Tecnologia Assistiva
Princípios e Funções
Curso de Graduação em Terapia
Ocupacional da UFRJ Profa. Miryam Pelosi
Terapeuta Ocupacional
Psicopedagoga
Doutora em Educação UERJ
Pesquisadora da área de Tecnologia Assistiva
Tecnologia Assistiva
Tecnologia Assistiva COOK, A.M.; HUSSEY, S.M. Assistive Technologies: Principles and
Practice. Missouri: Mosby, 2nd ed.,2002.
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Conceito de Tecnologia Assistiva aprovado pelo CAT Terminologias utilizadas no Brasil
BERSCH, R. Introdução a Tecnologia Assistiva. Disponível em BERSCH, R. Introdução a Tecnologia Assistiva. Disponível em
www.assistiva.com.br/Introducao TA Rita Bersch.pdf, 2008. Acesso em 02 de maio de 2009. www.assistiva.com.br/Introducao TA Rita Bersch.pdf, 2008. Acesso em 02 de maio de 2009.
A adequação postural com o posicionamento adequado na carteira da O transporte adaptado que envolve veículos adaptados e cadeiras
escola, em estabilizadores, pranchas para ficar de barriga para baixo ou especiais;
em posicionamento lateral;
A adaptação de atividades escolares incluindo nesse item uma gama
O acesso ao computador e suas adaptações que incluem teclados de recursos como engrossadores de lápis, letras emborrachadas, plano
alternativos, softwares especiais, mouses alternativos e apontadores de inclinado, antiderrapante e caderno com pauta larga;
cabeça;
As adaptações de equipamentos para lazer e recreação como
As adaptações para realização das atividades de vida diária como bicicletas adaptadas, brinquedos com acionador e,
adaptações para higiene e alimentação;
A Comunicação Alternativa e Ampliada (KING, 1999; BARNES e
As adaptações para o trabalho; TURNER, 2001; BERSH e PELOSI, 2007).
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Serviço de Tecnologia Assistiva Terapia Ocupacional e Tecnologia
COOK, A.M.; HUSSEY, S.M. Assistive Technologies: Principles and Practice.
Missouri: Mosby, 2nd ed.,2002.
Assistiva
O serviço de Tecnologia Assistiva inclui: A terapia ocupacional e a tecnologia tem um relacionamento estreito
há mais de 80 anos. Desde o nascimento da terapia ocupacional,
a tecnologia tem feito parte da literatura profissional e
Avaliar as necessidades e habilidades de tecnologia demonstrado sua contribuição para otimizar a ocupação (SMITH,
assistiva; 2000).
Aquisição de tecnologia assistiva;
Selecionar, projetar, consertar e fabricar tecnologias Inicialmente, os terapeutas ocupacionais utilizavam recursos
assistivas; artesanais e adaptações simples para auxiliar a inclusão dos
indivíduos com necessidades especiais na sociedade; atualmente,
Coordenar serviços com outros terapeutas;
o terapeuta ocupacional precisa conhecer uma grande variedade
Treinar o cliente e os cuidadores no uso da tecnologia de recursos da Tecnologia Assistiva como órteses, cadeira de
assistiva. rodas e recursos de Comunicação Alternativa e Ampliada para
utilizar como ferramentas para esses indivíduos.
A especificidade do trabalho de TO na
A especificidade do trabalho de TO Tecnologia Assistiva
na Tecnologia Assistiva MANN, W.C.; LANE, J.P. Assistive Technology for Persons with Disabilities – The Role of Occupational
Therapy. Maryland: AOTA, 1991.
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O terapeuta ocupacional na Tecnologia Assistiva O que determina a escolha do recurso
GOLEGÃ, A.C.C.; LUZO, M.C.M.; DE CARLO, M.M.R. Terapia Ocupacional – princípios, recursos e perspectivas em
reabilitação física. In: Marysia Mara Rodrigues do Prado de Carlo, Celina Camargo Bertalotti (Orgs.). Terapia MANN, W.C.; LANE, J.P. Assistive Technology for Persons with Disabilities – The Role of
Ocupacional no Brasil: fundamentos e perspectivas. São Paulo; Plexus Editora, 2001, p. 137-154. Occupational Therapy. Maryland: AOTA, 1991.
