Você está na página 1de 10

DIREITO E FERTILIZAÇÃO IN VITRO

Camila Barros dos Santos Correia 1

Rafaela Carlos da Roza2

Jamille Fernanda Souza3

RESUMO: O presente “paper” tem por objetivo mostrar o tema reprodução humana assistida In Vitro, e a
algumas lacunas existentes em nossa legislação brasileira. A técnica de reprodução humana assistida trata hoje
temas importantíssimos para a procriação do ser humano, onde este assunto há décadas deixou de ser exclusivo
da medicina. Em um primeiro momento será abordado o conceito jurídico sobre o Biodireito e procuraremos
mostrar algumas opiniões doutrinárias de vários especialistas, logo após será analisada toda a técnica da
reprodução humana assistida, seus conceitos, suas formas de fertilização e as principais técnicas. Será relatado
de forma sucinta a reprodução assistida frente ao nosso ordenamento jurídico, analisaremos também o direito a
identidade genética perante a Constituição Federal. Como metodologia utilizado o método dedutivo, com
pesquisas feitas a artigos científicos, sites da internet, a Constituição Federal, bem como todo o acervo
bibliográfico pertinente, leis e resoluções.

PALAVRAS-CHAVE: [1] Reprodução Assistida; [2] Identidade Genética; [3] Biodireito.

ABSTRACT: This "paper" is to show the theme of assisted human reproduction in vitro, and some gaps in our
Brazilian legislation. The technique of assisted human reproduction today is important themes for procreation of
the human being, where this subject for decades no longer exclusive to medicine. At first we will address the
legal concept on Biolaw and try to show some doctrinal opinions of several experts, will be parsed after the
whole technique of assisted human reproduction, its concepts, their ways of fertilization and the main
techniques. Will be reported briefly assisted reproduction front of our legal system, we also analyze the right to
genetic identity in the Federal Constitution. The methodology used the deductive method, with surveys to
scientific articles, internet sites, the Federal Constitution, as well as all relevant bibliographic, laws and
resolutions.

KEYWORDS: [1] Assisted Reproduction; [2] Identity Genetics; [3] Biolaw.

SUMÁRIO: 1. Introdução; 2. Biodireito e a Reprodução Assistida In Vitro; 3. Reprodução Assistida In Vitro; 4.


Principais Técnicas da Reprodução Assistida In Vitro; 4.1 Homóloga; 4.2 Heteróloga; 5. Inseminação artificial -
Código Civil de 2002; 6. A Reprodução Assistida no Direito Brasileiro; 7. Considerações Finais; 8. Referências
Bibliográficas.

1
CORREIA, CAMILA BARROS DOS SANTOS. Técnica em Informática pela Escola Estadual Oscar Soares e
Graduanda do II Termo de Direito da AJES.
2
DA ROZA, RAFAELA CARLOS. Graduada em Letras na Universidade Pontifícia do Paraná, Especialista em
Gestão Educacional pela Faculdade de Selvíra/MS e Graduanda do II Termo de Direito da AJES.
3
SOUZA, JAMILLE FERNANDA. Graduada em Direito pelo Instituto Toledo de Ensino ITE – Bauru.
Especialista em Direito Público pela Universidade de Potiguar. Especialista em Jurisdição e Direitos
Fundamentas pela Universidade de Pisa – Itália. Mestre em Direito Constitucional pela Faculdade de Direito de
Bauru.
1. INTRODUÇÃO

Tendo em vista que os avanços da ciência estão cada vez maiores, e cada vez mais
buscando respostas para os problemas relacionados na área da saúde, e ao longo dos anos
foram surgindo problemas cada vez mais relacionados com a infertilidade e a esterilidade, isto
fez com que a biotecnologia procurasse um meio para realizar o sonho de se ter um filho,
dentre estas soluções encontra-se a fertilização In Vitro, uma técnica de reprodução humana
medicamente assistida, utilizada por vários casais, que veio para solucionar problemas
daqueles que por algum motivo não possam ter filho e optam por esse procedimento.

