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Comandos Elétricos

F.P.Holanda

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Comandos Elétricos
Eng.: F.P.Holanda

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ


Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ


Camilo Sobreira de Santana

SECRETÁRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA


Inácio Francisco de Assis Nunes Arruda

INSTITUTO CENTRO DE ENSINO TECNOLÓGICO –


CENTEC - DIRETOR PRESIDENTE
Francisco Lopes Viana

DIRETORIA DE ENSINO EPESQUISA


Silas Barros de Alencar

DIRETORIA DE EXTENSÃO TECNOLÓGICA E


INOVAÇÃO
Hermínio José Moreira Lima

DIRETOR ADMINISTRATIVO FINANCEIRO


Antônio Elder Sampaio Nunes

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GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ


Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

COMANDOS ELÉTRICOS

FRANCISCO PONTE DE HOLANDA


ENG. ELETRICISTA

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HOLANDA, FRANCISCO PONTE. Comandos Elétricos. Fortaleza:


Instituto CENTEC, 2016. (Cadernos Tecnológicos)

1. Manual de Comandos Elétricos; Indústria - Ofício.

I. Título I. Série

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CAPÍTULO 1 – NOÇÕES DE ELETRICIDADE

CAPÍTULO 2 – MAGNETISMO APLICADO A


ELETRICIDADE

CAPÍTULO 3 – MOTORES ELÉTRICOS

CAPÍTULO 4 – DIMENCIONAMENTO DE
CONDUTORES

CAPÍTULO 5 – EQUIPAMENTOS USADOS


EM COMANDOS ELÉTRICOS

CAPÍTULO 6 – ESQUEMAS E COMPONENTES

CAPÍTULO 7 – QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO

CAPÍTULO 8 – SIMBOLOGIA

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CONTEÚDO

APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 7
NOÇOES DE ELETRICIDADE ................................................................................. 9
MAGNETISMO APLICADO A ELETRICIDADE ....................................................... 12
MAGNETISMO ......................................................................................................... 13
ELETROMAGNETISMO ........................................................................................... 15
MOTORES ELÉTRICOS .......................................................................................... 21
PLACA DE MOTORES ............................................................................................. 30
LIGAÇÃO DE MOTORES ........... ............................................................................ 32
IDENTIFICAÇÕ DOS TERMINAIS DE MOTORES .................................................. 35
DIMENCIONAMETO DE CONDUTORES ................................................................ 45
EQUIPAMENTOS USADOS EM COMANDOS ELÉTRICOS................................... 49
BOTÃO DE COMANDO E SINALIZAÇÃO ............................................................... 54
FUSIVEL................................................................................................................... 55
DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO......................................................................... 57
CONTATOR.............................................................................................................. 58
ESPECIFICAÇÃO DE CONTATORES E RELÉ DE SOBRECARGA ..................... 60
CH FIM DE CURSO ................................................................................................. 62
RELÉ BIMETÁLICO ................................................................................................. 63
RELÉ DE TEMPO; CLP ........................................................................................... 64
RELÉ FALTA DE FASE ............................................................................................ 66
RELÉ SUPERVISOR TRIFÁSICO ........................................................................... 67
RELÉ DE NÍVEL ...................................................................................................... 68
COMANDO DE BOMBA COM ELETRODO ............................................................ 71
COMPONENTES CONSTRUTIVOS DE COMANDOS ........................................... 72
PARTIDA DIRETA MOM & TRIFÁSOCO ............................................................... 74
MULTIFILAR PARTIDA DIRETA .............................................................................. 75
REVERSÃO COM FIM DE CURSO ......................................................................... 76
REVERSÃO MONOFÁSICO – FORÇA ................................................................... 79
REVERSÃO TRIFASICO – FORÇA ......................................................................... 80
COMANDO AUTOMATICO EM SEQUENCIA ALTERNADA ................................... 81
INSTALAÇÃO DE AMPERÍMETRO ........................................................................ 82
INSTALAÇÃO DE VOLTÍMETRO ........................................................................... 83
INSTALAÇÃO DE SINALIZAÇÃO E MEDIÇÃO ...................................................... 84
INSTALAÇÃO DE BOIAS E ELETRODOS DE NÍVEL.............................................. 85
BOIAS EM ESTRELA TRIANGULO AUT-MANUAL................................................. 86
CH ESTRELA TRIANGULO ..................................................................................... 91
COMANDOS EST/TRIANGULO S/ TEMPORIZAÇÃO & PNEUMÁTICO ............... 94
CH ESTRELA TRIANGULO C/ REVERSÃO ........................................................... 95
CH SÉRIE PARALELO ESTRELA........................................................................... 97
CH COM COMUTAÇÃO POLAR DAHLANDER ...................................................... 100
CH COMPENSADORA AUTOMÁTICA .................................................................... 105
CH COMPENSADORA DELTA ABERTO ou “V” ..................................................... 107
CH COMPENSADORA MANUA .............................................................................. 109
CH DE PARTIDA ELETRÔNICA SOFT-STARTER ................................................. 111
INVERSOR DE FREQUENCIA ................................................................................ 115
LOCALIZAÇÃO E CORREÇÃO DE DEFEITOS EM COMANDOS........................... 116
QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO ................................................................................. 123
SIMBOLOGIA UTILIZADA EM COMANDOS ELÉTRICOS ...................................... 127
ANEXO...................................................................................................................... 129
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 138

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APRESENTAÇÃO

Requisitos para O Curso

Você está iniciando agora o curso de


Comandos Elétricos.

Quem trabalha com eletricidade precisa ter habilidades


específicas para a profissão e dominar conhecimentos básicos de
Física, para entender bem o que faz e como faz.

Você sabe quais são os objetivos do Curso?

 Despertar a vocação e o interesse


nos alunos e profissionais que não têm
conhecimentos em comandos.

 Implementar conhecimentos teóricos


corrigindo vícios e práticas erradas
adquiridas no cotidiano.

 Fornecer conhecimentos específicos de eletricidade para que


possam ser utilizados no âmbito doméstico, profissional e
industrial.

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Você está recebendo um caderno com oito capítulos onde


estão discriminados conteúdos básicos, síntese desses
conteúdos e esquemas práticos.

Para aproveitar bem este curso, você deverá:

 Ficar bem atento às aulas;


 Tirar suas dúvidas com o Instrutor quando
não compreender o assunto.
 Participar de todas as atividades práticas
com atenção e envolvimento.

É conveniente esclarecer, que entre as habilidades


específicas para o bom desempenho do profissional de
Comandos Elétricos, destaca-se:

 Capacidade para observar minuciosamente componentes


elétricos.
 Capacidade para manusear com precisão os instrumentos de
trabalho.
 Raciocínio rápido diante de situações problema.
 Destreza para resolver situações complicadas.

Agora inicie o seu estudo com a


determinação de melhorar sua
performance como eletricista.

Boa aprendizagem...!!

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Capítulo 1
NOÇÕES DE ELETRICIDADE

1.1 – ÁTOMO:

Toda a matéria é formada de átomo


O átomo é formado de prótons, neutrons e elétrons

1.2 – TENSÃO ELÉTRICA:


É a força que provoca o movimento de cargas elétricas (elétrons); sua unidade
de medida é o Volt (V). “kV - quilo Volt”

Ex.: 1.000 V = 1 kV # 13.800 V = 13,8 kV

1.3 – CORRENTE ELÉTRICA


É o movimento das cargas elétricas através do condutor; sua unidade de
medida é o Àmpere (A). “mA = mili àmpere” , “kA = quilo àmpere.
Ex.: 1000 mA = 1 A # 1.000 A = 1 kA.

1.4 – RESISTÊNCIA ELÉTRICA


È a oposição que o condutor oferece a passagem da corrente elétrica ; sua
unidade de medida é o Ohm (  ). “k = quilo ohm”

Ex.: 1.000 = 1 k # 1.000.000 = 1M “M = mega ohm”


A resistência elétrica do corpo humano varia entre 500 a 2000.

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1.5 – LEI DE OHM

TENSÃO (E) (V) = RESISTENCIA (R) () X CORRENTE (I) (A)

E E
E=Rx I ou R = ou I =
I R

Ex.: Se a corrente elétrica suportável pelo corpo humano é de 25 mA (0,025


A0, e uma pessoa com resistência elétrica de 1.000 toma uma descarga
elétrica de 220 V, correrá risco de vida?
220 V
Resp.: I = = 220 mA
1.000 “SIM”

1.6 – POTÊNCIA ELÉTRICA


È definido como sendo a tensão vezes a corrente.

P P
P=Ex I ou E = ou I =
I E

Sua unidade de medida pode ser:

WATT ( W )
VOLT x ÀMPERE ( VA )
1 CV = 736 W 1 HP = 746 W
CAVALO VAPOR ( CV )

Ex.: Qual a corrente nominal de um chuveiro elétrico com 4.400 W de potência.


Alimentado em 220 V?

4.000 W
Resp.: I =  I = 20 A .
220 V

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1.7 – ENERGIA ELÉTRICA

É definido como sendo a potência na unidade de tempo

E= P x T

Sua unidade de medida é o watt-hora ( Wh )


1.000 Wh = 1 kWh - ( kWh = quilo watt hora )
75.000 Wh = 75 kWh

1.8 – CORRENTE CONTÍNUA


Possui intensidade e sentido único

Representação CC
DC ou

1.9 – CORRENTE ALTERNADA

Possui intensidade e sentido variado

Representação CA
AC ou ~

1.10 – FREQÜÊNCIA

É o número de ciclo pôr segundo da onda de corrente alternada; sua unidade


de medida é o Hertz ( Hz ).

Ex.: A freqüência Padrão de geração de energia elétrica no Brasil é de 60 Hz.


Na Argentina é de 50 Hz.
No Paraguai é de 50 Hz
Em Portugal é de 50 Hz
Nos USA é de 60 Hz.

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Capítulo 2
MAGNETISMO APLICADO A ELETRICIDADE

Em 1820 um cientista
dinamarquês Hans Oersted
descobriu que, quando se
estabelecia uma corrente elétrica
em um fio, ocorreria deflexão em
uma agulha magnética colocada
nas proximidades do circuito.

Oersted verificou, portanto que uma


corrente elétrica é capaz de produzir
efeitos magnéticos . Exemplo de
aplicação do magnetismo na
eletricidade: construção de imã
artificial, tais como: solenóide,
eletroimã ou bobina magnética.

Em 1831 Faraday
verificou que o efeito inverso,
isto é, os campos magnéticos
podiam criar correntes
elétricas. Quando uma espira é
movimentada dentro de um
campo magnético, aparece
uma tensão entre os pólos “a” e
“b” da espira.

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2.1 MAGNETISMO
É a propriedade que certos materiais têm de atrair pedaços de ferro.
Ímãs são todos os materiais dotado de magnetismo. Os ímãs naturais são
aqueles encontrados na natureza, e que apresentam propriedades magnéticas
sem a intervenção do homem, como, por exemplo, a magnetita ( minério de
ferro). Os ímãs permanentes são aqueles que possuem as propriedades
magnéticas. Já os ímãs temporários são aqueles que retêm por pouco tempo
as propriedades magnéticas.
Se aproximamos um ímã sob forma de barra a um pedaço de ferro,
veremos que o ferro adere ao ímã, principalmente nas duas extremidades.
Essas extremidades tem o nome de pólos. Sendo assim conclui-se que,
embora ambas atraiam o ferro, possuem propriedades magnéticas opostas; por
isso foram denominados pólo norte e polo sul.
A força de atração de um ímã é facilmente constatada, mas em que
direção atuam estas forças?
Através de uma experiência simples, esta resposta pode ser obtida.
1. Com uma fina placa de vidro; coloque sob ela um ímã permanente;
sobre o vidro, despeje uniformemente, limalha de ferro. Veja a figura a
seguir:

2. Movendo-se lentamente o vidro,


percebe-se que a limalha se distribui
sobre a superfície de tal forma que
assume o aspecto da figura:

3. Observando-se o posicionamento final da limalha,


conclui-se que a força magnética atua
principalmente naquelas regiões onde ocorre
um alinhamento, ou seja, as regiões onde se
manifesta o magnetismo, recebe o nome de linhas
de campo magnético. Observe a figura:
As Linhas de campo são contínuas, não se cruzam
e, por convenção, vão do sentido norte para o sul,
ou seja saem de norte e chegam ao sul.
A bússola é um equipamento que, em
presença de um campo magnético, posiciona
sua agulha paralela às linhas de força do
campo (equivalente ao verificado pela limalha
de ferro). Veja a figura:

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O globo terrestre possui um campo magnético, portanto, assim como um


ímã, tem seu polo norte magnético e, também seu polo sul magnético.
Suas linhas de campo atravessam o planeta e podem ser constatada
através das bússolas.
Esse campo faz com que a agulha se oriente constantemente na direção
norte-sul, permitindo ao homem um meio seguro de orientação.
Tem-se observado, até o presente, as linhas de força fecharem sempre
pelo ar, a meio tem sido o ar.
Aproximando-se uma barra chata de um ímã o que acontecera com as
linhas de campo?
Observa-se, pela figura, que as linhas de força, em
sua maioria, escolheram se fechar pelo interior da barra,
ao invés do ar. Isto ocorreu porque o ferro é um condutor
de linhas de força muito melhor que o ar.
Os materiais que possuem essa característica
recebem o nome de materiais ferromagnéticos.

CONCLUSÃO:

Ímãs: são todos os materiais dotados de magnetismo. Os ímãs naturais são


aqueles encontrados na natureza e apresentam propriedades magnéticas. Os
ímãs permanentes possuem sempre as propriedades magnéticas e os ímãs
temporários retêm por pouco tempo as propriedades magnéticas.
Magnetismo: é uma força invisível de certos materiais, cuja propriedade é de
atrair pedaços de ferro.
Campo Magnético: ao redor do ímã existem linhas de força invisíveis, que
deixam o ímã em um ponto e entram em outro ponto.
Pólos: os pontos que as linhas de força deixam o ímã e por onde entram no
ímã. São chamados de pólos. Num ímã vamos ter sempre dois pólos. O pólo
norte, por onde saem as linhas de força, e o pólo sul, por onde entram as linhas
de força.

Pólos Diferentes: se atraem.


Pólos Iguais: se repelem.

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2.2. ELETROMAGNETISMO

Acabamos de entender como um campo magnético pode gerar


uma corrente elétrica num condutor. Agora, pense um pouco. Uma corrente
elétrica, circulando por um condutor, pode gerar um campo magnético? A
resposta é afirmativa. Basta que a corrente elétrica circule por um condutor,
para que tenhamos um campo magnético, que dependerá da intensidade da
corrente. Tão logo cesse a corrente, desaparece também o campo magnético.
Chamamos de eletromagnetismo ao magnetismo criado pela corrente elétrica.

A forma do campo magnético, em torno


do condutor, é circular e é perpendicular
à direção da corrente que o produz.

Sabendo a direção da corrente elétrica do condutor, podemos, facilmente


determinar a direção de campo magnético.
Para isto usamos a regra da
mão direita. Tomando o condutor
com a mão direita, com o dedo
polegar apontamos para a
direção em que circula a
corrente elétrica. Os demais
dedos vão nos indicar a direção
em que circulam as linhas ao
redor do condutor.
O efeito do campo magnético é maior próximo ao condutor e diminui à
medida que nos afastamos dele. O isolamento do condutor não possui efeito
algum sobre o campo magnético, pois já vimos que não há isolante para as
forças magnéticas.
O campo magnético gerado por uma
corrente elétrica ocorre em todo o comprimento
do condutor. Isto eqüivale dizer que o campo
terá pouca intensidade, uma vez que estará
estendido por todo o condutor. Agora se dermos
uma volta no condutor, teremos uma maior
concentração do campo magnético, dentro de
um espaço mais reduzido. Poderemos, em vez
de uma, colocar duas voltas do condutor ,
conforme mostra a figura ao lado.
O campo magnético resultante será maior, pois todo o magnetismo que produz
a corrente, em cada volta, vai se somar com o magnetismo da outra, resultando
um campo magnético bem mais intenso. O condutor forma deste modo uma
bobina ou solenóide.
A bobina apresentará apenas um pólo sul e um pólo norte. Apesar da
intensidade do campo magnético de uma bobina ser aumentada pelo aumento
da intensidade de corrente e pelo aumento do número de espiras, na prática, a

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sua intensidade ainda não será muito grande. Para aumentar a intensidade do
fluxo magnético, acrescentamos um núcleo de ferro doce a bobina. Devido a
pequena oposição (pequena relutância) que o núcleo de ferro oferece às linhas
de força, o seu uso vai aumentar, em muito, a intensidade do campo
magnético. A bobina vai apresentar as mesmas características de um ímã.
Porém, com uma diferença bastante significativa. Tão logo cesse de fluir
corrente, o campo magnético deixa de existir.

ELETROÍMÃ
Vamos construir um eletroímã?
Basta enrolar umas 50 voltas de um fio
encapado, num prego grande. Ligue as
pontas do fio numa pilha. Vamos notar que
o prego vai apresentar propriedades
magnéticas, quando estiver circulando
corrente pelo fio, podemos atrair pequenos
objetos metálicos, como clips pequenos
pregos, etc.
Então, vimos que enrolando um condutor elétrico sobre uma estrutura de
material ferromagnético, como mostra o desenho, ao circular corrente pelo
mesmo, obtém-se um eletroímã, ou seja, um imã cujo campo magnético foi
gerado, por uma corrente elétrica.
Se enrolarmos um condutor elétrico
sobre uma estrutura de material
ferromagnético, como mostra a figura a
seguir, no momento em que circular
corrente pelo condutor, obtém-se um
eletroímã, ou seja, um ímã cujo campo
magnético foi gerado por uma corrente
elétrica.
Esse magnetismo se manifestará enquanto permanecer circulando a
corrente “I”.
Cada volta do enrolamento sobre a estrutura recebe o nome de espira.
O campo magnético gerado é diretamente proporcional à corrente e
também ao número de espiras do enrolamento. Isto quer dizer que, mantendo-
se a corrente constante, quanto maior o número de espiras, maior será a
intensidade do campo magnético e mais poderoso será o eletroímã.
Industrialmente, o eletroímã é utilizado das diversas formas:
 Separadores de materiais magnéticos.
 Dispositivos de comandos automáticos.
 Guindastes.
 Freios magnéticos.
Se alimentarmos o enrolamento
com tensão alternada, o campo
magnético resultante também o
será, isto é, mudará de polaridade
a cada inversão da corrente.
Observe a figura:

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Vimos, até aqui, que é possível obter campo magnético às custas de uma
corrente elétrica. E o inverso será possível, ou seja, obter corrente elétrica a
partir de um campo magnético?
Veremos que é possível, desde que o campo magnético seja alternado.

