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Aspirante: Alfredo Henrique Cumbane

Tema: Santuário Celestial

Chimoio

27 – Junho – 2020
Aspirante: Alfredo Henrique Cumbane

Tema: Santuário Celestial

Trabalho de Pesquisa dos


Aspirantes a Líder
Monitor do Tema: Cabuaza A.
Cabuaza

Chimoio

27 – Junho – 2020
Índice
1. Introdução..........................................................................................................................2

1.1 Objectivos .......................................................................................................................2

1.1.1 Geral: ........................................................................................................................2

1.1.2 Específicos ...............................................................................................................2

I. Resumo ..............................................................................................................................3

II. Fundamentação Literária ...................................................................................................4

2.1 O santuário ......................................................................................................................4

2.2 Compartimentos móveis do Santuário e as Fases do Sacerdócio de Cristo ....................6

2.2.1 Acampamento: Jesus como Cordeiro Perfeito .........................................................6

2.2.2 Pátio: Jesus como Sacrifício Perfeito .......................................................................7

2.2.3 Lugar Santo: Jesus como Intercessor Perfeito..........................................................8

2.2.4 Lugar Santíssimo: Jesus como Juiz Perfeito ............................................................9

2.3 A purificação do santuário celestial ..............................................................................10

2.4 Santuário Celestial ........................................................................................................12

2.5 O Ministério de Cristo no Santuário Celestial ..............................................................13

2.5.1 O mediador sacerdotal ............................................................................................14

2.5.2 O julgamento final ..................................................................................................14

2.6 Azazel, o bode emissário ..............................................................................................16

2.7 Após o juízo no Lugar Santíssimo ................................................................................16

III. Conclusão ....................................................................................................................17

IV. Referencias Bibliográficas ...........................................................................................18


Santuário Celestial

1. Introdução

O termo “Santuário”, conforme e empregado na Bíblia, refere-se primeiramente, ao


tabernáculo construído por Moisés, como figura das coisas celestiais; e, em segundo lugar,
ao “verdadeiro tabernáculo”, no Céu, para o qual o santuário terrestre apontava. A morte de
Cristo, terminou o serviço típico.

O Santuário, ou tabernáculo, no deserto foi construído por Moisés conforme a ordem e


instruções de Deus. Ele era uma cópia do modelo celestial que lhe tinha sido mostrado. Ao
percebermos como funcionava este santuário, com todo o seu cerimonial, entendemos bem o
que Jesus fez e faz no santuário do céu, o original.

Há um santuário no Céu, o verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem.


Nele Crist ministra em nosso favor, tornando acessíveis aos crentes os benefícios de Seu
sacrifício expiatório oferecido uma vez por todas, na cruz.

Contudo, no presente trabalho vamos falar do santuário celestial, para entender da


melhor forma o que o que o acontecia no tabernáculo ou santuário terrestre que apontava o
que iria acontecer, entender os acontecimentos actuais no santuário celestial, quando
iniciaram e quando poderão terminar e que importância tem isso para todo o cristão.

1.1 Objectivos

1.1.1 Geral:

 Compreender o Santuário Celestial suas funções, serviços e o Ministério de Cristo no


seu Santuário.

1.1.2 Específicos

 Descrever as características, a composição e os moveis do santuário Celestial;


 Identificar os serviços realizadas no Santuário Celestial e quem os realiza;
 Descrever as etapas que compõem a sacerdócio de Cristo no Santuário Celestial;
 Entender o Ministério de Cristo do Santuário Celestial.

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Santuário Celestial

I. Resumo
O santuário Celestial é a habitação de Deus, Ele ordenou a Moisés para que
construísse o tabernáculo com a finalidade de Ele habitar com a humanidade (Êxodo 25:40),
e o Santuário terrestre era a sombra do que este nos céus. Contudo, o presente trabalho,
objectivado a compreender o santuário Celestial e os seus serviços, que tiveram inicio no
ano 31 d.C quando Cristo ascendeu aos céus depois do seu sacrifício miraculoso como
forma de resgatar a humanidade. Jesus Cristo no seu santuário tem desempenhado várias
funções, Cristo é o nosso sumo-sacerdote, nosso Juiz e em simultâneo nosso advogado.
Assim como era nos serviços de santuário terrestres onde as ovelhas eram sacrificadas
durando o ano, e o Sumo-sacerdote entrava no lugar santíssimo uma vez ao ano para a
expiação dos pecados. O mesmo sumo-sacerdote trabalhava como intercessor entre o povo e
Deus. Também foi com Cristo morrendo na cruz como sacrifício, ele ressuscitou para
exercer a função de sumo sacerdote intercedendo pela humanidade e para expiação dos
pecados de toda a humanidade e dar inicio ao julgamento. No fim Jesus ira sair do Santuário
e voltara da 2ª vez para levar os que aceitaram o seu sacrifício.

