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INSTITUTO MISES BRASIL


Disponível em: https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2602 acesso em: 26 de julho de 2019

É o crescimento econômico em uma sociedade livre, e não a igualdade forçada, o que salva os pobres

Alguns ousam chamar esse arranjo de capitalismo

O tema da desigualdade econômica vem dominando praticamente todos os debates políticos. O


problema é que, enquanto sobram polêmicas e emotividades, faltam clareza e racionalidade.

O principal exemplo da falta de clareza e racionalidade pode ser visto naquelas pessoas que dizem
querer "eliminar a pobreza e a desigualdade". Quase que sem exceção, há uma confusão entre pobreza
e desigualdade

Isso é um grande erro. Vamos pensar mais detidamente.

Eliminar a pobreza é algo obviamente bom. E, felizmente, isso já está acontecendo em escala global. O
Banco Mundial recentemente relatou que as amenidades básicas para se ter uma vida digna estão
disponíveis para os mais pobres do planeta em um volume jamais visto em toda a história da
humanidade. E por uma grande margem. Em 1820, aproximadamente 95% da população mundial vivia
na pobreza, com uma estimativa de que 85% vivia na pobreza "abjeta". Em 2015, menos de 10% da
humanidade continua a viver em tais circunstâncias.

Xangai, um local dominado pela miséria até há pouco tempo, hoje se parece com as cidades mais
modernas dos EUA, como Houston. A renda real da Índia está dobrando a cada 10 anos [isso, antes do
governo tomar a asinina medida de abolir as cédulas]. A África Subsaariana finalmente está crescendo.
Mesmo nos países ricos, os pobres de hoje vivem muito melhor do que viviam os pobres da década de
1970, tendo mais facilidade de acesso a comida, a serviços de saúde e até mesmo a amenidades, como
ar-condicionado.
2

Temos de dar continuidade a esse serviço até terminá-lo. Mas será que realmente iremos ajudar os
pobres se continuarmos nos concentrando obsessivamente na desigualdade?

Anthony Trollope, o grande escritor inglês da era vitoriana, deu uma resposta em seu clássico "Phineas
Finn", de 1867. Sua heroína progressista dizia que "tornar homens e mulheres iguais" era "a essência da
nossa teoria política". Não, retrucou seu amigo radical e mais visionário: "Igualdade é uma palavra feia,
e apavora". Uma pessoa boa deveria, disse ele, em vez de almejar a igualdade, "ajudar a elevar aqueles
que estão abaixo dela".

Concentre-se em eliminar a pobreza, e toda a riqueza será automaticamente distribuída.

O crescimento econômico vem alcançando exatamente isso desde 1800. A igualdade nas questões mais
importantes vem aumentando continuamente, por meio da ascensão dos mais miseráveis do planeta. O
enriquecimento dos pobres — por meio de sua maior facilidade de acesso a itens essenciais — importa
muito mais no contexto geral da humanidade do que o fato de os mais ricos estarem adquirindo mais
Rolexes ou lanchas.

O que realmente importa em termos éticos é se os pobres têm um teto sob o qual dormir, o suficiente
para comer, a oportunidade de ler, acesso a saneamento básico e um tratamento igual por parte da
polícia e dos tribunais (estes três últimos, monopólios estatais). Restringir a violência policial sobre os
pobres inocentes é infinitamente mais importante do que querer equalizar a posse de Rolexes.

O filósofo Harry Frankfurt, da Universidade de Princeton, coloca da seguinte maneira: "A igualdade
econômica não é, em si mesma, de grande importância moral". Em vez disso, deveríamos criar um
arranjo que permitisse aos pobres ascenderem a um nível em que possam viver plenamente suas vidas
humanas.

Outro eminente filósofo, John Rawls, de Harvard, articulou aquilo que chamou de O Princípio da
Diferença: se o empreendedorismo de uma pessoa rica melhorar a vida do mais pobre, então a maior
renda deste empreendedor está justificada.

É verdade que aquelas conspícuas ostentações de riqueza são vulgares e irritantes. Mas elas não são
algo que devem suscitar a criação de políticas públicas.

A pobreza nunca é algo positivo. Já as diferenças, principalmente as diferenças econômicas,


frequentemente são. É por haver diferenças econômicas que há transações comerciais. É por causa das
diferenças econômicas que nova-iorquinos transacionam bens com californianos e com chineses de
Xangai; e que brasileiros transacionam entre si (do norte ao sul) e com alemães e com argentinos. E é
por isso que todos os ataques políticos ao livre comércio são ignaros, para não dizer infantis. As
diferenças explicam por que interagimos e por que celebramos a diversidade — ou ao menos
deveríamos.

Uma objeção prática a esse enfoque obsessivo dado à igualdade econômica é que é simplesmente
impossível de alcançá-la — não é uma sociedade grande e não de uma maneira justa, sensata e pacífica.
Dividir uma pizza entre amigos é algo que pode ser feito de maneira equitativa, com certeza. Mas
igualdade além desse básico, e além de direitos humanos, é impossível de ser alcançada em uma
econômica dinâmica e baseada na divisão do trabalho.
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Restringir o sucesso de quem alcançou êxito por meio do livre mercado — isto é, sendo bem-sucedido
em atender as demandas e desejos dos consumidores — inevitavelmente requer o uso do confisco e da
violência. Mais: é necessário saber exatamente quem terá de ser atacado. Acreditar que pode haver um
governo — inevitavelmente formado por pessoas com interesses próprios — capaz de fazer essa
redistribuição de maneira ética é totalmente ingênuo.

