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Trabalho

de
Parasitologia

Colégio Souza marques

Nome: kíssila Barreto dias


Prof: Argeu
Malária
A malária é uma das mais importantes doenças tropicais do
mundo e apresenta-se bastante difundida no mundo. Essa
doença caracteriza-se por desencadear acessos periódicos
de febres intensas que debilitam profundamente o doente. A
malária provoca lesões no fígado, no baço e em outros
órgãos, além de anemia profunda devido à destruição maciça
dos glóbulos vermelhos que são utilizados pelo Plasmodium
para reproduzir-se.

Os transmissores da maleita são mosquitos do gênero


Anopheles, como a espécie Anopheles (Nyssorhynchus)
darlingi. Só as fêmeas destes mosquitos é que transmitem tal
doença, pois são hematófagas. Os machos sugam apenas
seiva vegetal.

As fêmeas colocam ovos em águas acumuladas entre as


folhas de plantas epífticas, principalmente das bromélias.
No entanto, podem utilizar a água acumulada em vasos, latas
e pneus velhos. As larvas completam o seu ciclo na água.

Sabe-se hoje que a malária é causada por diversas


espécies de Plasmodium que são transmitidos por diferentes
espécies de mosquito.

Protozoário Tipo de malária Ciclo (duração)


Plasmodium vivax terça benigna 48 horas
Plasmodium malariae quartã 72 horas
Plasmodium falciparum terçã maligna (fatal) 24 a 48 horas
Plasmodium ovale
Atualmente a malária tem como principais agentes
etiológicos o Plasmodium vivax e Plasmodium falciparum,
sendo este último o responsável pelas manifestações clínicas
mais graves. A malária é causa habitual de aborto, morte
neonatal e parto prematuro, especialmente se a infecção
ocorre nos últimos meses da gestação

O mosquito da malária só sobrevive em áreas que


apresentem médias das temperaturas mínimas superiores a
15ºC, e só atinge número suficiente de indivíduos para a
transmissão da doença em regiões onde as temperaturas
médias sejam cerca de 20-30ºC, e umidade alta. Só os
mosquitos fêmeos picam o homem e alimentam-se de
sangue. Os machos vivem de sucos de plantas. As larvas se
desenvolvem em águas paradas, e a prevalência máxima
ocorre durante as estações com chuva abundante.

A malária mata 2 milhões de pessoas por ano, uma taxa só


comparável à da SIDA/AIDS, e afeta mais de 500 milhões de
pessoas todos os anos. É a principal parasitose tropical e
uma das mais freqüentes causas de morte em crianças
nesses países: (mata um milhão de crianças com menos de 5
anos a cada ano). Segundo a OMS, a malária mata uma
criança africana a cada 30 segundos, e muitas crianças que
sobrevivem a casos severos sofrem danos cerebrais graves e
têm dificuldades de aprendizagem.

O causador da malária, o Plasmodium, foi descoberto pelo


médico do Exército Francês, Charles Louis Alphonse
Laveran, trabalhando na Argélia, que recebeu o Prémio Nobel
da Fisiologia e Medicina pelo seu trabalho, em 1907.

A anemia falciforme é uma doença genética recessiva (os


dois alelos do gene em causa têm de estar mutados) que
ocorre nas mesma regiões de alta incidência de malária. No
entanto os portadores da deficiência (com apenas um alelo
mutado e o outro normal), têm altas taxas de sobrevivência à
malária, sendo parcialmente resistentes a ela.

Outros portadores de doenças genéticas, como algumas


talassémias, ou deficiências no gene da enzima glicose-6-
fosfato desidrogenase, existentes no Mediterrâneo também
poderão ser o produto de seleção natural positiva dos
portadores devido a maior resistência ao parasita. Algumas
dessas mutações aumentam os radicais livres nas hemácias,
aos quais o parasita é susceptível.