SOLENÓIDE
É uma bobina ou fio enrolado que, percorrido por uma corrente elétrica,
adquire as propriedades do ímã.
Se colocarmos um ímã no interior de um solenóide, de tal modo que as
linhas de força do campo magnético sejam cortadas pelas espiras do
solenóide, irá se estabelecer entre os terminais deste condutor helicoidal uma
força eletromotriz (f.e.m.) se os terminais tiverem ligados a um circuito externo,
circulara no mesmo uma corrente elétrica.

Quando um solenóide é
atravessado por uma corrente
elétrica (figura b), há uma
formação de um campo
magnético concentrado, cujo
sentido depende do sentido da
corrente.

TRANSFORMADORES
São aparelhos que permitem a transformação da energia elétrica para
tensão mais alta ou mais baixa.
Os transformadores funcionam segundo o principio de que a energia pode
ser transformada de um jogo de bobinas para outro por indução.

Se fizermos passar uma corrente elétrica em uma das bobinas envolvendo


o núcleo de ferro-silício, teremos formado um eletroímã e, em conseqüência,
um campo magnético. Se esta corrente for alternada, a intensidade do campo
variará a cada variação da intensidade da corrente. Esta variação de fluxo
magnético através da Segunda bobina determinará, em seus terminais, o
aparecimento de uma f.e.m.. Se esta Segunda bobina estiver ligada a um
circuito externo, circulará, na mesma, uma corrente elétrica. Este princípio é
empregado nos transformadores estáticos, os mais comuns. A primeira bobina
constituirá o primário, e a segunda, o secundário do transformador.

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A figura mostra um transformador


monofásico sendo:

 - Enrolamento primário e
 - Enrolamento secundário

O fluxo magnético gerado pelo enrolamento primário N1 percorrerá a armadura


e, atravessando o enrolamento secundário N2, induzirá nos terminais deste
uma tensão induzida proporcional ao fluxo que a atravessou e ao número de
espiras do enrolamento secundário.
Se o número de espiras do secundário for menor do que a do primário (N2<N1),
a tensão E2 entre AB será menor que E1.
Assim este transformador atua como abaixador de tensão, ou seja, a
tensão de saída E2 é menor do que a de entrada E1.
Caso a tensão no primário E1 for menor que do que a tensão do secundário E2,
e o número de espiras no secundário N2 for maior do que número de espiras do
primário N1, teremos um transformador elevador de tenção.
Denomina-se relação de transformação de um transformador a relação entre
a tensão nos bornes do primário e a existente nos bornes do secundário. A
relação de transformação é a mesma que a existente enter os números das
espiras e inversa à relação entre as correntes que por elas passam:

LIGAÇÕES DE TRANSFORMADORES TRIFÁSICOS

Um transformador trifásico é constituído pelo agrupamento de três


transformador monofásico, cujos enrolamentos são distintos e independentes,
mas têm em comum o núcleo de ferro-silício.
Os três enrolamentos monofásicos podem ser ligados de varias maneiras,
sendo que destacamos as duas principais em função do sistema de distribuição
adotado e das tensões a serem transformadas:
 Ligação triângulo ou delta.
 Ligação estrela.

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LIGAÇÃO EM TRIÂNGULO
É muito empregada, pela economia de material condutor, na fabricação dos
transformadores. A corrente IL nas linhas de distribuição será que a corrente IF
no enrolamento secundário.

LIGAÇÃO EM ESTRELA NO SECUNDÁRIO


É muito empregada quando se deseja que o secundário tenha tensão muito
elevadas, a fim de diminuir a tensão nas bobinas do transformador, facilitando
a construção do mesmo.
Representamos na figura abaixo, uma ligação de um transformador com
primário em triângulo e secundário em estrela.

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Nas redes de distribuição para iluminação, o secundário, em baixa tensão,


exigindo a distribuição com três fase e neutro, obriga o emprego de
transformador com secundário em estrela.

Representação de uma rede de distribuição típica:

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Capítulo 3
MOTORES ELÉTRICOS
É a maquina capaz de transformar a energia elétrica em mecânica,
usando, em geral, o princípio da reação entre dois campos magnéticos.
Já, o gerador elétrico é a maquina que transforma a energia mecânica em
energia elétrica, produzindo corrente contínua ou alternada. São eles que
transformam a energia desenvolvida pelas turbinas hidráulicas nas usinas
hidroelétricas, ou turbinas a vapor nas usinas térmicas, em energia elétrica.
Comparando o motor e o gerador, podemos dizer:
a) Na ação motora o torque eletromagnético produz (ajuda) a rotação e a
tensão gerada se opõe à corrente da armadura.
b) Na Ação geradora o torque eletromagnético opõe-se à rotação e a
tensão gerada produz (ajuda) a corrente da armadura.
A armadura é a estrutura que suporta e protege os condutores da corrente. É
constituída em ferro (laminado) para reduzir a relutância (resistência)
magnética.
Portanto, vamos nos restringir aos motores que são mais utilizados em
residências e indústrias.
No motor, a potência nominal ou potência de saída é a potência mecânica no
eixo. É expressa em CV (cavalo vapor) ou KW (quilowatts) ou, ainda, em HP
(horse-power).
A potência de entrada é correspondente à potência absorvida pelo motor para
o seu desempenho, ou seja, é a potência de saída dividida pelo rendimento (η).

observação
1 HP = 746 W
1 CV = 736 W
A corrente nominal do motor, em ampères, pode ser obtida da seguinte
expressão:

Sendo: E = volt entre fases; cos θ = fator de potência e η = rendimento

Se o motor for trifásico, aparece o fator no denominador

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CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES


MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA (CC)
 Motores Shunt (paralelo)
 Motores Série
 Motores Compound (composto) – Série
Paralelo

MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA (CA)


 Motores Síncronos
 Motores Assíncronos (de indução)
 Motores Diassíncronos (universais)
Domésticos

MOTORES ELÉRTICOS DE CORRENTE ALTERNADA (CA)


Vimos a correlação existente entre campo elétrico e magnético, as linhas de
força magnética e a capacidade que essa força tem para atrair materiais
magnéticos.
Nessa capacidade de atração ou arraste magnético é que se baseia o
funcionamento de um motor elétrico de indução. Como exemplo podemos fazer
uma experiência, movendo um prego sem toca-lo. Para isto, basta colocar um
imã sob um papel e, move-lo, moveremos também o prego.

Se construirmos um dispositivo semelhante a um relógio, sendo o ponteiro de


latão e livre para mover-se, conforme mostra a figura seguinte, e utilizarmos um
imã permanente, podemos conseguir um efeito notável.

Ao movermos o ímã, lentamente de posição A para a posição B, o ponteiro


também o acompanhará, devido ao arraste magnético. Isto ocorrerá para
qualquer posição a volta do mostrador, em que colocarmos o ímã. Se girarmos

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o ímã ao redor do mostrador, o ponteiro acompanhará na mesma rotação.


Observe:

O motor elétrico de indução funciona pelo princípio descrito, ou seja, pelo


arraste magnético em movimento giratório. A grande diferença entre o
esquema didático apresentado e o motor elétrico real, é que a parte do motor
equivalente ao nosso ímã, chama-se estator, é fixa, mas produz o mesmo
efeito como se estivesse girando.

Par que haja uma fácil compreensão do que foi


descrito, substituímos o ímã permanente de
nosso esquema por 8 eletroímãs distribuídos
ao redor do mostrador.
Lembrando que nos eletroímãs, a força
magnética só se mantém enquanto a bobina
permanecerem atravessadas por corrente
elétrica, interrompendo-se a corrente, a força
magnética cessa (exceto uma parcela que
permanece, mas que consideramos nula).

Eletrizando apenas o eletroímã número 2, o


ponteiro tenderá a se deslocar em sua
direção, pois é a única força magnética
atuante no momento.
Se interrompermos a corrente I2 e
passarmos a alimentar o eletroímã número
3, o ponteiro novamente tenderá a se
deslocar, só que agora para a posição 3.
Se continuarmos nesta seqüência, faremos
com que o ponteiro percorra todas as
posições do relógio, mantendo-se fixos os
eletroímãs.
Em resumo, o principio de funcionamento de um motor elétrico é o seguinte:
um poderoso eletroímã que, através do arraste magnético, faz com que a motor
gire.

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Um gerador de corrente alternada é constituído por espiras que giram em volta


de campos magnéticos.

Veja a seguir um motor de indução trifásico aberto com todos os componentes


e peças.

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Para compreender o funcionamento do motor, ainda resta uma duvida: como


os eletroímãs são ligados e desligados para conseguir que o motor gire?

SISTEMA TRIFÁSICO

Já visto que o sistema trifásico possui 3 fases, ou seja 3 condutores que


transportam energia elétrica.
Essa energia é alternada, o que quer dizer que há uma inversão no sentido da
corrente e que a tenção varia, ao correr do tempo, entre zero volt (sem tensão)
até o valor máximo.
Em um eletroímã alimentado com tensão alternada, quando a tensão for
máxima, a corrente também atingirá seu valor máximo, fazendo com que o
eletroímã atinja a máxima força de atração.

Observe as três
figuras a seguir:

Diminuindo a tensão,
diminuirá a corrente e,
consequentemente, o fluxo
magnético, diminuindo
assim, a força de atração
magnética

Quando a tensão for nula,


não haverá corrente,
fazendo com que o
eletroímã perca seu poder
de atração.

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No sistema trifásico, o valor máximo de tensão nunca ocorre ao mesmo


tempo para mais de uma fase. Ocorre primeiro para a fase 1, depois para a
fase 2 e, por ultimo, na fase 3, voltando a ocorrer novamente na fase 1 e,
assim, sucessivamente.
Supondo que possuímos 3 eletroímãs alimentados por um sistema trifásico.

Observe a figura:

Ao energizarmos essas 3 fases, o ponteiro será atraído, inicialmente, pelo


eletroímã número 1, pois é máxima a força magnética nele existente. Assim
que a tensão da fase 1 no eletroímã for diminuído, o ponteiro passará a ser
atraído pelo eletroímã número 2, pois a força magnética em 2 agora será maior
do que nos restantes. Isto se repetirá também para o eletroímã número 3. Se
distribuirmos convenientemente esses eletroímãs ao redor do mostrador,
conseguiremos fazer com que o ponteiro do nosso instrumento adquira um
movimento giratório no sentido anti-horário.
No caso do nosso dispositivo, se
mantivermos a posição dos eletroímãs,
mas invertemos as fases, acontecerá um
fato interessante. Veja a figura:

Agora, o ponteiro será, em princípio,


atraído pelo eletroímã número 3, depois
pelo número 2 e, por ultimo, pelo número 1.
Observamos, portanto, que agora o
movimento do ponteiro é no sentido
horário.
Pelo que foi visto, podemos concluir que nos motores elétricos trifásicos
de indução, ao invertermos 2 fases, inverteremos também o sentido de rotação
do motor.
Como em geral, todo equipamento movido por um motor elétrico possui
um único sentido de rotação, devemos antes de instalar qualquer equipamento,
verificar o sentido correto da rotação. Com isto, testamos separadamente o
motor e, se estiver correto, todo bem, caso contrário, basta inverter 2 das
fases.
Observe a figura:

26
Comandos Elétricos
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APLICAÇÃO DOS MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA


Os motores de CA são os mais encontrados, por ser de corrente alternada
a quase totalidade das fontes de suprimento de energia.
Para potências pequenas e médias e em aplicações em que não haja
necessidade de variar a velocidade, é quase exclusivo o emprego do motos
assíncrono (de indução), por ser mais robusto e de fácil fabricação (menor
custo). São utilizados em geral na indústria e, também, em ventiladores,
compressores, elevadores, bombas, etc. Esse tipo de motor é conhecido como
de rotor em gaiola de esquilo, polo fato de seu rotor ser laminado e ligado em
curto-circuito. Esses motores podem ser monofásicos ou trifásicos, sendo que
os monofásicos têm o inconveniente de existir um dispositivo de partida
(capacitor, enrolamento de partida, interruptor centrifugo, platinado, etc.), já que
na partida seu torque (conjugado) seria nulo. É essa a razão pela qual sempre
se deve preferir o motor de indução trifásico, pois assim se elimina uma fonte
de possíveis defeitos. Há também motores de indução com rotor bobinado
(anéis). Este motor é trifásico e estas bobinas estão ligadas a uma resistência
variável também trifásica, ligada em estrela (veremos adiante), com a finalidade
de diminuir a corrente de partida. No início do funcionamento, esta resistência
variável deve estar com seu valor máximo e, à proporção que o motor aumenta
a rotação, ela vai sendo retirada, ate se estabelecer o curto-circuito com a
rotação plena.

MOTORES MONOFÁSICOS

Há numerosas instalações industriais, rurais e residenciais para as quais a


alimentação de energia elétrica é feita apenas através de sistema monofásicos CA.
Além disto, em todas as instalações há, normalmente, necessidade de motores
pequenos que, operando a partir da rede monofásica, acionam varias máquinas, como
por exemplo, máquinas de costura, furadeiras, aspiradores, condicionados de ar,
bomba d’agua, etc. Genericamente, o termo motor pequeno significa um motor de
menos 1HP, isto é um motor de potência fracionária (fração de HP), e a maioria dos
motores monofásicos é, na verdade, de motores de potência fracionária. Mas os
motores monofásicas são também construídos nos tamanhos correspondente às
potências inteiras: 1, 1,5, 2, 3, 5, 7,5, e 10HP. Utilizam-se motores série monofásicos,
de potências inteiras, em tamanhos especiais, de grande porte de HP em serviços de
tração elétrica.

Os motores monofásicos
possuem elevados torques
de partida, que são
particularmente adequados
para partidas pesadas. São
dotados de capacitor de
partida que oferece elevado
fator de potência e altíssimo
rendimento, alcançando
consideráveis valores de
economia de energia.

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MOTOR MONOFÁSICO EXPLODIDO

1- Porca de aço Sextavada 12- Tirante


2- Tampa dianteira 13- Rotor completo
3- Rolamento dianteira 14- Centrifugo
4- Ventilador 15- Carretel do centrifugo
5- Carcaça 16- Platinado
6- Capacitor 17- Rolamento traseiro
7- Capa do Capacitor 18- Arruela ondulada
8- Parafuso cab. red. c/ fenda 19- Tampa traseira
9- Terminal de aterramento 20- Tampa da caixa de ligação
10- Estator bobinado 21- Parafuso cab. red. c/ fenda
11- Chaveta

ESQUEMA DE LIGAÇÃO E Dados de PLACA

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MOTORES ELÉTRICOS DE CORRENTE CONTÍNUA (CC)


Os motores de corrente contínua são aplicados em locais que a fonte de suprimento de energia
elétrica é de corrente contínua, ou quando se exige a fina variação da velocidade. A aplicação
mais difundida dos motores CC é na tração elétrica (bondes, ônibus, maquinas da construção
civil, trens, etc.).

INSTALAÇÃO DE MAQUINAS ELÉTRICAS


As máquinas elétricas devem ser instaladas em locais que permitam fácil acesso para inspeção
e manutenção.
A instalação de motores onde existam vapores, gases ou poeiras perigosas, inflamáveis ou
combustíveis oferecendo possibilidade de fogo ou explosão, deve ser feita de acordo com a
norma CBNT NB-158.
Em nenhuma das circunstancias os motores poderão ser cobertos por caixas ou por coberturas
que possam impedir a circulação de ar da ventilação.
As máquinas de ventilação externa devem ficar, no mínimo, a 50mm de altura do piso a fim de
deixar margem para a entrada do ar.
As aberturas de entrada e saída de ar sempre devem ficar livres.
Para instalar o motor a fundação deve ser plana e, se possível, isenta de vibrações.
Recomenda-se, uma fundação de concreto. O tipo de fundação a escolher dependerá solo.

MANUTENÇÃO
A manutenção dos motores elétricos, adequadamente aplicado, resume-se numa inspeção
periódica quanto a nível de isolamento, elevação de temperatura, desgaste excessivos, correta
lubrificação dos enrolamentos e mancais e eventuais exame no ventilador, para verificar o
correto fluxo de ar.
A freqüência com que devem ser feitas as inspeções, depende do tipo de motor e das
condições do local de aplicação do motor.

OBS:
A realização de serviços em equipamentos elétricos, seja na instalação, operação ou
manutenção devem ser efetuado por pessoa qualificada, por medida de segurança tanto da
máquina como humana.

