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Avaliando

Problemas e
Encaminhando
Soluções
Práticas em
Ergonomia
• O que vamos ver:
– Repetitividade
– Metodologias
– Rula, OWAS, OCRA
– Linha de Desmontagem
ERGONOMIA

• Estuda a adaptação do trabalho ao homem


e o comportamento humano no trabalho.
Enfoca:
• o ser humano: características físicas,
fisiológicas, psicológicas e sociais
• a máquina: equipamentos, ferramentas,
mobiliário e instalações
• o ambiente: efeitos da temperatura, ruído,
vibração, iluminação, aerodispersóides
• a organização do trabalho
O SER HUMANO
•A biomecânica O ser humano é capaz de realizar
ocupacional estuda as
interações entre o trabalho devido a sua estrutura
trabalho e o homem sob fisiológica.
o ponto de vista dos O sistema muscular, articulado ao
movimentos músculo-
esqueléticos envolvidos sistema ósseo, alimentado pelo
no trabalho. sistema cardio- pulmonar,
•Analisa basicamente a possibilita a movimentação e ação
questão das posturas no do ser humano.
trabalho e a aplicação
das forças. quando este sistema não é
•Em biomecânica, as leis respeitado, aumenta o risco de
físicas da mecânica são DORTs
aplicadas ao corpo
humano.
DORTs
Distúrbios Osteo musculares Relacionados ao Trabalho

•Principalmente em tecidos Fatores não ocupacionais


conectivos: bainhas e tendões Idade
•Podem irritar ou danificar os sexo
nervos, dificultando o fluxo Trauma agudo
sanguíneo nas veias e artérias Doença crônica
•Mais frequentes na área Uso de anticoncepcionais
•das mãos-punho-ante-braço Gravidez
•Ombros Menopausa

•Pescoço
Fatores ocupacionais
•vértebras
Repetitividade
Uso de força
Carga muscular estática
Posturas
Estresse mecânico
frio
repetitividade
número de produtos similares Segundo Pichené, essa definição não é
adequada devido ao fato de não haver uma
fabricados por unidade de tempo boa correlação entre número de movimentos
(Tanaka e McGlothin, 1993 e número de peças produzidas.

número de ciclos de trabalho


efetuados no curso de uma jornada
de trabalho (Luopajarvi et al.,1979)

•número de esforços por ciclo de


trabalho, multiplicado pelo número
de ciclos por posto (Stetson et al.,
1991)

velocidade de gestos, da qual são


deduzidos dois índices dinâmicos:
um índice angular (velocidade
angular média) e um índice de
força (número de manipulações por
minuto, dado por picos de EMG).
repetitividade
• trabalhos altamente repetitivos em função da atividade das mãos,
são aqueles com tempo de ciclo considerando:
menor do que 30 segundos 1) a duração e a frequência
(mais do que 900 vezes num dia
de trabalho), observada de pausas (ou seja,
• ou quando em mais do que 50% o tempo de recuperação dentro
do tempo de ciclo desempenha- da atividade) e
se o mesmo tipo de ciclos 2) 2) a velocidade de movimento
fundamentais. das mãos (por exemplo, o quão
• Ciclo fundamental refere-se a rápido os dedos e o punho se
uma seqüência de passos no
ciclo de trabalho, que se repete movem).
(Silverstein et al., 1987) À medida que a repetitividade
aumenta, a duração e a
frequência das pausas decresce
um ciclo que é executado mais até a classificação de 10 na
de quatro vezes por minuto. escala proposta, onde
(McAtamney e Corlett, 1993) virtualmente não há mais
pausas (Latko et al., 1997)

Ergonomic barriers to employment.htm


repetitividade
REPETITIVIDADE
• TAREFA REPETITIVA É AQUELA CUJO CICLO
TEM DURAÇÃO MENOR OU IGUAL A 30
SEGUNDOS

• TAMBÉM É AQUELA QUE MESMO


COM CICLO MAIOR QUE 30
SEGUNDOS, TEM MAIS DE 50%
DO CICLO OCUPADO COM O MESMO
PADRÃO DE MOVIMENTO
MEDIDAS QUE REDUZEM A REPETITIVIDADE

