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17/06/2020 Dom bosco, a igreja e os tempos - Veritatis Splendor

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 Veritatis Splendor  8 de dezembro de 2009  Conheça Mais  No


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Hoje é muito comum justi car os mais absurdos erros e irreverências


A relação entre Fé e Razão:
doutrinais como um acompanhamento dos tempos . Dentro dessa uma crítica ortodoxa e uma
resposta católica (Parte 1):
argumentação, a transformação do mundo pede uma nova leitura e
teologia natural e seu lugar
compreensão acerca dos ensinos da Igreja. Entretanto, além do óbvio teológico
modernismo, esse raciocínio carrega um erro fatal e essencial; o A Igreja é visível e é a Casa de
tempo é por si só relativo! Deus

A Bíblia não é formalmente


A Igreja deve acompanhar os tempos para compreender as su ciente

necessidades espirituais e pastorais do mundo, mas não deve nortear Catolicismo, calvinismo e
salvação (Índice Geral)
os seus ensinos sobre as intemperanças do orbe. Ao contrário,
enquanto Mater et Magistra a Igreja não acompanha, é acompanhada, Proibidos de casar ou castos
por opção?
e seu ensino re ete apenas os ensinos de Cristo. Logo, relativizá-los,
adaptá-los, é relativizar e adaptar os preceitos deixados por Nosso
Senhor, ao não ser que acreditemos que Deus muda, o que se Youtube
chocaria com a imutabilidade intrínseca da Verdade, ou que a
doutrina da Igreja seja doutrina de homens, portanto mutável e falsa.  Resenha Católica - Luz nas trevas

Ademais, a história se fecha dentro do homem inserido no seu Part

contexto. Hoje podemos olhar para o passado e ponderar a respeito


dos acontecimentos e eventos. A mentalidade do homem moderno,
embebida num espírito de sabor liberal, tende, num primeiro
momento, a rechaçar o esplendor do luminoso Ocidente. A perda de
compreensão acerca do ethos da Civilização fez com que, na sociedade
atual, houvesse um radical rompimento de identidade, ou seja, o
caráter cristão, base da formação do homem ocidental, foi não apenas
execrado como combatido.

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A idéia de que a Igreja deve acompanhar os tempos, portanto macular


a doutrina, parte de uma compreensão não apenas errada, mas Resenha Católica
infantil. Os seus articulares argumentam que a realidade do mundo
atual clama, com urgência, uma nova postura e uma nova linguagem.
Ora, um homem do séc. XXI tem o natural instinto de reconhecer que
o séc. XXI é o período mais complexo dentro do processo histórico. O
passado, como dimensão temporal pretérita que é, nunca é entendido
de forma empírica, ou seja, sempre será compreendido dentro de
uma ótica puramente teórica e analítica. O homem do séc. XXI tende a
acreditar que a crise religiosa atual vai muito além da crise religiosa do
séc. XIX, que a miséria atual é muito mais complexa do que a miséria
do início do séc. XX ou que os con itos sociais são bem mais
problemáticos do que aqueles de outrora. Entretanto, esse tipo de
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raciocínio não consegue captar que o homem do passado está restrito
ao próprio passado, ou seja, a crise religiosa no séc. XIX foi para o Aborto batismo biblia
homem do séc. XIX o ápice, a fome no início do séc. XX foi para o catolicismo conversao crist
homem do seu tempo a mais grave etc. Cada homem, dentro da sua cristianismo cristo deus

realidade temporal, desenvolve uma visão de mundo que eclesiologia eucaristia

perfeitamente justi caria a adaptação dos ensinos da Igreja. Assim, o igreja igreja catolica
período no qual se insere é sempre o mais conturbado, gritante e imagens Jesus leitor

digno de transformação. Pode ser que a crise, a miséria e os con itos liturgia maria
sociais de hoje sejam realmente mais graves do que o do pretérito, matrimonio missa
mas para o homem do passado a sua realidade era o parâmetro de modernismo moral pais da
medida.  No futuro, outros homens olharão para o passado, o atual igreja papa papado

presente, e estarão impossibilitados de compreender empiricamente patristica pecado


protestante protestantes
a experiência que nós passamos.
protestantismo
O que tudo isso quer dizer? Se a Igreja fosse acompanhar os tempos quais re ex sacramentos
se tornaria escrava do mundo. O homem do séc. XIX, restrito ao seu salvacao santo santos santos

tempo, pediria uma adaptação da Igreja à sua dimensão, assim como padres sobre sociedade
teologia da libertacao
o homem do séc. XX e do séc XXI etc. Ou seja, a Igreja seria apenas um
testemunho tradicao
re exo das necessidades atuais da sociedade. Assim não teria durado
tradicionalismo vaticano ii
sequer 100 anos d. C; os crentes poderiam alegar que a realidade
vida
vivida pelos cristãos no Império Romano era diferente daquela dos
primeiros na Palestina e, portanto, seria pertinente acompanhar os
tempos e adotar posturas adversas.