Dado que as pessoas são naturalmente desiguais em quesitos como inteligência, herança genética,
ambição, ambiente familiar, disposição para o trabalho, capacidade empreendedorial e, acima de tudo,
nas escolhas que fazem, elas jamais serão economicamente iguais. Logo, a igualdade econômica só
poderá ser alcançada se for imposta pela força, pelo confisco e pela violência.

Portanto, não basta apenas dizer que "igualdade econômica imposta pela força é um objetivo
inerentemente imoral e cruel." É necessário dizer que a igualdade econômica é um objetivo
inerentemente imoral e cruel porque só pode alcançado por meio da coerção, do confisco e da
violência. Não há outra maneira.

Outro problema é que, quando você decepa as maiores plantas, você reduz o tamanho da colheita. Por
isso, é necessário permitir que haja discrepâncias de renda, pois são estas discrepâncias que equilibram
a economia: se os ganhos de uma determinada profissão são extremamente altos, isso indica que há
uma escassez de mão-de-obra qualificada para aquela profissão. Tal indicador, consequentemente,
envia um sinal para todos os indivíduos da economia, mostrando que aquela profissão extremamente
rentável está em pequena oferta, o que significa que mais mão-de-obra deve ser direcionada para ela.

Se um cirurgião cerebral ganhasse o mesmo tanto que um taxista, não haveria um número suficiente de
cirurgiões. E haveria um excesso de taxistas.

Uma alternativa seria criar um comitê central formado por planejadores genuinamente sagazes com o
poder de forçar as pessoas certas para os empregos certos. Mas tal solução, assim como a igualdade
forçada, seria necessariamente violenta. E mágica. Só que tal mágica já foi tentada várias vezes, como
na Rússia de Stalin e na China de Mao. A mágica descambou em chacinas e centenas de milhões de
mortos.

Muitos de nós ainda carregamos um pouco de socialismo em nossos sentimentos, nem que seja porque
crescemos em um ambiente familiar amoroso, no qual a mãe era a planejadora central. Compartilhar as
coisas funciona muito bem dentro de uma casa formada por uma família amorosa. Mas não é assim que
adultos conseguem as coisas em uma sociedade desenvolvida. Adultos livres só conseguem o que
querem se trabalharem e produzirem bens e serviços para outras pessoas. Em troca dessa produção
recebem um salário. E é com esse salário que irão, voluntariamente, adquirir o que querem.

No mundo real, longe das fantasias adolescentes, ninguém consegue o que quer simplesmente dividindo
todo o maná da natureza em um jogo de soma zero.

Em termos aritméticos, expropriar os ricos e redistribuir para os pobres não irá elevar os pobres
permanentemente. No máximo, irá elevar seu padrão de vida apenas temporariamente, e por pouco
tempo. Tão logo essa riqueza distribuída for consumida, os pobres voltarão à estaca zero.
Consequentemente, novas rodadas de confisco e redistribuição terão de ser efetuadas. Mas quem serão
os próximos expropriados? Não é de se imaginar que os ricos que estão sendo expropriados ficarão
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inertes, esperando novas rodadas de expropriação. Em uma sociedade livre, eles podem se mudar para
Hong Kong, Cingapura, Suíça, Irlanda ou para as Ilhas Cayman.

Por isso, a redistribuição funciona apenas na primeira rodada. E por pouco tempo. Se cada centavo dos
20% mais ricos fossem confiscados e redistribuídos aos 80% restantes, os extremamente pobres ficariam
apenas 25% mais ricos. E se apenas o super-ricos fossem espoliados, os mais pobres receberiam ainda
menos.

Sendo assim, a redistribuição de renda visando a uma igualdade econômica é uma fantasia adolescente
que não sobrevive ao mais básico teste de lógica aritmética.

[N. do E.: como bem explicou Ludwig von Mises:

A maioria das pessoas que exige a maior igualdade possível de rendas não percebe que o objetivo que
elas desejam só pode ser alcançado pelo sacrifício de outros objetivos.

Elas imaginam que a soma de todas as rendas permanecerá inalterada e que tudo o que elas precisam
fazer é apenas distribuir a renda de maneira mais uniforme do que a distribuição feita pela ordem social
baseada na propriedade privada.

Os ricos abdicarão de toda a quantia auferida que estiver acima da renda média da sociedade, e os
pobres receberão tanto quanto necessário para compensar a diferença e elevar sua renda até a
média. Mas a renda média, imaginam eles, permanecerá inalterada.

É preciso entender claramente que tal ideia baseia-se em um grave erro.[...] Não importa qual seja a
maneira que se conjeture a equalização da renda: tal medida levará, sempre e necessariamente, a
uma redução extremamente considerável da renda nacional total e, consequentemente, da renda
média.

Quando se compreende isto, a questão assume uma complexidade bem distinta: agora temos de decidir
se somos a favor de uma distribuição equânime de renda a uma renda média mais baixa, ou se somos a
favor da desigualdade de renda a uma renda média mais alta.