• ELIMINAÇÃO MOVIMENTOS
DESNECESSÁRIOS
• ENRIQUECIMENTO DA TAREFA
• MECANIZAÇÃO
• AUTOMAÇÃO
• RODÍZIO
• CICLOS MAIS LONGOS
• PAUSAS
Video 1: TEMPOS MODERNOS
By Moira Tracy (1995)
• MENSURAÇÃO DO ESFORÇO
FÍSICO E SEUS EFEITOS NO
TRABALHO
• Métodos qualitativos
Aplicação de ferramentas de análise de riscos ergonômicos Identificação dos prováveis Análise da organização do
QUANTIFICAÇÃO DOS RISCOSERGONÔMICOS Riscos Ergonômicos Físicos trabalho

Identificam-se Identificam-se Identifica-se


Identificam-se Identifica-se atividade com
atividades atividades
posturas movimentação sobrecarga
cíclicas dos acíclicas/muito
inadequadas? manual de carga? mental?
Não Não braços? Não variáveis? Não Não
Não existe risco Não existe riscopara Não existe risco Aplicaroutras Não existe risco
postural carga manual para repetitividade ferramentas cognitivo
ergonômicas
Sim Sim Sim Sim
Sim

Sustentação Empurrar oupuxar


manual decarga carrinho

Método ISO 11228-1 ISO 11228-2 ABNT NBR ISO 11228-3 Aplicar Déparis Aplicar método
RULA e/ouREBA NIOSH/NIOSHby OCRA SNOOK ECIRIELLO OCRA e/ou MOORE e GARG Estratégia SOBANE NASATLX

CONCLUSÃO TÉCNICA DA ANÁLISE ERGONÔMICA


REGISTRO DE POSTURAS E AVALIAÇÃO DO CUSTO POSTURAL

•A postura corporal pode ser definida como a posição assumida pelo corpo que
representa o resultado de uma atividade muscular. A manutenção da postura é
possível através de uma atuação dos músculos, ossos e demais estruturas
orgânicas envolvidas (como tendões), que contra-atuam com a força da gravidade.

•O ergonomista deve identificar a atividade postural do operador, as manutenções


prolongadas e as mudanças freqüentes das posturas como elementos da carga
física de trabalho.
•Segundo Iida (1990), na prática, durante uma jornada de trabalho, um trabalhador
pode assumir centenas de posturas diferentes. Em cada tipo de postura, um
diferente conjunto da musculatura é acionado. Uma simples observação visual
(assistemática) não é suficiente para se analisar essas posturas detalhadamente.
Foram desenvolvidas, então, diversas técnicas para o registro e a análise da
postura.
CLASSIFICAÇÃO DAS TÉCNICAS

• Técnicas qualitativas: compreendem perguntas e os dados são


interpretados como riscos (ex: questionários, check lists);

• técnicas semi-quantitativas: se baseiam em observação direta ou


indireta; os dados coletados são convertidos em escalas numéricas
ou diagramas (Ex: escalas subjetivas, OWAS, RULA, Malchaire
(1998);

• técnicas quantitativas: propõem fórmulas e cálculos (Ex: NIOSH;


mensuração direta - EMG; goniometria, dinamometria, cirtometria);
mensuração indireta - cinemetria).
•TÉCNICAS QUALITATIVAS (avaliação subjetiva)

Questionários
• Usados em estudos de avaliação subjetiva sobre a
percepção do trabalho;
• Processo de elaboração (organização dos tipos,
ordem, grupos e formulação das perguntas; cuidado na
seleção das questões; limite em extensão e finalidade);
• Tipos de perguntas: abertas, fechadas;
• Tratamento de dados (processo de tabulação,
tratamento estatístico e interpretação);
• Pré-teste.
Check lists

•Lista de eventos que podem ocorrer em uma dada situação (Sinclair, 1995);
•Os checklists compreendem perguntas e os dados são interpretados como
riscos em uma escala, nesta categoria encontram-se os protocolos (Guimarães
& Diniz, 2001);
•Questões pré-elaboradas relacionadas aos objetivos ou problemas;
•São consideradas ferramentas meramente analíticas (Luczak et al., 1999);
•Registram aspectos superficiais das terefas/atividades;
•Há checklists mal elaborados com questões equivocadas;
Checklist de Michigan, Lifshitz & Armstrong (1986)
•Nordic Musculoskeletal Questionnarie - NMQ

•O Nordic Musculoskeletal Questionnarie –NMQ foi elaborado pelos institutos de saúde


ocupacional nos países escandinavos, visando uma coleta de dados, ampla e a curto
prazo, de problemas músculo esqueléticos (KUORINKA et al., 1987 apud CORLETT,
1995).

