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Cordão de Solda

METALURGIA DA
SOLDAGEM

Professor: Eng° Henrique Garcia da Silva


PETROBRAS/RH/UP/ECTAB
Chave: CTM0
1 2

Cordão de Solda
Diluição

3 4

Diluição DILUIÇÃO
• É definida como a proporção de metal
base que participa do metal de solda
(metal base mais metal de adição)

Y
X
X D%   100
X Y

5 6
Importância EXEMPLOS
• Conhecendo a diluição e os percentuais de e • Calcular diluição da junta esboçada
um dado elemento químico no metal de adição abaixo:
e no metal base, é possível estimar a sua
porcentagem no metal de solda e mudanças
nas propriedades mecânicas e características
metalúrgicas. A A: 20 mm2
A: % do elemento A no metal B
de solda
aMA: % do elemento A no B: 40 mm2
A  a MA (1  D)  a MB ( D)
metal de adição
aMB: % do elemento A no
metal de base
D: Diluição

7 8

Diluição Exemplo - DILUIÇÃO


40 • Necessita-se revestir por soldagem uma chapa
D%  100 de aço carbono utilizando um aço inoxidável
com o objetivo de evitar a corrosão.
20  40 • O metal de adição apresenta 13% de Cr e o
metal base possuí 0% deste elemento. Supondo
que 100% de Cr presente no eletrodo é
transferido, qual o percentual de Cr no Metal de
Solda?
• Diluição = 33%
Diluição = 66,6%

9 10

Exercício - Diluição
Supondo que a partir de 3,0% de Ni um material
começa a ficar susceptível a um determinado defeito
%Cr MS  13(1  0,33)  0(0,33) metalúrgico que ocorre durante a solidificação do
metal de solda. Considere os seguintes materiais:
• Eletrodo revestido com 1,5% de Ni.
• Metal Base com 6,0% Ni.

%Cr MS  8,7 Considere 100% de transferência do Ni para o metal de


solda.
Para evitar tal defeito, qual a diluição máxima
permitida?

33%
11 12
DILUIÇÃO Solidificação do Metal de Solda
• A solidificação do metal de solda inicia-se a
partir do metal base.
• Os grãos do metal de solda formam-se como
prolongamentos dos grãos do metal base já
existente. Este processo denomina-se
CRESCIMENTO EPITAXIAL.
• Em função, disso os grãos apresentam mesma
orientação cristalina e igual tamanho aos grãos
do metal base dos quais se originaram.

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Solidificação do Metal de Solda


Crescimento Epitaxial

15 16

Formato da Poça de Fusão Formato da poça de fusão


Existem dois formatos básicos da poça de fusão:
Elíptica e Gota.

• Formato elíptico: velocidades de soldagem


baixas

• Formato de gota: velocidades de soldagem


altas

17 18
Formato da poça de fusão Formato da poça de fusão

Elíptico Gota

19 20

Velocidade de Solidificação
│R│= │v│* cos(θ)

Onde:
R: Velocidade de solidificação
v: Velocidade de Soldagem
θ: ângulo entre a normal de
solidificação e o vetor
velocidade de soldagem.
R↑ no Centro da Solda
A velocidade de
solidificação varia
entre zero nas
R↓ nas Bordas da Solda
periferias da poça de
fusão e V, no centro.
21 22

23 24
Subestruturas de Solidificação
Gradiente Térmico

dT
G a d
a) Planar
b) Celular
c) Celular Dendrítica

dx d) Colunar Dendrítica
e) Equiaxial Dendrítica

b
e
G↓ no centro do cordão
G↑ nas bordas do cordão c

25 26

PLANAR
Colunar Dendrítica

CELULAR

Equiaxial Dendrítica

27 28

Subestruturas de Solidificação

Subestruturas de Solidificação

29 30
Subestruturas de Solidificação Subestruturas de Solidificação
As subestruturas de solidificação variam de acordo com a quantidade de soluto
(impurezas ou elementos de liga), velocidade de solidificação e gradiente
térmico.

G/R diminui das


bordas para o centro,
aumentando a chance
de crescimento
dendrítico.

