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Introdução
Justifica-se que relevância do tema está na acção educativa que deve começar da relação
afectiva que influenciará directamente na auto-estima do adolescente, tendo em vista as
diferenças individuais e comportamentais inerentes ao ser humano. O problema a ser
estudado tem a ver com a relação afectuosa que existe entre os educadores e os adolescentes
do Centro de Acolhimento da Casa Esperança que pode influenciar na fortificação da auto-
estima dos adolescentes.
Pressupõe-se que, um dos pilares da efectivação deste afecto é potenciar uma educação que
tenha como objectivos descrever o nível afectivo entre os adolescentes e os educadores na
formação da auto-estima. Com este trabalho, há que destacar a importância da afectividade,
reflectindo de que forma os afectos, sentimentos e sensações dos adolescentes podem
interagir com a aprendizagem e, ao mesmo tempo procurar saber de que maneira a
aprendizagem dessas práticas contribuem para a construção de bons relacionamentos no
contexto escolar.
A metodologia usada para a elaboração deste trabalho foi a pesquisa qualitativa com o
método descritivo apoiado pelas técnicas de recolha de dados, a observação e a entrevista.
Quanto ao quadro teórico para a construção deste trabalho, usamos fundamentos teóricos de
teorias de desenvolvimento de Vygotsky, igualmente de Piaget e Wallon, os quais sustentam
o tema em debate. Este trabalho tem como relevância constituir um instrumento útil e
auxiliador para um bom relacionamento entre educadores e criança que proporcione a auto-
estima no adolescente.
12
1.1.Delimitação do tema
1.2.Problematização
Actualmente, a ausência de afecto que é um conforto dos adolescentes que vivem na casa
esperança com os seus cuidadores de educação, faz com que o adolescente perca a sua auto-
estima positiva, ou seja, não aceita por si mesmo a sua potencialidade. Com isso, é cada vez
mais comum encontrarmos alunos que reclamam indirectamente a qualidade de afecto na
sala de aula, visto que é na escola onde se desenvolve as suas potencialidades, assim, elas
por não conseguirem um relacionamento satisfatório dentro da sala de aula. E, tendo em
vista que uma grande percentagem destes problemas pode ser de cunho afectivo e
acontecendo com certa frequência, pode comprometer a auto-estima deste adolescente.
Entretanto, por meio desta pesquisa procuro buscar respostas das perguntas que me surgiram
a partir das observações das práticas pedagógicas.
1.3.Justificativa
Neste trabalho, pretende-se descrever de que forma a relação afectiva entre os educadores e
os adolescentes pode ajudar a desenvolver atitudes e pensamentos positivos que estariam
contribuindo na sua auto-estima, através da valorização de ideias, ou seja, ouvir o que sente
o adolescente no centro de acolhimento, levando isto até à sala de aula. Falar da afectividade
e auto-estima é acreditar em uma educação com relevância social, em um ambiente
moderado a partir de ouvir o que os adolescentes dizem, assim como a compreensão e
autonomia de ideias que elas têm. Uma vez que se pretende formar cidadãos honestos
13
A relevância do tema está na acção educativa que deve começar da relação afectiva que
influenciará directamente na auto-estima do adolescente, tendo em vista as diferenças
individuais e comportamentais inerentes ao ser humano.
A auto-estima é o sentimento que faz com que a pessoa goste de si mesma, aprecie o que faz
e aprove suas atitudes, ela é uma combinação de conceito, crenças, ideias, sentimentos e
atitudes que a pessoa tem em relação a si própria, trata-se de um dos mais importantes
ingredientes do nosso comportamento.
No centro de acolhimento, na casa esperança os educadores são os que têm mais contacto
com adolescentes, por isso, torna-se o referencial para a construção da personalidade da
criança e da sua auto-imagem, no sentido de oferecer atenção devida ao seu desempenho
escolar fazendo com que o amor-próprio seja solidificado.
1.4.Hipóteses
De acordo com GIL (1991), Hipótese é uma proposição que pode ser colocada à prova para
determinar sua validade, por outras palavras, hipótese é uma suposta resposta ao problema a
ser investigado, ou seja, hipótese é uma suposição que se faz na tentativa de explicar o que
se desconhece. Esta suposição tem por característica o facto de ser provisória, devendo,
portanto, ser testada para a verificação de sua validade., trata-se de antecipar um
conhecimento na expectativa de que possa ser comprovado. Sendo assim, visando responder
ao problema em análise, avançamos as hipóteses seguintes:
1.5.Objectivos da pesquisa
1.5.1.Objectivos gerais
1.5.2.Objectivos específicos
1.6.Metodologia
O trabalho foi desenvolvido com base em estudo qualitativo de cunho descritivo em que, por
meio desta metodologia, compreendeu-se as relações sociais que indicaram as das relações
dos educadores e adolescentes, tendo como ponto fundamental a questão afectiva no
processo educacional.