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II. Fundamentação Literária

2.1 O santuário

O santuário (do Latim sanctuarium, de sanctus), geralmente é um lugar reservado para


adoração, um lugar santo. Na maioria das vezes o termo santuário, se refere ao tabernáculo
ou ao templo em Jerusalém. Também é aplicado ao lugar de habitação de Deus nos céus.

Há um santuário no Céu, o verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem.


Nele Cristo ministra em nosso favor, tornando acessíveis aos crentes os benefícios de Seu
sacrifício expiatório oferecido uma vez por todas, na cruz. Ele foi empossado como nosso
grande Sumo-sacerdote e começou Seu ministério intercessores por ocasião de Sua
ascensão.

Em 1844, no fim do período profético dos 2.300 dias de acordo com Daniel 8:14, Ele
iniciou a segunda e última etapa de Seu ministério expiatório. É uma obra de juízo
investigaria, a qual faz parte da eliminação final de todo pecado, prefigurada pela
purificação do antigo santuário hebraico, no Dia da Expiação. Nesse serviço típico, o
santuário era purificado com o sangue de sacrifícios de animais, mas as coisas celestiais são
purificadas com o perfeito sacrifício do sangue de Jesus.

O juízo investigativo revela aos seres celestiais quem dentre os mortos que dormem
em Cristo, sendo, portanto, nEle, considerado digno de ter parte na primeira ressurreição.
Também torna manifesto quem, dentre os vivos, permanece em Cristo, guardando os
mandamentos de Deus e a fé de Jesus, estando, portanto, nEle, preparado para a trasladação
ao Seu reino eterno.

Este julgamento vindica a justiça de Deus em salvar os que crêem em Jesus. Declara
que os que permaneceram leais as Deus receberão o reino. A terminação do ministério de
Cristo assinalará o fim do tempo da graça para os seres humanos, antes do Segundo
Advento" (Crenças Fundamentais, 23).

2.1.1 Santuário terrestre e Celestial

Primeiramente, a Bíblia fala que o santuário terrestre foi construído de acordo com "o
modelo" que o próprio Deus mostrara a Moisés no Monte Sinai (Êxodo 25:40). O Senhor
Jesus era o fundamento de toda a dispensasão judaica. Seus imponentes serviços foram
ordenados por Deus. Foram designados para ensinar ao povo, que no tempo determinado,

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viria Aquele ao qual apontavam aquelas cerimónias. Cristo era o fundamento e a vida do
templo. Os serviços deste eram típicos do sacrifício do Filho de Deus.

Uma vez que toda a ordem era simbólica de Cristo, nao tinha valor sem Ele. Quando
os judeus selaram sua rejeição de Cristo, entregando-O a morte, rejeitaram tudo quanto dava
significação ao templo e seus serviços. Condenando Cristo a morte, os judeus destruíram
virtualmente seu templo. Quando Cristo foi crucificado, o véu interior do templo se rasgou
em dois de alto a baixo, significando que o grande sacrifício final fora feito, e que o sistema
de ofertas sacrificais cessara para sempre.

Contudo, na Epístola aos Hebreus, nos é dito que existe outro santuário, "maior e mais
perfeito", do qual o santuário terrestre era apenas uma "figura", e que este "verdadeiro"
santuário se encontra no céu: - Hebreus 8: 1 e 2; 9:11 e24. E o objectivo da Epístola aos
Hebreus é chamar a atenção dos cristãos para Cristo e Seu sacerdócio no santuário celestial.
Também no livro do Apocalipse encontramos referências ao santuário celestial: Apocalipse
4: 5; 8: 3; 11: 19; 15:5.

O santuário, no qual Jesus ministra em nosso favor, é o grande original, de que o


santuário construído por Moisés foi uma cópia. Assim como no santuário terrestre havia dois
compartimentos, o santo e o santíssimo, existem dois lugares santos no santuário celestial."

