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RESUMO: O presente “paper” tem por objetivo mostrar o tema reprodução humana assistida In Vitro, e a
algumas lacunas existentes em nossa legislação brasileira. A técnica de reprodução humana assistida trata hoje
temas importantíssimos para a procriação do ser humano, onde este assunto há décadas deixou de ser exclusivo
da medicina. Em um primeiro momento será abordado o conceito jurídico sobre o Biodireito e procuraremos
mostrar algumas opiniões doutrinárias de vários especialistas, logo após será analisada toda a técnica da
reprodução humana assistida, seus conceitos, suas formas de fertilização e as principais técnicas. Será relatado
de forma sucinta a reprodução assistida frente ao nosso ordenamento jurídico, analisaremos também o direito a
identidade genética perante a Constituição Federal. Como metodologia utilizado o método dedutivo, com
pesquisas feitas a artigos científicos, sites da internet, a Constituição Federal, bem como todo o acervo
bibliográfico pertinente, leis e resoluções.
ABSTRACT: This "paper" is to show the theme of assisted human reproduction in vitro, and some gaps in our
Brazilian legislation. The technique of assisted human reproduction today is important themes for procreation of
the human being, where this subject for decades no longer exclusive to medicine. At first we will address the
legal concept on Biolaw and try to show some doctrinal opinions of several experts, will be parsed after the
whole technique of assisted human reproduction, its concepts, their ways of fertilization and the main
techniques. Will be reported briefly assisted reproduction front of our legal system, we also analyze the right to
genetic identity in the Federal Constitution. The methodology used the deductive method, with surveys to
scientific articles, internet sites, the Federal Constitution, as well as all relevant bibliographic, laws and
resolutions.
1
CORREIA, CAMILA BARROS DOS SANTOS. Técnica em Informática pela Escola Estadual Oscar Soares e
Graduanda do II Termo de Direito da AJES.
2
DA ROZA, RAFAELA CARLOS. Graduada em Letras na Universidade Pontifícia do Paraná, Especialista em
Gestão Educacional pela Faculdade de Selvíra/MS e Graduanda do II Termo de Direito da AJES.
3
SOUZA, JAMILLE FERNANDA. Graduada em Direito pelo Instituto Toledo de Ensino ITE – Bauru.
Especialista em Direito Público pela Universidade de Potiguar. Especialista em Jurisdição e Direitos
Fundamentas pela Universidade de Pisa – Itália. Mestre em Direito Constitucional pela Faculdade de Direito de
Bauru.
1. INTRODUÇÃO
Tendo em vista que os avanços da ciência estão cada vez maiores, e cada vez mais
buscando respostas para os problemas relacionados na área da saúde, e ao longo dos anos
foram surgindo problemas cada vez mais relacionados com a infertilidade e a esterilidade, isto
fez com que a biotecnologia procurasse um meio para realizar o sonho de se ter um filho,
dentre estas soluções encontra-se a fertilização In Vitro, uma técnica de reprodução humana
medicamente assistida, utilizada por vários casais, que veio para solucionar problemas
daqueles que por algum motivo não possam ter filho e optam por esse procedimento.
Far-se-á uma análise acerca da reprodução assistida no direito brasileiro, bem como
ao projeto de Lei 90/1999 de autoria do Senador Lucio Alcântara, será feita uma reflexão
acerca da resolução 1957/10 do Conselho Federal de Medicina.
Na primeira etapa, onde chamamos de estimulação dos ovários, este serão controlado
pelo médico responsável da paciente. Nesta fase a paciente receberá certa dosagem de
remédios onde será estimulada a produção de óvulos. E em seguida, haverá a coleta desses
óvulos, do qual serão transferidos ao laboratório, juntamente com os espermatozoides. Onde
serão separados de forma que a cada óvulo fecundado cerca de 50 a 100 mil espermatozoides
serão preparados para a fertilização6.
4
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: Direito de família.7.ed. São Paulo: Atlas 2011. P.259
5
RIZZARDO, Arnaldo. Parte Geral do Código Civil, Lei nº 10406, de 10.01.2002. 5. ed.rev.atual.São Paulo:
Forense, 2007. P. 510.
6
OLIVEIRA, Flávio Garcia. Fertilização In Vitro (FIV): FGO Clinica de Fertilidade, São Paulo. 2011.
Disponível em: http://www.clinicafgo.com.br/fiv.html. Acesso em: 06 de Set. 2014.
embriões, que serão transferidos para a cavidade uterina da mulher, em aproximadamente 48
horas e não ultrapassando 120 horas7.
4.2 Heteróloga
Assegura Eduardo de Oliveira Leite, que nestes casos o doador deverá possuir uma
maior semelhança fenotípica e imunológica e a máxima possibilidade de compatibilidade com
a receptora.
7
OLIVEIRA, Flávio Garcia. Fertilização In Vitro (FIV): FGO Clinica de Fertilidade, São Paulo. 2011.
Disponível em: http://www.clinicafgo.com.br/fiv.html. Acesso em: 06 de Set. 2014.
8
PERSSON, J. The ART of Assisted Reproductive Technology. Augt Fam Psysician, 2005. P. 119-122
9
BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2000.
10
LEITE, Eduardo de Oliveira. Procriações artificiais e o direito (aspectos médicos, religiosos, psicológicos,
éticos e jurídicos). São Paulo: Revista dos Tribunais, Revista dos Tribunais. 1995.
fértil, geralmente em banco de sêmen". Nota-se, assim, ter a reprodução, com o emprego de
gametas de doador, possibilitado desvincular-se o momento da doação do sêmen do de sua
utilização, propiciando a criação do referido banco11.
