Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Paulo Couto
Rio de Janeiro
Julho de 2014
ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DAS CURVAS DE PRESSÃO REQUERIDA
NA PRODUÇÃO DE POÇOS DE PETRÓLEO
Examinada por:
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
JULHO DE 2014
Benther, Arnoldo Duarte
Paulo Couto
iii
A minha esposa e filho,
iv
Resumo da Dissertação apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos
necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.)
Julho/2014
v
Abstract of Dissertation presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Master of Science (M.Sc.)
July/2014
This work describes a methodology to analyze the behavior of the vertical lift
performance curves in oil wells during its production. To achieve this goal the
following methodology was used: Nodal Analysis of production systems in oil
producing wells. This methodology enabled determining the rate of flow in which the
wells has the potential to produce, considering the well geometry and completion
limitations, pressure losses and potential scenarios of flow regimes.
Different scenarios were studied which included changes in water cut, pipe
diameter, reservoir pressure and gas-oil ratio for two types of vertical and horizontal
wells geometry in two distinct reservoirs were made.
The general conclusions are that the hydrostatic pressure loss has a major
influence in the calculation representing about 92% of all pressure losses during flow.
The pipe diameter has a significant influence as the flow rate increases resulting in an
increase in friction pressure loss. The variation of the gas-oil ratio and water cut also
showed significant gains and losses respectively due to their influences on the fluid
density.
vi
SUMÁRIO
vii
CAPÍTULO 5 – RESULTADOS E DISCUSSÕES ...............................................................82
5.1 Poço 1 ....................................................................................................................... 83
5.2 Poço 2 ....................................................................................................................... 88
5.3 Poço 3 ....................................................................................................................... 93
5.4 Poço 4 ....................................................................................................................... 98
5.5 Comparativo dos Casos Base.................................................................................. 103
5.5.1 Interpretações dos Resultados obtidos considerados como Casos Base ...... 103
5.5.2 Resumo do estudo comparativo entre os Casos Bases ................................. 111
5.6 Estudos de Sensibilidades ....................................................................................... 113
5.6.1 Poço 1 – Caso Base e BS&W, Diâmetro, RGO e Pressão de Reservatório . 115
5.6.2 Poço 2 – Caso Base e BS&W, Diâmetro, RGO e Pressão de Reservatório . 119
5.6.3 Poço 3 – Caso Base e BS&W, Diâmetro, RGO e Pressão de Reservatório . 123
5.6.4 Poço 4 – Caso Base e BS&W, Diâmetro, RGO e Pressão de Reservatório . 127
viii
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 2.6: Padrões de escoamento em dutos verticais. Mukherjee & Brill (1999) ....... 45
Figura 2.7: Padrões de escoamento em dutos horizontais. Mukherjee & Brill (1999)... 46
Figura 2.9: Curvas IPR - Modelos Linear, Vogel, Fetkovich, Klins e Wiggins............. 53
Figura 3.2: Localização de vários nós em um sistema de produção (Beggs, 2003). ...... 58
Figura 4.6: Gráfico de Comprimento Vertical x Comprimento Total do Poço 1. .......... 70
ix
Figura 4.10: Gráfico de Comprimento Vertical x Comprimento Total do Poço 2. ........ 73
Figura 5.1: Análise Nodal – Acoplamento VLP vs. IPR do Poço 1. .............................. 83
Figura 5.2: Comparativo das perdas de pressão por atrito e gravidade no Poço 1 com a
mudança da vazão líquida. ............................................................................................. 84
Figura 5.4: Gradiente de perda de carga por tipo para o Poço 1. ................................... 86
Figura 5.5: Análise Nodal – Acoplamento VLP vs. IPR do Poço 2. .............................. 88
Figura 5.6: Comparativo das perdas de pressão por atrito e gravidade no Poço 2 com a
mudança da vazão líquida. ............................................................................................. 89
Figura 5.8: Gradiente de perda de carga por tipo para o Poço 2. ................................... 91
Figura 5.9: Análise Nodal – Acoplamento VLP vs. IPR do Poço 3. .............................. 93
Figura 5.10: Comparativo das perdas de pressão por atrito e gravidade no Poço 3 com a
mudança da vazão líquida. ............................................................................................. 94
Figura 5.12: Gradiente de perda de carga por tipo para o Poço 3. ................................. 96
Figura 5.13: Análise Nodal – Acoplamento VLP vs. IPR do Poço 4. ............................ 98
x
Figura 5.14: Comparativo das perdas de pressão por atrito e gravidade no Poço 4 com a
mudança da vazão líquida. ............................................................................................. 99
Figura 5.16: Gradiente de perda de carga por tipo para o Poço 4. ............................... 101
Figura 5.20: Comparativo das Razões de Líquido através da Tubulação. ................... 107
Figura 5.23: Comparativo das Curvas VLP, somente a parcela gravitacional. ............ 110
Figura 5.24: Comparativo das Curvas VLP, somente a parcela de atrito. .................... 110
Figura 5.25: Sensibilidade do Poço 1 com IPR e VLP do Caso Base, VLP com Corte de
Água de 25% e 50%. .................................................................................................... 115
Figura 5.26: Sensibilidade do Poço 1 com IPR e VLP do Caso Base, VLP com
Tubulação de 3 1/2” e 5”. ............................................................................................. 116
Figura 5.27: Sensibilidade do Poço 1 com IPR e VLP do Caso Base, IPR para
Reservatório com Pressão de Bolha e com 2.200 psi. .................................................. 117
Figura 5.28: Sensibilidade do Poço 1 com IPR e VLP do Caso Base, VLP com RGO de
800 scf/STB e 1.200 scf/STB (aproximação de elevação artificial por gás). ............... 118
Figura 5.29: Sensibilidade do Poço 2 com IPR e VLP do Caso Base, VLP com Corte de
Água de 25% e 50%. .................................................................................................... 119
Figura 5.30: Sensibilidade do Poço 2 com IPR e VLP do Caso Base, VLP com
Tubulação de 3 1/2” e 5”. ............................................................................................. 120
Figura 5.31: Sensibilidade do Poço 2 com IPR e VLP do Caso Base, IPR para
Reservatório com Pressão de Bolha e com 2200 psi. ................................................... 121
xi
Figura 5.32: Sensibilidade do Poço 2 com IPR e VLP do Caso Base, VLP com RGO de
800 scf/STB e 1200 scf/STB (aproximação de elevação artificial por gás). ................ 122
Figura 5.33: Sensibilidade do Poço 3 com IPR e VLP do Caso Base, VLP com Corte de
Água de 25% e 50%. .................................................................................................... 123
Figura 5.34: Sensibilidade do Poço 3 com IPR e VLP do Caso Base, VLP com
Tubulação de 3 1/2” e 5”. ............................................................................................. 124
Figura 5.35: Sensibilidade do Poço 3 com IPR e VLP do Caso Base, IPR para
Reservatório com Pressão de Bolha e com 2200 psi. ................................................... 125
Figura 5.36: Sensibilidade do Poço 3 com IPR e VLP do Caso Base, VLP com RGO de
800 scf/STB e 1200 scf/STB (aproximação de elevação artificial por gás). ................ 126
Figura 5.37: Sensibilidade do Poço 4 com IPR e VLP do Caso Base, VLP com Corte de
Água de 25% e 50%. .................................................................................................... 127
Figura 5.38: Sensibilidade do Poço 4 com IPR e VLP do Caso Base, VLP com
Tubulação de 3 1/2” e 5”. ............................................................................................. 128
Figura 5.39: Sensibilidade do Poço 4 com IPR e VLP do Caso Base, IPR para
Reservatório com Pressão de Bolha e com 2200 psi. ................................................... 129
Figura 5.40: Sensibilidade do Poço 4 com IPR e VLP do Caso Base, VLP com RGO de
800 scf/STB e 1200 scf/STB (aproximação de elevação artificial por gás). ................ 130
xii
ÍNDICE DE TABELAS
xiii
NOMENCLATURA
A - Área do duto
AL - Área do líquido
Cp - Calor específico
d - Diâmetro do duto
e - Energia específica
f - Fator de atrito
fo - Fração de óleo
fw - Fração de água
g - Aceleração da gravidade
Gr - Número de Grashof
h - Entalpia especifica
h - Hora
J - Índice de Produtividade
k - Condutividade térmica
L - Comprimento
Lw - Perdas irreversíveis
m - Massa
ʋ - Velocidade
Pr - Número de Prandtl
P - Pressão
qg - Vazão de gás
qL - Vazão de líquido
r - Raio do duto
xiv
NRe - Número de Reynolds
T - Temperatura
S - Entropia
V - Volume
Letras Gregas
ʋ - Velocidade
µ - Viscosidade
ρ - Massa específica
τ - Tensão de cisalhamento
σ - Tensão superficial
Subscritos
b - Bolha
c - Revestimento
ci - Revestimento interno
cime - Cimento
co - Revestimento externo
e - Formação
f - Fluido
g - Gás
i - Inicial
L - Líquido
m - Mistura
xv
n - Sem escorregamento
o - Óleo
s - Sistema
w - Água
w - Parece do poço
wf - Fundo do Poço
Abreviaturas
xvi
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO
1
Um tubo ou conjunto de tubos flexíveis ou rígidos usados para transferir fluidos produzidos a partir do
fundo do mar para as instalações de superfície e transferir injeção ou fluidos de controle a partir das
instalações de superfície para o fundo do mar.