Tecnologia Assistiva
COOK, A.M.; HUSSEY, S.M. Assistive Technologies: Principles and Practice. Missouri:
Mosby, 2nd ed.,2002.
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Mobilidade alternativa Mobilidade alternativa
Mobilidade Alternativa
Andadores
Acessibilidade e adaptação
de ambientes
Prateleiras giratórias
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A Tecnologia Assistiva envolve áreas
como:
A adequação postural com o posicionamento adequado na
carteira da escola, em estabilizadores, pranchas para ficar de
Adequação postural barriga para baixo ou em posicionamento lateral;
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Tecnologia Assistiva nas AVDs Tecnologia Assistiva nas AVDs
Alimentação Alimentação
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A Tecnologia Assistiva envolve áreas
como: Adaptações para o trabalho
As adaptações para o trabalho;
Transporte adaptado
Scanner que lê Caneta que lê Impressora Braille
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A Tecnologia Assistiva envolve áreas
como: Adaptação para
A adaptação de atividades escolares incluindo nesse item uma gama de equipamentos de lazer e
recursos como engrossadores de lápis, letras emborrachadas, plano
inclinado, antiderrapante e caderno com pauta larga;
recreação
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Adaptações para bicicletas Triciclos adaptados para crianças
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Outras atividades de lazer adaptadas Instrumentos adaptados
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Fotografia adaptada Jogos adaptados
Baralho em Braille
Suporte para máquina fotográfica
Baralho magnético
Baralho ampliado
para baixa visão
Quebra-cabeça táctil
Fotos Catálogo eletrônico ABLADATA Fotos Catálogo eletrônico ABLADATA
http://www.abledata.c om http://www.abledata.c om
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Prancha de comunicação Prancha de comunicação
Comunicador + acionador +
Escolha entre 2 opções computador
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Comunicador de voz Comunicadores com síntese de voz
Teclados alternativos
Teclado expandido
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Mouses Mouses
Softwares
Acessórios Software Comunique - Comunicação alternativa oral e escrita
Teclado Comunique
Teclado Amigo
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A legislação Brasileira e a TA
Uso de software com varredura BERSCH, R. Introdução a Tecnologia Assistiva. Disponível em
www.assistiva.com.br/Introducao TA Rita Bersch.pdf, 2008. Acesso em 02 de maio de 2009.
O Decreto 3298 de 1999, que no artigo 19, fala do direito do cidadão Parágrafo único. São ajudas técnicas:
brasileiro com deficiência às Ajudas Técnicas. I - próteses auditivas, visuais e físicas;
II - órteses que favoreçam a adequação funcional;
III - equipamentos e elementos necessários à terapia e reabilitação da pessoa
“Consideram-se ajudas técnicas, para os efeitos
portadora de deficiência;
deste Decreto, os elementos que permitem IV - equipamentos, maquinarias e utensílios de trabalho especialmente
compensar uma ou mais limitações funcionais desenhados ou adaptados para uso por pessoa portadora de deficiência;
V - elementos de mobilidade, cuidado e higiene pessoal necessários
motoras, sensoriais ou mentais da pessoa
VI - elementos especiais para facilitar a comunicação, a informação e a
portadora de deficiência, com o objetivo de sinalização para pessoa portadora de deficiência;
permitir-lhe superar as barreiras da comunicação VII - equipamentos e material pedagógico especial para educação,
capacitação e recreação da pessoa portadora de deficiência;
e da mobilidade e de possibilitar sua plena VIII - adaptações ambientais e outras que garantam o acesso, a melhoria
inclusão social. funcional e a autonomia pessoal e,
IX - bolsas coletoras para os portadores de ostomia.” (LIMA, 2007)
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O Sistema Único de Saúde – SUS INSS
BERSCH, R. Introdução a Tecnologia Assistiva. Disponível em BERSCH, R. Introdução a Tecnologia Assistiva. Disponível em
www.assistiva.com.br/Introducao TA Rita Bersch.pdf, 2008. Acesso em 02 de maio de 2009. www.assistiva.com.br/Introducao TA Rita Bersch.pdf, 2008. Acesso em 02 de maio de 2009.