Desta forma, por buscar a análise da relação educadores e adolescentes, com observações e
entrevistas, acreditamos que o contacto com as obras que tratam deste tema proporcionaram
um esclarecimento maior e deram a oportunidade de melhorias no desempenho profissional
na área educacional, as leituras abriram a mente e concretizaram as ideias que se formam no
decorrer de nossa vida.
15
1.6.2.Amostra
Observação
1
C.f. Hildizina Norberto DIAS, et al., Manual de Práticas Pedagógicas, Maputo, Textos Editores 2008.
16
Entrevista
A entrevista é o encontro entre duas pessoas com vistas a que uma delas obtenha
informações a respeito de um determinado assunto, utilizando-se para isto de uma
conversação de natureza técnico-profissional. Nesta ordem de ideia, na visão de LAKATOS
& MARCONI (2009, pág.197), a entrevista “é um encontro entre duas pessoas, afim de que
uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante de uma
conversa de natureza profissional”. Também pode-se dizer que a entrevista é considerada
uma modalidade de interacção entre duas ou mais pessoas, também podemos dizer que é
uma conversa intencional geralmente entre duas pessoas, embora por vezes pode levar mais
de uma pessoa.
17
2.1.Conceitos básicos
Afectividade
A afectividade é o conjunto de factos que fazem parte da vida afectiva caracterizados pela
sua associação ao prazer, à dor, à alegria ou à perda. A afectividade desempenha um papel
crucial na aprendizagem. É ela que desencadeia e orienta a actividade da criança. A
afectividade fundamenta a confiança, a identificação e a imitação, isto quer dizer que, a
afectividade compreende os sentimentos as emoções e as paixões que determinam,
geralmente, a atitude da pessoa frente a qualquer experiência vivida, promovendo impulsos
motivadores e inibidores da conduta do individuo (MORENO, 2010).
Auto-estima
Educação
alcançar a autonomia com base numa formação sólida, por isso a educação traz consigo a
formação integral da pessoa”.
2.2.Teorias desenvolvimentistas
Afecto é representado por um apego a alguém ou a alguma coisa, gerando carinho, saudade
(quando distantes), confiança e intimidade, o termo perfeito para amor entre duas pessoas. O
afecto, é um dos sentimentos que mais gera auto-estima entre pessoas (principalmente
jovens e idosos). Um conjunto de fenómenos psíquicos que se manifestam sob a forma de
emoções, sentimentos e paixões, acompanhados sempre da impressão de dor ou prazer, de
satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou tristeza.
De acordo com VIDIGAL (2011), descreve que o termo afecto é utilizado para se fazer
referência à vida afectiva em geral. Por outras palavras ela é parte integrante de nossa vida
psíquica. Nossas expressões não podem ser compreendidas, se não considerarmos os afectos
que as acompanham esse processo, ou seja, quando entramos em contacto com o meio físico
e social, recebemos estímulos através de nossos órgãos e sentidos e esses estímulos chegam
ao nosso mundo interno (cérebro) e lá recebem significações. Sentimentos, então algo em
2
Segundo MESQUITA & DUARTE (1996, p.172), a Psicologia provem “(do gr. psyché - alma e logos - palavra,
razão, discurso acerca de) No sentido mais lato, a palavra Psicologia designa actualmente o estudo do
comportamento dos homens e animais ou, numa perspectiva diferente, o estudo das sensações, percepções,
emoções, pensamentos e acções do homem. Durante muitos séculos, a Psicologia foi estudada por filósofos,
só vindo a tornar-se autónoma como ciência no século XIX”.
19
relação a eles. Por exemplo, gostamos ou não gostamos do algo, é nos prazeroso ou não é
prazeroso este algo.
Nossa vida afectiva é composta de dois afectos básicos, que segundo VIDIGAL (2011, p.59)
sustenta:
“Os dois afectos básicos são o amor e ódio. Esses dois afectos estão
presentes em nossa vida psíquica e também estão juntos em nossas
expressões, acções e pensamentos. E por verdade que a afectividade não se
vive por estes meros sentimentos, mais pela prática, pela acção que vem
oriunda do sentimento. Afecto é uma atitude, e não somente um sentimento. A
relação de mãe e filhos é afecto natural. Já as relações afectivas de amizade
ou de amor, precisam ser cultivadas”.