•O questionário fornece um formato padronizado para a catalogação dos dados sobre


problemas músculo esqueléticos.

•O NMQ foi muito utilizado pelo Programa de Saúde e Segurança do Reino Unido (UK
Health and Safety Executive - HSE), onde foram realizadas pequenas modificações
(Dickinson et al., 1992 apud Corlett, 1995).
NMQ

• As sessões do questionário são as seguintes:

• 1) detalhes pessoais dos trabalhadores;


• 2) Levantamento geral dos incômodos (dor, desconforto, entorpecimento) nas
regiões corporais, de acordo com o mapa corporal proposto;
• 3) Levantamento focalizado dos incômodos em áreas específicas do corpo;
• 4) Levantamento sobre a saúde geral e informações sobre o trabalho dos
respondentes (entrevistados).
•TÉCNICAS SEMI-QUANTITATIVAS (avaliação subjetiva)
•Escalas subjetivas

•Conforme Moura et al. (1998), as escalas constituem em instrumentos nos quais


os sujeitos devem assinalar, em um contínuo ordenado, o grau em que uma
determinada situação se aplica a eles ou a outras pessoas. Tal contínuo pode ser
expresso de forma numérica direta (1 a 5, por exemplo), ou pode se consistir em
palavras ou expressões (muitíssimo, muito, às vezes, quase nunca, nunca) que são
posteriormente transformadas em valores numéricos.
•Decidir quais âncoras usar nas extremidades
da escala e se é preciso uma região neutra;
• decidir se será discreta ou contínua;
• decidir, se discreta, quais os níveis e tipos de
abordagem;
• decidir, se contínua, qual o tamanho em cm;
• exemplo de preenchimento e pré-testes.
Exemplo de escala Likert

Fonte: Diniz, 1999


•ESCALAS DE BORG

•Gunnar Borg desenvolveu escalas específicas para verificar o esforço percebido


pelos indivíduos na realização de suas tarefas/atividades;
•A escala original (Rating of Perceived Exertion) foi ajustada em números de 6 a 20
e estão linearmente relacionadas com o batimento cardíaco dividido por dez

•Ela é apresentada aos sujeitos antes de iniciarem-se os testes e no fim de cada


etapa do exercício, questiona-se sobre a pontuação da escala. Explanações verbais
são usadas como um suporte de informação.
Escalas de Borg

Rating Perceived
Category |Ratio – CR10
Exertion – RPE (escala
original)
Mapa corporal

•Figuras humanas apresentadas com uma configuração em forma de um mapa


de regiões corporais delineadas por grupos musculares e/ou articulações
(segmentos);
•Os segmentos servem de guia para especificar os locais do desconforto
experimentado por aqueles envolvidos nas tarefas que estão sendo
investigadas.
•Esta informação é encontrada por indagações preliminares ou por um pré-teste.
•O objetivo do processo é mapear queixas de desconforto/dor percebido entre
os pesquisados.
•Procedimento: apontar a região referente ao desconforto/dor percebido,
apontando o nível conforme uma escala apresentada.
Exemplo de mapas corporais

Corlett (1995) Delleman (2000) Straker (1999)


Mapa corporal do NMQ

Fonte: Kuorinka et al., 1997 apud Corlett, 1995


• Fonte: www.simucad.dep.ufscar.br
•ERGOMASTER™ - Mapa Corporal e escala de BORG
ERGOMASTER™ - Mapa Corporal e escala de BORG
By Moira Tracy (1995)
• MENSURAÇÃO DO ESFORÇO
FÍSICO E SEUS EFEITOS NO
TRABALHO
• Métodos semi-quantitativos
•OWAS (OVAKO Working posture Analysing System)