A decisão irá depender essencialmente, é claro, de quão alta será a redução estimada na renda média
causada pela alteração na distribuição social da renda. Se concluirmos que a renda média será mais
baixa do que aquela que é hoje recebida pelos mais pobres, nossa atitude provavelmente será bem
distinta da atitude da maioria dos socialistas sentimentais.

Se aceitarmos o que já foi demonstrado sobre o quão baixa tende a ser a produtividade sob o socialismo,
e especialmente a alegação de que o cálculo econômico sob o socialismo é impossível, então este
argumento do socialismo ético também desmorona.]

O que realmente soluciona o problema da pobreza em definitivo é o crescimento econômico gerado por
transações econômicas voluntárias, e não a caridade compulsória ou voluntária. Na Coreia do Sul, o
crescimento econômico aumentou a renda dos mais pobres em um fator de 30 vezes a renda real que
auferiam em 1953.

O que é que realmente devemos defender: uma extração dos ricos feita de uma só vez (que, além de
melhorar a vida dos pobres apenas temporariamente, serve apenas para saciar os sentimentos da inveja
e da raiva), ou uma sociedade economicamente livre, na qual os pobres ascendem a passos gigantescos?
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É melhor nos concentramos diretamente naquela igualdade que realmente queremos e podemos
alcançar, que é a igualdade da dignidade e a igualdade perante a lei. A igualdade liberal — em
contraposição à igualdade socialista do confisco e da redistribuição forçada — é a única que elimina os
piores aspectos da pobreza. Isso foi feito espetacularmente na Grã-Bretanha, em Hong Kong,
em Cingapura e em Botsuana.

Sim, é necessário fazer muito mais. A saber: mais crescimento, que depende de mais investimentos e de
mais capacidade humana, o que requer uma proliferação de engenheiros. Mais engenheiros e menos
advogados e filósofos. Isso irá enriquecer a todos nós.

Parodiando os heróis de nossa adolescência, Marx e Engels: trabalhadores de todos os países, uni-vos!
Vocês não têm nada a perder, exceto a estagnação. Exijam um crescimento econômico gerado por
transações econômicas voluntárias em um arcabouço econômico livre.

Alguns ousam chamar esse arranjo de capitalismo.

autor

Deirdre McCloskey

é professora de economia, história, inglês, e comunicação na Universidade de Illinois, em Chicago. Já


escreveu 16 livros e publicou 400 artigos, que abordam desde os aspectos técnicos da economia até a
ética e as virtudes burguesas. Seu último livro, Bourgeois Dignity: Why Economics Can't Explain the
Modern World, é o segundo de uma série de quatro sobre a Era Burguesa.

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comentários

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comentários (43)


Rômulo Marcos 09/01/2017 15:17

Na verdade, uma sociedade em que não existisse estado para impor a igualdade, pelo menos no Brasil,
seria bem mais igualitária, uma vez que mais da metade da alta é constituída de funcionários públicos.
Isso fora os corporativistas e grandes empresários que só estão onde estão por causa da ausência de
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concorrência gerada pelas regulações estatais.

As pessoas simplesmente não entendem que impor coisas, além de imoral, é ineficaz, não funciona, não
adianta, isso só dá mais jus a expressão "o mundo é dos espertos" -- que, no caso, são os sanguessugas
engravatados.

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Flavio 09/01/2017 15:27

Rômulo, apenas complementando seu ótimo comentário, vale falar também sobre a Seguridade Social,
que no Brasil é também um enorme esquema de transferência de renda, dos mais pobres para os mais
ricos.

Vai desde o confisco puro e simples (como quando o governo remunera o FGTS com juros inferiores à
inflação) até quando o governo resolve pagar um benefício médio de R$ 1.121,41 aos trabalhadores do
setor privado que contribuíram por 35 anos, mas paga R$ 9.300,00 em média a um militar reformado,
ou incríveis R$ 24.900,00 por mês em média a servidores aposentados do Judiciário, que, também na
média, contribuíram por apenas 25 anos.

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Paulo 09/01/2017 15:18

O grande desafio de uma sociedade não deveria ser combater a desigualdade, mas sim a pobreza em si.
Isso, de cara, pode chocar, mas não existe outro caminho. Vejamos:

a) Se pode ter todo o mundo vivendo igualmente na pindaíba ou se ter diferenças brutais com a base
vivendo dignamente. Se é que, mesmo em regimes autoproclamados igualitários, sempre um estamento
burocrático virou a elite econômica de um país ou mesmo passou a exercer uma simbiose com setores
eleitos (via protecionismo, cartorialismo, empréstimos subsidiados… ).

b) Diferenças surgem até mesmo entre irmãos criados sob o mesmo teto. Pessoas têm aptidões,
talentos e aspirações diversas. Passando-se do micro para o macro, existem povos mais
empreendedores do que outros, assim como há os mais poupadores, os mais 'estudiosos', os mais
legalistas etc. Escolhas diferentes produzem resultados diversos.

c) Com efeito, existem países paupérrimos mais igualitários do que as nações mais ricas da Terra, se
levarmos em conta o tal do Coeficiente GINI.

