colaboradora tem 15 minutos de pausa, da parte da manhã e da tarde.
Sendo a Mário António & Lopes. uma empresa certificada pela norma NP EN ISO 9001:2000, todas as tarefas,
normas e procedimentos a seguir pelos seus colaboradores se encontram prescritos e disponíveis para consulta,
no seu diretório de informação informático.

Os ritmos de trabalho neste PTDV são adequados, mas dependendo das alturas e complexidade da tarefa, é-lhe
imposto um ritmo de trabalho intensivo, que segundo a colaboradora, provoca algum cansaço e irritabilidade,
afetando por vezes o bem estar físico, mental e a sua vida social.
Não existe rotatividade do posto de trabalho e o seu trabalho é desenvolvido com recurso ao suporte
tecnológico, o computador, telefone e fotocopiadora.

7.1.3. Espaço Unitário de Trabalho


Este posto de trabalho encontra-se bem desenhado, em termos de espaço, cumprindo na generalidade os
requisitos apresentados no DL n.º 243/86, de 20 de Agosto, em os trabalhadores devem dispor de:
a) Espaço suficiente e livre de qualquer obstáculo para poder realizar o seu trabalho sem riscos para a sua
saúde e segurança;
b) A área útil por trabalhador, excluindo a ocupada pelo posto de trabalho fixo, não deve ser inferior a 2 m2
e o espaço entre postos de trabalho não deve ser inferior a 80 cm;
c) O volume mínimo por trabalhador não deve ser inferior a 10 m3;
d) O pé direito dos locais de trabalho não deve ser inferior a 3m (nos edifícios adoptados, admite-se uma
tolerância até 2,70m).
Em relação ao posto fixo de trabalho, as áreas requeridas e ilustradas na Figura 16, não são na sua totalidade
cumpridas.

Área 1: área usual de trabalho.


Área 2: atividades leves, pegar materiais.
Área 3: atividades não frequentes, utilizada somente
quando a área 2 estiver totalmente preenchida.

Figura 16: Área útil de trabalho (área 1- zona principal de trabalho; área 2 - zona de trabalho secundário e área 3 - zona de
referência) (Andrade, 2011).

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As dimensões e características da mesa/superfície de trabalho é um factor determinante para o conforto do


trabalhador durante a realização das suas tarefas, esta deve ter dimensões adequadas e permitir uma
disposição flexível do visor, do teclado, dos documentos e do material acessório e refletir o mínimo de
luminosidade. O suporte de documentos deve ser estável e regulável, de modo a evitar movimentos
desconfortáveis da cabeça e dos olhos (Portaria 989/93 de 6 de Outubro).

Na Tabela 7, estão apresentadas as situações encontradas como Não Conformidades e as respetivas Propostas
de Medidas Preventivas/Corretivas.

Tabela 7: Condições de Espaço Unitário de Trabalho.


Situação encontrada (NC):
Área 3, de acordo com a figura 8, inferior ao necessário. As dimensões da secretaria
não são adequadas.
Medidas Preventivas/Corretivas:

Adquirir uma secretária de maiores dimensões, que permita uma boa distribuição de
todos os utensílios e livre movimentação durante a execução de atividades não
frequentes, para utilizar quando a área 2 estiver totalmente preenchida.
A mesa deve ser ainda de altura regulável e de superfície anti-refletora.

7.1.4. Assentos
A cadeira de trabalho, deve ter boa estabilidade, ser de
altura ajustável à estatura do trabalhador, possuir um
espaldar regulável em altura e inclinação, borda frontal
arredondada, encosto com forma levemente adaptada
ao corpo para proteção da região lombar, encosto com
forma levemente adaptada ao corpo para proteção da
região lombar; possuir 5 rodízios (rodas) e de fácil
higienização, como ilustrado na Figura 17 (Andrade,
2011; Portaria 989/93).
Figura 17: Cadeira ergonómica, adaptada aos Postos de
Trabalho Dotados de Visor (Andrade, 2011).

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Na empresa Mário António & Lopes, Lda. existem assentos em número suficiente, mas neste caso em particular
não é apropriado, como podemos verificar na situação encontrada como Não Conformidade, descrita na Tabela
8.

Tabela 8: Assento no PTDV a avaliar.


Situação encontrada (NC):
Assento de trabalho, não adaptado para o fim a que se destina.
Cadeira não Ergonómica, não cumprindo com nenhum requisito ergonómico
apresentado por Andrade, 2011 e Portaria 989/93.
Medidas Preventivas/Corretivas:

Adquirir cadeira ergonómica que promova boa estabilidade, de altura ajustável à


estatura do trabalhador, que possua um espaldar regulável em altura e inclinação,
borda frontal arredondada, encosto com forma levemente adaptada ao corpo para
proteção da região lombar, encosto com forma levemente adaptada ao corpo para
proteção da região lombar; possuir 5 rodízios (rodas), de fácil higienização, giratória,
com braços de altura de fácil regulação e com tecido que permita boa transpiração.

É importante que os colaboradores mantenham uma postura correta, sendo que esta deve ser facilitada pelas
recomendações anteriores. Esta consiste, assim, em manter (Andrade, 2011):
 Cotovelo junto do tronco;
 Braço e antebraço num ângulo de 90º não encolhendo os ombros;
 Pulsos direitos;
 Dedos ligeiramente curvos;
 Braços relaxados;
 Cabeça direita, com o nível do olhar no terço superior do ecrã, minimizando
inclinação do pescoço.

O objecto de maior frequência de observação deve ser centralizado em frente ao


trabalhador. O ângulo de Visão recomendado (medido a partir da linha horizontal Figura 18: Postura de trabalho
da visão) varia entre 15º e 45º, dependendo da postura de trabalho (Andrade, correta num PTDV (Fonte:

2011). http://higiene-seguranca-
trabalho.dashofer.pt,(16:46
Na Figura 18, podemos visualizar os ângulos posturais que devem ser adotados
de 10/05/2012)).
pelos colaboradores que trabalham em postos dotados de visor.

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7.1.5. Limpeza diária e periódica


Foi verificado que a limpeza às instalações, nomeadamente aos pavimentos, planos de trabalho e seus
utensílios, utensílios ou equipamentos de uso diário e instalações higieno sanitárias não são realizadas
diariamente, como requerido no Decreto – Lei n.º 243/86 de 20 de Agosto.
Na Mário António & Lopes, Lda., a responsabilidade por efetuar estas limpezas é imputada a uma funcionária,
que devido a ter a seu encargo outras tarefas diárias de obrigação prioritária não as executa com a regularidade
imposta mas apenas quando tem disponibilidade.

A limpeza periódica a paredes e tectos, fontes de luz natural e artificial e aos utensílios e equipamentos de uso
não diário, são realizadas, com o reparo, de que são feitas durante o horário de trabalho.
Todas as operações de limpeza são efectuadas durante o horário de trabalho, com o uso de alguns produtos
irritantes.
Na Tabela 9, encontram-se as situações encontradas como Não Conformidades, e respetivas propostas de
medidas preventivas/corretivas.

Tabela 9: Limpeza diária. Situação encontrada.


Situação encontrada (NC): Limpeza diária não é realizada.
Uso de alguns produtos tóxicos e irritantes, como por exemplo a comummente denominado por lixívia.
Proposta Preventiva/Corretiva: Efetuar um plano de limpeza diária, denominando uma funcionária com a
responsabilidade de a efetuar, consoante a obrigatoriedade presente no DL 243/86 de 20 de Agosto. Ou contratar
empresa de limpeza, que garanta a limpeza diária, fora do horário normal de trabalho dos escritórios,
Substituir os produtos de limpeza irritantes por produtos não tóxicos ou irritantes.

7.1.6. Desperdícios
Como consta no DL 243/86 de 20 de Agosto:
1 - Os desperdícios ou restos incómodos devem ser colocados em recipientes resistentes e higienizáveis com
tampa, que serão removidos diariamente do local de trabalho.
2. - Quando os desperdícios ou restos forem muito incómodos ou susceptíveis de libertarem substâncias tóxicas,
perigosas ou infectantes, devem ser previamente neutralizados e colocados em recipientes resistentes cuja
tampa feche hermeticamente. A sua remoção do local de trabalho deve ser diária ou no final de cada turno de
trabalho, conforme os casos.
3 - Cada posto de trabalho deve ter recipiente ou dispositivo próprio.

Os pontos 1 e 3 não se verificam, e na Tabela 10 estão apresentadas as situações encontradas como Não
Conformidades, e respetivas propostas de medidas preventivas/corretivas.

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Tabela 10: Recipientes existentes no posto de trabalho.


Situação encontrada (NC):
Recipiente, sem tampa.
Resíduos não são removidos diariamente.
Medidas Preventivas/Corretivas:

Prover todos os postos de trabalho com recipientes com tampa.


Remover os resíduos todos os dias.

7.1.7. Atmosfera de trabalho


Segundo Decreto – Lei n.º 243/86 de 20 de Agosto, uma boa atmosfera de trabalho é aquela que garanta a
saúde e bem-estar dos trabalhadores. Isto é, deve existir renovação do ar, natural ou artificial, sem provocar
correntes incómodas ou prejudiciais aos trabalhadores. Quando a renovação de ar é artificial os dispositivos
devem ser silenciosos, o que se encontra assegurado na Mário António & Lopes, Lda.

Devem existir boas condições de temperatura e humidade. A temperatura deve encontrar-se entre os 18ºC e os
22ºC, saldo em determinadas condições climatéricas em que poderá atingir os 25ºC. A humidade da atmosfera
de trabalho deve oscilar entre os 50% e os 70%. As janelas devem estar equipadas com um dispositivo que
atenue a luz do dia (Decreto- Lei n.º 243/86, de 20 de Agosto; Portaria 989/93).
Devem ser garantidas condições de trabalho nas quais o ruído e vibrações existentes não causem efeitos
nocivos sobre os trabalhadores. Devendo eliminar ou reduzir os ruídos e vibrações e limitar a sua propagação
(Decreto- Lei n.º 243/86, de 20 de Agosto).

Na Mário António & Lopes, Lda. estas condições prendem-se com as ambientais.
Em conversação com a colaboradora, podemos afirmar que são confortáveis, com o reparo de que no Inverno e
dias frios, apesar de existir sistema de aquecimento, por piso radiante, o ambiente se torna bastante frio e
incómodo, por manterem o sistema de aquecimento desligado. Propôs-se, portanto, que o sistema de
aquecimento seja ligado, nos dias de frio, 2 horas antes do inicio da atividade nos escritórios e desligado 2 horas
antes do termino desta.

Embora não tenham sido efetuadas medições dos níveis de ruído ou vibrações, através de uma avaliação
empírica, podemos afirmar que nesta empresa, nos escritórios não existem riscos associados ao ruído ou
vibrações.

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7.1.8. Iluminação
Este posto de trabalho encontra-se situado no Rés – do – Chão do edifício, como já referido no ponto 4.1., sendo
um local interior, cego e de passagem para as restantes salas de escritório. Sendo assim, uma das principais
questões que se levantam é a da iluminação.
Tratando-se de um compartimento interior, sem superfícies transparentes e sendo a fonte luz predominante a
elétrica, é um ambiente escuro em que a luz natural, apenas é possível quando as portas das salas envolventes
se encontram abertas. Conclusão Estudos e Formação, Lda.

Empresa Estudada:
Na Tabela 11, podemos encontrar as condições
Estudode iluminação a melhorar e corrigir e as devidas
Ergonómico propostas para
Conclusão Estudos e Formação, Lda.
o efeito. Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho

Tabela 11: Condições de iluminação no PTDV. Não existe luz local adequada, uma vez não existir um candeeiro de secretaria, no
entanto a colaboradora, considera que a luz artificial existente é suficiente.
Situação encontrada (NC):
A luz artificial é garantida através de lâmpadas fluorescentes de intensidade uniforme,
Iluminação natural deficiente.
bem distribuída, dirigida para baixo e perpendicular ao eixo de visão, evitando contraste
Iluminação provoca
ou reflexos reflexos
prejudiciais, nãoindesejados
provocando no ecrã do visor.
encadeamento, excessivo aquecimento nem

Iluminação artificial
cheiros, fumos não distribuída
ou gases uniformemente.
incómodos, tóxicos ou perigosos.
Não existem sistemas de iluminação de emergência, que embora não seja uma exigência
Inexistência de sinalização luminosa de emergência e de segurança.
por lei, consideramos uma proposta de melhoria.
Medidas Preventivas/Corretivas:
Nos quadros abaixo apresentados e com as figuras 8 e 9, apresentamos as situações
Prover
descritas o local
e devidas de iluminação
propostas distribuída
de melhoria. uniformemente, de forma a
combater os reflexos e contraste indesejados no ecrã.
Situação encontrada

Realizar medições de iluminância, de Inexistência


forma a garantir
de luz local
que esta seja próxima
dos 500 lux.
Implementação de sistema luminosos Propostas
de emergência
de melhoria e
Colocação de um candeeiro de
segurança , com iluminação garantida
Figura 8: Secretaria existente no posto
em caso
secretária, fixo e dede corte
posição da
ajustável.

corrente elétrica.
de trabalho.

Colocar na secretaria candeeiro fixo, e de posição ajustável, como o da figura


que aqui apresento. Situação encontrada
Inexistência de sistemas de iluminação de emergência;

De acordo com o DL n.º 243/86 de 20 de Agosto, a Propostas de melhoria


Colocação de sistemas de iluminação de
Iluminação natural ou complementar artificial Figura
adequada
9: Sinalética de emergência
emergência.

existente.
aos requisitos das tarefas a desempenhar, deve em
alguns casos ser aplicada localmente. As fontes de
Ergonomia Carmen Nunes| Carolina Catarino | Daniela Sousa 19

iluminação devem ser de intensidade uniforme e estarem


distribuídas de modo a evitar contrastes e reflexos
prejudiciais, como podemos visualizar na Figura 19.
Figura 19: Distribuição correta da iluminação em relação ao
posto de trabalho (Andrade, 2011).

Carmen Nunes 45
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na Mário António & Lopes, Lda.
Curso Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho

Não deve ser susceptível a grandes variações de intensidade nem provocar encadeamento, aquecimento
excessivo, nem libertação de cheiros, fumos ou gases. A tonalidade das paredes e tectos não deve ser de modo
a absorver demasiada luz. As superfícies das instalações e dos planos de trabalho não deve provocar reflexos
prejudiciais ou encadeamento.

Embora não tenham sido feitas medições, sabemos que o nível de iluminância recomendado para uma dada
tarefa diz respeito à quantidade de luz que se considera necessária à boa execução dessa tarefa e é de 300 a
750 lux para um escritório. Sendo o nível ideal para este tipo de tarefas 500 lux. O nível de conforto e a precisão
com que se vê, depende da iluminância, quanto mais elevado for este nível mais rápido e perfeito é o trabalho,
com menos enganos e maior segurança (Andrade, 2011).