"Vi um anjo que voava ligeiro para mim. Rápido levou-me da Terra para a Cidade
Santa. Na cidade vi um templo no qual entrei. Passei por uma porta antes de chegar ao
primeiro véu. Este véu foi erguido e eu entrei no lugar santo. Ali vi o altar de incenso, o
castiçal com sete lâmpadas e a mesa com os pães da proposição. Depois de ter eu
contemplado a glória do lugar santo, Jesus levantou o segundo véu e eu passei para o santo
dos santos.

"No lugar santíssimo uma arca, cujo alto e lados era do mais puro ouro. Em cada
extremidade da arca havia um querubim com suas asas estendidas sobre ela. Tinham os
rostos voltados um para o outro, e olhavam para baixo. Entre os anjos estava um incensário
de ouro. Sobre a arca, onde estavam os anjos, havia o brilho de excelente glória, como se
fora a glória do trono da habitação de Deus.

Na arca estavam as tábuas de pedra que se fechavam como um livro. Jesus abriu-as, e
eu vi os Dez Mandamentos nelas escritos com o dedo de Deus. Numa das tábuas havia
quatro mandamentos e na outra seis. Os quatro da primeira tábua eram mais brilhantes que

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os seis da outra. Mas o quarto, o mandamento do sábado, brilhava mais que os outros; pois o
sábado foi separado para ser guardado em honra do santo nome de Deus." (Primeiros
Escritos, pp. 32 e 33).

2.2 Compartimentos móveis do Santuário e as Fases do Sacerdócio de Cristo

Ao Considerar os móveis do santuário é necessário lembrarem que este foi construído


com base num esquema que contempla três sessões claramente discerníveis: o pátio, o lugar
santo (qódesh) e o lugar santíssimo (qódesh qodashim). Contudo, tem casos em que pode
incluir a quarta parte, o acampamento, ou seja a moradia dos israelitas.

Cada um destes lugares ou espaços diferentes representa uma função distinta de Jesus:

 Acampamento: Jesus como Cordeiro Perfeito;


 Pátio: Jesus como Sacrifício Perfeito;
 Lugar Santo: Jesus como Intercessor Perfeito.
 Lugar Santíssimo: Jesus como Juiz Perfeito.

2.2.1 Acampamento: Jesus como Cordeiro Perfeito

O Cordeiro perfeito veio viver, habitar com e entre os homens, tornando-se um como
nós. João 1:14 “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a
glória do unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade.”

Jesus veio acampar connosco. Habitando connosco, pôde viver uma vida perfeita.
Antes que Jesus morresse era necessário que Jesus vivesse uma vida perfeita sem pecado.
Hebreus 4:15 “Porque não temos um Sumo-sacerdote que não possa compadecer-se das
nossas fraquezas, porém, um que como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.” Veio

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com o objectivo de viver uma vida perfeita, para ser um Cordeiro perfeito, sem mancha de
pecado para que a Sua oferta pudesse ter valor.

No Santuário, o Sumo-sacerdote tinha de examinar a vítima para se certificar de que


não tinha qualquer defeito. O cordeiro tinha de dar provas que era sem defeito. A vida
perfeita de Cristo terá que estar no lugar da nossa vida imperfeita. Aqui está o objectivo da
vida de Jesus no acampamento, I Pedro 1:18-20. Se não fosse a vida perfeita de Cristo no
acampamento, o sacrifício não teria algum valor. No acampamento Jesus viveu a vida
perfeita que eu e você devemos viver. Acampamento → Representa a Sua vida.

2.2.2 Pátio: Jesus como Sacrifício Perfeito

O pecador trazia a vítima perfeita, colocava a mão na cabeça do animal e confessava


os seus pecados. O animal era degolado, uma vez que a desobediência da lei condena à
morte. No pátio, Jesus fez a provisão para que nós pudéssemos ser perdoados dos pecados e
a Sua vida estivesse no lugar da nossa vida; viveu no acampamento por nós e morreu por
nós no pátio. I João 2:2 “E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos
nossos, mas também pelos de todo o mundo.” Pátio → Representa a Sua morte.

1ª Fase: Simbolizada pelos Rituais do Pátio do Santuário:

 O Altar de Holocausto

Portanto, o altar do holocausto simbolizava a cruz do Calvário, sobre a qual Jesus Cristo, o
"Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo", foi oferecido. O altar simbolizava o
Sacrifício a Deus aceito "aroma agradável" (Levitico 1:9), assim como Cristo se deu como
"oferenda e sacrifício a Deus em aroma suave" (Efésios 5:2).

