@resumos - Tabelados - Direito Penal (Crimes) PDF

Resumos @morais_concurseira
DIREITO PENAL-PARTE ESPECIAL

SUMÁRIO
Direito Penal – Parte Especial..........................................................................................................................................................................................................1
Dos Crimes contra a pessoa ...................................................................................................................................................................................................................... 4
Homicídio ..........................................................................................................................................................................................................................................4
Induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio (Antiga Redação) .......................................................................................................................................... 5
Induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio (Lei n° 13.968/19) ........................................................................................................................................ 5
Infanticídio .......................................................................................................................................................................................................................................7
Aborto ............................................................................................................................................................................................................................................... 7
Lesões corporais ........................................................................................................................................................................................................................... 8
Da periclitação da vida e da saúde ............................................................................................................................................................................................. 9
Rixa ................................................................................................................................................................................................................................................... 11
Crimes contra a honra (Calúnia, difamação, injúria) ........................................................................................................................................................................ 12
Exclusão do crime (Injúria e Difamação) .................................................................................................................................................................................. 13
Retratação ..................................................................................................................................................................................................................................... 13
Pedido de explicações .................................................................................................................................................................................................................. 13
Crimes contra a liberdade individual ..................................................................................................................................................................................................... 14
Crimes contra a liberdade pessoal ........................................................................................................................................................................................... 14
Crimes contra a inviolabilidade de domicílio ........................................................................................................................................................................... 15
Crimes contra a inviolabilidade de dos segredos ................................................................................................................................................................... 16
Crimes contra o Patrimônio...................................................................................................................................................................................................................... 17
Crimes contra o patrimônio – Disposições gerais ..................................................................................................................................................................17
Do furto........................................................................................................................................................................................................................................... 18
Do roubo ........................................................................................................................................................................................................................................ 20
Extorsão......................................................................................................................................................................................................................................... 22
Usurpação ..................................................................................................................................................................................................................................... 24
Dano ............................................................................................................................................................................................................................................... 24
Apropriação indébita ................................................................................................................................................................................................................... 25
Estelionato e outras fraudes ..................................................................................................................................................................................................... 27
Receptação .................................................................................................................................................................................................................................... 31
Crimes contra a Administração Pública...............................................................................................................................................................................................32
Crimes praticados por funcionário público ............................................................................................................................................................................ 33
Crimes praticados por particular contra a administração em geral ................................................................................................................................ 39
Crimes contra a administração da justiça .............................................................................................................................................................................. 42
Crimes contra as finanças públicas ......................................................................................................................................................................................... 46
1
DOS CRIMES
Crimes contra a Vida:
→Homicídio
→Induzimento, Instigação ou Auxílio ao Suicídio (ALTERAÇÃO pela lei 13.968/19)
→Infanticídio
→Aborto
Lesões Corporais.
Crimes contra Periclitação da Vida e da Saúde:
a PESSOA →Perigo de Contágio Venéreo,
→Perigo de contágio de moléstia grave,
→Perigo para a vida ou saúde de outrem,
→Abandono de Incapaz,
→Exposição ou abandono de Recém nascido
→Omissão de socorro,
→Condicionamento de atendimento médico-hospitalar emergencial
→Maus-tratos
Rixa
Crimes contra a Honra:
→Calúnia;
→Difamação;
→Injúria.
Crimes contra a Liberdade Individual:
a) Crimes contra a Liberdade Pessoal:
→Constrangimento Ilegal;
→Ameaça;
→Sequestro e Cárcere Privado;
→Redução à condição análoga a de escravo;
→Tráfico de Pessoas.
b) Crimes contra a Inviolabilidade de Domicílio: →Violação de Domicílio
c) Crimes contra a inviolabilidade de correspondência
d) Crimes contra a inviolabilidade dos segredos:
→Divulgação de segredo;
→Violação de Segredo profissional;
→Invasão de Dispositivo informático
→Furto
→Roubo- ALTERAÇÃO PACOTE ANTICRIME
→Extorsão
2
Crimes contra →Da Usurpação
o Patrimônio →Dano
→Apropriação Indébita
→Estelionato e outras fraudes- ALTERAÇÃO PACOTE ANTICRIME
→Receptação
Dos crimes Praticado por Funcionário contra a Administração em geral

contra a Praticado POR PARTICULAR contra a Administração em geral.
Administração
Dos crimes praticados por particular contra a administração pública estrangeira
Pública
Dos crimes contra a Administração da JUSTIÇA
Dos crimes contra as finanças Públicas
3
HOMICÍDIO- Art. 121 CP, “matar alguém”. Pena: 6 a 20 anos
PRIVILEGIADO: redução 1. Motivo de relevante valor MORAL ou SOCIAL, ou

1/6 a 1/3 2. Sob o domínio de violenta emoção LOGO EM SEGUIDA a injusta provocação da vítima
1.Motivo Paga ou promessa de recompensa. (Homicídio mercenário). Corrente majoritária: se exige

torpe natureza econômica. Info. 575: não qualifica automaticamente o delito em relação ao mandante, mas
ele pode incidir se o motivo que o tenha levado a pagar alguém tenha sido torpe.
2.Motivo É aquele motivo desproporcional

Fútil
QUALIFICADO: reclusão
de 12 a 30 anos 3MEIOS Veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel de que possa resultar
perigo comum.
Qualificadoras OBJETIVAS:
→Meios 4.MODOS Traição, emboscada, mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a
defesa do ofendido. OBS: Perceba, premeditar é um gênero, que não é previsto como qualificadora.
→Modos Mas emboscada pressupõe premeditação.
→Feminicídio 5.Conexo Comete o crime Para assegurar a execução, ocultação, impunidade ou vantagem de outro crime.
Nessas 3 hipóteses é possível
o Homicídio Qualificado E Contra a mulher por razões da condição de sexo feminino. “Razões de condição de sexo feminino”:
Privilegiado.
I - violência doméstica e familiar ou II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
MAJORANTE específica: a pena do feminicídio é aumentada de 1/3 até a METADE se o crime for
praticado:
6.Feminicídio
a) Durante a gestação ou nos 3 meses posteriores ao parto
(Natureza b) Contra pessoa menor de 14 ou maior de 60
objetiva) c) Com deficiência
d) Portadoras de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou
vulnerabilidade física ou mental
e) Presença FÍSICA ou VIRTUAL de descendente ou ascendente.
f) Em descumprimento de medidas protetivas previstas na lei Maria da Penha
7.Homicídio Contra integrantes: das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica); PF, PRF, PFF, PC, PM,
Funcional CBM, Guarda Municipal e Agentes de segurança viária (guarda de trânsito), do sistema prisional, da
Força Nacional de Segurança Pública. No exercício da função ou em decorrência dela. Ou contra:
cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até o 3º grau, em razão dessa condição. Até o 3º
grau: bisavós, bisnetos, sobrinhos.
→CABE perdão judicial: o juiz poderá deixar de aplicar a pena se as consequências da infração atingirem o próprio
agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. STJ, Info. 542: É necessário um vínculo
CULPOSO: Detenção de 1 afetivo entre o autor do fato e a vítima. Majorante específica: é aumentada de 1/3 se o crime resulta:
a 3 anos
a) Inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício ou
b) Deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir suas consequências ou
c) Foge para evitar a prisão em flagrante
Homicídio doloso A pena é aumentada de 1/3 se o crime é praticado contra: Pessoa menor de 14 anos ou maior de 60 anos.
Majorado
Aumentada de 1/3 até metade: se for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de
segurança ou grupo de extermínio.
4
Induzimento, Instigação ou Auxílio ao Suicídio- art. 122-ANTIGA REDAÇÃO (PCDF)
Tipo Induzir ou Instigar alguém a suicidar-se ou prestar auxílio para que o faça.
Penal Reclusão de 2 a 6 anos se o suicídio se consuma
Reclusão de 1 a 3 anos se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza GRAVE.
Observação:
Auxílio: é auxílio MATERIAL. Ex.: emprestar a faca do crime.
Majorado A pena é duplicada:

1. Se o crime é praticado por motivo egoístico
2. Se a vítima é menor ou
3. Vítima tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.
A pessoa que se suicida/tenta deve ter DISCERNIMENTO, caso contrário incide no crime de homicídio.
A pessoa que auxilia NÃO pode cometer NENHUM ato executório, caso contrário incide no crime de homicídio.
Se da tentativa resulta lesão LEVE: não há crime.
Questões
Se exigia para Consumação deste crime: Morte ou lesão GRAVE. →CRIME MATERIAL
A participação deve dirigir-se à pessoa determinada ou pessoas determinadas. Não é punível a participação genérica. Ex.: Radialista
que induz os ouvintes a se suicidarem, NÃO COMETE esse crime, pois as pessoas são INDETERMINADAS.
Induzimento, Instigação ou Auxílio ao Suicídio- art. 122- lei 13.968/19

Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio material para que o faça:
Pena - reclusão, de 6 meses a 2 anos
§ 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, nos termos dos §§
1º e 2º do art. 129 deste Código:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.
§ 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte:

Redação Pena - reclusão, de 2 a 6 anos.
Atual
§ 3º A pena é duplicada:
I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil;
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.
Majorado § 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede de computadores, de rede social ou
transmitida em tempo real.
§ 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede virtual.

Possibilidade § 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal de natureza gravíssima e é cometido contra menor
de de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a
prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime descrito no § 2º
responder do art. 129 deste Código.
por lesão § 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem não tem o
gravíssima necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o
ou Homicídio agente pelo crime de homicídio, nos termos do art. 121 deste Código.

Se for doente mental/menor de 14/incapaz ou qualquer outro que não pode oferecer resistência ou discernimento responde
por homicídio art 121 CP (se resultado morte) ou lesão corporal art 129 § 2º (se resulta em lesão gravíssima) (art 122 §§ 6º e
7º CP )
5
BIZU-NOVA REDAÇÃO (além das alterações literais):
→O crime passa a ser FORMAL:

Antes, a pena (preceito secundário do tipo) era condicionada a um resultado naturalístico: lesão corporal grave ou morte (era
CRIME MATERIAL).
Hoje o crime do art. 122 é FORMAL, pois no preceito secundário do tipo, não mais se exige o resultado naturalístico. Como
consequência, o crime passa a admitir a modalidade TENTADA. (Antes, se não houvesse lesão ou se a lesão fosse LEVE, não
haveria crime).
Ilustrando: Pessoa que instiga outra a suicidar-se, mesmo que a pessoa não cometa qualquer ato nesse sentido, o agente
responderá pelo crime na modalidade TENTADA. (Antes, nada aconteceria).
Observe:
Redação Antiga Redação Nova

Induzir ou Instigar alguém a suicidar-se ou prestar auxílio para que o Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar
faça. automutilação ou prestar-lhe auxílio material para que o faça:
Reclusão de 2 a 6 anos se o suicídio se consuma

Pena - reclusão, de 6 meses a 2 anos
Reclusão de 1 a 3 anos se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal
de natureza GRAVE.
Agora, os resultados passam a ser QUALIFICADORAS:
§ 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão

corporal de natureza grave ou gravíssima, nos termos dos §§ 1º e 2º do
art. 129 deste Código:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.

ATENÇÃO: se a vítima for doente mental/menor de 14/incapaz ou
qualquer outro que não pode oferecer resistência ou discernimento
responde pelo crime de lesão corporal gravíssima.
§ 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte:

Pena - reclusão, de 2 a 6 anos.

ATENÇÃO: Se a vítima for doente mental/menor de 14/incapaz ou

qualquer outro que não pode oferecer resistência ou discernimento
responde pelo crime de homicídio.
6
Infanticídio- art. 123 do CP:
Tipo penal Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após. Detenção de 2 a 6 anos.
Questões
Crime MATERIAL: depende da morte da criança para se consumar. É crime PRÓPRIO:
Se o estado puerperal produzir efeitos que resultem em perturbação da saúde mental, diminuindo a capacidade de entendimento ou
autodeterminação, pode gerar semi - imputabilidade.
CONCURSO DE PESSOAS: Mãe (em estado puerperal) e terceira pessoa matam o filhoo terceiro responde por Infanticídio, pois o estado puerperal se
comunica. Apesar de ser circunstância pessoal, é elemento do tipo (art.30 CP).
ABORTO- art. 124, 125 e 126 do CP