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Placa de Motores
Plaqueta na qual são indicados dados referentes ao MOTOR e baseado nos
quais pode-se elaborar adequadamente o projeto da instalação do mesmo.
 Fabricante  Freqüência da corrente (60 ou 50Hz)
 Tipo(Indução, anéis, síncrono etc.)  Rotação por minuto (rpm)
 Modelo e número de fabricação ou  Regime de trabalho (contínuo e
de carcaça (frame number) não- permanente)
 Potência nominal  Intensidade nominal de corrente(In)
 Número de fases  Classe de isolamento
 Tensão Nominal  Letra código
 Corrente (contínua ou alternada)  Fator de Serviço (FS)
 Índice de proteção IP  Ip/In

Mod – Número do modelo Referencia do fabricante) Ex.: Carcaça, mês e


ano de fabricação
Hz – Freqüência da rede para o qual foi projetado
CV – Potência do motor á qual pode fornecer em condições normais.
rpm – É a velocidade do motor em revolução pôr minuto.
A velocidade síncrona (do campo girante) é dada por:
Ex.:  motor de 2 pólos Ns = 3600 rpm
 motor de 4 pólos Ns = 1800 rpm
 motor de 6 pólos Ns = 1200 rpm
V – É a tensão da rede para à qual o motor poderá ser ligada em volt.
Tensões usuais: 110 / 220 V
220 / 380 V
220 / 440 / 230 / 460 V
380 / 660 V
220 / 380 / 440 / 760 V
A – É a corrente que o motor absorve da rede à plena carga em àmperes,
de acordo com a tensão de alimentação ( In)
FS – Fator de serviço é uma capacidade de sobrecarga contínua que o
motor pode suportar.
ISOL – Classe de isolamento, determina o limite de temperatura que o
material pode suportar continuamente.
Classe O – 90 ºC Classe A – 105 ºC Classe E – 120 ºC

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Classe B – 130 ºC Classe F – 155 ºC Classe H – 180 ºC


Ip/In – É a relação entre a corrente de partida e a corrente nominal
REG.S – É o grau de regularidade da carga a que o motor é submetido
normalmente, são projetados para:
S1 – Regime continuo
S2 – Regime de tempo limitado
S3 – Regime intermitente periódico
CAT. – Os motores de indução trifásicos são classificados em categorias
conforme suas características de conjugado em relação à
velocidade e corrente de partida.
Categorias Nominais:
N – constituem a maioria dos motores
H – usados em peneiras, transportadores etc.
D – usados em prensas excêntricas, elevadores etc.
Obs.: Conjugado é a medida do esforço necessário para girar o eixo.
IP – Grau de proteção, define as características do local em que serão
instalados os motores; tipos de proteção: contra penetração de corpos
sólidos e contra penetração de líquidos.

Motores abertos: IP 21, IP 22, IP 23


Tipos Usuais
Motores fechados: IP 44, IP 54, IP 55
Obs.: Condições usuais de serviço do Motor elétrico:

 Temperatura ambiente não superior a 40 ºC


 Localização à sombra
Altitude não superior a 1000 metros sobre o nível do mar.

MARCAÇÃO NOS CABOS DE LIGAÇÃO (TRIFÁSICO)


NOVO MOTORES
ANTIGO NOVO MOTORES IEC
NEMA
Marcação Informação Marcação Informação Marcação Informação
nos cabos nos cabos de nos cabos nos cabos de nos cabos nos cabos de
de ligação identificação de ligação identificação de ligação identificação
1 / U1 1 T1 / U1 U1 T1 / U1 T1
2 / V1 2 T2 / V1 V1 T2 / V1 T2
3 / W1 3 T3 / W1 W1 T3 / W1 T3
4 / U2 4 T4 / U2 U2 T4 / U2 T4
5 / V2 5 T5 / V2 V2 T5 / V2 T5
6 / W2 6 T6 / W2 W2 T6 / W2 T6
7 / U5 7 T7 / U3 U3 T7 / U3 T7
8 / V5 8 T8 / V3 V3 T8 / V3 T8
9 / W5 9 T9 / W3 W3 T9 / W3 T9
10 / U6 10 T10 / U4 U4 T10 / U4 T10
11 / V6 11 T11 / V4 V4 T11 / V4 T11
12 / W6 12 T12 / W4 W4 T12 / W4 T12

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LIGAÇÕES DE MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO

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LIGAÇÕES DE MOTORES ELÉTRICOS

MOOTTOORR: 6 TEERRMMIINNAAIISS

DADOS DE PLACA

MOOTTOORR: 12 TEERRMMIINNAAIISS

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DADOS DE PLACA

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IDENTIFICAÇÃO DOS TERMINAIS DOS ENROLAMENTO DE


MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICO, COM 6 PONTAS
3.1.MÉTODO pratico para identificação do começo e fim de cada
enrolamento de fase, do motor de indução trifásico que disponha de 6 (seis)
terminais acessíveis externamente, e que tenham perdido a marcação
característica.
3.2.VERIFICAMOS com freqüência a falta dos terminais marcados, e por vez
não possuem nem os dados de placa. A grande maioria destas máquinas são
motores de indução de 6 (seis) terminais, que devido a sua simplicidade
construtiva, robustez e baixo custo, se constituem nos motores de maior
aplicação.

Normalmente as informações que se dispõe sobre o motor nestas condições,


podem ser resumidas nos seguintes itens:

 Tipo de motor se é de indução, com rotor em gaiola, etc.;


 Número de fase: se Monofásico ou Trifásico;
 Tensão de alimentação da instalação: se a tensão de linha é de 220V, 380V
ou 440V;
 Número de terminais acessíveis: se dispõem de 6, 9 ou 12 terminais.

Para identificação dos terminais do motor, deve-se em primeiro lugar,


determinar a continuidade das bobinas, maneira a definir o par de terminais de
cada enrolamento. Após o agrupamento de cada par de terminais, deve-se
proceder as ligações do motor de tal forma que ele funcione similarmente como
um transformador, onde uma das bobinas corresponderá ao primário e as
outras duas bobinas ligadas em série, corresponderão ao secundário. O passo
seguinte é alimentar uma das bobinas (primário) com uma fonte de
tensão/corrente monofásica (220V), e interligar as outras duas de maneira que
uma das pontas de cada enrolamento sejam ligadas entre si, e as outras duas
pontas interligadas com o soquete de uma lâmpada incandescente (veja
diagrama esquemático no item 4).
Desta forma obtém-se a identificação do começo e fim ou fim e começo
correspondente as duas bobinas que foram identificadas em série.
Durante os testes, caso a lâmpada não apresentar o filamento incandescente,
é porque foram ligados terminais das bobinas começo com começo e fim com
fim, o que corresponde ao surgimento de campos magnéticos contrários nas
respectivas bobinas, daí o motivo da lâmpada não “acender”.
Quando ocorre esta situação deve-se inverter as ligações do secundário e
repetir o teste anterior.
Para identificar a bobina restante, que estava inicialmente funcionando como
primário do transformador, procede-se a permuta das ligações trazendo um dos
enrolamentos já identificados para ser o primário, enquanto esta bobina deve
ser interligada como a outra também já identificada, formando então o
secundário.

35
Comandos Elétricos
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Repete-se todos os passos anteriores até que se identifique o começo e fim da


bobina restante, e por conseguinte, possa concluir a identificação dos dois
últimos terminais.
O motor de 6 (seis) terminais possui na placa de identificação, as bobinas
representadas com os números: 1– 4, 2 – 5, 3 – 6, sendo considerado por
convenção, começo de bobina, os números 1, 2 e 3, enquanto fim de bobina
corresponde aos números 4, 5 e 6.
C Caso o motor não disponha da placa de identificação e seja necessário
determinar o valor da potência nominal, mesmo de forma aproximada, deve-se
primeiro identificar os terminais, depois efetuar a ligação do motor na rede e
realizar a leitura instantânea de corrente, com o auxilio do alicate volt-
amperímetro. Estipulando valores médio para o fator de potência = cos  (ex.
FP = 0,93) e para o rendimento (ex.  = 0,88), chega-se facilmente ao valor da
potência nominal [ P(CV) = (3. V.I. cos  . ) / 736 ]. Observe que o motor esta
funcionando em vazio, então para que a leitura instantânea de corrente se
aproxime da realidade, e o calculo da potência seja mais preciso, é necessário
que haja a simulação das condições de funcionamento do motor em carga, e
para isto basta pegar um pedaço de madeira de dimensões adequadas,
segura-lo firmemente com as duas mãos e mante-lo pressionado sobre o eixo
do motor. Dessa maneira pode-se Ter uma idéia da magnitude do motor, em
termo de potência nominal.

A seguir é apresentado um quadro resumo indicando as tenções nominais


múltiplas mais comum de serem encontradas comercialmente, para motores de
6 (seis) terminais, fig. 1, bem como os respectivos diagrama de ligação, fig. 2.
Tensão tenção tensões

TENSÕES NOMINAIS MULTIPLAS MAIS COMUM


TENSÃO DE SERVIÇO ENROLAMENTO TIPO DE LIGAÇÃO DAS
(REDE) DISPONIVEL BOBINAS
220V 220/380 TRIANGULO 
380V 220/380 ESTRELA 
380V 380/660 TRIAMGULO 
440V 440/760 ESTRELA 

Fig. 1

36
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DIAGRAMAS DE LIGAÇÃO

 
TERMINAIS ACESSÍVEIS
DO MOTOR LIGAÇÃO LIGAÇÃO

Fig. 2

3.3. MATERIAL
EMPREGADO

ITEM ESPECIFICAÇÕES QUANT UNID


01 Teste série com lâmpada incandescente de 100 ou 150W 01 Um
02 Soquete de louça p/ lâmpada incandescente rosca E-27 01 Um
03 Motor de indução trifásico de 6 terminais (sem marcação) 01 Um
04 Plug unipolar macho tipo jato, com cabo flexível 02 Um
05 Plug tripolar com cordão flexível 01 Um

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Comandos Elétricos
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3.4. DIAGRAMA ESQUEMÁTICO Roteiro deste teste:

3.4.1. Ligue o teste série a tomada de corrente monofásico (220 V) ATENÇÃO


CUIDADO!; faça contato entre as pontas de prova para verificar seu
funcionamento; caso o teste esteja OK, a lâmpada deverá acender com brilho
normal:

3.4.2. Faça contato das duas pontas de prova, agora separadas, com dois
terminais de bobina do motor escolhidas aleatoriamente;

3.4.3. Caso a lâmpada não se acenda na 1ª tentativa, permaneça com uma das
pontas de prova fixa, efetuando contato com um dos terminais, enquanto a outra
ponta de prova deverá ser mudada de terminal para terminal até a lâmpada se
acender;

3.4.4. No instante que a lâmpada acende significará que foi verificada a


continuidade de uma bobina, e consequentemente, determinado o par de
terminais de enrolamento;

3.4.5. Faça o agrupamento destes dois terminais, tendo o cuidado de separa-los


dos demais;

3.4.6. Repita os procedimentos anteriores até que se obtenha as outras bobinas,


bem como os seus respectivos pares de terminais;

38
Comandos Elétricos
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3.4.7. Após a reparação das bobinas e dos pares de terminais, desligue o teste
séria da tomada.

3.5 PROCEDIMENTO para identificação da marcação dos terminais das bobinas do


motor:

De acordo com os procedimentos de segurança pré-estabelecidos, efetuar as ligações


dos enrolamentos do motor e do teste série, seguir os diagramas esquemáticos do
roteiro de teste apresentados a seguir:
3.5.1. Efetue a ligação do motor de maneira a utiliza-lo como um transformador.
Para isto alimente uma das bobinas (bobina A) com 220V da tomada de corrente
monofásica. Interligue as outras duas bobinas (bobina B e bobina C) e o teste série
(L), de acordo com a figura abaixo:

3.5.2. Neste teste você vai determinar começo e fim ou fim e começo dos
bobinas B e C.

NOTA: Por convenção os números 1, 2 e 3 são batizadas como começo e os números


4, 5 e 6 como fim.
3.5.3. Caso a lâmpada (L) de prova não acenda, significa que as bobinas B e C
estão originando campos magnéticos contrários, por conseguinte os enrolamentos
estão ligados começo (c) com começo (c) e fim (f) com fim (f), ou vice-versa. Veja
fig.:

3.5.4. Neste caso inverta as ligações da bobina B com a bobina C, de acordo


com a figura a seguir. A lâmpada agora deverá apresentar o filamento
incandescente.

3.5.5. Com os terminais das bobinas B e C definidos em começo e fim, batize-os


com as numerações convencionais (veja exemplo a seguir):
Ex.: bobina B bobina C

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3.5.6. Para efetuar as marcações dos terminais identificados, utilize pedaços de fio
esmaltados fazendo um número de espiras em volta do fio isolado do terminal, de
acordo com a numeração arbitrada dentro de convenção.

Ex. para marcação: Terminal Nº 1 - inic 1ª espira Terminal Nº 4 - fim 1ª espira

Terminal Nº 2 - inic 2ª espira Terminal Nº 5 - fim 2ª espira

Terminal Nº 3 - inic 3ª espira Terminal Nº 6 - fim 3ª espira

3.5.7. Para identificar os terminais da bobina A, desfaça todas as ligações entre


as bobinas B e C e o teste série (L).

3.5.8. Permute a bobina A com uma das bobinas já identificadas (B ou C). Vamos
considerar, como escolha, a permuta da bobina A com a bobina B. As ligações
deverão ficar de acordo com o esquema da figura abaixo:

3.5.9. Caso a lâmpada L não apresente o filamento incandescente, será porque


foram ligados os terminais começo com começo e fim com fim. (fig. abaixo).

3.5.10. Inverta as ligações da bobina A com a bobina C, que neste instante


deverá Ter o filamento da lâmpada, incandescente, ( fig. a seguir):

3.5.11. Como as bobinas B e C já foram anteriormente identificadas, a bobina A


terá consequentemente como numeração, os dígitos ( 2 – 5).

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3.6.0. TESTE DE LIGAÇÃO DO MOTOR:

Concluída a identificação dos terminais, você vai efetuar a ligação do motor de


maneira a comprovar a correta marcação dos terminais. O motor deverá ser ligado em
estrela uma vez que a maioria dos motores de 6 terminais, possue uma tensão de
220/380V (ou se dispor de placa verificar se é 380/660V que devera ser ligado em
triângulo) pois a tensão da rede é de 380V entre fases.

3.6.1. Efetue o fechamento da estrela nos terminais 4-5-6, enquanto os terminais


1-2-3 deverão ser alimentado pela tomada trifásica. Para isto utilize o plug (ou
disjuntor) com cabo flexível. Veja figura:

3.6.2. O motor deverá partir normalmente, com o barulho característico de


funcionamento.

3.6.3. Caso o motor não parta satisfatoriamente, e venha a produzir ruído diferente
do normal, inclusive com a carcaça esquentando rapidamente desligue
imediatamente o plug (Disjuntor)da tomada de corrente trifásica.

3.6.4. Proceda uma revisão completa de todas as ligações, e caso necessário


repita todos os testes.

3.6.5. Caso continue o defeito, será prudente solicitar ajuda de outra pessoa com
conhecimento para ajuda-lo a localizar a falha e corrigir o defeito.

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MOTORES TRIFÁSICOS ALIMENTADOS EM MONOFÁSICO

Com o auxílio de condensadores (capacitores) permanentes,


motores de indução trifásicos de pequena potência podem ser
operados a partir da rede monofásica (220 V).
Esta ligação é possível à utilização do capacitor produz, tal
como estudado no motor monofásico, um campo girante que
provoca a rotação do motor.
Dispondo o motor trifásico de três bobinas, com os respectivos terminais acessíveis,
existem várias hipóteses de ligação das mesmas, para se obter um funcionamento de
acordo com os princípios do motor monofásico.
A seguir, indicam-se esquemas de ligação simples.

ENROLAMENTO PRINCIPAL – UMA BOBINA (V1 – V2)


ENROLAMENTO AUXILIAR – DUAS BOBINAS EM SÉRIE (U1 – U2 + W1 – W2)
Repartindo desta forma as três bobinas do motor trifásico, obtêm-se dois enrolamentos.
Ligando um capacitor permanente, de valor adequado, em série com o enrolamento
auxiliar e as bobinas, como se mostra na figura seguinte, temos uma ligação e um
funcionamento idêntico ao motor monofásico de condensador permanente.

Como no motor monofásico, a inversão do sentido de rotação é efetuada por inversão do


sentido da corrente no enrolamento auxiliar (bobinas U1 – U2 + W1 – W2).

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Comandos Elétricos
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ENROLAMENTO PRINCIPAL – DUAS BOBINAS EM SÉRIE


ENROLAMENTO AUXILIAR – UMA BOBINA

Com esta ligação a tensão aplicada ao enrolamento principal (22VAC) vai repartir-se por
duas bobinas em série. Assim, o binário será ainda mais reduzido.
Esta ligação tem pouca utilização.

ENROLAMENTO PRINCIPAL – DUAS BOBINAS EM PARALELO


ENROLAMENTO AUXILIAR – UMA BOBINA

Ligação também pouca utilizada.

BOBINAS DO MOTOR LIGADAS EM TRIÂNGULO

Neste caso, o capacitor fica em paralelo com qualquer das bobinas, ver figura seguinte:

A alimentação monofásica é aplicada entre dois bornes do motor; o borne livre e um dos
bornes onde está ligado o condensador.
O sentido de rotação do motor pode ser invertido mudando o terminal do capacitor que
está lidado à rede, ver figura sequinte:

Esta é uma solução vulgar. Também é a solução possível para motores trifásicos que só
tenham acessíveis três terminais.

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DIMENSIONAMENTO DO CAPACITOR (CONDENSADOR) – (valores empíricos)


Cada kW de potência do motor, para a tensão de 220V, requer um capacitor permanente
de, aproximadamente, 40µF (cada 1hp ou 1cv necessita de um capacitor de 30µF).

Atenção!
 Em todas as montagens o capacitor utilizado é do tipo
permanente e para e para tensões de trabalho de
450V~. Este capacitor terá de possuir uma
capacidade que possibilite o arranque do motor;
 Apesar, de hoje em dia os capacitores possuírem
normalmente uma resistência de descarga, antes de
qualquer intervenção no motor ou no armário do
automatismo, deve-se assegurar que os capacitores
estão descarregados.