Portanto, também podemos dizer que quando Freud postulou o complexo de Édipo concebeu
como o conflito desses afectos básicos (ambivalência de sentimentos), pois que uma de suas
principais dimensões é a oposição entre “um amor fundamentado e um ódio não menos
justificado, ambos dirigidos à mesma pessoa”3. Portanto o amor e ódio estão juntos em
nossas expressões, acções e pensamentos. Por outro lado as emoções são expressões
afectivas acompanhadas de reacções intensas e breves do organismo, em resposta a um
acontecimento inesperado. Apesar de conceituarmos as emoções como expressões da vida
afectiva, a emoção dá-se como experiência interna. Essa experiência inclui a percepção de
modificações que ocorrem no organismo, como o batimento cardíaco acelerado.
3
Magali Teresinha LONGHAI, Mapeamento de Aspectos Afectivos em um Ambiente Virtual de Aprendizagem,
Porto Alegre, editorial PGIE, 2011, p.25.
20
O início da preocupação com a educação do adolescente tem a ver mais com um despertar
de consciência do que com a evolução das condições de vida. Não foi apenas ao progresso à
higiene na adolescência, mas também com a personalidade da própria adolescente que se
manifestou de novos aspectos. Ninguém, porém, foi capaz de prever que o adolescente
guardasse em si própria um segredo primordial que poderia desvendar os mistérios da alma
humana, que trouxesse dentro de si uma incógnita indispensável para oferecer ao adulto a
possibilidade de solucionar seus próprios problemas individuais e sociais. Este ponto de
vista poderá transforma-se no alicerce de um novo pensar que se dedique a pesquisar a
acriançada, cuja influência poderá fazer-se sentir em toda a vida social do homem (Ibidem).
Por isso, para Vygotsky o ambiente tem um papel importante, principalmente no processo de
aprendizagem, através da zona do desenvolvimento proximal, por outras palavras o
ambiente que circunda na criança é importante para que ela não desenvolva hábitos de
regressão, se sentindo rejeitada quando na verdade deveria se sentir atraída pelo ambiente
que entrou.
4
C.f. Priscila Menarin CESARIO, Quem é a Professora de crianças menores de 6 anos para Maria Montessori?
Uma Analise a Partir de suas Obras Educacionais, São Carlos, editorial UFSC, 2007.
21
Com o desenvolvimento da psicologia foi posta de lado a ideia de que o ser humano possui
nos seus primeiros anos de vida um conteúdo bastante pobre, que enriquece com seu
crescimento, porém conservando sempre a mesma forma. A psicologia reconhece que há
vários tipos de psique e de mente nos diversos períodos da vida.
O afecto é muito importante para que um educador seja considerado eficiente e, é muito
importante para a criança sentir-se importante, ou seja, valorizado. O educador deve
conhecer os seus adolescentes, se possível a sua família, a comunidade, analisar a instituição
onde reside assim como reconhecer tudo o que se apresenta como problema. Aí entra o
afecto, reconhecer os adolescentes como indivíduos autónomos, com suas diferenças, com
suas frustrações, preconceitos e discriminações existentes, para poder trabalhar com acções
directas.
Os educadores devem entender seus sentimentos, buscar acções para as diversas dificuldades
que as crianças apresentam, enfim, preocupar-se com o adolescente por inteiro, tendo
sensibilidade para entendê-lo. Buscar acções que o valorizem, independente de seu grau de
desenvolvimento. Assim, as instituições que cuidem dos adolescentes devem oferecer todos
os recursos necessários para isso.
Segundo Piaget (1989), citado por SPRINTHALL, et al., (1993), defende que, a afectividade
constitui aspecto indissociável da inteligência, pois ela impulsiona o sujeito a realizar as
actividades propostas. Com este fio de pensamento os adolescentes alcançam um rendimento
22
A maneira de pensar de Piaget pode ajudar a construir uma compreensão mais realista dos
adolescentes e de como elas constroem o saber, como também da influência da afectividade
e da actividade social sobre o desenvolvimento. Com este ponto de vista, presume-se que a
afectividade é quem dá valor e representa a realidade,
Na teoria de Wallon, tanto a emoção quanto a inteligência para além da afectividade são
importantes no processo de desenvolvimento do adolescente, de forma que o educador deve
aprender a lidar com o estado emotivo do adolescente para melhor poder estimular seu
crescimento individual. Não existem modelos sobre a melhor forma de administrar
(resolver) os conflitos que surgem, mesmo porque isso vai depender do equilíbrio que existe,
maturidade e sabedoria de cada um que encara com as dificuldades, importante é que essa
sabedoria pode ser aprendida, isso levando em conta os dois lados os educadores e as
crianças.