Tipo para Gestante- art. 124. Pena: Tipos para o 3º: quando ele provoca
detenção de 1 a 3 anos
Majorantes específicas para o 3º:
Consumação: Dá-se com a morte do
feto, no útero materno ou depois de 1. Gestante MORRE: pena é duplicada;
prematura a expulsão provocada pelo 2. Gestante sofre Lesão corporal GRAVE: aumenta 1/3
agente. É prescindível a expulsão do Art. 126 P.U Aplica-se a pena do aborto SEM o consentimento da gestante se a mesma não é maior de 14
feto. anos ou alienada ou débil mental ou se o consentimento é obtido mediante frade, grave ameaça ou violência.
Auto- aborto Consente que Art. 126- COM o consentimento da gestante. Pena: Reclusão de 1 a 4 anos. Art. 125- SEM o
outrem olhe consentimento da
É compatível com provoque *Exceção pluralista à teoria monista. Teoria monista: em concurso de pessoas, gestante. Pena: Reclusão
participação. os agentes respondem pelo MESMO crime na medida de sua culpabilidade. de 3 a 10 anos
Abortos permitidos:
→Abortos Legais (art. 128 do CP): 1. Necessário: Não há outro meio de salvar a vida da mãe; 2. Humanitário: Se a gravidez resulta de estupro e o
aborto e precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de se representante legal.
OBS.: No caso de aborto resultante de estupro NÃO é necessário autorização judicial
Construção jurisprudencial: →Aborto de Anencéfalo (conduta atípica) →Gravidez Molar
ABORTO PROIBIDO: Aborto Eugênico ou Eugenésico: para evitar que a criança nasça com defeitos genéticos.
7
Lesões Corporais
Qualificada AÇÃO PENAL NAS
pelo LESÕES
Leve Grave Gravíssima Culposa Privilegiada Violência Doméstica Contra agente de
Resultado CORPOAIS
segurança pública
morte Obs.: Não se aplica a lei 9.099/95
Art. 129. Ofender a P.I.D.A P.E.I.D.A Art. 129 § 3° Art. 129 § 6° Se a Nas Lesões LEVES: Contra integrantes: das Regra Geral: Ação
Art. 129 § 4° Se
integridade Se resulta lesão é culposa: Forças Armadas Penal Pública
Art. 129 § 1º Se Art. 129 § 2° Se morte e as o agente Art. 129 9o Se a lesão for praticada contra:
corporal ou a (Marinha, Exército e Incondicionada
circunstância comete o crime ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou
saúde de outrem: resulta: resulta: Pena - detenção, de Aeronáutica); PF, PRF,
Pena - detenção, de s evidenciam 2 meses a 1 ano. impelido por: companheiro, ou com quem conviva ou PFF, PC, PM, CBM, Guarda Exceção: No caso
→Perigo de →Perda ou que o agente tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se
3 meses a 1 ano. Municipal e Agentes de de LESÕES LEVES OU
vida; inutilização do não quis o → Motivo de
Obs.: A lesão corporal o agente das relações domésticas, de segurança viária (guarda CULPOSAS temos a
Art. 129 §5º: membro, sentido resultado, relevante valor
culposa NÃO tem coabitação ou de hospitalidade: de trânsito), do sistema Ação Penal Pública
Benefício (só vale →Incapacidade ou função; nem assumiu
gradação, mesmo que social ou moral;
o risco de prisional, da Força condicionada à
para as leves) pode para as gere algum dos ou Pena - detenção, de 3 meses a 3 anos.
→ Enfermidade produzi-lo: Nacional de Segurança Representação
substituir a pena ocupações resultados previstos
incurável; Pública. No exercício da
de detenção pela habituais, por nos §2º e §3º →Sob o Pessoa com Deficiência: Exceção da
Pena - função ou em
de multa: mais de 30 dias; →Incapacidade domínio de
reclusão, de decorrência dela. Ou Exceção: Lesão no
permanente para Cabe Perdão violenta No caso de lesão leve, a pena será contra: cônjuge, âmbito da Violência
1.Se ocorrer por →Debilidade 4 a 12 anos.
permanente de o trabalho Judicial: o juiz emoção, logo aumentada de 1/3 se o crime for companheiro ou parente doméstica e familiar
relevante valor
poderá deixar de em seguida a
social ou moral, ou membro, sentido → Deformidade Obs.: a culpa cometido contra pessoa portadora de consanguíneo até o 3º contra a mulher.
aplicar a pena se as injusta
domínio de violenta ou função; permanente; no resultado deficiência. grau, em razão dessa STF: sempre Pública
consequências da provocação da
emoção, logo em qualificador condição. Incondicionada.
→Aceleração de infração atingirem o
seguida a injusta →Aborto: exige vítima Lesões Graves e com resultado morte
parto (o agente próprio agente de
provocação da previsibilidad Até o 3º grau: bisavós,
Pena - reclusão, forma tão grave que Responde pela pena da lesão Grave ou com
deve saber) e objetiva. O juiz pode bisnetos, sobrinhos.
vítima. a sanção penal se
de 2 a 8 anos. reduzir a pena resultado morte + aumento de pena em
Pena - torne desnecessária.
2.Se as lesões são A pena é aumentada
reclusão, de 1 a 5 de 1/6 a 1/3 (um terço).
recíprocas.
anos. de 1/3 a 2/3
1/3.
Causas de Nas lesões CULPOSAS: aumento de 1/3. →Resulta de inobservância de regra técnica ou profissão, arte ou ofício→Se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima. →Não procura
Aumento de diminuir as consequências de seu ato→Foge para evitar a prisão em flagrante.
Pena
Nas lesões DOLOSAS: aumento de 1/3. →Se o crime for cometido contra pessoa menor de 14 anos ou maior de 60 anos.→Se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de
serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. OBS: no homicídio nesse caso o aumento é de 1/3 até a metade. Cuidado!!
8
Da Periclitação da Vida e Da Saúde
Perigo de Contágio Venéreo Perigo de Contágio de Moléstia Grave
Art. 130 - Expor alguém, POR MEIO DE RELAÇÕES SEXUAIS OU QUALQUER ATO Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave
LIBIDINOSO, a contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está de que está contaminado, ato capaz de produzir o contágio:
contaminado:
Pena - reclusão, de 1 a 4 anos, e multa.
Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, ou multa.
• O caso da AIDS Pode haver 3 delitos:
§ 1º - Se é intenção do agente transmitir a moléstia (Forma qualificada):
1- QUER TRANSMITIR: Perigo de contágio de moléstia grave
Pena - reclusão, de 1 a 4 anos, e multa. 2- INTENÇÃO DE COMETER LESÃO CORPORAL: lesão corporal
gravíssima
§ 2º - Somente se procede mediante representação. 3- INTENÇÃO DE MATAR A VÍTIMA através da transmissão
do vírus: crime de homicídio.
Crime de Perigo. A efetiva contaminação não é necessária para a consumação.
Crime FORMAL. Crime PRÓPRIO
Abandono de Incapaz Exposição ou Abandono de Recém-

nascido
Art. 133 - Abandonar PESSOA QUE ESTÁ SOB SEU CUIDADO, GUARDA, VIGILÂNCIA Art. 134 - Expor ou abandonar RECÉM-NASCIDO, para ocultar
OU AUTORIDADE, e, por qualquer motivo, INCAPAZ DE DEFENDER-SE DOS RISCOS desonra própria:
RESULTANTES DO ABANDONO:
Pena - detenção, de 6 meses a 2 anos.
• Qualificadoras:
• Formas qualificadas
Art. 134 § 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
Art. 133 § 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - detenção, de 1 a 3 anos.
§ 2º - Se resulta a morte:
Art. 133 § 2º - Se resulta a morte:
Pena - detenção, de 2 a 6 anos.
Sujeito Ativo e Sujeito Passivo: No crime de abandono de
• Aumento de pena recém-nascido, o sujeito ativo só pode ser a mãe e o sujeito
passivo é a criança abandonada.
Art. 133§ 3º - As penas cominadas neste artigo aumentam-se de 1/3:
I - se o abandono ocorre em lugar ermo;
II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou

curador da vítima.
III – se a vítima é maior de 60 anos
Pode ocorrer tanto na forma COMISSIVA como COMISSIVA.
Consumação: no momento em que, em razão do abando, a vítima

sofra situação de PERIGO CONCRETO, ainda que por um curto
lapso temporal.
Obs.: Mãe que esquece filho dentro do carro NÃO pratica esse
crime e sim homicídio culposo.
9
Omissão de Socorro
Crime de Perigo Abstrato (presumido).
Classificação Omissivo Próprio: é unissubsistente (não se pode fracionar o ato executório- o início da
execução já conduz à consumação). NÃO ADMITE TENTATIVA.
Art. 135 do CP- Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou
à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; /ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade
pública: Pena - detenção, de 1 a 6 meses, ou multa.
• Majorante:
Tipo
Art. 135 Parágrafo único - A pena é aumentada de 1/2, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada,
se resulta a morte.
Outros crimes (não foram cobrados pela CESPE)

Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer garantia, bem como o preenchimento prévio de formulários
administrativos, como condição para o atendimento médico-hospitalar emergencial:
Condicionamento
Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa.
de Atendimento
Médico- Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se da negativa de atendimento resulta lesão corporal de natureza grave, e
Hospitalar até o triplo se resulta a morte.
Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação, ensino,
tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo
ou inadequado, quer abusando de meios de correção ou disciplina:
• Qualificadoras
Maus-Tratos Art. 136 § 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
§ 2º - Se resulta a morte:
O agente não quer provocar esses resultados
• Causa de aumento de pena (majorante)
Art. 136 § 3º - Aumenta-se a pena de 1/3, se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (catorze) anos.
Perigo para a Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente:
Vida ou Saúde de Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, se o fato não constitui crime mais grave.
Outrem
Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/6 a 1/3 se a exposição da vida ou da saúde de outrem a perigo decorre do transporte
de pessoas para a prestação de serviços em estabelecimentos de qualquer natureza, em desacordo com as normas legais.
10
Rixa-art. 137
Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os contendores:
Pena - detenção, de 15 dias a 2 meses, ou multa.

Tipo
• Rixa qualificada
Art. 137 Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato da
participação na rixa, a pena de detenção, de 6 meses a 2 anos.
→É crime de concurso Necessário. Temos que ter no MÍNIMO 3 PESSOAS para a configuração do delito.
→NÃO se pode conseguir identificar os dois grupos distintos brigando entre si. STF e STJ: não há rixa quando
a posição dos contentores é definida. Ex.: briga de torcidas.
Questões
→Não admite forma culposa
→Aqueles que são inimputáveis também são considerados para o número mínimo de agentes (no mínimo 3).
11
Crimes Contra a Honra
Calúnia Difamação Injúria
Imputação de fato CRIMINOSO e FALSO Fato não criminoso, Não há a imputação de fato. É a emissão de
verdadeiro ou falso, conceitos depreciativos, verdadeiro ou falso.
Pena-Detenção de 6 meses a 2 anos e ofensivo à REPUTAÇÃO Ofendendo-lhe a dignidade ou decoro
multa. da vítima
Conceito + Injúria Real + Injúria Racial
Forma equiparada: quem, sabendo falsa
a imputação, a propala ou divulga.
Honra Objetiva Objetiva SUBJETIVA (para a consumação, a

vítima deve ter conhecimento).
Cabimento contra os SIM - -
mortos.
Art. 139 Parágrafo
Art. 138 § 3º - Admite-se a prova da
único - A exceção da
verdade, salvo: verdade somente se
admite se o ofendido é
I - se, constituindo o fato imputado -
Exceção da Verdade (é funcionário público e a
crime de ação privada, o ofendido não foi ofensa é relativa ao
o caso de a imputação
condenado por sentença irrecorrível; exercício de suas
alegada ser verdadeira)
funções.
II - se o fato é imputado a Presidente
da República ou a Chefe de Governo
Exclui a TIPICIDADE Estrangeiro.
III - se do crime imputado, embora

de ação pública, o ofendido foi absolvido
por sentença irrecorrível.
Art. 140 § 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
Perdão Judicial - - I - quando o ofendido, de forma reprovável,

provocou diretamente a injúria;
II - no caso de retorsão imediata, que

consista em outra injúria.
Exclusão do Crime** - SIM! (3 hipóteses) SIM! (3 hipóteses)
Retratação SIM -
SIM
Exclui a Punibilidade
Sujeito Passivo PJ NÃO pode ser sujeito passivo PJ pode ser vítima de PJ NÃO pode ser sujeito passivo. Exige
Difamação discernimento. Crianças e deficiente mental não
podem ser vítimas de injúria.
Pedido de Explicações SIM SIM SIM
Aumentam-se de 1/3, se qualquer dos crimes é cometido contra:

Aumento de Pena I - o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro;
(todos) II - contra funcionário público, em razão de suas funções;
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
IV – contra pessoa maior de 60 anos ou portadora de deficiência, EXCETO NO CASO DE INJÚRIA.
Aplica-se a pena em dobro - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa,
12
Injúria Real Injúria Racial
Art. 140 § 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de Art. 140 § 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor,
fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência:
considerem aviltantes:
Pena - reclusão de 1 a 3 anos e multa.
Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa, além da
pena correspondente à violência. STJ (cespe): Entende que o crime de Injúria Racial encontra-se no cenário do
Racismo, portanto, imprescritível, inafiançável e sujeito a pena de reclusão.
Exclusão do crime (INJURIA e DIFAMAÇÃO):

Art. 142 Não constitui Injuria ou Difamação Punível:
I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador;
II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar;
III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever do ofício.
P.u: Nos casos I e III responde pela Injuria ou pela Difamação quem lhe deu publicidade
Retratação: (Calúnia ou Difamação)

Art. 143 - O querelado que, antes da sentença (é a sentença de 1ª instancia), se RETRATA CABALMENTE da calúnia ou da difamação, fica isento de pena.
Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha praticado a calúnia ou a difamação utilizando-se de meios de comunicação, a retratação dar-
se-á, se assim desejar o ofendido, pelos mesmos meios em que se praticou a ofensa. OBS.: a retratação pode ser parcial
Pedido de explicações: (TODOS)

Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode pedir explicações em juízo (antes da
instauração do Inquérito Policial). Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa.
Ação Penal nos Crimes contra a Honra