No caso do trabalho de escritório, para uma boa disposição e repartição dos dispositivos de iluminação, devem
ser cumpridos os seguintes requisitos:
de Riscos Associada à Actividade Profissional num Gabinete de Projectos
 não deve aparecer nenhuma fonte luminosa no campo visual dos trabalhadores enquanto eles
trabalham;
 a linha que une os olhos à fonte luminosa deve ser um ângulo de 30º com a horizontal (se não pode ser
evitado um ângulo inferior, as luzes devem ser equipadas de abat-jour);
M
ed
ida
as s P reve
lâmpadas ntiv
devema s
ser colocadas perpendicularmente à linha de visão;
 utilizar um maior no de lâmpadas de menor intensidade que só algumas muito potentes (uso de
ções a adoptar passaria por limitar a passagem de veículos
lâmpadas fluorescentes tubulares);
m lã de vidro entre asosduas
dispositivos
placasluminosos devem ser
de gesso, colocados
para numa direção tal que ela não coincida com aquela para
isolamento
a qual o operador deva olhar frequentemente;
 deve evitar-se a utilização de cores e de materiais refletores para as máquinas, os aparelhos, os

ções a adoptar tampos das mesas, os painéis de controlo, etc.


Talpública.
pesados na via como ilustrado, nas Figuras 20 e 21.

ntes de iluminação individual de forma a permitir adaptações pessoais.

as fontes de luz (natural e artificial).


optadas medidas de prevenção que passam por:
o horário de trabalho.
a monitor).

dos exames oculares médicos periódicos.

Figura 20: Posição adequada do posto de trabalho Figura 21: Disposição correta das fontes de luz num
em relação
to e aquecimento, bem comoà iluminação artificial (Andrade,
o isolamento da infra-estrutura PTDV.
caso se ache necessário.
vitadas pelo que, na implementação
2011). dos postos de trabalho,
facto
Carmen Nunes 46
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7.1.9. Equipamentos de extinção de incêndios/medidas de autoproteção.


De acordo com o Art. 3º, ponto 1, alínea a) do Decreto - Lei n.º 220/2008 de 12 de Novembro, a Mário António &
Lopes, Lda. como edifício, qualquer que seja a utilização e respetiva envolvente, está sujeita ao regime de
segurança contra incêndios, pelo que possui algumas medidas de autoproteção implementadas, tendo em vista
o cumprimento dos seguintes princípios:
a) Reduzir a probabilidade de ocorrência de incêndios;
b) Limitar o desenvolvimento de eventuais incêndios, circunscrevendo e minimizando os seus efeitos, nomeada-
mente a propagação do fumo e gases de combustão;
c) Facilitar a evacuação e o salvamento dos ocupantes em risco;
d) Permitir a intervenção eficaz e segura dos meios de socorro.

Sendo um estabelecimento de categoria de risco de utilização – Tipo XII “Industriais, Oficinas e Armazéns”
(Decreto – Lei n.º 220/2008 de 12 de Novembro) torna-se necessário o calculo da respetiva categoria de risco,
para se poder concluir acerca da obrigatoriedade das medidas de autoproteção a assegurar neste edifício, como:
 Registo de segurança (obrigatório independentemente da categoria de risco (1ª, 2ª, 3ª ou 4ª);
 Procedimentos de proteção ( apenas obrigatório para a 1ª categoria de risco);
 Plano de Prevenção (obrigatório para as categorias de risco 2ª, 3ª e 4ª);
 Procedimentos em Caso de Emergência (obrigatória para a 2ª categoria de risco);
 Plano de Emergência Interno (obrigatório para a 3ª e 4ª categoria de risco);
 Ações de Sensibilização de Formação SCIE (obrigatória para a 3ª e 4ª categoria de risco);
 Simulacros (Obrigatória para as 2ª, 3ª e 4ª categorias de risco).

Verificou-se que não existe a categorização do edifício quanto ao risco, mas sabemos que por exemplo que num
escritório ou numa loja que não receba mais do que 100 pessoas em simultâneo e possuam uma altura inferior
ou igual a nove metros, deve ser garantida a existência de registos de segurança e implementados
procedimentos de prevenção, estando o não cumprimento desta obrigatoriedade legal sujeita ao pagamento de
coima que pode ir até €2 750, no caso de pessoa singular, ou até €27 500, no caso de pessoa colectiva (Art.º
25º do Decreto-Lei no 220/2008, de 12 de Novembro).

Verificou-se a inexistência de equipas de segurança que de acordo com o novo regulamento, os edifícios e
Entidades Exploradoras/Proprietários deverão dispor das mesmas, que serão constituídas pelo pessoal interno
ou por pessoal externo, sendo atribuídas funções aos diversos elementos, sendo o número mínimo de
elementos da equipa presentes em simultâneo no edifício é determinado em função da utilização -tipo e da
categoria de risco. Os elementos da equipa de segurança deverão ter formação específica.

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Em relação aos meios de combate a incêndios, podemos verificar que existem extintores de CO2, na sua maioria
bem colocados e sinalizados, todos dentro do prazo de validade e em bom estado de pressão e conservação.
Ainda, assim, detetaram-se, algumas situações que serão passiveis de correção e melhoria, que passo a
apresentar na Tabela 12.

Tabela 12: Situações encontradas em relação aos equipamentos de extinção de incêndios e Medidas de Autoproteção.
Situação encontrada (NC):
Medidas de Autoproteção descoradas.
Incorreta colocação de extintores e sinalização de extintores.
Falta de Sensibilização e Formação de colaboradores para a
necessidade da manutenção da integridade de todos os equipamentos
de combate a incêndio.
Inexistência de equipas de segurança, bem como de pessoal formado
para atuação em caso de incêndio.
Medidas Preventivas/Corretivas:
Elaboração e Implementação das Medidas de Autoproteção
exigidas por lei, nomeadamente Decreto – Lei n.º 220/2008, de 12 de
Novembro e Portaria 1532/2008, de 29 de Dezembro, urgentemente.
Instalar os extintores de incêndio, bem sinalizados, em locais bem
visíveis, colocados em suporte próprio de modo a que o seu manípulo
fique a uma altura não superior a 1,2 m do pavimento e localizados
preferencialmente:
a) Nas comunicações horizontais ou, em alternativa, no interior das
câmaras corta-fogo, quando existam;
b) No interior dos grandes espaços e junto às suas saídas. (art.º 163ºdo
Anexo I da Portaria nº 1532/2008, de 29 de Dezembro);

7.1.10. Teclados/ Rato


Os teclados devem ser de inclinação regulável, dissociados do visor e com espaço livre para permitir ao
utilizador apoiar as mãos e braços. As teclas devem ter contraste suficiente para proporcionar uma fácil leitura e
devem estar colocados de forma a facilitar a sua utilização. Os teclados devem apresentar uma superfície baça
para evitar reflexos (Portaria 989/93 de 6 de Outubro).
Uma boa opção são os teclados ergonómicos. Estes estão divididos em duas partes, a esquerda e a direita que,
facilita a escrita. Também têm umas patilhas na parte posterior que permite colocar o teclado mais alto ou mais
baixo, finalmente possuem uma zona onde é possível apoiar os pulsos para um maior conforto (Andrade, 2011).
Caso o teclado não tenha apoio de pulsos deverá existir um suporte de pulsos, de forma a evitar o esforço
exercido por estes (Andrade, 2011).

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Uma base refletora pode ser um auxiliar importante a colocar por baixo do teclado, evitando reflexos e
eletricidade estática.
Os ratos devem ter as medidas apropriadas para o utilizar. Uma excelente escolha são os ratos ergonómicos:
são equipamentos que permitem um menor cansaço das mãos e do pulso, devido à sua forma anatómica
permitindo um confortável posicionamento da mão (Andrade, 2011).

De acordo com o Inquérito efectuado à colaboradora, apresentado no Anexo II, podem levantar-se as questões
apresentadas na Tabela 13:

Tabela 13: Teclado e rato existentes no PTDV.


Situação encontrada (NC):
Teclado de cor clara, cuja superfície não é mate nem antirreflexos.
Não existe apoio de pulsos e o rato não é ergonómico, o seu desenho não é
adaptado á curva da mão, sendo a sua utilização incómoda.
O movimento do cursor, no monitor, não responde satisfatoriamente aos
movimentos que são executados com o rato.
Medidas Preventivas/Corretivas:
Colocar á disposição da colaboradora teclado ergonómico de cor escura e
superfície mate.
Substituir rato existente, por rato de desenho adaptado à curva da mão, e com
sensibilidade que permita que o movimento do cursor, no monitor, acompanhe
satisfatoriamente os movimentos executados no rato e dotar o posto de trabalho
com um apoio para o pulso, como os que se encontram ilustrados na Figura 22.

Figura 22: Teclado, rato e apoio de pulso, adequados a um Posto de Trabalho dotado de Visor.

7.1.11. Visores
Os visores devem possuir caracteres bem definidos e delineados, de dimensão apropriada e com espaçamento
adequado. A imagem deve ser estável (sem cintilações, reflexos ou reverberações), deve possibilitar a fácil
regulação da iluminância e do contraste entre os caracteres e o seu fundo, assim como, ser de orientação e

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inclinação regulável e se necessário colocado sobre suporte separado ou mesa regulável (Portaria 989/93 de 6
de Outubro).
Após o preenchimento do Inquérito, apresentado no Anexo II, podem-se detalhar as características do visor
utilizado pela colaboradora, das quais saliento a melhorar e corrigir, as apresentadas na Tabela 14:

Tabela 14: Situação encontrada relativa ao visor no PTDV.


Situação encontrada (NC):
Visor sem tratamento antirreflexos, apresentando reflexos indesejáveis no
visor.
A imagem neste visor é instável, sendo nítido o piscar da imagem e a pouca
definição.
A inclinação e altura do ecrã não são ajustáveis.
Medidas Preventivas/Corretivas:
Dispor o visor de forma a não haver incidências diretas de fontes
luminosas no mesmo, neste caso deve ser colocada do lado direito da
secretaria virado para a colaboradora, conforme se pode ver nas Figuras 20,
21 e 23.
Adquirir visor que garanta a boa legibilidade, estabilidade da imagem, com
ajuste de luminosidade/Contraste, com tratamento antirreflexos, com
polaridade de visor, permita realizar combinação de cores, com fácil regulação
da inclinação, rotação e altura.
Deverá ser colocado à disposição da colaboradora um suporte de documentos.

Figura 23: Correta disposição do visor de acordo com as fontes luminosas existentes
(Fonte:http://higiene-seguranca-trabalho.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=16715)

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7.1.12. Software

Figura 24: A Ergonomia e a Tecnologia. (Fonte: www.slideshare.net/sergiolima/a-ergonomia-e-a-interao-usurio-computador,


01 de Abril de 2012, às 13h10min.

A ergonomia do software trata dos aspectos relativos aos programas e à programação e busca melhorar
a
capacidade de utilização - usabilidade ("usability") - dos "softs" por usuários de diferentes características
(Figura 24).

Podendo, distinguir-se quatro níveis de intervenção ergonômica:


 funcionalidades que o software deve oferecer;
 adequação aos modelos de representação dos usuários;
 modalidades de diálogo com o usuário;
 -codificação das informações (principalmente as representações das telas).

O sotware utilizado pela colaboradora, é adaptado á tarefa a executar, é de fácil utilização e atende aos seus
conhecimentos. A informação é apresentada num formato e ritmo adaptado á sua utilização.

É de referir que o sistema não fornece indicações sobre o seu funcionamento, pelo que será pertinente,
disponibilizar essa informação, para que em caso de surgirem duvidas durante o seu uso, seja fácil a sua
consulta e esclarecimento.

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7.2. Aplicação do Método da Matriz Melhorada para a Avaliação de Riscos no Posto de


Trabalho Dotado de Visor
O método da matriz melhorada, avalia também os procedimentos e as condições de segurança e o número de
pessoas afectadas.

Assim a magnitude do risco (R) é determinada pelo produto das 4 variáveis, cujos valores numéricos se podem
obter a partir da consulta das Tabelas 15, 16, 17 e 18.

R = F x S x Ps x N

R = Magnitude do risco;
F = Frequência;
S = Severidade dos danos;
Ps = Procedimentos e condições de segurança adoptados;
N = Nº de pessoas afectadas.

As quatro variáveis são determinadas tendo em conta os seguintes parâmetros, são:


Tabela 15: Tabela para a determinação da Escala de Frequência (F).
Escala de Frequência (F)
Frequente 1 Nível frequente de ocorrência do risco (várias vezes ao dia);
Provável 2 Nível médio de ocorrência de risco (uma vez por dia);
Ocasional 3 Nível remoto de ocorrência do risco (uma vez por semana);
Remoto 4 Nível reduzido de ocorrência do risco (uma vez por mês);
Improvável 5 Nível nulo de ocorrência do risco (uma vez por ano).

Tabela 16: Tabela para a determinação da Escala de Severidade (S).


Escala de severidade (S)
Morte, lesão com incapacidade permanente, perda do sistema ou danos ambientais muito
Catastrófico 1
graves;
Danos graves, lesões com incapacidade temporária ou permanente mas de pequena
Critico 2
percentagem ou perda parcial do sistema ou danos ambientais graves;
Lesões menores com ou sem incapacidade temporária mas pouco graves, danos no
Marginal 3
sistema ou ambiente pouco graves;
Lesões pequenas sem qualquer tipo de incapacidade, danos no sistema ou ambiente
Negligenciável 4
insignificantes ou desprezíveis;
Insignificantes 5 Sem lesões corporais ou danos para o sistema.

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Tabela 17: Tabela com a Escala dos Procedimentos e condições de segurança (Ps).
Escala de procedimentos e condições de segurança (Ps)
Não existem ou não são conhecidas; 1
Sérias deficiências; 2
Algumas deficiências nos procedimentos e falta de implementação de outros; 3
Suficientes, mas melhoráveis; 4
Muito boas, suficientes e bem implementados. 5

Tabela 18: Tabela para atribuição de valor consoante o número de pessoas afectadas (N).
Escala do número de pessoas afectadas (N)
≥ 51 1
31-50 2
11-30 3
4-10 4
1-3 5

Através deste método, a avaliação é realizada da seguinte forma:


 Cada risco em análise será classificado em cada uma das categorias;
 Faz-se o produto da classificação de F x S x Ps x N;
 O resultado dá-nos a avaliação do risco (através da consulta da Tabela 19);
 A escala varia de 1 Muito Mau a 625 Muito Bom

Neste procedimento, independentemente da magnitude do risco, sempre que houver ou se verifique a violação
de algum requisito legal considera-se o risco como não aceitável.

Tabela 19: Tabela da Magnitude do Risco.


Magnitude do risco Índices de risco Prioridade de intervenção
=1 1 Situação urgente Situação drástica, requerendo alterações urgentes e obrigatórias;
] 1-16] 2 Situação critica Requer alterações urgentes;
] 16-81] 3 Situação aceitável Requer algumas alterações;
] 81-256] 4 Situação bastante aceitável Poderão ser realizadas pequenas ações de melhoria;
] 256-625] 5 Situação óptima Não requer alterações.