 A bacia de bronze:

"No pátio, ao lado da porta do tabernáculo, estava uma bacia de bronze, na qual os
sacerdotes lavavam as suas mãos e os seus pés antes de entrarem no tabernáculo, para que
toda a impureza fosse removida. Contudo, esse ritual todo representava o Baptismo (João
3:5; Romanos 6:3-6), a agua representa o Espírito Santo (João 7:37-39).

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2.2.3 Lugar Santo: Jesus como Intercessor Perfeito

Hebreus 7:25 “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a
Deus, vivendo sempre para interceder por eles.” O que Jesus fez no pátio fez por toda a
humanidade, mas, o que Jesus faz no lugar Santo faz apenas aos que por Ele se chegam a
Deus!

Romanos 8:34 (contexto: os escolhidos, v.33) “Quem é que condena? Pois é Cristo
quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e
também intercede por nós.”

No Lugar Santo Jesus recebe as nossas orações de arrependimento e, na nossa conta,


coloca aquilo que Ele fez por nós no Pátio. A obra realizada no pátio foi para todos os seres
humanos; o que Cristo faz no lugar Santo aquilo é só para aqueles que reclamam as bênçãos
decorrentes da obra que Jesus fez no pátio.

I João 1:9 “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os
pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Actos 2:38 “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos,
e cada um de vós seja baptizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e
recebereis o dom do Espírito Santo.” Actos 5:31 “Deus, com a sua destra, O elevou a
Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados.”

Eu fico livre dos meus pecados, mas agora o Santuário celestial vai ficando
contaminado. Os livros dos registos ficam cheios dos pecados. Deus guarda os registos, mas
o pecado contamina. Precisamos ainda de algo mais.

Acampamento → Representa a Sua vida; Pátio → Representa a Sua morte; Lugar


Santo → Representa Sua intercessão.

2ª Fase: Simbolizada Pelos Rituais do Lugar Santo (o 1º compartimento)

Esta fase iniciou após a ascensão de Cristo ao Céu, no ano 31 AD, quando Ele iniciou
o Seu sacerdócio no santuário celestial, como nosso Mediador e Intercessor perante o Pai.
Foi a morte de Cristo na cruz do Calvário que marcou o início do Seu sacerdócio; porque a
Bíblia diz que "sem derramamento de sangue não há remissão" (Heb. 9:22). Portanto era
necessário que Cristo primeiro fizesse sacrifício para que o Seu sacerdócio tivesse início;
pois é "o sangue de Jesus, Seu Filho", que "nos purifica de todo pecado". (I João 1:7).

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 A mesa com pães da preposição:

A mesa no santuário terrestre, estava localizada no lado norte do tabernáculo (Êxodo


40:22). "Os pães da proposição eram conservados sempre perante o Senhor como uma oferta
perpétua. Era um reconhecimento de que o homem depende de Deus, tanto para o pão
temporal como espiritual, e de que este é recebido apenas pela mediação de Cristo.

Tanto o maná como o pão da proposição apontavam para Cristo, o pão vivo, que
sempre está na presença de Deus por nós. Ele mesmo disse: 'Eu sou o pão vivo que desceu
do Céu.' S. João 6:48-51." (Patriarcas e Profetas, p. 354). Cristo disse: "Eu sou o pão de
vida" (João 6:48).

 O castiçal de ouro com as sete lâmpadas:

Estava localizado no lado sul do tabernáculo terrestre. Foi permitido ao apóstolo João
contemplar o primeiro compartimento do santuário celestial; e viu ali as "sete lâmpadas de
fogo" (Apocalipse 4: 5), representadas pelo castiçal de ouro do santuário terrestre. (O
Grande Conflito, p. 414).

O Espírito Santo ilumina a todos, aceitem-no ou não (João 1:9) João viu cristo nosso
Sumo-sacerdote, em meio dos castiçais (Apocalipse 1:12-18). João viu as sete lâmpadas
ardendo diante do trono de Deus (Apocalipse 4:2, 5).