Regra Geral Ação Penal Privada
1. Injuria Real que resulte lesão corporal→Pública Incondicionada, a depender das lesões.
Se for leve,será Pública condicionada à representação.
2. Crime cometido contra o Presidente da República ou Chefe de Governo Estrangeiro→ Ação Penal Pública
condicionada à requisição do Ministro da Justiça (essa requisição não vincula o MP)
3. Crime praticado contra funcionário público em razão das funções→ Legitimidade concorrente entre:
Exceções
1- MP (mediante ação penal pública condicionada à representação)
2- Ofendido: Ação penal privada
Súmula 714 do STF: É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do MP, condicionada à representação do ofendido, para a
ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções.
→Injuria Racial (injuria qualificada por conotação racial)→ Ação Penal Pública condicionada à Representação.
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CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL
Crimes contra a Liberdade PESSOAL
Constrangimento ilegal- art. 146 Ameaça- art. 147
Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver Art. 147 - AMEAÇAR alguém, por palavra, escrito
reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência(violência imprópria) a: ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de
causar-lhe mal injusto e grave:
➔ NÃO fazer o que a lei permite → Fazer o que ela não manda
Pena - detenção, de 1 a 6 meses, ou multa.
AÇÃO PENAL: Pública condicionada a
representação. INCLUSIVE no âmbito da lei Maria
• Aumento de pena: penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, quando, para a
da Penha.
execução do crime, se reúnem MAIS DE 3 PESSOAS, ou há emprego de armas.
Pode ser vários tipos de ameaças: indireta
Art. 146 § 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se as correspondentes à violência. (ameaça terceiro, ex: filhos), condicionada,
incondicionada, explícita ou implícita.
• Exceções ao Constrangimento Ilegal: I - a intervenção médica ou cirúrgica, por
iminente perigo de vida; ou II - a coação exercida para impedir suicídio. CONSUMAÇÃO: o crime se consuma quando a
vítima RECEBE A AMEAÇA. Não importa se ela
Crime MATERIAL. É um crime subsidiário (subsidiariedade tácita). O crime de ameaça fica se sentir ameaçada ou não.
ABSORVIDO pelo de constrangimento ilegal.
CONSUMAÇÃO: no momento em que a vítima cede ao constrangimento. Se não cede, responde pela
Crime FORMAL. Sujeito passivo: deve ser uma
forma tentada. pessoa com capacidade de autodeterminação.
Sequestro e Cárcere Privado- Art, 148. Redução à condição análoga a de escravo
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer
(recinto fechado, sem amplitude de locomoção): Pena - reclusão, de 1 a 3 anos. submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer
sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer
• FORMAS QUALIFICADAS: cespe já falou que era aumento de pena. restringindo, por qualquer meio, sua LOCOMOÇÃO EM RAZÃO DE
DÍVIDA CONTRAÍDA com o empregador ou preposto:
Art. 148 § 1º - A pena é de reclusão, de 2 a 5 anos:
Pena - reclusão, de 2 a 8 anos, e multa, além da pena
CONTRA: ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de correspondente à violência.
60 anos, MENOR DE 18 ANOS;
• FORMA EQUIPARADA: quem:
II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou
hospital; I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do
trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho;
III - se a privação da liberdade dura MAIS DE 15 DIAS.
II – mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se
V – se o crime é praticado com fins libidinosos. apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o
fim de retê-lo no local de trabalho.
§ 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da
detenção, grave sofrimento físico ou moral: Pena - reclusão, de 2 a 8 anos. MAJORANTE: aumentada de 1/2, se o crime é cometido: I–
contra criança ou adolescente; II – por motivo de preconceito de
raça, cor, etnia, religião ou origem.
Crime de AÇÃO SIMPLES: o verbo é um só: PRIVAR. Crime Permanente: sua Crime de AÇÃO MÚLTIPLA: pode ser praticado de mais de uma forma
execução e sua consumação se prolonga no tempo. (jornada exaustiva, condições degradantes, etc.
Pai que tranca o filho adolescente para evitar que o mesmo se drogue NÃO Admite Tentativa
pratica esse crime, está dentro do exercício regular do direito.
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Tráfico de Pessoas- art. 149-A
Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa, (condutas) mediante grave ameaça, violência, coação,
fraude ou abuso, (meios) com a finalidade de (dolo específico):
I - REMOVER-LHE ÓRGÃOS, tecidos ou partes do corpo; II - submetê-la A TRABALHO EM CONDIÇÕES ANÁLOGAS À DE ESCRAVO;
III - submetê-la A QUALQUER TIPO DE SERVIDÃO; IV - ADOÇÃO ILEGAL; ou V - EXPLORAÇÃO SEXUAL.
• Aumento de Pena: § 1o A pena é aumentada de 1/3 até 1/2 se:
I - o crime for cometido por funcionário público no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las;
II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou pessoa idosa ou com deficiência;
III - o agente se prevalecer de relações de parentesco, domésticas, de coabitação, de hospitalidade, de dependência econômica, de autoridade
ou de superioridade hierárquica inerente ao exercício de emprego, cargo ou função; ou
IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do território nacional: Jurisprudência: “ Consuma-se com a entrada ou saída da pessoa, homem
ou mulher, seja ou não prostituída, no território nacional, independente do efetivo exercício da Prostituição e AINDA QUE CONTE com o consentimento
da vítima”.
➔ MINORANTE: § 2o A pena é reduzida de 1/3 a 2/3 se o agente for primário e não integrar organização criminosa.
É crime FORMAL: não necessida do resultado,
Crime contra a Inviolabilidade de Domicílio
Violação de Domicílio- art. 150
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em
suas dependências: Pena - DETENÇÃO, de 1 a 3 meses, ou multa.
Forma Qualificada: § 1º - Se o crime é COMETIDO DURANTE A NOITE, ou em LUGAR ERMO, ou com o EMPREGO DE VIOLÊNCIA OU DE ARMA, ou POR 2 OU
MAIS PESSOAS: Pena - detenção, de 6 meses a 2 anos, além da pena correspondente à violência.
Causa de exclusão da Ilicitude: I - durante o dia, com observância das formalidades legais, para efetuar prisão ou outra diligência; II - a qualquer
hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na iminência de o ser.
Conceito de ‘’ casa’’****: I - qualquer compartimento habitado; II - aposento ocupado de habitação coletiva; III - compartimento não aberto ao
público, onde alguém exerce profissão ou atividade.
§ 5º - NÃO se compreendem na expressão "casa":
I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do n.º II do parágrafo anterior;
II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero.
Crime de MERA CONDUTA: não há nenhum resultado naturalístico previsto no tipo para a consumação. A conduta resulta na consumação. É
diferente de crime formal (o tipo prevê a conduta E o resultado naturalístico, mas o crime se consuma apenas com a prática da conduta).
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Crimes contra a inviolabilidade de dos segredos
Divulgação de segredo- art. 153 Violação de segredo profissional – art. 154
Art. 153 - Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa,
correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa segredo, de que tem ciência em razão de função,
produzir dano a outrem. Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. § 1º Somente se ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa
procede mediante representação. produzir dano a outrem: Pena - detenção, de 3 meses
a 1 ano, ou multa.
Forma Qualificada:
Parágrafo único - SOMENTE SE PROCEDE MEDIANTE
§ 1o-A. Divulgar, sem justa causa, informações sigilosas ou reservadas, assim definidas REPRESENTAÇÃO.
em lei, contidas ou não nos sistemas de informações ou banco de dados da Administração
Pública: Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
§ 2o Quando resultar prejuízo para a Administração Pública, a AÇÃO PENAL SERÁ

INCONDICIONADA.
Invasão de dispositivo Informático. - 154-A
Art. 154-A. Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de
segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar
vulnerabilidades para obter vantagem ilícita: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
Forma equiparada: § 1o Na mesma pena incorre quem produz, oferece, distribui, vende ou difunde dispositivo ou programa de computador com
o intuito de permitir a prática da conduta definida no caput.
Majorante: § 2o Aumenta-se a pena de 1/6 a 1/3 se da invasão resulta prejuízo econômico.
Forma qualificicada: § 3o Se da invasão RESULTAR A OBTENÇÃO DE CONTEÚDO DE COMUNICAÇÕES ELETRÔNICAS PRIVADAS, segredos
comerciais ou industriais, informações sigilosas, assim definidas em lei, ou O CONTROLE REMOTO NÃO AUTORIZADO DO DISPOSITIVO invadido: Pena -
reclusão, de 6 meses a 2 anos, e multa, se a conduta não constitui crime mais grave. § 4o Na hipótese do § 3o, aumenta-se a pena de 1/3 a 2/3 se
houver divulgação, comercialização ou transmissão a terceiro, a qualquer título, dos dados ou informações obtidos.
§ 5o Aumenta-se a pena de 1/3 à metade se o crime for praticado contra:
I - Presidente da República, governadores e prefeitos;
II - Presidente do Supremo Tribunal Federal;
III - Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Assembleia Legislativa de Estado, da Câmara Legislativa do Distrito Federal
ou de Câmara Municipal; ou
IV - dirigente máximo da administração direta e indireta federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal.
AÇÃO PENAL: somente se PROCEDE MEDIANTE REPRESENTAÇÃO, salvo se o crime é cometido contra a administração pública direta ou indireta
de qualquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios ou contra empresas concessionárias de serviços públicos.
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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
Crimes contra o Patrimônio-Disposições Gerais

Momento da consumação MOMENTO DA CONSUMAÇÃO (STF e STJ): Consuma-se o crime de furto com a posse de fato da res furtiva, (detenção)
ainda que por breve espaço de tempo e seguida de perseguição ao agente, sendo prescindível a posse mansa e
pacífica ou desvigiada. → Teoria da AMOCIO
Escusas Absolutórias- Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo:
Causa Pessoal de Isenção
de Pena –Imunidades I - DO CÔNJUGE, na constância da sociedade conjugal;
Absolutas
II - de ASCENDENTE OU DESCENDENTE, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.
Regra: AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA,
Imunidades relativas (Exceções):
Ação Penal Art. 182 –Será PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO, se o crime previsto neste título é cometido em
prejuízo:
I - DO CÔNJUGE desquitado ou judicialmente separado;
II - DE IRMÃO, LEGÍTIMO OU ILEGÍTIMO;
III - DE TIO OU SOBRINHO, COM QUEM O AGENTE COABITA.
OBS.: o Furto de coisa comum também terá AÇÃO PENAL PÚBLICA condicionada à representação.
:Ação penal privada:
• Se o crime é o de dano simples (art. 163) ou

• Se é qualificado apenas porque foi praticado por motivo egoístico ou com prejuízo considerável à vítima ( Art.
163, §único, IV); ou
• No caso de introdução ou abandono de animais em propriedade alheia.
Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores:
Causas de exclusão das I - se o crime é DE ROUBO OU DE EXTORSÃO, ou, em geral, quando haja emprego de GRAVE AMEAÇA OU VIOLÊNCIA À
imunidades PESSOA;
II - ao ESTRANHO QUE PARTICIPA DO CRIME.
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 anos.
→Roubo com resultado morte (latrocínio)
Crimes Patrimoniais →Extorsão qualificada pela Morte e Mediante Sequestro

Hediondos
O crime de extorsão mediante a restrição da liberdade da vítima (sequestro relâmpago) - é considerado hediondo quando
resultar em resultado morte (doutrina majoritária).
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Do FURTO- art. 155
Furto simples Furto Privilegiado Furto Furto qualificado Furto de coisa comum-art. Furto Majorado
equiparado 156
Art. 155 - Art. 155 § 4º - A pena é de reclusão de 2 a 8 anos, e multa, se o crime é cometido: Art. 156 - Subtrair o condômino, Art. 155 § 1º - A pena
Art. 155 2º - Se o Art. 155 § 3º -
Subtrair, para si co-herdeiro ou sócio, para si ou AUMENTA-SE DE 1/3,
ou para outrem, criminoso é primário, Equipara-se à coisa para outrem, a quem se o crime é praticado
I - com destruição ou rompimento de obstáculo (pode ser túnel) à subtração da coisa;
coisa alheia e é de pequeno valor a móvel a energia legitimamente a detém, a coisa durante o repouso
móvel: coisa furtada, o juiz elétrica ou comum: noturno.
II - com abuso de confiança (única de natureza subjetiva), ou mediante fraude, escalada ou
pode substituir a pena qualquer outra que destreza;
Pena - de reclusão pela de tenha valor Pena - detenção, de 6 Aplica-se a todos.
reclusão, de 1 a detenção, DIMINUÍ-LA econômico. III - com emprego de chave falsa; meses a 2 anos, ou multa.
4 anos, e multa. DE 1/3 A 2/3, ou Não é necessário que a
aplicar somente a IV - mediante concurso de DUAS OU MAIS PESSOAS • Ação Penal vítima esteja dormindo
pena de multa. em sua residência,
§ 1º - Somente se procede mas se dá por conta da
→FURTO QUALIFICADO POR EXPLOSIVOS: Art. 155§ 4º-A A pena é de reclusão de 4 a 10 diminuição da vigília
→Primário anos e multa, se houver emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo MEDIANTE REPRESENTAÇÃO.
das pessoas a noite,
comum. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018) por se recolherem
→Pequeno valor a • Causa de
para descanso.
coisa furtada: 1 S.M. →SUBTRAÇÃO DE EXPLOSIVOS: Art. 155 § 7º A pena é de reclusão de 4 a 10 anos e multa, Imputabilidade
se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente,
OBS.: Não se confunde § 2º - Não é punível a
possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego.
com o estelionato, que subtração de coisa comum
exige pequeno valor fungível, cujo valor não excede a
→SUBTRAÇÃO DE SEMOVENTE DOMESTICÁVEL-ABIGEATO: Art. 155 § 6o A pena é de reclusão
do PREJUÍZO e não da quota a que tem direito o agente.
de 2 a 5 anos se a subtração for de semovente domesticável de produção, ainda que abatido
coisa (res furtiva), ou dividido em partes no local da subtração.: se for animal doméstico NÃO incide. É crime PRÓPRIO: só o
por isso levam em
→SUBTRAÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR + outro ESTADO ou exterior: Art. 155 § 5º - A pena é condômino, co-herdeiro ou sócio
consideração o
podem ser sujeitos ativos.
patrimônio da vítima. de reclusão de 3 a 8 anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser
transportado para outro Estado ou para o exterior. A efetiva transposição de fronteiras É
NECESSÁRIA para aplicação dessa qualificadora.
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QUESTÕES COBRADAS EM PROVAS SOBRE FURTO:
Furto qualificado-Privilegiado
Possibilidade Em todas as qualificadoras EXCETO na de “abuso de confiança”, que tem natureza SUBJETIVA.
Requisitos 1. É necessário que se demonstre a existência de uma especial (grande) confiança da vítima no agente
para 2. Nem sempre o furto cometido por EMPREGADO consistirá em furto qualificado, mas apenas quando se fizer prova de que
configurar se tratava de empregado que gozava de confiança diferenciada por parte do patrão. Por outro lado, se um funcionário
abuso de comum, de um supermercado onde trabalham dezenas de pessoas, leva alguns produtos do estabelecimento escondidos
confiança sob suas vestes, o crime é simples.
Súmula 511 do STJ: É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP nos casos de crime de furto
Súmula
qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva.
JURISPRUDÊNCIA
Informativo 623 do STF: efetuar ligação clandestina de sinal de TV a cabo. Reputou-se que o objeto do aludido crime não seria energia e ressaltou-
se a inadmissibilidade da analogia in malam partem em Direito Penal, razão pela qual a conduta não poderia ser considerada penalmente típica. Não seria
FURTO. →conduta ATÍPICA
STJ: furto de energia elétrica o pagamento do débito antes do recebimento da denúncia não configura causa extintiva de punibilidade, mas causa de
redução de pena relativa ao arrependimento posterior.
Sistema de vigilância e crime IMPOSSÍVEL (tentativa inidônea): Súmula 567 STJ: Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por
existência de segurança no interior do estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a configuração do crime de furto. Nesses casos, caso o agente
seja pego em virtude de sistema de monitoramento, responderá pelo crime na forma tentada.
Furto de energia: Tabela comparativa: Estelionato x Furto Mediante Fraude
“Gato” Alteração do sistema de medição

O agente altera o sistema de medição, mediante fraude, para que aponte
O agente desvia a energia elétrica de sua fonte natural por meio de
ligação clandestina, sem passar pelo medidor. resultado menor do que o real consumo.
Trata-se de FURTO. Trata-se de ESTELIONATO.
No furto, a fraude tem por objetivo diminuir a vigilância da vítima e A fraude tem por finalidade fazer com que a vítima incida em erro e
possibilitar a subtração da coisa (inversão da posse). voluntariamente entregue o objeto ao agente criminoso, baseada em uma
falsa percepção da realidade.
O bem é retirado sem que a vítima perceba que está sendo despojada
A concessionária sabe que está fornecendo energia elétrica para aquele
de sua posse.
A concessionária não sabe que está fornecendo energia elétrica para consumidor, mas a fraude faz com que ela não perceba que ele está
aquele indivíduo. Ele está desviando (subtraindo) a energia da rede. pagando menos do que deveria.
EXEMPLO DO BOLSO:
1. Se o agente enfia a mão no bolso da vítima, mas o dinheiro está no outro bolso: TENTATIVA DE FURTO (lembrando da premissa: perigo de dano +
possibilidade de consumação).
2. Se o agente enfia a mão no bolso da vítima, mas não há dinheiro com ela: crime impossível, majoritária, pois não houve perigo de dano ao bem jurídico,
nem possibilidade de consumação do crime.
FURTO FAMÉLICO: A doutrina reconhece a possibilidade de ESTADO DE NECESSIDADE (sacrifício de um bem de menor valor, para salvar outro de maior
valor), mas também poderia se inserir no princípio da insignificância. →Pessoa furta para matar a fome.
CADÁVER como objeto material do crime de furto: O cadáver não pode, em regra, ser objeto material do crime de furto, pois não possui valor patrimonial,
SALVO NA HIPÓTESE DE SUA UTILIZAÇÃO PARA FINS CIENTÍFICOS (exemplo: universidades), quando passa a integrar o patrimônio da entidade que o possui.
Nesse sentido: RT, 619:291. JESUS, Damásio. Código Penal Anotado..
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Do ROUBO- art. 157
Roubo Simples Roubo Impróprio- Roubo Majorado- ou circunstanciado Roubo Qualificado

