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Coluna Lombar
Índice
1 – INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 5
2.7.6 - Rotadores.................................................................................................................................... 22
8.2.3 – Técnica de energia muscular (TEM) para correção de disfunção de ERS esquerda ............................ 84
8.2.5 – Técnica de energia muscular (TEM) para correção de disfunção de FRS direita ............................... 87
1 – INTRODUÇÃO
A coluna lombar é uma curvatura secundária composta por cinco vértebras, sendo um
segmento bastante móvel, principalmente nos seus últimos níveis (L4 e L5). É frequente que
nessas áreas ocorra maior incidência de processos degenerativos que podem provocar sintomas
locais e/ou nos membros inferiores em algum momento da vida.
Apresenta mobilidade nos três planos de espaço, porém em razão da anatomia de suas
facetas articulares, apresenta mais capacidade de movimentos no plano sagital (flexão e
extensão) e pouca mobilidade nos planos transversal (rotação) e frontal (inclinação lateral). Os
movimentos de flexão e extensão que ocorrem no plano sagital (flexão e extensão) são
acompanhados de translações anteroposteriores das vértebras, e os movimentos de rotação e
inclinação lateral sempre ocorrem de maneira conjunta.
É a zona mais álgica do corpo humano com grande incidência de problemas. Além dos
diversos problemas estruturais que podem provocar sintomas nesse local, muitas alterações
funcionais podem ser responsáveis por isso.
2.1 - Generalidades
A coluna vertebral é formada por 33 vértebras, nas quais são: 7 cervicais, 12 torácicas, 5
lombares, 5 sacrais e 4 coccígeas. Suas principais funções são:
manter postura e
auxiliar na locomoção.
A vértebra é maior quanto mais baixa (caudal) for sua localização na coluna. Estão
dispostas desta maneira, pois, quanto mais baixa estiver a vértebra, mais peso terá que suportar.
As vértebras articulam-se entre si por meio de duas articulações:
Uma vértebra típica é formada por um corpo vertebral, um arco vertebral e os processos
(espinhosos, transversos e articulares).
O corpo vertebral é anterior, confere resistência à coluna vertebral e sustenta o peso que
incide sobre a vértebra. É composto de osso trabecular vascularizado revestido por uma fina
camada de osso compacto. O osso trabecular contém medula óssea vermelha, com atividade
hematopoiética.
A maior vértebra móvel da coluna é L5, que é distinguida por seu corpo e processos
transversos grandes. Seu corpo vertebral é mais alto anteriormente, o que auxilia na conformação
da lordose lombar.
2.2.3 - Lâminas
Altas (se comparadas às lâminas de outras regiões da coluna) e achatadas.
2.2.4 - Pedículos
São cilíndricos e se situam no arco posterior da vértebra. Suas partes superiores e
inferiores formam o forame de conjugação (que se situa entre 2 vértebras).
Suportam de 20 a 25% da carga axial aplicada sobre a vértebra lombar, com o disco em
condições normais. Se houver degeneração discal, pode receber até 70% desta carga, o que
favorece o processo degenerativo da articulação – artrose interfacetária (desgaste da cartilagem,
diminuição do espaço articular e desenvolvimento de osteófitos).
São inervadas pelo ramo medial do ramo posterior (sensitivo) do nervo espinhal. Cada
ramo medial inerva a articulação do mesmo nível e do nível abaixo, portanto, cada articulação
interfacetária é inervada por 2 níveis medulares/metaméricos.
As artérias radiculares (ramo das artérias espinhais) suprem o tecido nervoso (raízes dos
nervos e medula espinhal) e dão origem a ramos ascendentes e descendentes, que se
anastomosam com níveis adjacentes.
A medula óssea vermelha e o corpo vertebral são irrigados pela artéria nutrícia, que é
ramos das artérias do canal medular.
A veia basivertebral drena o sangue do corpo vertebral para o plexo interno, as veias
intervertebrais drenam o sangue da medula espinhal, acompanham o nervo espinhal no forame de
conjugação e terminam nas veias lombares (segmentares).
O núcleo pulposo é de natureza semi-líquida, por isso é responsável por grande parte da
flexibilidade e resiliência do disco intervertebral e da coluna vertebral como um todo. Alarga-se,
quando comprimido e se estreita quando tracionado. Não se situa exatamente no centro do disco,
mas ligeiramente posterior. Isto se deve ao fato de o anel fibroso ser mais delgado na sua parte
posterior.