d) Se for para se tentar reparar injustiças históricas "na marra", então teríamos que adentrar em
10

discussões acerca das guerras indígenas pré-colombianas; teríamos que identificar também que povos
africanos subjugaram povos vizinhos ou mesmo averiguar que povos europeus dominaram outros
europeus. A coisa se complica muito mais ainda entre povos miscigenados*. A questão que se impõe é o
que se pode fazer para reduzir a pobreza daqui para frente. Há, portanto, dois caminhos que podem ser
trilhados (com suas gradações – o diabo vive entre elas):

d.1) O primeiro é liberar e potencializar a capacidade empreendedora de um povo, dar um choque de


liberalismo, ficando o Estado nos cuidados de prover uma boa educação, de manter as relações jurídicas
protegidas e, na proporção do grau de prosperidade, de algum sistema de proteção contra o desamparo
(tudo ao lado das funções clássicas, como segurança, defesa e diplomacia). Isso permite que um país
evolua de forma consistente e que os mais pobres vivam com dignidade e perspectiva de melhora (mas
diferenças sempre haverá). Normalmente países que percorrem essa trilha, DEPOIS QUE ENRIQUECEM,
passam a ter lá seus programas sociais mais generosos e restrições ambientais. É daqui que nasce o mito
do "socialismo" escandinavo.

d.2) O segundo meio é o que visa acabar com a desigualdade tirando dos 'ricos'. Seus métodos são mais
do que previsíveis e podem até produzir bons efeitos no curto prazo. É a via chavista. Com
desapropriações, tabelamentos, tributação escorchante, confiscos, nacionalizações, controles e mais
controles. Não precisa ser exímio conhecedor dos fatos para lembrar que logo a economia de um país se
atrasa ou colapsa, mas com líderes demagogos sendo alçados à condição de Deus.
________________
*No Brasil, ainda tem aquela lenga-lenga esquerdista de "mesma-elite-de-500-anos". Ora, grandes
fortunas do passado se perderam nas mãos de herdeiros perdulários ou relapsos, brigas de família,
golpes e arrivismo; chegaram por aqui, de metade do sec. XIX em diante, levas de migrantes japoneses,
alemães, italianos, libaneses, bem como novas ondas de portugueses que nada tinham a ver com os que
por aqui já estavam. Em grande parte, especialmente no Centro-Sul do Brasil, é essa a elite do Brasil de
hoje.

Isso não quer dizer que o Brasil não tenha velhos vícios de natureza anti-liberal que condenam o lucro e
o mérito, já que o senso comum por aqui é que todos podem viver sob as asas do Estado, desde os
pobres com suas bolsas, quotas e pensões; passando pela classe média concurseira, até os ricos,
beneficiados pelo protecionismo, cartorialismo, empréstimos de BNDES e regulações feitas sob
encomenda

RESPONDER


André 09/01/2017 15:21

Igualdade de renda é o que querem todos os invejosos. Pois morrem de inveja de quem tem algo a mais,
seja inteligência, bondade, beleza, ou até recursos materiais mesmo.

Daí pra não dar na vista que morrem de inveja, ao invés de dizerem que querem destruir as pessoas
11

melhores que eles em alguma coisa, usam essa desculpa de que querem igualdade. Pois querem que
todos que são melhores sejam rebaixados ao seu nível.

Só não falam de igualdade dos outros atributos, como inteligência e bondade, pois não são
"transferíveis". Mas se fossem...

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Don 09/01/2017 15:21

Enquanto a elite intelectual atual não entender a diferença entre leis naturais e comportamento
propositado, todos os governos do mundo irão continuar categoricamente a ignorar a livre iniciativa e o
progresso individual do homem, tanto econômico como social.

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Taxidermista 09/01/2017 15:42

Apenas para complementar: a livre iniciativa continuará sendo vilipendiada enquanto não for
compreendido ou assimilado o seguinte:

liberdade e trocas voluntárias = geração de riqueza e prosperidade;

coerção institucionalizada = destruição de riqueza e degradação moral.

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Felipe 09/01/2017 15:31

Me chamem de louco, mas eu não compro nada de grandes corporações. Não encontrou outra maneira
melhor de beneficiar o meu próprio país consumindo e beneficiando produtores do nosso país!Há
porem, muitas marcas internacionais que, apesar de produzir no brasil, não deixa de ser estrangeira.
Me pergunto, como as pessoas podem defender marcas de países que provocam guerra e espionagem?
Como ninguém pensa em estar promovendo o socialismo ditador e escravista chinês a preços e
produtos baratos!
Desculpe amigo, com esse pensamento egoísta você construiu uma favela em sua cidade. Defendo o
capitalismo,mas dou muito valor a quem trabalha de maneira honesta para levar comida a sua mesa.
Quando você diz q o mundo é do mais forte imagino um troglodita das cavernas sem senso de
humanidade e respeito. O seu mundo é o Brasil, onde vive. E comparar pessoas trabalhadoras a
12

desigualdades de âmbito egoísta e imoral a estupradores é muita demagogia para mim.