Definindo o que é Reprodução Humana Assistida, classificando seus objetivos, seus


avanços em face do Conselho Federal de Medicina N. 1957/10.

O presente “paper” se utilizará do método dedutivo para abordagem do tema, sendo


consultados jornais, revistas, casos concretos, sites, artigos científicos, além de todo acervo
bibliográfico pertinente ao tema, bem como o jurídico e as os Projetos de Lei que se
encontram no congresso federal.

Para um primeiro momento faremos uma breve abordagem sobre a história da


reprodução assistida, fazendo um levantamento sobre a procura dessa técnica no Brasil,
transcorrendo pelos conceitos de vários doutrinadores referentes ao Biodireito.

Em um segundo momento, trataremos sobre algumas noções gerais sobre a


inseminação artificial, com a nova codificação, perante o advento do Código Civil de 2002,
serão estudadas as regras quanto ao direito ao conhecimento da origem genética, pelo
concebido através da reprodução assistida heteróloga, onde tem seu direito fundamental da
personalidade violada, pelo não reconhecimento de sua identidade genética.

Far-se-á uma análise acerca da reprodução assistida no direito brasileiro, bem como
ao projeto de Lei 90/1999 de autoria do Senador Lucio Alcântara, será feita uma reflexão
acerca da resolução 1957/10 do Conselho Federal de Medicina.

Diante de todo o exposto, torna-se necessário a regulamentação de uma lei


pertinente, para que se regularize as técnicas de reprodução assistida.

2. BIODIREITO E A REPRODUÇÃO ASSISTIDA IN VITRO


Recentemente na área jurídica surgiu o biodireito, que tem por objetivo abranger
todo um conjunto de leis jurídicas existentes, na qual possa regulamentar as novidades
apresentadas pela ciência da medicina, com o fito de englobar como resultado a proteção do
indivíduo em sua dignidade humana.

O biodireito está vinculado aos princípios da reprodução assistida In Vitro possuindo


assim um papel fundamental, que é a limitação do progresso cientifico, ou seja, ambos têm
que caminhar juntos, posto que a medicina tenha avançado em passos largos, mas o direito
não tem conseguido acompanhar tal avanço.

3. REPRODUÇÃO ASSISTIDA IN VITRO

A Fertilização In Vitro é uma técnica de reprodução medicamente assistida que se


consolida em ambiente laboratorial, este procedimento envolve diversas etapas, de acordo
com o procedimento adequado para cada paciente.

Na concepção de Venosa4, coloca tais técnicas em: "avanços biotecnológicos que


tanto permitem contornar os problemas de esterilidade quanto solucionar alguns de
infertilidade”. Já na visão de Rizzardo 5 , compõem o anúncio ou a boa nova, para casais
estéreis, da chance de concretização de sua vida e amor em um descendente, a eles,
geneticamente ligado.

Na primeira etapa, onde chamamos de estimulação dos ovários, este serão controlado
pelo médico responsável da paciente. Nesta fase a paciente receberá certa dosagem de
remédios onde será estimulada a produção de óvulos. E em seguida, haverá a coleta desses
óvulos, do qual serão transferidos ao laboratório, juntamente com os espermatozoides. Onde
serão separados de forma que a cada óvulo fecundado cerca de 50 a 100 mil espermatozoides
serão preparados para a fertilização6.

Na segunda etapa tanto os óvulos quanto os espermatozoides serão colocados em


meio especial de cultura, onde será desenvolvida a fecundação, no qual dará origem aos pré-

4
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: Direito de família.7.ed. São Paulo: Atlas 2011. P.259
5
RIZZARDO, Arnaldo. Parte Geral do Código Civil, Lei nº 10406, de 10.01.2002. 5. ed.rev.atual.São Paulo:
Forense, 2007. P. 510.
6
OLIVEIRA, Flávio Garcia. Fertilização In Vitro (FIV): FGO Clinica de Fertilidade, São Paulo. 2011.
Disponível em: http://www.clinicafgo.com.br/fiv.html. Acesso em: 06 de Set. 2014.
embriões, que serão transferidos para a cavidade uterina da mulher, em aproximadamente 48
horas e não ultrapassando 120 horas7.