A Igreja é o Corpo Místico de Cristo e Cristo tem uma natureza Divina,


portanto atemporal, e uma natureza humana, temporal e
personi cada. Se por um lado a Igreja deve levar em conta a evolução

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dos tempos, na medida em que as mudanças do mundo pedem uma


nova forma de expor o Evangelho e a doutrina de sempre – pois do
contrário a Igreja se encontraria fechada em si mesma – entretanto,
por outro lado, essa constante atenção da Igreja às intemperanças do
orbe não pode, em hipótese alguma, modi car e macular aquilo que é
e sempre foi crido, já que a  crença e toda a riqueza sapiencial
re etem o caráter sobrenatural da instituição, o fato de ter sido
fundada por Cristo e encarregada de zelar pelo Depósito da Fé. Ou
seja, a realidade temporal da Igreja se vincula ao projeto pastoral,
missionário e catequético, a forma como a Mater et Magistra divulga a
Boa Nova e espalha a mensagem de Cristo. Já a realidade atemporal
da Igreja, se une aos ensinamentos basilares e essenciais porque
originados no seio dos preceitos deixados por Nosso Senhor que
dão formam à crença e sustentam e viabilizam a fé. Modi car tais
ensinamentos, os temporalizar através de um relativismo que rebaixa
a Divindade e naturaliza o sobrenatural, é, por consequência lógica,
romper não apenas com o processo de aprofundamento dogmático,
mas sim com  a compreensão que a Igreja sempre teve acerca das
heranças deixadas por Cristo aos Apóstolos e seus Sucessores.

Para tornar nossa re exão mais clara vejamos a situação da sociedade


em pleno séc. XIX. A. Au ray SDB, na sua biogra a sobre Dom Bosco
diz que nunca e em nenhuma época se tinha visto tanto descrédito
contra o hábito religioso e a vida religiosa no Piemonte. Já dissemos como
a imprensa o ciosa, precursora de uma legislação agnóstica,
desencadeava lufadas de um vento anticlerical; estavam-se preparando
leis que iriam causar um mal imenso à idéia cristã; todas as batinas eram
olhadas com antipatia, mas principalmente o hábito dos frades. Um
preconceito popular, que se procurava manter cuidadosamente, dava um
sentido odioso às palavras: noviciado, pro ssão religiosa, votos,
congregação. Pouco se fazia para encaminhar moços ao sacerdócio, e
menos ainda para encaminhá-los aos claustros. Ao redor de Dom Bosco
não havia portando ruína. Além da ascensão de um espírito
anticlerical ferrenho, a Itália passava por um período político
conturbado; a reuni cação, o orescimento de uma país coeso e
politicamente unido, lutas partidárias, choques entre republicanos e
monarquistas. Ademais, se juntava a tudo isso a forte crise social, com
um crescente número de miseráveis e ignorantes. Como assustado
cou São João Bosco ao descobrir que nem mesmo o sinal da cruz
alguns jovens sabiam fazer vivendo em plena Turim do séc. XIX!
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Isto posto, podemos re etir com honestidade! O mundo, e em


destaque a Itália, vivia momentos de fervor político, de sérios
problemas sociais e de rompimento com as próprias origens cristãs.
Os anos eram de total e completa transformação, um corte profundo
nas bases estruturais da sociedade. Eras de mudanças! Ora, se a Igreja
deve acompanhar os tempos, o que é visto como um verdadeiro
axioma pelos relativistas, a efervescência do séc. XIX era o momento
do Magistério re etir acerca das transformações do orbe e a
necessidade de mudar a postura frente às intemperanças sociais.
Entretanto, bem diferente dessa adaptação dos ensinos da Ecclesia,
houve em resposta ao crescente espírito laicista e anticlerical uma
enfática e forte defesa da crença de sempre; a Igreja surgiu como um
sustentáculo e baluarte da perenidade, dos ensinamentos eternos e
imutáveis que deveriam ser protegidos e resguardados dos ataques
dos homens.