Nas Tabelas 20, 21, 22, 23 e 24, estão apresentadas as Avaliações de Riscos, por atividade da colaboradora
que trabalha no Posto de Trabalho a ser estudado, e respetivo Plano de Ação e Controlo.

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Tabela 20: Avaliação de Riscos Ergonómicos no posto de Trabalho Dotado de Visor da Responsável de Compras e Vendas da Mário António & Lopes, Lda, enquanto permanece na sua secretaria.
Avaliação de Riscos
Empresa Mário António & Lopes, Lda. Posto de Trabalho PTDV – Compras/Vendas
Data 12 de Abril de 2012 N.º Trabalhadores Expostos: 1 Avaliação
Atividade Perigo Risco Danos/ Consequências PS existentes F S PS N MR Índice de Risco
Ergonómico: Lesões músculo – esqueléticas: Lombalgia; Ombros tensos;
2
Trabalho na secretária

Design Inadequado da secretaria e cadeira Posturas de trabalho Torcicolo - 1 2 1 5 10


Situação critica
Desenho do posto de trabalho Dores nas costas, braços e ombros; dores no pescoço
Lesões músculo – esqueléticas
Adoção de posturas incorretas devido Ergonómico: 3
Dores Lombares, Incorreta distribuição do peso do corpo; veias - 1 4 4 5 80
inexistência de apoio de pés Posturas de Trabalho Situação aceitável
varicosas, pernas inchadas.
Ergonómico: Síndrome de Tensão no Pescoço; Cefaleias 3
Disposição incorreta do visor, teclado e rato - 1 3 2 5 50
Posturas incorretas Dores no pescoço; Dores de cabeça Situação aceitável
Plano de Controlo e Ação - Medidas Preventivas /Corretivas Responsável Prazo Controlado por Data
Dotar o posto de trabalho com mesa regulável em altura, e de dimensões suficientes para a correta e confortável disposição de todos os elementos de trabalho. Gerência 7 dias TSSHT
Colocar à disposição da colaboradora cadeira ergonómica que promova boa estabilidade, de altura ajustável à estatura do trabalhador, que possua um espaldar regulável em 7 dias TSSHT
altura e inclinação, borda frontal arredondada, encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar; possuir 5 rodízios (rodas), de fácil higienização, Gerência
giratória, com braços de altura de fácil regulação e com tecido que permita boa transpiração.
Dispor o visor de forma a que o ângulo de visão medido a partir da linha horizontal da visão, varia entre 15º e 45º, e de forma a que haja incidência de reflexos no visor. Trabalhador 8dias TSSHT
Organizar a secretaria, dispondo todos os utensílios de acordo com o apresentado na figura: 8 dias TSSHT

Trabalhador

Disponibilizar a todos os trabalhadores em PTDV um apoio para os pés, regulável em altura, adaptável a cada colaborador. TSSHT 15 dias Gerência
Formação e sensibilização dos trabalhadores acerca das corretas posturas a adotar durante o período de trabalho, de forma a prevenir o aparecimento LMERT, e a importância TSSHT com CCP de 1 mês Gerência
da realização dos exercícios, propostos em documento distribuído aos trabalhadores em Posto de trabalho dotado de visor, apresentado no Anexo III. formador

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Tabela 21: Avaliação de Riscos Ergonómicos no posto de Trabalho Dotado de Visor da Responsável de Compras e Vendas da Mário António & Lopes, Lda, durante a utilização das novas tecnologias da informação e comunicação.
Avaliação de Riscos
Empresa Mário António & Lopes, Lda. Posto de Trabalho PTDV – Compras/Vendas
Data 12 de Abril de 2012 N.º Trabalhadores Expostos: 1 Avaliação
Atividade Perigo Risco Danos/Consequências PS existentes F S PS N MR Índice de Risco
Uso do Visor inadaptado às Perturbações Visuais; Irritação ocular; Visão Turva; 2
Ergonómico: Sobrecargas e sobre esforços - 1 2 1 5 10
funções desempenhadas Fadiga Visual; Dores de Cabeça Situação critica
Uso das novas tecnologias da informação e

Ergonómico: Posturas de Trabalho Tensão muscular; Bursite do Ombro; Dores nos braços; 2
Uso do Teclado não ergonómico - 1 3 1 4 12
Dor difusa no ombro Situação crítica
Lesões músculo – esqueléticas; Cotovelo de
Uso do rato não ergonómico;
Movimento do cursor no monitor tenista/golfista punho/mão; Tensão muscular; Dores 2
comunicação

Ergonómico: Sobrecargas e sobre esforços - 1 3 1 5 15


não acompanha o movimento nas mãos; Irritabilidade; dormência dos dedos e da Situação critica
efetuado pela mão e rato. parte da mão adjacente; Cãibras nos dedos.
Lesões músculo-esqueléticas; Perturbações Visuais;
Elevada quantidade de horas Ergonómicos: Posturas de trabalho Uma pausa de 15 min da parte da 3
Dores no pescoço; Dores nas costas e braços; Dores 1 3 3 4 36
passadas em frente ao monitor manhã e da parte da tarde Situação aceitável
de cabeça; Dores nas pernas
3
Uso de telefone não ergonómico Ergonómicos: Posturas de trabalho Tensão muscular; Dores no pescoço e ombros - 1 3 3 5 45
Situação aceitável
Plano de Controlo e Ação - Medidas Preventivas /Corretivas Responsável Prazo Controlado por Data
Fazer recursos a pausas frequentes durante o horário de trabalho. Trabalhador imediato Gerência
Alternar o tipo de tarefas (com e sem recurso a monitor). Trabalhador imediato Gerência
Olhar para outros locais que não o ecrã. Sensibilizar os colaboradores da importância dos exames oculares médicos periódicos. Trabalhador imediato Gerência
Adquirir visor que garanta a boa legibilidade, estabilidade da imagem, com ajuste de luminosidade/contraste, com tratamento antirreflexos, com polaridade de visor, 7 dias Trabalhador e
Gerência
permita realizar combinação de cores, com fácil regulação da inclinação, rotação e altura. TSSHT
Substituição do rato existente, por um rato ergonómico, com sensibilidade, que permita o acompanhamento satisfatório do cursor no ecrã com os movimentos 7 dias Trabalhador e
Gerência TSSHT
executados pela trabalhadora. Colocar apoio de pulso.
Dispor o visor de forma a não haver incidências diretas de fontes luminosas no mesmo e perpendicular a todas as fontes de luz (natural e artificial). Trabalhador 8 dias TSSHT

Adquirir Teclado Ergonómico, de superfície escura, com acabamento mate e antirreflexo, de inclinação regulável, independente do monitor. 8 dias Trabalhador e
Gerência
TSSHT
Colocar o teclado de forma a que haja espaço suficiente para apoiar as mãos e os antebraços em frente ao teclado. Trabalhador 8 dias TSSHT
Substituir telefone existente, por telefone semelhante ao apresentado na seguinte figura (telefone com auricular): 10 dias TSSHT
Gerência

Formação e sensibilização dos trabalhadores acerca das corretas posturas a adotar durante o período de trabalho, de forma a prevenir o aparecimento LMERT, e a 1 mês Gerência
TSSHT com CCP de Formador
importância da realização dos exercícios, propostos em documento distribuído aos trabalhadores em Posto de trabalho dotado de visor, apresentado no Anexo III.
Sensibilização dos colaboradores da importância dos exames oculares médicos periódicos. TSSHT 3 meses Gerência

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Curso Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho
Tabela 22: Avaliação de Riscos Ergonómicos no posto de Trabalho Dotado de Visor da Responsável de Compras e Vendas da Mário António & Lopes, Lda, durante a permanência no local de trabalho.

Avaliação de Riscos
Empresa Mário António & Lopes, Lda. Posto de Trabalho PTDV – Compras/Vendas
Data 12 de Abril de 2012 N.º Trabalhadores Expostos: 1 Avaliação
Atividade Perigo Risco Danos/Consequências PS existente F S PS N MR Índice de Risco
Iluminação natural deficiente 3
Físico: Iluminação Depressão; Irritabilidade; Cansaço; Fadiga - 1 3 3 4 36
e mal distribuída Situação aceitável
Permanência no posto de trabalho

Temperaturas baixas aliadas


Físico: ambiente térmico Frieiras localizadas nos dedos das mãos e pés; Existência de aquecimento por piso 3
à natureza estática da 3 1 3 4 36
(temperaturas baixas) Alteração circulatória do sangue; Enregelamento. radiante. Situação aceitável
função
Tetanizarão; Electrocussão; Queimaduras; Paragem
2
Elétrico respiratória; Fibrilação ventricular; Sensação de - 3 1 1 4 12
Fios e tomadas elétricas Situação critica
formigueiro; Morte; Queimaduras; asfixia; Arritmias.
desprotegidos
Existência de meios de combate a 3
Incêndio Queimaduras; Intoxicação por inalação CO. 5 1 4 3 60
incêndio Situação aceitável
Agravamento de problemas de saúde, como a asma;
3
Limpeza diária não realizada Ordem e Limpeza alergias, etc.; Espirros; Irritação dos olhos, nariz e - 1 4 4 4 64
Situação aceitável
garganta; Diminuição da concentração; Absentismo.
Plano de Controlo e Ação - Medidas Preventivas /Corretivas Responsável Prazo Controlado por Data
Eletricista especializado, ou técnico de manutenção
Equipar todos os aparelhos elétricos com dispositivos de corte automático devidamente dimensionados: disjuntores ou fusíveis imediato Gerência
dos equipamentos
Elaborar um plano de limpeza diária, denominando uma funcionária com a responsabilidade de a efetuar, consoante a obrigatoriedade presente no DL
TSSHT 5 dias Gerência
243/86 de 20 de Agosto. Ou contratar empresa de limpeza, que garanta a limpeza diária, fora do horário normal de trabalho dos escritórios.
Substituir os produtos de limpeza irritantes por produtos não irritantes. Responsável de limpeza imediato TSSHT
Remover os resíduos todos os dias. Responsável de Limpeza Diariamente TSSHT
Gerência e
Prover o local de iluminação distribuída uniformemente, de forma a combater os reflexos e contraste indesejados no ecrã. Empresa de eletricidade ou manutenção 7 dias
TSSHT
Gerência e
Realizar medições de iluminância, de forma a garantir que esta se situa entre os 500 lux. Empresa certificada para o efeito 7 dias
TSSHT
Gerência e
Implementação de sistemas luminosos de emergência e segurança, com iluminação garantida em caso de corte da corrente elétrica. Empresa certificada para o efeito 8 dias
TSSHT
Trabalhador e
Colocação de um candeeiro de secretária, fixo e de posição ajustável. Gerência 8 dias
TSSHT
Proteger as tomadas, desprotegidas. Eletricista ou manutenção 15 dias Gerência

Colocação dos fios eléctricos nas calhas existentes para esse fim. Eletricista 1 mês Gerência
Durante os períodos de temperaturas baixas ligar o sistema de aquecimento existente (piso radiante), às 7h da manhã e desligar o sistema às 16h, Durante as
Fiel de armazém Gerência
através da utilização de termóstato. temp. baixas
Gerência e
Formação e sensibilização dos trabalhadores em segurança contra incêndios. Empresa de Formação certificada para o efeito 1 mês
TSSHT
Formação e sensibilização dos trabalhadores para as questões de eficiência energética; TSSHT com CCP de Formador 2 meses Gerência
Formação e sensibilização dos trabalhadores, para os perigos elétricos, e correto manuseamento dos equipamentos elétricos. Empresa de formação certificada para o efeito 2 meses Gerência

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na Mário António & Lopes, Lda.
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Tabela 23: Avaliação de Riscos Ergonómicos no posto de Trabalho Dotado de Visor da Responsável de Compras e Vendas da Mário António & Lopes, Lda, durante a tarefa de entrada e saída de dados.
Avaliação de Riscos
Empresa Mário António & Lopes, Lda. Posto de Trabalho PTDV – Compras/Vendas
Data 12 de Abril de 2012 N.º Trabalhadores Expostos: 1 Avaliação
Atividade Perigo Risco Danos Consequências PS existentes F S PS N MR Índice de Risco
Cansaço; Doenças do
Dores de cabeça; pressão sanguínea elevada;
Psicossociais: Sobrecarga de coração; Subida do
Exigências de produtividade depressão; ansiedade; Ausência de reação ou sobre 3
trabalho; Stress individual - 1 3 3 4 36
ou obrigação de resultados colesterol; Stresse Situação aceitável
Ergonómicos: Posturas de trabalho reação; Sonolência.
Entrada e saída de dados

Ocupacional;
Tendinites; Cansaço físico e
mental; stresse individual; Dores musculares; Ausência de reação ou sobre
aumento de consumo de reação; Sonolência; evidência do abuso de 15 min de pausa da parte da 3
Ritmo de trabalho exigentes Psicossociais: stress individual 3 2 3 4 72
manhã e tarde. Situação aceitável
substâncias como álcool, substâncias.
tabaco, estupefacientes.

Absentismo; Monotonia; Diminuição do nível de competência; Desmotivação;


Não rotatividade do posto Psicossociais: Monotonia 3
Aumento de conflito, menos cooperação e - 3 1 3 4 36
de trabalho Dificuldades interpessoais Situação aceitável
colaboração diminuição do poder de concentração.
Plano de Controlo e Ação - Medidas Preventivas /Corretivas Responsável Prazo Controlado por Data
Instalar software, no computador, que solicite ao colaborador de 2 em 2 horas, através de mensagem no monitor, a realização de exercícios físicos de alongamento. Trabalhador e
Gerência 8 dias
TSSHT
Nas alturas de maior trabalho, designar alguém, da empresa ou estagiário com formação na área, para ajudar a colaboradora, na execução das tarefas. Quando
Gerência Trabalhador
justificar
Formação e sensibilização dos trabalhadores acerca das corretas posturas a adotar durante o período de trabalho, de forma a prevenir o aparecimento LMERT, e a importância
TSSHT 1 mês Gerência
da realização dos exercícios, propostos em documento distribuído aos trabalhadores em Posto de trabalho dotado de visor, apresentado no Anexo III.
Mudanças físicas sugeridas nas Tabela 22, ao ambiente de trabalho e Posto de trabalho dotado de visor. Gerência 1 mês TSSHT
Promoção de atividades lúdicas, para todos os trabalhadores, fora do horário de trabalho, de forma a promover a cooperação, entreajuda e amizade, de 2 em 2 meses. TSSHT 1 mês Gerência
Promoção e incentivo ao trabalho voluntário comunitário em instituições de ação social, da terra, à escolha dos colaboradores. TSSHT 1 mês Gerência
Implementação de políticas de avaliação de desempenho, assente na clareza da comunicação e de promoções. Gerência 2 meses TSSHT
Durante
Formação e sensibilização dos colaboradores nas áreas do treino de relaxamento, estratégias pessoais e gestão de tempo. TSSHT com CCP de Formador Gerência
este ano

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Tabela 24: Avaliação de Riscos Ergonómicos no posto de Trabalho Dotado de Visor da Responsável de Compras e Vendas da Mário António & Lopes, Lda, ao nível organizacional.
Avaliação de Riscos
Empresa Mário António & Lopes, Lda. Posto de Trabalho PTDV – Compras/Vendas
Data 12 de Abril de 2012 N.º Trabalhadores Expostos: 1 Avaliação
Perigo Risco Danos Consequências PS existentes F S PS N MR Índice de Risco
Impossibilidade de discutir Psicossociais: Stress 4
condições de trabalho e Desmotivação Diminuição do nível de competência. - 5 5 2 4 200 Situação bastante
organizacional de grupo
Ao nível mudanças organizacionais aceitável
organizacional Psicossociais: Stress individual,; 4
Sistema de pagamento por Angústia, Stress. Diminuição do nível de competência; diminuição da interação social - 4 5 3 4 240 Situação bastante
cheque, sem dia fixo. stress organizacional de grupo
aceitável
Plano de Controlo e Ação - Medidas Preventivas /Corretivas Responsável Prazo Controlado por Data
Promover reuniões mensais, para debater questões relacionadas com o desenvolvimento de trabalho, com espaço aberto à comunicação, solicitação de “inputs”, sensibilidade às
Gerência 1 mês TSSHT
queixas, etc.
Fixar dia, para pagamento de salários, por transferência bancária. Gerência 1 mês Trabalhador

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7.3. Avaliação do Posto de Trabalho através da aplicação do Método RULA

7.3.1. O método RULA


(RULA (Rapid Upper Limb Assesment): ergonautas.com em 16 de Abril às 19h23min)
O primeiro passo para a aplicação do Método Rula consiste na análise detalhada de todas as tarefas por
observação direta de diversos ciclos de trabalho, com o objectivo de definir os momentos de avaliação mais
significativos, selecionando as posturas mais frequentes e as mais exigentes em termos de ângulos articulares
externos (Caldeira, 2006).