Notas:
 As soluções apresentadas podem não funcionar bem com determinados motores,
pode ser necessário alterar o valor do capacitor;
 Alimentando motores trifásicos com tensão monofásica de 220V, o binário de
arranque é significativamente reduzido relativamente ao binário em trifásico. No
caso deste binário ser insuficiente, para garantir um arranque sem problema, ter-
se-á de ajustar o valor do capacitor;
 Num motor trifásico, funcionando com alimentação monofásica, a sua potência cai
para cerca de 70% da sua potência de alimentação trifásica;
 Ter em conta que na alimentação de um motor trifásico em monofásica a corrente
consumida, se o capacitor não tiver bem dimensionado, pode ter um valor bem
superior à corrente consumida na alimentação trifásica. Antes da ligação definitiva
ensaiar a montagem e verificar a corrente. Caso contrário, os enrolamentos do
motor podem ser sujeitos a um aquecimento exagerado e, consequentemente, a
sua destruição (queima).

44
Comandos Elétricos
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Capítulo 4
DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES
I) CAPACIDADE DE CORRENTE
Corrente nominal do cabo da Tabela “Capacidade de corrente para
condutores isolados”.

II) QUEDA DE TENSÃO


Ao escolher um fio ou cabo para determinadas condições de instalação e de
carga ligada, não se deve tomar em consideração somente a seção do fio ou
cabo compatível com a corrente a transportar, mas também a queda de tensão.
Assim, depois de se ter determinado qual a seção do fio ou cabo apropriado à
corrente a transportar, deve-se verificar se a queda de tensão está dentro dos
limites permitidos e se for superior, escolher o cabo de seção maior.
Determina a Norma Brasileira NBR – 03 da ABNT:
1º - A queda de tensão de uma instalação deverá ser calculada considerando-
se a carga instalada e os fatores de demanda explicitamente previstos nesta
norma, sob o valor nominal da tensão de serviço e até o ultimo ponto de
utilização da energia. Em circuitos parciais, a queda de tensão será
considerada de maneira análoga, entre os pontos inicial e final do circuito.
2º - Os valores admissíveis da queda de tensão são os indicados no quadro
abaixo:
MÁXIMO CIRCUITO DE
FINALIDADE ADMISSÍVEL DISTRIBUIÇÃO
Iluminação 4%
Força Motriz 5% 2%
Aquecimento 5%

Nas tabelas de fios e cabos instalados em eletrodutos em sistemas


monofásicos e trifásicos estão indicados os valores de ampères x metro, com
os quais são obtidos os diferentes valores de queda de tensão. A fim de
demostrar a utilização das tabelas tem a seguir dois exemplos ilustrativos.
1º EXEMPLO: Deseja-se ligar um motor elétrico trifásico de 15 CV, 380 v, de
uma prensa que será instalada a uma distancia de 97 metros do medidor de
força. Pergunta-se qual devera ser a bitola do condutor para que a queda de
tensão fique dentro de limite de 5%. Instalação em eletroduto.
1- A Corrente em plena carga do motor de 15 CV, 380 v é de 23 A.
Então Im (Corrente Motor) = 1,25 x 23  Im = 28,75 A; da Tabela
“Capacidade de corrente para condutores isolado” a Seção do condutor
será de 6 mm².
2- A carga máxima admissível para seção do fio de 4 mm² é de 28 A.
3- Determinar o produto ampare x metro
23 x 97 = 2231

45
Comandos Elétricos
Eng.: F.P.Holanda

4- Procurar na tabela “queda de tensão sistema trifásico” em fios e cabos


instalados em eletrodutos, na coluna de 380 V, para bitola de 4 mm² um
valor igual ou superior a 2231. Verificamos que o valor mais próximo é
2274, que corresponde a uma queda de tensão de 4,6%.

CONCLUSÃO: Cabo adotado  = 6,0 mm².

2º EXEMPLO: Numa chácara, o prédio de residência fica a uma distancia de 78


metros da entrada, onde está instalado o medidor de luz. A carga de luz e
aparelhos a serem ligados é de 6.000 W. O sistema é monofásico 220 V.
Qual deve ser a bitola do condutor para que a queda de tensão no medidor,
até o quadro de distribuição da residência, não exceda 1%? Instalação em
eletroduto enterrado no solo (Maneira de instalar 2).

1- Corrente em ampere = 6.000 W / 220 V = 27,3 A. Da tabela “Capacidade


de corrente para condutores isolados” a Sessão do condutor será de 4
mm².

2- Determinar o produto ampere x metro.


27,3 x 78 = 2457

3- Procurando na tabela “queda de tenção em sistema monofásico” na coluna


de 220 V, com queda de 1% um valor igual ou superior a 2457.

4- Verifica-se que o valor superior mais próximo é 2156, que corresponde ao


cabo de 35 mm².

CONCLUSÃO: Cabo adotado  = 35 mm².

TABELAS
CORRENTES NOMINAIS DE MOTORES TRIFÁSICOS 60 Hz.
Potência 1800 rpm 3600 rpm
nominal 220 v 380 v 220 v 380 v
CV (A) (A) (A) (A)
0,33 1,5 0,9 1,5 0,85
0,50 2,2 1,2 2,0 1,2
0,75 3,0 1,7 3,0 1,7
1,00 4,2 2,5 3,6 2,0
1,50 5,2 3,0 5,0 2,8
2,00 6,8 4,0 6,4 3,6
3,00 9,5 5,5 9,0 5,2
4,00 12 7 11 6,3
5,00 15 8,5 15 8,5
6,00 17 10 - -
7,50 21 12 21 12
10,000 28 16 28 16
12,500 34 19 - -
15,000 40 23 40 23
20,000 52 30 52 30

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Comandos Elétricos
Eng.: F.P.Holanda

Capacidade de corrente para condutores isolados


(temperatura ambiente de 30° C – condutores de cobre)
Eletroduto Ar Livre
Sessão Nominal (mm²)
2 cond. Carreg. 3 cond. Carreg. 2 cond. Carreg. 3 cond. Carreg.
1,0 13,5 A 12 A 15 A 13,5 A
1,5 17,5 A 15,5 A 19,5 A 17,5 A
2,5 24 A 21 A 26 A 24 A
4,0 32 A 28 A 35 A 32 A
6,0 41 A 36 A 46 A 41 A
10,0 57 A 50 A 63 A 57 A
16,0 76 A 68 A 85 A 76 A
25,0 101 A 89 A 112 A 101 A
35,0 125 A 111 A 138 A 125 A
50,0 151 A 134 A 168 A 151 A
70,0 192 A 171 A 213 A 192 A
95,0 232 A 207 A 258 A 232 A
120,00 269 A 239 A 299 A 269 A

Escolha do condutor em função dos Ampère x Metro – Sistema Monofásico


Dimensionamento dos condutores pela máxima queda de tensão
Tensão 110 V 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8%
Nominal 220 V 0,5% 1% 1,5% 2% 2,5% 3% 3,5% 4%
Condutor de PVC/70 Ampère x Metro
Série Métrica (mm²) Condutores Singelos de Cobre – Maneira de Instalar 1 a 7
1,5 46 92 139 185 231 277 323 367
2,5 77 154 231 308 385 462 539 616
4 123 246 370 493 616 739 862 986
6 185 370 554 740 924 1109 1294 1478
10 308 616 924 1232 1540 1848 2156 2464
16 493 986 1478 1971 2464 2957 3450 3942
25 770 1540 2310 3080 3850 4620 5390 6160
35 1078 2156 3234 4312 5390 6468 7546 8624
50 1540 3080 4620 6160 7700 9240 10780 12320
70 2156 4312 6468 8624 10780 12936 15092 17248
95 2926 5852 8778 11704 14630 17556 20482 23408
120 3696 7292 11088 14784 18480 22176 25872 29568

Escolha do condutor em função dos Ampère x Metro – Sistema Trifásico


Dimensionamento dos condutores pela máxima queda de tensão
Tensão Nominal 220 V 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8%
Entre linhas 380 V 0,57% 1,15% 1,73% 2,3% 2,9% 3,4% 4,0% 4,6%
Condutor de PVC/70 Ampère x Metro
Série Métrica (mm²) Condutores Singelos de Cobre – Maneira de Instalar 1 a 7
1,5 106 213 320 426 533 639 746 853
2,5 178 355 533 711 888 1066 1244 1421
4 284 568 853 1137 1421 1705 1990 2274
6 426 853 1279 1705 2132 2558 2985 3411
10 711 1421 2132 2842 3553 4264 4974 5685
16 1137 2274 3411 4548 5685 6822 7959 9096
25 1776 3553 5329 7106 8882 10659 12435 14212
35 2487 4974 7461 9948 12435 14923 17410 19897
50 3553 7106 10659 14212 17765 21318 24871 28424
70 4974 9948 14923 19891 24871 29845 34819 39794
95 6751 13501 20252 27003 33753 40504 47255 54006
120 8527 17054 25582 34109 42636 51163 59690 68218

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Comandos Elétricos
Eng.: F.P.Holanda

MANEIRA DE INSTALAR

48
Comandos Elétricos
Eng.: F.P.Holanda

Capítulo 5
EQUIPAMENTOS UTILIZADOS EM COMANDOS ELÉTRICOS

Definições

CONTATOR

Dispositivo de operação não manual eletromagnético, que tem uma única


posição de repouso e é capaz de estabelecer, conduzir e interromper correntes
de condição normais de elementos mecânicos do circuito.

Inclusive sobrecarga no funcionamento, principalmente carga indutiva e


capacitiva:

RELÉ DE SOBRECARGA

Dispositivo de proteção e, eventualmente, de comando à distancia, cuja


operação é produzida pelo movimento relativo de elemento mecânico, sob a
ação de determinados valores de corrente nos circuitos de entrada.

CHAVE DE PARTIDA DIRETA

Chave que dá partida a um motor elétrico, aplicando tensão de linha da fonte


de alimentação diretamente aos terminais do motor.

CONTATO PRINCIPAL

É aquele componente de ligação que, em estado fechado, conduz a correntedo


circuito principal.

CONTATO AUXILIAR

É o componente de ligação que se situa num circuito auxiliar do contator e é


acionado mecanicamente pelo contator.

CIRCUITO PRINCIPAL

Circuito formado das partes importantes, dos contatos principais e dos


terminais. Tais partes são destinadas a conduzir a corrente de operação.

CIRCUITO AUXILIAR

Circuito através do qual são acionados os dispositivos de manobra. Além disso,


ele é usado para fins de comando, travamento e sinalização.

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Comandos Elétricos
Eng.: F.P.Holanda

CORRENTE NAMINAL DE SERVIÇO

É indicada pelo fabricante e depende da tensão nominal de serviço, da


freqüência e de categoria de emprego.

CORRENTE NOMINAL TERMICA CONVENCIONAL

É a máxima corrente, indicada pelo fabricante, que o contator pode conduzir


numa operação de 8 horas, sem que as sobre temperaturas de seus
componentes ultrapassem os valores limites determinado pelas normas.

CAPACIDADE DE LIGAÇÃO

Valor eficaz de corrente que o contator é capaz de estabelecer segundo as


condições determinadas pelas normas.

CAPACIDADE DE INTERRUPÇÃO

Valor eficaz de corrente que o contator pode interromper, sob uma dada tensão
e em condições especificadas de emprego, segundo condições determinadas
palas normas.

CORRENTE SUPORTÁVEL DE CURTA DURAÇÃO

Corrente que um contator pode conduzir na posição fechada, durante um curto


intervalo de tempo especilicado, sem atingir um aquecimento perigoso.

TENSÃO NOMINAL DE SERVIÇO

É o valor de tensão que determina, conjuntamente com a corrente nominal de


serviço, a utilização do contator. Com a tensão nominal de serviço se
relacionam a capacidade de ligação e de interrupção, tipo de funcionalmento e
categoria de emprego.

TENSÃO DE COMANDO

É a tensão a ser aplicada nos terminais das bobinas dos contatores.

FAIXA DE OPERAÇÃO

Faixa na qual pode ocorrer uma variação na tensão de comando, sem que seja
afetado a segurança de operação do contator.

Os contatores estão em conformidade com a Norma VDE 0660 que determina


uma faixa de 0,85 a 1,1 vezes a tensão de comando, exceto para os contatores
CE07, na faixa de 0,8 a 1,1.

TENSÃO NOMINAL DE ISOLAMENTO

É o valor de tensão que caracteriza a resiatencia de izolamento do contator.

50
Comandos Elétricos
Eng.: F.P.Holanda

RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO

Propriedade do material isolante, que evita que este se torne condutor, devido
as correntes de descarga.

VIDA ÚTIL ELÉTRICA

É caracterizada pela resistência do contato contra desgaste elétrico. É definida


pelo número de manobras sob carga que os contatos dos pólos podem efetuar
sem que seja necessária manutenção. Depende da categoria de emprego,
corrente e tensão nominal de serviço.

VIDA UTIL MECÂNICA

Caracterizada pela resistência as desgaste do contator, sendo determinada


pelo número de manobras sem carga que o contator pode realizar sem defeito
mecânico.

TEMPO DE FECHAMENTO

É o tempo entre o instante em que se aplica a tensão nos terminais da bobina e


o instante em que os contatos principais se tocam em todos os pólos.

TEMPO DE ABERTURA

É o tempo entre o instante em que se retira a alimentação da bobina e o


momento em que a separação dos contatos com a extinção do arco em todos
os pólos.

CATEGORIA DE EMPREGO

Determina as condições para ligação e interrupção da corrente nominal de


serviço e de tensão nominal de serviço correspondente, para utilização normal
do contator, nos mais diversos tipos de aplicação, para CA e CC.

CURVA CARACTERISTICA TEMPO X CORRENTE

É a curva que indica, para uma determinado valor de corrente, o tempo que o
relé levara para operar.

FALTA DE FASE

Ocorre quando uma das fases das redes trifásica de alimentação é


interrompida, podendo ocasionar a queima do motor, caso o mesmo não seja
desligado.

51
Comandos Elétricos
Eng.: F.P.Holanda

FATOR DE POTENCIA (Cos φ)

É a relação entre a potência ativa e a potência aparente, absorvidas ou


entregues por um circuito de corrente alternada. É indicado por Cos φ, onde o
φ é o ângulo de defasagem da corrente em relação à tensão.

Para circuitos indutivos e capacitivos são dificultadas a interrupção e o


estabelecimento de corrente.

DISPOSITIVO DE INTERTRAVAMENTO MECÂNICO

Faz com que a operação de um dispositivo de manobra seja dependente da


posição ou operação d outro.

ANÉIS DE CURTO-CIRCUITO

Os anéis de curto-circuito são montados sobre a sobre a superfície do núcleo


fixo de contatores como acionamento em corrente alternada. Sua finalidade é
evitar que ocorram ruídos e trepidações, já que, com a passagem da corrente
alternada por zero, a força magnética desapareça.

LIMITE DE TEMPERATURA

Os contatores, os relés de sobrecorrentes, os relés de tempo, as botoeiras são


projetados e construídos, para operar normalmente na faixa de temperetura
ambiente de -20º C a +55º C.

POSIÇÃO DE MONTAGEM

Os contatores e relés de sobrecarga WEG devem ser montados sobre parede


vertical ou com inclinação máxima em relação à vertical de 22,5º. Inclinação
diferente das especificadas, causam redução da vida elétrica, bem como um
mau funcionamento mecânico, especialmente nos contatores maiores.

VIBRAÇÃO

Sob vibração ou impactos violentos, os contatores e relés de sobrecarga


podem apresentar modificações em seus estados de operação, devendo, pois,
serem instalados sobre superfície rígida.

ALTITUDE

Com o aumento da altitude, há uma diminuição da densidade do ar, influindo


na tensão desruptiva do mesmo e consequentemente, na tensão e corrente de
serviço, assim como na capacidade de dissipação do calor (resfriamento do
contator).

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Comandos Elétricos
Eng.: F.P.Holanda

As normas recomendam que entes efeitos da altitude sejam desprezadas para


altitude de até 1000m acima do nível do mar. Acima de 1000m é recomendada
a utilização do fator de correção obtido a partir da figura:

QUEDA DE TENSÃO

Para atingir um bom funcionamento dos contatores, deve-se alimentar-se as


bobinas com tensão nominal e estáveis. As bobinas devem operar numa faixa
de tensão de 0,85 a 1,1 X a tensão nominal.

GRAU DE PROTEÇÃO

As normas IEC 34-5 e ABNT – NRB 6146 definem os graus de proteção dos
equipamentos elétricos por meio dae letras carecteristicas IP seguida por dois
algarismos.

1º algarismo – Grau de protação contra penatração de corpos sólidos


estranhos e contato acidental;

2º algarismo – Grau de penetração contra penetração de líquidos.

Apresentamos agora uma tabela de categorias do emprego que era facilitar a


compreensão dos estudos em corrente alternada e corrente contínua.

CATEGORIAS DE EMPREGO
CORRENTE ALTERNADA CORRENTE CONTÍNUA
Cargas resistivas ou pouco Cargas resistivas ou pouco
AC-1 indutivas DC-1 indutivas
Manobra de motores com anéis Motores em derivação
AC-2 coletores, freio por contra DC-2 desligamento em regime
corrente, reversão
Manobra de motores com rotor Motores em derivação freio por
AC-3 gaiola, desligamento em regime DC-3 contra-corrente, reversão
Manobra de motores com rotor Motores com excitação série,
AC-4 gaiola, serviço intermitente, DC-4 desligamento em regime
pulsatório e reversão a plena marcha
Motores com excitação série, freio
DC-5 por contra- corrente, reversão

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Comandos Elétricos
Eng.: F.P.Holanda

ESPECIFICAÇÃO MAIS DETALHADA DE COMPONENTES


UTILIZADOS EM COMANDOS ELÉTRICOS

BOTÃO DE COMANDO E SINALIZADORES


Destina-se especialmente ao comando de chaves de acionamento magnético, para
ligar e desligar circuitos elétricos, retornando a posição original após a ação.
Composição:

 Botão (verde, vermelho, preto...)


 Contatos (fechador ou abridor, ambos);
 Terminais de ligação;
 Mola de retorno.