O próprio Dom Bosco foi um exemplo claro e objetivo da postura


tomada pela Igreja. O Santo italiano sequer escrevia e falava sobre
assuntos políticos, isso numa época em que clérigos saiam nas ruas
defendendo a constituição e quando o Arcebispo de Turim estava
exilado em Lião por se opor ao novo regime. O Santo dizia: Em
política não sou de ninguém.   Mesmo num período tão tenso e
conturbado, o Patrono da Juventude preferiu o silêncio, oração e
formação espiritual, el ao que tanto repetia; Minha política é a do
Pater-Noster. Dom Bosco colocava o seu ministério sacerdotal acima
de qualquer divergência partidária e ideológica. Além de não se
envolver em questões do mundo, o Santo nutria amizade com
conservadores e liberais, republicanos anticlericais e monarquistas
delíssimos; celebrava Missa na capela privada do seu afetuoso amigo
Francisco II das Duas Sicílias, rei destronado pelos revolucionários, e,
no outro dia, ia ao gabinete do Conde de Cavour ou de Urbano
Ratazzi, árduos promotores do Risorgimento. Para o Apóstolo da
Juventude era clara a necessidade de se aproximar dos grandes
líderes, mesmo quando eram inimigos da fé, para disseminar a
Verdade e promover nos corações o amor a Cristo. A sua in uência
em todos os círculos da elite política era re exo do seu caráter
apolítico e do seu apostolado que tinha apenas com m a conversão e
salvação das almas. Em Dom Bosco não havia, como hoje é comum,
infelizmente, aquela dissociação da delidade do Sacerdote ao seu
ministério. O Santo italiano não se envolvia em política porque sabia
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que essas questões do mundo diminuíam a rebaixavam a realidade


sobrenatural representada na missão do Presbítero o Sacerdote-
político pode até lotar passeatas e encher as praças públicas, mas
quem se encontra no leito de morte, clamando por uma boa
con ssão, vai atrás do Sacerdote que promove o Reino de Deus e tem
vida devota. Dom Bosco falava: Padre no altar, Padre no
confessionário, Padre no meio de meus meninos, Padre em Florença
[então sede do governo], Padre no tugúrio do pobre, como no palácio do
Rei ou dos ministros. Quero ser sempre Padre! uma boa re exão para
os tempos onde muitos Sacerdotes dão verdadeiros contra-
testemunhos escandalosos, frutos de uma auto-secularização.

Os Oratórios eram considerados focos do pensamento reacionário,


em alusão à delidade que o Santo nutria à Igreja e ao Papado.
Quando todos eram anticlericais, Dom Bosco era ultramontano, de
uma delidade ao Santo Padre tocante, sincera e completa inclusive
os lhos de Joseph de Maistre, lósofo que tão devotamente defendeu
a Igreja e o Sumo Pontí ce, eram benfeitores das obras salesianas.
Ademais, ocorreu que o Ministério do Interior, irado com o trabalho
apostólico de Dom Bosco, entrou no Oratório para investigar a
acusação deste ser um foco de resistência, alegou que o espírito que
reina na sua casa não é compatível com a nossa política. Vossa
Reverendíssima diz e faz muita coisa, mas está ao lado do Papa, e
portanto, está contra nós , mas o Santo retrucou: Estou com o Papa e
estarei até a morte . São João Bosco cou extremamente
desconcertado quando um Sacerdote, que espontaneamente assistia
ao Oratório de Valdocco, proferiu um sermão embebido em política,
direto do púlpito. Dom Bosco costumava dizer que Num exército
pode-se muito bem cooperar para a vitória sem estar na primeira linha.
E, fazendo uma breve observação, como não remeter essa santa
postura ao mesmo comportamento adotado pelo então Pe. Wojtyla,
na Polônia, quando do combate ao comunismo?

Eram tempos de perseguição escancarada. Em 1848 foi dada a


liberdade religiosa aos protestantes valdenses que, se sentido tão
seguros com o beneplácito das leis que, ao mesmo tempo, tolhiam o
Catolicismo, passaram a atacar a Igreja e a fazer atentados aos
promotores da fé, como Dom Bosco. No mesmo ano as Damas do
Sagrado Coração e os Jesuítas foram expulsos dos Estados Sardos,
dois anos depois os tribunais eclesiásticos foram dissolvidos e proibiu-

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se às corporações religiosas e leigas de adquirir terrenos ou aceitar


doações sem aval do Estado. Em 1854 foi limitado o número de
clérigos dispensados do serviço militar e em 1855 foram dissolvidas as
casas religiosas onde os membros não tinham trabalho apostólico. Em
1859 foi abolida a liberdade de ensino nas escolas. Ademais, todos
esses projetos eram mantidos através de uma ação muito bem
pensada entre o poder estatal e a imprensa anticlerical que, juntos,
formavam no povo um forte espírito de violência contra o clero e a
vida religiosa.