O método deverá ser aplicado do lado direito e do lado esquerdo do corpo em separado e o auditor poderá
eleger à priori o lado que aparentemente está submetido à maior carga postural.

Para a aplicação deste método deverão ser seguidos os seguintes passos:


1) Determinar os Ciclos de Trabalho e observar o trabalhador durante os vários Ciclos. 

2) Selecionar as posturas a avaliar.
3) Determinar para cada postura, se só se avaliará o lado direito do corpo, o esquerdo ou ambos.
4) Determinar as pontuações para cada parte do corpo. 

5) Obter a pontuação final do Método e ao nível da atuação determinar a existência de riscos. 

6) Rever as pontuações para as diferentes partes do corpo.
7) Determinar onde é necessário aplicar correções.
8) Redesenhar o Posto de trabalho e o introduzir as alterações necessárias para melhorar a postura.
9) Em caso de se terem introduzido alterações, avaliar de novo a Postura com o Método RULA para
comprovar a efetividade de da melhoria.

O RULA divide o corpo em dois grupos:


Grupo A (membros superiores):
 Braços 
 Antebraços
 Pulsos

Grupo B:
 Pernas
 Tronco
 Pescoço

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Através das tabelas associadas ao método, são dados pontos por cada zona corporal para, em função destas,
se obter um valor global para cada um dos grupos A e B. A chave para a obtenção da pontuação dos membros é
a medição dos ângulos que formam nas diferentes partes do corpo do trabalhador. O método determina para
cada membro a forma de medição do ângulo (RULA (Rapid Upper Limb Assessment): ergonautas.com ( 16de
Abril de 2012 às 19h28min).

Posteriormente, as pontuações globais dos grupos A e B são modificadas em função do tipo de atividade
muscular realizada, bem como da força aplicada durante a realização da tarefa. Por último, obtém-se a
pontuação final com bases nos ditos valores globais modificados.
O valor final proporcionado pelo método RULA é proporcional ao risco da realização da tarefa, de forma que os
valores altos indicam um maior risco para o surgimento de lesões músculo-esqueléticas.

O primeiro grupo a avaliar, neste método é o Grupo A (braços, antebraços e pulsos) pela seguinte ordem:

1º Pontuação do Braço
Mede-se o ângulo que forma com o tronco.
Na Figura 25 podemos ver as diferentes posturas consideradas pelo método, orientando o avaliador a realizar as
medições necessárias.
Em função do ângulo formado pelo braço, obtém-se a pontuação consultando a Tabela 25.

Tabela 25: Pontuações do braço.

Pontos Posição
1 Desde 20º de extensão aos 20º de flexão
2 Extensão > 20º ou flexão entre 20º e 45º
3 Flexão entre 45º e 90º
4 Flexão > 90º

Figura 25 : Posições do braço

A pontuação do braço pode ser modificada, aumentando ou diminuindo o seu valor original, , como podemos ver
na Figura 26 e Tabela 26, no caso de o trabalhador colocar os ombros levantados, apresentar rotação do braço,
se o braço se encontrar separado do tronco ou se existir algum ponto de apoio durante o desenvolvimento da
tarefa. Se nenhum destes casos for reconhecido na postura do trabalhador, o valor da pontuação do braço é o
indicado na tabela 25, sem alterações.

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Tabela 26: Modificações sobre a pontuação dos braços.

Pontos Posição
+1 Se o ombro está elevado ou o braço rodando
+1 Se os braços estão contraídos
-1 Se o braço tem um ponto de apoio
Figura 26: Posições que modificam a
pontuações do braço.

2º Pontuação do Antebraço
Quanto ao antebraço, podemos ver na Figura 27 as diferentes possibilidades.
Uma vez determinada a posição deste e o seu ângulo correspondente, consulta-se a Tabela 27, para determinar
a pontuação estabelecida pelo método.

Tabela 27: Pontuação do antebraço.

Pontos Posição
1 Flexão entre 60º e 100º
2 Flexão < 60º ou > 100º

Figure 27: Posições do antebraço.

A pontuação obtida pelo antebraço pode ser aumentada nos casos em que o antebraço cruza a linha média do
corpo, ou se realiza uma atividade num lado deste. Na Figura 28 podemos ver graficamente as duas posições
indicadas e na Tabela 28 pode-se consultar os incrementos a aplicar.
Tabela 28: Modificação da pontuação do antebraço.

Pontos Posição
+1 A projeção vertical do antebraço encontra-se distanciada da
projeção vertical do cotovelo
+1 O antebraço cruza a linha central do corpo.
Figura 28: Posições que modificam a
pontuação do antebraço.

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3º Pontuação do Pulso
Para finalizar o grupo A, analisa-se o pulso. Em primeiro lugar, determina-se o ângulo de flexão do pulso. Na
Figura 29 podemos visualizar as três posições possíveis, consideradas pelo método.
Após o estudo do ângulo, procede-se à seleção da pontuação correspondente consultando os valores
proporcionados, Tabela 29.
Tabela 29: Pontuação do pulso.

Pontos Posição
1 Se está em posição neutra no que diz respeito a flexão
2 Se está em flexão ou extensão entre 0º a 15 º
3 Se se encontra em flexão ou extensão maior que 15º
Figura 29: Posições do pulso.

O valor calculado para o pulso pode ser modificado se existir um desvio radial ou cubital, como o apresentado na
Figura 30. Nesse caso acrescenta-se 1 ponto (Tabela 30).

Tabela 30: Modificação da pontuação do pulso.


.
Ponto Posição
+1 Se está desviada radial ou cubitalmente.

Figura 30: Desvio do pulso.

Uma vez obtida a pontuação do pulso dá-se valor à rotação do mesmo. Este novo valor será independente e não
será adicionada à pontuação anterior, mas servirá posteriormente para obter a valoração global do grupo A
(Figura 31; Tabela 31).
Tabela 31: Pontuação para a rotação do pulso.

Ponto Posição
1 Posição de apertar a mão, principalmente
2 Longe da posição de apertar a mão
Figura 31: Rotação do pulso.

Finalizada a avaliação dos membros superiores procede-se à avaliação do GRUPO B (pernas, tronco e
pescoço), pela seguinte ordem:

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1º Pontuação do Pescoço
O primeiro membro a avaliar do Grupo B é o pescoço.
Avalia-se inicialmente a flexão deste membro: a pontuação a dar através deste método é apresentada na Tabela
32 . Na figura 32 podemos visualizar as três posições de flexão do pescoço assim como a posição de extensão
pontuadas pelo método.
Tabela 32: Pontuação para o Pescoço

Pontos Posição
1 Se existe flexão entre 0º e 10º
2 Se está flexionado entre 10º e 20º
3 Para uma flexão superior a 20º
4 Se está em extensão

Figura 32: Posições do Pescoço

A pontuação calculada para o pescoço, poderá ser incrementada, com os valores apresentados na Tabela 33,
se o trabalhador apresentar inclinação lateral ou rotação, conforme se pode ver na Figura 33.
Tabela 33: Modificação da pontuação para o pescoço

Pontos Posição
+1 Se o pescoço está rodado
+1 Se existe inclinação lateral
Figura 33: Posições que modificam a pontuação
para o pescoço.

2º Pontuação do Tronco
O segundo membro a avaliar do grupo B será o tronco. Deve-se determinar se o trabalhador realiza a tarefa
sentado ou de pé, indicando neste último caso o grau de flexão do tronco, como podemos ver na Figura 34. Será
selecionada a pontuação adequada da Tabela 34.

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Tabela 34: Pontuação para o tronco.

Pontos Posição
1 Sentado, bem apoiado com um ângulo tronco/cadeira > 90º
2 Se está flexionado entre 0º a 20º
3 Se está flexionado entre 20º e 60º
4 Se está flexionado mais de 60º

Figura 34: Posições do tronco.

A pontuação do tronco poderá ser acrescida de 1 ponto se existir torção ou o tronco se encontrar inclinado na
lateral, como mostra a Figura 35. Podem ser tidas em conta as duas situações que alteram a pontuação inicial
do troco, caso estas se derem em simultâneo e acrescentar 2 pontos ao valor original do tronco, como mostra a
Tabela 35.

Tabela 35: Modificação da pontuação do tronco.

Pontos Posição
+1 +2 (caso as duas posições aconteçam Se há torção do tronco
+1 em simultâneo) Se há inclinação lateral do tronco

Figura 35: Posições que modificam


a classificação do tronco.

3º Pontuação das Pernas


Por fim, avalia-se a posição das pernas. Neste caso o método não se centra na medição dos ângulos, como nas
análises anteriores. A determinação da pontuação para estes membros será baseada em aspectos como a
distribuição do peso entre as pernas, os apoios existentes e a posição sentada ou de pé, como mostra a Figura
36. Com a ajuda da Tabela 36 obtemos a pontuação.

Tabela 36: Pontuação para a posição das pernas.

Pontos Posição
1 Sentado, com pés e pernas bem apoiadas
1 De pé com o peso simetricamente distribuído e espaço para mudar de posição
2 Se os pés não estão apoiados, ou se o peso não está bem distribuído

Figura 36: Posição das pernas.

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Pontuações Globais para os membros do GRUPO A


Com as pontuações do braço, antebraço, punho e rotação do punho, obtêm-se mediante a Tabela 37 uma
pontuação global para o GRUPO A

Tabela 37: Pontuação global para o GRUPO A.


Pulso
1 2 3 4
Braço Antebraço
Rotação do Pulso Rotação do Pulso Rotação do Pulso Rotação do Pulso
1 2 1 2 1 2 1 2
1 1 2 2 2 2 3 3 3
1 2 2 2 2 2 3 3 3 3
3 2 3 3 3 3 3 4 4
1 2 3 3 3 3 4 4 4
2 2 3 3 3 3 3 4 4 4
3 3 4 4 4 4 4 5 5
1 3 3 4 4 4 4 5 5
3 2 3 4 4 4 4 4 5 5
3 4 4 4 4 4 5 5 5
1 4 4 4 4 4 5 5 5
4 2 4 4 4 4 4 5 5 5
3 4 4 4 5 5 5 6 6
1 5 5 5 5 5 6 6 7
5 2 5 6 6 6 6 7 7 7
3 6 6 6 7 7 7 7 8
1 7 7 7 7 7 8 8 9
6 2 8 8 8 8 8 9 9 9
3 9 9 9 9 9 9 9 9

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Pontuações Globais para o ponto B


Da mesma forma obtém-se a pontuação geral para o GRUPO B, a partir da pontuação do pescoço, tronco e
pernas, consultando a Tabela 38.

Tabela 38: Pontuação global para o GRUPO B.


Tronco
1 2 3 4 5 6
Pescoço

Pernas Pernas Pernas Pernas Pernas Pernas


1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2
1 1 3 2 3 3 4 5 5 6 6 7 7
2 2 3 2 3 4 5 5 5 6 7 7 7
3 3 3 3 4 4 5 5 6 6 7 7 7
4 4 5 5 6 6 7 7 7 7 7 8 8
5 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 8 8
6 8 8 8 8 8 8 8 9 9 9 9 9

Pontuação do tipo de atividade muscular exercida e da força aplicada


As pontuações globais obtidas serão modificadas em função do tipo de atividade muscular exercida e da força
aplicada durante a tarefa. A pontuação dos grupos A e B aumentará um ponto se a atividade é principalmente
estática (a postura analisada mantêm-se mais de um minuto seguido) ou se for repetitiva (repete-se mais que 4
vezes cada minuto). Se a tarefa é ocasional, pouco frequente e de curta duração, considera-se a atividade
dinâmica e as pontuações não se modificam. Para além disso, para considerar as forças exercidas ou a carga
desempenhada, acrescenta-se aos valores anteriores a pontuação conveniente segundo a Tabela 39.

Tabela 39: Pontuação para a atividade muscular e para as forças exercidas.


Pontos Posição
0 Se a carga ou força é menor que 2 Kg e se realiza intermitentemente
1 Se a carga ou força está entre 2 Kg e 10 Kg e é levantada intermitentemente
2 Se a carga ou força este entre 2 Kg ou 10 Kg e é estática ou repetitiva
2 Se a carga ou força é intermitente e superior a 10 Kg
3 Se a carga ou força é superior aos 10 kg e é estática ou repetitiva
3 Se se produzem choques ou forças bruscas ou repentinas

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Pontuação final
A pontuação resultante da soma do grupo A com a da atividade muscular correspondente e a debitada às forças
aplicadas passará a denominar-se pontuação C, ou seja:
Pontuação GRUPO A + Pontuação do tipo de atividade muscular exercida e da força aplicada = Pontuação C

Da mesma forma, a pontuação obtida da soma do grupo B à da atividade muscular e a debitada às forças
aplicadas passará a dominar-se pontuação D, ou seja:
Pontuação GRUPO B + Pontuação do tipo de atividade muscular exercida e da força aplicada = Pontuação C

A partir das pontuações C e D obtém-se uma pontuação final global para as tarefas que oscilarão entre 1 e 7,
sendo 1 a tarefa que apresenta menor risco de lesão e 7 a que apresenta o risco da lesão mais elevado.
A pontuação final é extraída da Tabela 40.

Tabela 40: Pontuação Final.