Características Técnicas

 Tensão Nominal;
 Corrente nominal;
 Comando simples NA ou NF;
 Comando duplo NA + NF;
 Comando conjugado NA e NF;
 Formas: botão, botão cogumelo, manopla, com fechadura de segurança;
 Cores: Vermelho (indicação “O”) – contato NF;
Verde ou Preto (indicação “I” – contato NA.

CODIGO APLICAÇÃO PARA


APLICAÇÃO PARA BOTÕES
DE CORES SINALIZADORES
 PARA DESLIGAR CONDIÇOES ANORMAIS – Indicação de uma falha
VERMELHO  DESLIGA EMERGENCIA ou atuação de uma proteção.
 PARTIDA NORMAL
VERDE  POR EM MACHA
MAQUINA PRONTA PARA OPERAR
 PARTIDA NORMAL
PRETO  LIGAR
 PARTIDA DE RETROCESSO FORA DAS
CONDIÇOES NORMAIS
AMARELO  PARTIDA DE UM MOVIMENTO PARA
ATENÇÃO OU CUIDADO
EVITAR CONDIÇÕES DE PERIGO
 PARA QUALQUER FUNÇÃO PARA A
CIRCUITO SOB TENSÃO EM
BRANDO QUAL AS OUTRAS CORES NÃO TEM
FUNCIONAMENTO NORMAL
VALIDADE
 PARA QUALQUER FUNÇÃO PARA A
TODAS AS FUNÇÕES PARA AS QUAIS NÃO SE
AZUL QUAL AS OUTRAS CORES NÃO TEM
APLICA AS OUTRAS CORES
VALIDADE

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Comandos Elétricos
Eng.: F.P.Holanda

FUSÍVEL
Utilizado na proteção das instalações contra curto-circuito.

COMPOSIÇÃO:
Corpo de porcelana ou estiatite;
Elemento de extinção de arco (areia);
Elemento fusível ou elo de fusão;
Base fusível (em rosca ou pressão);
Indicador de ruptura.

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS:
Corrente nominal;
Tensão Nominal;
Capacidade de interrupção de curto-circuito;
Curva de desligamento (queima) do fusível (corrente tempo)

TIPOS:
Diazed (ação retardado) Silized (ação rápida)
NH (ação rápida ou ratardado) Cartucho (ação rápida ou ratardado)

FUSÍVEL NA PROTEÇÃO DE MOTORES ELÉTRICOS:


São utilizados fusível de ação retardado em todos condutores fase; podendo-se
usar fusíveis comuns, desde que o motor parta com tensão reduzida e os
porta-fusíveis fiquem fora do circuito de partida.

A corrente nominal do fusível devera ser especificada entre 150 a 200% da


corrente nominal do motor, de acordo com a coordenação da proteção.

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Comandos Elétricos
Eng.: F.P.Holanda

Dimensionando um fusível

Para determinar o fusível de um circuito que terá um motor elétrico, deve-se conhecer
a corrente nominal (In) do motor, a corrente de partida (Ip/In) e o tempo que o motor
leva para acelerar totalmente.
Com base nisso consulta-se o gráfico tempo X corrente, na figura a seguir, fornecido
pelo fabricante de fusíveis.

Figura 60 – Curva característica tempo/corrente: fusíveis Diazed


Exemplo 1: motor trifásico In = 10 A; Ip/In = 7,1; tempo de partida = 5 s.
- a corrente de partida será: 10 x 7,1 = 71 A;
- o fusível que suporta este valor por 5 s é o de 20 A;
- como 20 A é maior que a In (10 A), usa-se então o fusível de 20 A.

Observação: Há casos em que a corrente do motor é maior que a encontrada para o


fusível no gráfico. Usa-se, então, o primeiro superior à corrente nominal (In) do motor.

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Comandos Elétricos
Eng.: F.P.Holanda

Exemplo 2: motor trifásico In = 12 A; Ip/In = 5,2; tempo de partida = 10 s; com


sistema de partida para redução do pico de corrente em 4 vezes (25%).
- a corrente de partida será: 12 x 5,2 / 4 = 15,6 A;
- o fusível que suporta este valor por 10 s é o de 6 A;
- como 6 A é menor que a corrente nominal do motor (In = 12 A), deve-se usar o
fusível ligeiramente superior, que é o de 16 A.
Importante: Existem fusíveis de atuação rápida que não são indicados para proteção
de motores. Alguns são fisicamente idênticos aos fusíveis Diazed® e NH, mas não
podem ser utilizados, pois queimarão no momento da partida. O contrário também
deve ser observado: não instalar fusíveis retardados em equipamentos que exijam
fusíveis rápidos.

DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO
Usados para manobra e proteção dos circuitos elétricos contra sobrecargas por
elementos para disparo térmico e contra curto-circuito por bobina para disparo
eletromagnético.
Ambos os sistemas são individualmente ajustados para valores adequado à
proteção de cargas, tais como circuito de iluminação, comando, motores e etc.

COMPOSIÇÃO:
Elemento de disparo térmico (proteção contra sobrecarga);
Elemento de disparo magnético (proteção contra curto-circuito);
Câmara de extinção de arco;
Acionadores;
Mecanismo de disparo;
Mola de engate rápido;
Contatos;
Terminais de ligação.

CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS

Corrente nominal;
Numero de pólos (1, 2 ou 3);
Tensão de serviço (V);
Capacidade de ruptura (kA).

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Comandos Elétricos
Eng.: F.P.Holanda

CONTATOR
Chave magnética com uma única posição de repouso, capaz de estabelecer,
conduzir e interromper correntes em condições normais e de sobrecargas do
circuito.
COMPOSIÇÃO:
 Contatos (Fixos e Moveis);
 Núcleo (Fixo e móvel);
 Bobina Eletromagnética;
 Anais de curto-circuito;
 Terminais de Ligação.

CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS
 Categoria de utilização: AC1, AC2,
AC3, C4;
 Corrente Máxima de serviço (A);
 Tensão Nominal;
 Freqüência de manobra;
 Quantidade de contatos auxiliares;
Tensão da bobina de comendo.

CAUSAS QUE FAZEM O CONTATOR ZUMBIR:


 Corpo estranho no entreferro;
 Anel de curto-circuito quebrado;
 Bobina com tensão ou freqüência errada;
 Superfície dos núcleos, móvel e fixo, sujo ou oxidadas,
principalmente após longas paradas;
 Fornecimento oscilante de contato no circuito de
comando;
 Queda de tensão durante a partida de motores.

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Comandos Elétricos
Eng.: F.P.Holanda

ESCOLHA DE CONTATOR RELÉ E PROTEÇÃO (FAB. SIEMENS)


PARTIDA DIRETA OU REVERSÃO (380V)
Proteção C K1-K2 Relé Bimetálico
Potência CV In (A) Faixa de
Fuz Diazed(A) Disjuntor(A) Relé
Aju(A)
1,5 a 2 4 10 10 3TB - F 40 3UA50 2,5 a 4
3 6,3 16 15 3TB - F 40 3UA50 4 a 6,3
4a5 9 20 20 3TB - F 40 3UA50 6,3 a 10
7,5 12 25 25 3TB - F 41 3UA50 8 a 12,5

CHAVE ESTRELA TRIÂNGULO Υ / Δ


Potência Proteção Relé Bimetálico
CV In (A) Fuz Diaz(A) Fuz NH (A) Disju (A)
C K1-K2 C K3 Faixa Aju(A)
Relé
3 6 10 10 3TB - 40 3TB - 40 3UA50 2,5 a 4
4a5 10,5 16 15 3TB - 40 3TB - 40 3UA50 4 a 6,3
7,5 12,5 20 20 3TB - 40 3TB - 40 3UA50 6,3 a 10
10 16 20 20 3TB - 40 3TB - 40 3UA50 6,3 a 10
12,5 21 25 25 3TB - 41 3TB - 40 3UA50 8 a 12,5
15 28 35 35 3TB - 42 3TB - 40 3UA52 10 a 16
20 a 25 40 50 50 3TB - 43 3TB - 41 3UA52 16 a 25
30 45 50 50 3TB - 44 3TB - 42 3UA54 25 a 36
40 53 63 60 3TB - 44 3TB - 43 3UA54 25 a 36
50 79 80 80 3TB - 46 3TB - 44 3UA56 40 a 63

CHAVE COMPENSADORA
Proteção Relé Bimetálico
Potência CV In(A) C K1 C K2 C K3
Fuz Diaz(A) Fuz NH(A) Disj(A) Relé Faixa Aju(A)

7,5 a 10 16 25 25 3TB 42 3TB 41 3TB 40 3UA52 10 a 16


12,5 a 15 25 50 50 3TB 43 3TB 42 3TB 40 3UA52 16 a 25
20 32 63 60 3TB 44 3TB 43 3TB 40 3UA54 25 a 36
25 a 30 45 63 80 70 3TB 46 3TB 44 3TB 41 3UA43 40 a 63
40 63 100 100 3TB 47 3TB 46 3TB 42 3UA43 40 a 63
50 75 125 125 3TB 48 3TB 46 3TB 43 3UA43 55 a 80

CHAVE SERIE PARALELO ESTRELA - SPE


Potência CV Proteção C K1 - C K2 - Relé Bimetálico
In(A) C K3
380V Fuz Diaz(A) Fuz NH(A) Disj(A) C K4 Rb1 - Rb2 Faixa Aju(A)
5 9 10 10 3TB 40 3TB 40 3UA50 4 a 6,3
7,5 12 16 15 3TB 40 3TB 40 3UA50 6,3 a 10
10 16 16 20 3TB 40 3TB 40 3UA50 6,3 a 10
12,5 19 20 20 3TB 40 3TB 40 3UA50 8 a 12,5
15 26 35 30 3TB 42 3TB 40 3UA52 10 a 16
20 32 35 35 3TB 42 3TB 40 3UA52 16 a 25
25 40 50 50 3TB 43 3TB 41 3UA52 16 a 25
30 46 50 50 3TB 43 3TB 41 3UA52 16 a 25
40 61 35 - 35 35 - 35 3TB 44 3TB 42 3UA54 25 a 36
50 75 50 - 50 50 - 50 3TB 46 3TB 43 3UA43 30 a 45

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Comandos Elétricos
Eng.: F.P.Holanda

TABELA DE ESPECIFICAÇÃO DE "CONTATOR, RELÉ TÉRMICO E FUSÍVEIS"


CONFORME POTÊNCIA DO MOTOR E CAPACIDADE DE CORRENTE MÁXIMA

Motores trifásicos, potências máximas admissíveis em serviço


nominal
AC2/AC3, 60 Hz em:

TENSÃO TENSÃO RELÉ DE FUSÍVEL


CV TENSÃO NOMINAL CORENTE CONTAT
NOMINAL NOMINAL SOBRECORREN MÁXIMO
KW 440 V MÁXIMA (A) OR (A)
220 V 380 V TE F AIXA (A) (A)
CV x 0,25 - 0,33 0,25 - 0,33 - 0,50
1 9 0,65 a 1,0 2
KW x 0,18 - 0,25 0,18 - 0,25 - 0,37
CV 0,25 - 0,33 0,5 0,75
1,6 9 1,0 a 1,6 4
KW 0,18 - 0,25 0,37 0,55
CV 0,5 0,75 - 1,0 1,00 - 1,50
2,5 9 1,6 a 2,5 6
KW 0,37 0,55 - 0,75 0,75 - 1,10
CV 0,75 - 1,00 1,5 - 2,0 2
4 9 2,5 a 4,0 10
KW 0,55 - 0,75 1,1 - 1,5 1,5
CV 1,5 - 2,0 3 3,0 - 4,0
6,3 9 4,0 a 6,3 16
KW 1,1 - 1,5 2,2 2,2 - 3,0
CV 3 4,0 - 5,0 5
9 9 6,3 a 10 16
KW 2,2 3,0 - 3,7 3,7
CV 4 6,0 - 7,5 6,0 - 7,5
12 12 8 a 12,5 25
KW 3 4,5 - 5,5 4,5 - 5,5
CV 5 10 10
16 16 10 a 16 25
KW 3,7 7,5 7,5
CV 6,0 - 7,5 12,5 - 15 12,5 - 15
23 22 16 a 25 25
KW 4,5 - 5,5 9,0 - 11 9,0 - 11
CV 10 20 20 - 25,0
34 32 20 a 32 63
KW 7,5 15 15 - 18,5
CV 12,5 - 15 25 30
40 38 32 a 40 63
KW 9,0 - 11 18,5 22
CV 20 30 30
45 45 32 a 50 80
KW 15 22 22
CV 25 40 40 - 50
63 63 50 a 63 100
KW 18,5 30 30 - 37
CV 30 50 60
75 75 63 a 80 125
KW 22 37 45
CV x 60 75
90 110 63 a 90 125
KW x 45 55
CV 40 - 50 75 x
110 110 90 a 120 200
KW 30 - 37 55 x

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Comandos Elétricos
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61
Comandos Elétricos
Eng.: F.P.Holanda

CHAVE FIM DE CURSO

Destinam-se ao comando em circuitos auxiliares de processos automático;


instala-se em maquinas ou equipamentos onde existem movimento mecânico
que aciona-a, as quais atuam nos respectivos circuitos auxiliares. Possuindo
um dispositivo de abertura obrigatória são aplicáveis em circuitos onde possam
ocorrer risco para pessoas.

COMPOSIÇÃO:

Fornecido em versão aberto ou fechado;


Acionamento tipo: pino, rolete, haste ou alavanca;
Contatos montados em invólucros plástico;
Contato com dupla interrupção do circuito.
CARACTERÍSTICA TÉCNICA

Tensão nominal;
Freqüência de manobra;
Corrente nominal;
Número de contatos (abertos ou fechados).

Interruptor
Fim de Curso

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Comandos Elétricos
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RELÉ BIMETÁLICO DE SOBRECARGA


Utilizado na proteção das instalações contra sobrecorrente e sobrecarga.
Protege motores trifásicos contra falta de fase especialmente em plena carga.

 Operam fundamentados no principio de pares termoeléctricos (bimetal).


O fundamento de operação deste relé é baseado nas diferentes dilatações
que apresentam os metais, quando submetido a uma variação de
temperatura (corrente elétrica).

 Duas lâminas de
metais diferentes são
ligadas através de
soldas, sob pressão ou
eletroliticamente quando
aquecidas se dilatam
diferentemente.
As lâminas se curvam. Esta mudança de forma é usada para comutação de
um contato. Decorrido o esfriamento, as lâminas voltam à posição inicial. O
relé está então, novamente pronto para operar, desde que não exista no
conjunto um dispositivo mecânico de bloqueio.
Permite que seu ponto de atuação, ou seja, a curvatura das lâminas e o
conseqüente desligamento, possa ser ajustado com auxilio de um dial. Isto
possibilita ajuste do valor de corrente que provocará sua atuação.
O dial do relé deve ser ajustado para correntes um pouco acima da nominal
de carga (In) a ser protegida (por exemplo um motor).

COMPOSIÇÃO:
 Lamina Bimetálica
 Dial de Ajuste de corrente
 Circuito de potência
 Circuito de comando
 Botão de rearme
CARACTERÍSTICA TÉCNICA
 Tensão nominal
 Corrente nominal
 Faixa de ajuste
AJUSTE DA REGULAGEM
O ajuste de regulagem de relé térmico na proteção de motores varia com o
fator de serviço, ou seja, IAJUSTE = 1,15 a 1,25 INOMINAL

63
Comandos Elétricos
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RELÉ DE TEMPO TEMPORIZADOR


São Empregados em todos os processos de temporização de manobras, em
circuitos auxiliares de comando, regulação, proteção, controle etc.

 Ajuste do kinob ao tempo desejado de 0 a 30 Seg.

Contatos NA e NF (Com temporização na Energização ou


Desenergização)

CLP – Controlador Lógico Programável


CLP é o componente que substitui a parte lógica tradicional de uma instalação,
o chamado circuito de comando, onde há contatos auxiliares, temporizadores,
intertravamentos etc., e faz isso via software; quase sempre é possível sua
interação com um microcomputador.

Fisicamente o CLP é formado por um circuito eletrônico, por entradas e por


saídas. As entradas são os terminais onde se ligam todos os componentes que
dão instruções ao circuito, determinando o que deve ser feito com base em
uma programação pré-realizada (software). Incluem-se os interruptores, fim-de-
curso, pedaleiras, sensores, contatos do relé térmico de sobrecarga etc. Nas
saídas são ligados os componentes que seriam acionados em um circuito de
comando tradicional, como, por exemplo, contatores, lâmpadas, solenóides etc.
As entradas e saídas podem ser analógicas (valores variáveis) ou digitais
(valores não variáveis, ou seja, ligado ou desligado, tudo ou nada).

64
Comandos Elétricos
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Figura – Estrutura básica de um comando com CLP

Os CLPs trazem a vantagem de reduzir e facilitar a instalação física, excluindo


os componentes da parte de comando, como os temporizadores e relés de
comando (ou contator auxiliar). Além disso, qualquer mudança da parte lógica
não implicará em mudança das ligações, sendo alterada somente a
programação do CLP (software).

Figura – Ligação básica das entradas e saídas (digitais) em um CLP.

Figura – Controladores Lógicos Programáveis (Fabricante TELEMECANIQUE)

65
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RELÉ DE FALTA DE FASE

Utilizado na proteção de instalações trifásicas contra


desequilíbrio entre fases e quedas de fase nos equipamentos sob
sua supervisão.
COMPOSIÇÃO:

 Montado com circuito integrado;


 Botão de ajuste de sensibilidade de atuação

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS:

 Corrente dos contatos: 5 A em 250 VCA.


