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Material Teórico
Vírus e Protozoários
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
Vírus e Protozoários
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Entender que os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios;
• Conhecer a dimensão, estrutura e morfologia viral;
• Compreender os diferentes ciclos virais;
• Conhecer viroses e protozooses que ocorrem no Brasil;
• Aprender sobre a biologia dos protozoários.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Vírus e Protozoários
Histórico
O russo Ivanovsky e o alemão Beijerink descobriram, por volta de 1900, que
uma doença comum às folhas do tabaco era transmitida por um “agente de infec-
ção”, hoje conhecido como “vírus mosaico do tabaco”. Notaram que o agente era
menor do que uma bactéria e que, se isolado, não se reproduzia e não era visível
no microscópio ótico. Anos mais tarde, Twort, um inglês, chegou a conclusões
parecidas estudando outro agente, que era capaz de infectar bactérias e, por isso,
chamado de bacteriófago (comedor de bactérias). Vários outros cientistas encon-
traram relações entre moléstias comuns aos humanos e outros seres vivos com
determinados agentes, que possuíam as características observadas por Ivanovsky
e Beijerink. Logo a comunidade científica aprendeu a fazer culturas de viroses, em
células, e usar essa técnica para a preparação de vacinas – formulações usadas
para promover a imunidade biológica ao agente, tal como a vacina da poliomielite.
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nucleotídeos e aminoácidos utilizados para sintetizar seus ácidos nucleicos e prote-
ínas também vêm das células hospedeiras. Alguns vírus mais qualificados utilizam
também lipídeos e carboidratos da célula hospedeira para formar suas membranas
lipoproteicas e glicoproteínas.
Estrutura viral
Os vírus, também denominados de vírions, são compostos basicamente de
ácido nucleico envolvido por uma cobertura de proteínas chamada de capsídeo
(Figura 1). Alguns deles, como o vírus da AIDS, possuem uma segunda cobertura
que recebe o nome de envelope e, portanto, são separados em vírus envelopados
e vírus não envelopados.
6 Espículas
4 5 Envelope lipoproteico
Caosômeros
Figura 1 – Estrutura básica viral. 1 - material genético (DNA ou RNA),
2 - capsídeo, 3 - material genético mais capsídeo formam um vírus não envelopado,
4 - capsômero, que são as unidades proteicas que formam o capsídeo,
5 - envelope lipoproteico composto de lipídios (fosfolipídios e colesterol), proteínas e carboidratos,
6-espículas glicoproteicas que tem função de ancoragem à célula hospedeira
Ácido Nucleico
Em uma célula, seja ela procarionte ou eucarionte, o DNA contém as informa-
ções vitais e o RNA é um coadjuvante na expressão do código genético, auxiliando
a célula na produção de proteínas. Veja como os vírus são diferentes: alguns vírus
possuem em seu interior apenas DNA e outros vírus possuem em seu interior ape-
nas RNA (Item 1). Então os vírus que contêm apenas RNA possuem suas informa-
ções vitais nessa molécula.
Também existem diferenças em como essas moléculas se arranjam: o DNA ou
RNA, como filamentos simples ou duplos, como filamentos lineares ou circulares,
ou como filamentos únicos ou segmentados.
Capsídeo
Capsídeo (Item 2) é um polímero formado por proteínas codificadas pelo ge-
noma viral, sua estrutura representa a maior parte da estrutura viral. As proteínas
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UNIDADE Vírus e Protozoários
formam capsômeros (Item 4) que podem ser de um único tipo ou de vários. O cap-
sídeo protege o ácido nucleico viral do ataque das nucleases celulares, ancora o
vírus em sítios específicos na membrana plasmática e auxilia a sua penetração ou
injeção do material genético na célula hospedeira. A estrutura formada pelo ácido
nucleico e o capsídeo é denominada de nucleocapsídeo.
Envelope
Os vírus envelopados possuem uma camada lipoproteica (Item 5) composta
de lipídios (fosfolipídios e colesterol), proteínas e carboidratos, uma vez que estas
são oriundas da membrana plasmática da célula hospedeira, adquirida quando os
vírions saem da célula. Outras membranas celulares, como a do complexo de Gol-
gi, a do reticulo endoplasmático ou a da membrana nuclear, podem estar presentes
no envelope, mas isso depende do local onde ocorreu a replicação viral. O envelo-
pe pode ainda ser misto, contendo parte codificada pelo genoma do vírus.
Alguns vírus possuem proteínas internas, como no caso dos vírus de RNA de-
nominados de retrovírus que têm a enzima transcriptase reversa, que produz um
DNA a partir de um RNA e só assim consegue dar continuidade à replicação viral.