Conscientize-se, comece a pensar em pequenas empresas, empresas heroínas e resistentes a oligopólios
massacrantes. Ainda espero que as pessoas comece a ver a importância da igualdade, do trabalho.
Promova o consumo economicamente consciente e estará fazendo um bem muito maior. Notei uma
certa crítica indireta ao assistencialismo do governo, saiba que isso de certa maneira traria uma
circulação maior de dinheiro, aumentaria o consumo e erradicaria a pobreza. Mas como isso
aconteceria, se o dinheiro fica com as grandes empresas ou vão para fora.
O Brasil precisa de consciência, na hora de comprar, de comprar e, principalmente de admirar e dar bola
para quem pisa em cima de nossas cabeças.

RESPONDER


Doutrinador 09/01/2017 15:36

Comprar apenas as porcarias nacionais fabricadas por essas mesmas "grandes corporações" que você
tanto critica? Corporações essas que recorrem ao governo para que ele desvalorize a moeda e eleve as
tarifas de importação para nos obrigar a comprar apenas os seus lixos?

Ora, se você quer ser o otário disposto a bancar a boa vida da FIESP, fique à vontade. Apenas não me
obrigue a ser tão otário quanto você.

No mais, há três países que seguem exatamente esta sua ideia de praticamente só comprar coisas
nacionais (embora façam isso por total falta de condição de importar): Coréia do Norte, Cuba e Haiti.

De resto, essa passagem é primorosa: "saiba que [o assistencialismo do governo] de certa maneira traria
uma circulação maior de dinheiro, aumentaria o consumo e erradicaria a pobreza. Mas como isso
aconteceria, se o dinheiro fica com as grandes empresas ou vão para fora."

Genial. Acabo de descobrir que, além de ser a "circulação maior de dinheiro" o que gera riqueza (e não
mais a produção de bens e serviços), a solução para o enriquecimento do país está em o governo fazer
todo mundo virar funça com salário de ministro do STF. Viraríamos a Suíça da noite para o dia.

Lembrem-se: gente como esse Felipe vota.

RESPONDER


Primo 14/06/2017 21:07

Felipe 09/01/2017 15:31


Me chamem de louco, mas eu não compro nada de grandes corporações. Não encontrou outra maneira
melhor de beneficiar o meu próprio país consumindo e beneficiando produtores do nosso país!
13

Doutrinador 09/01/2017 15:36


Comprar apenas as porcarias nacionais fabricadas por essas mesmas "grandes corporações" que você
tanto critica? Corporações essas que recorrem ao governo para que ele desvalorize a moeda e eleve as
tarifas de importação para nos obrigar a comprar apenas os seus lixos?

Acredito ser a discussão entre Doutrinador e Felipe o eixo chave para a disseminação do
anarcocapitalismo na sociedade contemporânea. A compra por ideologia. Enquanto os parâmetros
preço e qualidade forem os determinantes supremos na realização de uma compra o caminho para uma
maior liberdade econômica será muito mais dificil pois os agentes envolvidos no processos
retroalimentam a coerção econômica. É completamente natural um anarcocapitalista comprar carne da
Friboi, segundo a visão do Doutrinador, pois ela é barata e tem qualidade. Felipe já percebeu que esse
tipo de compra fortalece o conluio politico e se nega a realizar essa compra, por mais qualidade e por
menor que seja o preço. Certamente a compra por ideologia é uma vertente socialista, por isso o
anarcocapitalismo é completamente utópico. Para o anarcocapitalismo ser factível na sociedade ele
necessita que os anarcocapitalistas agam como socialistas efetuando compras por ideologia.

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Caio 09/01/2017 15:37

Dúvida, Felipe: Como você não compra nada de grandes corporações e está conseguindo escrever e ser
lido por todos aqui no site?

RESPONDER


André 09/01/2017 15:43

Também fiquei com essa dúvida, Caio, afinal de contas nenhuma empresa brasileira fabrica
processadores, memória, placas mãe, etc.

Como você conseguiu esse milagre, Felipe? Estou curioso.

E que tal fazer melhor: não comercialize com nenhuma empresa/pessoa de fora do seu estado.

Quando você ver sua vida melhorar aí você vai pro nível seguinte: Não comercialize com nenhuma
empresa/pessoa de fora da sua cidade.

Quando você ver sua vida melhorar aí você vai pro nível seguinte: Não comercialize com nenhuma
empresa/pessoa de fora do seu bairro.
14

Quando você ver sua vida melhorar aí você vai pro nível seguinte: Não comercialize com nenhuma
empresa/pessoa de fora da sua rua.

Quando você ver sua vida melhorar aí você vai pro nível seguinte: Não comercialize com nenhuma
empresa/pessoa de fora da sua casa.

Quando você ver sua vida melhorar aí você vai pro nível seguinte: Não comercialize com nenhuma
empresa/pessoa.

Pronto!

Depois conte-nos como foi sua experiencia de isolacionismo, usando o computador que você vai fabricar
em casa, sozinho e usando apenas a matéria prima do seu quintal.

Afinal de contas, pelo que eu entendi, você acredita que:

"O comércio apenas empobrece quem compra e enriquece quem vende. Portanto se o Brasil
proibisse todas as importações e permitisse apenas exportações nos tornaríamos o país
mais rico do mundo! Pois país rico é aquele que envia todos os seus produtos pra fora
e só deixa entrar pedacinhos de papel colorido (também conhecido como "dinheiro") de volta."