17
dimensionamento do sistema de produção, processamento e gerenciamento da produção
(Bannwart et al., 2005).
18
CAPÍTULO 2 – REVISÃO TEÓRICA
A base teórica para a maioria das equações de escoamento é a equação geral de energia,
uma expressão para o balanço e conservação de energia entre dois pontos em um
sistema (Wylen, 1995). A equação de energia é desenvolvida primeiramente, usando os
princípios de termodinâmica e então é modificada para a forma de equação de gradiente
de pressão.
19
O balanço de energia em regime permanente afirma que a energia de um fluido entrando
no volume de controle, mais qualquer trabalho exercido no ou pelo fluido, mais
qualquer calor adicionado ou removido do fluido, deve ser igual à energia saindo do
volume de controle.
(2.1)
Dividindo-se a equação 2.1 pela unidade de massa para obter energia por unidade de
massa e reescrevendo da forma diferencial temos:
0 (2.2)
Esta forma da equação de balanço de energia é difícil de aplicar por causa do termo de
energia interna, e é comumente convertida para um balanço de energia mecânica,
utilizando-se as relações bem conhecidas da termodinâmica.
(2.3)
e,
(2.4)
ou,
(2.5)
20
Substituindo-se a equação 2.5 na equação 2.2 e simplificando os termos, temos:
0 (2.6)
(2.7)
ou,
(2.8)
0 (2.9)
sin 0 (2.10)
A equação 2.10 pode ser resolvida para gradiente de pressão e, se a perda de pressão é
considerada como sendo positiva na direção do escoamento, temos:
sin (2.11)
21
onde, ≡ é o gradiente de pressão devido ao cisalhamento viscoso ou perdas
por atrito.
⁄
(2.12)
(2.13)
ou,
(2.14)
22
Substituindo a equação 2.14 na equação 2.12, temos:
(2.15)
(2.16)
O fator de atrito para escoamento laminar pode ser determinado analiticamente pela
combinação da equação 2.16 com a equação de Hagen-Poiseuille para escoamento
laminar (Beggs, 2003):
(2.17)
ou,
(2.18)
(2.19)
23
A habilidade de prever o comportamento do escoamento numa condição de escoamento
turbulento é o resultado direto de estudos experimentais extensivos dos perfis de
velocidade e gradientes de pressão. Estes estudos tem demonstrado que ambos, perfil de
velocidade e gradiente de pressão, são características muito sensíveis à parede da
tubulação. Uma aproximação lógica para definir fatores de atrito é começar com um
caso mais simples, por exemplo, uma parede de tubulação lisa, proceder para uma
parede parcialmente irregular, e finalmente uma parede completamente irregular
(Beggs, 2003).
Para paredes lisas, muitas equações tem sido desenvolvidas, cada válida para uma
variedade de números de Reynolds. A equação que é mais comumente usada já que é
explicita em e também cobre uma variedade ampla de número de Reynolds, 3.000
3 10 , foi apresentada por Drew, Koo e McAdams (1930).
.
0,0056 0,5 (2.20)
Uma equação proposta por Blasius (1913) pode ser usada para número de Reynolds até
100.000 para tubulações lisas.
.
0,316 (2.21)
24
Análises dimensionais sugerem que o efeito da rugosidade não é devido à sua dimensão
absoluta, mas principalmente para suas dimensões relativas ao diâmetro interno da
tubulação, ⁄ . Em um escoamento turbulento o efeito da rugosidade da parede tem
demonstrado ser dependente de ambas rugosidade relativa e número de Reynolds. Se a
subcamada laminar que existe na camada fronteiriça é espessa suficientemente, então o
comportamento é similar ao de uma tubulação lisa. A espessura da subcamada é
diretamente relacionada ao número de Reynolds.
Os famosos experimentos com grão de areia de Nikuradse (1933) formaram a base para
obter o fator de atrito para tubulações rugosas. O fator de atrito deve ser calculado
explicitamente a partir de:
A equação que é usada como a base do fator de atrito moderno foi proposta por
Colebrook e White (1939).
,
1,74 2 log (2.23)
(2.24)
,
,
25
Os valores de são estimados e então é calculado até e chegarem a uma
tolerância aceitável utilizando-se um método iterativo.
Uma equação de fator de atrito explicita foi proposta por Jain (1976). Foi identificado
que para uma variedade de rugosidade relativa entre 10 e 10 e uma variedade de
número de Reynolds entre 5 10 e 10 os erros eram entre 1,0% quando
comparado com a equação de Colebrook.
,
1,14 2 log . (2.25)
sin (2.26)
26
Figura 2.2: Diagrama de Moody – Fatores de atrito escoamento em tubulações
(White, 2006, p. 349).
O gradiente de pressão total pode ser considerado por ser composto de três componentes
distintos (Beggs, 2003), que são:
(2.27)
27
ser descrito em função de outras variáveis além do número de Reynolds e rugosidade
relativa.
sin (2.28)
(2.29)
A perda por atrito ocorre devido ao contato do fluido com as paredes da tubulação
corresponde de 5% a 20% da perda total de pressão em dutos verticais e inclinados.
Além das características do fluido, a perda por atrito é função do diâmetro e rugosidade
da tubulação. O gradiente devido à elevação equivale ao peso da coluna hidrostática do
28
fluido dentro da tubulação. Em geral corresponde por 80% a 95% da perda de pressão
total em tubulações verticais. Por último, a perda por aceleração ocorre quando os
fluidos variam de velocidade no interior da tubulação e é geralmente desprezível e se
torna importante em escoamento de fluidos compressíveis em pressões relativamente
baixas (Beggs & Brill, 1978).
29
5. Calcule o gradiente de pressão, ⁄ , no incremento nas condições médias
de pressão, temperatura e inclinação da tubulação utilizando a correlação de
gradiente de pressão apropriada.
6. Calcule o incremento de comprimento correspondente ao incremento de
pressão, ∆ ∆ / ⁄ .
7. Compare os valores estimados e calculados de , ∆ , obtidos nos passos 2 e 6.
Se eles não são suficientemente próximos, estime um novo incremento de
comprimento e vá para o passo 3. Repita o passo 3 ao 7 até que os valores
estimados e calculados estejam suficientemente próximos.
8. Ajuste ∑∆ e ∑∆ .
9. Se ∑ ∆ é menos que o comprimento total da tubulação, retorne ao passo 2. Se
∑ ∆ é maior que o comprimento total da tubulação, interpole entre os dois
últimos valores de para obter a pressão no final da tubulação.
30
pressão e vá para o passo 3. Repita o passo 3 ao 7 até que os valores estimados
e calculados estejam suficientemente próximos.
8. Ajuste ∑∆ e ∑∆ .
9. Se ∑ ∆ é menos que o comprimento total da tubulação, retorne ao passo 2.
A transferência de calor para escoamento bifásico pode ser muito importante quando
calculando o gradiente de pressão em poços geotérmicos, poços com injeção de vapor,
gasodutos de gás úmido em locações offshore. Em geral, para cálculos de troca de calor,
31
é preferível assumir distribuição de temperaturas conhecidas, todavia para sistemas de
componentes múltiplos é necessário a temperatura de entrada ou de saída.
0 (2.30)
Se entalpia especifica e o termo de adição de calor são expressados como calor por
unidade de massa, então a energia mecânica equivalente da constante de calor, , deve
ser introduzida.
0 (2.31)
(2.32)
(2.33)
32
onde, é a temperatura média do fluido, é a temperatura média do ambiente, éa
temperatura média na parede da tubulação, é o coeficiente geral de transferência de
calor, r , r são os raios externos e internos da tubulação, é o diâmetro externo da
tubulação = 2 , é odiâmetro interno da tubulação = 2 , e é a vazão mássica
total.