Nas regiões cervical e lombar, o disco é mais espesso na sua parte anterior que na
posterior, o que auxilia na conformação das lordoses. É pouco inervado e o núcleo pulposo se
nutre por difusão de moléculas vindas da parte esponjosa do corpo vertebral.
* Camada superficial
Fixações distais:
fáscia tóracolombar
(vértebras lombares, sacro e
crista ilíaca) e
Funções:
com ponto fixo distal, aduzir, estender e rodar medialmente o úmero e deprimir a
escápula e,
com o ponto fixo proximal, faz inclinação homolateral do tronco e eleva a pelve
homolateral.
* Camada intermediária
* Camada profunda
Fixações distais: tendão largo que estende-se da crista ilíaca, face posterior da sacro,
ligamentos sacro-ilíacos, tubérculos sacros e processos espinhosos das vértebras lombares
baixas.
Fixações proximais:
Funções:
extensores do tronco.
2.7.5 - Multífidos
Os músculos multífidos têm fixações nos processos transversos de uma vértebra e nos
processos espinhosos das 2 a 4 vértebras superiores. Têm como ação estabilizar as vértebras
durante os movimentos do tronco.
2.7.6 - Rotadores
Os músculos denominados rotadores têm fixações nos processos transversos e lâminas e
processos espinhosos da vértebra suprajacente ou 2 níveis acima. Estabilizam as vértebras e
auxiliam na extensão e rotação da vértebra, além de ter função proprioceptiva.
2.7.7 - Interespinhosos
Os músculos interespinhosos têm fixações nos processos espinhosos de vértebras
adjacentes. Auxiliam na extensão da coluna.
2.7.8 - Intertransversos
Os intertransversos têm fixações nos processos transversos de vértebras adjacentes.
Auxiliam na inclinação homolateral do tronco.
* Parede posterior:
Os músculos da parede posterior do abdome que movem a coluna lombar são: psoas
maior, psoas menor, ilíaco e quadrado lombar.
Fixações proximais:
Fixações distais:
Funções:
É inervado pelos níveis L1, L2 e L3. Sob suas fibras passa o plexo nervoso lombar.
2.7.10 - Ilíaco
O músculo ilíaco é triangular e
espesso.
Fixação proximal:
Fixação distal:
Fixação distal:
Após sua origem, tomam o trajeto do forame de conjugação para inervar a face ântero-
lateral dos corpos vertebrais, discos intervertebrais e ligamento longitudinal anterior, porém
algumas fibras retornam por este forame (daí o nome alternativo “recorrente”), na direção do
canal medular, para inervar o periósteo da parte posterior dos corpos vertebrais, pedículos e
lâminas (nocicepção), ligamento amarelo (nocicepção e propriocepção), face posterior e póstero-
Coluna Lombar
Na coluna lombar do adulto a medula espinhal termina ao nível de L2. Isto acontece, pois
o crescimento da coluna vertebral é maior que o crescimento da medula espinhal. Como a origem
do nervo na medula espinhal é distante da saída do nervo do forame de conjugação há raiz
nervosa dentro do canal medular na coluna lombar. As raízes dentro do canal medular têm o
nome de cauda eqüina.
e pele da região posterior. O ramo anterior segue anterior e inferiormente para formar os plexos e
inervar as estruturas da região anterior e inferior do tronco e os membros inferiores.
O plexo lombar é formado pelos ramos anteriores dos nervos de L1 a L4 e está localizado
anteriormente aos processos transversos das vértebras lombares, próximo à fixação proximal do
músculo psoas maior. Deste plexo saem ramos, que formam os nervos:
ílio-inguinal (L1)
ílio-hipogástrico (L1),
o quadríceps,
pectíneo e
sartório.
O nervo obturador (L2 a L4) segue até a pelve menor, passa pelo forame obturado e
atinge a face medial da coxa, onde inerva:
obturador externo,
adutor curto,
adutor longo,
adutor magno e
grácil.