• Foi desenvolvido na Finlândia, entre 1974 e 1978, por uma parceria entre a
metalúrgica OVAKO OY e o Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional (Long,
1993);
• objetivo: registrar, mapear e examinar posturas assumidas durante o trabalho por
meio de um sistema de codificação;
• os dados coletados são analisados de duas maneiras:
1) combinando os segmentos corporais (costas, braços, pernas e forças),
representados por dígitos, codificando assim cada postura assumida, para se
determinar as suas causas sobre o sistema músculo esquelético (conforme
categorias de ação);
2) Mapear e examinar as posturas conforme o tempo de manutenção e determinar
o efeito resultante sobre o sistema músculo esquelético, de acordo com categorias
de ação pré-estabelecidas.
• 680 fotografias (trabalho em uma metalúrgica): 84 tipos de posturas
catalogadas;
• 4 para as costas, 3 para os braços e 7 para as pernas (4x3x7=84
combinações);
• Posturas adicionais para a região das pernas:
– 8: sentado com as pernas eretas;
– 9: pernas sem apoio (suspensas);
– 0: arrastando-se ou escalando.
Exemplo de codificação usando o OWAS

Fonte: Louhevaara & Suurnäkki (1992)


Obtenção de dados – MATRIZ DE CODIFICAÇÃO
• Distribuição da percentagem do tempo de manutenção das posturas
codificadas (observadas) conforme as categorias de ação do OWAS:
• Regra de três

No total de
posturas 100%
observadas

No de posturas
observadas do
segmento (braços, X
costas, pernas)
MATRIZ DE AVALIAÇÃO - TEMPO

/rotacionadas

Fonte: Louhevaara & Suurnäkki (1992)

Fonte: Long (1993)


•Obtenção dos dados:
• observação (direta ou indireta);
• Registro manual ou usando os softwares de coleta do OWAS (OWASCA,
OWASCO, OWASAN, WinOWAS);
• o número mínimo de observações é de 100 amostras, ou aproximadamente 55
minutos, num intervalo de 30 a 60 segundos entre cada registro;
• recomenda-se que o OWAS seja integrado/usado em conjunto com outras
técnicas para que se obtenham resultados consistentes .
WinOWAS® software – principal interface

Fonte: Louhevaara & Suurnäkki (1992)


WinOWAS® – exemplo de dados plotados em gráfico
•RULA (Rapid Upper Limb Assessment)

• A técnica RULA é uma adaptação do OWAS por McAtamney & Corlett (1993);

• acrescentaram-se variáveis como: força, repetição e amplitude de movimento


articular;

• a técnica é mais indicada para a avaliação de esforço repetitivo dos membros


superiores;

• considera três estágios: o primeiro é a identificação da postura de trabalho, o


segundo é aplicação de um sistema de escore e o terceiro é a aplicação de uma
escala de níveis de ação.
• SOFTWARE DO RULA
O MÉTODO RODGERS

SEGMENTO Nível de TEMPO DE ESFORÇOS/ PRIORIDADE


CORPÓREO esforço ESFORÇO MINUTO 8 = muito alta
1 = Leve 1 = 0 A 1s 1 = 0 A1 7 = moderada
2 = Moderado 2 = Moderado 2 = 1 A5 6 = moderada
3 = Pesado 3 = > 5s 3=>5 <6 = baixa
Coluna Cervical
Coluna Dorsal
Ombros
Cotovelos
Punho, mãos e dedos
Pernas, joelhos e pés
O MÉTODO RODGERS