A evolução humana não está somente em aspectos cognitivos, mas também em aspectos
afectivos. Logo, no centro de acolhimento é um grande local onde se observa e questiona-se
os motivos que levam o convívio deste local em concernente dos educadores e dos
23
adolescentes. Sabe-se que a espécie humana tem grande necessidade de ser ouvida, acolhida
e ser valorizada, contribuindo dessa forma para uma boa imagem de si mesmo. Nesta ordem
de ideia, a afectividade está muito ligada à formação da auto-estima. Portanto, a relação
entre os educadores e os adolescentes, deve ser possível mais próxima, no convívio de
sentimentos e de respeito mútuo das diferentes ideias, visto que os adolescentes são levadas
da rua e outras trazidas pelos seus encarregados de educação por não terem condições para
os seus estudos.
Quando adolescentes ter na escola uma visão negativa de si, demonstra um comportamento
diferente dos demais colegas como agressividade, indisciplina, irresponsável, nisso, deve-se
propiciar melhores condições de aprendizagem, seleccionando actividades e posturas
necessárias, que promovam a auto-estima do adolescente.
Na visão de OLIVEIRA (1998), o aspecto afectivo tem uma influência aprofundada sobre o
desenvolvimento intelectual. O afecto pode aumentar ou diminuir e determinar sobre que
conteúdo a actividade intelectual se concentrará, na teoria de Piaget, o desenvolvimento
intelectual é considerado como tendo dois componentes: um cognitivo e outro afectivo que,
desenvolvem-se paralelamente. Afecto inclui sentimentos, interesses, desejos, tendências,
valores e emoções em geral (amor, raiva, tristeza).
Quando acontece o clima de afecto e compreensão está se formando uma relação facilitadora
e um ambiente repleto de afecto, o educador eleva a auto-estima do adolescente com o
objectivo de proporcionar seu pleno desenvolvimento cognitivo e social.
A confiança é tudo para os adolescentes e faz com que seja uma ferramenta para a
participação no sucesso e na conquista do seu adolescente. O educador é a pessoa chave, o
líder que orienta e auxilia a criança em suas actividades, seus sonhos e projectos, também o
educador cresce e se realiza quando percebe que conseguiu passar todo o ensinamento para a
criança de uma forma tranquila, com amizade e serenidade, sem castigos e punições.
A escola é o local onde aprendemos a lidar com regras, programas e regulamentos oficiais, é
o local onde aprende-se a desenvolver as potencialidades individuais, exercícios intelectuais,
para nós tornarmos pessoas capazes e úteis ao desenvolvimento do local onde estamos
inseridos até ao país.
Existe uma maior tendência para muitos educadores, professores e escolas encontrarem
faltas nos seus alunos, do que a desenvolverem os aspectos positivos, nos momentos em que
estes professores, educadores fazem uma grande entregas de trabalhos e inúmeras cópias
sem contar com o bolso dos alunos. Razão pela qual para que o processo de ensino e
aprendizagem ocorra com muito sucesso depende muito da afectividade que o indivíduo
desenvolveu durante a vida inteira, a pois o seu nascimento.
Com base neste autor explica que, para sentir o que está fora, é preciso ter muito dentro de
nós, dai a necessidade de se ter muitas mensagens positivas a fim de incentivar a alegria,
vontade de viver e entusiasmo pelo que realizamos. É importante que nossas relações
expressem a busca do entendimento e um profundo respeito a dignidades das pessoas.
Isto tudo, visa desenvolver capacidades, habilidades, dons e valores, visando conseguir o
que se deve saber, aquilo que se deseja, o que se gosta de fazer de modo a satisfazer
necessidades intelectuais, emocionais e físicas.
Nesta formação da auto-estima tenta definir o diálogo consigo mesmo, e dialogar consigo
mesmo é tentar definir o grau da emotividade, de actividade de resposta aos estímulos, é
rever as emoções, desejos, ilusões e preferências, é encontrar consigo mesmo no mais intimo
de seu ser para se assumir com estima e muito amor.
Quando a pessoa começa a acreditar as suas capacidades e em seu poder de tornar a vida
uma experiencia maravilhosa, cheia de realizações, começa a gostar-se a si própria. Isso
27
permite que entenda que tudo o que faz ou diz vai além do que consegue ver com os seus
olhos, assim valoriza sua liberdade e responsabilidade.
Também podemos dizer que, ter o conceito positivo de si mesmo, é aceitar-se como pessoa,
é ter auto-estima, é ver-se como portador de uma boa imagem, é considerar-se membro
importante da família humana e da comunidade escolar.