 O Altar do Incenso:

No santuário terrestre ele estava localizado diante do véu que separava os dois
compartimentos. "O fogo neste altar fora aceso pelo próprio Deus, e conservado de maneira
sagrada. Dia e noite o santo incenso difundia sua fragrância pelos compartimentos sagrados,
e fora, longe, em redor do tabernáculo." (Patriarcas e Profetas, p. 348).

"O incenso que subia com as orações dos Santos, representa os méritos e intercessão
de Cristo, Sua perfeita justiça, que pela fé é atribuída ao Seu povo, e unicamente pode tornar
aceitável a Deus o culto de seres pecadores." (Patriarcas e Profetas, pp. 353).

2.2.4 Lugar Santíssimo: Jesus como Juiz Perfeito

No Lugar Santíssimo Jesus veste as vestes de Juiz! João 5:22 “E também o Pai a
ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo.” Actos 17:30, 31 “Mas Deus, não tendo em

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conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se
arrependam; porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo,
por meio do Varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os
mortos.”Eclesiastes 12:13-14.
Acampamento → Representa a Sua vida; Pátio → Representa a Sua morte; Lugar
Santo → Representa Sua intercessão; Lugar Santíssimo → Representa o Seu juízo (ou
julgamento).

3ª Fase: Simbolizado pelo Ritual do Dia da Expiação no Lugar Santíssimo

Esta fase iniciou no dia 22/Outubro/1844, conforme veremos posteriormente, quando


Cristo passou do Lugar Santo para o Santíssimo, de acordo com as profecias bíblicas, para
iniciar uma fase de juízo, além das Suas funções de Mediador e Intercessor.

 A arca, os dois querubins, e a Lei divina

A arca é um símbolo da presença divina. Onde estavam os anjos, havia o brilho de


excedente glória. Os querubins, olhando reverentemente para o propiciatório, representam o
interesse com que a hoste celeste contempla a obra da redenção." (O Grande Conflito, p.
415). A arca foi vista por João no santuário celestial (Apocalipse 11:19).

"A lei de Deus no santuário celeste é o grande original, de que os preceitos inscritos
nas tábuas de pedra, registados por Moisés no Pentateuco, eram uma transcrição exacta." E é
diante dessa arca, no santíssimo do santuário celestial que Cristo ministra hoje em nosso
favor!

Jesus, ao ser "enviado", chega a ser por decreto divino (Hebreus 5:7-9) Rei, Profeta e
Sacerdote, mas fundamentalmente ele é o único (João 3:16) hilastérion, a única propiciação
ou oferenda expiatória (Romanos 3:25) da eterna aliança, já que em Cristo é a única
aspersão que tira os pecados do mundo (Hebreus 9:12, 22-28).

2.3 A purificação do santuário celestial

Se o Céu é puro e santo, se os seres que vivem lá, Deus e Seus anjos, são puros e
perfeitos, será que o Céu precisa ser purificado? Tendo em vista que os pecados purificados
no santuário e de toda a humanidade têm sido lançados sobre Cristo, eles acabam por poluir
o santuário celestial, necessitando ser purificado.

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No capítulo 9 de Hebreus a purificação do santuário terrestre, bem como do celestial,


encontra-se plenamente ensinada. “Quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com
sangue; e sem derramamento de sangue não ha remissão. De sorte que era bem necessário
que as figuras das coisas que estão no Céu assim se purificassem [com sangue de animais];
mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes” (Hebreus 9:22, 23),
ou seja, com o precioso sangue de Cristo.

Durante dezoito séculos este ministério continuou no primeiro compartimento do


santuário. O sangue de Cristo, oferecido em favor dos crentes arrependidos, assegurava-lhes
perdão e aceitação perante o Pai; contudo, ainda permaneciam seus pecados nos livros de
registro.

Este é o serviço iniciado quando terminaram os 2.300 dias. Naquela ocasião, conforme
fora predito pelo profeta Daniel, nosso Sumo-sacerdote entrou no lugar santíssimo para
efectuar a ultima parte de Sua solene obra, a purificar o santuário.

Os pecados dos que se arrependem são, pela fe, colocados sobre Cristo e transferidos,
de fato, para o santuário celeste. E como a purificação típica do santuário terrestre se
efectuava mediante a remoção dos pecados pelos quais se poluira, igualmente a purificação
real do santuário celeste deve efectuar-se pela remoção, ou pagamento, dos pecados que ali
estão registrados.

A purificação do santuário, portanto, envolve uma investigação, isto é, um julgamento.