Hoje nós podemos venerar e clamar a intercessão de Nossa Senhora


Auxiliadora na suntuosa e digna Basílica construída por Dom Bosco
em honra à Virgem Santíssima. Entretanto, no período da construção,
o Apóstolo da Juventude sofreu com a resistência do Conselho
Municipal. Como eram tempos de forte e radical anticlericalismo, com
um constante combate ao Papado e à Igreja, os burocratas achavam
que por detrás da invocação de Auxílio dos Cristãos havia ocultado
algum m político, uma provocação e um ataque contra os inimigos
modernos da fé que orquestravam a perseguição aos católicos. Óbvio
que São João Bosco não nutria uma compreensão tão pequena acerca
desse belíssimo título mariano que, da fato, era muito conveniente
para os dias de perseguição. Entretanto, o Santo, com toda a sua
prudência e caridade, preferiu omitir o título do Santuário no ofício
entregue ao Município, assim, nalmente, pôde iniciar as obras.
Enquanto Dom Bosco se distanciava de assuntos políticos mesmo
quando era perseguido e tinha o seu apostolado tolhido, hoje, muitos
religiosos, de diversas congregações, se distanciam da vida espiritual
vista como alienante -, adotando uma prática política que
materializa a fé com um assistencialismo submerso num discurso de
saber socializante. Para tais religiosos, isso não passa de um
acompanhamento dos tempos. Ora, não seria essa, justamente, a
mesma postura defendida por contemporâneos de Dom Bosco que
clamavam a necessidade do clero sair nas ruas em defesa da
constituição e da uni cação nacional ou que orquestravam lutas
contra o regime, em atitudes tão opostas aos ensinamentos e práticas
do Santo italiano?

O homem atual até pode acreditar que a realidade presente é ainda


mais complexa e problemática que essa do séc. XIX, entretanto, se os
tempos devem ser acompanhados, a experiência de dois séculos atrás

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representa o rompimento formal e completo do homem com o seu


pretérito. Nada passou ileso, até mesmo aqueles que estavam unidos
no movimento contra-revolucionário, todos caram marcados pelos
traumas da ascensão do materialismo anticlerical. Pode ser que o séc.
XXI tenha situações mais drásticas, porém, se levarmos em conta o
sentido literal da palavra transformação , o séc. XIX surge como a
sua síntese. Dom Bosco disse que Soprava na atmosfera um vendaval
de independência que tornava bem difícil dar ordens e o que é isso
senão o espírito revolucionário? Entretanto, mesmo sendo a era do
nascimento concreto de uma prática liberal atéia, com uma mutação
na compreensão do ser humano acerca da existência, a Igreja jamais
pensou ou acreditou que os seus ensinamentos e a sua doutrina
logo ensinamentos e doutrinas do Senhor deveriam acompanhar os
tempos e re etir as transformações da sociedade. Ao contrário, a
Igreja, de maneira primorosa, se levantou com a voz infalível da
Verdade, em defesa do Evangelho de Cristo, com toda a sábia e
necessária radicalidade na proteção do Depósito da Fé.

Ademais, devemos fazer um aprofundamento mais sincero e honesto


acerca do trato que muitos éis e religiosos têm com o Papado. Será
que, de fato, reverenciamos a Cátedra de São Pedro como ela merece?
Dom Bosco, Pai da Família Salesiana, é um exemplo claro e inconteste
de delidade e obediência ao Sumo Pontí ce. Entretanto, o que ontem
seria compreendido com casualidade, hoje se tornou motivo de
escândalo. Infelizmente, muitos são os religiosos que, de maneira
escancarada, desmerecem e subestimam o ministério petrino. Quase
sempre se sustentam em teologias imprecisas e em argumentações
falaciosas como a dita adaptação dos tempos . Ora, a Igreja deve
acompanhar os tempos, mas acompanhar os tempos não é macular
pontos basilares e essenciais da doutrina cristã. Isso é prostituição da
fé!