O tronco lombossacral (L4, L5) passa anterior à asa sacral e se junta aos ramos anteriores
dos nervos S1 a S4 para formar o plexo sacral.
os músculos abdominais e
Os princípios descritos por Fryette são empregados para buscar descrever a base dos
movimentos fisiológicos da coluna vertebral em cada segmento. A partir desses princípios,
também são descritas as possíveis disfunções somáticas da coluna vertebral, assim como a
formulação das técnicas de correção de tais problemas. Dessa forma, torna-se fundamental o
perfeito entendimento dos princípios e também da sua aplicação em cada segmento da coluna
vertebral, para que a avaliação e delineamento de tratamento sejam eficazes do ponto de vista
mecânico.
N = posição neutra
R = rotação
Este princípio é aplicável nos segmentos lombar e torácico, quando estes se encontram
em posição neutra no plano sagital. Na coluna cervical inferior (C3 à C7) esta lei nunca é
aplicada mesmo que as vértebras estejam em posição neutra, devido a um aquestão anatômica
que será analisada em momento oportuno. Já a coluna cervical superior merece atenção especial
no devido momento, pois as articulações comportam-se de forma diferente.
* Copie e cole o link abaixo no seu navegador e veja essa animação sobre o princípio I de
Fryette:
https://www.youtube.com/watch?v=PHxLs2MIY0A
E = extensão
F = flexão
R = rotação
Este princípio é aplicável nos segmentos lombar e torácico, quando estes se encontram
em posição não-neutra (flexão ou extensão). Na coluna cervical inferior (C3 à C7) este princípio
é aplicada em posição neutra e não-neutra, devido à orientação das facetas articulares.
* Copie e cole o link abaixo no seu navegador e veja essa animação sobre o princípio II de
Fryette:
https://www.youtube.com/watch?v=wNNAP60zCBA
NSR direita: vértebras fixadas em posição neutra, inclinação à esquerda e rotação à direita
o Espondilólise/espondilolistese
o Anquilose, hiperostose
o Doença de Scheuermann
o Estiramento/ruptura ligamentar;
o Estiramento/ruptura muscular
o Osteíte condensante;
o Coccidínea;
o Hipermobilidade articular
INFLAMATÓRIA
o Espondilite anquilosante
METABÓLICA
o Osteoporose;
o Doença de Paget;
o Osteomalácia
INFECÇÕES
o Tuberculose
SÍNDROMES
o Síndrome do piriforme
O paciente tem um quadro clínico característico, com dor lombar bilateral exacerbada à
extensão do tronco e na posição ortostática mantida e dor homolateral nas inclinações do tronco.
A dor alivia na posição sentada, pois há retificação lombar nesta posição, o que diminui a
compressão sobre as facetas articulares.
Pode haver dor referida, unilateral, para o cóccix, articulação coxofemoral, região
posterior da coxa ou região inguinal quando há síndrome da faceta nos níveis L4-L5 e L5-S1.
O paciente apresenta um quadro clínico com dor lombar e/ou dor irradiada para o
membro inferior, com sinal de Laségue, Braggard e/ou slump test positivos. Dependendo do
nível da hérnia, o teste de outros nervos (femoral, obturador, etc) pode ser positivo.
São registradas 200 mil cirurgias para correção da hérnia de disco por ano nos EUA.
Caso o avaliador descarte a possibilidade de uma patologia estrutural, deve passar para as
próximas etapas na busca do melhor diagnóstico diferencial. A anamnese deve ser guiada para
obter informações relevantes sobre os sintomas quando estes existem. Alguns tópicos merecem
maior atenção durante a entrevista:
Localização dos sintomas: pedir ao paciente para mostrar com suas mãos o local da dor
mostrando se a dor é pontual, difusa, filiforme, etc;
Início dos sintomas: é importante buscar a cronologia dos fatos para buscar relações de
eventos causadores. Quando ocorre um evento traumático imediatamente antes dos
sintomas, os pacientes podem fazer a relação na anamnese, mas em certos casos o trauma
ocorreu há muito tempo atrás. Questionar se foi realizado algum tipo de tratamento físico
ou medicamentoso para tratar o problema, e se esse tratamento surtiu algum efeito ou
não.
Relação dos sintomas: verificar a existência de relação da dor com algum evento. P. ex: a
dor lombar aumenta no período pré-menstrual, ou iniciou após infecção urinaria, alivia
após a defecação, etc.
Fatores agravantes: posições ou movimentos que agravem a dor, assim como outros
eventos orgânicos que possa,m estar ligados.