4. PRINCIPAIS TÉCNICAS DA REPRODUÇÃO ASSISTIDA IN VITRO


4.1 Homóloga

A Reprodução In Vitro Homologa é a técnica indicada em casos de fertilidade


deficiente, ou seja, esterilidade causada após um tratamento esterilizante ou até mesmo por
transtornos nas relações sexuais, onde o material a ser coletado será o do homem e depositado
através de uma inseminação intravaginal, na cavidade do útero da mulher.

Neste caso as células germinais a serem utilizadas serão aquelas pertencentes ao


marido da própria paciente. No caso da mulher, esta será submetida, antes do início do
tratamento de fecundação In Vitro, a um tratamento hormonal, para se obter uma
superovulação, para que se tenha vários óvulos fertilizados na proveta, transferindo-se apenas
quatro deles para o útero da mulher8.

Bastos afirma, configura-se a reprodução assistida homóloga, reconhecida como


reprodução assistida intraconjugal ou autorreprodução, pela utilização das células
reprodutivas do casal envolvido no procedimento reprodutivo9.

4.2 Heteróloga

Quanto a Fertilização In Vitro Heteróloga, ocorre ao contrário da Fertilização


Homologa, posto que, os gametas geralmente os óvulos ou até mesmo os espermatozoides,
são doados ao casal oriundos de terceira pessoa. A filiação neste procedimento assume muito
mais um aspecto afetivo do que biológico10.

Assegura Eduardo de Oliveira Leite, que nestes casos o doador deverá possuir uma
maior semelhança fenotípica e imunológica e a máxima possibilidade de compatibilidade com
a receptora.

No tocante a reprodução heteróloga aduz Sergio Ferraz que, embora similar à


homóloga, "[...] ao invés do líquido seminal do marido é utilizado o esperma de um doador

7
OLIVEIRA, Flávio Garcia. Fertilização In Vitro (FIV): FGO Clinica de Fertilidade, São Paulo. 2011.
Disponível em: http://www.clinicafgo.com.br/fiv.html. Acesso em: 06 de Set. 2014.
8
PERSSON, J. The ART of Assisted Reproductive Technology. Augt Fam Psysician, 2005. P. 119-122
9
BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2000.
10
LEITE, Eduardo de Oliveira. Procriações artificiais e o direito (aspectos médicos, religiosos, psicológicos,
éticos e jurídicos). São Paulo: Revista dos Tribunais, Revista dos Tribunais. 1995.
fértil, geralmente em banco de sêmen". Nota-se, assim, ter a reprodução, com o emprego de
gametas de doador, possibilitado desvincular-se o momento da doação do sêmen do de sua
utilização, propiciando a criação do referido banco11.

Após elencarmos sobre as técnicas da reprodução humana assistida é preciso


contrapô-la quanto a atuação dessas técnicas no campo jurídico.

5. INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL - CÓDIGO CIVIL DE 2002

Para que possamos analisar os efeitos da reprodução humana em nosso ordenamento


jurídico, destacaremos em um primeiro momento a filiação materna e paterna, onde será
aquela que resultará de casamento ainda que, anulável ou nulo, conforme expressa o código
civil em seus artigos 1.561 e 1.617.

Segundo Fujika12, esta norma se fundamenta na ideia de que o casamento pressupõe


as relações sexuais dos cônjuges e fidelidade da mulher; o filho que é concebido durante o
matrimônio tem por pai o marido de sua mãe. E, em consequência, presume-se filho o
concebido na constância do casamento dos pais.

Sendo assim, podemos dizer que apesar dos avanços que o código civil de 2002
trouxe à sociedade, ele deixou de solucionar vários problemas em suas vertentes, nascendo
assim com algumas lacunas jurídicas.