A auto-estima é um fenómeno dinâmico, dado que é possível mudar-se qualquer uma das
duas partes da fracção, ou seja, o indivíduo pode alterar as suas aspirações e pode ter
diferentes desempenhos com êxitos variados. Para MICELI (2003:43), a auto-estima ‘é a
imagem do eu aos olhos dos outros’. A auto-estima é uma combinação de conceitos,
crenças, ideias, sentimentos e atitudes que a pessoa tem em relação a si mesmo.
Aprender o valor do autocontrole na infância não significa apenas ser passivo, pelo
contrário, significa ter capacidade de discriminar os contextos apropriados para falar,
brincar, rir. É preciso aproveitar o melhor das possibilidades da infância nas diferentes
situações, de forma a beneficiar-se com o que tais situações podem proporcionar ao seu
desenvolvimento.
No PEA, deve-se pelo menos ter muita atenção, pois na actualidade e desde muito, ninguém
nasceu para sofrer ou fazer outro sofrer. Desta forma, a criança também tem o direito de
receber tratamento que o respeite enquanto cidadão e que trate o outro da forma como vem
recebendo atenção.
28
Os educadores ou professores devem mostrar aos seus alunos que se preocupam com o seu
bem-estar, psicológico, emocional e físico. Devem dar testes, trabalhos e exames razoáveis,
de modo que qualquer estudante que tenha estudado diligentemente tenha uma boa hipótese
de se sair bem. Tomar uma devida atenção aos alunos permitindo-lhes um diálogo favorável
e trocando ideias com eles em momentos certos, sempre quando há necessidade, contar
sempre histórias da vida, ilustrando caminhos bons da vida e como conduzir esta maneira de
viver na sociedade.
Quando se promove a auto-estima nos alunos, estamos a educar em valores na escola, que
para MORENO (2010:260), a escola é um espaço social que vem a pois a experiencia
familiar, educar em valores é educar nos fundamentos éticos que devem governar a pessoa e
o ambiente escolar deve oferecer programas adaptativas as situações concretas dos alunos e
uma educação não de violência.
Segundo MICELI (2003), diz que a forma como percebemos e valorizamos a nós mesmos
determina em grande medida a forma como nos comportamos, como lidamos com nossa
vida, como nos conduzimos. Assim, um adolescente que cresce ouvindo mensagens
negativas a seu respeito terá uma baixa auto-estima, ao passo que uma outra que cresce
ouvindo mensagens positivas a seu respeito terá outras reacções, que permitirão que tenha
contacto com seu próprio potencial e se lance no processo de explorar e descobrir as coisas
do mundo. Deste modo, a família exerce muita influência sobre o comportamento infantil,
expresso nos valores pessoais, nas atitudes sociais e na conduta do adolescente. Uma família
pode despertar para o desejo de aprender ou para o desinteresse, a apatia.
De acordo com MORENO (2010), Educar adolescentes é tarefa complexa, porque, para ele
cada etapa do dia que ultrapassa é um desafio à criatividade e à flexibilidade dos educadores,
pelo muito que eles exigem em termos de mudança de padrões de conduta e de atendimento
29
O ambiente familiar deve possibilitar elementos estimuladores a ela para que desenvolva
todo o seu potencial, por outras palavras, modificar o ambiente actua no sentido de favorecer
o desenvolvimento da autonomia. Neste ponto de análise deve-se criar uma criança capaz de
assumir e decidir por si só o que deseja alcançar em determinados momentos.
Ainda afirma-se que, em locais com estimulação restrita, o adolescente pode não atingir um
desenvolvimento adequado, ou por outra, ela poderá apresentar problemas em relação às
crianças de sua idade, logo, adolescentes criadas em ambientes fechados e sem atencao tem
pouca oportunidade de verem e ouvirem pessoas falando com elas, terão seu
desenvolvimento prejudicado. Afectividade, apoio e cuidados dos educadores são
comportamentos decisivos para o desenvolvimento da maturidade, independência,
competência, da autoconfiança, da autonomia nas futuras decisões e das responsabilidades.
No ponto de vista de Wallon defende que para que a aprendizagem aconteça de forma
significativa, é necessário que todas essas funções estejam em perfeita harmonia e equilíbrio,
ou seja, na sua psicogenética, diz que os aspectos afectivos, são fundamentais e de suma
importância para a construção do conhecimento e para o desenvolvimento pleno do ser
humano. (MORENO, 2010).
De acordo com Wallon (1968), apud COON (2006), salienta que a afectividade e a
inteligência constituem um par inseparável na evolução psíquica, pois ambas têm funções
bem definidas e, quando integradas, permite no adolescente atingir níveis de evolução cada
vez mais elevados.