(2.34)
⁄
⁄
(2.35)
⁄
⁄
(2.36)
. /
0,027 (2.37)
(2.38)
33
onde, é a Profundidade a partir da superfície até o centro da tubulação, é a
Condutividade térmica da terra, é o Diâmetro interno da tubulação, é a
Condutividade térmica da tubulação, é a Condutividade térmica do fluido, é o
Número de Prandtl = ⁄k , é o Calor especifico em pressão constante e é o
Número de Nusselt.
O Número de Nusselt é a razão das trocas de calor convectiva para condutiva através da
superfície de referência (DeWitt, 2007).
A transferência de calor por convecção forçada e livre, condução e radiação devem ser
todos contabilizados no valor do coeficiente de transferência de calor. Dutos enterrados
com isolamento podem ter coeficientes de transferência de calor tão baixos como 0,60
W/m2K, enquanto que não isolados, dutos aparentes podem ter valores superiores a 568
W/m2K (Beggs, 2003).
34
Tabela 2.1: Valores de coeficientes de transferência de calor típicos.
2 (2.39)
(2.40)
2 ∆ (2.41)
35
Integrando a equação e considerando constante temos as três equações de condução
de calor. Na parede da coluna de produção, temos:
∆
(2.42)
∆
(2.43)
Na cimentação, temos:
∆
(2.44)
, ,
(2.45)
36
(2.46)
2 ∆ (2.47)
∆
(2.48)
0,405 ln (2.49)
37
Hasan & Kabir (1991) propuseram a seguinte aproximação para , válida para
qualquer tempo de produção:
38
2.3 VARIÁVEIS DO ESCOAMENTO MULTIFÁSICO
í çã
(2.52)
çã
O valor de razão de líquido não pode ser calculado analiticamente. Este deve ser
determinado a partir de correlações empíricas e é função de variáveis como
propriedades do gás e líquido, regime de escoamento, diâmetro da tubulação e
inclinação.
39
A fração do segmento ocupada por gás é chamado de razão de gás (Gas Holdup) e é
expressada da seguinte forma:
1 (2.53)
(2.54)
1 (2.55)
2.3.3 Densidade
Todas as equações de escoamento requerem que uma densidade para o fluido esteja
disponível. A densidade está envolvida na avaliação das mudanças totais de energia
devido às mudanças de energias potenciais e cinéticas. Cálculo das mudanças na
densidade devido as variações de pressão e temperatura necessita de uma equação de
estado para o fluido que está sendo considerado. Para dois fluidos imiscíveis, óleo e
água simultaneamente, a definição de densidade torna-se mais complexa. A densidade
de uma mistura de gás e óleo escoando é muito difícil de ser avaliada por causa da
separação gravitacional e ao escorregamento das fases envolvidas.
40
A densidade de uma mistura óleo/água pode ser calculada a partir das densidades do
óleo e da água e vazões de escoamento se for assumido que não há escorregamento
entre as fases.
(2.56)
onde,
(2.57)
e,
1 (2.58)
(2.59)
mudança da elevação.
(2.60)
A equação 2.60 tem como principal premissa a não ocorrência de escorregamento entre
as fases durante o escoamento.
(2.61)
41
2.3.4 Velocidade
⁄ (2.62)
A área real na qual o gás escoa é reduzida pela presença do líquido para .
Entretanto a velocidade real do gás é calculada como:
⁄ (2.63)
⁄ (2.64)
⁄ (2.65)
Considerando que ambos e são menores que um (1,0), as velocidades reais são
maiores que as velocidades superficiais.
42
(2.66)
(2.67)
(2.68)
e,
(2.69)
2.3.5 Viscosidade
(2.70)
A equação 2.70 tem como principal premissa a não ocorrência de escorregamento entre
as fases durante o escoamento.
43
(2.71)
(2.72)
As equações 2.71 e 2.72 utilizam a razão de líquido e a razão de gás para determinar a
(2.73)
44
existência de quatro padrões principais em tubulações verticais: Escoamento por bolhas,
escoamento por golfadas, escoamento por transição e escoamento anular.
Figura 2.6: Padrões de escoamento em dutos verticais. Mukherjee & Brill (1999)
Caracterizado pelo escoamento de gás sob forma de golfadas com diâmetro similar ao
da coluna de produção. A golfada de gás escoa pelo centro sendo separado da parede da
tubulação por um pequeno filme de líquido. Ambas as golfadas, de gás e de líquido,
possuem efeito significativo no gradiente de pressão.
45
Padrão de escoamento anular
Caracterizado pela presença de uma fase contínua de gás que escoa pelo centro da
tubulação carregando pequenas gotículas de líquido. Este padrão é comum em poços
que produzem com alta razão-gás-óleo, e a fase gasosa que controla o gradiente de
pressão.
Figura 2.7: Padrões de escoamento em dutos horizontais. Mukherjee & Brill (1999)
Total separação entre as fases devido a diferença de densidade das mesmas. A fase
líquida escoa pela parte inferior enquanto a fase gasosa pela parte superior da tubulação.
Total separação entre as fases devido a diferença de densidade das mesmas. Neste
padrão de escoamento existe a formação de ondas causada pela tensão de cisalhamento
entre a fase líquida e gasosa, ocorrendo então arraste da fase líquida pelo gás.
46
Padrão de escoamento Segregado-Anular
Ocorre na presença de altas vazões de gás. O gás então escoa pelo centro da tubulação e
o líquido pelo espaço entre a tubulação e o gás.
Marcado pela coalescência das bolhas de gás, quando a velocidade superficial do gás
aumenta formando bolhas alongadas em forma de balas que na maioria dos casos escoa
na parte superior da tubulação.
O efeito gravitacional faz com que as bolhas discretas se dispersem em direção ao topo
da tubulação com a fase líquida contínua.
47
2.5 DESEMPENHO DE UM RESERVATÓRIO DE PETRÓLEO
2
A diferença entre a pressão estática do reservatório e a pressão do fundo do poço em condição de fluxo.
48
∆ (2.74)
A relação entre fluxo e queda de pressão que ocorre no meio poroso pode ser muito
complexa e depende de parâmetros como propriedade das rochas e fluidos, regime de
fluxo, saturação na rocha, compressibilidade dos fluidos, dano na formação ou
estimulação, turbulência, e mecanismos de produção do reservatório. Também depende
da pressão do reservatório, e dependendo do mecanismo pode reduzir com o tempo ou
acumulo de produção.
O fluxo a partir do reservatório para dentro do poço tem sido chamado de Fluxo de
Entrada (Inflow Performance) por Gilbert e o gráfico de vazão de produção versus
pressão de fundo fluente é chamado de Comportamento do Fluxo de Entrada (Inflow
Performance Relationship) ou IPR.
3
A interface física entre a formação e o poço. O diâmetro do poço nesta interface é uma das dimensões
utilizadas nos modelos de produção para avaliar o potencial de produtividade.
4
Método de controle de produção de areia da formação, além de garantir a estabilidade, filtrar areia com
o mínimo prejuízo para a produtividade do poço.
49
2.5.1 Previsão da curva IPR para Poços de Petróleo
(2.75)
Embora o método tenha sido proposto para reservatórios saturados, ele tem se
demonstrado aplicável para qualquer reservatório no qual a saturação de gás aumenta
com o decréscimo da pressão.
5
É uma queda de pressão adimensional causada por uma ou mais restrições ao fluxo próximo ao poço.
50
traçados de forma adimensional para pressão e vazão. A pressão adimensional é
definida como pressão de fundo de poço dividida pela pressão média do
reservatório , é ⁄ . A vazão adimensional é definida como a vazão
resultante da pressão de fundo de poço , dividida pela vazão máxima se
a pressão fosse zero naquele ponto ou AOF (Absolute Open Flow6), isto é ⁄ .
Foi identificado que a assinatura gráfica da IPR em unidades adimensionais era similar
para condições distintas de reservatório. A vazão máxima do reservatório
ocorre quando é nula e é considerado um valor teórico conhecido com Absolute
Open Flow (AOF).
A IPR monofásica é conhecida como IPR subsaturada, representada por uma linha reta
de inclinação 1⁄ , conforme Figura 2.8 e ocorre quando ambos e
encontram-se acima da pressão de bolha .
Modelo de IPR Linear
Pressão
AOF
Vazão
6
Vazão máxima de que um poço poderia teoricamente entregar se pressão zero fosse aplicada na
interface poço-reservatório.
