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As

Marcas
Autor: Horácio Pedro Langa
(MC Sunórbio Aristotéles)
1ͣ Edição
Original
Introdução

Este livro é baseado em factos reais. Como está a Nossa Mãe África hoje? e como estará
amanhã? Estas são as perguntas. Inspirei – me na África da actualidade.

Este livro é da autoria do Horácio Pedro Langa (MC Sunórbio Aristóteles). Inspirado na África
de ontem, de hoje e do amanhã.
África, Terra Linda e Abençoada, Terra de Doenças e Cicatrizes, Terra de Marcas

Houve momentos que não conhecíamos mais as nossas características, nossa pele estava marcada
por cicatrizes e feridas imundas, onde os escravos eram a marca da besta, a marca da Guerra, os
colonos humilhavam – nos entre vários nomes, tratamentos entre outros, correntes passavam do
nosso pescoço, no caminho o nosso ar nos abandonava, os colonos nos maltratavam, eramos
Homens sem proteção, Homens sem direito a liberdade, Homem vadio, ficaram as marcas em
locais onde passamos, locais onde vivemos, perdemos milhões de Irmãos, Pais, Filhos, Primos,
Amigos, entre outros, fomos chicoteados, arrastados para morte.

África, Terra dos meus Pais, dos meus Avós, dos meus Irmãos e dos meus Filhos, Africa o Berço
da Humanidade, lutamos e não conseguimos, planeamos e não seguimos, o nosso trajecto, não
fomos até ao ponto de escutar uns aos outros, corrupção é a chave das vidas perdidas.

Onde estariam aqueles que diziam, África um dia mudará e que os colonos abandonariam a nossa
Terra?

Vendiam as nossas vidas por um preço, e hoje os mesmos dizem “A vida não tem preço”.
Massacravam as crianças á quem hoje as chama de “Crianças que nunca murcham”. Outrora
“Crianças são o Futuro do amanhã”. Nega os a educação, distribuem – os trabalhos domésticos,
outrora ficam sem alimentos, sem tecto para se esconderem da Chuva.

África Terra Minha, onde se encontram os verdadeiros Filhos dessa Terra, são os que morreram?
são os que nos governam? São os aliados com outros governos falsos? São os que vendem a
nossa Terra? São os que massacram os Seres Humanos, os animais, a nossa floresta ou entre
outras?

Quem salvará a nossa Terra? quem nos tirará da escuridão? Quem entregará tudo pela nossa Mãe
África? Somos nós? São os nossos Filhos? Ou será outra geração?

África nunca mudará, somos todos corruptos, há quem reclama do governador por estar no
quadro dos corruptos, outrora confiamos nele, Ele também se alinha a esse quadro.

Oh África, oh África, minha Mãe, cuide de nós seus Filhos.


Povo Unido

Há anos que ouço essa frase, linda por ser chamada, e feia por ser cumprida, quem mostrará – me
pelo menos um povo unido cá em África e não só, em todo o mundo, onde estará o povo unido,
parem de ser enganados, parem de engolirem as mentiras do vosso compatriota, parem de
acreditarem nas mentiras de quem esconde a verdade, parem de acreditarem a quem fala que
todos os irmãos se amam.

Nenhum argumento irá mudar o nosso destino, nenhum argumento irá mudar as nossas vidas,
nenhum mal trará o bem, nenhuma morta trará vida, somos todos diferentes, a quem diz somos
todos iguais, outrora somos diferentes e o que nos iguala é o sangue, se formos a comparar o
nosso sangue será que provará? Pois é, há quem tem sangue vermelho escuro, outro vermelho
claro, entre outras cores.

O que tem dois nomes, por mais que seja a mesma coisa é diferente, como por exemplo: Horácio
Pedro Langa é outro lado e Sunórbio Aristóteles é outro. Muitos irão entender e poucos não irão.

Agora diga – me como um povo estará unido, se mesmo o nosso coração e o nosso cérebro não
estão unidos?

Pois é, é a partir dai que a dúvida aparece, somos todos enganados pelas nossas fraquezas e
forças, somos enganados pelas nossas mentiras.

No hino da Republica de Moçambique há uma parte onde vem escrito “Povo Unido do Rovuma
ao Maputo”, Onde estará esse tal povo? Todos os dias presenciamos Guerras e Guerras ao nosso
redor, falando em Guerras vejam os ataques do norte de Moçambique, da Província de Cabo
Delgado.

Cadê a tal prova que prova que somos um Povo Unido, o tal dito?

Lutas e Lutas que enfrentamos e não encontramos Paz, sangue e sangue derramado também não
encontramos Paz. Gritos e Gritos também não encontramos Paz. Gritamos “Socorro, Socorro” o
irmão não ajuda, foge por ter medo, ou assiste a sua morte por ódio.