Como foi dito ao longo do texto, a realidade política nos tempos de


Dom Bosco era extremamente tensa; um anticlericalismo atuante, a
ascensão do liberalismo ateu e o crescimento de seitas protestantes
inclusive São João Bosco resolveu construir a Igreja de São João
Evangelista porque era grande a presença valdense no bairro.
Entretanto, mesmo com um contexto que desfavorecia o respeito e
delidade ao Santo Padre, o Patrono da Juventude mostrou, não

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apenas uma reverência formal e burocrática, mas uma devoção lial


ao Vigário de Cristo!

Como é penoso perceber que muitos católicos zombam e


menosprezam os ensinamentos romanos, tratando com descaso e
desleixo. Tamanho dé cit de caridade para com a Santa Sé re ete, no
profundo das almas, numa falta de formação acerca da religião, a nal
um católico formado, que reconhece a doutrina como emanada e
vinda diretamente de Nosso Senhor, respeita o Papado por enxergar
no trono de Pedro o Doce Cristo na Terra , como sempre foi crido
pela Igreja; O Concilio de Florença de niu: Que o Romano Pontí ce (…)
é o verdadeiro Vigário de Cristo, Cabeça de toda a Igreja e pai e mestre de
todos os cristãos; e que a ele, na pessoa do Bem-Aventurado Pedro, foi
dado, por Nosso Senhor Jesus Cristo, o pleno poder de apascentar, reger e
governar toda a Igreja . (D-S 3068). (Constituição Dogmática Pastor
Aeternus). Ora, quem estimula e incita a desobediência cega aos
ensinamentos do Sumo Pontí ce são católicos que desconhecem a
própria crença. E, de forma alguma, desmerecer o ministério petrino é
acompanhar os tempos .

Voltemos para Dom Bosco. Em audiência com o Beato Pio IX, o Santo
havia anotado no papel os avisos e pedidos que deveria fazer ao Santo
Padre, porém a ação da Providência o antecipou! O Papa havia
clamado para recomendar a todos [os salesianos e alunos] a
obediência e a delidade ao Vigário de Jesus Cristo . Dom Bosco,
surpreso, disse que era, justamente, a última coisa que iria solicitar ao
Sumo Pontí ce. Havia escrito que Na última audiência, antes de partir,
penhorar ao Papa a obediência e a delidade de todos os Salesianos e de
todos os alunos. Quanto amor e devoção do grande São João Bosco
ao Sucessor de São Pedro! Essa sua excelsa virtude ele fez questão de
difundir e colocar no coração de todos aqueles que entravam nos
Oratórios e noviciados salesianos. Justamente, em reverência e
devoção ao Beato Pio IX, Dom Bosco honrou uma das Igrejas que
construiu em Turim com o nome de São João Evangelista, o
onomástico do Papa que, no mundo, se chamava Giovanni . Tanto
nesse Santuário, como no do Sagrado Coração, em Roma, que
construiu na velhice e só por ter sido um pedido de S.S Leão XIII e
Dom Bosco obedecia com alegria às solicitações dos Papas o Santo
colocou dignas imagens do seu amigo Pio IX. Na estátua dedicada ao
venerando Pontí ce, na Cidade Eterna, reprodução exata da

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encontrada em Turim, grafou: Pio IX P.M. Alteri salesianorum parenti


ne debitus honor deesset ubi principis muni centissimi mira eluxerat
liberalitas pietatis gratique animi monumentum lii posuerunr ( A Pio
IX, Pontí ce Máximo, segundo Pai dos Salesianos, os lhos dedicaram )
Que respeito ao Doce Cristo na Terra! Dom Bosco não nutria apenas
aquela obediência burocrática e normativa. A sua delidade ao Santo
Padre era mais perfeita e sublime, re exo da compreensão acerca da
realidade sobrenatural encarnada na gura do Papa. O
anticlericalismo liberal-ateu, em alta na sua época, estimulou o que
hoje é tão comum; a noção de um sentido existencial restrito ao
homem, o indivíduo enquanto senhor da vida. Atualmente, muitos
católicos, leigos e religiosos numa atitude que, no fundo, é
consequência do orgulho, optam por seguir teologias e caminhos
pessoais do que trilhar a senda direcionada pelo Sumo Pontí ce,
símbolo de unidade da Igreja. Entretanto, o Patrono dos Jovens, em
devoto afeto, se submetia com amor e alegria ao Papa, sinal da sua
sincera e honesta entrega ao Vicariato de Jesus Cristo na Terra
representado no ministério petrino; obedecer o Santo Padre é
obedecer a Cristo!