Posições de alívio;
Exames de imagem: caso o paciente já tenha realizado pedir para trazer à consulta. Caso
seja realizada toda a avaliação e se considere necessária a realização de exames de
imagem, é necessário ter critérios para saber qual exame deve ser feito.
Após a entrevista inicial o avaliador deve iniciar o exame físico do paciente. Esta etapa
normalmente é subdividida em: inspeção estática, inspeção dinâmica, testes de mobilidade
Osteopáticos, testes Ortopédicos.
Flexão
Durante este teste, o avaliador deve observar o movimento da coluna lombar, que é
realizado simultaneamente aos movimentos das articulações coxo-femorais, sacro, ilíacos, pés e
da coluna torácica.
A coluna lombar deve retificar-se ou realizar ligeira flexão. Observar “zonas planas”(que
sugerem hipomobilidades) gibosidades e “pontos de quebra” (que sugerem hipermobilidades).
Uma zona plana no centro (L3) na coluna lombar normalmente está ligada ao
espasmo do quadrado lombar.
Uma zona plana no final da coluna lombar normalmente está ligada ao espasmo
do músculo psoas.
Extensão
Também ocorre simultaneamente aos movimentos das articulações coxofemorais, sacro,
ilíacos, pés e coluna torácica.
Tem amplitude total de, aproximadamente, 30º. O avaliador deve observar assimetrias de
movimento vertebrais.
Inclinação
Tem amplitude de, aproximadamente, 20º. Ocorre simultaneamente à rotação.
Observar assimetria entre a inclinação direita e esquerda. A curvatura deve ser uniforme,
não deve haver angulação aguda em apenas 1 nível.
Rotação
Tem amplitude de, aproximadamente, 15º.
Deve-se deslocar as vértebras no sentido anterior até a sua barreira mecânica e buscar se
essa barreira é elástica (fisiológica) ou se é restritiva que indique disfunção local.
Esse teste, que pode ser aplicado para toda a coluna vertebral e para as articulações
sacroilíacas, indica zonas de restrição, mas não o tipo específico de disfunção.
O avaliador deve deslocar as vértebras no sentido anterior até a sua barreira mecânica e
buscar se essa barreira é elástica (fisiológica) ou se é restritiva que indique disfunção local.
Após identificar um segmento restrito no Quick scan e/ou no springing test, o avaliador
deve buscar os três componentes da tríade metamérica naquele segmento vertebral: dermátomo,
esclerótomo, miótomo. Isto é feito para buscar uma disfunção somática com facilitação medular.
Esss disfunções devem ser corrigidas no tratamento.
L1: Psoas;
L2 e L3: quadríceps;
As posições de testes de tônus podem ser semelhantes às utilizadas nos testes de força
(Músculos – provas e funções. Kendal), porém o avaliador deve oferecer uma resistência que
seja igual à força máxima do paciente de forma isométrica, para perceber se o paciente consegue
manter a contração por cerca de três a cinco segundos. Um músculo com alteração tônica
(espasmo, hiperatividade, debilidade, etc) não suporta a contração máxima de forma isométrica
por mais de dois ou três segundos devido ao processo isquêmico.
3. Os dermátomos dos metâmeros lombares devem ser testados utilizado o teste palpado
rodado (pinça rolle) na própria pele ao redor da vértebra (ramo posterior do nervo
espinhal) ou seguindo o mapeamento de dermátomos nos membros inferiores (ramo
anterior do nervo espinhal), como mostram a figura abaixo.
Uma dermalgia reflexa é encontrada quando o paciente refere dor ou desconforto quando
o avaliador realiza o rolamento da pele e também quando o avaliador tem a sensação de quebra
de aderências (casca de laranja) quando realiza o rolamento.
Flexão
O paciente fica sentado na maca com os membros superiores cruzados em “V”. O
avaliador fica em pé ao lado do paciente e sua mão anterior toma contato entre os membros
superiores do paciente para poder controlar os movimentos do tronco. Sua mão posterior toma
contato com a polpa dos dedos em 2, 3 ou 4 processos espinhosos das vértebras lombares.
Extensão
O paciente fica sentado na maca com os membros superiores cruzados em “V”. O
avaliador fica em pé ao lado do paciente e sua mão anterior toma contato entre os membros
superiores do paciente para poder controlar os movimentos do tronco. Sua mão posterior toma
contato com a polpa dos dedos em 2, 3 ou 4 processos espinhosos das vértebras lombares.