Na visão de Vygotsky (1988), apud BERTRAND (2001) defende que o pensamento tem sua
origem na esfera da motivação a qual inclui inclinações, necessidades, interesses, impulsos,
afecto e emoção. Nesta análise estaria à razão última do pensamento e assim uma
compreensão completa do pensamento humano e só é possível quando se compreende sua
base do afecto.
Portanto, a qualidade das interacções que ocorrem na sala de aula e até nas instituições que
cuidam dos adolescentes, refere-se a relações intensas entre educadores e crianças,
proporcionando diversificadas experiências de aprendizagem, a fim de promover o
desenvolvimento dos mesmos. Como salienta Vygotsky (1988) citado por BERTRAND
(2001), o processo pelo qual as crianças vão se apropriando dos conhecimentos sociais e
culturais ocorre a partir das experiências vividas entre as pessoas à sua volta, significa a
passagem do nível inter-psicológico (entre as pessoas) para o nível intrapsicológico (no
interior do próprio sujeito) envolve, assim, relações interpessoais densas, mediadas
simbolicamente, e não trocas mecânicas limitadas a um patamar meramente intelectual.
As implicações pedagógicas deste princípio são claras que são a decisão sobre o ensino só
deve ser assumida após o professor realizar uma avaliação diagnóstica do que os alunos já
sabem sobre o tema, e não a partir de decisões burocráticas ou de pressupostos irreais.
Para reverter esse quadro, a proposta seria de uma participação efectiva do professor em
temos pedagógicos e humanos em acompanhamento diário e constante, permeado por fortes
e sinceras relações afectivas.
Desde a infância, é possível plantar suas sementes e colher seus frutos, estabelecendo
vínculos pertinentes que mesmo destruídos em nossa consciência, permanecem eternos em
nossa memória emotiva. É nessa fase que compartilhamos a pureza infantil e descobertas
significativas que fazem dessa época um advento único em nossa história pessoal.
Um dos aspectos a abordar é a percepção da ausência desse vínculo afectivo entre educador
e educando, causador, muitas vezes, do insucesso escolar. Outro factor importante e
primordial é a influência da família na aprendizagem e na formação do indivíduo como ser
social. Neste âmbito não podemos esquecer da escola que, além de exercer sua função
essencial que é a de mediar o conhecimento para novas gerações e apropriação da cultura
acumulada pela humanidade deve ser acima de tudo um lugar prazeroso e de alegria onde o
educando possa vivenciar relações que o ajudem a desenvolver-se como pessoa, cidadão
constituído sócio-histórico culturalmente como um ser pleno a ser respeitado e que deseja
profundamente ser feliz.
Segundo Winnicott (1991), citado por MORIN (2002), o trabalho com adolescentes requer
sensibilidade do educador e uma investigação de como cada adolescente aprende no seio
33
social, nas habilidades e dificuldades de cada um dos adolescentes, pois é importante que o
educador construa um perfil adequado, para conhecer os educandos e saber por onde
começar o seu trabalho, partindo da realidade de cada educando e motivar com uma palavra
amiga, um olhar, sorriso, toque e isto muitas vezes traz de volta as crianças que devido a sua
origem cultural estão cansadas pelo sofrimento de cada um tem. Por isso, muitas
necessidades emocionais das crianças deveriam receber prioridade para facilitar a situação
de aprendizagem.
No ponto de vista de FREIRE (1987), induz-nos a ideia de que o educador não precisa
gostar de todos os alunos da mesma maneira só porque é educador, tem que ir ao além, ou
seja, tem que ser autêntico, ter compromisso com os educandos, respeitando o ser humano
que há em cada um. Por isso, o educador ao manifestar interesse pelos sentimentos e pela
vida da criança bem como oferecer possibilidades para o próprio adolescente se expressar,
pode auxiliar na construção de um ser mais seguro e na sua auto-estima, significa que ela
necessita aprender a valorizar suas ideias e percepções e saber confiar nelas.
Nesta ordem de ideia, Freire ensina-nos que o adolescente que tiver como educador sensível
aos seus questionamentos e anseios e que lhe proporcione experiências escolares
gratificantes, certamente terá maiores oportunidades de enfrentar o amanhã como um
verdadeiro desafio à sua inteligência, criatividade e emoção, ou seja, o educador que
trabalha com criatividade, caberá o prazer de ter crescido junto com o adolescente, por meio
de uma intensa e feliz relação interpessoal. Para que tudo isso ocorra, o educador precisa
estruturar sua prática em conhecimento por meio de como a aprendizagem se processa,
considerando a individualidade de cada um. Portanto, a auto-estima ocorre pela actividade
individual, pela experiência do indivíduo no mundo em que está inserido. Na sala de aula, a
formação da auto-estima resulta da convivência social dos alunos entre si e com o professor.