Equiparado
Art. 157 - Subtrair coisa móvel

alheia, para si ou para outrem,
Art. 157 § 1º - Na mesma Aumenta-se de 1/3 até ½ Aumenta-se de 2/3 Lesão Morte-Latrocínio
mediante grave ameaça ou pena incorre quem, logo corporal
violência a pessoa, ou depois depois de subtraída a
GRAVE
de havê-la, por qualquer meio, coisa, emprega violência
reduzido à impossibilidade de contra pessoa ou grave
1. Arma de FOGO: I – lesão II – morte, a pena é de reclusão de
resistência: ameaça, a fim de II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; Obs.: se associação
corporal grave, a 20 a 30 anos, e multa.
assegurar a impunidade criminosa comete o roubo responde pelos dois delitos. pena é de
Pena - reclusão, de 4 a 10 do crime ou a detenção da I – se a violência ou ameaça reclusão de 7 a
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o Súmula 610 do STF: Há crime de
anos, e multa. é exercida com emprego de 18 anos, e multa;
coisa para si ou para latrocínio, quando o homicídio se
agente conhece tal circunstância OBS.: o agente deve saber que a arma de fogo;
terceiro. consuma, ainda que não realize o agente
O roubo Simples também vítima transportava carro forte ou equiparado.
chamado de roubo PRÓPRIO, As demais armas não a subtração de bens da vítima.
Aqui só pode ter apenas
pode ser cometido mediante IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser configuram roubo majorado
um tipo de violência: O agente mata a vítima por 3 motivos:
dois tipos de violência transportado para OUTRO ESTADO OU PARA O EXTERIOR; →é
→Violência PRÓPRIA. necessária a efetiva transposição de fronteiras. II – se há destruição ou
1. Subtrair
→Violência PRÓPRIA: rompimento de obstáculo
Violência ou grave ameaça OBS.: Exige que a violência V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo mediante o emprego de
2. Garantir a subtração
sua liberdade Ex.: tranca a família no quarto enquanto rouba a casa explosivo ou de artefato
(própria) ou grave ameaça
→Violência IMPRÓPRIA: OBS.: Desde que não seja condição ou meio para obtenção da coisa análogo que cause perigo
seja posterior à subtração 3. Garantir a impunidade
quando o agente REDUZ A alheia móvel, caso contrário configurar-se-á extorsão mediante comum.
VÍTIMA A UMA SITUAÇÃO DE e com o especial fim de
sequestro Nesse caso, se o agente matar por
IMPOSSIBILIDADE de assegurar a impunidade
qualquer motivo que não seja esse,
resistência. da subtração ou a detenção VI – se a subtração FOR DE SUBSTÂNCIAS EXPLOSIVAS ou de não será a hipótese de latrocínio.
da coisa para si ou terceiro acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua
fabricação, montagem ou emprego.
VII – se a violência ou grave ameaça é exercida com

emprego de arma branca; →PACOTE ANTICRIME
20
QUESTÕES E JURISPRUDÊNCIA - ROUBO
➔ Adotou a Teoria da Amocio: se consuma o crime com a mera inversão da posse, não precisando a mesma ser pacífica
➔ Existe “roubo de uso”: pessoa que emprega violência ou grave ameaça para usar o bem.
Questão do Emprego de Arma- roubo majorado em 2/3
→Não é necessário o uso efetivo da arma de fogo. Apenas que ela cause temor. Ainda que a vítima não veja a arma, mas
Necessário uso efetivo
o agente dê a entender que estava armado, configura o delito.
Perícia →NÃO precisa de perícia para atestar a potencialidade lesiva da arma. Exige apenas prova do EMPREGO da arma
→Arma de brinquedo NÃO majora o roubo, pois não tem capacidade lesiva.
Arma de brinquedo
→Arma quebrada ou desmuniciada NÃO majora o roubo (não possui potencialidade lesiva). Nesse caso, havendo perícia e
Arma sem potencial
comprovando essa circunstância, não majora.
lesivo
Latrocínio- Consumação (trata-se de crime complexo: Roubo + Homicídio) : É crime HEDIONDO
Art. 157 Art. 121 Latrocínio
Consumado Consumado Consumado
Tentado Tentado Tentado
Consumado Tentado Tentado
Tentado Consumado Consumado
Latrocínio: A morte pode decorrer de dolo ou culpa, o que é admitido pela doutrina mesmo sendo desproporcional (mesma pena em duas situações distintas) e a
competência será do juízo singular (Súm. 603/STF), exceto se conexo com crime doloso contra a vida. (aí sim será de competência do tribunal do Júri).
CESPE- Questão: ROUBO quando a pessoa não encontra o objeto almejado. Ex.: vai roubar um carro forte, ameaça, mas o mesmo se encontrava VAZIO: "A
inexistência de objeto de valor em poder da vítima não descaracteriza a figura típica prevista no art. 157 do Código Penal, porquanto o roubo é
modalidade de crime complexo, cuja primeira ação - a violência ou grave ameaça - constitui início da execução." (Rogério Grecco)- Diferente do que
acontece no crime de FURTO.
O crime de constrangimento ilegal é ABSORVIDO pelo roubo, uma vez que constituiu um meio para um fim. -O princípio é o da CONSUÇÃO e não da
especialidade.
Questão da ARMA DE FOGO: (CESPE COBROU)
NO ROUBO: aumenta-se de 2/3 se é empregado com arma de fogo
NO HOMICÍDIO: não influencia
NA EXTORSÃO: aumenta-se de 1/3 até ½
O QUE MUDOU COM A ALTERAÇÃO DO PACOTE ANTICRIME? Anteriormente, o crime cometido com o emprego de arma BRANCA
deveria ser considerado simples, hoje trata-se de crime majorado.
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Extorsão
Extorsão Simples-Art. 158 Extorsão majorada- Extorsão Qualificada-Sequestro Extorsão Mediante Sequestro- Art. 159 Extorsão Indireta-
com aumento de pena Relâmpago (crime permanente, formal) Art. 160
Art. 158 - Constranger alguém, Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer Art. 160 - Exigir ou
Art. 158 § 1º - aumenta- Art. 158 § 3o Se o crime é cometido
mediante violência ou grave mediante a restrição da liberdade da
vantagem, como condição ou preço do resgate: receber, como
ameaça, e com o intuito de obter se a pena de 1/3 até vítima, e essa condição é necessária garantia de dívida,
para si ou para outrem indevida 1/2: Pena - reclusão, de 8 a 15 anos. abusando da situação de
para a obtenção da vantagem econômica,
vantagem econômica, a fazer, alguém, documento que
tolerar que se faça ou deixar de Se o crime é cometido: a pena é de reclusão, de 6 a 12 anos, pode dar causa a
Difere-se da extorsão simples: Na Extorsão SIMPLES há necessariamente violência
fazer alguma coisa: além da multa; procedimento criminal
ou grave ameaça, enquanto nesta o meio para obtenção da vantagem é o sequestro.
1. Por 2 ou mais contra a vítima ou contra
→SEQUESTRO RELÂMPAGO terceiro:
Pena - reclusão, de 4 a 10 anos, e pessoas, Privação da liberdade: Pode se dar de duas formas: retenção (retentio) ou
multa. “QUALIFICADO” (se aplica disposto no
deslocamento
2. Com emprego de crime de extorsão mediante sequestro) Pena - reclusão, de 1 a 3
Constranger alguém (não arma, →Extorsão mediante sequestro QUALIFICADAS anos, e multa.
necessariamente quem sofrerá o 1. LESÃO GRAVE: reclusão, de 16 a 24
decréscimo patrimonial) Aplica a todos os crimes de anos. § 1o Se o sequestro: Ex.: Paulo chega para o
Extorsão, inclusive 2. MORTE: reclusão, de 24 a 30 anos. → dura mais de 24 horas, Ricardo e pede 20 mil
→EXTORSÃO SIMPLES, qualificados reais emprestado. Mas o
O tempo de privação de liberdade deve →se o sequestrado é menor de 18 ou maior de 60 anos, ou s Paulo diz que empresta
QUALIFICADA (aplica o disposto no
roubo): Info. 590/STJ, 5a Turma o ser apenas pelo necessário para obtê- →e o crime é cometido por bando ou quadrilha (associação criminosa). os 20 mil reais, se
la, caso contrário, configurar-se- á a Ricardo assinar um
aumento de pena aplica-se
Pena - reclusão, de 12 a 20 anos cheque de 20 mil reais.
1. LESÃO GRAVE (pena de 7 a 18 às formas qualificadas de extorsão mediante sequestro, mesmo
Paulo iria utilizar esse
anos) extorsão (com resultado que a própria vítima preste a vantagem. cheque sem fundo para
→Extorsão mediante sequestro Qualificada pelo resultado
2. MORTE (20 a 30 anos) (é morte ou lesão corporal processar Ricardo no
Hediondo) grave e mediante restrição Passou a ser hediondo com o 1. LESÃO GRAVE: reclusão, de 16 a 24 anos. crime de Estelionato
de liberdade, resultando ou pacote anticrime 2. MORTE: reclusão, de 24 a 30 anos. caso ele não pagasse a
não em lesão corporal vítima. Logo, com essa
CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA-delação premiada conduta, Paulo abusou da
grave ou morte), pois não é
sua situação, exigiu uma
possível dissociar o crime garantia muito pesada e
qualificado das A pena reduzida de 1/3 a 2/3. Se o crime é cometido: em concurso, o
estaria cometendo o
circunstâncias a serem concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do crime de extorsão
sopesadas na figura típica sequestrado. indireta.
do art. 158/CP.
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QUESTÕES e JURISPRUDÊNCIA- Extorsão
➔ Diferença entre Extorsão e roubo: defende que, no roubo, é indiferente a vontade da vítima, de entregar a coisa (o agente
tem acesso a ela), enquanto que na extorsão o comportamento da vítima é indispensável para a obtenção da vantagem (ex:
fornecer senha de banco, segredo de cofre, dentre outros).
➔ Diferença entre Extorsão e Exercício Arbitrário das próprias razões: Para ser Extorsão, Essa vantagem deve ser patrimonial
e INDEVIDA se a VANTAGEM FOR DEVIDA, o crime praticado será o de exercício arbitrário das próprias razões (art. 345/CP).
Ex.: José sequestrou o Paulo pois este estava devendo ele 10 mil reais. Liga para a família do Paulo, dizendo que só soltará
o Paulo se eles lhe entregarem o dinheiro. Nesse caso, não temos o crime de Extorsão mediante sequestro, pois a quantia
era devida. José então responderá pelo Crime de Exercício Arbitrário das próprias razões (‘’ fazer justiça com as próprias
mãos) além do crime de Sequestro (Art. 148).
➔ Consumação: Súmula 96 do STJ: O crime de extorsão consuma-se independentemente da obtenção da vantagem indevida.
Isso é importante para definir o foro competente, que ocorre no local da consumação (ou seja, no local que houve o
constrangimento). Ex.: José, do presídio de Governador Valadares, liga para Maria da cidade de Serro e a constrange a
depositar uma quantia em um banco x na cidade do Rio de Janeiro. Nesse caso, o foro competente será a cidade de Serro-
Mg, pois foi onde o crime se consumou.
➔ Extorsão e Concussão: Se o funcionário Público emprega violência ou grave ameaça para obtenção de vantagem, ainda que
tenha se valido da condição de funcionário público para tanto, comete o crime de extorsão e não o de concussão.
➔ Sequestro Relâmpago e Extorsão Mediante Sequestro: Difere-se da extorsão mediante sequestro, pois no Sequestro
relâmpago a vantagem é prestada pelo próprio constrangido (depende do comportamento da vítima), enquanto na Extorsão
Mediante Sequestro a vantagem é prestada por pessoa diversa (terceiro) de quem tem a liberdade restringida.
➔ Extorsão Mediante Sequestro e Sequestro: A extorsão mediante sequestro se assemelha ao sequestro, porém possui um
especial fim de agir, que é a obtenção de qualquer vantagem
Exemplo de questão CESPE: nessa questão, tratava-se de um caso de Extorsão simples com aumento de pena, mas a banca considerou certo apenas dizer
“Extorsão simples’ Heloísa, maior, capaz, em conluio com três amigos, também maiores e capazes, forjou o próprio sequestro, de modo a obter vantagem
financeira indevida de seus familiares. Nessa situação, todos os agentes responderão pelo crime de extorsão simples. Certo
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Usurpação- pouco cobrado
Alteração de limites
Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro sinal indicativo de linha divisória, para
apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia: Pena - detenção, de um a 6 meses, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem:
Usurpação de águas: I - desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem, águas alheias;
Forma equiparada Esbulho possessório: II - invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais
de duas pessoas, terreno ou edifício alheio, para o fim de esbulho possessório.
§ 2º - Se o agente usa de violência, incorre também na pena a esta cominada.
§ 3º - Se a propriedade é particular, e não há emprego de violência, somente se procede mediante