Inclinação
O paciente fica sentado na maca com os membros superiores cruzados em “V”. O
avaliador fica em pé ao lado do paciente e sua mão anterior toma contato entre os membros
superiores do paciente para poder controlar os movimentos do tronco. Sua mão posterior toma
contato com a polpa dos dedos em 2, 3 ou 4 processos espinhosos (ou lâminas) das vértebras
lombares.
Rotação
O paciente fica sentado na maca com os membros superiores cruzados em “V”. O
avaliador fica em pé atrás do paciente e sua mão anterior toma contato entre os membros
superiores do paciente para poder controlar os movimentos do tronco. Sua mão posterior toma
contato com o polegar no processo transverso (ou lâmina) ao lado oposto ao qual o avaliador se
encontra.
Espera-se que o processo transverso (ou lâmina) aceite se deslocar no sentido anterior no
final do movimento. Se o avaliador encontrar uma barreira restritiva importante, isso indica uma
hipomobilidade vertebral, uma incapacidade da vértebra realizar essa rotação.
2) Paciente faz extensão do tronco (enquanto o avaliador mantém seus contatos), se apóia
sobre os cotovelos e relaxa os músculos lombares. O avaliador observa se a
posterioridade observada na fase 1 do teste se mantém ou desaparece. Se a posterioridade
não desaparecer isso pode indicar uma disfunção em FRS ou NSR. Se a posterioridade
somente desaparece nessa fase, indica uma ERS ao lado da posterioridade.
Se houver dor irradiada para o membro inferior pode indicar sofrimento discal.
* Outros testes que podem ser aplicados para articulações vizinhas (sacroilíacas, coxofemorais,
etc) que influenciam diretamente esse segmento, serão descritas em capítulos posteriores.
Com sua mão lateral, o Osteopata bloqueia a pelve do paciente contra a maca, e com sua
mão medial posicionada no final do gradil costal, posiciona o tronco do paciente em inclinação
lateral e traciona as últimas costelas superiormente. É necessário buscar os parâmetros de tensão
em todos os planos, com deslocamentos anteroposteriores e rotacionais das mãos.
(A)
Atingida a barreira restritiva (técnica direta), o Osteopata pode aplicar dois estilos
diferentes de técnicas:
Para atingir diferentes tensões fasciais no quadrado lombar devido à obliquidade desses
tecidos, o Osteopata pode realizar essa técnica modificando as alavancas do membro inferior
suprajacente:
(B)
(C)
Osteopata em pé ao nível das coxas ao lado que será tradado, Sua mão inferior toma
contato na distal da perna do paciente e a mão superior com a mão espalmada toma contato
inicialmente na região posterior da crista ilíaca aprofundando o contato para impor a tensão
necessária no tecido.
Osteopata em pé de frente para o paciente. Uma das mãos toma contato no joelho do lado
que não será tensionado para auxiliar a estabilizar o paciente. A outra mão toma contato na face
anterior e distal da coxa do lado a ser tratado. Deve impor tensão passiva da aponeurose do psoas
impondo a extensão passiva do quadril até atingir a barreira restritiva.
Atingida a barreira restritiva (técnica direta), o Osteopata pode aplicar dois estilos
diferentes de técnicas:
Osteopata em pé de frente para o paciente. Uma das mãos toma contato no joelho do lado
que não será tensionado para auxiliar a estabilizar o paciente. A outra mão toma contato na face
anterior e distal da coxa do lado a ser tratado. Deve impor tensão passiva da aponeurose do psoas
impondo a extensão passiva do quadril até atingir a barreira restritiva.
Ao atingir a barreira de tensão, o Osteopata deve instruir o paciente para que realize
contrações isométricas do ílio-psoas, levando sua coxa na direção do teto enquanto o Osteopata
mantém a resistência. Essa contração pode durar de 3-5 segundos e pode ser feita de maneira
moderada.
Esse procedimento deve ser repetido até o momento que não seja mais possível atingir
novas barreiras e que se perceba a liberação da restrição desse tecido nos testes funcionais. Isso
geralmente ocorre após cerca de 3 a 5 repetições das etapas.