Pontuação D
Pontuação C 1 2 3 4 5 6 7+
1 1 2 3 3 4 5 5
2 2 2 3 4 4 5 5
3 3 3 3 4 4 5 6
4 3 3 3 4 5 6 6
5 4 4 4 5 6 7 7
6 4 4 5 6 6 7 7
7 5 5 6 6 7 7 7
8 5 5 6 7 7 7 7

Por último, conhecida a pontuação final e mediante a Tabela 41, obtém-se o nível de atuação proposto pelo
método Rula.
Assim, o auditor determina se o desempenho da tarefa como esta se encontra definida é aceitável, se é
necessário um estudo em profundidade do posto para determinar concretamente quais as medidas a tomar, e se
deve planear um novo layout do espaço. A magnitude da pontuação postural, assim como as pontuações de
força e atividade muscular, indicarão ao avaliador os aspectos onde se podem encontrar os problemas
ergonómicos do posto e portanto realizar as recomendações convenientes para melhorar o mesmo.

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Tabela 41: Níveis de atuação, segundo a pontuação final obtida.


Nível Atuação
1 Quando a pontuação final está entre 1 e 2 a postura é aceitável
2 Quando a pontuação final é 3 ou 4 podem ser necessárias mudanças na tarefa. É conveniente
aprofundar o estudo.
3 Quando a pontuação final é de 5 ou 6, a tarefa precisa de ser redesenhada. É necessária realizar
estudo mais aprofundado.
4 Quando a pontuação final é 7, são necessárias alterações urgentes ao posto de trabalho e ás tarefas.

7.3.2. Aplicação do Método RULA ao Posto de Trabalho Dotado de Visor na Mário António &
Lopes, Lda.
Para a aplicação do Método RULA foram analisadas por observação direta os diversos ciclos de trabalho, com o
objectivo de definir os momentos de avaliação mais significativos, selecionando as posturas mais frequentes e
as mais exigentes.
Tiveram-se em consideração as seguintes etapas:
1) Selecionou-se o momento de uso do computador para executar a entrada e saída de dados, com o auxilio dos
documentos em suporte papel.
2) Avaliou-se a postura sentada;
3) Avaliou-se os lados esquerdo e direito;
4) Determinou-se as pontuações para cada uma das parte do corpo: O lado esquerdo do corpo difere do lado
direito, uma vez que os membros superiores do lado esquerdo trabalham com o teclado e os do lado direito tanto
trabalham com o teclado como com o rato do computador.

Para que avaliação, a partir deste método, seja mais precisa, foi utilizado o Software Ergolândia 3.0. Este
software, tem o intuito de auxiliar profissionais, cujo trabalho se relaciona com a avaliação de
tarefas e postos de trabalho, tendo em vista melhorar a saúde ocupacional dos
trabalhadores e aumentar sua produtividade(Manual Ergolandia, 2008)..
O ícone do Software mostrado ao lado, com dois rostos, possui a intenção de representar os
“Fatores Humanos” (Manual Ergolandia, 2008).
Permite o uso de inúmeros Métodos, entre eles a análise de imagens e o Método Rula, que são os que foram
utilizados neste relatório.

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7.3.2.1. Análise de Imagem através do Software Ergolândia 3.0.

Através da análise destas imagens podemos extrair os


ângulos posturais adotados pela colaboradora durante
a execução das suas tarefas, tais como:
 Flexão do antebraço = 64,27º
 Flexão do tronco = 16,66º
 Flexão do pescoço = 56,11º

Estes valores serão utilizados, facilitando a aplicação


do método RULA.

Figura 37: Análise dos ângulos posturais, adotados pela colaboradora, durante a execução das suas tarefas.

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7.3.2.2. Análise da postura da colaboradora no seu Posto de Trabalho Dotado de


Visor através do método RULA.

Avaliação do Grupo A:
1º Braço – considerou-se para pontuação do braço o valor 3, exercendo uma flexão entre 45º e 90º, como os
braços se encontram apoiados na mesa de trabalho a este valor subtrai-se um ponto, dando uma pontuação
igual a 2.
2º Antebraço – Para postura do antebraço tomou-se o valor de 1, com um ângulo de flexão entre 60º e 100º,
com um acréscimo de 1 valor para o lado direito uma vez que a projeção vertical do antebraço no uso do rato
ultrapassa a projeção vertical do cotovelo, dando um valor igual a 2.
3º Pulso – Tomou-se um valor de 2 para ambos os lados, com um acréscimo de um ponto para o pulso direito
devido ao seu desvio radial presente, dando o valor de 3.
Uma vez obtida a pontuação do pulso dá-se valor à rotação do mesmo. Este novo valor será independente e não
será adicionada à pontuação anterior, mas servirá posteriormente para obter a valoração global do grupo A,
assumindo o valor 1, neste caso.

As pontuações atribuídas para ambos os grupos (A e B), na vertente músculo e força estão associadas à
posição estática e ao tempo passado em frente ao computador. Como o trabalhador passa mais que 2 horas em
frente ao computador sem se levantar, na componente músculo é atribuída a pontuação de 1 e uma vez que
passa mais que 6 horas diárias à frente do computador, na vertente força dá-se a pontuação de 2 (Lueder,
1996).

Através da consulta da Tabela 37, obtemos a pontuação global do grupo A, que é igual a 3.
Para obtenção da pontuação C, atribuímos à pontuação do tipo de atividade muscular exercida e da força
aplicada o valor de 2, assim:

Pontuação C = 3+2 = 5

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Avaliação do Grupo B:
1º Pescoço – Como apresenta uma flexão superior a 20º toma um valor de 3 com acréscimo de um ponto devido
à inclinação lateral exercida (associada à postura do tronco adotada), assumindo um valor igual a 4.
2º Tronco – A sua pontuação é igual a 2, resultante do valor 1 (postura sentada) mais 1 devido à inclinação
lateral.
3º Pernas – Tomam o valor 2, porque o peso não se encontra simetricamente distribuído.

Através da consulta da Tabela 38, obtemos a pontuação global do grupo B, que é igual a 5.
Para obtenção da pontuação D, atribuímos à pontuação do tipo de atividade muscular exercida e da força
aplicada o valor de 1, assim:

Pontuação D = 5+2 = 7

Obtidas a Pontuação C e D podemos, através da análise da Tabela 39, obter uma Pontuação final de 7.
Através da análise da Tabela 40, obtemos um Nível de Atuação 4, ou seja, são necessárias alterações urgentes
ao posto de trabalho e ás tarefas.

Este resultado pode ser confirmado, a partir da aplicação do Método RULA, com a utilização do Software
Ergolândia 3.0., como passo a apresentar:

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Figura 38: Identificação do esforço muscular associado à postura de trabalho adoptada e às forças exercidas na realização de atividades
estáticas ou repetitivas através do método RULA, no software Ergolandia 3.0.

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Figura 39: Identificação do esforço muscular associado à postura de trabalho adoptada e às forças exercidas na realização de atividades
estáticas ou repetitivas através do método RULA, no software Ergolandia 3.0. (Continuação)

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A pontuação final toma o valor 7, o que se traduz num nível de atuação igual a 4, reforçando a necessidade de q
alterações urgentes no posto de trabalho.
Todas as medidas preventivas e corretivas já indicadas no Capitulo 7 e plano de Ação e Controlo, tornam-se de
carácter muito urgente, nomeadamente:
1 – Dotar o posto de trabalho com mesa regulável em altura, e de dimensões suficientes para a correta e
confortável disposição de todos os elementos de trabalho;
2 – Colocar à disposição da colaboradora cadeira ergonómica que promova boa estabilidade, de altura ajustável
à estatura do trabalhador, que possua um espaldar regulável em altura e inclinação, borda frontal arredondada,
encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar; possuir 5 rodízios (rodas), de
fácil higienização, giratória, com braços de altura de fácil regulação e com tecido que permita boa transpiração;
3 – Adquirir visor que garanta a boa legibilidade, estabilidade da imagem, com ajuste de luminosidade/contraste,
com tratamento antirreflexos, com polaridade de visor, permita realizar combinação de cores, com fácil
regulação da inclinação, rotação e altura;
4 – Organizar a secretaria, dispondo todos os utensílios da seguinte forma:
 O objecto de maior frequência de observação (visor) deve ser centralizado em frente ao trabalhador. O
ângulo de Visão recomendado (medido a partir da linha horizontal da visão) varia entre 15º e 45º,
dependendo da postura de trabalho;
 O teclado deve ser colocado de forma a facilitar a sua utilização e deve haver espaço suficiente para o
apoio das mãos e antebraços na mesa.
 O rato deve ser ergonómico, de forma anatómica permitindo um confortável posicionamento da mão, a
sua base deve ser dotada de apoio de pulso.
 Deve existir um candeeiro de secretária, fixo e de posição ajustável.
5 – Substituir telefone existente, por telefone com auricular
6 – Alternar o tipo de tarefas (com e sem recurso a monitor).
7 – Disponibilizar a todos os trabalhadores em PTDV um apoio para os pés, regulável em altura, adaptável a
cada colaborador;
8 – Nas alturas de maior trabalho, designar alguém, da empresa ou estagiário com formação na área, para
ajudar a colaboradora, na execução das tarefas;
9 – Fazer recursos a pausas frequentes durante o horário de trabalho.
10 – Instalar software, no computador, que solicite ao colaborador de 2 em 2 horas, através de mensagem no
monitor, a realização de exercícios físicos de alongamento;
11 – Formação e sensibilização dos trabalhadores acerca das corretas posturas a adotar durante o período de
trabalho, de forma a prevenir o aparecimento LMERT, e a importância da realização dos exercícios, propostos
em documento distribuído aos trabalhadores em Posto de trabalho dotado de visor, apresentado no Anexo III

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8. Conclusão
A realização deste relatório, permitiu-me adquirir uma visão global da relação que a maioria das empresas deve
adotar em relação à Segurança e Higiene do Trabalho.
A empresa Mário António & Lopes, Lda. mostra uma preocupação crescente em relação ás Condições de SHT,
onde o Técnico assume um papel de extrema importância no trabalho a desenvolver junto dos colegas.
Sendo uma empresa de Construção Civil, fornecedora qualificada Galpenergia, sob a concessão da
Lusitâniagás, tem todas a as condições de SHT asseguradas para as equipas de obra, sendo alvo de auditorias
constantes por parte deste cliente, onde tem obtido resultados positivos.
No entanto, nas suas instalações, nomeadamente, na zona dos escritórios, estas condições, pode dizer-se que
não recebem a mesma atenção. Talvez, isto se deva, à natureza de tarefas que aqui são desempenhadas, e à
ideia generalista de que não envolvem riscos ou perigos para a saúde e bem estar dos colaboradores.

Com a realização do Diagnóstico das Condições Gerais de Segurança e Higiene do Trabalho, através da
aplicação da Lista de Verificação apresentada no Anexo I, juntamente com o registo fotográfico, é possível
apurar que a empresa, possui uma cultura direcionada para Segurança e Higiene do Trabalho bastante
desenvolvida, no entanto, existem algumas situações que puderam ser identificadas como Não Conformidades,
e que se encontram referidas e desenvolvidas no Capítulo 7 - Diagnóstico das Condições de Segurança,
Higiene e Saúde no Trabalho/ Proposta de Medidas Preventivas/Corretivas, ponto 7.1. - Verificação das
Condições de Segurança e Higiene do Trabalho no Posto de Trabalho.

Das situações apontadas e que têm a haver com todos os espaços físicos da empresa, refiro como mais
importantes e urgentes a resolver, por ordem de importância, as seguintes:

1. Equipamentos de extinção de incêndios/medidas de autoproteção:


1.1. Situações Encontradas como Não Conformidades:
- As Medidas de Autoproteção não estão asseguradas;
- Incorreta colocação de extintores e sinalização de extintores;
- Falta de Sensibilização e Formação de colaboradores para a necessidade da manutenção da
integridade de todos os equipamentos de combate a incêndio;
- Inexistência de equipas de segurança, bem como de pessoal formado para atuação em caso de
incêndio.
1.2. Medidas Preventivas/Corretivas propostas:
- Elaboração e Implementação das Medidas de Autoproteção exigidas por lei, nomeadamente Decreto –
Lei n.º 220/2008, de 12 de Novembro e Portaria 1532/2008, de 29 de Dezembro, urgentemente;

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- Instalar os extintores de incêndio, bem sinalizados, em locais bem visíveis, colocados em suporte
próprio de modo a que o seu manípulo fique a uma altura não superior a 1,2 m do pavimento e
localizados preferencialmente:
a) Nas comunicações horizontais ou, em alternativa, no interior das câmaras corta-fogo, quando existam;
b) b) No interior dos grandes espaços e junto às suas saídas. (art.º 163ºdo Anexo I da Portaria nº
1532/2008, de 29 de Dezembro).

2. Iluminação
2.1. Situações Encontradas como Não Conformidades:
- Iluminação natural deficiente, nos Postos de Trabalho Dotados de Visor da Responsável de Compras e
Vendas e da Recepcionista e Secretária da Empresa;
- Iluminação artificial não distribuída uniformemente;
- Inexistência de Sinalização de emergência luminosa.
2.2. Medidas Preventivas/Corretivas Propostas:
- Prover todos os locais interiores de iluminação artificial distribuída uniformemente;
- Realizar medições de iluminância, de forma a garantir que nos espaços onde se realizem Trabalhos
em PTDV, esta seja próxima dos 500 lux.
- Implementação de sistema luminosos de emergência e segurança, com iluminação garantida em caso
de corte da corrente elétrica.

3. Atmosfera de Trabalho
3.1. Situações Encontradas como Não Conformidades:
- Ambiente frio e incómodo no Período de Inverno e dias frios.
3.2. Medidas Preventivas/Corretivas Propostas:
- Ligar sistema de aquecimento, nos dias de frio, 2 horas antes do inicio da atividade nos escritórios e
desligado 2 horas antes do termino desta.

4. Limpeza diária e periódica


4.1. Situações Encontradas como Não Conformidades:
- Limpeza diária não é realizada;
- Uso de alguns produtos tóxicos e irritantes, como por exemplo a comummente denominado por lixívia.
4.2. Medidas Preventivas/Corretivas Propostas:
- Efetuar um plano de limpeza diária, denominando uma funcionária com a responsabilidade de a efetuar,
consoante a obrigatoriedade presente no DL 243/86 de 20 de Agosto, ou contratar empresa de limpeza,
que garanta a limpeza diária, fora do horário normal de trabalho dos escritórios;

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- Substituir os produtos de limpeza irritantes por produtos não tóxicos ou irritantes.