queixa.
. Supressão ou alteração de marca em animais
Art. 162 - Suprimir ou alterar, indevidamente, em gado ou rebanho alheio, marca ou sinal indicativo de
propriedade:
Forma qualificada:
Pena - detenção, de 6 meses a 3 anos, e multa.
OBS: se o agente se apropria do gado, será crime de furto, que irá absorver o crime de usurpação.
Dano
Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia: Pena - detenção, de 1 a 6 meses, ou multa.
Dano Simples
Só se pune a forma dolosa. →Ação penal PRIVADA.
Parágrafo único - Se o crime é cometido:
I - com violência à pessoa ou grave ameaça;
II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais grave.
Dano Qualificado
III - contra o patrimônio da União, de Estado, do Distrito Federal, de Município ou de autarquia, fundação
OBS.: com exceção do inciso “IV”, a
pública, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviços
ação é pública incondicionada. públicos; (Redação dada pela Lei nº 13.531, de 2017)
IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima: →Nesse caso é crime de ação penal
Privada, somente se procede mediante queixa.
Pena - detenção, de 6 meses a 3 anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
CRIME DE PASTAGEM INDEVIDA: Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em propriedade alheia, sem consentimento de quem de direito, desde que o fato
resulte prejuízo: Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, ou multa. A maioria da doutrina entende que não há forma tentada nesse crime, Nesse caso se
não houve prejuízo, o fato será atípico. →Ação Penal PRIVADA
PICHAÇÃO: A pichação, em tese, se enquadraria no crime do art. 163 (Crime de Dano), pois a pessoa estaria deteriorando. Porém, nesse caso temos um
crime específico na Lei de Crimes Ambientais (Art. 65 da lei dos crime Ambientais). →princípio da especialidade.
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Apropriação Indébita
Apropriação de coisa
havida por erro, caso
Simples-art. 167 Majorada Apropriação Indébita Previdenciária-art. 168 →É o crime que a CESPE mais cobra
fortuito ou força da
É crime omissivo próprio. natureza-art. 169
Art. 168 - Apropriar-se de coisa Art. 168 § 1º - A Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes , no prazo e forma legal ou Art. 169 - Apropriar-se
alheia móvel, de que tem a posse pena é convencional: Pena – reclusão, de 2 a 5 anos, e multa. →se não recolheu do salário e não repassa, não comete esse crime. Pois alguém de coisa alheia
ou a detenção: aumentada de perderia a lógica da relação de apropriar-se daquilo que só se tem a posse temporária. vinda ao seu poder por
1/3, quando o CESPE: Elemento subjetivo é o dolo, não é necessário o dolo específico. NÃO SE PUNE NA FORMA CULPOSA. erro, caso fortuito ou
Pena - reclusão, de 1 a 4 agente recebeu a força da natureza Pena -
anos, e multa. (É a mesma pena do coisa: CONSUMAÇÃO: Os tribunais superiores vem entendendo que a Apropriação Indébita Previdenciária é um crime material, se consumando detenção, de 1 mês a 1
furto) na data do efetivo lançamento do tributo (com a constituição definitiva do crédito). ano, ou multa.
I - em depósito
Apropriar-se (tomar a coisa para necessário; Formas Equiparadas: Formas
si, como proprietário, exigindo-se o Equiparadas: Parágrafo
especial fim de agir, que é a único - Na mesma pena
II - na I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social que tenha sido descontada de incorre:
intenção de assenhoramento qualidade de tutor, pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público;
definitivo – animus rem sibi curador, síndico, II – recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à venda de
habendi) de coisa alheia móvel liquidatário, produtos ou à prestação de serviços; Apropriação de
(corpórea), de que tem a posse ou inventariante, III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela tesouro: I - quem
a detenção (pressuposto do crime, testamenteiro ou previdência social. acha tesouro em prédio
depositário judicial; alheio e se apropria, no
deve ser lícita/não viciada,
todo ou em parte, da
configurando-se com uma mudança 1. Extinção de Punibilidade : se o agente, espontaneamente, declara, confessa E efetua o pagamento das contribuições, importâncias quota a que tem direito o
do ânimo do agente, passando a se III - em razão ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, ANTES DO INÍCIO DA proprietário do prédio;
comportar como proprietário, não de ofício, emprego AÇÃO FISCAL. STF E STJ: entendem que o pagamento a qualquer tempo, desde que antes do trânsito em julgado, tem o condão de
bastando a mera não restituição ou profissão. extinguir a punibilidade.
2. Perdão Judicial e Forma Privilegiada: Art. 168-A § 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena (Perdão Judicial) ou aplicar Apropriação de coisa
da coisa no prazo avençado) achada: II - quem
Ex.: Advogado que somente a de multa (Privilégio) se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que:
acha coisa alheia perdida
A apropriação indébita absorve o recebe dinheiro e
e dela se apropria, total
falso, desde que a falsidade se não repassa ao I – tenha promovido, APÓS O INÍCIO DA AÇÃO FISCAL E ANTES DE OFERECIDA A DENÚNCIA, o pagamento da contribuição social ou parcialmente,
esgote na apropriação praticada cliente. OBS.: em se previdenciária, inclusive acessórios; ou deixando de restituí-la ao
tratando de II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social,
(falsidade de documento praticada dono ou legítimo
funcionário público, o administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. Hoje esse valor mínimo é de 20.000
para viabilizar a apropriação possuidor ou de entregá-
crime será o de
indébita – aplicação por analogia reais. CESPE.: Art. 168-A § 4o NÃO SE APLICA aos casos de PARCELAMENTO de contribuições cujo valor, inclusive dos acessórios, la à autoridade
peculato.
da Súm. 17/STJ). seja superior àquele estabelecido, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. →O competente, dentro no
parcelamento não impede que o agente cometa crime de apropriação indébita. prazo de 15 dias.
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Questões e Jurisprudência sobre Apropriação Indébita
São quatro requisitos, segundo Masson, que caracterizam a apropriação indébita:
1) Entrega voluntária do bem pela vítima;
2) Posse ou detenção desvigiada;
3) Boa-fé do agente ao tempo do recebimento do bem;
4) Modificação posterior do comportamento do agente: prática de algum ato de disposição ou recusa na restituição.
Pressuposto: a coisa alheia deve ser MÓVEL.
Exemplo de questão CESPE: Comete apropriação indébita o corretor que, legalmente autorizado a alugar o apartamento de seu cliente, vai além do
mandato e transfere o dominio do bem a outrem. Gab.: errado. Não há apropriação indébita de imóvel.
Furto X Apropriação x Estelionato
Diferenças FURTO APROPRIAÇÃO ESTELIONATO
Natureza da posse Ilícita Lícita Ilícita
Momento da posse Posterior Anterior Posterior
Nascimento do dolo Anterior Posterior Anterior
Formas de obtenção Subtração Aproveitando-se da Fraude

posse anterior
Questão CESPE sobre Apropriação Indébita: A apropriação de veículo do patrão por empregado doméstico que detinha o bem para utilização em tarefas
afetas às suas obrigações é delito de apropriação indébita, devendo a pena-base ser majorada de um terço por determinação legal. Gab: Certo.
Apropriação Indébita e princípio da Insignificância: A 6a Turma do STJ entendeu cabível a aplicação do princípio da insignificância (HC 278.453/RJ –
apropriação de bens em valor inferior a 20% do salário-mínimo), concedendo HC de ofício.
Outra questão CESPE sobre apropriação indébita: Mário havia encomendado uma geladeira em uma loja de departamento. No dia da entrega do produto, o
empregado da transportadora equivocou-se quanto ao número do apartamento de Mário, entregando o bem, por engano, a José, síndico do prédio, que,
na ocasião, se ofereceu para guardá-lo e entregá-lo a seu real destinatário, já com o objetivo de ficar com o bem para si; e assim o fez.
José praticou o crime de apropriação indébita, visto que se apropriou de coisa alheia móvel, com a intenção de ficar com o objeto para si.
GABARITO: errado
Comentário: Não houve apropriação indébita. Haveria apropriação indébito se José tivesse recebido com uma “boa intenção”, e tendo posse do bem,
resolve-se ficar para si. Mas no caso, o enunciado foi claro: desde o início José já tinha a intenção de ficar com o objeto para si.
ATENÇÃO! no crime de apropriação indébita, o bem jurídico protegido tem por objeto material a COISA ALHEIA MÓVEL (e não o direito de propriedade).
Patrão que deixa de contribuir com a própria contribuição patronal: não praticou Apropriação Indébita Previdenciária. Notem que a questão afirma que
ele descontou as contribuições dos empregados e recolheu à previdência. O que ele não fez foi recolher sua própria contribuição patronal. Nesse caso, o
crime em que ele se enquadra é o de SONEGAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
Exige-se, para a caracterização do crime de apropriação indébita, que o agente tenha a posse ou detenção preexistente, lícita e
desvigiada, da coisa alheia móvel.
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Estelionato-Art. 171-PACOTE ANTICRIME
Forma Simples Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro,
mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de 1 a 5 anos, e multa.
Disposição de coisa alheia como própria: I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia como
própria; É necessário que o agente não seja o proprietário da coisa. (caso seja, responde pelo caput).
Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria: II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria
inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em prestações,
silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias;
Defraudação de penhor: III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia
pignoratícia, quando tem a posse do objeto empenhado;
Fraude na Entrega da coisa IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a alguém
Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro: V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou
Formas lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as consequências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor
de seguro; Nesse caso a vítima do crime é a SEGURADORA.
equiparadas
Fraude no pagamento por meio de cheque: VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe
frustra o pagamento. OBS.: Caso o agente se utiliza de cheque de OUTRA PESSOA, falsificando assinatura, etc, RESPONDE
POR ESTELIONATO PRÓPRIO, previsto no CAPUT. Para cometer o tipo previsto no parágrafo 2º, inciso VI é preciso que o
emissor seja o próprio proprietário do cheque.
→Jurisprudências sobre “cheque sem fundo” **
No caso de encerramento de conta, o cheque deixa de ter valor jurídico de cheque, inserindo-se no art. 171, caput/CP, caso
se verifique o binômio (vantagem ilícita + prejuízo alheio). Não se aplicando a súmula 554 do STF.
É necessário que haja o dolo! STF e STJ: o pagamento com cheque sem fundo em dívida de jogo não configura crime.
CESPE: STJ: emissão de cheque sem fundo para pagamento de dívida NÃO configura crime de estelionato. ***
STJ- cheque pré-datado: comprovado não ter havido fraude, não se configura crime de emissão de cheques sem fundos, a
emissão de cheque pré-datado.
Súmula 554 do STF: O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebimento da denúncia, NÃO obsta ao
prosseguimento da ação.
Estelionato Art. 171 § 1º - Se o criminoso é primário, e é de PEQUENO VALOR O PREJUÍZO (diferente do furto, que fala pequeno valor da
coisa furtada), o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no art. 155, § 2º.Se o agente for primário e de bons antecedentes,
Privilegiado
o juiz poderá substituir a Pena de Reclusão pela de Detenção, aplicar somente a pena de multa, ou proceder a diminuição de
pena de 1/3 a 2/3.
Contra entidade Art. 171 § 3º - A pena aumenta-se de 1/3, se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito público ou de instituto
de economia popular, assistência social ou beneficência. →É compatível com o privilégio.
de Direito
Súmula 24 do STJ: Aplica-se ao crime de estelionato, em que figure como vítima entidade autárquica da previdência social
Público-Causa de (INSS), a qualificadora do §3º, do art. 171 do CP.
aumento de pena Súmula 599 STJ- O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública.
Estelionato Causa de Aumento de Pena: Art. 171 § 4o Aplica-se a pena EM DOBRO se o crime for cometido contra idoso.
contra Idoso-
Pessoa idosa: é aquela pessoa que tem 60 anos ou mais.
Jurisprudência Súmula 17 STJ. Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido. →Princípio da
Consunção: o crime fim absorve o crime meio.
Lugar do Crime no Estelionato: no delito de estelionato a consumação ocorre NO LUGAR DO PREJUÍZO.
STJ: Nos termos do art. 70 do CPP, a competência será de regra determinada pelo lugar em que se consumou a infração. 2.
Questão-Lugar do O estelionato, crime tipificado no art. 171 do CP, consuma-se onde ocorreu o efetivo dano à vítima. In casu, o efetivo dano se
deu no local onde foi obtida a vantagem ilícita, ou seja, na agência bancária onde foi depositado o cheque
crime
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Questões- Crime de Estelionato
Elemento subjetivo é o dolo! NÃO se pune a conduta culposa.
CONSUMAÇÃO: COM A OBTENÇÃO DA VANTAGEM ILÍCITA. Por ser um crime de resultado duplo e crime material, exige-se a
ocorrência de 2 resultados:
1. Obter vantagem indevida