Osteopata em pé ao lado do paciente na altura da pelve. Toma contato com a polpa dos
dedos indicador médio da aponeurose do psoas e buscar zonas de maior densidade e
sensibilidade. Para confirmar a palpação no músculo pode-se pedir para que o paciente flexione
o quadril para perceber as fibras.
neurológico) deste tecido com posições impostas pelo membro inferior homolateral:
flexão/extensão; adução/abdução; rotação interna e externa. Encontrada a posição espacial na
qual a mesma pressão imposta no ponto-gatilho não provoque mais sintomas deve-se manter por
90 segundos. Após esse período, deve-se retornar lentamente o membro inferior do paciente à
posição inicial e retirar a descompressão do tecido. Se a técnica foi bem executada, uma nova
compressão no ponto-gatilho será praticamente assintomática.
Osteopata em pé ao lado que será tratado na altura da pelve do paciente. Sua mão
superior toma contato com o polegar comprimindo a área do ponto-gatilho dos paravertebrais
lombares até despertar os sintomas locais e/ou referidos. A mão inferior toma contato com a
palma da mão na face anteroinferior da coxa.
A técnica deve ser realizada bloqueando os tecidos com a mão lateral e gerando um
deslizamento profundo e progressivo com o polegar da mão medial, no sentido cefálico.
Esse deslizamento não é controlado pelo Osteopata e sim pela liberação dos tecidos do
paciente. Quanto mais densidade, mas lento é o deslizamento.
Superior: antebraço da coluna dorsal e polpa dos dedos na zona a ser tratada
(paravertebrais ou lig. Interespinhosos)..
Atingida a barreira restritiva (técnica direta), o Osteopata pode aplicar dois estilos
diferentes de técnicas:
Atingida a barreira restritiva (técnica direta), o Osteopata pode aplicar dois estilos
diferentes de técnicas:
o Manter a tensão estática direta dos tecidos fasciais independente das respirações
do paciente. Aumentar essa tensão progressivamente conforme os tecidos se
liberem.
Sua mão superior toma contato na face posterior da crista ilíaca próxima as inserções dos
ligamentos ílio-lombares. A mão inferior toma contato na coxa do paciente para controlar as
alavancas do membro inferior.
Para realizar a liberação direta desses tecidos, o Osteopata deve impor tensão caudal na
crista ilíaca com sua mão superior e sentir as resposta locais com as polpas dos dedos. Seu
contato inferior busca barreira tensional com a alavanca inferior em adução/abdução, rotação
interna/externa e tração caudal. Encontrada a tensão máxima dos tecidos o Osteopata pode
buscar a liberação tecidual aumentando os parâmetros de maneira rítmica oscilatória ou com
tensão estática aumentando progressivamente a tensão.
Impor flexão 90º do quadril e joelhos do paciente e sustentar as coxas do paciente com
um dos membros inferiores do Osteopata. A mão superior (sensitiva) toma contato com a polpa
dos dedos nos ligamentos ílio-lombares e a mão inferior toma contato nos pés do paciente.
Deve-se buscar a barreira tensional dos ligamentos levando os pés do paciente no sentido
do teto, com consequente inclinação contralateral da coluna lombar. Essa tensão deve ser
percebida pela mão superior. Construídas essas barreiras, o Osteopata deve buscaro relaxamento
dos tecidos provocando movimentos rítmicos e oscilatórios de inclinação da coluna lombar até
perceber indícios de relaxamento local.
o Sua mão inferior (esquerda) com contato sensitivo no nível que será corrigido;
o A mão superior (direita) com contato sensitivo no nível que será corrigido.
8.2.3 – Técnica de energia muscular (TEM) para correção de disfunção de ERS esquerda
O objetivo dessa técnica é desimbricar a faceta do lado esquerdo.
Iniciar a técnica com o paciente sentado no meio da maca. O Osteopata impõe parâmetros
com o tronco do paciente no sentido da correção direta até o nível desejado: flexão, inclinação
direita e rotação direita. Depois deita o paciente sobre seu lado direito, deixando a imbricação
voltada para o teto.
Em seguida toma contato sensitivo com sua mão superior na vértebra que será tratada e
com sua mão inferior posiciona os membros inferiores com flexão 90º de quadril e joelhos, e
depois leva os pés do paciente no sentido do solo para aumentar a inclinação contralateral
(direita) da coluna lombar.