Sendo assim, podemos dizer que apesar dos avanços que o código civil de 2002
trouxe à sociedade, ele deixou de solucionar vários problemas em suas vertentes, nascendo
assim com algumas lacunas jurídicas.
Nos termos do código civil de 1916, apenas o artigo 338 citava a presunção de
paternidade em nosso ordenamento jurídico:
Podemos notar que com a reforma do código civil de 2002, apenas o inciso III, IV e
V foram acrescentados, onde se autoriza, mas não regulariza de maneira expressa a
inseminação artificial humana, estes incisos apenas manifestam alguns procedimentos que
11
FERRAZ, Sergio. Manipulações Biológicas e Princípios Constitucionais: Uma Introdução. Porto Alegre:
Sergio Antônio Fabris Editor, 1991. P.30.
12
FUJITA, Jorge Shiguemitsu. Filiação. São Paulo: Atlas, 2009.
exigem a autorização, como e o caso do inciso V, onde o marido tem que se manifestar com
sua autorização para tão ato se realizar.
Ante as lacunas encontradas em nosso código civil 2002, vários são os Projetos de
Lei que se encontra em curso em nosso Senado Federal, aguardando para a sua devida
regulamentação, um deles e o Projeto de Lei sobre a reprodução humana assistida, onde visam
atender as necessidades de casais inférteis, com respostas concretas relativas ao cotidiano das
pessoas que buscam por este procedimento.
O que vemos a respeito da forma como o debate está encaminhado no Brasil é que
enquanto não houver legislação pertinentes ás nossas tecnologias de reprodução, fica mais ou
menos livre o mercado e as diferentes formas que indivíduos ou casais buscam as novas
tecnologias reprodutivas. De alguma forma, vejo que a ausência de legislação específica pode
ser benéfica para as mulheres que não se enquadram na normalidade de um casamento
heterossexual14.
13
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: Direito de família.7.ed. São Paulo: Atlas 2011. P.216
14
GROSSI, Miriam Pillar; PORTO, Rozeli; TAMANINI, Marlene. Novas Tecnologias Reprodutivas
Conceptivas: Questões e Desafios. 1 ed. Brasília: Letras Livres, 2002. P.131.
6. A REPRODUÇÃO ASSISTIDA NO DIREITO BRASILEIRO
Podem ser realizadas doações de gametas ou embriões, desde que haja sigilo
recíproco, sendo vedada para fins comerciais conforme a Lei nº 9.343/97, que caracterizando
conduta diversa da autorizada em lei, configura crime de comercialização de órgãos e tecidos
humanos.
Podemos observar que apesar da reprodução humana assistida ser permitida, ainda é
uma técnica limitada pelos dispositivos legais que a regulamenta.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente “paper” apresentou um breve relato de biodireito e a reprodução assistida
In Vitro, ao qual fora abordado seus conceitos, e seus princípios, estes que dizem respeito à
vida, ressaltando que não cabe ao direito impedir os avanços da medicina e desenvolvimento
da biotecnologia, mas sim impor limites legais e assegurar direitos dos envolvidos no uso
dessas técnicas.
Diante desta evolução da ciência á de se haver uma reforma no presente Código Civil
Brasileiro no qual ainda se encontra bastante distante da verdadeira realidade vivida por
milhões de casais que anseiam pelo sonho de se ter uma família, sem os problemas vividos
pela sociedade atualmente, pois não é só a esta situação que se aplica este método de
inseminação, esta técnica pode ser utilizada com sêmen, mas também com óvulos gerando a
mesma situação, então, não havendo previsão legal para tal acontecimento.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2000.
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promulgada em 5 de outubro de 1988.29. Ed. São Paulo: Saraiva 2010.
CASCAVEL, Secretária Municipal de Saúde. Programa Pré- Natal e Puerpério, Paraná, 2010.
Disponível em: http://www.cascavel.pr.gov.br/arquivos/30092010_manual_pre-natal(1).pdf.
Acesso em: 07 de Set. 2014.
CHINELATO. Silmara de Abreu Juny. apud Moreira FILHO. José Roberto. Direito à
identidade genética. 2002. Disponível em http: //jus2.uol.com.br/doutrina/texto.aps?id=2744,
acesso em: 06 Set 2014.
DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias, 6º edição. ed .rev, atual. e ampl., São
Paulo: Editora dos Tribunais, 2011.
DINIZ, Maria Helena. O estado atual do Biodireito. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
KRELL, Olga Jubert Gouveia. União Estável: Análise Sociológica. Curitiba, PR: Juruá, 2006.
MENEGON Vera Sonia Mincoff. Entre alinguagem dos direitos e a linguagem dos riscos- Os
consentimentos informados na reprodução assistida. São Paulo: PUC, 2006.
MORAES. Alexandre de. Direito Humanos Fundamentais. 15º edição. Ed. Atlas, São Paulo
2007.
OLIVEIRA, Deborah Ciocci Alvarez de, BORGES JUNIOR, Edson. Reprodução Assistida:
até onde podemos chegar? Compreendendo a ética e a lei. São Paulo: Gaia, 2000.
OLIVEIRA, Flávio Garcia. Fertilização In Vitro (FIV): FGO Clinica de Fertilidade, São
Paulo. 2011. Disponível em: http://www.clinicafgo.com.br/fiv.html. Acesso em: 06 de Set.
2014.
PERSSON, J. The ART of Assisted Reproductive Technology. Augt Fam Psysician, 2005.
RIBEIRO, Gustavo Pereira Leite. Breve Comentário sobre aspectos destacados da reprodução
humana assistida. In: SÁ, Maria de Fátima Freire de.(coord.). Biodireito. Belo Horizonte: Del
Rey, 2002.
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: Direito de família.7.ed. São Paulo: Atlas 2011.