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CELSO SUZUKI
“A responsabilidade é resultado da ação pela qual o homem expressa o seu comportamento, em face desse
dever ou obrigação. Se atuar na forma indicada pelos cânones, não há vantagem, porque supérfluo, em
indagar da responsabilidade daí decorrente. Sem, continua o agente responsável pelo procedimento mas a
verificação desse fato não lhe acarreta obrigação nenhuma, isto é, nenhum dever, traduzido em sanção ou
reposição, como substitutivo do dever de obrigação prévia, precisamente porque a cumpriu.”(AGUIAR DIAS)
“Dever jurídico, em que se coloca a pessoa, seja em virtude de contrato, seja em face de fato ou omissão,
que lhe seja imputado, para satisfazer a prestação convencionada ou para suportar as sanções legais, que
lhe são impostas. Onde quer, portanto, que haja obrigação de fazer, dar ou não fazer alguma coisa, de
ressarcir danos, de suportar sanções legais ou penalidades, há a responsabilidade, em virtude da qual se
exige a satisfação ou o cumprimento da obrigação ou da sanção”.(PLÁCIDO E SILVA)
DESCUMPRIMENTO
Código Civil, art. 935. A responsabilidade civil é Código Penal, art. 91 - São efeitos da
independente da criminal, não se podendo condenação: I - tornar certa a obrigação de
questionar mais sobre a existência do fato, ou indenizar o dano causado pelo crime;
sobre quem seja o seu autor, quando estas
questões se acharem decididas no juízo criminal. Código de Processo Penal, art. 63. Transitada em
julgado a sentença condenatória, poderão
Art. 475-N. São títulos executivos judiciais: (...) promover-lhe a execução, no juízo cível, para o
II – a sentença penal condenatória transitada em efeito da reparação do dano, o ofendido, seu
julgado; representante legal ou seus herdeiros.
Caso o dever jurídico descumprido tenha natureza jurídica contratual, fala-se em responsabilidade
civil contratual; por outro lado, se o dever jurídico for originado de um ilícito extracontratual, derivado
do dever legal de não lesar a ninguém, fala-se em responsabilidade extracontratual ou aquiliana. O
Código Civil adota a teoria dualista.
Na responsabilidade subjetiva, a culpa deve ser demonstrada em juízo para caracterizar o dever de
indenizar, tendo o Código Civil adotado a teoria subjetiva(art.186).
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS - ACIDENTE DE TRÂNSITO - ÔNUS DA PROVA- ART.
333, I, DO CPC - CULPA DO RÉU NA COLISÃO -NÃO COMPROVAÇÃO - AUSÊNCIA DOS REQUISITOS
DA RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA - DEVER DE INDENIZAR NÃO CONFIGURADO - A teor do
disposto no art. 333,1, do CPC, incumbe ao autor fazer prova dos fatos constitutivos do seu direito. Assim,
para que surja o dever de indenizar, necessário é que o autor demonstre a existências dos requisitos
indispensáveis à configuração da responsabilidade civil, a saber, a conduta do agente, o dano, a culpa e o
nexo de causalidade.(TJ-SP - -....: 13413020078260030 SP , Relator: Mendes Gomes, Data de Julgamento:
31/01/2011, 35ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 02/02/2011)
RESPONSABILIDADE CIVIL - PROF. CELSO SUZUKI
CASO PRÁTICO N.ͦ 1 - “O cidadão A guia seu veículo de maneira imprudente pela via pública, acima da
velocidade permitida e sob o efeito de bebida alcoólica, vindo a perder o controle sobre o veiculo conduzido
que capota e invade a calçada, onde o cidadão B é atingido, ficando gravemente ferido. Durante a internação
de B no hospital C para o tratamento das lesões sofridas, bandidos invadem o local para praticar um assalto,
disparando tiros, sendo B atingido por um desses disparos, vindo a falecer em função do ferimento a bala.
Durante a autopsia, verifica-se que B tinha um câncer em estado avançado, possuindo poucos meses de
vida, o que fica provado medicamente.”