Isto deve efectuar-se antes da vinda de Cristo para resgatar Seu povo, pois que, quando vier,
Sua recompensa estará com Ele para dar a cada um segundo as suas obras. Apocalipse
22:12.

Os que seguiram a luz da palavra profética viram que, em vez de vir Cristo a Terra, ao
terminarem em 1844 os 2.300 dias, entrou Ele então no lugar santíssimo do santuário
celeste, a fim de levar a efeito a obra final da expiação, preparatória a Sua vinda.

Quando Cristo, pelo mérito de Seu próprio sangue, remover do santuário celestial os
pecados de Seu povo, ao encerrar-se o Seu ministério, Ele os colocará sobre Satanás, que, na
execução do juízo, deverá arrostar a pena final. Satanás será para sempre banido da presença
de Deus e de Seu povo, e eliminado da existência na destruição final do pecado e dos
pecadores, (O Grande Conflito, 408-421).

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O Daniel foi revelado quando aconteceria essa purificação, “até duas mil e trezentas
tardes e manhãs; e o santuário será purificado” (Daniel 8:14). Esse período começa na
ordem para “restaurar e edificar Jerusalém” (Daniel 9:25). Essa ordem foi dada por
Artaxerxes, rei da Persa, a Esdras (Esdras 7) no ano 457 a.C.

Para ter certeza que essa data está correcta, ao explicar a Daniel, Deus colocou outro
período profético dentro dele, o das 70 semanas (490 anos), quando na última semana viria o
Messias, na metade dessa semana cessaria o sacrifício e no final dos 490 anos viria o
assolador (Daniel 9:24-27). Assim, vemos que o início do julgamento, foi em 1844, e o
Santuário Celestial foi purificado em 1844 depois das 2300 tardes e manhãs proféticos que
correspondem a 2300 anos.

Figura 1: Representação gráfica da contagem das 2300 tardes e manhas que terminam com
o inicio da Purificação do Santuário

2.4 Santuário Celestial

A Bíblia afirma que há um santuário no Céu. “Depois destas coisas, olhei, e abriu-se
no Céu o santuário do tabernáculo do testemunho” (Apocalipse 15:5). “Abriu-se, então, o
santuário de Deus, que se acha no Céu, e foi vista a arca da aliança no Seu santuário, e
sobrevieram relâmpagos, vozes, trovões, terramotos e grande saraivada” (Apocalipse 11:19)
- ver Salmo 11:4; 102:19 e Miquéias 1:2-3.

Ao ordenar a construção de um santuário, Deus mostrou a Moisés um “modelo"


(Êxodo 25:8-9 e 40). A Bíblia identifica esse santuário do deserto como uma cópia ou
miniatura do santuário celestial, “figuras das coisas que se acham nos Céus” e “figura do
verdadeiro" santuário (Hebreus 9:23-24). Também menciona que esse santuário é o
"verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, e não o homem” (Hebreus 8:1-2).
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Santuário Celestial

João chegou a contemplar os itens que constituíram o modelo para a mobília que
ocupava o espaço do lugar santo do santuário terrestre, tais como o castiçal com sete
lâmpadas (Apocalipse 1:12) e o altar de incenso (Apocalipse 8:3). Viu também a arca da
aliança, que no santuário terrestre ocupava o Santo dos Santos (Apocalipse 11:19).

O altar de incenso do santuário celestial acha-se situado diante do trono de Deus


(Apocalipse 8:3; 9:13), que se localiza no templo celestial de Deus (Apocalipse 4:2; 7:15;
16:17). Portanto, a cena do trono celestial (Daniel 7:9 e 10) ocorre no templo ou santuário
celestial. É por essa razão que os juízos finais de Deus partem de Seu templo (Apocalipse
15:5-8).

Fica evidente que a Bíblia não apresenta o santuário celestial como figurado ou como
uma metáfora, mas como real e definitivamente existente. O santuário celestial é o lugar
primário da habitação de Deus.