51
O modelo linear oferece bons resultados para o escoamento em reservatórios de óleo
subsaturado com acima da pressão de bolha , baixa razão de Gás-Liquido (RGL) e
alta produção de água (Ahmed, 2011).
Os modelos empíricos para IPR saturadas são dados pelas correlações propostas por
Vogel (1968), Klins (1989), Wiggins (1992) e Fetkovick (1973).
⁄ 1 b ⁄ 1 b ⁄ (2.76)
onde b é uma constante que possui diferentes valores de acordo com o modelo. Os
valores de b são apresentados na Tabela abaixo.
52
Tabela 2.2: Valores empíricos de b.
Modelo Valores
Vogel -0,2
Fetkovich 0
Klins -0,1225
Wiggins a -0,72
Wiggins b -0,52
Modelos Empíricos
Pressão
Vazão
Vogel Fetkovich
Klins Wiggins
Linear
Figura 2.9: Curvas IPR - Modelos Linear, Vogel, Fetkovich, Klins e Wiggins.
Estes modelos são válidos somente para os casos em que a pressão de reservatório
está abaixo da pressão de bolha . Nos casos onde a pressão de reservatório está acima
da pressão de bolha e a pressão de fundo fluente é maior a pressão de bolha utiliza-se a
IPR de composição combinada (IPR subsaturada e IPR saturada).
53
pressão de bolha. As equações podem ser deduzidas considerando o índice de
produtividade constante para e utilizando a equação 2.76 para .
Também é considerado que a IPR completa é contínua, isto é as inclinações dos dois
segmentos são iguais na . A IPR a partir da pressão de bolha pode ser rescrita
conforme a seguir:
1 b 1 b (2.77)
(2.78)
(2.79)
54
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO
Para que ocorra o fluxo de fluidos num sistema de produção, é necessário que a energia
dos fluidos no reservatório seja capaz de superar as perdas de carga nos diversos
componentes do sistema. Os fluidos têm de escoar do reservatório para os separadores
na superfície, passando pelas tubulações de produção dos poços, pelos equipamentos de
cabeça de poço e pelas linhas de surgência.
Para uma pressão de superfície existe uma pressão de fundo fluente que é função da
diferença da pressão hidrostática e as perdas por atrito. O ponto de equilíbrio exige que,
para uma determinada vazão, a pressão na qual o poço necessita para fluir seja a mesma
que o reservatório entrega o fluido, considerando nesta análise que o sistema esteja
operando em regime permanente, ou seja, condição na qual as pressões não variam ao
longo do tempo.
55
Figura 3.1: Perdas de pressão em um sistema de produção completo (Adaptado de
Beggs, 2003).
7
Dispositivo que incorpora um orifício que é usado para controlar a vazão de fluido ou a pressão do
sistema a jusante. Também conhecido com válvulas de controle de vazão.
56
somatório de todas as perdas de carga que ocorrem em todos os componentes do
sistema de produção. Como a perda de pressão em cada componente varia em função da
vazão, a vazão será controlada pelos componentes selecionados no sistema de produção.
Devido a esta inter-relação, o projeto final do sistema de produção não pode ser
separado em sistemas independentes como por exemplo: desempenho do reservatório e
desempenho do sistema de tubulações, e estudados independentemente. A quantidade
de óleo e gás fluindo dentro do poço a partir do reservatório depende da perda de carga
do sistema de tubulações e a perda de carga depende da quantidade de fluido passando
por ele. Desta forma o sistema de produção completo deve ser analisado como uma
unidade.
57
aplicação em sistemas de poços produtores foi proposta pela primeira vez por Gilbert
em 1954 e discutida por Nind em 1964 e Brown em 1978.
58
Em um tempo particular na vida do poço, sempre existirão duas pressões que
permanecem conhecidas e não são funções da vazão. Uma dessas pressões é a pressão
média do reservatório , e a outra é a pressão de saída do sistema. A pressão de saída é
geralmente a pressão do separador , mas se o poço é controlado por um choke de
superfície a pressão conhecida de saída pode ser a pressão de cabeça de poço .
∆ ó (3.1)
∆ ó (3.2)
59
Pressão de Fundo de Poço, Pwf VLP
IPR
Vazão, q
60
O procedimento pode ser ilustrado considerando-se um sistema de produção simples
como mostrado na figura abaixo e selecionando a cabeça de poço como nó de solução.
∆ ∆ (3.3)
∆ (3.4)
61
CAPÍTULO 4 – MODELAGEM DE RESERVATÓRIOS E
POÇOS
Neste capítulo serão apresentados os dados utilizados para a modelagem dos 4 tipos de
poços e 2 tipos de reservatórios para os experimentos realizados na ferramenta de
software PROSPER. Primeiramente será apresentado a ferramenta de software
PROSPER, no segundo momento serão apresentadas as propriedades dos reservatórios,
a metodologia utilizada para estimar as pressões de reservatório virgens hipotéticas, as
propriedades dos fluidos. Por último serão apresentados os modelos de poços e as
características dos equipamentos utilizados, assim como as trajetórias até os
reservatórios.
62
parâmetros. Possui uma interface intuitiva e com um fluxo de trabalho simples que
facilita a modelagem e a obtenção de resultados.
8
Offshore é um termo da língua inglesa cujo significado literal é “afastado da costa”.
63
Tabela 4.1: Dados dos reservatórios.
64
4.2.1 Pressão de reservatório
Para este projeto, por se tratar de um modelo hipotético, a pressão de reservatório foi
estimada com base nas profundidades de lâmina de água e da formação desde o leito
marinho até o reservatório. Para isso foram utilizados os gradientes de água e de rocha
sem sobrepor o gradiente de fratura.
9
O gradiente de pressão de hidrostática é uma quantidade dimensional expressa em unidades de pressão
por unidade de distância para uma coluna de água a uma dada profundidade.
10
O gradiente de pressão de fratura é uma quantidade dimensional expressa em unidades de pressão por
unidade de distância para induzir fraturas na rocha a uma dada profundidade.
65
4.2.2 Modelagem da IPR dos reservatórios
Este estudo não tem como objetivo estudar as particularidades e nuanças de uma
modelagem de curvas de influxo de reservatório, desta forma para fins de estudo foi
identificada a modelagem de IPR mais simples, onde os dados principais são as
pressões de reservatórios, temperaturas dos reservatórios, razão-gás-óleo, as
propriedades dos fluidos, corte de água inicial e índice de produtividade hipotético de 5
STB/dia/psi (0,11 Nm3/(d.kPa)) conforme descritos na Tabela 4.1. Nota-se que neste
tipo de modelagem a IPR apresenta-se como uma reta com coeficiente angular negativo
igual ao índice de produtividade até atingir a pressão de bolha, onde adquire uma
curvatura regida pela equação de Vogel (1968).
O método utilizado para a obtenção das propriedades dos fluidos foi o Black-Oil. Para a
viscosidade do óleo foi escolhida a correlação de Beal (1946), pois se trata de um artigo
que estuda o comportamento da viscosidade de ar, água, gás natural, petróleo e seus
gases associados nas condições de temperatura e pressão de campos de petróleo. Para o
cálculo da razão de solubilidade, fator volume-formação do óleo e pressão de bolha foi
utilizada a correlação proposta por Standing (1990).
O poço foi modelado com intervalo produtor em poço aberto, pois de certa forma é a
condição inicial de qualquer poço e por introduzir a menor quantidade de incertezas em
uma modelagem hipotética de poços. Não foi modelada a função de controle de areia,
pois demandaria uma modelagem extremamente complexa das perdas de pressão que
não é o foco deste estudo.
O tipo influxo do reservatório foi descrito com proveniente de apenas um ramo, isto é, o
poço penetra o reservatório apenas uma vez e produz desta seção. Não foi considerada a
presença de cone de gás devido ao fato de ambos os reservatórios hipotéticos estarem
acima da pressão de bolha na condição inicial.
66
4.2.2.1 Reservatório 1
4.2.2.2 Reservatório 2
67
4.2.3 Modelagem de Poços
4.2.3.1 Poço 1
68
Figura 4.4: Geometria do riser de produção do Poço 1.
69
Figura 4.6: Gráfico de Comprimento Vertical x Comprimento Total do Poço 1.
70
Tabela 4.3: Perfil e desvio do Poço 1.
4.2.3.2 Poço 2
71
Figura 4.8: Geometria do riser de produção do Poço 2.
72
Figura 4.10: Gráfico de Comprimento Vertical x Comprimento Total do Poço 2.
73
Tabela 4.5: Perfil e desvio do Poço 2.
4.2.3.3 Poço 3
74
Figura 4.12: Geometria do riser de produção do Poço 3.