Cadê o Povo Unido, o tal dito?


Riquezas

Oh minha mãe África, é tão difícil te resumir, resumir as suas riquezas. África que carrega
riquezas e riquezas, que não nos pertencem e pertencem ao outos Povos. Riquezas invisíveis ao
dono da Terra e visíveis a outros Povos.

Que malicia, que malicia meu Pai, que malicia meu Irmão, que malicia minha Mãe. O que fazem
com a nossa riqueza? Por onde passa a nossa riqueza? A quem pertence essa riqueza?. Todos
falam de Ti, mas eu nunca te vi “Riqueza” nuca te vi. Será por falta de sorte, ou será a culpa dos
responsáveis pela tal dita “Corrupção”?

Aparece Riqueza, que estou ansioso para te ver, se os meus Pais, meus Avós e meus Irmão não te
viram por favor aparece em mim.

Como provarei as outras gerações sobre a sua existência? Como posso provar que alimentas o
nosso Povo? Mas Como? Como?

Se não apareces em mim, em frente aos meus olhos, para poder te ver, reconhecer.

Sim Senhora, a tal dita Riqueza ninguém vê, nem os meus Pais, meus Avós, meus Irmãos entre
outros. Será por falta de “Sorte”? Será por não pertencer a esta Terra? Ou será por pertencer e
não ser visível?

São vários artistas gritando por Riquezas Africanas que nunca as vi, África Minha, África Minha
cadê as suas riquezas, por onde escondes?

Por onde vais?

Para onde vais?

Como eu gostaria de saber, há quem irei apanhar as tais respostas e provas disso?

África, és a tal dita cheia de Riquezas?

Onde encontrar as Riquezas de África?

África Minha
Trabalhadores

Oh minha África, como é tão belo ouvir que nessa Terra há Trabalhadores com força essencial e
com valor. Oh África minha África, Belissimo é o que carregas, belissimo é o crias, belissimo é
o seu valor.

Trabalhadores sem salário, trabalhadores sem condições de se sustentar, sem dinheiro para
comprar, os frutos, os alimentos, para poder viajar a volta do mundo, para sentir o prazer de
como é belo trabalhar.

Trabalhamos, trabalhamos e trabalhamos, mas nada, roubamos, roubamos e nos matam. O que
faremos, o que faremos irmãos, patrões, entre outros?

Trabalhamos a busca do sustento, a busca do nosso valor, até gastamos o nosso suor, lutamos
contra martelos, ou qualquer que sejam outras ferramentas. Pesos e pesos que carregamos, noites
e dias que trabalhamos, com sono e sem sono, com força e sem força com má saude e boa.

Trabalhadores e Trabalhadores.

Somos fortalecidos pelas nossas forças e mesmo assim não realizam as nossas realezas, não nos
confortam com o salário, não nos confortam com o nosso valor.

Trabalhadores e Trabalhadores.

Somos sim trabalhadores, e lutamos pelas nossas acções, nosso dia – a – dia e pela nossa saúde.
Sim somos trabalhadores.

Ora, muitos ficam sem salário, outrora sem emprego.

Somos todos filhos desse Continente, somos todos filhos de África. Ora vejamos que é lindo o
continente, e feio são os que nele habitam.

Somos todos Trabalhadores.

Trabalhadores e Trabalhadores
Filhos de África

Oh minha Mãe África, mais de 1 milhão de filhos talentosos, que brilham, que nos inspiram e
que nos alegram.

Filhos que te abandonam. Sim Mãe, Filhos que te abandonam. Filhos que vão para outras Terras
e se esquecem da própria Mãe, das suas origens, ora viva. Outrora nós somos vendedores, ou
melhor comerciantes. Ora vejamos, viajamos por volta do Mundo e destribuimos as nossas artes
e vendemos na nossa Terra. Enriquecemos noutros mundos, mudamos até do nome e de
nacionalidade e nos esquecemos das nossas origens.

Oh Mãe África. O que fizestes com os seus filhos? Será que não lhes cuidaste? Será o que?

Oh oh oh minha Mãe África.

Obras belissimas são escritas por seus filhos, cantos belissimos escritos e cantados pelas vozes
dos seus filhos. Filhos esses que te abandonam. Filhos que te ignoram, filhos que te
envergonham.

Oh Minha Mãe África, porque? Porque?

Porque seus filhos não se unem? Porque seus seus filhos não te confiam? Porque seus filhos não
de obedecem?

Será por terem medo da sua história?

Oh Minha Mãe África

Cuide de nós, volte para nós, guia nos em toda parte da sua Terra para podermos conhecer a sua
força, a sua beleza e a sua bondade.

Somos Brancos e Negros de África.