2.5 O Ministério de Cristo no Santuário Celestial

Tudo que foi colocado por Deus no santuário era uma mensagem de salvação. Deus
usou os serviços do santuário para proclamar o evangelho (Hebreus 4:2), esse era o único
meio do povo de Israel compreender o sacrifício do Messias, o “cordeiro de Deus, que tira
os pecados do mundo" (João 1:29). O santuário ilustra três partes do ministério de Cristo:

 O sacrifício substitutivo

Todos os sacrifícios do santuário simbolizavam a morte de Jesus para o perdão dos


pecados. Isso reforça a verdade bíblica que “sem derramamento de sangue, não há remissão”
Hebreus 9:22. Esses sacrifícios mostravam que:

 Deus julga o pecado

Pelo fato de que o pecado constitui uma profunda rebelião contra tudo que é bom,
justo e verdadeiro, ele não pode ser ignorado. O pecado tem um preço, e esse preço é muito
alto, “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23).

 A morte substitutiva de Cristo

Cada cordeiro inocente que era sacrificado no santuário, apontava para nosso inocente
Redentor que seria sacrificado sem pecados. Ele assumiu uma culpa que não tinha, para que
nós assumíssemos a Sua justiça. (I Coríntios 15:3).

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 Deus provê o sacrifício expiatório

“Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no Seu sangue, como propiciação, mediante a fé”
(Romanos 3:24-25). (II Coríntios 5:21). Cristo assumiu nossa culpa e pagou nossos pecados,
e “pelas Suas pisaduras fomos sarados” (Isaías 53:5).

2.5.1 O mediador sacerdotal

O ministério dos sacerdotes no santuário deixava evidente a necessidade de um


mediador entre seres pecadores e um Deus santo. Lembrando que os pecados separam o
homem de Deus (Isaías 59:2), era necessário um sacerdote para interceder pela humanidade
caída. “Porquanto há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus,
homem” (I Timóteo 2:5).

 Mediador e expiação

A maneira como os levitas conduziam o sacerdócio ilustra muito bem a função que
Cristo tem desempenhado no santuário celestial desde Sua morte, ressurreição e ascensão ao
Céu. Nosso Sumo-sacerdote serve “à destra do trono da Majestade nos Céus”, trabalhando
(Hebreus 8:1-2).

 Ministério no lugar santo

O ministério dos levitas no lugar santo poderia ser descrito como um ministério de
intercessão, perdão, reconciliação e restauração. Ao ajudar o pecador com o sacrifício, ao
molhar os dedos no sangue com pecados, ao apresentar o pedido de perdão diante do altar de
incenso e ao aspergir o sangue no véu ou derramá-lo ao pé do altar, o sacerdote assumia
parte da culpa do pecado, assim como Cristo assumiu a culpa dos nossos pecados e nos
libertou. Esse ministério sacerdotal era permanente e contínuo, assim como Cristo trabalha
continuamente intercedendo por nós no santuário celestial. Ver Efésios 2:18; Hebreus 4:14-
16; 7:25; 9:24; 10:19-22.

2.5.2 O julgamento final

Os eventos do dia da expiação apontavam ao julgamento de Deus em suas três fases:

 Julgamento investigativo (pré-advento),


 Julgamento de confirmação (pós-advento, milenial) e

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 Julgamento executivo (pós-milenial). Os símbolos do "Yom Kipur" mostram esses


detalhes:

Este juízo é descrito em: Apocalipse 14:7 “Dizendo com grande voz: Temei a Deus e
dai-Lhe glória, porque vinda é a hora do Seu juízo, e adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e
o mar, e as fontes das águas.”

De acordo com a profecia de Daniel 8:14, “E ele me disse: Até duas mil e trezentas
tardes e manhãs; e o santuário será purificado.” Isso sucederia no final dos 2300 dias
proféticos (que começaram em 457AC):

O serviço anual no tabernáculo terrestre era o Yom Kippur típico; a entrada e


permanência de Jesus no Lugar Santíssimo do santuário celestial é o Yom Kippur antitípico,
o juízo final sobre os que herdarão a salvação. Quando este cerimonial acontecer e o serviço
do Santuário terminar, as oportunidades de salvação também acabam. Apocalipse 22:11
“Quem é injusto, faça injustiça ainda: e quem está sujo, suje-se ainda, e quem é justo, faça
justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda.”

 As três fases do julgamento

Assim como o sacrifício do bode para o Senhor apontava para o Calvário, o banimento
do bode Azazel apontava para a erradicação completa do pecado e de seu autor, Satanás. A
expiação através do julgamento fará brotar um universo plenamente reconciliado e
harmonioso (Efésios 1:10). O dia da expiação apontava para as três fases do julgamento
divino:

A. A remoção dos pecados do santuário relaciona-se com a primeira fase do


julgamento, o “juízo investigativo” que teve inicio após os 2300 dias em 1844. Deus
analisava o coração do povo e quem não quisesse abandonar os pecados era banido do povo.
Assim como no dia da expiação, o julgamento tem a tarefa de separar os verdadeiros filhos
de Deus daqueles que não são.