Certo?

Só falta agora explicar por que Cuba não está nadando na opulência...

RESPONDER


anônimo 09/01/2017 15:50

Genial, André. Vale também perguntar para o Felipe: você fabrica seu próprio sabonete? E sua pasta de
dentes? E sua escova de dente? E se precisar de um remédio, fabrica em casa? Não usa celular? Como
você cozinha (imaginando que você use gás)?

Apenas alguns poucos exemplos.

RESPONDER


Taxidermista 09/01/2017 16:03

"Quando você diz q o mundo é do mais forte imagino um troglodita das cavernas sem senso de
humanidade e respeito"
15

Felipe:

se o mundo fosse como você quer (e pede) aí sim teríamos um mundo primitivo de trogloditas das
cavernas.

Não consegue enxergar isso?

"O seu mundo é o Brasil, onde vive"

Na linha do André, eu te pergunto:

Pq o Brasil? Pq não a tua cidade? A rua onde vc vive? Pq o teu mundo não é a tua casa, onde vc vive? Pq
não o teu quarto? Pq não o teu corpo?

RESPONDER


Pobre Paulista 09/01/2017 17:33

Atendendo a seu pedido:

Louco

RESPONDER


Arnaldo 10/01/2017 16:37

Boa sorte com equipamentos intelbras e as porcarias internacionais montadas na Zona Franca de
Manuas. Ainda prefiro pagar mais caro e importar eletrônicos decentes.

RESPONDER


Taxidermista 09/01/2017 15:47

Vale lembrar Rothbard:

O igualitarismo é uma revolta contra a natureza:


16

www.mises.org.br/Article.aspx?id=1206

RESPONDER


Fernando 09/01/2017 16:03

Por que Botsuana?

RESPONDER


Anselmo 09/01/2017 17:45

Porque é o país africano que mais cresceu e se desenvolveu.

O lendário Jim Rogers já comentou a respeito:

www.mises.org.br/Article.aspx?id=348

RESPONDER


Andre 09/01/2017 18:36

Segundo estimativas do Banco Mundial, o PIB per capita PPP de Botswana chegou a US$15.800 pouco
acima do Brasil (US$15.300), mas Botswana crescerá em média 4% ao ano, segundo seus objetivos, o
que em 15 anos poderá coloca-lo com PIB per capita de US$25.000, um baita pibão.

data.worldbank.org/indicator/NY.GDP.PCAP.PP.CD

Mises, e o artigo exclusivo sobre Botswana?

RESPONDER


Emanoel Messias 09/01/2017 16:14
17

Muito bom o artigo, vocês conseguem aqui no Mises, elucidar muitos pontos que são apontados como
soluções por populistas, quando na verdade geram problemas. Queria ter essa capacidade para quando
tento explicar essas questões para os amigos que tenho que ainda estão imbuídos com esse tipo danoso
de pensamento. Parabéns.

RESPONDER


mauricio barbosa 09/01/2017 18:17

Emanoel Messias,basta você imprimir os artigos aqui do IMB e ler para elas,com certeza
entenderão,agora concordar é que são elas,pois as pessoas são resistentes a mudanças e é como se o
chão se abrisse e elas caíssem no precipício,enfim é preciso paciência,mas muita paciência e
determinação para convence-las,correndo-se o risco de desanimar no meio do caminho.

RESPONDER


marcela costa 09/01/2017 18:33

Afinal de contas,por que esses esquerdistas não desistem do socialismo?Será que é vergonha de
admitirem que estão errados?Será inveja dos ricos que certamente existirão no capitalismo, junto com
os pobres?O que é melhor: comer hambúrgueres e coca-cola no McDonald's,enquanto os ricos comem
caviar,OU viver de ração junto com cubanos e norte-coreanos?É claro que eles preferem todos vivendo
de ração!Bando de invejosos!

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anônimo 11/01/2017 01:56

O objetivo do governo é criar parasitas, dependentes, pedintes, escravos, bolsistas, etc.

Uma sociedade livre e autosuficiente não interessa ao governo.

O que seria feito com os 5 milhões de funcionários públicos, com milhares de políticos, com centenas de
empresários que possuem contratos com o governo, etc ?

Por que o governo iria incentivar uma sociedade que pode se organizar sozinha ?

O objetivo do governo nunca foi defender a livre iniciativa. Pelo contrário, o trabalho do governo
sempre foi criar mais dependentes.
18

O melhor exemplo é a educação pública. Qual é a quantidade de alunos do governo que se tornaram
autosuficientes ? Quantos alunos do governo pagam todas as coisas que consomem ? Quantos alunos
do governo viraram empreendedores ? Quantos alunos conseguem sustentar seus pais e irmãos ?
Quantos alunos do governo possuem aposentadoria privada ?

Enfim, a autosuficiência das pessoas nunca foi o objetivo do governo. O governo precisa de pedintes,
necessitados, bolsistas, mendigos, parasitas, etc.

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A Roda da Fortuna 09/01/2017 19:30

Nas duas últimas vezes em que A Roda da Fortuna foi o regente do ano, em 1999 e 2008, houve grandes
crises financeiras mundiais. Predigo-os que neste ano de 2017 isto ocorrerá novamente.

