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ESPINOSA
2020
LÚDICO E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O PROCESSO DE APRENDIZAGEM
DE CRIANÇAS PORTADORAS DE TGD - TRANSTORNOS GLOBAIS DE
DESENVOLVIMENTO.
Declaro que sou autor (a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o
mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja
parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e
corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de
investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação
aos direitos autorais.
E-mail: analuciadsf@hotmail.com
1 INTRODUÇÃO
Cada vez mais temos crianças incluídas e nesse sentido essa nova trajetória
escolar torna-se uma importante fonte de pesquisa: as alternativas
construídas pela escola, pelo sistema, pelos professores; as socializações: a
própria trajetória: os serviços de apoio; etc.(MENDES, 2008, p.110).
Outrossim, para garantir que de fato a inclusão de pessoas com necessidades especiais se
efetive, faz se útil práticas eficazes no enfretamento da intolerância e a discrepância social.
Com efeito, a instituição escola é a via da inclusão .
É na escola que o sujeito adquire autonomia suficiente para a garantia de seu encaixe
e permanência nos espaços sociais, se sentindo parte importante deles, podendo neles
fazer uso dos saberes e práticas, agindo sob sua realidade com capacidade de pensar e
analisar de forma ativa a partir da efetivação de trabalho educativo realizado pela escola, na
medida em que esta garanta condições que viabilize processos pedagógicos eficientes.
Bueno (2008, p. 49) relata que:
A tônica das discussões a cerca da inclusão não se trata de uma preocupação que
deve estar presente apenas na escola, mas torna se uma preocupação pungente no escopo
da sociedade. Nessa lógica a Declaração de Salamanca (1994) endossa essa afirmação ao
proclamar que toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades
de aprendizagem que são únicas. Ainda nesta ótica a Lei de Diretrizes e Bases - LDB (lei
federal n° 9394/1996) sancionada no Brasil em 20 de dezembro de 1996 estabelece novos
rumos e fundamentos para o sistema educacional brasileiro, postulando que ao poder
público cabe a incumbência de universalizar o ensino de qualidade, neste interim, a
educação especial se fortalece e se integra à educação geral, diferenciando somente pelas
metodologias e medidas especiais, tendo em vista o contexto do educando. Para Pietro,
Mantoan e Arantes (2006), novas formas de organização dos espaços escolares devem ser
ampliadas, para que estes fortaleçam a aprendizagem de todos os discentes. Nesta ação
devem estar envolvidos a escola, pais, professores e o poder público, a quem cabe investir
financeiramente nesta parceria. Stainback e Stainback (1999, p. 29) contribuem dizendo
que:
Em suma tais ponderações permitem refletir sobre a escola como espaço convidativo
à inclusão. Logo, a Educação Inclusiva vai gradativamente se instrumentalizando galgando
caminhos para alternativas inovadoras na busca de garantir o respeito, o relacionamento e a
aceitação do individuo, principalmente aqueles portadores de necessidades educacionais
específicas. Por fim, vale citar a Constituição Federal de 1988 5, em seu Artigo 205, onde
respalda que a educação é prerrogativa imprescindível, tangencial ao Estado, família e
sociedade, em vista disso, dispõe que:
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida
e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988).
O lúdico tem sua origem na palavra latina ‘ludus’ que quer dizer ‘jogo’. Se se
achasse confinado a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas
ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo. O lúdico passou a ser
reconhecido como traço essencial de psicofisiologia do comportamento
humano. De modo que a definição deixou de ser o simples sinônimo de
jogo. As implicações da necessidade lúdica extrapolaram as demarcações
do brincar espontâneo (ALMEIDA, 2009, p. 01).
Com base nesta afirmação, o lúdico envolve as brincadeiras e os jogos, porém vai,
além disso, pois se trata de uma necessidade do individuo, já que faz parte do seu
desenvolvimento. Na ótica de Piaget (1971) “o desenvolvimento da criança ocorre a partir
do lúdico; ela precisa brincar para crescer e precisa do jogo como forma de se equilibrar
com o mundo”. Com essa afirmação torna perceptível que as atividades lúdicas favorecem
o processo de aprendizagem ao se fazer presente no âmbito escolar, uma vez que como
metodologia significativa aponta para a abertura da oportunidade de adquirir uma educação
rica em significados. Entretanto é importante salientar que algumas instituições rechaçam
o valor da ludicidade como aparato de ensino, focando em atividades recreativas, que tem
por sua vez característica de diversão e brincadeiras. As mudanças buscadas pelo
professor para a promoção de melhorias em sala de aula podem encontrar nas atividades
lúdicas forte aliadas, essa prática é capaz de garantir a efetivação da inclusão, além de
desencadear o imaginário dos aprendizes, despertando o sonhar, o imaginar e
consequentemente rompendo as fronteiras das dificuldades de aprendizagens.
Sabe-se que a criança tem em si um imaginário repleto de fantasias e que o ato do
brincar favorece o autoconhecimento e as descobertas, bem como proporciona condições
de conhecer o seu espaço de convivência e se construir como parte fundamental desse
meio. Sob a perspectiva de Marques (2012), nota-se que essa condição não difere quando
se trata de crianças portadoras de necessidades educacionais especificas para elas o
lúdico pode garantir a possibilidade de exprimir suas emoções e suas percepções quanto
ao mundo que as cercam, tornando mais propensa suas relações no ambiente físico e
social do qual faz parte. No contexto inclusivo a brincadeira desperta na criança a singular
criatividade e ampliação de saberes, sentimentos e desenvolturas linguísticas, motoras e
cognitivas, por vezes são nesse momento que será possível perceber os óbices da
aprendizagem e empreender atividades que favoreçam a concentração, o movimento
harmônico e o conhecimento quanto ao próprio corpo. São meios que se fortalecem ainda
mais quando são aplicados como recursos interventivos na aprendizagem de crianças com
necessidades educacionais específicas. Em disposição a isso Antunes ( 1998) assinala
que:
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente. 6. ed. São Paulo: Martins
Fontes, 1998.