Em relação ao PTDV onde a Responsável de Compras e Vendas, cumpre funções, foi possível, durante o
desenvolvimento do ponto 7.1. deste relatório, identificar algumas situações apontadas como Não
Conformidades, corroboradas pelo Inquérito de Verificação das Condições de Segurança e Higiene do trabalho
Num Posto de Trabalho Dotado de Visor (Anexo II). Estas situações foram tratadas através do método de
Avaliação de Riscos pela Matriz Melhorada, no ponto 7.2., e encontram-se desenvolvidas nas Tabelas 20, 21,
22, 23 e 24.
Terminada a Avaliação de Riscos, surgiram situações Criticas, cujas intervenções sugeridas no Plano de Ação e
Controlo assumem carácter imediato e urgente. As situações passiveis de intervenção imediata, são:

1. Trabalho na Secretaria
1.1. Design Inadequado da Secretaria e cadeira.

2. Uso das novas tecnologias da informação e comunicação


2.1. Uso do Visor inadaptado às funções desempenhadas;
2.2. Uso do Teclado não ergonómico;
2.3. Uso do rato não ergonómico; Movimento do cursor no monitor não acompanha o movimento efetuado
pela mão e rato.

3. Permanência no Posto de Trabalho


3.1. Fios de tomadas elétricas desprotegidos.

É aconselhável, e necessário, a implementação de todas as medidas sugeridas no Plano de Ação e Controlo,


independentemente do Índice de Risco, uma vez que todas dão resposta a Não Conformidades encontradas.

Os riscos Ergonómicos, assumem um papel de destaque, exigindo ações urgentes, tornando-se assim
imperativa a aplicação de medidas preventivas/corretivas.
A Avaliação do Posto de Trabalho através da aplicação do Método RULA, no ponto 7.3., tendo como objetivo a
identificação do esforço muscular associado à postura de trabalho adoptada e às forças exercidas na realização
das atividades estáticas ou repetitivas assumidas pela colaboradora durante a realização das tarefas que lhe
ocupam a maior parte dos seus dias de trabalho, veio reforçar a necessidade urgente de redesenhar este PTDV.
O resultado desta avaliação assume uma pontuação de valor 7, traduzindo-se num Nível de Atuação 4, ou seja,
são necessárias todas as alterações, urgentemente, ao posto de trabalho e ás tarefas.

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As medidas que dão resposta a esta necessidade, encontram-se expostas no ponto 7.3.2.2. e no Plano de Ação
e Controlo, com vista à prevenção de doenças como as LMERT, extinção de eventuais riscos, aumento do bem
– estar e da produtividade do trabalhador.

É importante referir, que os riscos psicossociais, associados a esta atividade, embora tenham sido na sua
maioria, avaliados através do Método da Matriz Melhorada, como situação aceitável, ou Situação bastante
aceitável, devem ter a implementação das medidas para a sua prevenção asseguradas.
O sofrimento dos trabalhadores, muitas vezes invisível e pouco objetivo, é difícil de avaliar e traduzir por meio de
um número ou nível, mas é sabido por todos, que afeta negativamente a saúde, bem-estar, autoestima, relações
familiares, enquadramento socioprofissional, etc., potenciando os acidentes de trabalho, doenças profissionais,
produtividade, motivação, etc. Podendo vir a traduzir-se em custos elevados para a entidade patronal.

É muito importante que todas as sugestões abordadas neste relatório, sejam tidas em conta, e implementadas.
Este relatório deve ser objeto de uma monitorização dinâmica e de permanente atualização.

Por fim, posso dizer que a realização deste trabalho, me permitiu colocar em prática os conteúdos ministrados
nos vários módulos do curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho, permitindo-me ainda ter
a visão do quão importante é o papel de um Técnico dentro de uma organização.
A natureza e a variedade de trabalho que se pode desenvolver, nesta área, a meu ver, transcende a verificação
das Diretivas, Leis ou Decretos – Lei, tornando-se num conjunto de ações que podem simplesmente mudar de
uma forma positiva a vida das pessoas.
Esta oportunidade permitiu-me consolidar conhecimentos e compreender as atividades a desempenhar no
futuro.

Segurança é Vida!!

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9. Bibliografia
Andrade, L. (2011). Manual de Ergonomia.

Brasiliano, A. C. (2005). Análise de Riscos. Revista Electrônica Brasiliano e Associados, nº 20.

Carneiro, F.C:S. (2011). Avaliação de Riscos: Aplicação a um Processo de Construção. Dissertação


apresentada para a obtenção do grau de mestre. Aveiro, Universidade de Aveiro – Departamento
de Engenharia Civil.

Caldeira, S. (2006). Manual de Ergonomia, Módulo de Ergonomia. Curso de Pós-Graduação em


Segurança e Higiene do Trabalho.

EPR (Evaluación Postural Rápida): ergonautas.com. Obtido no dia 1 de Abril de 2012:


http://www.ergonautas.upv.es/metodos/epr/epr-ayuda.php

Faria, M.H. (2009). A Ergonomia em Saúde Ocupacional: Limites e Perspetivas. Oeiras, SO-Intervenções
em Saúde Ocupacional, S.A.

Gadd, S; Deborah, K; Balmforth, H. (2003). Good practice and pitfalls in risk assessment. Sheffield, UK:
Health & Safety Executive.

Glossário - Centro de Informação: ACT - Autoridade para as Condições do Trabalho. (2012), de ACT -
Autoridade para as Condições do Trabalho: http://www.act.gov.pt/(pt-
PT)/CentroInformacao/Glossario/Paginas/default.aspx

JSI (Job Strain Index): ergonautas.com. Obtido no dia 1 de Abril de 2012: ergonautas.com.

Lueder, R. (1996). A Proposed RULA for Computers Users. Proceedings of the Ergonomics Summer
Workshop. US Berkeley Center for Occupational & Environmental Health Continuing Education
Program, San Francisco.

Manual Ergolandia (2008). FBF Sistemas

Marques, J.P. (2012). Técnico/a Superior de Segurança e Higiene do Trabalho. Módulo: Avaliação de
Riscos.

McPhee, B. J. (1987). Work-related muscoloskeletal disorders of the neck and upper extremities in
workers angaged in light, highly repetitive work in Osterholz, U.; Karmau, W.; Hulman, B.(eds). In
Proc Int Symp Work-related Musculosketal Disorders (pp. 244-258). Bonn.

Carmen Nunes 82
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Curso Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho

Módulo: 09 - Ergonomia do Trabalho, em http://higiene-seguranca-


trabalho.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=16715 obtido em Maio de 2012.

Moreira, A.M. (2008/2009). Gestão e Segurança de Obras e Estaleiros. Análise de Riscos. Instituto
Politécnico de Tomar, escola Superior de Tecnologia de Tomar. Departamento de Engenharia
Civil.

OCRA (Occupational Repetitive Action): ergonautas.com. Obtido no dia 1 de Abril de 2012:


ergonautas.com.

OWAS (Ovako Working Analysis System): ergonautas.com. Obtidono dia 1 de Abril de 2012:
ergonautas.com: http://www.ergonautas.upv.es/metodos/owas/owas- ayuda.php

Pavani, R. A., & Quelhas, O. L. (06 a 08 de Novembro de 2006). A avaliação de riscos ergonômicos como
ferramenta gerencial em saúde ocupacional. XIII SIMPEP- Bauru, SP, Brasil.

Ramalho, P. (2009). Manual de Segurança no Trabalho II.

Relatório Anual de Atividades (2009) – ACT – Autoridade para as Condições do Trabalho.

REBA (Rapid Entire Body Assessment): ergonautas.com. Obtido no dia 1 de Abril de 2012:
ergonautas.com: http://www.ergonautas.upv.es/metodos/reba/reba- ayuda.php

Rodrigues, G. (1996). Segurança na Construção: Glossário (1a ed.). Lisboa: Instituto de


Desenvolvimento e Inspecção das Condições de Trabalho.

RULA (Rapid Upper Limb Assessment): ergonautas.com. Obtido no dia 20 de Maio de 2012:
ergonautas.com:http://www.ergonautas.upv.es/metodos/rula/rula- ayuda.php

Serranheira, F., & Uva, A. (2004). Avaliação de risco de lesões musculo-esqueléticas do membro superior
ligadas ao trabalho (LMEMSLT): aplicação dos métodos RULA e Strain. Observatório Português
dos Sistemas de Saúde.

www.slideshare.net/sergiolima/a-ergonomia-e-a-interao-usurio-computador, 01 de Abril de 2012, às


13h10min.

www.slideshare.net/sergiolima/a-ergonomia-e-a-interao-usurio-computador, 01 de Abril de 2012, às


13h10min.

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ANEXO I – Checklist – Verificação das Condições de Segurança e Higiene no Trabalho

Dados da Empresa:
Nome: Mário António & Lopes, Lda.
Morada: Zona Industrial da Mota, Rua 8, Apt. 509, 3830-907 Gafanha da Encarnação
Tlf/Fax: 234 325 968/234 268 873 Sector de Atividade: Construção Civil
N.º de Trabalhadores: 36
Modalidade de Serviços de SHT: Internos

Técnico de HST: Carmen Dolores Figueiredo da Silva Nunes N.º CAP:


Data de Verificação: 12 de Abril de 2012

Observações:_______________________________________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Técnico Superior de HST Responsável na Empresa

_________________________________________________________ __________________________________________________
(Assinatura) (Assinatura)

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Características individuais Características Ambientais


1. Sexo Feminino 1. Físicas
2. Idade 37 a) Ruído no posto de trabalho Não é ruidoso

3. Estado de Saúde Tudo bem b) Temperatura Temperatura ambiente

4. Capacidades Físicas/Psíquicas Boas (FAM – apta)


c) Humidade Ambiente

d) Iluminação Ambiente escuro


5. Motivação Profissional Motivada (gosta do que faz)
e) Vibrações Não tem
6. Personalidade
2. Químicas Não tem contato
7. Posição de trabalho Sentada
3. Biológicos Sim
Medidas Antropométricas,
Características Organizacionais
na posição
1. Horário 9h00 ás 13h00 – 14h00 às 18h00
sentada, a avaliar
2. Pausas 15 min da parte da manha e tarde
3. Tarefas prescritas Sim
4. Objectivos Não
5. Ritmo de Trabalho Adequado, depende das alturas,
8. Características Antropométricas: Trabalho exigente, provoca cansaço.
a) Altura 1,67 m 6. Procedimentos Sim
b) Peso 68,5 kg 7. Normas Sim

c) Medida de, de acordo com a figura (cm): Atividade do trabalhador


Física Média
8- 86 10 - 59 12 - 17 14 - 39 16 - 41 21 - 20
Mental Alta
9 - 72 11 - 23 13 - 53 15 - 52 20 - 27 26 - 16
Social Média

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Verificação dos requisitos legais DL 243/86 de 20 de Agosto:
Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações
Espaço Unitário de Trabalho
1. Área útil do trabalhador ≥ 2m2 X
2. Espaço entre postos de trabalho ≥ 80 cm X
3. Volumemínimo/trabalhador ≥ 10 m3 X
4. Edifício adaptado? X
a) Pé direto ≥ 2,70 m X

5. Pé direto ≥ 3 m X
6. Armazém sem permanência de trabalhadores X
a) Armazém com pé direito ≥ 2,20 m X
b) Armazém com pé direito ≥ 3 m X
7. Meio complementar de renovação de ar quando não se verificar o ponto 4. a) ou 5. X
Observações:

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Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Assentos
8. Assentos apropriados X
9. N.º de assentos suficiente X
10. Assentos facilmente higienizáveis X
11 Assentos confortáveis X
12. Assentos funcionais X
13. Assentos anatomicamente adaptados X

a) Distância adequadas?
b) Adaptadas ao colaborador?
Observações:

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Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Limpeza diária e periódica


14.Limpeza diária: X
a) Pavimentos X
b) Planos de trabalho e seus utensílios X
c) utensílios ou equipamentos de uso diário X
d) instalações higieno sanitárias: X
d1) vestiários X
d2) lavabos X
7º d3) balneários X
d4) retretes X
d5) urinóis X
15. Limpeza periódica: X
a) Paredes e tectos X
b) Fonte de luz natural e artificial X
c) utensílios ou equipamentos de uso não diário X
d) Desinfecção das instalações 14. d) X
Observações:

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Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Operações de limpeza e desinfecção:


a) Não levantam poeiras? X
8º b) Fora do horário de trabalho? X
c) Com produtos não tóxicos ou irritantes? X
Observações:

Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Desperdícios
17. Recipientes resistentes e higienizáveis com tampa para os desperdícios. X
18. Recipientes com tampa que feche hermeticamente e neutralize a libertação de substâncias tóxicas, perigosas ou X
9º infectantes.
19. Remoção diária dos desperdícios referidos no ponto 17. e/ou 18. X
20. Existência de recipientes em todos os postos de trabalho. X
Observações:

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Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Atmosfera de trabalho
21. Renovação natural e permanentes do ar X
22. Correntes de ar incómodas ou prejudiciais X
23. Dispositivos de captação local e respectiva drenagem, em caso de libertação ou produção de produtos incómodos, tóxicos ou X
infectantes
24. Isolamento do posto de trabalho quando existem as condições do 23. X
10º 25. Meios de renovação forçada do ar em compartimentos cegos ou interiores, sem corrente de ar ou arrefecimento brusco X
26. Renovação de ar natural e/ou forçada X
a) Sem produção de substâncias incómodas, tóxicas, perigosas ou infectantes X
b) 30 m3/h/trabalhador ≥ Qmédio ar fresco e puro ≤ 50 m3/h/trabalhador X Medição empírica

27. Sistemas renovação de ar silenciosos X


28. Sistema de ventilação de emergência se necessário X
Observações:

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Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Temperatura e Humidade
29. Humidade [50;70]% X Medição empírica
30. Temperatura [18;22]ºC ou até 25ºC X Medição empírica
11º 31 Radiações térmicas elevadas na vizinhança X
34. Arrefecimento intenso na vizinhança X
35. Correta instalação de radiadores, convectores e tubagens de A/C X
Movimentação do ar inferior a 0,1 m/seg? X Medição empírica
Manual (Andrade,

Existe necessidade de adoptar sistemas artificiais de ventilação e de aquecimento ou arrefecimento? X


2011)

Os dispositivos artificiais de ventilação, são poluentes? X


Irradiação do calor ou circulação de ar quente proveniente das tubagens e de aquecimento, de encontro com os trabalhadores X
Existência de ar condicionado? X
Observações: Existe sistema de Aquecimento por Piso Radiante, no entanto, raramente é utilizado, fazendo com que nos dias frios os trabalhadores não se sintam confortáveis.

Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Alterações Bruscas de Temperatura


36. Variações bruscas de temperatura nocivas para a saúde X
37 Se sim no 36. Existem EPI’s? X
12º
38. Se sim no 36. Existem câmaras de transição? X
39. Trabalho no exterior, existem EPC’s e EPI’s adequados? X
Observações: São disponibilizados a todos os colaboradores com atividade externa os EPI’s necessários ao exercício das suas atividades, no entanto existem alguns que são
descorados, como os óculos de sol, protetor solar, etc.