75
Figura 4.14: Gráfico de Desvio do Poço 3.
76
Tabela 4.7: Perfil e desvio do Poço 3.
77
4.2.3.4 Poço 4
78
Figura 4.16: Geometria do riser de produção do Poço 4.
79
Figura 4.18: Gráfico de Desvio do Poço 4.
80
Tabela 4.9: Perfil e desvio do Poço 4.
81
CAPÍTULO 5 – RESULTADOS E DISCUSSÕES
Para o cálculo das curvas Vertical Lifting Performance (VLP), tanto para os
equipamentos de superfície quando para os de subsuperfície, foi utilizada a correlação
de Beggs & Brill (1973), por ser a mais difundida e por ser a de maior aplicação no
meio acadêmico.
A correlação de Beggs & Brill pode ser utilizada tanto em escoamento horizontal,
vertical e inclinado. Foi desenvolvida a partir de dados experimentais em tubos de
acrílico de 1,00 e 1,50 polegadas que podia ser inclinado em qualquer ângulo. O ar e a
água foram os fluidos utilizados. As vazões líquidas e gasosas foram variadas para
permitir que todos os padrões de escoamento pudessem ser observados variando-se a
angulação do tubo. Esses resultados foram então correlacionados para a identificação do
padrão de escoamento em um determinado segmento da tubulação por onde ocorre o
deslocamento de fluidos, as perdas por atrito e gravitacionais.
82
5.1 POÇO 1
O poço 1, com lâmina de água de 500 m, é um poço vertical com 1.000 m de trajetória
na formação até o reservatório 1 com pressão de 2.627 psi ou 18.011 kPa. O
reservatório subsaturado com óleo de grau API de 20 e RGO de 360 scf/STB ou 64
Nm3/Nm3 apresenta-se sem corte de água. Pressão de superfície no separador de 130 psi
ou 795 kPa.
Separador -
Árvore de Natal -
Acoplamento VLP vs. IPR
3000
Pressão (psia)
2500
2000
1500
1000
500
0
0 2000 4000 6000 8000
VLP IPR Vazão Líquida (STB/dia)
O ponto interseção é considerado o ponto ótimo de operação, por garantir uma maior
estabilidade para o sistema como um todo, para a condição simulada.
83
Comparativo de Perdas de Pressão
3000
Pressão (psia)
2500
2000
1500
1000
500
0
0 2000 4000 6000 8000
Atrito Gravidade Vazão Líquida (STB/dia)
Figura 5.2: Comparativo das perdas de pressão por atrito e gravidade no Poço 1
com a mudança da vazão líquida.
Uma vez entrado em regime de fluxo, existe a adição da perda de pressão por atrito, isto
ocorre devido ao atrito entre os fluidos em movimento e as paredes da tubulação e riser
de produção, além das restrições como válvulas, chokes e etc. Fatores como
viscosidade, temperatura e pressão dos fluidos que compõem o escoamento são agentes
diretos das perdas deste tipo. A perda de pressão gravitacional é a maior das perdas em
todo o sistema.
84
Perfil de Temperatura
Temperatura (°F)
0 20 40 60 80 100 120
Profundidade (m)
0
250
500
LDA
ROCHA
750
1000
1250
1500
RESERVATÓRIO
Fluido Produzido Gradiente de Temperatura
85
Perfil de Perda de Pressão
Pressão (psia)
0 200 400 600 800 1000 1200
Profundidade (m)
0
250
500
LDA
ROCHA
750
1000
1250
1500
RESERVATÓRIO
Atrito Gravidade
86
Tabela 5.2: Resultados da simulação do Poço 1.
87
5.2 POÇO 2
O poço 2, com lâmina de água de 1.000 m, é um poço vertical com 1.000 m de trajetória
na formação até o reservatório 2 com pressão de 3.337 psi ou 22.906 kPa. O
reservatório subsaturado com óleo de grau API de 20 e RGO de 360 scf/STB ou 64
Nm3/Nm3 apresenta-se sem corte de água. Pressão de superfície no separador de 130 psi
ou 795 kPa.
Separador -
Árvore de Natal -
Acoplamento VLP vs. IPR
3500
Pressão (psia)
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
VLP IPR Vazão Líquida (STB/dia)
O ponto interseção é considerado o ponto ótimo de operação, por garantir uma maior
estabilidade para o sistema como um todo, para a condição simulada.
88
Comparativo de Perdas de Pressão
3500
Pressão (psia)
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
Atrito Gravidade Vazão Líquida (STB/dia)
Figura 5.6: Comparativo das perdas de pressão por atrito e gravidade no Poço 2
com a mudança da vazão líquida.
Uma vez entrado em regime de fluxo, existe a adição da perda de pressão por atrito, isto
ocorre devido ao atrito entre os fluidos em movimento e as paredes do sistema de
produção e demais equipamentos.
89
Perfil de Temperatura
Temperatura (°F)
0 20 40 60 80 100 120
Profundidade (m)
0
250
500
750
1000
LDA
ROCHA
1250
1500
1750
2000
RESERVATÓRIO
Fluido Produzido Gradiente de Temperatura
90
Perfil de Perda de Pressão
Pressão (psia)
0 500 1000 1500 2000
Profundidade (m)
0
250
500
750
1000
LDA
ROCHA
1250
1500
1750
2000
RESERVATÓRIO
Atrito Gravidade
91
Tabela 5.4: Resultados da simulação do Poço 2.
92
5.3 POÇO 3
O poço 3, com lâmina de água de 500 m, é um poço horizontal com 1.270 m (TVD
1.500 m) de trajetória na formação até o reservatório 1 com pressão de 2.627 psi ou
18.011 kPa. O reservatório subsaturado com óleo de grau API de 20 e RGO de 360
scf/STB ou 64 Nm3/Nm3 apresenta-se sem corte de água. Pressão de superfície no
separador de 130 psi ou 795 kPa.
Separador -
Árvore de Natal -
Acoplamento VLP vs. IPR
3000
Pressão (psia)
2500
2000
1500
1000
500
0
0 2000 4000 6000 8000
VLP IPR Vazão Líquida (STB/dia)
O ponto interseção é considerado o ponto ótimo de operação, por garantir uma maior
estabilidade para o sistema como um todo, para a condição simulada.
93
Comparativo de Perdas de Pressão
3000
Pressão (psia)
2500
2000
1500
1000
500
0
0 2000 4000 6000 8000
Atrito Gravidade Vazão Líquida (STB/dia)
Figura 5.10: Comparativo das perdas de pressão por atrito e gravidade no Poço 3
com a mudança da vazão líquida.
Uma vez entrado em regime de fluxo, existe a adição da perda de pressão por atrito, isto
ocorre devido ao atrito entre os fluidos em movimento e as paredes do sistema de
produção e demais equipamentos.
94
Perfil de Temperatura
Temperatura (°F)
0 20 40 60 80 100 120
Profundidade (m)
0
250
500
LDA
ROCHA
750
1000
1250
1500
RESERVATÓRIO
Fluido Produzido Gradiente de Temperatura
95
Perfil de Perda de Pressão
Pressão (psia)
0 200 400 600 800 1000 1200
Profundidade (m)
0
250
500
LDA
ROCHA
750
1000
1250
1500
RESERVATÓRIO
Atrito Gravidade
96
Tabela 5.6: Resultados da simulação do Poço 3.
97
5.4 POÇO 4
O poço 4, com lâmina de água de 1.000 m, é um poço horizontal com 1.270 m (TVD
2.000 m) de trajetória na formação até o reservatório 2 com pressão de 3.337 psi ou
22.906 kPa. O reservatório subsaturado com óleo de grau API de 20 e RGO de 360
scf/STB ou 64 Nm3/Nm3 apresenta-se sem corte de água. Pressão de superfície no
separador de 130 psi ou 795 kPa.
Separador -
Árvore de Natal -
Acoplamento VLP vs. IPR
3500
Pressão (psia)
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
VLP IPR Vazão Líquida (STB/dia)
98
O ponto interseção é considerado o ponto ótimo de operação, por garantir uma maior
estabilidade para o sistema como um todo, para a condição simulada.
Comparativo de Perdas de Pressão
3500
Pressão (psia)
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
Atrito Gravidade Vazão Líquida (STB/dia)
Figura 5.14: Comparativo das perdas de pressão por atrito e gravidade no Poço 4
com a mudança da vazão líquida.
Uma vez entrado em regime de fluxo, existe a adição da perda de pressão por atrito, isto
ocorre devido ao atrito entre os fluidos em movimento e as paredes do sistema de
produção e demais equipamentos.