1999 --> 1 + 9 + 9 + 9 = 28 ; 28 (como não existe Arcano 28, a soma deve ser feita novamente) -->
2+8=10 (o Arcano 10 sou eu, A Roda da Fortuna)
2008 --> 2 + 0 + 0 + 8 = 10 (Arcano 10 novamente)
2017 --> 2 + 0 + 1 + 7 = 10 (Arcano 10)

A Roda da Fortuna vai girar, o sistema financeiro mundial vai desabar...

Nostradamus disse na Centúria 8, Quadra 28:

"Imitações de ouro e prata se tornarão inflacionadas


Após a doce vida foram atiradas na fogueira
Esgotados e conturbados pela dívida pública
Papéis e moedas serão eliminados."

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Arnaldo 10/01/2017 16:46

Que porra é essa?


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Arcano de c* é r*la.
Deve ser comunista o maluco.

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4lex5andro 10/01/2017 17:50

O próximo estágio das compensações de capital após os metais (ouro e moedas) e papéis (cédulas) seria
o dinheiro eletrônico, e a seguir talvez o bitcoin.

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anônimo 09/01/2017 22:42

Existe um ponto muito importante, que é o custo da mão de obra.

Quando existe muitas empresas e poucos trabalhadores, os salários dos trabalhadores são mais altos.

Quando existe muitos trabalhadores e poucas empresas, os salários dos trabalhadores são mais baixos.

A liberdade para empreender só pode gerar salários mais altos. Como existe concorrência pela mão de
obra, os salários dos funcionários são maiores quando há mais empresas.

Esse é o motivo que leva milhões de pessoas a procurarem países mais liberais.

Quanto menos dificuldade e impostos, mais empresas serão criadas. Principalmente quando o imposto
de renda é eliminado, deixando as pessoas com mais capacidade para empreender.

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a 09/01/2017 22:54

O que leva uma pessoa a tornar-se político é o completo fracasso na vida: financeira, profissional,
amorosa, etc. A pessoa falhou em todos os aspectos e quer vingar-se de seus semelhantes por meio de
medidas legais e burocráticas, a maioria delas idiotas, como é o caso do código tributário brasileiro, que
nos ensina como devemos ser roubados pelo estado, de maneira "correta".

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Galvão 10/01/2017 01:45

Passando para dizer que morreu Zygmunt Bauman.

Os membros do IMB estão em prantos?

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Atento 10/01/2017 12:05

Como não estar, né?

Aquele gênio escreveu coisas como:

"Os indivíduos que têm uma caderneta de poupança e nenhum cartão de crédito são vistos como um
desafio para as artes do marketing: 'terras virgens' clamando pela exploração lucrativa".

"o capitalismo se destaca por criar problemas, e não por solucioná-los";

"[/i]Sem meias palavras, o capitalismo é um sistema parasitário. Como todos os parasitas, pode
prosperar durante certo período, desde que encontre um organismo ainda não explorado que lhe
forneça alimento. Mas não pode fazer isso sem prejudicar o hospedeiro, destruindo assim, cedo ou
tarde, as condições de sua prosperidade ou mesmo de sua sobrevivência.[/i]"

O cara descreve uma característica do socialismo e do welfare state e chama de "capitalismo".

Um verdadeiro gênio.

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Pablo 11/01/2017 18:11

Uma pergunta: como se espera que os pobres ascendam economicamente sem distribuição de renda e
com a possibilidade de pessoas multi-milionárias e bilionárias como é o caso dos Estados Unidos, sendo
que pela regra da monopolização do mercado presenta em regimes capitalistas a riqueza de alguns
21

sempre significará que outros vão perder oportunidades, meios de ganho de renda e em algumas vezes
morrerão?

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Escobar 11/01/2017 19:30

Você conseguiria formular uma pergunta minimamente original, sem recorrer a clichês, lugares-comuns
e chavões típicos de diretório acadêmico?

Em suma, você consegue formular uma pergunta minimamente sensata?

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Tulio 11/01/2017 19:31

Ele está dizendo que um pobre só terá realmente evoluído se virar bilionário.

Isso mostra como a esquerda é incrivelmente materialista: para ela, é 8 ou 80: ou o pobre vira bilionário,
com helicóptero, Ferrari e banheira de hidromassagem, ou todo o sistema não presta e tem de ser
derrubado em prol do comunismo venezuelano.

Um pobre simplesmente melhorar de vida e viver bem não basta. Todos eles têm necessariamente de
virar um Sílvio Santos. Caso contrário, tudo é inaceitável.

Sacou a lógica?

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Pablo 12/01/2017 19:16

Acalmem-se por favor! Eu não entendo ainda muito desse assunto por isso enviei essa pergunta. Estou
querendo me informar e aprender a respeito de política com conhecimentos vindos de várias fontes e
ideologias diferentes.
Talvez vocês estejam certos e a minha pergunta tenha sido estúpida, entretanto o que eu quis dizer é
que em uma sociedade capitalista, sempre quando alguém enriquece (não necessariamente fica rico,
apenas ganha dinheiro) automaticamente alguém empobrece. Por exemplo, em uma entrevista de
emprego, digamos, cinquenta pessoas se candidatam, apenas uma consegue o emprego e das outras
quarenta e nove, vinte conseguem outros empregos, dezenove não conseguem porém se sustentam e
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dez necessitavam daquela vaga antes disponível e agora começam a perder suas posses continuamente.
Algum de vocês já jogou Banco Imobiliário? Já perceberam como enquanto um jogador torna-se dono
de todo o monopólio, todos os outros vão a falência?

