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Universidade Pedagógica
Nampula
2019
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Universidade Pedagógica
Nampula
2019
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Índice
Introdução..........................................................................................................................4
Kimwani (província de Cabo Delgado).............................................................................5
Classificação das línguas...................................................................................................5
Shimakonde (província de Cabo Delgado)........................................................................5
Ciyaawo (províncias de Cabo Delgado e Niassa).............................................................6
Emakhuwa (província Nampula, Cabo Delgado, Niassa e Zambézia).............................7
Echuwabu (província da Zambézia e Sofala)....................................................................8
Cinyanja (província da Zambézia, Niassa e Tete).............................................................9
Cinyungwe (província de Tete).........................................................................................9
Cisena (província de Manica, Sofala, Tete e Zambézia).................................................10
Cibalke (província de Manica)........................................................................................11
Cimanyika (província de Manica)...................................................................................11
Cindau (província de Sofala e Manica)...........................................................................11
Ciwute (província de Manica).........................................................................................12
Gitonga (provincia de Inhambane)..................................................................................12
Citshwa (província de Maputo, Inhambane, Manica e Sofala).......................................13
Cicopi (província de Gaza e Inhambane)........................................................................13
Xichangana (província de Maputo, Gaza, Inhambane, Manica e Sofala).......................14
Xirhonga (província de Maputo, Gaza e Inhambane).....................................................14
Conclusão........................................................................................................................16
Bibliografia......................................................................................................................17
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Introdução
As línguas nacionais constituem todo conjunto das línguas, de origem nacional, que são
faladas em todo território nacional, isto inclui as línguas faladas desde os grupos
maiores até os grupos menores.
Constitui objectivo deste trabalho trazer a vista a localização geográfica das línguas
nacionais. É de frisar que, em termos linguísticos, Moçambique possui mais ou menos
de 20 línguas autóctones, algumas com variações ou dialectos e outras sem variações.
A localização feita no trabalho vai de acordo com as línguas faladas em cada província,
desde as províncias do Norte até as províncias do sul.
Na nação moçambicana, existem línguas que abrangem distritos de províncias
diferentes, podendo alcançar até 4 províncias, assim como, há línguas que são faladas
somente em uma província.
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Kimwani ilhéu, também designado Kiwibu, é tomado como variante de referência para
este trabalho. Kimwani de Quissanga contém uma grande percentagem, ainda não
específicada, de elementos de língua árabe tanto ao nível do léxico como ao níve1
fonético, o que empresta a esta variante um traço sociolectal e estilístico especial.
268.910 falantes (de cinco anos de idade ou mais) desta língua em Moçambique (INE
2010) encontrarem-se espalhados por quase todo o território nacional, é principalmente
em 7 distritos da província de Cabo Delgado onde o Shimakonde é falado como língua
materna, a saber: Macomia, Meluco, Mocímboa da Praia, Mueda, Muidumbe, Nangade
e Palma.
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Daí que as formas de falar de cada um destes grupos, ou variantes de Makonde, sejam
designadas, respectivamente, da seguinte maneira:
Shindonde;
Shimwaalu;
Shiyaga;
Shimwambe;
Shimakonde.
Localização
Ciyaawo é falado principalmente em três países, a saber: Malawi, Moçambique e
Tanzânia.
Número de falantes
Em Moçambique, onde existem 341.796 falantes de Ciyaawo de cinco anos de idade ou
mais (INE 2010), a maior concentração destes falantes encontra-se nas províncias de
Niassa e Cabo Delgado. A província de Niassa é aquela que é considerada como sendo
o “habitat” natural dos falantes desta língua e Kuyaawo (Chiconono ou Cikonono) “o
berço do povo Yaawo” Sanderson (1922).
Classificação da língua Ciyaawo
De acordo com a classificação de Guthrie (1967), a língua Ciyaawo pertence a Zona P e
ao grupo linguístico P.21.
Localização
A língua Emakhuwa é falada nas seguintes províncias:
1. Nampula
Número de falantes
De acordo com INE (2010), o Emakhuwa é falado por cerca de 5.307.378 pessoas de
cinco anos de idade ou mais em Moçambique.
Número de falantes
Segundo os dados do Censo populacional de 2007, o Echuwabu é falado Por cerca de
989.579 pessoas de cinco anos de idade ou mais (INE, 2010).
Classificação da língua Echuwabu
De acordo com a classificação de Guthrie (1967), a língua Echuwabu pertence a Zona P
e ao grupo linguístico P.34.
Variantes do Echuwabu
NGUNGA e FAQUIR (2012:85), O Echuwabu tem três variantes, a saber:
Echuwabu, falado num raio de cerca de 45 km na faixa que vai da cidade de
Quelimane à localidade de Mugogoda;
Ekarungu, falado na Ilha de Inhassunge com características bem distintas à
medida que se vai penetrando para o interior;
Marendje, falado nos distritos de Milange, Mocuba, Morrumbala e Lugela.