O Sistema Único de Saúde – SUS concede tecnologia assistiva O INSS também concede tecnologia assistiva e não
e trabalha com tabela pré-fixada de equipamentos (ajudas possui restrição alguma sobre o tipo de recurso a
técnicas). Isto significa que ele não pode fornecer o que ser fornecido no entanto, a única orientação é
não está previsto em sua tabela. que o equipamento deve ter por objetivo
cadeiras de rodas, capacitar o indivíduo para o trabalho.
órteses,
próteses, Este conhecimento é muito importante para as
aparelhos auditivos, pessoas com deficiência que necessitam ajustes
palmilhas e
nos postos de trabalho ou equipamento
específicos para retornar uma função profissional.
vários outros equipamentos que são concedidos às pessoas
com deficiência visual, física e mental.
Os alunos com deficiência que estão matriculados na rede pública de Outra importante iniciativa foi a implementação das salas de
educação devem ter do Estado os recursos de TA favoráveis à sua recursos multifuncionais que são hoje o espaço da escola
participação ativa no processo de aprendizado. onde atua o professor especializado e ali se organiza o
serviço de Atendimento Educacional Especializado e de
A tecnologia assistiva está chegando na escola através de ações tecnologia assistiva.
propostas pela Secretaria de Educação Especial do MEC ou por
projetos desenvolvidos diretamente nos municípios.
Este professor, entre outras funções, produz o material
escolar e pedagógico adaptado às condições especiais do
As secretarias de Educação nas cidades, realizando o levantamento
das necessidades reais dos alunos, encaminham ao MEC ou a aluno com deficiência; pesquisa suas necessidades
outras fontes de financiamento da Educação (municipais e funcionais no contexto da escola e sala comum e
estaduais) seus projetos, para a obtenção de recursos necessários encaminha aos gestores as necessidades de aquisição
à implementação da TA nas escolas. dos recursos necessários.
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Referências Bibliográficas Referências Bibliográficas
CANADIAN ASSOCIATION OF OCCUPATIONAL THERAPISTS POSITION STATEMENT.
ABLEDATA – site que reúne produtos de Tecnologia Assistiva. Disponível em
http://www.abledata.com/ . Acesso em 12 de fevereiro de 2009. Assistive Technology and Occupational Therapy. The Canadian Journal of
Occupational Therapy, v.70, n.2, p.113-8, April 2003.
BARNES, K. J.; TURNER, K. D. Team collaborative practices between teachers and occupational
therapist. The American Journal of Occupational Therapy, v.55, n.1, p.83-9, January/February COOK, A.M.; HUSSEY, S.M. Assistive Technologies: Principles and Practice.
2001.
Missouri: Mosby, 2nd ed.,2002.
BRASIL. Portaria 142 Comitê de Ajudas Técnicas – CAT. Disponível em KING, T.W. Assistive Tecnology – Essential Human Factors. Boston: Allyn and
http://www.galvaofilho.net/portaria142.htm, 2006. Acesso em 2 de maio de 2009. Bacon, 1999.
MANN, W.C.; LANE, J.P. Assistive Technology for Persons with Disabilities – The SMITH, O.R. The Role of Occupational Therapy in developmental technology Model. The
Role of Occupational Therapy. Maryland: AOTA, 1991. American Journal of Occupational Therapy, v.54, n.3, p.339-40, May/June 2000.
OBRIGADA
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