2. Em prejuízo alheio.
OBS.: É da natureza do estelionato, em qualquer das suas modalidades, induzir ou manter alguém em erro, por meio de uma
fraude. Se a vítima já sabia que o cheque era sem fundos no momento de recebê-lo do emitente, não incidiu ou foi mantida em
erro. Portanto, não houve estelionato.
SUJEITO PASSIVO : A vítima DEVE TER CAPACIDADE DE DISCERNIMENTO PARA SER ILUDIDA, ou seja, não podem ser sujeitos
passivos: crianças e pessoas com deficiência mental (ex: portadores de mal de alzheimer em estágio avançado). Configurar-se-
á, nestes casos, abuso de incapazes (art. 173/CP) ou furto (art. 155/CP).
ATENÇÃO: SE O SUJEITO PASSIVO FOR INDETERMINADO, será crime contra a economia popular (art. 1.521/51) ou contra as relações
de consumo (art. 8.078/90 ou 8.137/90)→O sujeito passivo no crime de estelionato deve ser determinado. Pode se rum grupo
(desde que esse grupo esse determinado). Exemplo de questão: dono de jogos burla os equipamentos para conseguir vantagens.
Nesse caso NÃO é estelionato, pois as pessoas são indeterminadas.
STF: admitiu a possibilidade de, nos crimes que causem prejuízo de pequeno valor, reconhecer o privilégio (CP, art. 171, § 1º),
ainda que se cuide de delito qualificado, praticado contra entidade de Direito Público (CP, art. 171 § 3º). Analogia com o privilégio
aplicável ao crime de furto de bem de pequeno valor .
Questão: Dois irmãos pretendiam assaltar uma agência do Banco do Brasil. Para tanto, alugaram um imóvel ao lado da
instituição financeira, adquiriram cordas, sacos plásticos e um aparelho de telefone celular, tendo, ainda, alugado um veículo
para ser utilizado na fuga. No entanto, antes de iniciarem qualquer ato contra o patrimônio do banco, a trama foi descoberta
por agentes da polícia civil que monitoravam as linhas telefônicas dos irmãos mediante interceptação legalmente autorizada. Os
dois foram presos em flagrante sem conseguirem subtrair qualquer valor alheio.
Nessa situação hipotética, os irmãos a) não praticaram crime. OBS.: Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o
auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.
Ao participar de um concurso público, um candidato foi flagrado utilizando um aparelho eletrônico transmissor e receptador de
mensagens, com o objetivo de fraudar o certame. →NÃO É ESTELIONATO, tem tipo próprio. Existe um capítulo próprio no CP
denominado “Das Fraudes em certames de interesse público”.
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O QUE MUDOU COM O PACOTE ANTICRIME NO CRIME DE ESTELIONATO?
Introduziu o parágrafo quinto ao artigo 171 do Código Penal, que, portanto, se aplica ao estelionato e a todas as
modalidades equiparadas (como a defraudação de penhor). Traz o dispositivo hipóteses em que a ação penal passa a
ser pública incondicionada:
§ 5º Somente se procede mediante representação, salvo se a vítima for:
I – a Administração Pública, direta ou indireta;
II – criança ou adolescente;
III – pessoa com deficiência mental; ou
IV – maior de 70 anos de idade ou incapaz.
Portanto, a regra é a ação penal pública condicionada à representação. A ação penal passa a ser incondicionada se o delito
for praticado contra a Administração Pública, direta ou indireta; contra criança ou adolescen te; contra pessoa com
deficiência mental; contra maior de 70 (setenta) anos de idade ou contra incapaz.
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Outras Fraudes
Duplicata Simulada Abuso de Incapaz Induzimento à Fraude ao Comércio Restaurante, Hotel, Art. 177 Art. 178 Fraude à Execução
especulação táxi
Art. 172 - Emitir fatura, Art. 173 - Abusar, em Art. 174 - Abusar, em Art. 175 - Enganar, no Art. 176 - Tomar refeição Art. 179 - Fraudar
Fraudes e abusos na Emissão irregular de
duplicata ou nota de proveito próprio ou proveito próprio ou exercício de atividade em restaurante, alojar- execução, alienando,
venda que não alheio, de necessidade, alheio, da inexperiência comercial, o adquirente se em hotel ou utilizar-se fundação ou conhecimento de desviando, destruindo ou
corresponda à paixão ou inexperiência ou da simplicidade ou ou consumidor: de meio de transporte administração de depósito ou “warrant” danificando bens, ou
mercadoria vendida, em de menor, ou da inferioridade mental de sem dispor de recursos sociedade por ações. simulando dívidas: Pena -
quantidade ou qualidade, alienação ou debilidade outrem, induzindo-o à para efetuar o CESPE nunca cobrou. detenção, de seis meses
I - vendendo, como
ou ao serviço prestado. mental de outrem, prática de jogo ou verdadeira ou perfeita, pagamento: Pena - CESPE nunca cobrou. a dois anos, ou multa.
induzindo qualquer deles aposta, ou à especulação detenção, de quinze dias Ex.: Navio que chega,
mercadoria falsificada
Pena - detenção, de 2 a à prática de ato com títulos ou ou deteriorada; a dois meses, ou multa. descarrega 100 sacas de Parágrafo único -
4 (quatro) anos, e suscetível de produzir mercadorias, sabendo ou café e emite Somente se PROCEDE
multa. efeito jurídico, em devendo saber que a II - entregando uma OBS.: No caso, por exemplo conhecimento que tem MEDIANTE QUEIXA.
prejuízo próprio ou de operação é ruinosa: mercadoria por outra: da pessoa que vai até um 80. Não é necessário o
Parágrafo único. Nas terceiro: restaurante e tem prejuízo.
mesmas penas incorrerá Pena - reclusão, de um condições de pagar a conta
Pena - detenção, de 6 mas não paga porque não
aquele que falsificar ou Pena - reclusão, de dois a três anos, e multa. meses a 2 anos, ou
adulterar a escrituração a seis anos, e multa. quer, não comete o crime.
multa. O dono poderá processá-la
do Livro de Registro de
na seara civil.
Duplicatas. § 1º - Alterar em
obra que lhe é →Perdão Judicial
STJ: configura-se o encomendada a
delito de duplicata qualidade ou o peso de
Parágrafo único -
simulada quando o metal ou substituir, no
Somente se procede
agente emite duplicata mesmo caso, pedra
mediante representação,
que não corresponde à verdadeira por falsa ou
e o juiz pode, conforme
por outra de menor
efetiva transação as circunstâncias, deixar
valor; vender pedra falsa
comercial, sendo típica a de aplicar a pena
por verdadeira; vender,
conduta ainda que não (PERDÃO JUDICIAL).
como precioso, metal de
haja qualquer venda de ou outra qualidade: Pena
mercadoria ou - reclusão, de 1 a 5 anos, Não tem causa de
prestação de serviço. e multa. diminuição de pena aqui.
§ 2º - É aplicável o
disposto no art. 155, § 2º
(privilégio)
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Receptação
Receptação Qualificada- Receptação majorada-

exercício da atividade aumento de pena
Receptação Simples Receptação culposa Receptação de Animal Autonomia processual
comercial
Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, Art. 180 § 1º - Adquirir, Art. 180 § 3º - Adquirir ou Contra a Administração Direta ou Art. 180 § 4º - A receptação é
conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou receber, transportar, conduzir, receber coisa que, por Indireta. Art. 180-A. Adquirir, receber, punível, ainda que desconhecido ou
alheio, coisa que sabe ser produto de ocultar, ter em depósito, sua natureza ou pela transportar, conduzir, ocultar, ter isento de pena o autor do crime de
crime,/ (Receptação PRÓPRIA) ou INFLUIR desmontar, montar, remontar, desproporção entre o Art. 180 § 6o Tratando-se de bens em depósito ou vender, com a que proveio a coisa.
para que terceiro, de boa-fé, a adquira, vender, expor à venda, ou de valor e o preço, ou pela do patrimônio da União, de Estado, finalidade de produção ou de
receba ou oculte (Receptação qualquer forma utilizar, em condição de quem a do Distrito Federal, de Município ou comercialização, semovente MAS, se já houve sentença penal
IMPRÓPRIA): proveito próprio ou alheio, no oferece, deve presumir- de autarquia, fundação pública, domesticável de produção, ainda condenatória absolvendo o acusado
exercício de atividade se obtida por meio empresa pública, sociedade de que abatido ou dividido em partes, do primeiro crime pela excludente
Pena - reclusão, de 1 a 4 anos, e comercial ou industrial, coisa criminoso: economia mista ou empresa que deve saber ser produto de de ilicitude, pelo fato ser atípico,
multa. QUE DEVE saber ser produto de concessionária de serviços crime: não haveria também a receptação.
crime:
Pena - reclusão, de 3 a 8 anos,
Pena - detenção, de 1 mês públicos, aplica-se em
Consumação: a 1 ano, ou multa, ou Pena - reclusão, de 2 a 5 anos, e Cuidado: A extinção da punibilidade
e multa. ambas as penas. dobro a pena prevista
do primeiro crime não exclui a
multa.
no caput deste artigo. ( redação receptação.
Receptação PRÓPRIA: Crime material, se de 2017)
consumando quando a coisa entra na esfera § 2º - Equipara-se à atividade Perdão Judicial:
de disponibilidade do agente. Com a prática comercial, para efeito do
das condutas típicas, típicas (adiquirir, parágrafo anterior, qualquer Se o agente é primário, o
receber, transportar, conduzir, ocultar forma de comércio irregular ou juiz poderá, considerando as
produto de crime) clandestino, inclusive o Questões e Jurisprudência- Receptação
circunstâncias: deixar de
exercício em residência.
aplicar a pena (perdão
RECEPTAÇÃO IMPRÓPRIA: se consuma com a judicial), o que não É possível a receptação da receptação! Exemplo: Júnior, advogado, teve o seu relógio furtado. Dias
Crime próprio: quem pratica é depois, ao visitar uma feira popular, percebeu que o referido bem estava à venda por R$ 30,00. Como pagou
prática de qualquer ato idôneo a influir importará reincidência.
o comerciante indústria.
terceiro de boa-fé. Na receptação R$ 2.000,00 pelo relógio e não queria se dar ao trabalho de acionar as autoridades policiais, Júnior
Imprópria temos 3 indivíduos: o autor do desembolsou a quantia pedida pelo suposto comerciante e recuperou o objeto. Nesse caso Júnior praticou o
Nota-se que o DOLO É
crime antecedente, o autor da receptação EVENTUAL, mas a pena é muito delito de Receptação.
(intermediário) e um 3º de boa-fé. maior do que a do crime de
receptação com dolo direto.
NÃO confundir com receptação
culposa.
PRIVILÉGIO no caso das Receptações Vai se aplicar o privilégio do FURTO: Na receptação dolosa, se o agente é primário e é de pequeno valor a coisa, o juiz pode: substituir a pena de reclusão por detenção, diminuí-la
DOLOSAS de 1/3 a 2/3 ou aplicar somente a pena de multa.
31
DOS CRIMES CONSTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Praticado POR FUNCIONÁRIO contra a Praticado POR PARTICULAR contra a Administração em
Administração em geral geral
Peculato Usurpação de Função Pública
Inserção de dados falsos em sistema de informação Resistência
Notificação ou alteração não autorizada de sistema Desobediência

de informação
Extravio, Sonegação ou Inutilização de Livro ou Subtração ou Inutilização de Livro ou documento

documento
Emprego Irregular de verbas ou rendas Públicas Tráfico de Influência
Concussão –PACOTE ANTICRIME Sonegação de Contribuição Previdenciária
Excesso de Exação Desacato
Corrupção PASSIVA Corrupção ATIVA
Facilitação de Contrabando ou Descaminho Descaminho e Contrabando
Prevaricação Impedimento, Perturbação ou Fraude de Concorrência
Condescendência Criminosa Inutilização de Edital ou Sinal
Advocacia Administrativa
Violência Arbitrária
Abandono de função
Exercício funcional Ilegalmente antecipado ou

Prolongado
Violação de Sigilo Funcional
32
CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO

São crimes próprios, que por si só exigem o exercício da função (funcionais). →Os crimes funcionais se dividem em:
Classificação PRÓPRIOS: a condição de funcionário público é essencial para a existência do crime e, ausente essa qualidade, a atipicidade é
absoluta. Ex.: corrupção passiva, concussão
IMPRÓPRIOS: a condição de funcionário público é essencial para a existência do crime, mas, ausente essa qualidade, gera a
atipicidade relativa, ou seja, configura outro crime. Exemplo:Peculato apropriação→Apropriação Indébita
Concurso com É possível, mas o particular deve saber que o funcionário público possui essa qualidade. Nesse caso a condição de funcionário
particular pública se comunica, pois é elementar do delito.
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente OU SEM REMUNERAÇÃO,
Conceito de exerce cargo, emprego ou função pública. →Equipara-se a funcionário público:
funcionário
Público –ex § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal (corrente ampliativa –
autarquias, fundações instituídas pelo poder público, empresas públicas e sociedades de economia mista), e quem trabalha para empresa
lege prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica (atividade-fim, ex: iluminação
pública, coleta de lixo, dentre outras) da Administração Pública. OBS.: Não é atividade fim: serviço de limpeza, vigilante.
Engloba: Estagiário, jurado, mesário, médico que atende no SUS.. NÃO engloba funções com “múnus público”: tutor, curador,
inventariante, administrador judicial.
Art. 92 do CP - São também efeitos da condenação:
I - A PERDA DE CARGO, função pública ou mandato eletivo:

Efeito
Secundário da
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a 1 ano, nos crimes praticados com abuso de
Condenação poder ou violação de dever para com a Administração Pública;
b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 anos nos demais casos.
Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser motivadamente declarados na sentença.
Progressão de Art. 33 § 4o O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de regime do cumprimento da pena
Regime condicionada à:
→ Reparação do dano que causou, ou
→à Devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais.
Causa de Art. 327 § 2º - A pena será aumentada 1/3 quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de
Aumento de CARGOS EM COMISSÃO ou de FUNÇÃO DE DIREÇÃO OU ASSESSORAMENTO de órgão da administração direta, sociedade de economia
pena- cargos em mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.
comissão ou de
E a autarquia? Nesse caso, pela legalidade estrita, não tem como fazer uma analogia in malam parte. Logo, funcionário com cargo
função de direção
em comissão de autarquia, não poderá ter esse aumento de pena.
33
Peculato
Peculato Apropriação e Peculato Furto-forma Peculato Culposo Peculato Estelionato-Peculato mediante

Peculato Desvio equiparada erro de outrem
Art. 312 - Apropriar-se o Art. 312 § 1º - Aplica-se a Art. 312 § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem: Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer
funcionário público de utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro
mesma pena, se o funcionário
dinheiro, valor ou qualquer Pena - DETENÇÃO, de 3 meses a 1 ano. de outrem:
público, embora não tendo a
outro bem móvel, público ou
particular, de que tem a posse posse do dinheiro, valor ou Pena - RECLUSÃO, de 1 a 4 anos, e multa.
OBS.: dentre todos os crimes funcionais, o peculato é o ÚNICO CRIME que possui a forma culposa.
em razão do cargo (Peculato- bem, o subtrai, ou concorre Ex.: Funcionário Público que esquece a porta aberta ao entrar na repartição público e permitiu que o
apropriação), ou desviá-lo para que seja subtraído, em agente José roubasse bens da repartição. OBS.: para configuração desse delito é imprescindível que
(Peculato-desvio), em proveito próprio ou alheio, o agente NÃO TENHA PROVOCADO O ERRO. Nesse caso
proveito próprio ou alheio: valendo-se de facilidade que lhe Art. 312 § 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença poderá responder pelo crime de estelionato.
proporciona a qualidade de irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. (só se
Pena - RECLUSÃO, de 2 a funcionário aplica ao Peculato culposo) O bem chega ao agente por erro de outrem. Dolo
12 anos, e multa. posterior à chegada da coisa. Consumação: posse da
Posse Ilícita. Dolo Anterior. 1- Antes da sentença irrecorrível→extingue a punibilidade coisa.
Peculato Apropriação: Posse Consumação: pose pacífica.
anterior e LÍCITA. Dolo 2- Posterior a sentença irrecorrível→reduz de METADE a pena imposta
Posterior. Consumação:
posse pacífica
ATENÇÃO: se o crime do terceiro é apenas tentado, não há peculato culposo, o fato será atípico.
O crime do terceiro deve se CONSUMAR.
Peculato Desvio: Posse
anterior e LÍCITA. Dolo
Posterior. Consumação: Consumação: quando o crime do 3º se consumar.
destinação diversa.
Questões e Jurisprudência
STF.: No crime de Peculato, o proveito a que se refere a lei tanto pode ser material como moral, auferindo o agente qualquer vantagem ainda que não de natureza econômica.
CESPE COBRA MUITO: Peculato é crime próprio e crime funcional IMPRÓPRIO (na hipótese de não ser praticado por funcionário público, opera atipicidade relativa, passando a constituir tipo penal diverso.), afiançável e
prescritível.
34
Inserção de dados falsos em sistema de Informação Modificação ou Alteração em Sistema de Informação
-art. 313-A -Art. 313-B
Funcionário AUTORIZADO Funcionário NÃO AUTORIZADO
Inserir, facilitar a inserção, alterar ou excluir indevidamente Modificar ou alterar sistema de informação ou programa de
dados de banco de dados da Administração Pública informática.- Pena: Detenção, de 3 meses a 2 anos e multa
Com o fim de obter vantagem indevida para si ou para

outrem ou para causar dano –Pena: reclusão, de 2 a 12 anos
e multa.
P.U.: As penas são aumentadas de 1/3 até a metade se da

modificação ou alteração resulta DANO para a Administração
Pública ou para o administrado.
Extravio, sonegação ou Inutilização de Livro ou Documento
Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente:
Pena - reclusão, de 1 a 4 anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Emprego irregular de verbas ou rendas públicas
Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei:
Pena - detenção, de 1 a 3 meses, ou multa.
35
Crime Tipo
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de 2 a 8 anos, e multa.
O que mudou? A pena! A pena, na forma do caput, era de reclusão, de 2 a 8 anos, e multa. Isso
Concussão-PACOTE se mostrava nitidamente desproporcional com a pena da corrupção passiva, em que a conduta do
ANTICRIME agente é menos grave e a pena máxima chega aos 12 anos. Com o advento da Lei 13.964/2019, a pena
passou a ser de 2 a 12 anos de reclusão, e multa, o que, por ser alteração mais gravosa, só se aplica
aos crimes cometidos após o início de sua vigência.
Art. 316§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber
indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:
Excesso de Exação
Art. 316§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para
recolher aos cofres públicos: Pena - reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal
vantagem: Pena – reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.
Corrupção Passiva →Causa de Aumento de Pena: Art. 317 § 1º - A pena é aumentada de 1/3, se, em consequência da
vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica
infringindo dever funcional.
CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA: Art. 317 § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou

retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de
outrem:
Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou

Facilitação de Contrabando
descaminho: Pena - reclusão, de 3 a 8 anos, e multa.
ou Descaminho
Prevaricação Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo

Art. 319 -
contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: Pena -
detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa.
Prevaricação Imprópria Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de
vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros
presos ou com o ambiente externo: Pena: detenção, de 3 meses a 1 ano.
Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado

Condescendência
que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao
Criminosa conhecimento da autoridade competente: Pena - detenção, de 15 dias a um mês, ou multa.
Advocacia Administrativa Art. 321 –Agente PÚBLICO: Patrocinar, DIRETA OU INDIRETAMENTE, interesse privado perante a
administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário: Pena - detenção, de 1 a três meses, ou multa.
Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo: Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.
Violência Arbitrária Art. 322 - Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la: Pena - detenção, de seis
meses a três anos, além da pena correspondente à violência.
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Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei: Pena - detenção, de 15 dias a 1 mês, ou
multa.
Abandono de Função § 1º - Se do fato resulta prejuízo público:Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira: Pena - detenção, de um a três anos, e
multa.
Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a
Exercício legalmente exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou
antecipado ou prolongado suspenso: Pena - detenção, de 15 dias a um mês, ou multa.
Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo,
ou facilitar-lhe a revelação: Pena - detenção, de 6 meses a 2 anos, ou multa, se o fato não constitui
crime mais grave.
§ 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem:
I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer

Violação de sigilo funcional outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da
Administração Pública;
(Não confundir com o crime de
violação de segredo)
II – se utiliza, INDEVIDAMENTE, do acesso restrito.
Forma qualificada: § 2o Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a

outrem: Pena – reclusão, de 2 a 6 anos, e multa.
➔ É crime subsidiário. Dessa forma, se o agente “solicita vantagem indevida” ou “exige vantagem indevida”,
MESMO que seja para revelar informações sigilosas, o agente pratica o crime mais grave.
➔ Exceção (CESPE COBROU): PORÉM Quando a Violação de Sigilo for qualificada (causar dano a ADM ou a Outrem)
não se aplicará a subsidiariedade presente no caput do Art. 325, CP. O agente responderá pelos DOIS CRIMES.
37
Questões e Jurisprudência
Os únicos crimes que foram cobrados outros assuntos além da literalidade da Lei foram o crime de Concussão e Corrupção Passiva:
Concussão Corrupção Passiva
Exigir, Solicita, recebe ou aceita promessa
Aqui há uma exigência, uma condição para o funcionário cumprir →Na modalidade receber e aceitar trata-se de crime de encontro ou
alguma atribuição. bilaterais, pois nesses casos o terceiro cometerá o crime de Corrupção ATIVA.
Obs.: se o 3º apenas “cedeu” à solicitação não pratica crime.
STJ.: se o funcionário público emprega violência ou grave ameaça, A vantagem deve ser “para si ou para outrem”. Dessa forma, o policial que
ainda que recebe da vítima dinheiro para colocar gasolina na VIATURA para fazer
tenha se valido dessa condição para obtenção da vantagem, investigação, não pratica esse crime
comete o crime de extorsão, ou
seja, em hipótese alguma a concussão pode ser praticada com
violência ou grave ameaça
O crime é formal, portanto, se consuma com a EXIGÊNCIA. A efetiva A corrupção passiva é CRIME FORMAL (regra), não sendo necessário o
recebimento da vantagem para consumação.
entrega da vantagem indevida é mero exaurimento do crime.
Dessa forma, um delegado, por exemplo que é pego no momento que Exceção: Na modalidade ‘’ receber’’, como por exemplo, o funcionário que vê o
dono do restaurante lhe fazendo olhares sugestivos e colocando um envelope de
está recebendo a propina NÃO pode ser preso em flagrante, pois o
10 mil reais no seu paletó. Nesse caso o CRIME É MATERIAL e se consuma somente
crime já havia se consumado dias antes. com o recebimento da vantagem.
Logo, a prisão em flagrante deve se dar no momento da exigência.
38
CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

Crime Tipo Obs
Usurpação de Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública: Pena - detenção, de 3 meses a 2 anos, e multa.
Função Forma Qualificada: Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem: Pena - reclusão, de dois
Pública a cinco anos, e multa.
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, MEDIANTE VIOLÊNCIA OU AMEAÇA a funcionário competente A conduta é ATIVA e
para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio: Pena - detenção, de 2 meses a 2 anos.
SEMPRE com
Violência ou Grave
Resistência Qualificada
Ameaça.
Resistência Art. 329 § 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa: Pena - reclusão, de 1 a 3 anos. §
OBS:2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.
Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público: Pena - detenção, de 15 dias a 6 A conduta pode ser
meses, e multa.
ATIVA OU PASSIVA, e
não tem violência
Se consuma com a mera desobediência.Ex.: Em uma Blitz, o policial faz um sinal para um carro parar e
o carro ‘’ fura’’ a blitz. Ex.: recusa em apresentar documentos quando solicitado pelo policial. nem grave ameaça.
Ex.: Pessoa se
Desobediência segura em um poste
STJ: O descumprimento de medida protetiva de urgência prevista na Lei Maria da Penha (art. 22 da Lei
11.340/2006) não configura crime de desobediência (art. 330 do CP). pois não quer ser
presa.
OBS.: Não se pode punir por desobediência quando o agente está no direito da ampla defesa. Ex.:
Negar a fazer o teste do bafômetro.
Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: OBS.: O Superior
Tribunal de Justiça
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. entende que manter
a tipificação do
Desacatar é menosprezar, desrespeitar, desprestigiar, humilhar, a FUNÇÃO EXERCIDA pelo
crime de desacato
Desacato FUNCIONÁRIO PÚBLICO.
no sistema jurídico
CONDIÇÃO: deva ocorrer na PRESENÇA DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO. Assim, não há desacato se a “ofensa” brasileiro não ofende
ocorrer por meio de petição, telefone, meios de comunicação, etc. a Convenção
Americana sobre
Direitos Humanos.
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de
Tráfico de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função: Pena
OBS.: É mais
- reclusão, de 2 a 5 anos, e multa. GENÉRICO que o
Influência crime de Exploração
de Prestígio. Nesse,
Causa de Aumento de Pena: Parágrafo único - A pena é AUMENTADA DA METADE, se o agente alega
ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário. o suposto
funcionário só pode
ser Juiz, jurado, etc.
Corrupção Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a Aqui, o crime é
praticar, omitir ou retardar ato de ofício: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. COMUM (não é crime
Ativa próprio). Pode ser
OBS.: o ato deve ser ESPONTÂNEO. Se “ceder”, não configura o crime de corrupção ativa. Por isso que cometido por
se fala que o Crime de corrupção ativa e o crime de concussão são incompossíveis. qualquer pessoa.
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Descaminho Contrabando
Natureza É crime Tributário Não possui natureza tributária
Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou Art. 334-A. Importar ou exportar MERCADORIA PROIBIDA:
IMPOSTO DEVIDO pela entrada, pela saída ou pelo consumo de Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos.
Tipo mercadoria.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Formas
equiparadas Art. 334 § 1o Incorre na mesma pena quem: Art. 334-A § 1o Incorre na mesma pena quem:
I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em I - pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando;
lei;
II - importa ou exporta clandestinamente
II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho; mercadoria que DEPENDA DE REGISTRO, análise ou
autorização de órgão público competente; perceba que aqui
III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer não tem nada a ver com IMPOSTO.
forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de
atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência III - reinsere no território nacional mercadoria
estrangeira que introduziu clandestinamente no País ou importou brasileira destinada à exportação;
fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução
clandestina no território nacional ou de importação fraudulenta
por parte de outrem;
IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou

alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial,
mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada de
documentação legal ou acompanhada de documentos que sabe
serem falsos.
§ 2o Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos

deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino
de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências.
Causa de § 3º A pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é § 3º A pena aplica-se em dobro se o crime de
Aumento de Pena praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial. contrabando é praticado em transporte aéreo, marítimo
ou fluvial.
Classificação/ Crime FORMAL. Não necessitando de constituição definitiva do Crime FORMAL. Se consuma com a entrada do bem.
Consumação crédito tributário (apesar de ser crime tributário) e da ocorrência
de efetivo prejuízo ao erário. Se consuma com a mera liberação na
alfândega.
Princípio da É cabível, até a importância de 20 mil reais. Não é cabível

Insignificância
Observações: Observações: foi tipificado no Código Penal brasileiro em
decorrência do princípio da continuidade normativo-típica.
Observações Até 2014 ficava junto com o crime de Descaminho
➔ Existem alguns produtos nacionais, mas que

recebem tratamento diferenciado PARA EXPORTAÇÃO. Ex.:
cigarros. Nesse caso não é descaminho, é contrabando!!
40
Sonegação de Contribuição Previdenciária
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:
I – omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária
Tipo Simples segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços;
II – deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos segurados
ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços;
III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores
de contribuições sociais previdenciárias:
Pena – reclusão, de 2 a 5 anos, e multa.

§ 1 É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições, importâncias ou valores e presta
o
Extinção da
as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal.-->
Punibilidade INDEPENDENTEMENTE do pagamento do débito Previdenciário.
STF: se antes do trânsito em julgado o agente paga o que deve, há também a extinção da punibilidade
2o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes,
desde que:
Privilégio II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social,
administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais.
Causa de § 3o Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos e dez
diminuição reais), o juiz poderá reduzir a pena de 1/3 até a metade ou aplicar apenas a de multa.
de pena
OBS.: Questão CESPE 2020: A conduta de quem faz declaração falsa de estado de pobreza para fins de obtenção dos benefícios
da justiça gratuita em ação judicial é considerada ATÍPICA.
41
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA
Denunciação Caluniosa Comunicação Falsa de Autoacusação Falsa

Crime ou Contravenção
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação Art. 340 - Provocar a ação de Art. 341 - Acusar-se, perante a
policial, de processo judicial, instauração de autoridade, comunicando-lhe a autoridade (policial, ministerial e
investigação administrativa, inquérito civil ou ação de ocorrência de CRIME OU DE judiciária), de CRIME inexistente ou
Tipo improbidade administrativa contra alguém, CONTRAVENÇÃO que sabe não se praticado por outrem: Pena -
imputando-lhe CRIME de que o sabe inocente: ter verificado: detenção, de 3 meses a 2 anos, ou
multa.
Pena - reclusão, de 2 a 8 anos, e multa. Pena - detenção, de 1 a 6
meses, ou multa.
Diferença Aqui o sujeito passivo é uma PESSOA, DETERMINADA Aqui não existe pessoa Aqui ele acusa a SI MESMO
determinada,
Causa de Art. 339 § 1º - A pena é aumentada de 1/6,
aumento de se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto.
pena - -
Minorante § 2º - A pena é diminuída de metade, se a

imputação é de prática de contravenção.
- -
Com a efetiva instauração do processo ou Quando a autoridade pratica Consuma-se no momento em que
procedimento. qualquer ato para investigar. Não o agente atribui a si a autoria de
Precisa Instaurar nada crime inexistente ou praticado
Consumação por outro, não se exigindo a
OBS.: No caso do IP, não é necessária a instauração,
mas a mera investigação preliminar instauração.
Admite SIM, mas com causa de diminuição de pena (diminui a SIM NÃO
imputar metade)
contravenção
Favorecimento PESSOAL Favorecimento REAL

Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de coautoria
autoridade pública autor de CRIME a que é cominada (abrange partícipe) ou de receptação, AUXÍLIO destinado a
pena de reclusão: Pena - detenção, de 1 a 6 meses, e tornar seguro o proveito DO CRIME (não abrange
Tipo multa. contravenção). Pena - detenção, de 1 a 6 meses, e multa.
Forma Privilegiada § 1º - Se ao crime não é cominada pena de reclusão:
Pena - detenção, de 15 dias a 3 meses, e multa. NÃO TEM
Abrange o coautor, mas não inclui contravenção.