Prevenção:

Drenando-se valas e banhados, as fêmeas dos mosquitos


não terão mais local apropriado para a postura;
A criação de peixes larvófagos, isto é, que se alimentam de
larvas dos mosquitos, produz bons resultados;
Evitar o acúmulo de pneus velhos, latas, vasos e outros
recipientes que armazenam água, possibilitando a
reprodução do mosquito.
Certas árvores, como o eucalipto podem ser usadas como
plantas drenadoras, porque absorvem muita água do solo.
Não havendo água estagnada, as fêmeas dos mosquitos não
terão local adequado para a postura;
Finalmente, a educação sanitária e o tratamento
medicamentoso (alcalóides) dos enfermos são medidas
indispensáveis.
Ainda não há vacina contra a malária.
A melhor medida é a erradicação do mosquito Anopheles.
Ultimamente, o uso de inseticidas potentes mas tóxicos,
proibidos no ocidente, tem aumentado porque os riscos da
malária são muito superiores aos do inseticidas. O uso de
redes contra mosquitos é eficaz na proteção durante o sono,
quando ocorre a grande maioria das infecções. Os cremes
repelentes de insetos também são eficazes, mas mais caros
que as redes. A roupa deve cobrir a pele nua o mais
completamente possível de dia. O mosquito não tem tanta
tendência para picar o rosto ou as mãos, onde os vasos
sanguíneos são menos acessíveis, quanto às pernas, os
braços ou o pescoço os vasos sanguíneos são mais
acessíveis .

Sintomas:

A malária causada por P.falciparum caracteriza-se


inicialmente por sintomas inespecíficos, como dores de
cabeça, fadiga, febre e náuseas. Estes sintomas podem durar
vários dias (seis para P.falciparum, várias semanas para as
outras espécies).

Mais tarde, caracterizam-se por acessos periódicos de


calafrios e febre intensos que coincidem com a destruição
maciça de hemácias e com a descarga de substâncias
imunogénicas tóxicas na corrente sangüínea ao fim de cada
ciclo reprodutivo do parasita. Estas crises paroxísticas, mais
freqüentes ao cair da tarde, iniciam-se com subida da
temperatura até 39-40ºC. São seguidas de palidez da pele e
tremores violentos durante cerca de 15 minutos a uma hora.
Depois cessam os tremores e seguem-se duas a seis horas
de febre a 41ºC, terminando em vermelhidão da pele e suores
abundantes. O doente sente-se perfeitamente bem depois e
até à crise seguinte, dois a três dias depois. Se a infecção for
de P. falciparum, denominada malária maligna, pode haver
sintomas adicionais mais graves como: choque circulatório,
síncopes (desmaios), convulsões, delírios e crises vaso-
oclusivas. A morte pode ocorrer a cada crise de malária
maligna. Pode também ocorrer a chamada malária cerebral: a
oclusão de vasos sanguíneos no cérebro pelos eritrócitos
infectados causa défices mentais e coma seguidos de morte
(ou défice mental irreversível). Danos renais e hepáticos
graves ocorrem pelas mesmas razões. As formas causadas
pelas outras espécies ("benignas") são geralmente apenas
debilitantes, ocorrendo raramente a morte.

Os intervalos entre as crises paroxísticas são diferentes


consoante a espécie. Para as espécies de P. falciparum, P.
ovale e P. vivax, o ciclo da invasão de hemácias por uma
geração, multiplicação interna na célula, lise (rebentamento
da hemácia) e invasão pela nova geração de mais hemácias
dura 48 horas. Normalmente há acessos de febre violenta e
tremores no dia 1, e passados 48 horas já no dia 3, etc,
sendo classificada de malária ternária. A infecção pelo P.
malariae tem ciclos de 72 horas, dando-se no dia 1, depois no
dia 4, etc, constituindo a malária quaternária. A detecção
precoce de malária quaternária é importante porque este tipo
não pode ser devido a P. falciparum, sendo, portanto, menos
perigoso.

Sintomas crônicos incluem a anemia, cansaço, debilitação


com redução da capacidade de trabalho e da inteligência
funcional, hemorragias e infartos de incidência muito
aumentada, como infarto agudo do miocárdio e AVCs
(especialmente com P. falciparum).