O ser humano nasce, passa pela infância e adolescência até atingir a idade adulta, o
adolescente apresenta fases ou níveis de desenvolvimento na construção do pensamento em
relação ao nível de pensamento mais evoluído e um momento muito conturbado. Desse
modo, o educador que trabalha com essas crianças precisa conhecer como ocorrem esses
níveis e como pode fazer a mediação para que o adolescente avance cada vez mais, além de
perceber a importância da afectividade no processo de construção desse da auto-estima.
34
Segundo Wallon (1971, pág. 255)5, “a emoção é o primeiro e mais forte vínculo entre os
indivíduos”. Por isso, é fundamental observar o gesto, a mímica, o olhar, a expressão facial,
pois são constitutivos da actividade emocional. Visto que Wallon dedicou-se grande parte de
seu trabalho ao estudo da afectividade, adoptando uma abordagem social do
desenvolvimento humano.
Quando falamos de afecto, de carinho, nos estendemos a uma concepção mais ampla,
envolvendo uma gama maior de Vygotsky (1988) apud BERTRAND, (2001), defende que o
pensamento tem sua origem na esfera da motivação, a qual inclui inclinações, necessidades,
interesses, impulsos, afecto emoção. Nesta ordem de ideia, estaria a razão última do
pensamento e, assim, uma compreensão completa do pensamento humano só é possível
quando se compreende sua base afectiva.
5
C.f. Jair de Oliveira SANTOS, Educação Emocional na Escola: A Emoção na Sala de Aula, 2ª ed., Salvador,
Editorial Faculdade Castro Alves, 2000.
35
conhecimento de como essa aprendizagem pode ser construída pelo educando para a partir
desses dados, trabalharem seus diferentes contextos.
Segundo HOYLE et al., (1999), apud MENEZES (2008), as pessoas com elevada auto-
estima envolvem-se em actividades que as promovam e sentem-se superiores aos outros.
Não gostam de ver defeitos em si nem que os outros os critiquem. Em contraste com
indivíduos com auto-estima baixa e os indivíduos com auto-estima elevada explicam os seus
sucessos, enaltecendo-se, e referem-se aos seus fracassos, negando a sua responsabilidade.
Muitas vezes, depois de terem um mau desempenho ou de serem insultados, envolvem-se
mais facilmente em críticas aos outros. Por fim, a superação por outro indivíduo, incita-os a
realizarem mais comparações de desempenho com o mesmo, de forma a minimizar e
relativizar o seu fracasso na comparação inicial. Quando não se sentem ameaçados, os
indivíduos com elevada auto-estima estabelecem objectivos elevados e têm um bom
desempenho. Esta perspectiva defende que os indivíduos com elevada auto-estima não são
seguros do seu amor-próprio e valorização, sendo, por isso, necessário promover e defender
constantemente a mesma.
Outras perspectivas de HOYLE et al., (1999) apud MENEZES (2008), sustentam que estes
indivíduos se sentem valorizados e gostam de si mesmos aceitando as suas fraquezas não
sendo necessária uma validação e promoção contínua. Por outro lado, os indivíduos com
baixa auto-estima avaliam-se negativamente em diversas áreas, aceitam passivamente as
críticas dos outros, estão mais susceptíveis a experienciar emoções negativas tais como
ansiedade e depressão e têm estratégias mais deficientes para lidar com as adversidades.
Estes indivíduos com baixa auto-estima são, frequentemente, caracterizados como pessoas
inseguras, confusas e com muitas incertezas, que evitam expor os seus defeitos. Quando um
indivíduo com baixa auto-estima falha algo, tem maior tendência que um indivíduo de
36
3.1.Colecta de dados
Para tal, a colecta de dados da pesquisa foi feita em duas fases que descrevemos a seguir:
ii) Na segunda fase decorreu uma entrevista7 aos 5 educadores. A entrevista tinha
como objectivo: descrever o afecto que os educadores tem com relação aos seus
adolescentes e tirar as conclusões sobre a eficácia e influência do método
proposto.