31 32

Energia de Soldagem RENDIMENTO TÉRMICO


É quantidade de energia formada e
transferida pela fonte de calor durante a
soldagem.
É dada pela seguinte equação:

U I
Onde:
E: Energia de Soldagem (J/mm)

E  U: Tensão (V)
I: Corrente (A)
v: velocidade de soldagem (mm/s)
v η : rendimento térmico

33 34

Exemplo U I
E 
Calcule a Energia de soldagem para a v
seguinte situação:
• Tensão de soldagem: 30 V 30 150
• Corrente de soldagem: 150 A E  0,8
4
• Velocidade de soldagem: 4 mm/s
• Processo: Eletrodo Revestido com
rendimento térmico de 0,8. E  0,9kJ / mm
35 36
Zona Afetada pelo Calor Condução de calor na soldagem

37 38

Condução de calor na soldagem

39 40

Isotermas

41 42
Isotermas CONDUTIVIDADE TÉRMICA

43 44

VARIAÇÃO DA VELOCIDADE DE
CONDUTIVIDADE TÉRMICA SOLDAGEM

45 46

Modos de Extração de Calor Modos de Extração de Calor


• Existem dois modos básicos de extração
de calor durante a soldagem:
Tridimensional (3D) e Bidimensional (2D)

47 48
Modos de Extração de Calor Modelo de Rosenthal
q exp v ( R  w) 3D
T  T0  
2k R

exp vr K 0 vr 


q
T  T0  2D
2gk
Aumentando energia de soldagem: Onde:
T0= Temperatura ambiente ou
chapa grossa => chapa fina de pré-aquecimento
q= Tensão x Corrente (W)
v = Velocidade de soldagem
k= Condutividade térmica
α = 1/2λ = Difusividade térmica
R= (x2+y2+z2)1/2
g: espessura da chapa
r=(x2+y2)1/2
K0: função Bessel modificada
de segunda espécie e ordem
zero.
w= v·t
49 50

1400

1200 • Na prática, a principal importância das


1000 equações de Rosenthal é a determinação
Temperatura (ºC)

800 da temperatura máxima ou de pico, taxa e


600 tempo de resfriamento.
400

200

0
1

13

17
2

8
6
4
2

8
6
4
2

8
,6
,4
,2

,8
,6
,4
,2

,8
,6
,4
0,

1,
2,
3,
4,

5,
6,
7,
8,

9,
10
11
12

13
14
15
16

17
18
19

tempo (s)

1,0kJ/mm 1,5kJ/mm 2,0kJ/mm

51 52

Temperatura de Pico (a uma Taxa de Resfriamento (no metal de


distância rx da linha de soldagem) solda)
2
 2 T g
 2kc  Tr  T0 
E 3
TPico  T0     3D  2D
 e  crx
2
t E

T 2k
Tr  T0 2
1/ 2
 2 E 2D   3D
TPico  T0    
 e  cgy t E
53 54
Decisão entre os dois modos de
Tempo de Resfriamento
extração de calor
2
E 1/ 2
 g   2D
  
1 1   E  1 1 
t 8 / 5  
4kc  (500  T0 ) 2 (800  T0 ) 2  D8 / 5    
 2 c  500  T0 800  T0 

E  1 1 
t 8 / 5     3D
4k  500  T0 800  T0  D8/5 > g ----------- 2D
D8/5 < g ------------ 3D ρ= massa específica
c = calor específico

55 56

Fator de Correção para o tempo de VARIAÇÃO DE ESPESSURA


resfriamento de acordo com o tipo de junta

57 58

Influência dos Parâmetros Influência dos Parâmetros


Operacionais Operacionais

ENERGIA DE
ESPESSURA SOLDAGEM

59 60
ENERGIA DE SOLDAGEM Influência dos Parâmetros
Operacionais
1400

1200

1000
Temperatura (ºC)

800
9,6s TEMPERATURA
600
INICIAL OU DE PRÉ-
400 AQUECIMENTO

200
7,6s

0
1

13

17
2

8
6
4
2

8
6
4
2

8
,6
,4
,2

,8
,6
,4
,2

,8
,6
,4
0,

1,
2,
3,
4,

5,
6,
7,
8,

9,
10
11
12

13
14
15
16

17
18
19

tempo (s)