Segmento corporal Baixo (0-30%) Moderado (30 a 70%) Pesado (70 a 100%)
Tronco (Coluna - Inclina ligeiramente para o lado; - Flexiona para frente sem carga; - Levantando ou aplicando
Dorsal) - Flexiona ligeiramente o tronco. - Levanta carga de peso moderado próximo ao força com rotação;
corpo; - Grande força com flexão
- Trabalho próximo ao nível da cabeça. de tronco.
Cabeça (Coluna - A cabeça gira parcialmente; - A cabeça gira totalmente para o lado; - Igual ao mercado porém
Cervical) - A cabeça está ligeiramente - A cabeça está totalmente para trás; com aplicação de força;
inclinada à frente. - A cabeça está para frente aproximadamente - A cabeça está flexionada
20º. acima de 20º.
Ombros - Ombros ligeiramente abduzidos; - Ombros abduzidos sem suporte; - Aplica força ou sustenta
- Ombros estendidos com algum - Ombros flexionados (nível da cabeça). peso com os braços
suporte. separados do corpo ou no
nível da cabeça.
Cotovelos - Cotovelos ligeiramente - Rotação do antebraço exigindo força - Aplicação de grande força
afastados do corpo, sem carga moderada (força entre 1 e 2kg). com rotação;
próxima ao corpo (<1kg). - Levantamento de carga
com os cotovelos
estendidos (F<2kg).
Mãos, punhos e - Aplicação de pequena força - Área de preensão muito longa ou muito - Aplica força ou sustenta
dedos com objetos próximos do corpo; estreita; peso(s) com os braços
- Punho reto com aplicação de - Ângulo moderado do punho, ou muito estreito; separados do corpo ou no
pequena força de preensão - Ângulo moderado do punho especialmente em nível da cabeça.
(<1kg). flexão;
- Uso de luvas com força moderada
(1kg<F<2kg).
Pernas, pés - Parado na vertical; - Flexão do tronco para frente; - Exercendo grande força
dedos dos pés - Caminhando; - Inclinar-se sobre a mesa de trabalho; para levantamento de
- Peso do corpo sobre os dois - Peso do corpo sobre um dos pés; algum objeto;
pés. - Girar o corpo sem exercer força. - Agacha-se exercendo
força.
RULA
(Rapid Upper Limb Assessment)

Modelo para avaliação dos fatores


de risco para anomalias
musculoesqueléticas

RULA: a survey method for the investigation of work-related upper limb disorders,
de autoria de Lynn McAtammey e E Nigel Corlett-
Applied Ergonomics, 1993, 24(2), 91-99.
RULA

• Indicado para analisar a sobrecarga concentrada no


pescoço e membros superiores;

• Utiliza diagramas para facilitar a identificação das


Amplitudes de Movimentos nas articulações de
interesse;

• Também avalia o trabalho muscular estático e as


forças exercidas pelos segmentos em análise;
Como utilizar o modelo

O corpo humano foi dividido em dois


grupos de segmentos anatômicos:

– Grupo A, incluindo braço, antebraço e punho

– Grupo B, incluindo pescoço, tronco e pernas


Fase 1

Selecionar as posturas
– Observação inicial do operador durante vários
ciclos;
– Selecionar as posturas mais frequentementes
durante o ciclo de trabalho, ou selecionar a
postura onde ocorre o maior valor de carga;
– Avaliar um lado do corpo por cada vez.
Fase 2

Calcular a pontuação
correspondente às posturas
individuais e a pontuação
correspondente às regiões
anatômicas A e B.
RULA – Grupo A
Análise dos membros superiores
– Localizar a posição dos braços

+ 1 Ponto + 2 Pontos + 2 Pontos + 3 Pontos + 4 Pontos

ombro elevado: +1;


braço abduzido: +1;
braço apoiado : -1. Escore final do Braço =
RULA – Grupo A
Análise dos membros superiores
– Localizar a posição dos antebraços

+ 1 Ponto + 2 Pontos + 2 Pontos Cruzar a linha média: +1;


Afastar do corpo: +1;

Escore Final do Antebraço =


RULA – Grupo A
Análise dos membros superiores
Localizar a posição dos punhos

+ 3 pontos

+ 1 ponto
+ 2 pontos

Escore final do punho =


+ 1 ponto
RULA – Grupo A

Análise dos membros superiores


Localizar o “giro dos punho” – Pronação/supinação

+ 1 Ponto + 2 Pontos

Escore final do “giro de punho =


RULA – Grupo B

1º Etapa - Análise do pescoço

+ 1 Ponto + 2 Pontos + 3 Pontos + 4 Pontos


RULA – Grupo B
2º Etapa - Análise do pescoço

+ 1 ponto

+ 1 ponto

Escore final do pescoço =


RULA – Grupo B
1º Etapa - Análise do tronco

+ 1 Ponto + 2 Pontos + 3 Pontos + 4 Pontos


RULA – Grupo B
1º Etapa - Análise do tronco

+ 1 ponto

+ 1 ponto

Escore final do Tronco=


RULA – Grupo B
Análise dos membros inferiores

+ 1 ponto

+ 1 ponto

Escore final membros inferiores=


Fase 3

Calcular a pontuação relativa à


utilização dos músculos para as
regiões A e B
Escore final do braço

Escore
final
do
antebraço
RESULTA
DO DA
Escore TABELA=
final
do punho

Escore final
“giro de
pulso”
Escore final
de tronco
Tronco

Escore final
de pernas

Escore final
de pescoço

RESULTADO DA
TABELA =
Fase 4

Calcular a pontuação relativa à


aplicação de força e utilização dos
músculos para as regiões A e B
Utilização dos músculos