99
Perfil de Temperatura
Temperatura (°F)
0 20 40 60 80 100 120
Profundidade (m)
0
250
500
750
1000
LDA
ROCHA
1250
1500
1750
2000
RESERVATÓRIO
Fluido Produzido Gradiente de Temperatura
100
Perfil de Perda de Pressão
Pressão (psia)
0 500 1000 1500 2000
Profundidade (m)
0
250
500
750
1000
LDA
ROCHA
1250
1500
1750
2000
RESERVATÓRIO
Atrito Gravidade
101
Tabela 5.8: Resultados da simulação do Poço 4.
102
5.5 COMPARATIVO DOS CASOS BASE
Nesta seção será discutido o comparativo entre os resultados dos quatro poços (caso
base) simulados para identificar as similaridades e as particularidades de cada modelo.
A Figura 5.17 apresenta um comparativo entre as perdas de pressão por atrito, gravidade
e aceleração para cada um dos poços hipotéticos simulados, na sua condição de vazão
sem restrição considerando uma pressão de superfície de 130 psi ou 795 kPa.
Perdas de pressão
4000
PRESSÃO (PSIA)
3000
2000
1000
0
Poço 1 Poço 2 Poço 3 Poço 4
Pressão de Superfície Perda por Aceleração
Perda por Atrito Perda por Gravidade
Drawdown Pressão de Reservatório
103
Ainda na análise da mesma figura, é possível observar que a parcela de perda de pressão
por aceleração, ⁄ ⁄ , é insignificante em todos os casos, com
uma média de 0,91 psi ou 6 kPa e variando entre o valor mais baixo de 0,66 psi ou 4
kPa para o Poço 3 e mais alto de 0,90 psi ou 6 kPa para o Poço 2.
104
1.679 psi ou 11.576 kPa para os Poços 2 e 4 (ambos com profundidade vertical de 2.000
metros a partir da superfície). Dependendo o reservatório e da profundidade do poço
para atingi-lo, a perda de pressão gravitacional pode ser significativa no projeto do
poço, pois dependendo da depletação e do ingresso de água, o poço em questão pode ter
uma vida produtiva reduzida se um método de elevação artificial não for
adequadamente considerado.
Comparativo das Temperaturas
120
Temperatura (°F)
100
80
60
40
20
0
Poço 1 Poço 2 Poço 3 Poço 4
No Reservatório Na Árvore de Natal Na Superfície
105
Para os quatro poços estudados as temperaturas na árvore de natal e na superfície são
muito similares, isso se dá ao fato da vazão na condição sem restrição garantir uma
velocidade de escoamento alto o suficiente para que a troca de calor não ser tão
significativa ao ponto de prejudicar o escoamento. As quedas de temperatura tem um
comportamento quase que linear do poço até a superfície, passando pela árvore de natal
onde ocorre a menor temperatura do meio de 40ºF ou 4°C, temperatura média para as
profundidades de lâmina de água modeladas.
Velocidades Superficiais
25
Velocidade (ft/s)
20
15
10
0
Poço 1 Poço 2 Poço 3 Poço 4
Líquido na árvore de natal Líquido na superfície
Gás na árvore de natal Gás na superfície
106
Razão de Líquido versus Profundidade
20% 40% 60% 80% 100%
0
Profundidade (m)
250
500
750
1,000
1,250
1,500
1,750
2,000
Poço 1 Poço 2 Poço 3 Poço 4
107
conforme a pressão diminui. Está mudança de velocidades e volumes influencia
diretamente no tipo de escoamento presente em determinado segmento do sistema de
produção.
Viscosidades
160 0.05
Viscosidade do Líquido (cP)
Viscosidade do Gás (cP)
0.04
120
0.03
80
0.02
40
0.01
0 0.00
Poço 1 Poço 2 Poço 3 Poço 4
Líquido na árvore de natal Líquido na superfície
Gás na árvore de natal Gás na superfície
108
O comparativo da Figura 5.22 demonstra as particularidades das VLPs ou Curvas de
Pressão Requerida para os quatro poços simulados. A Figura 5.22 foi separada em duas
outras figuras para facilitar a interpretação conforme à seguir.
Curvas VLP
2800
Pressão (psia)
2600
2400
2200
2000
1800
1600
1400
1200
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
Vazão Líquida (STB/dia)
Poço 1 Poço 2 Poço 3 Poço 4
Na Figura 5.23 foram representadas somente as parcelas gravitacionais das curvas VLPs
para os quatro poços simulados na condição sem restrição (caso base). Nota-se que na
condição de estática, isto é, vazão zero, os Poços 1 e 3 partem da mesma pressão de
1.930 psi ou 13.307 kPa, descontando-se o valor de 130 psi ou 795 kPa referente a
pressão de superfície, obtém-se 1.800 psi ou 12.411 kPa. Esta pressão representa a
coluna hidrostática de petróleo a 20°API para a profundidade de 1.500 metros,
conforme as propriedades dos fluidos utilizados como entrada para a simulação. A
mesma analogia pode ser feita para os Poços 2 e 4, com pressão estática de 2.556 psi ou
17.623 kPa, subtraindo-se 130 psi ou 795 kPa obtém-se 2.426 psi ou 16.727 kPa para a
coluna hidrostática de petróleo a 20°API e profundidade de 2.000 metros. A diferença
entre as pressões de reservatório e as pressões hidrostática é a energia que o reservatório
tem em relação ao sistema de produção para induzir o fluxo surgente sem a necessidade
de elevação artificial.
109
Curvas VLP ‐ Componente Gravitacional
3000
Pressão (psia)
2500
2000
1500
1000
500
0
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
Vazão Líquida (STB/dia)
Poço 1 Poço 2 Poço 3 Poço 4
Ainda na Figura 5.23 nota-se uma ligeira diferença entre a condição estática e vazão de
aproximadamente 2.000 STB/dia ou 319 m³/dia nas curvas dos Poços 1 e 3, e 2 e 4. Isto
se dá ao fato do gradiente geotérmico ter uma variação menor nos poços mais profundos
fazendo com que a propriedade do fluido, viscosidade, ser ligeiramente menor e mais
propicia ao escoamento em baixas vazões. Para vazões acima de 2.000 STB/dia ou 319
m³/dia a curva de perda gravitacional é muito semelhante e sem maiores mudanças.
Curvas VLP ‐ Componente Atrito
350
Pressão (psia)
300
250
200
150
100
50
0
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
Vazão Líquida (STB/dia)
Poço 1 Poço 2 Poço 3 Poço 4
110
A Figura 5.24 compara as parcelas de perdas por atrito que foram descriminadas das
Curvas VLP. Nota-se que a perda por atrito somente acontece quando há fluxo, uma vez
o poço fechado essa parcela tende a zero. Além disso é possível observar uma
correlação das perdas entre os Poços 1, 2 e 3, com uma ligeira diferença. Tal observação
é coerente com o regime de escoamento estimado pela simulação em todos os três
casos, isto é, escoamento por transição. Em outras palavras nos três poços a maior
velocidade superficial de líquido e gás conduz a um padrão desordenado, em que existe
um movimento oscilatório de liquido dentro da coluna de produção. Neste padrão a
mistura gás-líquido e suas propriedades podem apresentar-se de forma contínua. O
mesmo não é observado no Poço 4 que possui uma perda de pressão por atrito
significativamente maior quando comparado com os outros três poços. O Poço 4 apesar
de também fluir parcialmente num regime de escoamento por transição, somente se
comporta como tal a partir da profundidade vertical de 1.718,50 metros até a superfície,
abaixo deste ponto o poço encontra-se num regime de escoamento distribuído a partir
do reservatório até a profundidade vertical de 1.718,50 metros. Neste tipo de regime
tanto o gás quanto o líquido escoam com altas velocidades superficiais. O efeito
gravitacional na parte horizontal e inclinada do poço faz com que as bolhas discretas se
dispersem em direção ao topo da tubulação com a fase líquida contínua gerando uma
significativa perda.