 Tensão nominal: 110, 220, 380, 440, 480 VCA.
 Modelos: sem retardo, retardo na energização e retardo no desligamento.
 Tempo de retardo: 2,5 - 5 - 10 - 15 - 20 – 30 - 60 - 120 - 180 Seg.
 Tipos: SEM NEUTO E COM NEUTRO

FUNCIONAMENTO:

Conectando-se as fases R, S, T, o relé arma abrindo o contato NF e Fechando


o contato NA. Quando houver anormalidade volta a posição de repouso.
Quando do restabelecimento (da falha), o relé volta a ligar.

66
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RELÉ SUPERVISOR TRIFÁSICO

Utilizado na proteção das instalações elétricas trifásicas de três possíveis


falhas:
 Variação de tensão;
 Falta de fase;
 Inversão de fase

COMPOSIÇÃO:
Ajuste de máximo e mínimo através de knobs;
Construídos com circuitos integrado;

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Correntesde contatos: 5 A
em 250VCA.
Tensões Nominais:
110, 220, 380, 440, 480 VCA.
Retardados e sem Retardos.

FUNCIONAMENTO:
Ajustam-se os knobs na tensão desejada. Conectando-se as fases na
seqüência correta R, S, T o led acenderá após uma temporização o led
vermelho acenderá indicando que o relé foi operado.

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RELÉ DE NÍVEL
Utilizado em controle de nível de
líquidos condutores: água em tanques,
caldeira, bombas submersas ou não
alarme de vazão, esgoto etc.

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Comandos Elétricos
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Capítulo 6
ESQUEMAS E COMPONENTES
APLICAÇÕES E CONSIDERAÇÕES SOBRE CHAVES DE PARTIDA :

As chaves de partida destinam-se ao comando e proteção de motores


elétricos trifásicos e monofásicos.
De acordo com a aplicação, são disponíveis chaves para partida direta
trifásica e monofásica, estrela-triângulo, compensadora, partida série-paralela,
dupla velovidade, partida para motobombas de condomínio e Soft-starter
(microprocessadas).

CARACTERÍSTICAS:

Montagem em caixa termoplástica Potência (CV) e Tensão Variada;


Ampla faixa de potências;
Dimensões reduzidas;
Fácil instalação;
Grau de proteção IP 52;
Especificação técnica conforme norma IEC 947-4.

DIMENSÕES:

Esquemas de Ligação Orientativos:

 Os dimensionamentos apresentados são válidos para motores de IV pólos


(RPM), regime S(i) e fator de serviço , categoria de emprego AC-3 e para
redes de 60 Hz.
 Faixa de operação de bobina: 0,8 a 1,1 Un.
 Frequência de manobras considerada: 15 manobras/hora (partidas direta e
estrela-triângulo), 5 manobras/hora (partida compensadora).
 Ie é a corrente nominal máxima para a composição apresentada em
tabelas.
 Tempos de aceleração considerados: 5 segundos, partida direta; 6
segundos, partida estrela-triângulo; 10 segundos, partida compensadora.
 As chaves de partida direta são recomendadas para motores que partem
com carga ou em vazio; as chaves estrela-triângulo para cargas que exigem
na partida um conjugado até 1/3 do nominal e as chaves compensadoras
são recomendadas para cargas que exigem na partida um conjugado até a
metade do nominal.
 A partida compensadora possui auto-transformador com taps de 65% e
80%.
 Relé de sobrecarga: partida direta e compensadora, ajustar para a corrente
nominal do motor; partida estrela-triângulo, ajustar para 0,58 vezes a
corrente nominal do motor.
 Relé de tempo: ajustar a um tempo suficiente para que a rotação do motor
atinja aproximadamente 90% da nominal.

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Comandos Elétricos
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 Tensão de comando: partida direta, igual a tensão da rede; partida estrela-


triângulo e compensadora, tensão fase-fase em redes de 220 V, fase-neutro
em redes de 380 V e fase-fase com transformador de comando para redes
de 440 V.
 As chaves de partida direta podem ser fornecidas com fusíveis de força e
comando (ou Disjuntor). Esta opção está disponível em 220 V, de 0,25 a
12,5 cv e 15 a 30 cv; em 380 V, de 0,25 a 20 cv e 25 a 50 cv ; em 440 V,
de 0,25 a 20 cv e 25 a 60 cv .
 Para comando à distância, desconectar as ligações assinaladas e conectar
o contato de comando externo (termostato, pressostato, chave-bóia, etc.) .
 Na partida estrela-triângulo deve-se utilizar um tipo de conexão para
potências até 75 cv (220 V), 125 cv (380 V) e até 175 cv (440 V). Acima
dessas potências deve ser utilizada outro tipo de conexão.
 Opcionalmente, as chaves de partida direta podem ser fornecidas com
botão de rearme.

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Comandos Elétricos
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COMANDO DE BOMBA COM ELETRODO

Obs.: Na falta de relé de Nível pode–se utilizar este comando com o auxilio de
contatores auxiliares de comando.
Esquema da automação de uma bomba de Caldeira:

OBS: Este comando deve-se utilizas transformador para baixar a


tenção do circuito a um nível de aproximadamente 48V, usar
também bobinas dos contatores com tensão compatível.

71
Comandos Elétricos
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COMPONENTES E UNIDADES CONSTRUTIVAS DE


CIRCUITOS DE COMANDO:
Para compreender um circuito de comando é fundamental que o eletricista
conheça os componentes básicos iniciais mostrados abaixo:

a) CONTATO DE SELO:


O contato de selo C1 devera ser instalado
em paralelo com a botoeira liga para manter o
circuito energizado após a retirada da
pressão sobre a botoeira liga.

b) INTERTRAVAMENTO
No intertravamento elétrico a bobina do
contator C1 só é acionada se a bobina do
contator C2 não tiver acionada. É uma ou
outra

No intertravamento mecânico ao acionar a


botoeira B1 NF ao mesmo tempo aciona NA,
da mesma forma ao acionar a botoeira B2 NF
ao mesmo tempo aciona o NA, desta forma
não há possibilidade de energizar o contator
C1 e C2 ao mesmo tempo.

c) SINALIZAÇÃO

Sinalizador de controle de
tensão em relação ao neutro.
Anunciando uma eventual falta
de fase.

72
Comandos Elétricos
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PARTIDA DIRETA MONOFÁSICA & TRIFÁSICO

COMENTÁRIOS TEORICOS

A partida direta de motores de indução, a plena tensão, é empregada nos


casos em que a corrente de partida atingir valores razoavelmente reduzidos,
como no caso de motores monofásicos ou trifásicos que possuam pequenos
valores de potência nominal (potência fracionada ou potência inteira até 5cv)
ou em situações que seja preciso se empregar todo o conjugado no instante de
partida, como por exemplo, de motores que necessitar partir com plena carga
no eixo. São situações antagônicas em termo de magnitude de valores de
corrente, mas que de uma maneira ou de outra, recebem plena tensão na
alimentação das bobinas na fase de partida e permanecem alimentados com
esta tensão durante a fase de regime. Para que haja uma escolha adequada do
método que deve ser empregado na partida do motor, é de fundamental
importância comparar as grandezas de conjugado de partida do moto, com o
conjugado resistente da carga, sendo condição necessária que u primeiro seja
no mínimo igual ao segundo (C.motor ≥ C.carga), de maneira que o motor
possa partir satisfatoriamente).
Normalmente as Concessionárias distribuidoras de Eletricidade, estabelecem
que só é permitido utilizar o método de partida a plena tensão (partida direta),
para motores trifásicos até 5cv, quando a unidade de consumo for alimentada
através da rede pública de suprimento de baixa tensão. Esta exigência se
prende ao fato de que quando a corrente de partida atinge valores
razoavelmente elevados, podem surgir as seguintes conseqüências prejudiciais
para o sistema elétrico e econômicas, tais como:
 Elevada queda de tensão na rede, provocando interferência em outros
equipamentos instalados na rede pública, na própria instalação do
consumidor e nas instalações de terceiros que estejam alimentados pela
mesma rede;
 A própria instalação deverá ser superdimensionada, condutores de rede
aérea pública, condutores da unidade consumidora e equipamentos de uso
geral, implicando diretamente na custa mais elevado para todos envolvidos.

Nas situações de motores com potência acima de 5cv, ou genericamente que


possuam potência elevada, deve-se analisar se na fase de partida eles podem
afetar o funcionamento de outras cargas da instalação, que nesta caso exige
uma solução adequada como a aplicação do método de partida com tensão
reduzida, ou mesmo prever a alimentação do motor através de circuitos
exclusivos e independentes, derivado direto do Quadro Geral de força (QGF),
prever uma alimentação através de transformador exclusivo ou mesmo a
instalação ser suprida em Tensão Primária de Distribuição, onde os efeitos
prejudiciais dos elevados valores de corrente de partida, ficam limitados
setorialmente na própria instalação interna da unidade consumidora.

O sistema de partida direta com acionamento remoto ou automático do motor


de indução, constitui-se de vários dispositivos, entre componentes de proteção
do circuito terminal, dispositivo de seccionamento, de controle e proteção do
motor. O comando pode ser feito à distancia, acionado remotamente através de
contator e botoeira, interruptor de pedal, ou automaticamente através de

73
Comandos Elétricos
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dispositivos auxiliares tais como chaves bóias (nível superior, nível inferior),
pressostatos, termostatos, relé fotoelétricos, etc.
É muito comum encontrar também a possibilidade de acionamento e
desativação remota do motor tanto na porta externa do Quadro de Força e
Comando, como através de uma caixa de botões instalado a distancia ou no
painel da maquina. Nessa situação os botões desliga (NF) deverão ser
instalados em série, enquanto os botões liga (NA), deverão ser instalados em
paralelo.

Diagrama Principal de Força

Diagrama Funcional ou de Comando

Diagrama de Comando Funcional

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CIRCUITO DE COMANDO

CIRCUITO DE COMANDO MULTIFILAR PARTIDA DIRETA MOTOR


TRIFÁSICO

CIRCUITO DE COMANDO MULTIFILAR PARTIDA DIRETA MOTOR


MONOFÁSICO

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REVERSÃO DA ROTAÇÃO DE MOTOR COM


CONTATOR E CHAVE FIM DE CURSO
Quando há necessidade de controlar o movimento de avanço ou retorno
automático de um dispositivo motorizado de uma maquina (ou portão),
emprega-se contatores comandados por chave fim de curso.
Diagrama do
circuito de Comando

As chaves fim de curso são acionadas mecanicamente por réguas com ressalto
(cames) existente na parte móvel do dispositivo da máquina (portão).

SEQUENCIA OPERACIONAL

a) Ligação do motor para movimentar dispositivo em um sentido, k1 e k2


desligados.

Pulsando-se o botão b1, a bobina do contator k1 será alimentada, provocando


o fechamento do contato de selo k1, o qual a mantém energizada, e o
fechamento o fechamento dos contatos principais. O motor é impulsionado em
um sentido ate atingir o limite de fim de curso, quando abrirá seu contato B3,
desligando a bobina k1. Desenergizada a bobina k1, os contatos principais se
abrem, cortando a alimentação do motor.

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Comandos Elétricos
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b) Inversão do sentido de movimento do dispositivo - k1 antes ligado, k2 por


ligar.

Pulsando-se o botão b2, a bobina do contator k2 será alimentada, provocando


o fechamento do contato de selo k2, o qual a mantém energizada, e o
fechamento o fechamento dos contatos principais. O motor é impulsionado no
sentido inverso ate atingir o limite de fim de curso, quando abrirá seu contato
B4, desligando a bobina k2. Desenergizada a bobina k2, os contatos principais
se abrem, cortando a alimentação do motor.
Cont. Rever. Fim Curso

ACIONAMENTO PARCIAL DO DISPOSITIVO

Quando o motor está funcionando, pulsando-se o botão b0, limita-se o


movimento do dispositivo em qualquer ponto do percurso. A retomada do
movimento no mesmo sentido ou no inverso é possível, pulsando-se os botões
b1 ou b1.

SEGURANÇA DO SISTEMA PELOS BOTÕES

Pulsando-se os botões conjugados b1 ou b2, são simultaneamente acionados


os seus contatos abridor e fechador, de modo que o contato abridor atue antes
do fechador, proporcionando intertravamento elétrico.

SEGURANSA DO SISTEMA PELOE CONTATOS AUXILIARES

Os contatos abridores k1 e k2 impossibilitam a energização de uma bobina,


quando a outra está energizada, proporcionando mais outro intertravamento
elétrico.

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REVERSÃO MOTOR MONOFÁSICO


DIAGRAMA PRINCIPAL DE FORÇA PARA 220V.

78
Comandos Elétricos
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REVERSÃO DE MOTORES MONOFÁSICOS


FORÇA E COMANDO II
DIAGRAMA PRINCIPAL OU DE FORÇA

DIAGRAMA DE COMANDO OU FUNCIONAL

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REVERSÃO MOTOR TRIFÁSICO


DIAGRAMA PRINCIPAL OU DE FORÇA 380V

DIAGRAMA DE COMANDO OU FUNCIONAL

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COMANDO AUTOMÁTICO PARA SEQUÊNCIA DE LIGAÇÃO DE


MOTORES, EM FUNCIONAMENTO “ALTERNADO” COM O USO DE CONTATOR AUXILIAR
Ligação seqüencial de dois motores de maneira que funcione no primeiro momento o
motor M1, e depois o motor M2, depois novamente o motor M1, e assim
sucessivamente alternando sempre o funcionamento de um e a parada do outro,
através de relés de tempo.

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INSTALAÇÃO DE AMPERÍMETRO COM TC


E CHAVE COMUTADORA DE AMPERÍMETRO PITO PACO

82
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INSTALAÇÃO DE VOLTÍMETRO DIRETO


COM CHAVE COMUTADORA DE VOLTÍMETRO TIPO PACO

83
Comandos Elétricos
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CIRCUITO DE COMANDO DE SINALIZAÇÃO E MEDIÇÃO EM


QUADROS ELÉTRICOS DE BAIXA TENSÃO

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DIAGRAMA DE COMANDO FUNCIONAL TRIF OU MONOF


AUTOMÁTICO MANUAL COM BÓIAS
POSICIONAMENTO
DAS BOIAS

Diagrama Funcional ou de comando Diagrama Funcional com duas Bóias


com Bóias Superiores e Relé de Nível no Inferior

Obs: No lugar da bóia 3 (B3) trocamos


pelo contato do relé de nível RN.

85
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CHAVE ESTRELA TRIÂNGULO COM BOIAS

Posicionamento
das Bóias

DIAGRAMA FUNCIONAL OU COMANDO ESTRELA TRIÂNGULO C/ BOIAS

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Posicionamento de Boias e Eletrodos

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88
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89
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CHAVE ESTRELA TRIÂNGULO

COMENTÁRIO TEÓRICO

A partida estrela-triângulo de motores assíncronos trifásicos é recomendado de


ser empregada no seguintes casos:
- Utilização da chave estrela triângulo;
- Quando não é necessário alto torque na partida, como por exemplo, quando
o motor parte a vazio (sem carga no eixo). Na partida estrela-triângulo, no
momento da ligação estrela, a tensão que a bobina fica submetida é de 1/√3
da tensão de linha, consequentemente, como o torque varia com o
quadrado da tensão, a redução da tensão aplicada na ligação estrela fará
com que o torque fique reduzido a (1/√3)² = 1/3 do seu torque nominal.
Neste caso para o dimensionamento correto da categoria do motor a ser
aplicado, o torque reduzido deverá ser ainda maior que a torque resistente
da carga, nestas situações em que o motor parta com algum tipo de carga
no eixo.
- Quando o motor tiver 6 ou 12 terminais que permitam a ligação estrela-
triângulo.
- Quando a tensão de alimentação da rede coincidir com a tensão de placa
do motor na ligação triângulo (Δ - Υ)
Ex. Tensão de linha: 380V
Motor Δ / Υ
380/660V
- Quando a instalação for alimentada pela rede secundária de distribuição
(baixa tensão), a Concessionária de serviço público prescreve nas
condições gerais de fornecimento, que motores trifásicos com potência
superior a 5 cv até 30 cv, deverão ser equipados com dispositivos para
redução da corrente de partida, podendo para tanto, ser usado Υ – Δ.

- Tensões nominais múltiplas mais comuns que são possíveis de ligação dos
motor em estrela-triângulo:

TENSÃO DE PLACA DO MOTOR NÙMERO


REDE
LIGAÇÃO DE
TENSÃO DE LINHA
Δ Υ Δ Υ TERMONAIS
220V 220 380 6
380V 380 660 6
220V 220 380 440 760 12
440V 220 380 440 760 12

- Vantagens e desvantagem da utilização da chave Υ – Δ

91
Comandos Elétricos
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VANTAGENS

 A chave estrela-triângulo é muito utilizada pelo seu custo reduzido;


 Não tem limites quanto ao número de manobras;
 Os componentes eletromecânicos ocupam pouco espaço;
 A corrente de partida fica reduzida para aproximadamente 1/3
DESVANTAGENS

 A chave só pode ser aplicada a


motores cujos 6 ou 12 terminais
sejam acessíveis;

 A tensão de rede deve coincidir com


a tensão em triângulo do motor;

 Com a corrente de partida reduzida


para aproximadamente 1/3 da
corrente nominal, reduz-se também
o momento da partida para 1/3;

 Caso o motor não atinja pelo menos


90% de sua velocidade nominal, o
pico de corrente na comutação de
estrela para triângulo será quase
como se fosse uma partida direta, o
que torna prejudicial aos contatos
dos contatores e não traz nenhuma
vantagem para a rede elétrica;

 Outro inconveniente, é que durante


a comutação, um desligamento
momentâneo do estator da rede,
pode levar um surto transitório de
corrente muito intensos.