Pontuação Contração muscular


Postura estática prolongada por
+1 período superior a 1 min

Postura repetitiva, mais que 4


+1 vezes por minuto

Postura fundamentalmente
0 dinâmica (postura estática
inferior a 1 minuto) e não
repetitiva
Aplicação de força

Pontuação Valor da força Tipo de aplicação

0 Inferior a 2 Kg Intermitente

+1 2+ a 10Kg Intermitente
Postura estática superior a
+2 2+ a 10 Kg
1 min ou repetitiva mais que
4 vezes /min
+2 Super. a 10+ Kg Intermitente
Postura estática superior a
+3 Super. a 10+ Kg 1 min ou repetitiva mais que
4 vezes /min

+3 Qualquer Aplicação brusca, repentina


ou com choque
Fase 5

Calcular a pontuação total


recorrendo a tabela C
Resultado da
tabela B

Resultado da
tabela A

Escore final =
Fase 6

Avaliar as ações necessárias


Resultado final
Escore total Ação Descrição da ação

1 1 Aceitável
2

3 2 Investigar
4
Investigar e introduzir
5 3 modificações
6

Investigar e intervir
7 4 imediatamente
Limitações do modelo

O modelo não considera os seguintes fatores de


risco:
– Tempo contínuo das operações;
– Características individuais como idade, experiência,
estatura, resistência física e história clínica;
– Fatores ambientais no posto de trabalho;
– Fatores psicossocial

A duração das atividades não é considerada.


OWAS
(Ovako Working Posture Analysing
System)

Método prático para registro e análise de


posturas corporais em situações
ocupacionais

Ovako - Finlândia
Kuorinka - 1977
Justificativa

• Proporciona uma rápida identificação da


gravidade das posturas assumidas;
• Avalia trabalho pesado - manuseio de
carga
• Avalia carga músculo-esquelética;
• Estabelece as razões que geram “más
posturas”;
• Verifica as necessidades de melhorias na
estação de trabalho.
Postura - Tronco

Escore final do tronco =


Postura - Membros superiores

Escore final do membros superiores =


Postura - Membros inferiores

Escore final do membros inferiores =


Levantamento de carga

1- Menor ou igual a 10 kg;

2 - Maior que 10, menor ou igual


a 20 Kg;

3 - Maior que 20 kg.

Escore final da carga =


Tabela de ação

Ação
Tabelas de ação
Classe 01 - Não são necessárias medidas
corretivas.

Classe 02 - São necessárias correções no


futuro.

Classe 03 - São necessárias correções


logo que possível.

Classe 04 - São necessárias correções


imediatas logo que possível.
Limitações do modelo

Leva em conta apenas grandes


articulações;

• Sem precisão angular;

• Não considera o pescoço, os


punhos e o antebraço.
Método Ocra

• O QUE É O MÉTODO OCRA?