Com a análise comparativa entre os Casos Bases para os quatro poços hipotéticos em
dois reservatórios com propriedades de fluidos similares, porém com profundidades e
pressões distintas foi possível extrair algumas importantes similaridades e
particularidades. A principal similaridade identificada é a contribuição direta da
profundidade do poço, independente do seu tipo (se horizontal ou vertical), com a perda
de pressão por gravidade. Neste mesmo tópico foi possível notar que existe uma
variação significativa da perda de pressão gravitacional em vazões muito baixa, para os
quatro poços simulados esta região vai até a vazão de aproximadamente 2.000 STB/dia
ou 319 m³/dia, onde ocorre uma queda importante desta perda de aproximadamente 800
111
psi ou 5.516 kPa o que aumenta o potencial de escoamento. Tal fenômeno ocorre pois
em vazões abaixo de 2.000 STB/dia ou 319 m³/dia ocorre uma segregação quase que
total do gás e do óleo, fazendo com que uma coluna de óleo pesado se acumule na
tubulação aumentando a perda gravitacional. Nesta região é comum a ocorrência de
golfadas e instabilidade de fluxo podendo até chegar ao ponto de matar o poço.
As propriedades dos fluidos e a parcela de água tem uma influência direta na parcela
gravitacional das perdas. A pressão do reservatório e o drawdown exercido durante a
produção influencia a razão de líquido desde a interface com o reservatório até a
superfície.
112
5.6 ESTUDOS DE SENSIBILIDADES
Foram simuladas condições diferentes daquelas utilizadas como Caso Base. Variações
como corte de água, diâmetro da tubulação, pressão de reservatório, razão gás-óleo com
o intuito de identificar as mudanças e desvios do Caso Base.
113
etc). Está análise pode também ajudar na identificação de quando o poço deixaria de ser
surgente e necessitaria de um método de elevação artificial.
Todas essas sensibilidades foram feitas para os quatro poços e seus resultados
demonstrados a seguir.
114
5.6.1 Poço 1 – Caso Base e BS&W, Diâmetro, RGO e Pressão de Reservatório
A Figura 5.25 apresenta o comportamento da curva VLP do Poço 1 para cortes de água
distintos, Caso Base com Corte de 0% (referência), Corte de 25% e de 50%. É possível
observar uma queda na vazão líquida produzida de aproximadamente 4% e 14%
respectivamente, ou 240 STB/dia ou 38 m³/dia e 805 STB/dia ou 128 m³/dia.
Nota-se também um aumento na perda de carga na ordem de 350 psi ou 2.413 kPa
devido à densidade da mistura ser maior conforme a quantidade de água aumenta.
Sensibilidade para Corte de Água
3000
Pressão (psia)
2500
2000
1500
1000
500
0
0 2000 4000 6000 8000
Vazão Líquida (STB/dia)
IPR Caso Base VLP Caso Base
VLP Corte de 50% VLP Corte de 25%
Figura 5.25: Sensibilidade do Poço 1 com IPR e VLP do Caso Base, VLP com
Corte de Água de 25% e 50%.
115
5.6.1.2 Caso Base versus Diâmetros de Tubulação
Outro ponto interessante é que para vazões menores que 2.000 STB/dia ou 319 m³/dia, a
tubulação de 3,50 in apresentou-se melhor que as demais.
Sensibilidade para Diâmetro da Tubulação
3000
Pressão (psia)
2500
2000
1500
1000
500
0
0 2000 4000 6000 8000
Vazão Líquida (STB/dia)
IPR Caso Base VLP Caso Base
Tubulação de 3 1/2" Tubulação de 5"
Figura 5.26: Sensibilidade do Poço 1 com IPR e VLP do Caso Base, VLP com
Tubulação de 3 1/2” e 5”.
116
5.6.1.3 Caso Base versus Pressões de Reservatório
Esse tipo de análise permite simular diversos cenários, entre eles: Potencial declínio da
pressão de reservatório, redução da entrega do poço devido a problemas próximo a
região do poço, ponto limite onde um método de elevação artificial faz-se necessário ou
quando uma manutenção da pressão do reservatório deveria entrar em operação (por
exemplo, injeção de água). Nota-se que com a queda da pressão do reservatório a vazão
líquida cai significativamente, ao ponto de chegar próximo de um possível caso com
duas soluções (abaixo da pressão de 2.200 psi ou 15.168 kPa), o que induziria uma
instabilidade ao regime de escoamento. Uma queda de 427 psi ou 2.944 kPa (16%) em
referência ao Caso Base acarretaria uma redução de 33% na vazão líquida ou 1.900
STB/dia ou 303 m³/dia. Demonstrando a clara relação entre produção e pressão do
reservatório.
Sensibilidade para Pressão de Reservatório
3000
Pressão (psia)
2500
2000
1500
1000
500
0
0 2000 4000 6000 8000
Vazão Líquida (STB/dia)
IPR Caso Base VLP Caso Base
IPR para Pr = Pb IPR para Pr = 2200 psia
Figura 5.27: Sensibilidade do Poço 1 com IPR e VLP do Caso Base, IPR para
Reservatório com Pressão de Bolha e com 2.200 psi.
117
5.6.1.4 Caso Base versus Razões de Gás
Nota-se uma melhora no desempenho na vazão do poço entre 360 scf/STB e 800
scf/STB, porém pouca mudança é perceptível entre 800 scf/STB e 1.200 scf/STB. O que
demonstra que uma razão gás-líquido na ordem de 800 scf/STB seria o ideal para a
operação deste poço, com um ganho de aproximadamente 5% (270 STB/dia ou 43
m3/dia).
Sensibilidade para Razão de Gás
3000
Pressão (psia)
2500
2000
1500
1000
500
0
0 2000 4000 6000 8000
Vazão Líquida (STB/dia)
IPR Caso Base VLP Caso Base
VLP RGO = 800 scf/bbl VLP RGO = 1200 scf/bbl
Figura 5.28: Sensibilidade do Poço 1 com IPR e VLP do Caso Base, VLP com RGO
de 800 scf/STB e 1.200 scf/STB (aproximação de elevação artificial por gás).
118
5.6.2 Poço 2 – Caso Base e BS&W, Diâmetro, RGO e Pressão de Reservatório
A Figura 5.29 apresenta o comportamento da curva VLP do Poço 2 para cortes de água
distintos, Caso Base com Corte de 0% (referência), Corte de 25% e de 50%. É possível
observar uma queda na vazão líquida produzida de aproximadamente 10% e 25%
respectivamente, ou 700 STB/dia ou 112 m3/dia e 1.700 STB/dia ou 271 m³/dia.
Nota-se também um aumento na perda de carga na ordem de 417 psi ou 2.875 kPa
devido à densidade da mistura ser maior conforme a quantidade de água aumenta.
Sensibilidade para Corte de Água
4000
Pressão (psia)
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
Vazão Líquida (STB/dia)
IPR Caso Base VLP Caso Base
VLP Corte de 25% VLP Corte de 50%
Figura 5.29: Sensibilidade do Poço 2 com IPR e VLP do Caso Base, VLP com
Corte de Água de 25% e 50%.
119
5.6.2.2 Caso Base versus Diâmetros de Tubulação
Sensibilidade para Diâmetro da Tubulação
4000
Pressão (psia)
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
Vazão Líquida (STB/dia)
IPR Caso Base VLP Caso Base
Tubulação de 3 1/2" Tubulação de 5"
Figura 5.30: Sensibilidade do Poço 2 com IPR e VLP do Caso Base, VLP com
Tubulação de 3 1/2” e 5”.
120
5.6.2.3 Caso Base versus Pressões de Reservatório
Sensibilidade para Pressão de Reservatório
4000
Pressão (psia)
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
Vazão Líquida (STB/dia)
IPR Caso Base VLP Caso Base
IPR para Pr = Pb IPR para Pr = 2200 psia
Figura 5.31: Sensibilidade do Poço 2 com IPR e VLP do Caso Base, IPR para
Reservatório com Pressão de Bolha e com 2200 psi.
121
5.6.2.4 Caso Base versus Razões de Gás
Nota-se uma melhora no desempenho na vazão do poço entre 360 scf/STB e 800
scf/STB, porém pouca mudança é perceptível entre 800 scf/STB e 1.200 scf/STB. O que
demonstra que uma razão gás-líquido na ordem de 800 scf/STB seria o ideal para a
operação deste poço, com um ganho de aproximadamente 5% (360 STB/dia ou 57
m³/dia).
Sensibilidade para Razão de Gás
4000
Pressão (psia)
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
Vazão Líquida (STB/dia)
IPR Caso Base VLP Caso Base
VLP RGO = 800 scf/bbl VLP RGO = 1200 scf/bbl
Figura 5.32: Sensibilidade do Poço 2 com IPR e VLP do Caso Base, VLP com RGO
de 800 scf/STB e 1200 scf/STB (aproximação de elevação artificial por gás).