Dom Bosco, perto de partir para o Céu no dia 31 de Janeiro de 1888


disse, no leito no qual morreria, ao Cardeal Alimonda, Arcebispo de
Turim: Tempos difíceis, Eminência! Atravessei tempos bem difíceis!…Mas
a autoridade do Papa…Já o disse a Monsenhor Cagliero [primeiro Bispo e
Cardeal salesiano], aqui presente, para que o transmita ao Santo Padre;
os Salesianos existem para defender o Papa, onde quer que trabalhem
E, de fato, essas palavras não foram vazias, já que estavam em
sintonia com uma vida de delidade e obediência ao trono de Pedro.
Quantas vezes Dom Bosco acatou com alegria na alma os pedidos e
correções de Pio IX e Leão XIII? Foi o Romano Pontí ce que questionou
o Santo a respeito da Associação dos Cooperadores ser, até então,
unicamente masculina. O Papa pediu para que ninguém fosse
excluído, que as mulheres também zessem parte, solicitação que foi
imediatamente acatada. Pio IX ainda deu sugestões a respeito da
formação dos noviços e agraciou Dom Bosco e sua Sociedade com
muitos privilégios e indulgências. A con ança da Sé de Pedro ao Santo
era tão perfeita que Dom Bosco colaborava na compilação das listas
dos candidatos ao episcopado e todos os nomes indicados por ele
eram prontamente aceitos pelo Papa.  O Patrono dos Jovens não era
apenas um devoto e súdito do Sumo Pontí ce, mas um amigo de todo
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o coração. Como feliz cou Dom Bosco quando conseguiu conquistar


um voto, o de Mons. Gastaldi, bispo de Saluzzo, em favor da de nição
dogmática sobre a infalibilidade, no período das discussões
conciliares.

Com Leão XIII a situação não era menos devota. Dom Bosco obedecia
imediatamente aos pedidos do Papa, seja o da construção da Igreja do
Sagrado Coração, como a ordem para que cuidasse da saúde já tão
precária. O Papa, em audiência com Dom Bosco, comentou: Meu
muito querido Dom Bosco! Eu o amo, eu o amo, eu o amo. Quero ser todo
pelos salesianos, quero que me considere como o primeiro dos
Cooperadores. O Santo, em resposta ao Sumo Pontí ce, disse: Uma
coisa posso garantir a Vossa Santidade, e é que temos sempre trabalhado
para desenvolver em nossos alunos o afeto, respeito e a obediência à
Santa Sé e ao Vigário de Jesus Cristo Esse respeito ao Papado Dom
Bosco deixou marcado para a eternidade. O Santo comunicou que
sempre deveria ser recordado aos eleitores do Reitor-Mor que o
escolhido teria que ter, ao menos, três qualidades, sendo que a
terceira seria, exatamente , a indiscutível adesão à Santa Sé e a tudo o
que a ela se refere. , como citado por A. Au ray SDB.

Os relativistas, justamente os católicos que não seguem a Igreja, mas


o tempo, alegam que tão primorosa delidade ao Sumo Pontí ce
representava, apenas, uma realidade da época. Tamanha falácia é tão
absurda que se torna incompreensível como um dito católico tem a
audácia de proferi-la. A devoção de Dom Bosco ao Papado não
exprimia uma realidade temporal e  momentânea. A reverência do
Santo ao ministério petrino era fruto de um entendimento profundo a
respeito da missão divinamente entregue aos Sucessores de São
Pedro; o princípio perpétuo e visível, e fundamento da unidade que liga,
entre si, tanto os bispos como a multidão dos éis (Lumen Gentium). Se
Dom Bosco foi um grande vidente e taumaturgo, e assim a Igreja
acredita, chega a ser imoral pensar que seus ensinamentos não
re etiam o próprio caráter das suas profecias. Será que o Santo
pediria delidade e obediência dos Salesianos ao Santo Padre
apenas se referindo aos seus lhos do séc. XIX e meados do séc. XX,
que assim sempre entenderam? A nal, a febre da desobediência é
coisa recente, de 30-40 anos atrás.  Cardeal Stickler SDB, de feliz
memória, falecido em 2007, já dizia: “Como salesiano sigo três ideais que
nos foram transmitidos por Dom Bosco: o amor pela Eucaristia, a devoção