• O método OCRA foi criado para fazer prevenção de distúrbios
musculoesqueléticos de membros superiores. A medicina do
trabalho está acostumada a riscos físicos, químicos e biológicos.
Atualmente na Europa a maior incidência de doenças relaciona-se
com a sobrecarga musculoesquelética de membros superiores. Não
só na Europa, como na América e em outros países também os
problemas musculoesqueléticos têm um nível elevado de
incidência. Em 1994 os autores, Prof. Dr. Antonio Grieco, Prof. Dr.
Enrico Occhipinti, Prof. Dra. Daniela Colombini, da Universidade de
Milão começaram pesquisar o tema, trabalhando na criação de um
método objetivo de verificação desses problemas, porque a
medicina do trabalho precisava de uma ferramenta de medição
objetiva.
• Inicialmente pesquisaram exaustivamente na literatura, a existência
de outros métodos de avaliação. Estudaram todos os métodos
existentes na literatura internacional, mas não ficaram satisfeitos. A
literatura diz que para avaliar adequadamente o risco é necessário
avaliar muitos fatores: organização do trabalho, frequência, força,
postura, tempo de trabalho, tempo de pausa e, depois, se o
trabalhador tem outras tarefas durante o dia. Os métodos
encontrados na época, não estudavam todas essas variáveis, só
estudavam frequência e força. Mas alguns trabalhadores executam
suas tarefas, por exemplo, de braços levantados, e o ombro fica
lesionado, e não era possível avaliar o ombro. Outros métodos dão
conta somente do punho, e não é possível estudar somente o
punho. A duração do trabalho também é um fator importante. Um
trabalhador que não faz pausas é diferente daquele que faz. Nessa
situação o risco muda.
• Para poder atender esta demanda foi
criado o Método OCRA, que atualmente é
Norma ISO Internacional (ISO 11228-3) e
Norma Europeia (EN 1005) obrigatória e
recentemente em 2014 uma norma NBR
11228-3.
OBJETIVOS FUNDAMENTAIS
• Avaliar condições de risco de lesões de
membros superiores em função da atividade
exercida
• Adequar os postos de trabalho,
mensurando repetitividade e o esforço
muscular
• Prever número de trabalhadores
acometidos
• Propor soluções práticas e exequíveis
• Produtividade sem riscos
Porque o Método OCRA?
• Maior capacidade para considerar os diferentes
elementos de risco existentes no trabalho
• Maior capacidade para avaliar adequadamente os
riscos através do estudo das “ações técnicas”
• Facilidade para entender e ser entendido pelos técnicos
e pelos trabalhadores
• Supervisores, técnicos, operadores de máquina etc...
podem ser capacitados (1º nível)
• Facilidade para identificar os elementos críticos do
trabalho
• Fundamental na fase de projetação ou de re-projetação
dos postos de trabalho e das tarefas
• Permite avaliar tarefas com ciclos de trabalho longos e
multitarefas
• Conclusões embasadas em estudos clínicos extensos,
correlacionados a situações reais de trabalho (+ de 10.000
casos clínicos documentados)
• Permite definir cientificamente valores críticos e
elaborar modelos teóricos de predição
• Único método proposto pela EM 1005-5 para avaliação
de risco, Diretiva Europeia
• Reconhecido internacionalmente como Norma ISO
11228-3:2006 - Método Preferencial
DEMANDAS ATUAIS NR-17
• Elaboração da avaliação e análise ergonômica cientificamente
embasada
• Permite avaliar riscos normalmente não considerados
• Avaliação rápida através do CHECK LIST OCRA (1º nível)
• Definição de prioridades através do CHECK LIST OCRA (1º nível)
• Análise aprofundada, detalhada e precisa através do ÍNDICE OCRA
(2º nível) permitindo a re-projetação dos postos e das tarefas

DEMANDAS ATUAIS NTEP


• Reconhecimento do risco e da possibilidade do surgimento de
casos patológicos em diferentes atividades
• Comprovar ou negar a existência de nexo, com base cientifica
• Corrigir adequadamente as condições agressivas detectadas
• Prever a redução do risco de patologias a curto, médio e longo
prazo
• Reinserção segura no trabalho dos afastados, após a alta
• Avaliar a possibilidade de trabalho dos PNE em determinadas
atividades
• Colaborar na elaboração de uma real relação entre risco e atividade

DEMANDAS ATUAIS DRT - LEGAIS


• Permitir avaliações de nexo causal, seguras pelo Perito, ou pelo
Auditor Fiscal em demandas trabalhistas
• Confirmar ou afastar o questionamento de nexo em processos
judiciais

DEMANDAS ATUAIS DAS EMPRESAS


• Conhecer o risco e estimar o número de potenciais futuros
acometidos e consequentemente o custo futuro
• Comparar o custo de uma re-projetação atual em comparação com
o custo futuro do ausentismo, do pagamento de tratamentos e
indenizações
• Convencer as Empresas da necessidade de projetar ou re-projetar
postos de trabalho ou atividades de forma adequada com risco mínimo
• Preservar a imagem da Empresa na sociedade
• Gestão do científica do risco
Vídeos:
https://www.youtube.com/watch?v=BYHel1oZ62o&t=553s

Soluções??

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