92
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DIAGRAMA PRINCIPAL OU DE FORÇA ESTRELA TRIÂNGULO

DIAGRAMA DE COMANDO OU FUNCIONAL COM RELÊ ELETRÔNICO

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COMANDO CHAVE ESTRELA TRIÂNGULO

COMANDO CH ESTRELA TRIÂNGULO SEM RELE DE TEMPO

COMANDO CH ESTRELA TRIÂNGULO COM RELE DE TEMPO PNEUMÁTICA

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CHAVE ESTRELA TRIANGULO COM REVERSÃO


DIAGRAMA PRINCIPAL OU DE FORÇA

DIAGRAMA FUNCIONAL OU DE COMANDO

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CHAVE SÉRIE-PARALELA ESTRELA – SPE

COMENTÁRIO TEÓRICO

Maneira usual para partida de motores trifásico com tensão reduzida, utilizado para
motores que tenha a possibilidade de ligação nas tensões 220/380/440/760V, de 12
terminais ou de 9 terminais.
Esta ligação reduz o pico de corrente de fase na partida em 25%, evitando a
perturbação na rede devido a queda de tensão acentuada na partida, apropriada para
motores com partida em vazio, pois o conjugado de partida é reduzido a ¼ do seu
valor para tensão nominal.
Chave série-paralela estrela – SPE = Especificamente em 380/760, exigindo que a
tensão da rede seja 380V (tensão de linha). Na partida executa-se a ligação estrela
série, ficando cada enrolamento submetido a 110V [(380/√3) ÷ 2 = 110V].
Decorrido o tempo (de 4 a 6 Seg. na pratica) de partida, o motor passa a ser ligado em
estrela paralelo, ficando cada bobina alimentada com 220V [380V / √3 = 220V].

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DIAGRAMA PRINCIPAL OU FORÇA (SPE)

DIAGRAMA FUNCIONAL OU COMANDO CH SPE

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CHAVE SÉRIE-PARALELA TRIANGULO – SPT


COMENTÁRIO TEÓRICO

Maneira usual para partida de motores trifásico com tensão reduzida, utilizado para
motores que tenha a possibilidade de ligação nas tensões 220/380/440/760V, de 12
terminais ou de 9 terminais.
Esta ligação reduz o pico de corrente de fase na partida em 25%, evitando a
perturbação na rede devido a queda de tensão acentuada na partida, apropriada para
motores com partida em vazio, pois o conjugado de partida é reduzido a ¼ do seu
valor para tensão nominal.
Chave série-paralela Triangulo – SPT =
Especificamente em 220/440, exigindo que a
tensão da rede seja 220V (tensão de linha).
Na partida executa-se a ligação triangulo
série. Decorrido o tempo (de 4 a 6 Seg. na
pratica) de partida, o motor passa a ser
ligado em triangulo paralelo, ficando cada
bobina alimentada com 220V .

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CHAVE DE PARTIDA PARA MOTORES DE DUAS


VELOCIDADE TIPO DAHLANDER CHAVE COMUTAÇÃO POLAR
COMENTÁRIOS TEÓRICOS
Motor trifásico de polos comutáveis, denominado “Dahlander”, é um motor
de indução que tem a característica construtiva de possibilitar a alteração da
sua velocidade através da variação no número de polos. O enrolamento do
estator é constituído de tal forma que por simples mudança nas ligações das
bobinas, o número de polos é modificado. O motor Dahlander possui
normalmente o rotor do tipo gaiola, tendo em vista que o enrolamento com as
barras curtocircuitadas sempre reage produzindo um campo de rotor tendo um
mesmo número de polos que o campo do estator. Ao contrário se o rotor fosse
do tipo enrolado, seria introduzidas complicações adicionais para a comutação
de pólos, tendo em vista que o enrolamento do rotor também precisaria Ter
suas ligações modificadas, o que na prática não é tão fácil.
Na realização desta prática, no primeiro instante as bobinas do motor são
ligadas de maneira a produzir um campo de 4 (quatro) polos, correspondendo a
operação do motor na baixa velocidade (1.800 rpm).
No segundo momento o circuito controlador efetua simultaneamente a inversão
no sentido de ligação das bobinas e a mudança nas ligações dos dois grupos de
bobinas, passando de ligação delta série (Δs) para estrela paralela (Υp),
conforma diagrama de ligação de força a seguir.
Como resultado desta alteração obtem-se
um campo de 2 pólos, correspondendo a
operação do motor em alta velocidade
(3.600 rpm).
Muitas aplicações de motores requerem
mais de uma velocidade, ou mesmo uma
faixa de velocidade continuamente
ajustáveis, o que normalmente o motor de
indução tipo gaiola, não se adapta facil
para tal. Quando são necessárias somente
2 (duas) ou 4 (quatro) velocidade, uma boa
solução é o emprego deste tipo de motor,
como é o caso de máquinas operatrizes
especificas de panificação, elevadores, etc.

Quadro demonstrativo, indicando informações do motor Dahlander


relativo à alta e baixa velocidade.

NÚMERO LIGAÇÕES TIPO DE LIGAÇÃO


VELOCIDADE
(RPM)
DE R S T - DOS DOIS GRUPOS
POLOS TERMINAIS DE BOBINAS
6,4,5
BAIXA 1.800 4 1 2 3 ABERTOS
Δ SÉRIE
1,2,3
ALTA 3.600 2 6 4 5 JUNTOS
Υ PARALELO

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CHAVE DE PARTIDA PARA MOTORES DE DUAS VELOCIDADES TIPO DAHLANDER


DIAGRAMA PRINCIPAL OU DE FORÇA

DIAGRAMA FUNCIONAL OU DE COMANDO COM BOTÃO

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DIAGRAMA FUNCIONAL OU DE COMANDO DAHLANDER COM CHAVE

DIAGRAMA PRINCIPAL OU DE FORÇA COM REVERSÃO DAHLANDER

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DIAGRAMA FUNCIONAL OU COMANDO COM REVERSÃO DAHLANDER

Primeiro sentido de rotação b1lida baixa rotação e b3 alta rotação.


Reversão ou segundo sentido b2 baixa rotação e b4 alta rotação.

FORMA DE OPERAÇÃO ACIONAMENTO POR BOTÃO:

LIGAÇÃO: O Botão de comando b1 aciona o contator C1, cujo contato fechador opera.
O motor começa a funcionar com a menor rotação.
COMUTAÇÃO: Ao ser acionado o botão de comando b2, o contator C1 o comando
“DESLIGA” através do contato abridor de b2 e o contator C2 recebe o comando “LIGA”
através do contato fechador de b2. A ordem “LIGA” para o contator C2 somente é
efetivada quando o contato abridor de C1 estiver fechado. O contator estrela C3 é
ligado através de um contato fechador com contator C2. O motor passa a funcionar
com rotação mais alta. A comutação da anta para a baixa rotação é feita na seqüência
inversa.
REVERSÃO: Para Reversão do sentida de rotação, são acionados os botões de
comando b3 para a rotação mais baixa e b4, para a mais alta.
INTERRUPÇÃO: Ao ser acionado o botão de comando b0 o contator C1 ou os
contatores C2 e C3 ou os contatores C4 e C5 são desligados. O motor é assim
desligado.

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CHAVE COMPENSADORA AUTOMÁTICA


COMENTÁRIOS TEÓRICOS:
- Usada para reduzir a elevada corrente de partida de um motor com rotor em
gaiola, aliviando a rede elétrica instalada no local e evitando assim, uma
excessiva queda de tensão que poderia causar perturbações indesejáveis
no funcionamento de outras cargas instaladas nas proximidades.
A compensadora pode ser utilizada na partida de motores sob carga, onde
se faz necessário um certo valor de torque no momento de arranque, ou
mesmo quando o motor não satisfaz as exigências analisadas para ser
através de chave estrela-triângulo, ou seja quando a tensão da rede
coincide com a tensão de placa em estrela, ao invés de coincidir com a de
triângulo.
A tensão de partida do motor é reduzida através de Auto-Transformador,
que normalmente possui taps nos valores de 50, 65 e 80% da tensão
nominal.
Esta tensão fornecida pelo tap do autotransformador, deve ser de tal forma
que permita a aceleração do conjugado motor-máquina até cerca de 80 a
90% de sua rotação nominal, dentro de um tempo de partida admissível
para o motor.
O relé de tempo deve ser ajustado adequadamente a um tempo suficiente
para a partida, o que evitará consequentemente, a formação de um pico
indesejável de corrente, quando da comutação para plena tensão.

- Vantagens e desvantagens da utilização de chave Compensadora

VANTAGENS:
 No tap de 65% a corrente de linha é aproximadamente igual a da chave
estrela-triângulo, entretanto na passagem da tensão reduzida para a plena
tensão, o motor não é desligado e o segundo pico do corrente é bem
reduzido visto que o autotransformador por um curto período se torna uma
reatância.
 É possível a variação do tap de 65 para 80 ou 90% da tensão nominal
da rede, a fim de que o motor possa partir satisfatoriamente.

DESVANTAGENS:
 A grande desvantagem é a limitação de sua freqüência de manobras. Na
chave compensadora é sempre necessário saber a sua freqüência de
manobra para determinar a autotransformador correspondente,
compatível com esta característica.
 A chave compensadora é mais cara do que s chave estrela-triângulo,
devido ao custo do autotransformador.
 Devido às dimensões do autotransformador, a construção
eletromecânica se torna volumosa, exigindo quadros de maior
dimensões em relação aos outros tipos de partida, que torna o seu preço
mais elevado.

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CHAVE COMPENSADORA AUTOMÁTICA


DIAGRAMA PRINCIPAL OU DE FORÇA CH COMPENSADORA

DIAGRAMA FUNCIONAL OU DE COMANDO

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CHAVE COMPENSADORA AUTOMÁTICA


DELTA ABERTO OU V
DIAGRAMA PRINCIPAL OU DE FORÇA

DIAGRAMA FUNCIONAL OU COMANDO CH COMPENSADORA COM RELÉ PNEUMÁTICO

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CHAVE COMPENSADORA COM REVERSÃO


DIAGRAMA PRINCIPAL OU DE FORÇA

DIAGRAMA FUNCIONAL OU COMANDO CH COMPENSADORA COM REVERSÃO

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CHAVE COMPENSADORA MANUAL


TIPO “A”

A chave compensadora é fornecida com as ligações do


autotransformador feita nos terminais correspondente à 80% da
tensão nominal.

- O núcleo da bobina de subtensão esta


acoplado mecanicamente com a
alavanca de operação, Assim a chave é
desligada sempre que houver diminuição
Acentuada de Tensão da Rede ou
quando esta for interrompida Quer por
operação dos pares bimetálicos do relé
Quer por acionamento do botão da porta.

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INSTALAÇÃO

I) Instale uma base porta fusível, na linha próxima a Compensadora.

II) Monte a Compensadora e verifique todas as peças para


averiguar se ela s trabalham livremente. A caixa de Óleo deve ser cheia
com óleo de transformador, até o nível indicado.

III) Ligue os terminais à linha e o motor ao compensador de acordo com o


diagrama.

IV) Se o Compensador for usado para um motor de potência diferente, um


relé adequado deve ser adquirido.

V) Como proteção suplementar é aconselhável o uso de fusível de corrente


nominal não superior a QUATRO vezes a corrente de plena carga do
Motor.

OPERAÇÃO
Para que o motor Parta, Leve Energicamente a alavanca de operação do
Compensador para a posição PARTIDA mantenha nesta Posição até que o
motor atinja a velocidade nominal; então Traga a alavanca para a posição de
FUNCIONAMENTO, também Energicamente, se o motor não parte ou o faz
muito devagar, retorne a posição PARADA, desligue os três terminais da base
do na base da bobina do Autotransformador e ligue cada Terminal com TAP
seguinte mais afastado do núcleo do transformador. Antes de aplicar a tensão
verifique se foi recolocado a proteção isolante em cada TAP. Se o motor não
parte com a ligação feita nos TAP’S de maior tensão provavelmente a carga é
muito grande para o motor ou a tensão de linha é baixa. O motor é parado
apertando o botão PARADA (vermelho) na tampa ou abrindo os contatos de
um controle remoto ligado de acordo com o diagrama. Se o Relé opera
desligando o motor espere Três minutos para o elemento térmico esfriar.
Rearme a seguir o relé apertando o relé correspondente.

MANUTENÇÃO
1 - Antes de qualquer Manutenção Retire os fusíveis das Bases.

2 - Os contatos devem ser trocados, quando se desgastarem, resultando


em um contato podre.

3 - Óleo deve ser trocado, quando se tornar escuro e contaminado para


prevenir a formação de borra no fundo da caixa.

4 - O local em que esta instalado o Compensador e a freqüência de


operação determinam o tempo de troca do óleo.

5 - Uma boa Norma de Manutenção é inspecionar o óleo em intervalos


regulares de um mês ou menos se as condições assim o exigirem.

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CHAVE MICRO PROCESSADA DO TIPO SOFT STARTER

COMENTÁRIO TEÓRICO

As tradicionais chaves de partida eletromecânicas,


do tipo estrela-triângulo, compensadora, série-
paralela e outras, podem ser substituídas pala ultima
geração de chaves de partida de estado sólido,
denominadas de soft-starter, com característica
inovadora de serem Microprocessada.
O princípio peculiar de funcionamento da chave de
estado sólido, é explicado pelo controle do ângulo de
disparo de um par de tiristores em ligação anti-
paralelo, instalados em cada fase de alimentação do
estator.

Desta forma controla-se a tensão de alimentação do motor, aplicando-se uma


rampa e aceleração progressiva e suave, até o mesmo atingir a rotação
nominal, e por conseguinte, ficar alimentado a plena tensão.
As chaves eletrônicas tipo soft-starter disponíveis no mercado, são fornecidas
com várias opções de funções de controle, com pedestal de tensão ajustáveis
entre outros, de maneira a oferecer o máximo de flexibilidade ao usuário.

- Nesta chave, entre a rede elétrica e o motor foi inserido um soft-starter que
reduz o nível de tensão visto nos terminais do motor, reduzindo desta maneira
a corrente do mesmo. Os aspectos que diferenciam o soft-starter dos
dispositivos eletromecânicos são os seguintes:
 A tensão pode ser ajustada idealmente de forma contínua, entre 0 a 100%
da tensão de linha, proporcionando uma rampa de aceleração suave do
motor;
 A tensão e a corrente nos terminais do motor, apesar de reduzidos durante
o processo de partida passam a apresentar um conteúdo harmônico;
 O conteúdo de harmônicos produzido pela fonte chaveada de controle dos
tiristores, sempre acarreta algum tipo de impacto sobre os motores de
indução e sobre a rede de alimentação, podendo influenciar negativamente na
qualidade de energia fornecida.

111
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Para uma melhor compreensão do processo de chaveamento dos tiristores,


iremos descrever o seu funcionamento inserido no contexto de circuito:
 O tiristor é um dispositivo a estado sólido contendo 3 (três) terminais que
podem conduzir corrente do terminal ânodo para o terminal cátodo, apor Ter
sido aplicado um sinal de tensão no terminal do gatilho. O pulso no gatilho,
como citado anteriormente, é controlado pelo ângulo elétrico de disparo α ,
que por convenção é medido a partir do ângulo correspondente ao início da
curva na forma de onda senoidal, correspondente a tensão de linha, cujo valor
avança na direção de deslocamento da onda de CA em função do tempo.
 Desta forma utiliza-se o sistema de controle de um microprocessador, que
controla de forma bem definida, os tempos de disparo do gatilho de cada
tiristor, passando para o sentido de condução ou de corte, no sentido de
bloqueio, ver fig. abaixo, sendo que no sentido de condução o sistema injeta
nos terminais do motor pulsos de tensão que vão evoluindo de valor a medida
que acurva senoidal avança no tempo, até atingir o valor da tensão plena de
alimentação da carga.
A tensão resultante aplicada ao motor, tem a forma destorcida devido ao
chaveamento dos tiristores, de modo que as perdas do motor tendem a ser
mais alta do que o normal.

Como vantagem do uso do soft-starter, verifica-se que:


 Diminui os esforços mecânicos (trancos) sobre a carga e o motor, evitando
danos a estes equipamentos;
 Diminui o impacto na partida do motor sobre a rede elétrica;
 Permite que um grande número de funções de controle sejam
implementados.

Para o dimensionamento do soft-starter é necessário basicamente:


 A corrente que este deverá controlar, ou seja, uma característica
vinculada a corrente de partida do Motor de Indução Trifásico (MIT);
 A duração a fase de partida, ou seja uma característica vinculada a
curva característica da carga mecânica e a inércia total da sistema
mecânico.

112
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COMENTÁRIOS SOBRE ALGUMAS FUNÇÕES DE CONTROLE AGREGADAS


AOS CONTROLADORES DE SOFT-STARTER DISPONÍVEIS NO MERCADO:

 Função soft-starter: O tempo de aceleração do motor pode ser controlado;


 Função do limita de corrente: Função básica encontrada em quase todos os
controladores;
 Função partida de bombas hidráulicas: Minimiza o golpe de ariete
existentes em sistemas hidráulicos;
 Função soft-stop: Permite que o tempo de desaceleração do motor possa
ser controlado. Isto é feito reduzindo gradativamente a tensão do motor ao
invés de um desligamento repentino;
 Função energy-saver: O controle de tensão pode atuar de forma a tentar
melhorar o fator de potência, em condições de baixa carga mecânica.
Quando esta função está ativa, o controlador observa o fator de potência do
motor. Lentamente o controlador reduz a tensão aplicada ao motor
observando o fator de potência para verificar se este aumentou. O processo
continua ate que o fator de potência se estabilize. De certa forma o que se
faz é reduzir as perdas de magnetização do motor, pois o nível de fluxo
diminui quando se reduz a tensão;
 Função kick-star: A tensão aplicada ao motor aumenta rapidamente durante
os instantes iniciais da partida, com a finalidade de produzir um conjugado
elevado, suficiente para vencer os atritos do sistema mecânico. Após este
período inicial, o controle de tensão volta a seguir a curva convencional de
crescimento;
 Função braking: O disparo dos transistor pode ser feita de forma
assimétrica, aplicando ao motor uma tensão trifásica desequilibrada. Este
desequilíbrio de tensão pode ser interpretado como se estivéssemos
aplicando ao motor uma componente de seqüência negativa ou de
seqüência zero (corrente de falha). O resultado deste tipo de técnica de
disparo é fazer com que o motor atue como freio elétrico;
 Função slow-speed: O disparo dos tiristores pode ser feito usando técnicas
do tipo de controle de freqüência e de controle de fase. Neste caso, o
resultado é que a tensão vista pelo motor passa a ter uma freqüência que é
submúltiplo da freqüência da rede, passando a girar com velocidade
reduzida;
 Outras das funções de proteção do motor, tais como, falta de fase, relé
térmico e detecção de sobrecarga mecânica, podendo ser incorporadas ao
soft-starter.