B. O banimento do bode Azazel para o deserto simboliza a prisão de Satanás durante o


milénio, na Terra desolada. Durante esse período acontece a segunda fase do julgamento, o
"juízo de confirmação" (Apocalipse 20:4; I Coríntios 6:1-3).

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C. O acampamento purificado simboliza a terceira fase do julgamento, o "juízo


executivo", quando o fogo destruirá os maus e purificará a Terra (Apocalipse 20:11-15;
Mateus 25:31-46; II Pedro 3:7-13).

2.6 Azazel, o bode emissário

A purificação do santuário focalizava-se no lugar santíssimo do santuário e requeria


dois bodes, o bode do Senhor e o bode Azazel (emissário). O primeiro bode era morto
simbolizando o preço do pecado (morte), especialmente o preço que Cristo pagaria pelos
nossos pecados morrendo na cruz.

O segundo bode carregava o peso dos pecados e era levado para o deserto. Assim será
no juízo, quando Deus, o justo juiz (Salmo 7:11; Jeremias 11:20), separará os filhos das
trevas dos filhos da luz erradicando definitivamente o pecado do Universo.

Levítico 16 revela que Azazel representa Satanás. O bode do Senhor era morto,
apontando para o sacrifício de Cristo, o outro não. Então não podia representar o salvador.
Também porque o santuário era totalmente purificado pelo sangue do bode do Senhor, só
então o bode emissário era introduzido no ritual. “Um para o Senhor, o outro para Azazel”
(Levítico 16:8). Assim, é mais coerente ver Azazel como símbolo de Satanás.

2.7 Após o juízo no Lugar Santíssimo

Depois disso, Jesus volta à Terra (ao acampamento) para recolher os Seus salvos.
Temos de chorar pelo nosso pecado hoje, ter arrependimento pelo pecado, confessar a nossa
insuficiência, abandonar o pecado com o poder de Cristo! Só assim os nossos pecados
poderão ficar cobertos com o sangue de Jesus.

Hebreus 12:1-3 “Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande
nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e
corramos com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e
consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a
afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus. Considerai, pois, aquele que suportou tais
contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em
vossos ânimos.”

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III. Conclusão

Durante a realização do trabalho, constatou-se que o assunto do santuário e do juízo de


investigação, deve ser claramente compreendido pelo povo de Deus. Todos necessitam para
si mesmos de conhecimento sobre a posição e obra de seu grande Sumo-sacerdote. Cada um
de nos tem um caso pendente no tribunal de Deus.

Cada um há-de defrontar face a face o grande Juiz. Cada pessoa deve estar na sua
sorte, no fim dos dias!” essa bendita certeza de que temos um sumo-sacerdote que ministra
no santuário celestial, ainda hoje em nosso favor de acordo com Hebreus 4:14-16.

No que se refere ao Santuário Celeste pude constatar que nos compartimentos do


mesmo ainda que exista o pátio, a bacia de bronze e o altar de Holocausto não existe, isso
porque indicava o que Jesus iria fazer aqui na terra. A bacia de bronze simbolizando o
baptismo de Jesus e o altar de holocausto o Seu sacrifício.

E por fim, constatou-se que o sacrifício de Jesus foi para toda a humanidade, contudo,
o ministério de Cristo santuário celestial, como é o caso da intercessão, sacerdócio,
advocacia e juiz não contempla toda a humanidade, mas sim àqueles que aceitam o Seu
sacrifício, que buscam a Deus e que andam segundo os seus preceitos.

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IV. Referencias Bibliográficas

Bravo, P. E. (2015). Serie Doutrinas: Igreja Adventista Central de Curitiba –


Santuário. 09/ Dezembro.

Filipe, R. (2018). Preparação para o tempo do fim: Cristo no Santuário Celestial.


Lição nº 05, 2º trimestre.

Timm, A. R; (s. a). O Santuário Celestial. Associação Norte do Pará. Sermão x.

Vyhmeister, W. (1980). Cristo no Santuário. Michigan, Universidade Andrews.

White, E. G. (2002). Cristo em Seu Santuário.

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