1,0kJ/mm 1,5kJ/mm 2,0kJ/mm

61 62

PREAQUECIMENTO Diagrama de Resfriamento Contínuo

1600

1400
Temperatura (ºC)

1200

1000

800

600

400
6,8s
200
13,0s
0
0,2
1,2
2,2
3,2
4,2
5,2
6,2
7,2
8,2
9,2
10,2
11,2
12,2
13,2
14,2
15,2
16,2
17,2
18,2
19,2
20,2
21,2
22,2
23,2
24,2

tempo (s)
25ºC 100ºC 175ºC

63 64

Diagrama de Resfriamento Contínuo

log tempo

65 66
Tensões Residuais e Distorção
• O aquecimento localizado da região soldada
tendem a dilatar a solda, no entanto, o restante
do material, que não experimenta este aumento
de temperatura , restringe essa dilatação,
ocasionando o surgimento de tensões (tensões
residuais) e distorções que desenvolvem
deformações elásticas e plásticas no material
aquecido.

67 68

Distorções na soldagem Distorções na soldagem

Contração longitudinal
Contração transversal

Distorção angular

Rotação para baixa energia de soldagem Rotação para alta energia de soldagem

69 70

Tensões Residuais Tensões Residuais

• Tensões residuais são aquelas que


permanecem na peça quando todas as
solicitações externas são removidas.

71 72
Tensões Residuais Tensões Residuais

DURANTE O
DURANTE O
RESFRIAMENTO
AQUECIMENTO

73 74

Tensões Residuais Tensões Residuais

75 76

Tensões Residuais
Tensões Residuais

• METAL de SOLDA: Tração

• METAL BASE: Compressão

77 78
Tensões Residuais de Soldagem (MPa)
ANÁLISE da ZAC
Longitudinal Transversal MB – A 285 - LE = 33,7 ksi
MS – E 6010 - LE = 56,2 ksi

MPa
79 80

Tensões Residuais e Distorção


Transversais REGIÃO CLARA -
TRAÇÃO
As Tensões residuais e as distorções
podem gerar:
• Trincas
Longitudinais • Maior tendência da estrutura desenvolver
fratura frágil
• Falta de estabilidade dimensional
A região escura no centro da chapa corresponde a tensões compressivas.
• Dificuldade de montagem.
Com esta distribuição pode-se entender, por exemplo, que uma trinca de CST
ou de fadiga, longitudinal a um cordão, tem a tendência de se tornar longa
e superficial, enquanto que uma trinca transversal tem a tendência de se 81 82
tornar curta e passante.

Efeito das Tensões


Residuais na Solda PREVENÇÃO DE TENSÕES
• Aumenta a dureza RESIDUAIS
• Redução da tenacidade
• Redução da resistência a fratura frágil • REDUZINDO O APORTE TÉRMICO
• Redução da Resistência a Fadiga • DIMINUIÇÃO DO TAMANHO DA
• Redução da Resistência a Corrosão Sob-tensão SOLDA
• EVITAR REFORÇO EXCESSIVO
• Redução a resistência a Trincas induzidas pelo
• Evitar elevada restrição.
Hidrogênio
• Podem colaborar para a propagação de
soldagem
83 84
Tensões Residuais e Distorção Benefícios do Alívio de Tensões
Os métodos mais usuais para aliviar tensões • Redução dos Picos de Tensão em cerca
provenientes de soldagem são: de 10 a 20% do seu valor residual após a
soldagem.
• Alívio de Tensão a Frio: (martelamento,Teste • Reduz dureza
de Carga, Teste de pressão)
• Restaura ductilidade e tenacidade
• Alívio de Tensão a Quente: Pré-Aquecimento, • Elimina Hidrogênio dissolvido no metal de
Alívio com Chama, Tratamento térmico. solda

85 86

Código ASME para Vasos de


Pressão
Exige TTAT para solda em aço carbono
• Espessuras superiores a 38 mm
• Espessuras maiores que 31 mm, a menos
que se faça pré-aquecimento de 100ºC
durante a soldagem
• Todo o vaso para serviço letal
• Todo vaso para trabalho a temperatura
inferior a -45ºC
87

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