Impostas essa barreiras, o Osteopata deve instruir o paciente para que leve seus pés no
sentido do teto enquanto a mão inferior do Osteopata mantém a resistência para que a contração
seja isométrica. Essa contração pode durar de 3-5 segundos e pode ser feita de maneira
moderada.
Esse procedimento deve ser repetido até o momento que não seja mais possível atingir
novas barreiras e que se perceba a liberação da restrição desse tecido nos testes funcionais. Isso
geralmente ocorre após cerca de 3 a 5 repetições das etapas.
o Sua mão inferior (direita) com contato sensitivo no nível que será corrigido;
8.2.5 – Técnica de energia muscular (TEM) para correção de disfunção de FRS direita
O objetivo dessa técnica é imbricar a faceta do lado esquerdo.
Iniciar a técnica com o paciente sentado no meio da maca. O Osteopata impõe parâmetros
com o tronco do paciente no sentido da correção direta até o nível desejado: extensão, inclinação
esquerda e rotação esquerda. Depois deita o paciente sobre seu lado direito, deixando a
desimbricação voltada para o teto.
Em seguida toma contato sensitivo com sua mão superior na vértebra que será tratada e
com sua mão inferior posiciona os membros inferiores com flexão 90º de quadril e joelhos, e
depois leva os pés do paciente no sentido do teto para aumentar a inclinação contralateral
(esquerda) da coluna lombar.
Impostas essa barreiras, o Osteopata deve instruir o paciente para que leve seus pés no
sentido do solo enquanto a mão inferior do Osteopata mantém a resistência para que a contração
seja isométrica. Essa contração pode durar de 3-5 segundos e pode ser feita de maneira
moderada.
Esse procedimento deve ser repetido até o momento que não seja mais possível atingir
novas barreiras e que se perceba a liberação da restrição desse tecido nos testes funcionais. Isso
geralmente ocorre após cerca de 3 a 5 repetições das etapas.
o Sua mão inferior (esquerda) com contato sensitivo no nível que será corrigido;
o A mão superior (direita) com contato sensitivo no nível que será corrigido.
Iniciar a técnica com o paciente sentado no meio da maca. O Osteopata impõe parâmetros
com o tronco do paciente no sentido da correção direta até o nível desejado: inclinação esquerda.
Depois deita o paciente sobre seu lado direito, deixando as posterioridades voltadas para o teto.
Em seguida toma contato sensitivo com sua mão superior na vértebra que será tratada e
com sua mão inferior posiciona os membros inferiores com flexão 90º de quadril e joelhos, e
depois leva os pés do paciente no sentido do teto para aumentar a inclinação contralateral
(esquerda) da coluna lombar.
Impostas essa barreiras, o Osteopata deve instruir o paciente para que leve seus pés no
sentido do solo enquanto a mão inferior do Osteopata mantém a resistência para que a contração
seja isométrica. Essa contração pode durar de 3-5 segundos e pode ser feita de maneira
moderada.
Esse procedimento deve ser repetido até o momento que não seja mais possível atingir
novas barreiras e que se perceba a liberação da restrição desse tecido nos testes funcionais. Isso
geralmente ocorre após cerca de 3 a 5 repetições das etapas.
9 – REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS
American Association of Colleges of Osteopathic Medicine (AACOM).Glossary of Osteopathic terminology. Nov
2011.
CHILA, A. G. Foundations of osteopathic medicine, 3 ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 2010.
LEWIT, K. A Manipulação na reabilitação do Sistema Locomotor. 3 ed. São Paulo: Santos, 2000.
MOORE KL, DALLEY, AF. Anatomia orientada para clínica. 2007. Guanabara Koogan.
PARSONS, J; MARCER, N. Osteopathy: Models for Diagnosis, Treatment and Practice. 1 ed. Elsevier Health
Sciences, 2006.
PETTY, N; MOORE, A; Maitland, G. Neuromusculoskeletal Examination and Assessment. 2 ed. New York:
Churchill Livingstone, 2001.
SIMONS, D. G, TRAVELL, J. G, SIMONS, L.S. Myofascial Pain and Dysfunction. Vol. 1. 2 ed. Williams &
Wikins, 1998.
STONE, C. Science in the Art of Osteopathy: Osteopathic Principles and Practice. Nelson Thornes, 1999.
WARD, R. Foundations for Osteopathic Medicine. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2003.