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Discente: Lauro José Cardoso

Docente: Fabiana Comerlato


Disciplina: Teorias Arqueológicas

Resumo do texto "Ainda sobre a conciliação das Arqueologias"

de Jorge Alarcão

Nesse texto, Alarcão não defende uma unicidade entre as diferentes


Arqueologias, mas sim uma perspectiva de complementaridade ou compatibilidade
conciliadora existente no seio da própria Arqueologia. Como posso conciliar as
arqueologias necessárias para pensar a EA? Creio que eu estou mais perto de uma
Arqueologia processualista, com um pé no pós-processualismo. Quero pensar mais a
conciliação entre essas duas que falei. Desta forma, também podemos pensar uma
conciliação da Arqueologia com as outras áreas de conhecimento? Sim, pensando, por
exemplo, uma complementaridade. No caso da minha pesquisa temos: Antropologia
(Social, Visual, Histórica e Cultural), Arqueologia (Arqueologia Pós-processual,
Histórica, Social e Paisagem), História (Local e Visual), Museologia (Sociomuseologia)
e Sociologia (Representações sociais), Etnografia, Patrimônio, Memória, Espaço,
Território e Ruínas enquanto ciências e conceitos essenciais para pensar esse trabalho e
investigação. Ou seja, também por uma correlação entre o estruturalismo e o
funcionalismo na minha pesquisa. Na medida em que se reflete, através de Alarcão
sobre a questão e diferença entre o postulado, a teoria e a observação, em que os fatos
são uma construção do arqueólogo, lembrando que também podemos pensar o mesmo
para qualquer área de conhecimento. "A teoria faz a sua entrada em cena quando
procuramos explicar os fatos, não os dados". Ou seja, podemos pensar qualquer
conciliação entre conhecimentos para explicar, teoricamente, os dados, fatos ou
realidades.
Resumo do texto "A Arqueologia Contextualista"
de Jorge Alarcão

Com base no texto de Alarcão, os contextualistas, reconhecem que existem


dificuldades no quesito da interpretação, admitindo "que todas as interpretações são
incertas e comprazem-se nessa incerteza". Nesse caso, ao se fazer uma Arqueologia
contextualista precisa-se levar em consideração "duas teorias de longo alcance, para
além de outras de alcance médio". Que são: uma teoria da acção e uma teoria da cultura
material. Na medida em que, para os contextualistas a cultura é um meio de estruturar a
interação dos parceiros no todo social, pois, a Arqueologia contextuaI pretende entender
a partir dos vestígios da cultura material, quais são os motivos e os propósitos que
levaram os homens a formulá-las. Dado que, existe uma necessidade de investigação do
porquê das normas, sendo esse um projeto "nem sempre cumprido" pela Arqueologia
contextualista. Lembrando que, na Arqueologia Contextualista, "os objetos utilitários
podem ser simultaneamente simbólicos; ou o mesmo tipo de objeto pode, num contexto,
ser utilitário e noutro, simbólico". Assim sendo, podemos perceber que, a necessidade
de descobrir estes sentidos é uma das mensagens fundamentais da Arqueologia
contextualista. Sem perder de vista que, a Arqueologia contextualista possui uma
concepção "heideggeriana da mundanidade", isto porque há uma tendência em se
descrever "o espaço tal como ele aparecia às consciências que o habitavam". Portanto,
existe o princípio de que a análise arqueológica do espaço deve ser uma análise
fenomenológica, ou seja de que o espaço precisa ser descrito "não tal qual era, mas tal
como aparecia às consciências que o edificavam e utilizavam", poderá ser um princípio
correto, sustentado pelas relações sociais que permeiam esse espaço.

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