Culturas Áfricanas

Mãe, mãe, já nem sei o que queremos, o que acontece com esses povos, será vergonha? Será o
que?

São poucos os povos que se orgulham de ti, mesmo sofrendo, mesmo morrendo de sede ou fome,
de frio ou do sol que aquece, cadê as nossas culturas?

Foram plantadas e não serão mas colhidas? Nunca mas veremos por estarem escondidas? Os
nossos povos agora até tem vergonha de falarem a sua língua materna. Porque?

Oh que tristeza, que tristeza que não acaba,

Minha Mãe África, que fizeste com seus filhos? Porque eles te ignoram e te abandonam? Porque
eles não te gostam e nem te adoram?

Ficam felizes e alegres na tua tristeza e não choram.

Povos esses que copiam outras culturas, imitam outras línguas, conservam culturas doutros
povos e não cultivam a nossa.

Oh minha Mãe África.

Lutamos por henriquecer a cultura doutros povos e não da nossa, copiamos danças, escritas, e
cantos e não criamos a nossa arte. Não fazemos a nossa parte, lutamos contra os irmãos e
protejemos outros por riquezas.

Meus antepassados lutaram, guerras e guerras mesmo assim nada muda. E eu aqui escrevendo
procurando se algo muda, oh minha Mãe África, esse é o meu grito, esse é o nosso grito.

Busquemos de volta a nossa cultura, criemos condições de elevarmos, mostremos ao mundo que
somos todos Africanos num só grito do hino de África.

Culturas Africanas
Paisagens

Oh minha Mãe África, suave é a tua pele, suave é a tua cria, suave é a sua espécie, belíssima é a
sua paisagem.

Praias lindas, que brilham ao nosso olhar, turistas alegres e felizes em torno do seu mar, coisas
lindas que nos fazem viajar em volta das suas belíssimas crias. Oh minha Mãe África lindos são
os animais que cuidas e carregas, são os oceanos, os mares e as praias. O que encontramos é a
sua obra pintada nos museus, momentos belos e más mas nos alegramos da sua história.

Ajude – nos a cuidar da nossa cultura, das nossas machambas, das nossas casas entre outros, para
podermos mostrar ao mundo a tão linda és.

Carregas no seu colo um olhar nobre, um olhar rico e pobre, um olhar simpático e um olhar
honesto. Oh minha Mãe África.

São vários artista que pinta a sua imagem, são vários artistas que proclamam a sua imagem, são
vários artistas que cantam e encantam sobre a sua imagem, são todos eles seus filhos, sim filhos
eles que te amam, filhos que não te abandonam.

África, áfrica

Sinto-me Orgulhoso de ser Africano


Meus Antepassados todos Nasceram aqui
Filho Legítimo do Mundo Rainha

Minha áfrica oié, oié’


Lideres Africanos

Oh minha Mãe África, falando em seus líderes, aqueles que lutaram pela independencia, aqueles
que lutaram a busca da paz, aqueles que nos mostraram a não ter medo do que está por frente de
nós, a não temer diante do inimigo.

Hoje presenciamos vários lideres corruptos, lideres que lutam por riquezas e não pela paz, lideres
esses que trazem guerras e guerras nos seus povos, lideres que inventam vários motivos para
disviarem o dinheiro, lideres esses que vendem os seus povos, massacram os que falam a
verdade, lideres esses que escondem a verdade.

Cadê os nossos lideres?, aqueles que tinham orgulho dos seus povos, os verdadeiros herois e
donos dessas Terras, os donos da pátria e que faziam a justiça.

Oh minha Mãe África. Será que ainda existem pessoas como esses?, ou existem mas nos nossos
sonhos?.

Lideres e lideres aparecendo, fazendo campanhas e campanhas inventando coisas e coisas,


machando a imagem dos seus povos, lideres que se consideram os donos da Terra, lideres que
fazem o bem, o bem que só é para eles.

Oh minha Mãe África. Como é tão mal contar a sua linda história ao lado dos que macham a sua
história. Minha Mãe África faça dos seus lideres bons exemplos para os seus povos, tamos
cansados de sermos massacrados.

Plantamos e eles colhem. E nós que plantamos não consumimos, não possuimos, eles se
alimentam com o que colhemos, e não destribuem aos necessitados.

Aqueles que se dizem ser seus filhos, os que nos vendem aos poucos, ora, vendem os seus povos,
buscando riquezas e riquezas.

Oh minha Mãe África.


Conclusão

Neste livro, falei sobre os acontecimentos, os conflitos e a corrupção Africana. É tão triste ter
vergonha de contar a nossa história. É tão triste não poder mudar a nossa história, porém, a
pessoas que bloqueiam os nossos povos.

Vamos tomar uma decisão.

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