122
5.6.3 Poço 3 – Caso Base e BS&W, Diâmetro, RGO e Pressão de Reservatório
A Figura 5.33 apresenta o comportamento da curva VLP do Poço 3 para cortes de água
distintos, Caso Base com Corte de 0% (referência), Corte de 25% e de 50%. É possível
observar uma queda na vazão líquida produzida de aproximadamente 5% e 15%
respectivamente, ou 265 STB/dia ou 42 m³/dia e 860 STB/dia ou 137 m³/dia.
Nota-se também um aumento na perda de carga na ordem de 377 psi ou 2.599 kPa
devido à densidade da mistura ser maior conforme a quantidade de água aumenta.
Sensibilidade para Corte de Água
3000
Pressão (psia)
2500
2000
1500
1000
500
0
0 2000 4000 6000 8000
Vazão Líquida (STB/dia)
IPR Caso Base VLP Caso Base
VLP Corte de 25% VLP Corte de 50%
Figura 5.33: Sensibilidade do Poço 3 com IPR e VLP do Caso Base, VLP com
Corte de Água de 25% e 50%.
123
5.6.3.2 Caso Base versus Diâmetros de Tubulação
Outro ponto interessante é que para vazões menores que 2.000 STB/dia ou 319 m³/dia, a
tubulação de 3,50 in apresentou-se melhor que as demais.
Sensibilidade para Diâmetro da Tubulação
3000
Pressão (psia)
2500
2000
1500
1000
500
0
0 2000 4000 6000 8000
Vazão Líquida (STB/dia)
IPR Caso Base VLP Caso Base
Tubulação de 3 1/2" Tubulação de 5"
Figura 5.34: Sensibilidade do Poço 3 com IPR e VLP do Caso Base, VLP com
Tubulação de 3 1/2” e 5”.
124
5.6.3.3 Caso Base versus Pressões de Reservatório
Sensibilidade para Pressão de Reservatório
3000
Pressão (psia)
2500
2000
1500
1000
500
0
0 2000 4000 6000 8000
Vazão Líquida (STB/dia)
IPR Caso Base VLP Caso Base
IPR para Pr = Pb IPR para Pr = 2200 psia
Figura 5.35: Sensibilidade do Poço 3 com IPR e VLP do Caso Base, IPR para
Reservatório com Pressão de Bolha e com 2200 psi.
125
5.6.3.4 Caso Base versus Razões de Gás
Nota-se uma melhora no desempenho na vazão do poço entre 360 scf/STB e 800
scf/STB, porém pouca mudança é perceptível entre 800 scf/STB e 1.200 scf/STB. O que
demonstra que uma razão gás-líquido na ordem de 800 scf/STB seria o ideal para a
operação deste poço, com um ganho de aproximadamente 5% (291 STB/dia ou 46
m³/dia).
Sensibilidade para Razão de Gás
3000
Pressão (psia)
2500
2000
1500
1000
500
0
0 2000 4000 6000 8000
Vazão Líquida (STB/dia)
IPR Caso Base VLP Caso Base
VLP RGO = 800 scf/bbl VLP RGO = 1200 scf/bbl
Figura 5.36: Sensibilidade do Poço 3 com IPR e VLP do Caso Base, VLP com RGO
de 800 scf/STB e 1200 scf/STB (aproximação de elevação artificial por gás).
126
5.6.4 Poço 4 – Caso Base e BS&W, Diâmetro, RGO e Pressão de Reservatório
A Figura 5.37 apresenta o comportamento da curva VLP do Poço 4 para cortes de água
distintos, Caso Base com Corte de 0% (referência), Corte de 25% e de 50%. É possível
observar uma queda na vazão líquida produzida de aproximadamente 9% e 22%
respectivamente, ou 592 STB/dia ou 94 m³/dia e 1.481 STB/dia ou 236 m³/dia.
Nota-se também um aumento na perda de carga na ordem de 403 psi ou 2.779 kPa
devido à densidade da mistura ser maior conforme a quantidade de água aumenta.
Sensibilidade para Corte de Água
4000
Pressão (psia)
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
Vazão Líquida (STB/dia)
IPR Caso Base VLP Caso Base
VLP Corte de 25% VLP Corte de 50%
Figura 5.37: Sensibilidade do Poço 4 com IPR e VLP do Caso Base, VLP com
Corte de Água de 25% e 50%.
127
5.6.4.2 Caso Base versus Diâmetros de Tubulação
Sensibilidade para Diâmetro da Tubulação
4000
Pressão (psia)
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
Vazão Líquida (STB/dia)
IPR Caso Base VLP Caso Base
Tubulação de 3 1/2" Tubulação de 5"
Figura 5.38: Sensibilidade do Poço 4 com IPR e VLP do Caso Base, VLP com
Tubulação de 3 1/2” e 5”.
128
5.6.4.3 Caso Base versus Pressões de Reservatório
Sensibilidade para Pressão de Reservatório
4000
Pressão (psia)
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
Vazão Líquida (STB/dia)
IPR Caso Base VLP Caso Base
IPR para Pr = Pb IPR para Pr = 2200 psia
Figura 5.39: Sensibilidade do Poço 4 com IPR e VLP do Caso Base, IPR para
Reservatório com Pressão de Bolha e com 2200 psi.
129
5.6.4.4 Caso Base versus Razões de Gás
Nota-se uma melhora no desempenho na vazão do poço entre 360 scf/STB e 800
scf/STB, porém pouca mudança é perceptível entre 800 scf/STB e 1.200 scf/STB. O que
demonstra que uma razão gás-líquido na ordem de 800 scf/STB seria o ideal para a
operação deste poço, com um ganho de aproximadamente 3% (233 STB/dia ou 37
m³/dia).
Sensibilidade para Razão de Gás
4000
Pressão (psia)
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
Vazão Líquida (STB/dia)
IPR Caso Base VLP Caso Base
VLP RGO = 800 scf/bbl VLP RGO = 1200 scf/bbl
Figura 5.40: Sensibilidade do Poço 4 com IPR e VLP do Caso Base, VLP com RGO
de 800 scf/STB e 1200 scf/STB (aproximação de elevação artificial por gás).
130
CAPÍTULO 6 - Conclusões
131
do reservatório até a superfície. Os demais 8% da perda de carga total são distribuídos
entre perdas por atrito (7%), perdas pela aceleração (insignificante) e da pressão no
manifold11 na superfície (1%).
Este estudo abordou sucintamente que a Análise Nodal de sistemas de produção pode
agregar um valor importante para o entendimento das condições possíveis para diversos
tipos de cenários e desta forma favorecer a tomada de decisões, definição de tipo de
completação mais recomendado e otimização de poços existentes.
11
Manifold tem a função de receber a produção do Óleo ou Gás das Arvores de Natal molhadas instaladas
em um determinado campo que esteja sendo explorado e geralmente fica localizado na superfície.
132
6.2 PROPOSTA PARA TRABALHOS FUTUROS
Realizar comparações com outros simuladores de uso comercial e com dados de campo
ou experimentais.
133
CAPÍTULO 7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMIX, J. W., Bass, D.M., Jr. & Whiting, R.L. Petroleum Reservoir Engineering.
McGraw Hill, 1960.
BEAL, C. The Viscosity of Air, Water, Natural Gas, Crude Oil and its Associated
Gases at Oil Field Temperatures and Pressures. Trans., AIME (1946) 165, 94-98.
BEGGS, H.D., BRILL, J.P. A study of two phase flow in inclined pipes. Journal of
Petroleum technology, 13 (October 1973). p.607.
BRILL, J.P. AND BEGGS, H.D. Two phase flow in pipes. Tulsa, Oklahoma:
University of Tulsa, 1978.
DAKE, L.P. Fundamentals of Reservoir Engineering. Elsevier, 1st ed, The Hague,
The Netherlands, 1978.
DREW, T. B., KOO. E.C. & MCADAMS, W. H. Trans. Am. Inst. Chem. Engrs., 28,
1930.
JOSHI, S.D. Horizontal Well Technology. PennWell Books, Tulsa, Oklahoma, 1991.
134
PATTON, D. and GOLAND, M. Generalized IPR curves for predicting well
behavior. Petroleum Engineering International, 52(7), 74–82., 1980.
PRADO, M. Two Phase Flow and Nodal Analysis. MSc Lecture Material. African
University of Science and Technology, 2008.
SWAMEE, P.K.; JAIN, A.K. Explicit equations for pipe-flow problems. Journal of
the Hydraulics Division (ASCE) 102 (5): 657–664, 1976.
VOGEL, J.V. Inflow Performance Relationships for Solution Gas Drive Wells.
Journal of Petroleum Technology. 1968.
135
APÊNDICE A – TABELA DE CONVERSÃO DE
UNIDADES
136