113
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Na montagem prática segundo o Manual Técnico da WEG SSW-01


relativo ao SOFT-STARTER modelo SSW-01.9. é necessário conhecer as
informações contidas no manual relativas a introdução e aos seguintes itens:

 1 – Especificações;
 2 – Dimensões e informações sobre as perdas de calor;
 3 – Instalação de montagem e funções de controle do usuário;
 4 – Colocação em funcionamento;
 – Localização dos ajustes do usuário;
 – Esquemas das entradas;
 – Circuito aplicação das chaves SSW-01
 8 – Tabela de fusíveis ultra-rápido e controladores recomendados.

CIRCUITO DE COMANDO E FORÇA (DIAGRAMA INCORPORADO)

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INVERSOR DE FREQUÊNCIA
Componente que varia a freqüência elétrica, usado para o controle de
velocidade dos motores elétricos de indução trifásicos.
A alimentação desses aparelhos pode ser monofásica ou trifásica, dependendo de sua
construção. Em geral, podem ser programados para os valores máximo e mínimo de freqüência
de saída, conforme necessidade da instalação.

A variação da velocidade é geralmente feita a partir de um potenciômetro


de referência externo. O esquema de ligação e as características como
potência de acionamento, tensão de entrada e saída, variação da
freqüência e outros são encontrados no manual que acompanha o
aparelho.

Um inversor de frequência nada mais é do que um equipamento


eletrônico capaz de variar a velocidade de giro de motores elétricos
trifásicos.

O nome “inversor de frequência” é dado pela sua forma de atuação, mas


para entendermos melhor isso, precisamos saber como funciona um
motor trifásico.

Motor elétrico de indução trifásico:

O funcionamento de um motor elétrico de indução trifásico, embora


altamente eficiente, é muito simples. Ele apenas “imita” a frequência da
rede onde está ligado. A frequência da rede de corrente alternada é a
quantidade de vezes que ela alterna por segundo e é através da unidade
Hertz (Hz), ou seja, uma rede de 60Hz alterna 60 vezes em um segundo.
Essa tensão oscilante passa pelas bobinas do motor e forma um campo
giratório e o motor tende a segui-lo, então, quanto mais alta for à
frequência, mais rápido será esse campo e mais rápido o motor tenderá
a girar.

O inversor de frequência tem como principal função alterar a frequência


da rede que alimenta o motor, fazendo com que o motor siga
frequências diferentes das fornecidas pela rede, que é sempre
constante. Desta forma podemos facilmente alterar a velocidade de
rotação do motor de modo muito eficiente.

O uso de inversores de frequência é responsável por uma série de vantagens, dependendo dos
modelos oferecidos pelos fabricantes, são unidas a capacidade de variar a velocidade com
controles especiais já implantados no equipamento. Esses controles proporcionam além da
total flexibilidade de controle de velocidade sem grande perda de torque do motor, aceleração
suave através de programação, frenagem direta no motor sem a necessidade de freios
mecânicos além de diversas formas de controles preferenciais e controles externos que podem
ser até por meio de redes de comunicação. Tudo isso com excelente precisão de movimentos.

Além destas vantagens, os inversores ainda possuem excelente custo-benefício, pois


proporcionam economia de energia elétrica, maior durabilidade de engrenagens, polias e
outras transmissões mecânicas por acelerar suavemente a velocidade.

A possibilidade de eliminar reduções mecânicas do projeto também é possível, assim mais


economia será possível.

115
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4- LOCALIZAÇÃO E CORREÇÃO DE DEFEITOS EM


MANUTENÇÃO EM CHAVE ESTRELA TRIÂNGULO

MANIFESTAÇÕES DE DEFEITO

4.1.1 – O motor não parte sendo acionado o botão bl


Possíveis Causas:
a) Fusível principal ou de comando queimado
b) Fusível principal ou de comando solto
c) Botão bl não opera (isolação dos contatos)
d) Contato do rele térmico defeituoso ou desarmado
e) Botão de desliga b0 com os contatos isolados
f) Rotor do motor travado em virtude da sobrecarga mecânica
g) Defeito nas partes do contator C1
h) Fios interrompidos ou soltos
i) Falta de energia ou tensão insuficiente
j) Contato NF do Rele de tempo aberto (isolado)
k) Contatos auxiliares NF do C1 e C3 isolados
l) Bobina do C2 aberta
m) Bobina do C1 aberta

4.1.2 – O motor parte, mas não cheda a atingir a velocidade de comutação,


desligando-se a chave.
Possíveis Causas:
a) Relé de tempo defeituoso
b) Contatos do C2 não alteram a posição (emperramento do núcleo)
c) Defeito no relé térmico
d) Regulagem do relé térmico errada
e) Sobrecarga mecânica
f) Má superfície de contato em fusíveis e contatores etc.

116
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4.1.3 – O motor parte, atinge a velocidade de comutação, mas ao entrar a


ligação triângulo a chave desliga-se.
Possíveis Causas:
a) Bobina do C3 em curto (provoca a queima do fusível de comando)
b) Calibração do tempo inadequado
c) Relé térmico com defeito ou regulagem errada
d) Bobina do contator C3 aberta
e) Contato do C2 em serie com a bobina do C3 emperrou no 1º estágio
f) Contato do C3 NA emperrou no 1º estágio (como conseqüência a
chave ficará sempre na partida em estrela, desligando a chave)
g) Fio solto (comando e circuito principal)

4.1.4 – O Motor parte, mas apresenta um nível elevado de zumbido e a chave


após algum tempo desliga.
Possíveis Causas:
a) Fusível principal queimado
b) Mau contato nos fusíveis principais
c) Mau contato nos contatos principais do C1
d) Mau contato nos contatos principais do C2
e) Fio solto em algum borne
f) Mau contato no relé térmico (Principais)
g) Calibração errada no relé térmico (abertura de uma só fase)

4.1.5 – O motor parte, atinge a velocidade para comutação, mas ao comutar


para triângulo, diminui a velocidade apresentada em nível elevado de
zumbido, desligando-se a chave
Possíveis Causas:
a) Contatos principais do C3 danificados
b) Ligação errada na saído do contator C3

4.1.6 – No estagio final (triângulo) o contator começa a zumbir


Possíveis Causas:
a) Contato da botoeira liga
b) Mau contato no contato do C1 em serie com C3
c) Mau contato no contato C2
d) Defeito no contator C1
e) Defeito no contator C3
f) Nível de tensão
g) Fios Soltos

4.1.7 - O motor parte acionando-se o botão bl mas ao soltar o mesmo a chave


desliga
Possíveis Causas:
a) O selo do contator C3
b) Contato de selo do C1
c) Mau contato no botão b0
d) Relé térmico defeituoso
e) Calibragem errado do relé térmico

117
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4.1.8 – O motor não desliga quando acionado o botão b0


Possíveis Causas:
a) Botão b0 defeituoso
b) Realimentação do circuito por rompimento do isolante de cabo de
comando.

4.2 – PESQUISA DE DEFEITO

Basicamente os mesmos critérios adotados para o circuito simples


servirão para a chave estrela triângulo automática.

4.2.1 – Com os cabos do motor desligados dos contatos do contator


principal.

4.2.1.1 – Existência de tensão ate bl


Ponta de prova de tensão no neutro e a outro nos seguintes pontos:
 Saída do fusível de comando
 Saída do contato do relé térmico
 Saída do borne do botão b0
 Borne superior do sêlo C1
 Borne superior do botão liga

Em caso afirmativo passar para o item a seguir.

4.2.1.2 - Partida em Estrela


Instalar as três lâmpadas de sinalização na saída do contator C1
Instalar a ponta de prova do teste de tensão no terminal superior da
bobina do C3.
Acionar o botão bl caso não se registre tensão, poderá ser:
 Botão bl com defeito
 Contato NF de C2
 Contato Nf do relé de tempo
 Fiação entre os contatos

4.2.1.2.1 – Contator C3 atua mas ao se soltar bl o mesmo desliga


Instalar a ponta de prova na saída dos termidais NA de C1 de selo (1º
contato).
Observar o registro de tensão.
Instalar a ponta de prova na saída dos termidais NA de C1 de selo (2º
contato).
Observar o registro de tensão.
Instalar a ponta de prova na saída dos termidais NA de C3.
Observar o registro de tensão.

4.2.1.2.2 – O contator C1 não atua


Instale as pontas de prova de tensão nos bornes superiores da bobina
de C1. Em caso de existência de tenção o problema é de contator.
No caso do registro negativo de tensão proceder como sugerido no
item 4.2.1.2.

118
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4.2.1.3 – A Comutação não acontece


Instalar as pontas de prova de tensão no borne inferior do contato do
relé de tempo.
Caso o mesmo não registre uma tensão “ZERO” após o tempo pré
estabelecido no seu dial, o mesmo devera esta com defeito.
Se o teste anterior obter um resultado positivo, checar imediatamente
a botina do contator C2 e a seqüência dos contatos que estão ligados
em serie com o mesmo.
Em qualquer pesquisa de defeito sugerido anteriormente, deve-se
observar a atuação da sinalização que deverá estar no contator sobre
teste.

4.2.1.4 – Com o motor Ligado aos Bornes


As lâmpadas de sinalização deverão continuar ligadas afim de que as
mesmas sinalizem uma eventual falta de fase.
Com o motor ligado deve-se medir a corrente (com o auxilio de um
alicate volt amperímetro) para se saber se a calibragem do relé
térmico esta correta e a ponta de prova de tensão no borne inferior do
contato interior do referido relé no circuito de comando.

119
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5. LOCALIZAÇÃO E CORREÇÃO DE DEFEITOS E MANUTENÇÃO


EM CHAVE COMPENSADORA AUTOMÁTICA

Basicamente as chaves compensadoras são usadas quando a carga que for


acionada pelo motor requer conjugados maiores que 50% na partida (Carga
elevada).
A aplicação do autotransformador limita a quantidade de partida permitida no
intervalo de tempo especificado pelo fabricante da chave.

MANIFESTAÇÕES DE DEFEITO

5.1.1- O motor não arranca ao ser acionado o botão de partida


Possíveis Causas:
a) Falta de tensão na alimentação do comando ou tensão baixa
b) Relé térmico desarmado (caso o mesmo tenha retenção)
c) Fusível de comando queimado ou solto
d) Fusíveis principal queimado ou solto
e) Botão de comando desliga b0 defeituoso (contatos isolados)
f) Botão de comando liga bl defeituoso (contatos isolados)
g) Relé térmico defeituoso
h) Contato NF do rele de tempo defeituoso
i) Bobina no contator C2 em curto circuito
j) Bobina do contator C2 aberta
k) Bobina no contator C3 em curto circuito
l) Bobina do contator C3 aberta
m) Contatos principais do contator C2
n) Contatos principais do contator C3
o) Contatos auxiliares do Contator C2
p) Autotransformador a massa
q) Autotransformador aberto
r) Fio de comando solto ou interrompido
s) Fios principais interrompidos ou soltos

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5.1.2 – O motor arranca, mas termina o ajuste do dial de tempo, não entra o
segundo (2º) estágio
Possíveis Causas:
a) Defeito no tele de Tempo
b) Contator C1 com defeito
c) Contator C2 com defeito
d) Contator C3 com defeito

5.1.3 – O motor arranca com muito zumbido e após pouco tempo a ch desliga
Possíveis Causas:
a) Falta de uma fase
b) Fusíveis principal queimado ou solto
c) Bobina do autotransformador interrompida ou em curto
d) Fios em geral, soltos (desconectados)
e) Contator C2 e ou C3 com defeito

5.1.4 – O motor arranca normalmente; a chave apresenta zumbido, até entrar o


(segundo) 2º estágio
Possíveis Causas:
a) Defeito no núcleo do Contator C2
b) Defeito no núcleo do Contator C3
c) Defeito nos contatos do C3
d) Defeito no botão b0
e) Fios em geral
f) Relé de tempo
g) Contatos do relé de tempo

5.1.5 – O motor arranca normalmente; ao entrar no 2º estágio a chave desliga-se.


Possíveis Causas:
a) Defeito nos contatos do relé de tempo
b) Defeito no contato C2 (soldado) auxiliar NA
c) Defeito no sêlo do C1
d) Bobina do contator C1 aberto ou em curto
e) Botão b0
f) Relé térmico com defeito

5.1.6 – O motor arranca normalmente; no 2º estágio apresenta zumbido


desligando-se.
Possíveis Causas:
a) Contatos principais do contator C1
b) Núcleo do Contator C1
c) Fios principais do C1 soltos
d) Contatos do C1 obstruídos

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5.1.7 – O motor arranca normalmente; no 2º estágio a chave apresenta


zumbido desligando-se
Possíveis Causas:
a) Obstrução do contator C1
b) Contato NF do contator C2 com mau contato
c) Contato do rele de tempo com mau contato
d) Defeito no núcleo de C1
e) Contato do térmico com defeito

5.1.8 - O Motor parte ao se acionar o botão de liga bl, mas ao soltar o botão a
chave desliga.
Possíveis Causas:
a) Verificar contato de selo Contator C3 e C2

5.1.9 – O motor inicia a partida, mas a chave desliga.


Possíveis Causas:
a) Sobrecarga mecânica
b) Rele térmico com regulagem errada ou viciada
c) Autotransformador a massa ou interrompido
d) Regulagem insuficiente do relé de tempo
e) Bobina do C1 em curto ou interrompido
f) Contatos em geral soldados

5.1.10 – Desliga-se o botão b0 a chave desliga-se e reinicia a operação


Possíveis Causas:
a) Contato NA do contator C3 soldado
b) Primeiro contato NA do contator C2 soldado

5.2 - PESQUISA DE DEFEITO

Basicamente todas as informações fornecidas para chave estrela


triangulo são úteis para a compensadora. Para a chave compensadora
basta acrescentar o seguinte detalhe:

- Defeito no arranque:
Instalar as lâmpadas de sinalização no tap de saída do
autotransformador.

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Capítulo 7
QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO

Como definimos Quadro de Distribuição:

É o local onde se concentra a distribuição de toda a instalação elétrica ou seja:

É onde se instalam os dispositivos de proteção, recebe os condutores (Ramal


de alimentação) que vem do medidor, é daqui também que partem os circuitos
terminais que irão alimentar as diversas cargas da instalação (iluminação,
tomadas, chuveiros, motores elétricos, condicionadores de ar etc.).
É também conhecido como Quadro de Luz (QL).

PARTES COMPONENTES DE UM QD OU QL

 Disjuntor Geral;
 Barramento de interligação das fases;
 Disjuntores de circuitos terminais;
 Barramento de neutro;
 Barramento de proteção;
 Estrutura: composta de caixa de metal, chapa de montagem dos
componentes, isoladores, tampa (espelho) e sobretampa.

LOCALIZAÇÃO

O Quadro de Distribuição deve ser instalado em locais que:

- Tenha fácil acesso. Como: Corredores, recepção, cozinha área de serviços.


- Tenha a máxima proximidade possível do Quadro de Medição.
- Onde haja maior concentração de cargas de elevadas potências.

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Devemos atentar para o local da Instalação do QD ou DL


observando para que não atrapalhe a colocação de armários ou
ostros moveis que venham a dificultar seu acesso. O QD não
deverá ser instalado em locais onde existe a possibilidade de, por
determinado período, ficarem fechados com chave ou ser de
alguma forma impossibilitado o acesso.

TIPOS DE QD QUANTO À TESSÃO DE ALIMENTAÇÃO

a) MONOFÁSICO

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b) BIFÁSICO

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c) TRIFÁSICO

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Capítulo 8
SIMBOLOGIAS USADAS EM COMANDOS ELÉTRICOS

Símbolos Significado

Contato normalmente fechado (NF) abridor

Contato normalmente aberto (NA) fechador

Botão (botoeira) de comando (NF) abridora

Botão (botoeira) de comando (NA) fechadora

Botão (botoeira) de comando (NF + NA) completa

Contato Relé Bimetálico

Contatos Força Relé Bimetálico

Relé Bimetálico Completo (com força)

Bobina do Contator

Contatos Auxiliares (NF + NA) Contator

Contatos de Força Contator

Contator Completo

Contato Relé de Tempo (Temporizador)

Bobina Relé de Tempo

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Símbolos Significado

Enrolamento, bobina, grupo de espiras

Transformador

Auto-Transformador

Disjuntor Monopolar

Disjuntor Tripolar

Disjuntor Termomagnético Tripolar

Bóia Superior

Bóia Inferior

Micro Chave Reversora ( três posições)

Fusível

Chave fim de curso

Motor Monofásico

Motor Trifásico

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Anexo

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BIBLIOGRAFIA

 Instituto Padre Reus, Instalações Elétricas Industriais Magnetismo e


Motores Elétricos Vol. 6

 Geraldo Cavalin, Severino Cervilin, Instalações Elétricas, Editora Érica –


2000

 Franz Papenkort, Tradução Walfredo Schmidt, Diagramas Eletricos de


Comandos e Proteção, Edit. Da Universidade de São Paulo, 1975

 Raimundo César Gênovade Castro, Manual de Comandos Elétricos


Industriais, 3ª edição, Escola Técnica Federal do Ceará

 Catalogo Eberle Motores do Brasil SP.

 Catálogo Telemecanique

 Catálogo Siemens

 Catálogo WEG Motores S/C

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