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Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Pausas no horário de trabalho


13º 40. Pausas adequadas, no horário de trabalho, na presença de temperaturas muito altas ou muito baixas no ambiente de trabalho X
Observações:

Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Tonalidade das paredes


16º 48. Paredes e tectos de cores claras X
Observações:

Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Superfícies das instalações e planos de trabalho


17º 49. Superfícies e planos de trabalho anti - reflectoras X
Observações:

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Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Iluminação
41. Iluminação natural ou complementar artificial adequada X
42. Área das sup. Transparentes ≥ 1/3 Área do pavimento a iluminar X
43. Iluminação local adequada X
44. Iluminação artificial não poluente e elétrica X
45. Iluminação:
a) intensidade uniforme X
14º
b) distribuição de forma a evitar contrastes muito acentuados e reflexos prejudiciais X
c) Não provoca encadeamento X
d) Não provoca excessivo aquecimento X
e) Não provoca cheiros, fumos ou gases incómodos, tóxicos ou perigosos X
46. Meios ópticos adequados quando necessário? X
47. Sistema de iluminação de emergência e segurança, em locais com grande número de trabalhadores X
Existência de lâmpadas incandescentes X
Existência de luz dirigida para baixo X
Manual (Andrade, 2011)

Existência de sistemas de iluminação paralela ao eixo de visão X


Existência de reflexos nos visores X
Susceptíveis de grandes variações de intensidade? X
Existe um elevado número de pessoas a trabalhar no local? X
A instalação é provida de sistema de iluminação de emergência e de segurança para garantir a iluminação de circulação e da sinalização de X
saída?
Existe sistema de iluminação de segurança e de sinalização luminosa de emergência aquando a interrupção de corrente eléctrica? X
Observações: No posto de trabalho dotado de visor sobre o qual incidirá a avaliação, a iluminação natural é inexistente, sendo apenas possível quando as portas dos compartimentos envolventes se
encontram abertas, foram ainda observados reflexos indesejados sobre o visor.

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Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Ruído e vibrações
50. Postos de trabalho ruidosos e trepidantes isolados X
18º 52. Insonorização dos locais ruidosos X
53. EPI’s disponíveis a todos os trabalhadores, caso o posto de trabalho seja ruidoso? X
Manual Existem medidas técnicas apropriadas para a limitação da propagação do ruído e vibrações? X
(Andrade,
2011)
Observações: São distribuídos auriculares de proteção contra o ruído aos trabalhadores que efetuam trabalhos com rebarbadoras e martelos pneumáticos, no entanto verificou-se que
nem todos as utilizam com regularidade, alegando que apenas utilizam estes instrumentos muito esporadicamente e por curtos períodos de tempo.

Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Ruído ambiente
54. Exposição ao ruído inferior aos limites indicados nas NP X Medição empírica
19º
55. Exposição às vibrações inferior aos limites indicados nas NP X Medição empírica
Observações: Embora não tenham sido efetuadas as devidas medições, o ambiente envolvente a todo o edifício não apresenta níveis de ruído elevados nem quaisquer níveis de
vibração.

Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Protecção de máquinas (Dispositivos de segurança)


20º 56. Equipamentos de proteção das máquinas nas suas partes perigosas X
Observações:

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Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Ritmos de trabalho
22º 57. Ritmos de trabalho adequados, de acordo com parecer médico X
58. Pausas no decurso do trabalho X
59. Rotatividade no desempenho das tarefas X
Observações:

Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Recipientes
24º 60.Recipientes convenientemente identificados: X
a) Sinal de Perigo X
b) Nome da substância ou designação de referencia X
c) Informações relativas ao manuseio X
Observações:

Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Utilização e manipulação de substâncias insalubres, tóxicas ou perigosas


25º 61. Procedimentos para o uso de equipamentos e EPI’s no manuseio de substâncias perigosas, insalubres ou tóxicas X
62. EPI’s em boas condições X
Observações:

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Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Idade mínima
26º 63. Cumprimento das idades mínimas fixadas para manuseamento de substâncias perigosas, insalubres ou tóxicas. X
64. Substâncias utilizadas
Identificação das substâncias

a) Tóxicas X
b) Incómodos X
c) Perigosos X
utilizadas

d) Insalubres X
e) Infectantes X
f) Explosivas X
g) Inflamáveis X
Observações: Apenas utilizadas pela equipas de obra. Em todas as auditorias realizadas pelo dono de obra (Lusitaniagás), verificou-se que as medidas de proteção necessárias são acauteladas e dadas
a conhecer a todos os colaboradores.

Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Armazenagem
29º 65. Produtos armazenados em compartimento próprio X
66. Se sim no 65., existem sistemas de ventilação suficiente X
67. Se sim no 65., sistema de fecho hermético X
68. Se sim no 65., compartimento com pavimento escavado X
69. No armazém de subst. explosivas e/ou inflamáveis existe parede frágil voltada para o exterior, livre de habitações, instalação eléctrica X
blindada e antideflagrante e porta chapeada a ferro.
Observações: Existem produtos de limpeza, que não se encontram armazenados em local próprio. Apenas os materiais de construção e outros necessários ao desenvolvimento da atividade em obra se
encontram devidamente armazenados, com exceção de tintas e produtos diluentes, que se encontram armazenados sem bacias de retenção e sem o respeito da lei da compatibilidade química.

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Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Requisitos das instalações frigorificas


30º 70. Instalações Frigorificas, para armazenagem de produtos:
a) estanques
b) iluminadas
c) espaço suficiente para inspecção e manutenção dos condensadores
d) fechos internos e externos
e) dispositivos de alarme no seu interior, com comunicação com a sala das máquinas, guarda da instalação/porteiro da empresa
f) Existência de câmaras intermédias de restabelecimento do trabalhador com A/C
g) Uso de EPI’s adequados
Observações:

Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Substâncias explosivas e inflamáveis (Cuidados e medidas de protecção)


32º 71. Existem locais onde se arrecadem, manipulem, empreguem ou vendam substâncias referidas no 64. Susceptíveis de causar incêndios ou X
explosões
Se sim no 72. Não existem equipamentos e utensílios que originem aquecimento perigoso e/ou formação de chispas X
71. 73. Os lubrificantes de máquinas e aparelhos em contacto com as subst. não dão lugar a reações perigosas. X
74. Existe pelo menos 1 saída de emergência com portas de abrir para fora e desobstruídas. X
Observações:

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Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Armazéns, arrecadações e adegas (Condições Gerais)


34º 75. Os armazéns, arrecadações e adegas não comunicam diretamente com os locais de trabalho. X
Interiores ou 76. Iluminação artificial X
subterrâneos 77. Ventilação adequada X
78. Existem meios portáteis de extinção de incêndios à entrada X
Observações: Verificaram-se algumas deficiências na colocação e sinalização dos meios portáteis de extinção de incêndios.

Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Empilhamento
35º 79. materiais empilhados de forma estável. X
80. Peso dos materiais não excede a sobrecarga prevista para o pavimento. X
81. Empilhamento não é efectuado contra paredes que não esteja devidamente dimensionadas para tal. X
82. Empilhamento não prejudica a distribuição de luz natural/artificial, circulação nas vias de passagem e o funcionamento eficaz X
dos equipamentos ou do material de luta contra incêndios.
Observações:

Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Equipamento de extinção de incêndios


36º 83.Existe equip. Adequado para extinção de incêndios em boas condições em locais acessíveis e bem assinalados X X
84.Os equip. São verificados regularmente de acordo com as instruções de aplicação X
85. Existe pessoal em número suficiente com formação no uso do equip. Combate Incêndios. X
Observações: Verificou-se que os equipamentos de extinção de incêndio, não existiam em todos os locais assinalados, no entanto os existentes encontram-se em boas condições.

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Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Instalações sanitárias (requisitos e equipamentos)


38º 86. Separadas por sexos X
87. Em edifícios separados existe comunicação por passagens cobertas. X
88. Existe água canalizada e esgotos ligados à rede geral. X
89. Iluminadas e ventiladas, naturalmente. X
90. Pavimentos de material resistente, liso e impermeável, inclinados para ralos de escoamento com sifões hidráulicos X
91. Paredes de cor clara, com revestimento de material impermeável até 1,5m. X
92. Lavatório fixo. X
93. Retrete com bacia à turca ou de assento, com tampo aberto na extremidade anterior p/piso ou p/ 25 homens ou fracção que X
trabalhem simultaneamente.
94. 1 urinol na antecâmera da retrete p/piso ou p/ 25 homens ou fracção que trabalhem simultaneamente. X
95. Bacia de assento, com tampo aberto na extremidade anterior p/piso ou p/ 15 mulheres ou fracção que trabalhem X
simultaneamente.
96. Retretes com autoclismo instaladas em compartimentos separados com no mínimo 0,8m largura e 1,30m de comprimento, X
ventilados com tiragem direta para o exterior, com porta independente com fecho.
97. Retretes reunidas em grupo, com divisórias separadas por compartimentos com A minima = 1,8m e Bordo inferior ≤ 0,2 m acima X
do pavimento.
98. Urinóis, com dispositivos de descargas de água, de fácil escoamento e lavagem. Quando em grupo, devem ser separados por X
baias laterais distantes entre si, pelo menos, 0,6 m;
99. Lavatórios com sabão não irritante e, preferencialmente, de dispositivos automáticos de secagem de mãos ou toalhas X
individuais de papel.
Observações:

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Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Chuveiros
39º 100. Se existe manipulação de substâncias tóxicas, perigosas ou infectantes, existe um chuveiro por cada grupo de dez X
trabalhadores ou fracção que cessem simultaneamente o trabalho.
Observações:

Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Vestiários
40º 101. Vestiários que permitam, aos trabalhadores, mudar e guardar o vestuário que não seja usado durante o trabalho. X
Observações:

Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Armários Individuais
41º 102. Vestiários com armários individuais sempre que os trabalhadores exerçam tarefas em que haja necessidade de mudança de X
roupa e na medida da área disponível dos estabelecimentos existentes.
103. Existem tantos armários individuais quanto os trabalhadores do mesmo sexo e separados para homens e mulheres. X
Observações:

Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Medidas e Características
42º 104. Armários individuais com as medidas e características fixadas nas normas portuguesas. X

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Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Trabalhadores expostos a substâncias tóxicas, irritantes ou infectantes


43º 105. Armários com dois compartimentos independentes quando os trabalhadores estão expostos a substâncias tóxicas, irritantes X
ou infectantes.
Observações:

Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Refeitórios
44º 106. Existem meios de aquecimento de comida nos refeitórios, em compartimento separado dos restantes locais. X
Até 25 pessoas, 18,5 m2; X
107. Superfícies dos

máximo de pessoas

De 26 a 74 pessoas, 18,5 m2 mais 0,65 m2 por pessoa acima de 25; X


calculadas em
função do n.º
Refeitórios

De 75 a 149 pessoas, 50 m2 mais 0,55 m2 por pessoa acima de 74; X


De 150 a 499 pessoas, 92 m2 mais 0,50 m2 por pessoa acima de 149; X
De 300 pessoas ou mais, 255 m2 mais 0,40 m2 por pessoa acima de 499. X
108. bancos ou cadeiras e mesas em n.º suficiente, devendo estas ser de tampo liso, sem fendas e de material impermeável. X
109. Lavatório fixo á entrada do refeitório, com dispositivo automático de secagem das mãos ou toalhas individuais de papel. X
110. Paredes e pavimentos lisos, laváveis e de cor clara. X
111. Iluminação e ventilação natural. X
Observações: Existe uma pequena sala, com microondas onde os colaboradores que desejam almoçar dentro das instalações da empresa podem aquecer a sua comida, podemos
afirmar que não se trata de um refeitório, mas sim de uma sala de convívio.

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Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Água potável
45º 112. É disponibilizada água potável, em locais facilmente acessíveis, em quantidade suficiente e, se possível, corrente. X
113. São distribuídos copos individuais ou instalados bebedouros de jacto ascendente. X
Observações:

Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Recipientes de água
46ª 114. Quando não há rede de água potável, é utilizada água potável de outra origem, contida em recipientes fechados e X
higienizados.
115. Os recipientes de água não potável e suas canalizações têm um dístico-aviso, «Água imprópria para consumo». X
Observações:

Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Dispositivos de proteção individual (Medidas de protecção)


47º 116. Existe vestuário de trabalho e ou dispositivo de proteção individual contra os riscos resultantes das tarefas e operações X
efectuadas sempre que sejam insuficientes as medidas técnicas de higiene e segurança de carácter geral.
117. Os EPI’s e o fato de trabalho não são utilizados como meio de substituir qualquer proteção ou medida técnica eficaz, mas X
antes como recursos de segurança complementar.
Observações:

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Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Primeiros Socorros (Requisitos mínimos)


48º 118. Existe um posto de primeiros socorros ou armários, caixas ou bolsas com conteúdo mínimo de primeiros socorros, X
adequadamente distribuídos pelos vários sectores de trabalho.
119. O conteúdo dos postos, armários, caixas e bolsas de primeiros socorros é mantido em condições de assepsia, X
convenientemente conservado, etiquetado e imediatamente substituído após a sua utilização.
120. As condições indicadas no número anterior são controladas por um responsável, indicado pela empresa, com o curso de X
socorrista.
121. Junto aos armários, caixas ou bolsas de 1ºs socorros existem instruções claras e simples para os primeiros cuidados a pôr X
em prática em cada caso de urgência.
Observações:

Art. Condições a Verificar Sim Não N/A Observações

Dever das partes


50º 122. Os trabalhadores são informados das questões de HST relativas à sua atividade profissional. X
123. Riscos para a saúde inerentes às substâncias nocivas que utilizam ou possam vir a utilizar ou manipular no decurso do seu X
Informados trabalho.
sobre: Necessidade da utilização de equipamento e dispositivos de proteção individual ou colectiva. X
124. Cumprem as prescrições de HST estabelecidas X
Trabalhadores Utilizam, os dispositivos técnicos gerais ou individuais de HST disponibilizados. X
Observações: Nem todos os colaboradores cumprem as prescrições de HST estabelecidas, embora sejam informados sobre elas.

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Verificação das Condições do Posto de Trabalho dotado de Visor segundo Andrade, 2011

Condições a verificar Sim Não N/A Observações


Existência de teclado ergonómico? X
Existência de teclado com inclinação regulável, dissociado do visor com espaço livre à frente? X
O teclado existente apresenta uma superfície baça? X
O teclado existente tem as teclas com os símbolos suficientemente contrastados, legíveis e dispostas de forma a facilitar a sua X
utilização?
Teclados/Rato

Existência de teclado com as teclas todas? X


Existência de teclado escuro? X
Existência de teclado claro? X
Existência de base refletora? X
O suporte do teclado é capaz de amortecer vibrações ou sons criados ao dactilografar? X
Existência de apoio de pulsos? X
Existência de rato ergonómico? X
Observações:

Condições a verificar Sim Não N/A Observações


O visor existente possui caracteres bem definidos e delineados com clareza? X
Os caracteres possuem dimensão apropriada e com espaçamento adequado? X
O visor possui uma fácil regulação da luminância e do contraste entre os caracteres e o seu fundo? X
Visores

O visor possui orientação e inclinação regulável de modo livre e fácil, adaptando-se às necessidades dos trabalhadores? X
Existência de filtro de visor? X
Existência de reflexos no visor? X
Observações:

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Condições a verificar Sim Não N/A Observações


Existência de mesa com dimensões adequadas? X
Existência de mesa que permite uma disposição flexível do visor e do restante equipamento necessário? X
Existência de mesa que reflita o mínimo de luminosidade? X
Existência de mesa com altura pelos cotovelos? X
A mesa é facilmente higienizável? X
Mesa

Existência de mesa com boa estabilidade e em bom estado de uso? X


É o tipo de móvel mais adequado para a função que é exercida? X
O espaço para as pernas é suficientemente alto? X
Os fios ficam organizados adequadamente, não interferindo na área de trabalho? X
A mesa de trabalho é constituída por material não reflexivo, com cor adequada para não refletir? X
Observações: A altura da mesa não é ajustável.