Morfologia Viral
Os vírus são menores do que o comprimento de onda da luz visível e, portanto,
não são vistos em microscópios óticos. O tamanho da maioria dos deles varia de
20 a 300 nanômetros (nm), sendo possível observá-los apenas ao microscópio
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eletrônico. Existem exceções, como o Mimivírus, que infecta amebas e tem tama-
nho aproximado ao de uma bactéria.
Embora exista uma variedade muito grande de formas virais, vamos dividi-las em
três estruturas genéricas para facilitar nosso entendimento (link a seguir).
• Formas helicoidais: formadas por capsômeros idênticos que se arranjam em
forma cilíndrica ou de bastonetes do tamanho de seus ácidos nucleicos; o vírus
do Mosaico do Tabaco tem 18nm de diâmetro por 300nm de comprimento;
outros exemplos de vírus com forma helicoidal são os da gripe, do sarampo e
do ebola.
• Formas icosaédricas: formados por polígonos de 20 faces que são ligeira-
mente arredondadas; os arranjos mais simples apresentam três capsômeros
por face, em um total de 60 por capsídeo; no entanto, existem configurações
com maior número de capsômeros que, em cada face do poliedro, podem ser
iguais ou distintas. Como exemplo, temos os vírus da AIDS, HPV, poliomielite,
herpes simples e adenovírus.
• Formas complexas: temos o vírus da varíola, que é descrito com forma de
paralelepípedo ou tijolo, ou ainda de retângulo, arredondado com aproxima-
damente 302-350nm por 244-270nm, sendo que possui dois envoltórios, o
vírus da Raiva, que tem forma de projétil (bala), e os vírus que infectam bac-
térias, os bacteriófagos, que possuem cabeça icosaédrica e cauda helicoidal.
Explor
Especificidade viral
Em geral, um vírus ataca um ou poucos tipos de células. Isso porque um deter-
minado tipo de vírus só consegue infectar uma célula que possua, na membrana,
substâncias às quais interajam com suas proteínas ou glicoproteínas de superfície
e, então, ele consiga ancorar-se e iniciar o processo de infecção.
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UNIDADE Vírus e Protozoários
Nos vírus animais, a especificidade vai até o nível histológico, servindo de base
para classificá-los em: vírus dermotrópicos, como os causadores de varíola, varice-
la, sarampo, rubéola, e outras doenças; vírus pneumotrópicos, que podem causar
resfriado ou gripe; vírus neurotrópicos, que causam raiva, poliomielite, encefalites,
meningite e outras doenças infecciosas no sistema nervoso; vírus hepatotrópicos,
como os da febre-amarela e da hepatite; e vírus linfo e glandulotrópicos, como os
da caxumba e linfogranuloma inguinal.
Bacteriófagos
Os bacteriófagos podem ser vírus de DNA ou de RNA que infectam somente
organismos procariotos, as bactérias. São formados apenas pelo capsídeo, não
existindo formas envelopadas. Os mais estudados são os que infectam a bactéria
intestinal Escherichia coli, conhecida como fagos T4, que são constituídos por
uma cauda de aproximadamente 20 proteínas diferentes e uma cápsula proteica
bastante complexa como um número ainda maior de proteínas em sua composição
e com formato poligonal que envolve uma molécula de DNA. A cauda cilíndrica
contém em sua extremidade livre fibras proteicas responsáveis pela adesão e anco-
ragem do bacteriófago à célula hospedeira (Figura 2).
Cabeça
Calda
Fibras da causa
Placa basal
Figura 2 – Desenhos de um bacteriófago T4, que infecta Escherichia coli. Mostrando sua cabeça icosaédrica,
cauda cilíndrica, placa basal e fibras da cauda que tem função de ancoragem do fago à célula hospedeira
Fonte: Adaptado de Wikimedia Commons
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Replicação Viral
Ciclo de Vida dos Bacteriófagos
A reprodução ou replicação dos bacteriófagos, assim como os demais vírus,
ocorre somente no interior de uma célula hospedeira.
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Figura 5 – Alternância entre ciclo viral lítico e ciclo viral lisogênico
Alguns vírus que contêm filamento de RNA simples possuem uma enzima deno-
minada transcriptase reversa, que realiza a transcrição reversa, produzindo uma
molécula de DNA a partir de seu RNA, a exemplo do HIV, que, por esse motivo,
é denominado de retrovírus.
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Vírus e tecnologia
Estudos demonstram que os vírus podem ser usados em terapias gênicas, pois têm
potencial para inocular genes saudáveis em células que possuem genes deficientes.