Nos termos do código civil de 1916, apenas o artigo 338 citava a presunção de
paternidade em nosso ordenamento jurídico:

Art. 338. Presumem-se concebidos na Constância do casamento:


I- Os filhos nascidos 180 dias, depois de estabelecida a convivência conjugal:
II- Os nascidos dentro nos 300 dias subsequentes à dissolução da sociedade
conjugal, por morte, desquite, ou anulação.

Podemos notar que com a reforma do código civil de 2002, apenas o inciso III, IV e
V foram acrescentados, onde se autoriza, mas não regulariza de maneira expressa a
inseminação artificial humana, estes incisos apenas manifestam alguns procedimentos que

11
FERRAZ, Sergio. Manipulações Biológicas e Princípios Constitucionais: Uma Introdução. Porto Alegre:
Sergio Antônio Fabris Editor, 1991. P.30.
12
FUJITA, Jorge Shiguemitsu. Filiação. São Paulo: Atlas, 2009.
exigem a autorização, como e o caso do inciso V, onde o marido tem que se manifestar com
sua autorização para tão ato se realizar.

Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos:


I - nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência
conjugal;
II - nascidos nos trezentos dias subsequentes à dissolução da sociedade conjugal, por
morte, separação judicial, nulidade e anulação do casamento;
III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido;
IV- havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários,
decorrentes de concepção artificial homóloga;
V- havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que tenha prévia autorização
do marido.
Advirta-se, de plano, que o código de 2002, não autoriza nem regulamenta a
reprodução assistida, más apenas constata a lacunas idade a existência da problemática e
procura da solução ao aspecto da paternidade. Toda essa matéria, que é cada vez mais ampla e
complexa, deve ser regulada por lei específica, por um estatuto ou microssistema13.

Ante as lacunas encontradas em nosso código civil 2002, vários são os Projetos de
Lei que se encontra em curso em nosso Senado Federal, aguardando para a sua devida
regulamentação, um deles e o Projeto de Lei sobre a reprodução humana assistida, onde visam
atender as necessidades de casais inférteis, com respostas concretas relativas ao cotidiano das
pessoas que buscam por este procedimento.

O procedimento de inseminação artificial visa urgente a necessidade da regularização


de uma lei especifica como exemplo temos o Projeto de Lei 90/1999, o que possibilitaria uma
garantia de trabalho tanto para médicos, juristas e até mesmo as pessoas que busca por esta
técnica, e de suma importância para todos estes profissionais a aprovação de uma lei
pertinente posto que a ciência avança a passos gigantescos sem leis que a possa regular.

O que vemos a respeito da forma como o debate está encaminhado no Brasil é que
enquanto não houver legislação pertinentes ás nossas tecnologias de reprodução, fica mais ou
menos livre o mercado e as diferentes formas que indivíduos ou casais buscam as novas
tecnologias reprodutivas. De alguma forma, vejo que a ausência de legislação específica pode
ser benéfica para as mulheres que não se enquadram na normalidade de um casamento
heterossexual14.

13
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: Direito de família.7.ed. São Paulo: Atlas 2011. P.216
14
GROSSI, Miriam Pillar; PORTO, Rozeli; TAMANINI, Marlene. Novas Tecnologias Reprodutivas
Conceptivas: Questões e Desafios. 1 ed. Brasília: Letras Livres, 2002. P.131.
6. A REPRODUÇÃO ASSISTIDA NO DIREITO BRASILEIRO

Apesar de grandes objeções levantadas por diversos setores sociais, o Conselho


Federal de Medicina, através da Resolução nº 1.358/92 autorizou o profissional médico ao
utilizar essas técnicas de reprodução assistida. Contudo após dezoito anos em vigor o CFM
revogou essa resolução editando a Resolução nº 1957/10, em razão das novas exigências
sociais, bem como o avanço no uso de tais técnicas devem ser observadas as seguintes
exigências: a maternidade por substituição só é admitida desde que efetuada entre parentes até
o segundo grau, sendo os demais casos submetidos à apreciação do CFM; a cessão do útero só
poderá ser feita a título gratuito e por último só é permitida em casos em que a mulher
realmente não possa engravidar.