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a Nossa Senhora e a delidade ao Santo Padre.”  Por isso os salesianos


sempre estiveram próximos ao Sumo Pontí ce, como Dom Viganò,
Reitor-Mor, que foi confessor de S.S João Paulo II. No atual ponti cado
de S.S Bento XVI, Papa rodeado de lhos de Dom Bosco desde os
tempos cardinalícios, a presença salesiana se faz com D. Tarcisio
Cardeal Bertone e D. Angelo Cardeal Amato, antigos secretários da
Congregação para a Doutrina da Fé e, atualmente, Secretário de
Estado e Prefeito da Congregação para a causa dos Santos,
respectivamente. Além, é claro, de outros Cardeais, como D. Joseph
Zen Ze-kiun, Arcebispo Emérito de Hong Kong, árduo defensor da
Liturgia e valente no combate ao comunismo, D. Oscar Maradiaga e D.
Miguel Obando Bravo, Arcebispos de Tegucigalpa e Manágua, em
seqüência, que lutam contra teologias latino-americanas imprecisas
de cunho revolucionário, entre outros Purpurados. Ademais, o que
Dom Bosco nos ensina é supra-congregacional, é um exemplo
universal de con ança, entrega e amor ao Vigário de Jesus Cristo na
Terra.

O Concílio Vaticano II, no documento Lumen Gentium, ensinou que


O Colégio ou Corpo Episcopal não tem autoridade se nele não se
considerar incluído, como chefe, o Romano Pontí ce, sucessor de Pedro, e
permanecer intacto o poder primacial do Papa sobre todos, quer Pastores
quer éis. Pois o Romano Pontí ce, em virtude do seu cargo de Vigário de
Cristo e Pastor de toda a Igreja, tem nela poder pleno, supremo e
universal, que pode sempre exercer livremente.”  Ora, a delidade ao
Papa e a compreensão acerca do ministério petrino é ponto crucial
não só da teologia dogmática, mas até da identidade católica. O
mesmo documento conciliar destaca que A única Igreja de Cristo (…)
constituída e organizada neste mundo como uma sociedade, subsiste na
Igreja Católica governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em
comunhão com ele Entretanto, a autoglori cação do homem o
impede de se colocar em sincera obediência. A soberba, fruto do
pecado original, é coroada através de um modernismo que eleva
teologias heréticas e impressões pessoais ao patamar de verdades,
mesmo quando a sustentação desses erros, dentro da Igreja, é
mantida por meio do relativismo que parte da premissa de que tudo é
relativo o que, logicamente,  atinge essa relatividade absoluta , logo
uma contradição em essência.

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Para os defensores desse crasso relativismo o Concílio Vaticano II foi a


adaptação concreta da Igreja aos tempos, como se a doutrina tivesse
sido reti cada e os ensinos dogmáticos modi cados para se encaixar
nas necessidades dos anos. Ora, este tipo de pensamento parte de
uma lógica extremamente absurda, já que conclui que o que era crido
como Verdade a nal a doutrina é o aprofundamento na própria
Verdade foi modi cado, transformado. Porém, uma das
características da Verdade, quando verdadeira, é, justamente, a
imutabilidade. Logo, o que se modi ca não é Verdadeiro, Divino. No
pós-Concílio muitos foram os religiosos que impuseram o que o Santo
Padre Bento XVI chama de hermenêutica da ruptura , ou seja, uma
descontinuidade com a Igreja de Sempre. Vejamos o pronunciamento
de S.S Paulo VI na 8ª Sessão Solene do Concílio Vaticano II:

A Igreja conforma-se às novas normas dadas pelo Concílio: são normas


éis, são normas insignes pela novidade duma consciência mais perfeita
da comunhão na Igreja, da sua admirável estrutura, da caridade mais
ardente que deve unir, activar e santi car a comunhão hierárquica da
Igreja. É este o período daquele verdadeiro «aggiornamento» preconizado
pelo nosso predecessor, de venerada memória, João XXIII. A julgar pelas
suas intenções, ele não queria certamente dar a esta palavra o signi cado
que alguns tentaram dar-lhe, como se fosse lícito considerar tudo na
Igreja segundo os princípios do relativismo e o espírito do mundo:
dogmas, leis, instituições, tradições; ele, com efeito, de temperamento
austero e rme, tinha diante dos olhos a estabilidade doutrinal e
estrutural da Igreja, a ponto de nela basear o seu pensamento e a sua
actividade. De futuro, portanto, usaremos a palavra «aggiornamento»
para signi car a sábia penetração do espírito do Concílio celebrado e a
aplicação el das normas, feliz e santamente por ele emanadas.

