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Drogas

TUDO PODE ACONTECER

É muito comum ouvirmos afirmações do tipo: Eu nunca pensei que isso fosse acontecer na minha
família!

É claro que ninguém espera, e muito menos deseja, que um membro da família, ou um amigo,
venha a se envolver com drogas.

Mas, infelizmente, isto pode acontecer. Principalmente com as proporções epidêmicas que o uso
e o abuso das drogas vem atingindo no mundo inteiro, inclusive aqui, perto de nós.

O problema, muitas vezes, começa na própria família, com drogas lícitas como o álcool, o cigarro,
os medicamentos e outros produtos, que aparecem entre as principais causas de morte evitáveis.

O combate pode ser feito por várias ações: a repressão ao tráfico, a redução da produção e,
principalmente, pela prevenção, reduzindo o consumo e evitando que as pessoas comecem a
consumir. É a ação mais eficaz, sem dúvida, e pode ser praticada por todos nós.

COMO AJUDAR OS FILHOS?

Afeto: Manifestações de carinho e amor são sempre bem vindas. Abrace, beije, incentive os filhos,
mesmo em público. Fortaleça os vínculos entre os membros da família, incentivando o clima de
afetividade, sinceridade e companheirismo entre todos.
Ambiente: Reduza a influência negativa que possa vir de outros grupos. Faça com que o ambiente
familiar seja atrativo e aconchegante. Faça com que seu filho se sinta bem em sua própria casa.
Diálogo: Ache tempo para conversas e consultas freqüentes sobre qualquer assunto. Reserve um
tempo especial para cada membro da família. Mantenha em casa um clima de diálogo franco e
aberto. Converse com seus filhos sobre o consumo de álcool e de outras drogas, mas também
sobre demais assuntos que fazem parte de seus interesses.
Exemplo: Álcool e cigarro são drogas lícitas, mas evite consumi-las, se não quiser estimular os
filhos a fazer o mesmo. Viva o que você recomenda aos seus filhos. Mesmo que os contestem ou
questionem, terão nos pais os melhores exemplos e guias.
Liberdade: Mais autonomia significa maior capacidade de decisão. Incentive a responsabilidade
de cada um. Respeite os valores e os sentimentos de seu filho. Evite criticá-lo o tempo todo.
Modelo: Cuide para que a relação com os filhos seja fundamentada na confiança e no respeito.
Isso cria um modelo de comportamento para eles. Os jovens precisam de bons modelos.
Ocupação: Encoraje as atividades criativas e saudáveis de seus filhos, ajude-os a lidar com as
pessoas de seu meio, motive-os a tomar decisões, ensine-os a assumir responsabilidades e
estimule-os a desenvolver valores fortes e o senso crítico diante das mais diferentes situações,
inclusive das drogas.
Participação: Tome decisões em conjunto, assim todos percebem que suas opiniões e pontos de
vista são respeitados.
Presença: Reforce as relações familiares, participe mais das atividades dos filhos. Cresça com
seus filhos.
Prevenção: Explique sempre aos filhos quais são os riscos do uso de drogas. Ensine-os a não
experimentá-las.
Princípios: Evidencie os princípios espirituais, em contraposição aos valores materiais.
Regras claras: Imponha limites. Quando fizer alguma proibição, não deixe dúvida sobre suas
razões. O amor de pai e de mãe precisa ser exigente. Esse amor acompanha, coloca limites,
exige comportamentos, orienta respostas, deixa as regras claras e alerta para os sinais de
fraqueza. Confie em seus filhos.
EDUCANDO COM VALORES
A educação dos filhos é uma das tarefas mais importantes que podemos realizar, mas é também
aquela para a qual menos nos preparamos. Quase todos aprendemos a ser pais seguindo o
exemplo que nos deram nossos próprios pais.

Hoje em dia, a extensão do uso do álcool e de outras drogas a nossos filhos, famílias e
comunidades tem uma força que era desconhecida até 30 ou 40 anos. Sinceramente, somos
muitos os que necessitamos de ajuda para enfrentarmos esta temível ameaça à saúde e ao bem
estar de nossos filhos. Por sorte, também temos mais informações sobre o que funciona para
prevenir que estes usem drogas.

Como pais, podemos utilizar este progresso em benefício de nossa família.

ENSINANDO PRINCÍPIOS UNIVERSAIS

Cada família tem suas expectativas de conduta que vêm determinadas pelos princípios. Com
muita freqüência são estes princípios que ajudam nossos filhos a decidir que não tomarão álcool
nem outras drogas.

Os princípios sociais, familiares e religiosos são os que dão aos jovens os motivos para dizer
“não” e os que os ajudam a manter sua decisão.

Provavelmente, você já sabia disto e, certamente, já o havia posto em prática em sua casa. Mas
não será demais examinar nossas ações como pais. Algumas maneiras que ajudam a clarear os
princípios familiares:

Comunicar os princípios abertamente. Falar sobre a razão da importância de princípios como a


honestidade, a fidelidade, a integridade, a confiança em si mesmo e a responsabilidade, assim
como da utilidade que eles tem para ajudar seus filhos a tomar decisões corretas.
Ensine a seus filhos que cada decisão se baseia em uma decisão anterior, tomada quando se
está formando o caráter, pelo que uma boa decisão faz com que seja mais fácil tomar a seguinte.
Somos o resultado das escolhas que fizemos em nosso passado.
Reconheça como afeta suas ações o desenvolvimento dos princípios de seus filhos. Os filhos
copiam a conduta dos pais. Se os pais fumam os filhos tem mais possibilidades de converter-se
em fumantes. Trate de avaliar como você usa o fumo, o álcool, os remédios receitados e inclusive
os que se compram sem receita. Considere que com suas atitudes e atos pode estar contribuindo
à formação da decisão de seus filhos de tomar, ou não, álcool e outras drogas.
Isto não significa que, se você costuma beber um pouco de vinho nas refeições, ou a tomar
ocasionalmente uma cerveja, precisa deixar de fazê-lo. Os filhos podem entender e aceitar que
haja diferenças entre o que podem fazer os adultos, legal e responsavelmente, e o que se torna
apropriado e legal para eles.

Deve manter, no entanto, esta distinção com toda clareza. A este respeito, seus filhos não devem
intervir em absoluto: não devem preparar seu copo nem trazer-lhe a cerveja. E por mais inofensivo
que pareça, não permita que provem uns goles.

Muitos de nós fazemos algumas coisas sem pensar no que significam. É algo normal. Porém, se
queremos transmitir a nossos filhos a mensagem correta, convém que sejamos precavidos ante
determinadas condutas.

Nilo Momm
Membro da Comissão Nacional da
Pastoral da Sobriedade – C.N.B.B.
Contato: nilomomm@ig.com.br
Pai e filho se preparam para cruzar uma ponte pênsil.

Ante o perigo da travessia, o pai adverte o filho:

- Filho, tenha muito cuidado e preste bastante atenção onde coloca os pés, pois é muito perigoso
cruzar esta ponte.

O filho, com um olhar, que refletia mais estranheza que obediência, respondeu ao pai:

- Pai, me pergunto: quem de nós dois deve ser mais cuidadoso para pisar, já que a minha
intenção é pisar exatamente no lugar que você pisar?

(fonte: http://www.pime.org.br/missaojovem/mjdrogasfamilia.htm)

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