Condições a verificar Sim Não N/A Observações


O suporte de documentos é regulável; X
Suporte de
O suporte de documentos é estável; X
documentos
O suporte de documentos permite evitar movimentos desconfortáveis da cabeça e dos olhos; X

Observações: Não existe suporte de documentos.

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Condições a verificar Sim Não N/A Observações
Possuem altura ajustável? X
Possuem borda frontal arredondada? X
Possuem um encosto ajustável em altura e em inclinação? X
Possuem encosto para proteção da região lombar? X
Possuem 5 rodas; X
São facilmente higienizáveis? X
Cadeiras

As cadeiras existentes possuem boa estabilidade? X


Possui largura de dimensão correta? X
Possui assento de forma plana? X
Giratória? X
Os braços da cadeira são de altura regulável e de fácil regulação? X Não tem braços
Os braços da cadeira prejudicam a aproximação do trabalhador até ao seu posto de trabalho? X Não tem braços
O tecido da cadeira permite boa transpiração? X
Observações:

Condições a verificar Sim Não N/A Observações


Os motores, máquinas e partes perigosas encontram-se convenientemente protegidos com dispositivos de X
Proteção de segurança?
equipamentos Existem máquinas antigas construídas ou instaladas sem dispositivos de segurança eficientes? X
Caso existam, foram modificadas ou protegidas? X
Observações:

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Condições a verificar Sim Não N/A Observações


O software existente é adaptado à tarefa a executar? X
O software é de fácil utilização atendendo aos conhecimentos dos X
trabalhadores?
Os sistemas fornecem aos seus utilizadores indicações sobre o seu X
funcionamento?
Software

Os sistemas apresentam a informação num formato e a um ritmo adaptados X


aos utilizadores?
Observações:

Condições a verificar Sim Não N/A Observações


Possui área suficiente para permitir mudanças de posição e movimentos; X
Apresenta contraste adequado entre o ecrã e o ambiente; X
Posto de trabalho

Os envidraçados possuem dispositivos ajustáveis que atenuem a luz do dia; X Local sem
janelas
Existe ruído ambiente que interfira no desenvolvimento do trabalho; X
Existência de área de descanso; X
Existência de mobiliário de apoio adequado; X
Observações:

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Condições a verificar Sim Não N/A Observações


Cabeça direita, com o nível do olhar no terço superior do ecrã, minimizando a X
inclinação do pescoço?
Olhar em frente? X
Ombros relaxados? X
Costas erectas e apoiadas? X
Mãos alinhadas com o antebraço? X
Monitor à altura dos olhos e braços distanciados? X
Material de referência bem posicionado? X
Postura de trabalho

Pés firmes no descanso de pés? X Não existe


descaço de
pés
Cotovelos junto do corpo? X
Braço e antebraço num ângulo de 90º não encolhendo os ombros? X
Pulsos direitos? X
Dedos ligeiramente curvos? X
Braços relaxados? X
Posição frontal para o ecrã? X
Joelhos ao nível da anca? X
Pés assentes no chão ou no apoio de pés? X
Observações:

Carmen Nunes 25
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ANEXO II - Inquérito de Verificação das Condições de Segurança e Higiene do


Trabalho

Posto de Trabalho dotado de Visor

Técnico SSHT: Carmen Dolores Figueiredo da Silva Nunes Data: 11-04-2012


N.º CAP:

Carmen Nunes 1
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Dados da Empresa
Nome: Mário António & Lopes, Lda.

Morada: Zona Indusrial da Mota, Rua 8, Apt. 509, 3830 – 907 Gafanha da Encarnação

Tlf./Fax: 234325968/234326873

Sector de atividade: Construção Civil


N.º de trabalhadores (Total): 36

N.º de Postos de Trabalho dotados de Visor (PTDV): 10 (sem a gerência)

N.º de Trabalhadores em PTDV: 9

Dados do Trabalhador
Nome: Isabel Cristina da Costa Capela Domingues

Departamento: Comercial (Responsável de Compras e Vendas)

Tipo de Tarefa Entrada de dados


x
Saída de dados

Tratamento de textos
Diálogo interativo

Análises/Programação/Projeto

Trabalho em PDV* Habitual


Esporádico

Tempo de trabalho ao Continuo


computador (Horas por dia) Descontinuas

*Posto Dotado de Visor

Carmen Nunes 2
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Equipamentos de trabalho
Visor

Tamanho dos
Considera adequado o tamanho dos caracteres? Sim x Não
Caracteres

Coloque no centro do ecrã, um grupo de caracteres, em letras


6CGXKL1l
maiúsculas, tal como aparece na figura, (não deixe espaço
8B3RUV5S Sim xx Não
entre os caracteres, nem entre as linhas).
DOQ2ZHM
Definição dos É capaz de os diferenciar facilmente?
Legibilidade

caracteres Escreva o mesmo grupo de caracteres, do exemplo anterior, em


cinco zonas do visor, como é indicado na figura.
Sim x Não
Consegue visualizar todos os caracteres com a mesma nitidez?

Coloque no centro do ecrã, um grupo de caracteres, em letras


nmvuaec
minúsculas, tal como aparece na figura, de forma a estes
Separação dos ftygqip
xkhbdft
ficarem situados no centro do ecrã. (não deixe espaço entre Sim xx Não
Caracteres
os caracteres, nem entre as linhas).
Considera que os caracteres e as linhas, estão bem separados e se distinguem facilmente?
Ajuste o brilho ao máximo. Escreva 5 linhas completas. Olhe para um canto do visor
de forma a visualizar o que escreveu, através do canto do olho. Sim Não x
Você vê a imagem a piscar?
Estabilidade da Imagem
Ajuste de novo o brilho ao seu nivel habitual e observe atentamente as linhas
representadas, de perto. Sim x Não
Consegue perceber movimentos indesejáveis ou vibrações na tela?
Ajuste de Consegue ajustar facilmente o brilho e o contraste dos caracteres e do fundo do seu visor?
Sim x Não
luminosidade/Contraste
Através do uso do controlo de ajuste do brilho, escurecer completamente o ecrã, e
orientá-lo em direção a uma janela, lâmpada ou fonte luminosa.
Tratamento antirreflexo
Observe se esta fonte, produz reflexos intensos no visor. Sim Não x
Existe tratamento antirreflexo no ecrã?

Pode escolher entre polaridade positiva, ou


Polaridade do Visor Sim Não x
polaridade negativa no seu visor?

Carmen Nunes 3
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Visor

O seu visor, permite-lhe ajustar, ou realizar contrastes de cores, nos documentos de


Combinação de Cores.
trabalho? Sim xx Não
A Inclinação e rotação do seu ecrã é facilmente ajustável? Obs: Só a rotação é facilitada.
Regulação do Ecrã:
Sim Não x
Inclinação, Rotação e
Altura.
A altura do ecrã é ajustável? (Quer por ajuste de altura da mesa em que está o ecrã, ou por
ajuste do ecrã em si, sem recorrer ao uso de objetos, como livros, etc.) Sim Não x

Regulação da distância A distância do ecrã, é facilmente ajustável (movimentando-se em profundidade), de forma a


conseguir uma distância de visão adequada às suas necessidades? Sim x Não

Teclado

Independência do
O teclado é Independente do Visor?
teclado Sim x Não

Regulação da inclinação
A inclinação do seu teclado é regulável?
do Teclado Sim x Não

Conforto O uso do teclado é confortável?


Sim x Não
Apoio dos antebraços e Existe espaço suficiente para apoiar as mãos e os antebraços em
mãos frente ao teclado? (Como sugere a figura)
Sim x Não

Reflexos no teclado A superficie do teclado é mate e anti- reflexos?


Sim x Não

Disposição do Teclado A distribuição das teclas no teclado, dificulta a sua localização e utilização?
Sim Não x

As principais caracteristicas (forma, espaçamento, tamanho, etc.) permitem uma


Caracteristicas das utilização facil e sem erro? Sim x Não
teclas
A força que necessita para pressionar as teclas, permite que o faça de forma confortável?
Sim x Não

Os simbolos nas teclas, são facilmente legiveis?


Legibilidade dos Sim x Não
simbolos
No seu teclado, todos os simbolos e letras, encontram-se no idioma em que trabalha?
Sim x Não

Carmen Nunes 4
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Rato

Sim Não x
O seu desenho é adaptado à curva da mão, permitindo uma utilização comoda?
Na utilização de rato
O movimento do cursor, no monitor, responde satisfatóriamente,aos movimentos que
Sim Não x
executa com o rato?

Mesa /Superfície de trabalho

A superficie de trabalho, tem dimensões suficientes, para a correcta colocação de todos os


Superficie de trabalho elementos (monitor, teclado, documentos, equipamentos, acessórios, etc.) Sim x Não
confortavelmente?

A superficie de trabalho suporta sem se mover, o peso do equipamento ou o de uma Sim xx Não
Estabilidade
pessoa ou objecto que se colocar sobre qualquer dos seus bordos?

As arestas e esquinas do mobiliário estão adequadamente arredondadas? Sim x Não

Acabamento
Sim x Não
As superficies de trabalho têm acabemnto mate, anti-reflexos?

Ajuste A altura da mesa é ajustável? Sim Não xx

Utiliza Portadocumentos? (Se sim, responda às questões a) e b) que se seguem) Sim Não

Portadocumentos a) É regulável e estável? Sim Não

b) Pode estar situada junto ao monitor? Sim Não

Espaço para colocação O espaço disponivel debaixo da superficie de trabalho é suficiente e permite uma posição Sim x Não
das pernas cómoda?

Carmen Nunes 5
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Cadeira

A sua cadeira de trabalho, permite-lhe uma posição estável (isenta de movimentos


Sim x Não
involuntários, oscilações, risco de quedas, etc.)?
Estabilidade

A cadeira dispõe de cinco pontos de apoio no chão? Sim Não x

O design da sua cadeira, parece-lhe adequado, permitindo liberdade de movimentos e Sim Não x
uma postura adequada?

Permite o apoio completo das costas no encosto, sem que a borda do


assento lhe pressione a parte posterior das pernas (como mostra a Sim x Não
figura)

Conforto Sim Não x


O assento tem a borda adequadamente arredondada?

O assento é de material tranpirável e facilmente higienizável? Sim Não x

Considera a inclinação do assento confortável? Sim x Não

O seu assento é regulável em altura? Sim Não x

Ajuste

O encosto é reclinável e ajustável em altura? Sim Não x

Existe descanso para os pés, caso necessite? Sim Não x


(Se não necessitar do mesmo, não precisa de responder)
Apoio de pés
A sua dimensão é suficiente para os pés estarem colocados de forma confortável?
Sim Não

Inquérito realizado no dia: 12 de Abril de 2012 às 10 h 55 min


Assinatura do Técnico Superior de SHT:
Assinatura do Trabalhador:

Carmen Nunes 1
Avaliação de Riscos Num Posto de Trabalho Dotado de Visor
na Mário António & Lopes, Lda.
Curso Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho

Anexo III – Boletim Informativo, sobre Ergonomia, e as Recomendações de prevenção das LMERT

Segurança e Higiene do Trabalho Carmen Nunes 2012

Ergonomia
Posto de Trabalho Dotado de Visor – Recomendações

O que é a Ergonomia?
A palavra Ergonomia descreve a ciência de “conceber
uma tarefa que se adapte ao trabalhador, e não forçar o
trabalhador a adaptar-se à tarefa”.

Trabalhadores com má postura são alvo de


dores e lesões musculares!!! LMERT
Lesões M úsculo Esqueléticas

Visão geral de como deve Trabalhar


Relacionadas com o trabalho
As mais comuns são:

ao Computador
1 – tenossinovites;
2 – tendinites;
3 – epicondilite;
4 – síndrome do túnel carpo;
5 – bursites;
6 – dedo em gatilho;
7 – síndrome do desfiladeiro
torácico;
8 – síndrome do pronador
Redondo;
9 – mialgias.

LME – Lesão Músculo Esquelética


LMERT – Lesões Músculo Esqueléticas Relacionadas com o
Trabalho

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na Mário António & Lopes, Lda.
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Quais os sintomas das LMERT?


Em geral as dores aparecem nas partes afetadas. A
dor é semelhante à dor de reumatismo ou de esforço
estático, como por exemplo a dor causada quando se
segura algo com o braço, por longo tempo, sem
movimentá-lo. Sente-se formigueiro e dores que dão a
sensação de queimaduras ou, ás vezes, calafrios. A LME é causada somente
pelo trabalho?
O que fazer em caso de suspeita de LME? Não. Também pode ser
causada por atividades
O mais recomendável é consultar o médico e, se desportivas que exijam grande
esforço. Da mesma forma a má
possível, parar a atividade ou minimizar os esforços da postura ou postura incorreta,
compressão mecânica das
atividade suspeita. estruturas dos membros e
outros fatores podem causar
Lesões Músculo Esqueléticas.

Risco Ergonómico…
Um dos maiores fatores de risco, do ponto
de vista ergonómico, é a postura estática.
Desse modo, tal atitude deve ser combatida
de forma prática e eficiente no próprio posto
de trabalho. Por pelo menos cinco minutos
Sabia que, geralmente, uma dor de cabeça pode por hora deixe as suas atividades de
ter origem na região cervical? Por isso,
precisamos ter muita atenção e cuidado com trabalho e execute exercícios ou movimentos
essa região quando estamos a olhar para o
monitor. Veja na figura acima a posição correta. de alongamento periodicamente.
2

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Dicas de Alongamento
Ficar ao computador por longos períodos pode causar tensão no pescoço,
ombros, e dores na região lombar. Os exercícios de alongamento, devem
ser executados várias vezes ao dia ou sempre que se sentir cansado.
Levantar-se e caminhar pelo escritório ou local de trabalho também
contribui para melhorar o ânimo e a disposição.

O objetivo da Ginástica Laboral é


promover adaptações fisiológicas,
físicas e psíquicas, por meio de
exercícios que:
! Trabalham a reeducação
postural;
! Aliviam o stresse;
! Diminuem o sedentarismo;
! ...
...
! Aumentam o ânimo do trabalho;
! Promovem a saúde e uma maior consciência
corporal;
! Aumentam a integração social;
! Melhoram o desempenho profissional;
! ...

...
! Diminuem as tensões acumuladas no trabalho;
! Previnem lesões e doenças por traumas
cumulativos, como as LME;
! Diminuem a fadiga visual, corporal e mental por
meio das pausas para os exercícios.

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Exercícios para o Pescoço

Exercícios para as mãos

Posições a adotar e
não adotar, quando
trabalha com o rato e
teclado!!

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