Beato João XXIII ainda lembrou, na abertura do Concílio que é necessário


que esta doutrina certa e imutável, que deve ser elmente respeitada, seja
aprofundada e exposta de forma a responder às exigências do nosso
tempo. Uma coisa é a substância do « depositum dei », isto é, as
verdades contidas na nossa doutrina, e outra é a formulação com que são
enunciadas, conservando-lhes, contudo, o mesmo sentido e o mesmo
alcance. O Vigário de Cristo faz uma belíssima re exão; a doutrina é
imutável por natureza, já que re ete a imutabilidade de quem a
revelou; Deus. Entretanto, a compreensão acerca do processo pastoral
usado na difusão e transmissão desse conhecimento deve e pode

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17/06/2020 Dom bosco, a igreja e os tempos - Veritatis Splendor

sofrer alterações com os tempos, do contrário a Igreja estaria muda


frente aos homens. Ademais, Dom Bosco, novamente ele, é exemplo
de uma extrema delidade doutrinal passada através de linguagem e
postura totalmente progressa. Os frutos do jansenismo, na época do
Santo, ainda eram visíveis na austeridade dos Sacerdotes. Os
Presbíteros eram espelhos de integridade e formação, mas a dureza
os impedia de trabalhar de forma mais apostólica. O método
preventivo e as obras salesianas se ergueram sobre um forte espírito
de ortodoxia doutrinal e um ar de novidade no trato com o povo de
Deus e em especial com os jovens. O Santo se distanciou do
ordenamento educativo que tinha a disciplina como m, e não como
meio, e pensou que os seus lhos deveriam abraçar a missão paternal
de educar e formar a juventude. A autoridade, dentro desse método,
não se encontra léguas de distância num alto monte, mas junto aos
rapazes, sem ser tolhida por conta disso, ao contrário, a autoridade é
exercida sobre a liberdade juvenil. Curiosamente, quando o contato
do Sacerdote com o estudante passa a ser constante, direto e
frequente, a necessidade de primar pela delidade moral, doutrinal e
religiosa, com toda a relevância de ser modelo de virtudes e valores,
toma uma dimensão muito mais profunda, a nal o educador age sob
uma frequente ação paterna, não mais se encontra distante como nos
antigos processos pedagógicos, portanto longe de ser exemplo diário.

Onde, então, os relativistas sustentam as próprias loucuras? Não há


nada dentro da Igreja que justi que essa tentativa tresloucada de
tolher a doutrina e os ensinamentos milenares por aquilo que eles
consideram as necessidades dos tempos. Ora, a caridade sem a
Verdade é hipocrisia. Justamente por isso, em amor aos homens,
devemos proclamar o Evangelho, a grandeza de Cristo e da Sua
mensagem contida na Igreja edi cada por Ele. Entretanto, sempre que
nos recusamos a difundir o Caminho ou preferimos ofuscar o Seu
brilho através de uma deformação doutrinal, estamos mostrando a
nossa pequenez e egoísmo, a nal privamos o povo de conhecer a
Cristo em todo o Seu esplendor.

Devemos sim acompanhar os tempos, tanto para nos con rmar na fé


a nal a decadência social, ao longo das eras, con rma a nossa
crença como para melhor difundi-la pelo mundo. Ademais, com o
passar dos anos percebemos como a sociedade se degrada e se perde
no pecado incitado por ela própria. Se nos tempos de outrora a

https://www.veritatis.com.br/dom-bosco-a-igreja-e-os-tempos/ 13/15
17/06/2020 Dom bosco, a igreja e os tempos - Veritatis Splendor

Religião era defendida com vigor, sabedoria e caridade, hoje a


bandeira de Cristo deve ser ostentada como mais fervor, piedade e
delidade, já que, acompanhando os tempos, percebemos como o
mundo se torna desprezível e se distancia da mensagem de Nosso
Senhor. Entretanto, os relativistas, em resposta à crise moral, religiosa
e civilizacional, optam por esconder os símbolos, ofuscar a Liturgia,
decepar a doutrina e macular a teologia. Ora, além de prestar um
verdadeiro desserviço a Cristo e à Sua Esposa, os defensores do
relativismo se aliam ao príncipe deste mundo todas as vezes que
tolhem a Verdade e diminuem a presença ostensiva da Igreja no orbe.

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 dom bosco, modernismo, relativismo, tempos

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