É proibida a formação de embriões para fins comerciais e científicos. Para realizar


pesquisas tem que preencher os seguintes requisitos: tratar de embriões excedentários,
inviáveis, congelado a mais de três anos, e anuência dos genitores.

O nosso ordenamento jurídico também não permite a escolha do sexo, a seleção de


características, conhecida como eugenia, porém na Índia, EUA e Itália essa prática é
permitida. Excepcionalmente permite-se a escolha do sexo, quando se tratar de evitar as
doenças ligadas ao sexo.

É defesa a redução embrionária em consonância com a proibição do aborto. Estão


entre os pacientes que procuram esse recurso para terem o sonho de ser mãe, pai, etc.:
mulheres solteiras, casais heterossexuais e homo afetivos, entre outros, uma vez que a
legislação que normatiza as técnicas de reprodução humana ampliou o rol de pessoas,
atendendo as novas facetas que a família assumiu.

Podem ser realizadas doações de gametas ou embriões, desde que haja sigilo
recíproco, sendo vedada para fins comerciais conforme a Lei nº 9.343/97, que caracterizando
conduta diversa da autorizada em lei, configura crime de comercialização de órgãos e tecidos
humanos.

Podemos observar que apesar da reprodução humana assistida ser permitida, ainda é
uma técnica limitada pelos dispositivos legais que a regulamenta.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente “paper” apresentou um breve relato de biodireito e a reprodução assistida
In Vitro, ao qual fora abordado seus conceitos, e seus princípios, estes que dizem respeito à
vida, ressaltando que não cabe ao direito impedir os avanços da medicina e desenvolvimento
da biotecnologia, mas sim impor limites legais e assegurar direitos dos envolvidos no uso
dessas técnicas.

Procuramos diferenciar os tipos existentes de Reprodução Assistida In Vitro, em


relação as fecundações podem ser Homologa, ou seja, quando o material genético a ser
utilizado será o do cônjuge ou companheiro da paciente, e a Heteróloga quando o material
genético a ser utilizado será proveniente de um doador, ou seja, de terceiros.

No tocante a inseminação artificial perante o Código Civil de 2002, seguindo uma


visão constitucional, aplicando-se aos casos concretos os direitos e garantias fundamentais
individuais, pautadas em regras de proporcionalidade e razoabilidade, calibrando sempre
valores confrontantes, porém com o avanço dessas técnicas faz-se necessário um avanço
maior na legislação.

Diante desta evolução da ciência á de se haver uma reforma no presente Código Civil
Brasileiro no qual ainda se encontra bastante distante da verdadeira realidade vivida por
milhões de casais que anseiam pelo sonho de se ter uma família, sem os problemas vividos
pela sociedade atualmente, pois não é só a esta situação que se aplica este método de
inseminação, esta técnica pode ser utilizada com sêmen, mas também com óvulos gerando a
mesma situação, então, não havendo previsão legal para tal acontecimento.

Contudo observa-se a necessidade de se alcançar todas as descobertas feitas pela


medicina, mas a necessidade maior que o ordenamento jurídico se faça presente na sociedade,
pois ambos necessitam caminhar juntos o que na realidade está muito longe de se acontecer.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARROS, Alberto. Alternativas Terapêuticas. Centro de Genética da Reprodução, Porto.


2006. Disponível em: http://www.cgrabarros.pt/alternativas.htm. Acesso em 06 de Set. 2014.

BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2000.
BRASIL. República Federativa do. Constituição da república federativa do Brasil:
promulgada em 5 de outubro de 1988.29. Ed. São Paulo: Saraiva 2010.

BRASIL. Projeto de Lei nº 90 (substitutivo), de 1999. Dispõe sobre a Procriação


Medicamente Assistida. Disponível em: < http://ghente.org/doc_juridicos/pls90subst.htm>.
Acesso em: 07 Set. 2014.

CAMBIAGHI, Arnaldo Schizzi, Fertilização In Vitro. IPGO Medicina da Reprodução, São


Paulo, 2011. Disponível em: http://www.ipgo.com.br/fertilizacao-in-vitro-fiv-bebe-de-
proveta-ser-ou-nao-ser-fertil/ Acesso em: 07 de set 2014.