Também tem potencial para serem usados como antibióticos destruindo bacté-
rias e outros parasitos do nosso organismo.
A utilização na agricultura também é promissora: utilizando-os no controle bio-
lógico de pragas, teremos a diminuição do uso de agrotóxicos.
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UNIDADE Vírus e Protozoários
Doenças Virais
No homem, inúmeras doenças são causadas por vírus. Praticamente todos os te-
cidos e órgãos humanos são afetados por alguma infecção viral. Algumas são fatais
como a AIDS, o ebola, gripe aviária (SARS) e a dengue hemorrágica. Caxumba, cata-
pora, rubéola, sarampo, herpes, hepatite C, febre amarela, chicungunha, zika, gripe,
resfriado, raiva e meningite também são doenças virais humanas. A varíola foi mun-
dialmente erradicada e a poliomielite foi erradicada em vários países, incluindo o Brasil.
Um único vetor, o Aedes aegypti, é responsável pela transmissão de várias do-
enças virais, como dengue, febre amarela, chicungunha e zika.
Para se inteirar sobre o Aedes aegypty que muito nos incomoda e as doenças virais por ela
Explor
Vírus e Câncer
Muitos retrovírus possuem genes denominados oncogenes, que induzem as cé-
lulas hospedeiras à divisão descontrolada com a formação de tumores cancerosos.
O HPV (vírus do papiloma humano) é o principal responsável pelo câncer de có-
lon de útero; cerca de 90% das mulheres com esse câncer ou estão contaminadas
ou já tiveram histórico de contaminação. O HTLV é um retrovírus que infecta os
linfócitos T e causa um tipo de leucemia (câncer do sangue).
A Euglena é uma exceção do reino Protista, pois são ao mesmo tempo autotróficas e hetero-
Explor
tróficas. Autotróficas porque possuem clorofila e heterotróficas por realizam fagocitose. Leia
o artigo e assista os vídeos do site sugerido.
Disponíveis em: https://goo.gl/LlpbLU e https://goo.gl/khf1ak
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Classificação e locomoção
A classificação taxonômica dos protozoários é muito complexa, chamado de
Sub-reino Protozoa, é constituído por sete filos, dos quais quatro têm interesse
em parasitologia humana. Muitos protozoários são de vida livre e, portanto, não
são parasitas.
Morfologia
Os protozoários apresentam grandes variações, conforme sua fase evolutiva e
meio a que estejam adaptados. Podem ser esféricos, ovais ou mesmo alongados.
Alguns são revestidos de cílios, outros possuem flagelos, e existem ainda os que
não possuem nenhuma organela locomotora especializada. Dependendo da sua
atividade fisiológica, algumas espécies possuem fases bem definidas como o tro-
fozoíto, que é a configuração ativa do protozoário, na qual ele se alimenta e se
reproduz, por distintos processos. No entanto, também podem assumir uma con-
figuração de resistência, onde o protozoário possui uma parede resistente que o
protegerá quando estiver em meio impróprio ou em fase de latência, denominada
cisto. E algumas espécies produzem uma configuração sexuada, o gameta.
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UNIDADE Vírus e Protozoários
Cada organela é mais ou menos semelhante nas várias espécies dentro do reino,
entretanto, ocorrem pequenas diferenças que podem ser observadas ao microscópio
óptico ou, unicamente, por intermédio de um microscópio eletrônico (link a seguir).
Reprodução
Temos os seguintes tipos de reprodução:
• Assexuada:
»» Divisão binária ou Cissiparidade;
»» Brotamento ou Gemulação;
»» Endogenia: formação de duas ou mais células-filhas por brotamento interno
à célula;
»» Esquizogonia: divisão nuclear seguida da divisão do citoplasma, constituin-
do indivíduos isolados. Esses rompem a membrana celular da célula mãe e
continuam a desenvolver-se. Na realidade, existem três tipos de esquizogo-
nia: merogonia (produz merozoítos), gametogonia (produz microgametas) e
esporogonia (produz esporozoítos).
• Sexuada:
»» Conjugação: consiste na união temporária de dois indivíduos, com troca
mútua de materiais nucleares;
»» Singamia ou Fecundação: consiste na união de microgameta e macroga-
meta formando o ovo ou zigoto, que pode dividir-se para fornecer esporozo-
ítos. O processo de formação de gametas recebe o nome de gametogonia.
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Nutrição
Quanto ao tipo de alimentação, divide-se em:
• Autotróficos: são os que, a partir de pigmentos citoplasmáticos, conseguem
sintetizar energia a partir da luz solar pelo processo denominado fotossíntese;
• Heterotróficos: ingerem partículas orgânicas, digestão por ação enzimática.