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Variantes do Cinyanja
Cinyanja tem as seguintes variantes:
Cicewa (N.31 b) (ou Cimang’anga), falada no distrito de Macanga;
Cingoni, falada no distrito de Angónia em Tete;
Cinyanja, falada no Niassa ao longo do lago do mesmo nome, em Tete
(Angónia, Tsangana e Moatize).
Número de falantes
De acordo com os dados do Cesno de 2007, em Moçambique há cerca de 457.290
falantes de Cinyungwe de cinco ou mais anos de idade (INE, 2010).
Classificação da língua Cinyungwe
De acordo com a classificação de Guthrie (1967), a língua Ciyaawo pertence a Zona N e
ao grupo linguístico N.43.
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Variantes do Cinyanja
Não há uma grande variação dialectal em Cinyungwe. Contudo, a variante falada na
cidade de Tete e nos distritos de Moatize, Changara, Cahora Bassa é tomada como
sendo a de referência.
Variantes
O Cindau (S.15a) faz par te do grupo linguístico Shona (S.10), segundo a classificação
de Guthrie (1967/71). Tem as seguintes variantes:
Cimashanga, falada nos distritos de Machanga, Búzi, em Sofala e, no distrito de
Mambone, em Inhambane. A variante Cimashanga tem os subdialectos Cibwani
e Cimbhara, ambos falados no distrito do Búzi;
Cidanda, falada no distrito de Machaze;
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Variantes do Ciwute
O Ciwute (S.13b) faz parte do grupo linguístico Shona (S.10), na classificação
M.Guthrie (1967/71).
Variantes do Gitonga
Gitonga inclui as seguintes variantes:
Gitonga gya Khogani ou Gikhoga, falada nas regiões costeiras que circundam a
Baía de Inhambane;
Ginyambe, falada no distrito de Inhambane;
Gikhumbana, falada na zona sul do distrito de Jangamo;
Girombe, falada no distrito de Morrumbene;
Gisewi, falada na cidade de Inhambane.
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Variantes
Cicopi tem as seguintes variantes:
Cindonje, falado em Inharrime;
Cilenge, falado em Chidenguele, Nhamavila e par te de Chongoene;
Citonga, falado em Mavila, Quissico, Guilundo, até ao limite com Jangamo;
Cicopi, falado de Mavila até Madendere;
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Variantes
As variantes de Xichangana são:
Xihlanganu, falada a sudoeste de Moçambique, nos Montes Libombos,
abrangendo parte dos distritos da Namaacha, Moamba e Magude;
Xidzonga (Xitsonga), falada nos distritos de Magude, Bilene e parte de
Massingir;
Xin’walungu, falada no distrito de Massingir;
Xibila, falada no distrito de Limpopo e par te de Chibuto;
Xihlengwe, falada nos distritos de Xai-Xai, Manjacaze, Chibuto, Guijá,
Chicualacuala, Panda, Morrumbene, Massinga, Vilanculo e Govuro.
Variantes
O Xirhonga tem as seguintes variantes:
Xilwandle (Xikalanga), falada no distrito da Manhiça;
Xinondrwana, falada em Marracuene, Maputo, Matola e Boane;
Xizingili (Xiputru), falada desde a kaTembe até a Ponta do Ouro;
Xihlanganu, falada na Moamba-sede e parte do distrito da Namaacha.
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Conclusão
Os estudos feitos por estudiosos em relação as línguas nacionais foi muito complexo
que por um lado podemos afirmar ajudou a tornar as línguas nacionais padronizadas e
normalizadas, por outro lado, tais estudos complicaram a ortografia das mesmas línguas,
visto que, a grafia aqui apresentada por um lado desconhecida pela maioria dos
moçambicanos que falam as mesmas línguas, razão pela qual, uma mesma palavra é
escrita de maneiras diferentes em diferentes livros relativos as línguas nacionais.
A localização aqui apresentada e o mapeamento linguístico feito também por um lado
são confusos, a título de exemplo, é o distrito de Mocuba, o Terceiro Seminário afirma
que este distrito fala a língua echuwabu, que não é totalmente verdade, visto que, parte
da população deste distrito é falante da língua elomwe. Se cconsiderarmos que o distrito
de Mocuba é falante do Echuwabu, onde ficarão localizados aqueles falantes da língua
Elomwe que habitam em Mocuba?
Um outro aspecto a considerar é a divergência, que os diferentes autores trazem, do
número das línguas autóctones existentes em Moçambique, Firmino, por exemplo,
afirma que Moçambique existem mais de 23 línguas autóctones e que no relatório do
Terceiro Seminário apresentam um número inferior a este, portanto, é necessário que se
tome em consideração a actualização da informação.
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Bibliografia