Escusa Absolutória Art. 348 § 2º - Se quem presta o auxílio é
ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do NÃO TEM
(causa pessoa de
criminoso, fica isento de pena.
isenção de pena)
Classificação Crime MATERIAL: consuma-se quando o favorecido,

Crime FORMAL: consumando-se com a prestação idônea do
em razão do auxílio do agente, consegue se subtrair,
ainda que por breve instantes, da ação da autoridade auxílio, ainda que a pessoa beneficiada não tenha conseguido
pública. tornar seguro o proveito do crime.
42
Outros Crimes contra a Administração da Justiça
Art. 338 - Reingressar no território nacional o estrangeiro que dele foi expulso: Pena - reclusão, de 1 a 4 anos, sem
prejuízo de nova expulsão após o cumprimento da pena.
Reingresso de Conduta é de reingressar, voltar. É Preciso 3 etapas:

Estrangeiro expulso
1- Estrangeiro é expulso
2- Estrangeiro SAI do Brasil
3- Estrangeiro retorna ao Brasil
Logo, no caso do estrangeiro ter sido expulso, mas não chega sequer a sair do Brasil, nesse caso não teremos o crime
de reingresso de estrangeiro expulso. Trata-se de um CRIME MATERIAL, pois depende do reingresso para a efetiva
consumação.
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete
em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: Pena- reclusão de 2 a 4 anos e multa.
Crime de mão própria e crime próprio.
Falso Testemunho ou
Falsa Perícia*** Causa de aumento de pena:
É CRIME PRÓPRIO E DE Art. 343 § 1o As penas aumentam-se de 1/6 a 1/3, se o crime é praticado mediante suborno /ou se cometido com o fim
MÃO PRÓPRIA. Não de obter prova destinada a produzir efeito em PROCESSO PENAL, /ou em processo civil em que for parte entidade da
admite coautoria administração pública direta ou indireta.
(exceção. STF: advogado
que induz testemunha é Causa de Extinção da Punibilidade **** CESPE:
coautor).
JURISPRUDÊNCIA: MAS É Art. 343 § 2o O fato deixa de ser punível se, ANTES DA SENTENÇA NO PROCESSO EM QUE OCORREU O ILÍCITO, o agente se
retrata (desmentir) ou declara a verdade (não precisa de espontaneidade).
possível a PARTICIPAÇÃO,
se a pessoa induziu,
ATENÇÃO!! CESPE cobrou: para extinção da punibilidade, o agente poderá declarar a verdade quando for processado
instigou ou prestou pelo crime EM QUE OCORREU O ILÍCITO (ou seja, NO PROCESSO QUE TRATA DO CRIME OBJETO DA PERÍCIA), e não no
auxílio. (Aqui, ela não processo que trata do crime de falsa perícia.
OFERECEU nada).
Art. 343. DAR, OFERECER OU PROMETER DINHEIRO ou QUALQUER OUTRA VANTAGEM a testemunha, perito, contador,
tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução
ou interpretação: Pena - reclusão, de 3 a 4 anos, e multa.
Causa de aumento de pena:

Corrupção Ativa
Específica** Art. 342 Parágrafo único. As penas aumentam-se de 1/6 a 1/3, se o crime é cometido com o fim de obter prova destinada
a produzir efeito em processo penal /ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou
“Suborno de testemunha, indireta.
perito, etc”
OBS.: Aqui não tem a causa de aumento de pena “suborno”, pois o mesmo já integra o tipo.
CESPE COBRA MUITO
CONSUMAÇÃO: O crime de suborno de testemunha se consuma como o pagamento, oferta ou promessa, conforme a
Obs.: se a pessoa conduta.Não interfere na consumação a realização de depoimento em juízo.
INSTIGAR, responde como
partícipe no crime de OBS.: Doutrina entende que se o agente que sofre a corrupção for funcionário público, nesse caso se estaria diante do
Falso Testemunho. crime de Corrupção Ativa propriamente dita (Art. 333). Ex.: Agente que oferece dinheiro a contador que prestou concurso,
que integra o TRF, a alterar o parecer dele. Nesse caso o crime será de corrupção ativa.
Art. 344 - Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade,
parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou
em juízo arbitral: Pena - reclusão, de 1 a 4 anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
Coação no curso do
Processo** Ex. (CESPE): Jonas usou de grave ameaça contra perito com o objetivo de favorecer os interesses da empresa onde
trabalha, que está envolvida em contenda submetida ao juízo arbitral
43
Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, EMBORA LEGÍTIMA, salvo quando a lei o permite:
Exercício Arbitrário
das Próprias razões Pena - detenção, de 15 dias a 1 mês, ou multa, além da pena correspondente à violência.
Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.

Art. 346 - Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de terceiro por determinação
Destruir coisa própria
judicial ou convenção: Pena - detenção, de 6 meses a 2 anos, e multa.
que se acha em poder de
terceiro
Art. 347 - Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa
ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito: Pena - detenção, de 3 meses a 2 anos, e multa.
Causa de aumento de pena:
Parágrafo único - Se a inovação se destina a produzir efeito em processo penal, ainda que não iniciado, as
Fraude Processual penas aplicam-se em dobro.
Logo, o crime de Fraude processual, pode ocorrem em: (CESPE**, NÃO tem juízo arbitral)
➔ Processo CIVIL
➔ Processo ADMINISTRATIVO
➔ Processo PENAL (nesses casos a pena aplica-se em DOBRO).
Art. 349-A. Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho telefônico de comunicação
Favorecimento real móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em estabelecimento prisional. Pena: detenção, de 3 meses a 1 ano.
IMPRÓPRIO
Art. 351 - Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida a medida de segurança detentiva:
Forma qualificada: § 1º - Se o crime é praticado a mão armada, ou por mais de uma pessoa, ou mediante arrombamento, a
Fuga de pessoa presa ou
pena é de reclusão, de dois a seis anos.
submetida a medida de
segurança § 2º - Se há emprego de violência contra pessoa, aplica-se também a pena correspondente à violência.
§ 3º - A pena é de reclusão, de um a quatro anos, se o crime é praticado por pessoa sob cuja custódia ou guarda está o
preso ou o internado.No caso dessa qualificadora, é crime próprio
Crime culposo § 4º - No caso de culpa do funcionário incumbido da custódia ou guarda, aplica-se a pena de detenção, de
3 meses a 1 ano, ou multa.
Art. 352 - Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido a medida de segurança detentiva, usando de
Evasão MEDIANTE violência CONTRA A PESSOA: Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, além da pena correspondente à violência.
VIOLÊNCIA contra
pessoa Esse é o caso da pessoa que foge, ou tenta fugir usando de violência CONTRA A PESSOA.
OBS.: CESPE COBROU: se ele usa violência só contra coisa, o fato será ATÍPICO. Ex.: prisioneiro que no meio a audiência
pede para ir no banheiro, quebra uma janela e foge. É um CRIME DE ATENTADO: é aquele delito no qual a mera tentativa já
consuma o crime. Logo, se o agente mesmo que não consiga fugir, e não consegue, o indivíduo respondo pelo crime
CONSUMADO
Art. 353 - Arrebatar preso, a fim de maltratá-lo, do poder de quem o tenha sob custódia ou guarda: Pena - reclusão,
Arrebatamento de preso
de 1 a 4 anos, além da pena correspondente à violência.
(linchamento)
Art. 354 - Amotinarem-se presos, perturbando a ordem ou disciplina da prisão:Pena - detenção, de 6 meses a 2 anos,
Motim de presos
além da pena correspondente à violência.A doutrina admite que esse crime ocorra dentro de viatura da polícia (não precisa
ser no estabelecimento policial)A doutrina entende que para se verificar o motim, precisam tem no mínimo 4 pessoas.
44
Art. 355 - Trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever profissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio,
em juízo, lhe é confiado: Pena - detenção, de 6 meses a 3 anos, e multa.
• Forma Equiparada: Patrocínio simultâneo ou TERGIVERSAÇÃO (Patrocínio sucessivo)
Parágrafo único - Incorre na pena deste artigo o advogado ou procurador judicial que defende na mesma causa,
simultânea /ou sucessivamente, partes contrárias.
Patrocínio Infiel*
3 hipóteses de Patrocínio:
1- Patrocínio Infiel: o agente viola o seu dever funcional e prejudica o seu cliente.
2- Patrocínio Simultâneo: o advogado patrocina interesse de partes contrárias simultaneamente. Se consuma
quando houver a conduta, independentemente de prejuízo.
3- Patrocínio Sucessivo (tergiversação): o agente patrocina interesses de partes contrárias SUCESSIVAMENTE.
CONSUMAÇÃO da tergiversação(CESPE): A sua consumação exige a prática de ato processual, não bastando a simples
outorga de procuração.
Art. 356 - Inutilizar, total ou parcialmente, ou DEIXAR DE RESTITUIR AUTOS, documento ou objeto de valor probatório,
Sonegação de papel
que recebeu na qualidade de advogado ou procurador: Pena - detenção, de 6 meses a 3 anos, e multa.
ou objeto de valor
probatório** Consumação: há duas hipóteses de consumação do crime: na inutilização quando se perde o valor probatório do bem
destruído// e na não restituição quando, MESMO INTIMADO, deixa de cumprir sua obrigação.
É um “TRÁFICO DE INFLUÊNCIA” específico”. CESPE: A distinção fundamental entre os tipos penais tráfico de influência
e exploração de prestígio diz respeito à pessoa sobre a qual recairá a suposta prática delitiva. No tráfico de influência, o
corruptor putativo é um funcionário público qualquer
Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do
Exploração de Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha: Pena - reclusão, de
Prestígio 1 a 5 anos, e multa.
Causa de aumento de Pena:
Parágrafo único - As penas aumentam-se de 1/3, se o agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade também
se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo.
Art. 358 - Impedir, perturbar ou fraudar arrematação judicial;

Violência ou fraude em
arrematação judicial
Pena - detenção, de 2 meses a 1 ano, ou multa, além da pena correspondente à violência.
Desobediência a decisão Art. 359 - Exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus, de que foi suspenso ou privado por decisão judicial:
judicial sobre perda ou
Pena - detenção, de 3 meses a 2 anos, ou multa.Ex.: advogado que teve a carteirinha da OAB foi suspensa, e mesmo
suspensão de direito
assim continua a trabalhar. Ou da pessoa que perde a carteira e continua a dirigir.
45
Crimes Contra as Finanças Públicas –Cobra-se a literalidade
Contratação de operação de crédito Art. 359-A. Ordenar, autorizar ou realizar operação de crédito, interno ou externo, sem prévia autorização
legislativa: Pena – reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos.
Parágrafo único. Incide na mesma pena quem ordena, autoriza ou realiza operação de crédito, interno ou externo:
I – com inobservância de limite, condição ou montante estabelecido em lei ou em resolução do Senado Federal;
II – quando o montante da dívida consolidada ultrapassa o limite máximo autorizado por lei.
Inscrição de despesas não empenhadas em restos a pagar Art. 359-B. Ordenar ou autorizar a inscrição em restos a pagar, de despesa que não
tenha sido previamente empenhada ou que exceda limite estabelecido em lei: Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.
Assunção de obrigação no último ano do mandato ou legislatura Art. 359-C. Ordenar ou autorizar a assunção de obrigação, nos dois últimos
quadrimestres do último ano do mandato ou legislatura, cuja despesa não possa ser paga no mesmo exercício financeiro ou, caso reste parcela a ser
paga no exercício seguinte, que não tenha contrapartida suficiente de disponibilidade de caixa: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Ordenação de despesa não autorizada Art. 359-D. Ordenar despesa não autorizada por lei: Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Prestação de garantia graciosa: Art. 359-E. Prestar garantia em operação de crédito sem que tenha sido constituída contragarantia em valor
igual ou superior ao valor da garantia prestada, na forma da lei: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
Não cancelamento de restos a pagar Art. 359-F. Deixar de ordenar, de autorizar ou de promover o cancelamento do montante de restos a
pagar inscrito em valor superior ao permitido em lei: Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.
Aumento de despesa total com pessoal no último ano do mandato ou legislatura Art. 359-G. Ordenar, autorizar ou executar ato que acarrete
aumento de despesa total com pessoal, nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato ou da legislatura: Pena – reclusão, de 1 (um) a 4
(quatro) anos.
Oferta pública ou colocação de títulos no mercado Art. 359-H. Ordenar, autorizar ou promover a oferta pública ou a colocação no mercado
financeiro de títulos da dívida pública sem que tenham sido criados por lei ou sem que estejam registrados em sistema centralizado de liquidação e de
custódia: Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Crimes Contra as Finanças Públicas-BIZU

ASSUNÇÃO de obrigação no último ano do AUMENTO de despesa total com o pessoal no
mandato ou legislatura último ano do mandato ou legislatura
Ordenar ou autorizar a assunção de obrigação, nos Ordenar, autorizar ou executar ato que acarrete AUMENTO
de despesa total com pessoal, nos 180 dias
2 últimos quadrimestres (8 meses) do último
ano do mandato ou legislatura anteriores ao final do mandato ou legislatura.
+
Cuja despesa não possa ser paga no mesmo exercício
financeiro OU, Pena: reclusão 1 a 4 anos.
caso reste parcela a ser paga no exercício seguinte, que
não tenha contrapartida suficiente de disponibilidade de
caixa.
Pena: reclusão 1 a 4 anos.
46

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DIREITO PENAL-PARTE ESPECIAL

→Roubo- ALTERAÇÃO PACOTE ANTICRIME

→Estelionato e outras fraudes- ALTERAÇÃO PACOTE ANTICRIME

Dos crimes Praticado por Funcionário contra a Administração em geral

Dos crimes contra as finanças Públicas

HOMICÍDIO- Art. 121 CP, “matar alguém”. Pena: 6 a 20 anos

PRIVILEGIADO: redução 1. Motivo de relevante valor MORAL ou SOCIAL, ou

1.Motivo Paga ou promessa de recompensa. (Homicídio mercenário). Corrente majoritária: se exige

2.Motivo É aquele motivo desproporcional

Majorado A pena é duplicada:

Induzimento, Instigação ou Auxílio ao Suicídio- art. 122- lei 13.968/19

§ 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte:

§ 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede virtual.

→O crime passa a ser FORMAL:

Redação Antiga Redação Nova

Reclusão de 2 a 6 anos se o suicídio se consuma

Agora, os resultados passam a ser QUALIFICADORAS:

§ 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão

§ 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte:

ATENÇÃO: Se a vítima for doente mental/menor de 14/incapaz ou

ABORTO- art. 124, 125 e 126 do CP

Abandono de Incapaz Exposição ou Abandono de Recém-

I - se o abandono ocorre em lugar ermo;

II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou

III – se a vítima é maior de 60 anos

Pode ocorrer tanto na forma COMISSIVA como COMISSIVA.

Consumação: no momento em que, em razão do abando, a vítima

Outros crimes (não foram cobrados pela CESPE)

Pena - detenção, de 2 meses a 1 ano, ou multa.

Maus-Tratos Art. 136 § 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:

Pena - reclusão, de 1 a 4 anos.

Pena - reclusão, de 4 a 12 anos.

O agente não quer provocar esses resultados

• Causa de aumento de pena (majorante)

Pena - detenção, de 15 dias a 2 meses, ou multa.

Honra Objetiva Objetiva SUBJETIVA (para a consumação, a

III - se do crime imputado, embora

Art. 140 § 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:

Perdão Judicial - - I - quando o ofendido, de forma reprovável,

II - no caso de retorsão imediata, que

Aumentam-se de 1/3, se qualquer dos crimes é cometido contra:

Aplica-se a pena em dobro - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa,

Exclusão do crime (INJURIA e DIFAMAÇÃO):

Retratação: (Calúnia ou Difamação)

Pedido de explicações: (TODOS)

Ação Penal nos Crimes contra a Honra

Constrangimento ilegal- art. 146 Ameaça- art. 147

Sequestro e Cárcere Privado- Art, 148. Redução à condição análoga a de escravo

III - submetê-la A QUALQUER TIPO DE SERVIDÃO; IV - ADOÇÃO ILEGAL; ou V - EXPLORAÇÃO SEXUAL.

Pena - reclusão, de 4 a 8 anos, e multa.

• Aumento de Pena: § 1o A pena é aumentada de 1/3 até 1/2 se:

É crime FORMAL: não necessida do resultado,

Crime contra a Inviolabilidade de Domicílio

Violação de Domicílio- art. 150

§ 5º - NÃO se compreendem na expressão "casa":

II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero.

Divulgação de segredo- art. 153 Violação de segredo profissional – art. 154

§ 2o Quando resultar prejuízo para a Administração Pública, a AÇÃO PENAL SERÁ

Majorante: § 2o Aumenta-se a pena de 1/6 a 1/3 se da invasão resulta prejuízo econômico.

§ 5o Aumenta-se a pena de 1/3 à metade se o crime for praticado contra:

I - Presidente da República, governadores e prefeitos;

II - Presidente do Supremo Tribunal Federal;