Nota: Não estou tentando debater ou discutir, também porque tenho pouco conhecimento dessa área,
e é somente para obter esse conhecimento que faço esse tipo de pergunta para pessoas que de alguma
forma saibam me responder.

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Neruda 12/01/2017 21:59

"Por exemplo, em uma entrevista de emprego, digamos, cinquenta pessoas se candidatam, apenas uma
consegue o emprego e das outras quarenta e nove, vinte conseguem outros empregos, dezenove não
conseguem porém se sustentam e dez necessitavam daquela vaga antes disponível e agora começam a
perder suas posses continuamente. Algum de vocês já jogou Banco Imobiliário? Já perceberam como
enquanto um jogador torna-se dono de todo o monopólio, todos os outros vão a falência?"

Ah, tá... Foi só agora que percebi que você estava esse tempo todo de zoação. Foi mal aí. Não tinha
percebido que você estava esse tempo todo ironizando o discurso da esquerda.

Em tempo, caso alguém se interesse, um artigo sobre isso:

Por que a economia não é um jogo de soma zero

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Andre 13/01/2017 00:45

Que comentário esdruxulo, você teve um derrame recentemente?

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Pablo 31/01/2017 03:07

Eu respeito a ideologia que vocês, a comunidade do instituto Mises Brasil segue, e busco aprender o
máximo possível do que vocês tem a oferecer. Mas não é porque eu não sou tão informado
politicamente que vocês têm que me tratar de forma tão grosseira. Em nenhum momento buscaram me
responder e explicar adequadamente, sendo que a única coisa que fizeram foi criticar a esquerda e me
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criticar por fazer parte da esquerda. Não me entendam mal, sou a favor de críticas construtivas, mas
desde que sejam educadas, e, principalmente, quando alguém lhe faz uma pergunta, você responde, ou
fica calado, e não ataca de uma forma totalmente irracional e sem nem sequer explicar o motivo da
minha suposta ideologia ser falha.

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Liliane 11/01/2017 19:50

Um pouco sobre a espiritualidade no socialismo você pode ver aqui:


carlosliliane64.wixsite.com/magiaeseriados

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Gabriel Santos Andrade 11/01/2017 21:41

Alguém, por favor, poderia explicar-me a sentença abaixo? Obrigado :)


"É preciso entender claramente que tal ideia baseia-se em um grave erro.[...] Não importa qual seja a
maneira que se conjeture a equalização da renda: tal medida levará, sempre e necessariamente, a uma
redução extremamente considerável da renda nacional total e, consequentemente, da renda média.

Quando se compreende isto, a questão assume uma complexidade bem distinta: agora temos de decidir
se somos a favor de uma distribuição equânime de renda a uma renda média mais baixa, ou se somos a
favor da desigualdade de renda a uma renda média mais alta."

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Assis 11/01/2017 22:44

Imagine uma economia com 10 pessoas. As duas pessoas no topo recebem $ 300 cada; as outras oito
recebem $ 50 cada.

A renda total é de $ 1.000.

E a renda média é de $ 100.

Isso significa que, estatisticamente, cada pessoa recebe, em média, $ 100.

Após a adoção da redistribuição de renda, a renda das duas pessoas no topo cairá, pois elas não
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continuarão produzindo o mesmo tanto de antes. Consequentemente, a renda de cada uma será de,
suponhamos, $ 100 cada.

A renda das outras oito pessoas, na melhor das hipóteses, continuará sendo de $ 50 cada.

Ou seja, agora a renda total será de $ 600. Consequentemente, a renda média será de $ 60.

Quanto mais se redistribui, menos sobra para ser redistribuído.

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Gustavo Marinho 12/01/2017 14:12

Perfeito, Assis.

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Zé 13/01/2017 12:38

Gabriel, isso ocorre porque se o governo retirar dinheiro das empresas (impostos) e der para as pessoas
pobres gastarem (bolsas e auxílios), você terá uma redução na capacidade de investimentos em
modernização dessas empresas e consequentemente perda na renda nacional.

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Emerson Luis 12/02/2017 14:15

Sim, o que realmente ajudaria os pobres seria melhorar de situação via crescimento da economia, não
uma igualdade forçada de soma zero. Mas a esquerda não quer realmente ajudar os pobres (embora
seja seu discurso oficial) e sim prejudicar os "ricos" - a "classe média".
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Autor

Deirdre McCloskey

é professora de economia, história, inglês, e comunicação na Universidade de


Illinois, em Chicago. Já escreveu 16 livros e publicou 400 artigos, que
abordam desde os aspectos técnicos da economia até a ética e as virtudes
burguesas. Seu último livro, Bourgeois Dignity: Why Economics Can't Explain
the Modern World, é o segundo de uma série de quatro sobre a Era Burguesa.

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