CASCAVEL, Secretária Municipal de Saúde. Programa Pré- Natal e Puerpério, Paraná, 2010.
Disponível em: http://www.cascavel.pr.gov.br/arquivos/30092010_manual_pre-natal(1).pdf.
Acesso em: 07 de Set. 2014.

CHINELATO. Silmara de Abreu Juny. apud Moreira FILHO. José Roberto. Direito à
identidade genética. 2002. Disponível em http: //jus2.uol.com.br/doutrina/texto.aps?id=2744,
acesso em: 06 Set 2014.

CLOTET, Joaquim. O consentimento informado nos Comitês de Ética em pesquisa e na


prática médica: conceituação, origens e atualidade. Bioética, v. 3, n. 1, 1995.
Conselho Federal de Medicina. Resoluções 1368/92 e 1957/10. Disponível em:
http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/CFM. Acesso em: 05 Set. 2014.

DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias, 6º edição. ed .rev, atual. e ampl., São
Paulo: Editora dos Tribunais, 2011.

DINIZ, Maria Helena. O estado atual do Biodireito. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.

FERRAZ, Sergio. Manipulações Biológicas e Princípios Constitucionais: Uma Introdução.


Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 1991.

FERNANDES, Tycho Brahe. A reprodução assistida em face da bioética e do biodireito:


aspectos do direito de família e do direito das sucessões. Florianópolis: Diploma Legal, 2000.

FUJITA, Jorge Shiguemitsu. Filiação. São Paulo: Atlas, 2009.

GROSSI, Miriam Pillar; PORTO, Rozeli; TAMANINI, Marlene. Novas Tecnologias


Reprodutivas Conceptivas: Questões e Desafios. 1 ed. Brasília: Letras Livres, 2002.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil Parte Geral. São Paulo: Ed. Saraiva 2008.

KRELL, Olga Jubert Gouveia. União Estável: Análise Sociológica. Curitiba, PR: Juruá, 2006.

LEITE, Eduardo de Oliveira. Procriações artificiais e o direito (aspectos médicos, religiosos,


psicológicos, éticos e jurídicos). São Paulo: Revista dos Tribunais, Revista dos Tribunais.
1995.

MENEGON Vera Sonia Mincoff. Entre alinguagem dos direitos e a linguagem dos riscos- Os
consentimentos informados na reprodução assistida. São Paulo: PUC, 2006.

MORAES. Alexandre de. Direito Humanos Fundamentais. 15º edição. Ed. Atlas, São Paulo
2007.

OLIVEIRA, Deborah Ciocci Alvarez de, BORGES JUNIOR, Edson. Reprodução Assistida:
até onde podemos chegar? Compreendendo a ética e a lei. São Paulo: Gaia, 2000.

OLIVEIRA, Flávio Garcia. Fertilização In Vitro (FIV): FGO Clinica de Fertilidade, São
Paulo. 2011. Disponível em: http://www.clinicafgo.com.br/fiv.html. Acesso em: 06 de Set.
2014.

PERSSON, J. The ART of Assisted Reproductive Technology. Augt Fam Psysician, 2005.

PETTERLE, Selma Rodrigues. O Direito Fundamental à Identidade Genética na Constituição


Brasileira. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007.

RAFFUL, Ana Cristina. A Reprodução Artificial e os direitos da Personalidade. Ed. Themis.


São Paulo. 2000.

RIBEIRO, Gustavo Pereira Leite. Breve Comentário sobre aspectos destacados da reprodução
humana assistida. In: SÁ, Maria de Fátima Freire de.(coord.). Biodireito. Belo Horizonte: Del
Rey, 2002.

RIZZARDO, Arnaldo. Parte Geral do Código Civil, Lei nº 10406, de 10.01.2002. 5.


ed.rev.atual.São Paulo: Forense, 2007.

VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: Direito de família.7.ed. São Paulo: Atlas 2011.

Você também pode gostar