Se não diagnosticada e tratada, a malária maligna causada


pelo P. falciparum pode evoluir rapidamente, resultando em
morte. A malária "benigna" das outras espécies resulta em
debilitação crônica mas mais raramente em morte.
Tratamento:
A malária maligna, causada pelo P.falciparum é uma
emergência médica. As outras malárias são doenças
crônicas.

O tratamento farmacológico da malária baseia-se na


susceptibilidade do parasita aos radicais livres e substâncias
oxidantes, morrendo em concentrações destes agentes
inferiores às mortais para as células humanas. Os fármacos
usados aumentam essas concentrações.

A quinina (ou o seu isómero quinidina), um medicamento


antigamente extraído da casca da Cinchona, é ainda usada
no seu tratamento. No entanto, a maioria dos parasitas já é
resistente às suas ações. Foi suplantada por drogas
sintéticas mais eficientes, como quinacrina, cloroquina, e
primaquina. É freqüente serem usados cocktails (misturas) de
vários destes fármacos, pois há parasitas resistentes a
qualquer um deles por si só. A resistência torna a cura difícil e
cara.

Ultimamente a artemisinina, extraída de uma planta chinesa,


tem dado resultados encorajadores. Ela produz radicais livres
em contacto com ferro, que existe especialmente na
hemoglobina no interior das hemácias, onde se reproduz o
parasita. É extremamente eficaz em destruí-lo, causando
efeitos adversos mínimos. No entanto, as quantidades
produzidas hoje são insuficientes. No futuro, a cultura da
planta artemisina na África poderá reduzir substancialmente
os custos. É o único fármaco antimalárico para o qual ainda
não existem casos descritos de resistência.

Algumas vacinas estão em desenvolvimento


Diagnóstico Laboratorial

O diagnóstico de certeza da infecção malárica só é possível


pela demonstração do parasito, ou de antígenos
relacionados, no sangue periférico do paciente, através dos
métodos diagnósticos especificados a seguir:

• Gota espessa - É o método adotado oficialmente no


Brasil para o diagnóstico da malária. Mesmo após o
avanço de técnicas diagnósticas, este exame continua
sendo uns métodos simples, eficazes, de baixo custo e
fácil realização. Sua técnica baseia-se na visualização
do parasito através de microscopia ótica, após coloração
com corante vital (azul de metileno e Giemsa),
permitindo a diferenciação específica dos parasitos a
partir da análise da sua morfologia, e pelos estágios de
desenvolvimento do parasito encontrados no sangue
periférico.
• Esfregaço delgado - Possui baixa sensibilidade (estima-
se que, a gota espessa é cerca de 30 vezes mais
eficiente que o esfregaço delgado na detecção da
infecção malárica). Porém, o esfregaço delgado é o
único método que permite, com facilidade e segurança,
a diferenciação específica dos parasitos, a partir da
análise da sua morfologia e das alterações provocadas
no eritrócito infectado.
• Testes rápidos para detecção de componentes
antigênicos de plasmódio - Testes imunocromatográficos
representam novos métodos de diagnóstico rápido de
malária. Realizados em fitas de nitrocelulose contendo
anticorpo monoclonal contra antígenos específicos do
parasito. Apresentam sensibilidade superior a 95%
quando comparado à gota espessa, e com parasitemia
superior a 100 parasitos/µL.
Diagnóstico Clínico

O elemento fundamental no diagnóstico clínico da malária,


tanto nas áreas endêmicas como não-endêmicas, é sempre
pensar na possibilidade da doença. Como a distribuição
geográfica da malária não é homogênea, nem mesmo nos
países onde a transmissão é elevada, torna-se importante,
durante o exame clínico, resgatar informações sobre a área
de residência ou relato de viagens de exposição ao parasita
como nas áreas endêmicas (tropicais). Além disso
informações sobre transfusão de sangue, compartilhamento
de agulhas em usuários de drogas injetáveis, transplante de
órgãos podem sugerir a possibilidade de malária induzida.

Bibliografia:

Cadê e google
• www.brasilescola.com/doencas/malaria

• www.wikipedia.com.br

• www.cives.ufrj.br/informacao/malaria

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