Essa ingestão se dá por fagocitose (ingestão de partículas sólidas) ou pinocitose
(ingestão de soluções aquosas);
• Saprozóicos: absorvem substâncias inorgânicas, já decompostas e dissolvidas
em meio líquido;
• Mixotróficos: são capazes de se alimentar por mais de um dos métodos
acima descritos.
Excreção
A excreção dos metabólitos celulares ocorre por meio de difusão através da
membrana plasmática ou bombeamento pelos vacúolos contráteis (ou pulsáteis).
Respiração
A maioria é aeróbia e vive em ambiente rico em oxigênio. Alguns como os que
vivem no trato digestivo são anaeróbios.
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UNIDADE Vírus e Protozoários
Anexo I
Glossário
• ATP (adenosina trifosfato): é a molécula de mais alta energia encontrada na
célula. É responsável por fornecer energia para as funções celulares, tais como
duplicação do DNA, síntese de proteínas e lipídios e muitas outras;
• Icosaedro: poliedro de 20 faces;
• Fagocitose: Ação realizada pela membrana plasmática através de pseudó-
podos com o objetivo de englobar uma célula parte de uma célula ou anda
substância do meio extracelular e colocar para dentro da célula com objetivo
posterior de se utilizar esse material como alimento. OBS. Algumas células do
nosso organismo, como os macrófagos e os neutrófilos, utilizam este mecanis-
mo para nos defender de agentes invasores;
• Lise: ruptura ou quebra. Exemplo: lise celular = quando a célula tem sua mem-
brana plasmática rompida;
• Lisozima: enzima produzida em nossas secreções que tem ação antibacteriana;
• Nanômetros (nm): unidade de medida que corresponde à milionésima (10-6)
parte do mm (milímetro);
• Nucleases celulares: enzimas que causam lise do ácido nucleico;
• Pseudópodos: movimentos realizados pela membrana plasmática que permi-
te o deslizamento da célula.
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Anexo II
Atividade de aprofundamento
As pesquisas científicas na área da saúde tem nos ajudado a combater um nú-
mero significativo de doenças infecciosas, seja por meio de vacinas, antibióticos ou
ainda pelos antimicrobianos sintéticos como o AZT e o aciclovir. No entanto, para
alguns microrganismos, ainda não conseguimos desenvolver vacinas, como no caso
da AIDS. Para outros microrganismos como os da gripe, as vacinas precisam de re-
forços anuais e os antibióticos não são ativos para todos os tipos de microrganismos.
1. A que se deve o fato de ainda não existirem vacinas para a AIDS?
2. Por que os antibióticos não são efetivos no tratamento de doenças virais?
Respostas
1. As vacinas estimulam nosso organismo a produzir anticorpos que se ligam
a glicoproteínas da superfície do vírus, neutralizando-o e impedindo a sua
fixação na célula hospedeira e, desse modo, a sua infecção. O HIV cau-
sador da AIDS possui alta taxa de mutação gênica e modifica com muita
rapidez suas proteínas que compõem as glicoproteínas de superfície, im-
pedindo que os anticorpos por nós produzidos após a vacinação se liguem
a essas glicoproteínas.
2. Os antibióticos só são efetivos contra microrganismos celulares como as
bactérias e os fungos, pois seus mecanismos de ação estão direcionados
ao metabolismo celular, à membrana plasmática ou à parede celular e os
vírus não possuem tais elementos.
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Por que não tem vacina contra o HIV? Disponível em: https://youtu.be/u75Ui0qnFl4
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Dengue no Brasil Doença Urbana
Dengue no Brasil Doença Urbana – Timerman, A.; NUNES, E.; LUZ, K. São Paulo:
Limay Editora, 2012.
https://goo.gl/Nf3ycy
A Virologia no Estado do Rio De Janeiro Uma Visão Global
A Virologia no Estado do Rio De Janeiro Uma Visão Global – SCHATZMAYR, H.
G.; CABRAL, M. C. 2. ed. Rio de Janeio: FioCruz, 2012.
Vídeos
VÍRUS - MICROBIOLOGIA - Prof. Kennedy Ramos
https://youtu.be/sqsNVBv_dPs
Replicação do virus
https://youtu.be/ai-GtpXGP9Y
Leitura
O que são vírus? Um novo conceito
O que são vírus? Um novo conceito – CASTRIGNANO, S.B. Bol Inst Adolfo Lutz.
2016; pp. 1-3.
https://goo.gl/t08djB
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Referências
BRENER B. Parasitologia Médica. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015.
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