3.1.2.Tratamento de dados
7
Vide anexo
38
Com base nesses dados e entendendo o nível das atitudes dos comportamentos dos
adolescentes, significa que, o nível de escuta por parte do adolescente é interessante para
mais desenvolver a sua linguagem, visto que, para Vygotsky (1896-1934), a linguagem
ocupa um papel central, pois, além de possibilitar o intercâmbio entre os indivíduos, é
através dela que o sujeito consegue abstrair e generalizar o pensamento. Por outras palavras
"a linguagem simplifica e generaliza a experiência, ordenando as instâncias do mundo real,
agrupando todas as ocorrências de uma mesma classe de objectos, eventos, situações, sob
uma mesma categoria conceituai cujo significado é compartilhado pêlos usuários dessa
linguagem" (OLIVEIRA, 1993, p. 27). Aprofundando ainda este conhecimento, significa
que a instituição deve fazer o adolescente avançar na sua compreensão do mundo a partir do
desenvolvimento já consolidado, tendo como meta etapas posteriores, ainda não alcançadas
e o papel do educador/a consiste em intervir na zona de desenvolvimento proximal ou
potencial dos adolescentes provocando avanços que não ocorreriam espontaneamente.
Conforme se verifica nestes resultados, analisa-se que com este pensamento, ou seja, a ideia
de realizar um acompanhamento, fortifica a maturação dos adolescentes correlação o seu
nível de cognição ou inteligência, portanto, na visão de Piaget (1896-1980), a capacidade de
organizar, estruturar, entender e posteriormente, com a aquisição da inteligência abstracta,
explicar pensamentos e acções. Desta forma, a inteligência vai-se aprimorando na medida
em que o adolescente estabelece contacto com o mundo, experimentando-o activamente o
abstracto.
Na pergunta 1, 3 educadores responderam que o afecto é o amor que um educador deve ter
para com os adolescentes, 1 disse que o afecto é a paixão de uma pessoa para a outra e 1
disse que o afecto é o prazer de cuidar e prestar atenção na pessoa no que tudo realiza, ou
seja criar conforto na criança, para se satisfazerem com sucesso no mundo da criança,
“essas condições só precisam ser suficientemente boas, dado que a inteligência da criança
se torna cada vez mais apta para ter em conta a possibilidade de fracassos e para dominar
a frustração diante uma prévia preparação, como se sabe, as condições que são necessárias
para o crescimento individual da criança não são estáticas, assentes e fixas em si mesmas;
encontram-se num estado de transformação qualitativa e quantitativa, em relação à idade
da criança e às necessidades em constante mutação” (WINNICOTT, 1971, p. 203)8.
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C.f. Maria do Mar Pita Negrão Cardoso de MENEZES, Satisfação Conjugal, Auto-estima e Imagem Corporal
em Indivíduos Ostomizados (Dissertação), Porto Alegre, Editorial Universidade de Lisboa, 2008.
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É de salientar que, os resultados obtidos e entrado com a primeira hipótese foi observada na
medida em que eles se relacionam do adolescente com outros adolescentes e assim como
com os educadores, o diálogo, a aproximação e o afecto faz parte do quotidiano daquela
instituição. A segunda hipótese não se observou porque o relacionamento dos educadores e
adolescentes influência na aprendizagem e a formação da auto-estima, visto que os
educadores recebem nos adolescentes e isto monstra a relação afectiva dos educadores e
adolescentes na instituição. A terceira hipótese verificou-se nos momentos em que
educadores estão ausentes deles, os adolescentes mostram-se afectuosos entre eles em
momentos de aprendizagem.
Conclusão
Sugestões
Durante as pesquisas no seu todo processo, deparamo-nos com alguns educadores que não
estão comprometidos com mudanças em suas ideias tradicionais ou posturas, visto que as
suas práticas educativas, apenas depositam informações nos adolescentes desconsiderando
assim a afectividade no processo da formação da auto-estima. Diante disso, demonstram
carência afectiva, demonstrando que o conceito que do adolescente tem de si é negativo.
Sabe-se, no entanto, que a Escola não é a solução para todas as dificuldades existentes do ser
humano, porém, como a instituição é órgão educacional que tem como uma das suas funções
a formação do cidadão como sujeito construtor do seu contexto social, pode e deve
contribuir para mudanças significativas na relação educador e criança, pois, além da
instituição que oferece ambiente favorável, a afectividade está presente em cada acção e
busca seu espaço no espelho da formação da auto-estima.
Deve-se incentivar muito o afecto na formação da auto-estima, visto que é fundamental para
se alcançar o processo de ensino e aprendizagem com muito sucesso;
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Satisfação Conjugal, Auto-estima e Imagem Corporal em Indivíduos Ostomizados
(Dissertação), Porto Alegre, Editorial Universidade de Lisboa, 2008.
15. MENEZES, Maria do Mar Pita Negrão Cardoso de, Satisfação Conjugal, Auto-
estima e Imagem Corporal em Indivíduos Ostomizados (Dissertação), Porto Alegre,
Editorial Universidade de Lisboa, 2008.
18. MORENO, Ciriaco Izquierdo, Educar em Valores, Editora Paulina, 4ª ed., São
Paulo, 2010.
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