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QUÍMICA GERAL

CAPÍTULO I: ESTRUTURA ATÓMICA

Prof Msc. Júlio Kuende

Luanda, 2020 1
NÚCLEO DE QUÍMICA

TÓPICOS ABORDADOS

1.1 Teorias atómicas


1.1.1 Estrutura do átomo de acordo com o modelo da
Mecânica Quântica. História.
1.1.2 Semelhanças entre átomos.
1.2 Orbital atómico.
1.3 Números quânticos.

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NÚCLEO DE QUÍMICA

ABORDADOSTÓPICOS
1.4 Configurações electrónicas.
1.4.1 Regras e princípios de preenchimento de orbitais
atómicos.
1.4.1 Princípio de Aufbau.
1.4.2 Princípio de exclusão de Pauli.
1.4.3 Regras de Hund ou de máxima multiplicidade.

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NÚCLEO DE QUÍMICA

ABORDADOSTÓPICOS
1.5 Periodicidade Química.
1.5.1 Propriedades periódicas.
1.5.2 Propriedades aperiódicas.
1.6 Segurança em laboratórios de Química
1.7 Material de laboratório e seu manuseio
1.8 Algarismos significativos e erros de medida

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NÚCLEO DE QUÍMICA

TEORIAS ATÓMICAS

1. Teoria de Dalton

2. Teoria de Thomson

3. Teoria de Rutherford

4. O modelo Atômico Atual


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NÚCLEO DE QUÍMICA

EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÓMICOS


Demócrito (470-360 a.C.)
1. A matéria NÃO pode ser
dividida infinitamente.
2. A matéria tem um limite
com as características do Demócrito
todo. e a ideia
de Átomo
Leucipo (séc. V a.C.) 3. Este limite seriam partículas
bastante pequenas que não
poderiam mais ser divididas,
os ÁTOMOS INDIVISÍVEIS.

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NÚCLEO DE QUÍMICA

EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÓMICOS


Aristóteles rejeita o modelo de Demócrito
Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.)
AR FOGO

TERRA ÁGUA

O Modelo de Demócrito permaneceu


na sombra durante mais de 20
séculos.
Aristóteles acreditava que toda matéria era contínua e
composta por quatro elementos: AR, ÁGUA, TERRA e FOGO. 7
NÚCLEO DE QUÍMICA

EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÓMICOS


Modelo Atómico de Dalton (Modelo da Bola de Bilhar)
As ideias de Demócrito permaneceram inalteradas por aproximadamente 2200 anos. Em
1808, Dalton retomou-as sob uma nova perspectiva: A EXPERIMENTAÇÃO.

John Dalton (1766 - 1844)

Em 1808, Dalton propôs a teoria do modelo atômico, onde o átomo é uma minúscula esfera
maciça, impenetrável, indestrutível, indivisível e sem carga. Todos os átomos de um mesmo
elemento químico são idênticos. Seu modelo atômico foi chamado de modelo atômico da
bola de bilhar. 8
NÚCLEO DE QUÍMICA

EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÓMICOS


Postulados do átomo de Dalton:
1. Os átomos são esféricos, maciços, indivisíveis e indestrutíveis.

2. Os átomos de elementos diferentes têm massas diferentes.


3. Os diferentes átomos se combinam em várias proporções, formando
novas substâncias.
4. Os átomos não são criados nem destruídos, apenas trocam de parceiros
para produzirem novas substâncias.

PROBLEMAS DO MODELO
Não explicou a Eletricidade nem a Radioatividade.

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NÚCLEO DE QUÍMICA

EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÓMICOS


Modelo Atómico de Thomson (Modelo do Pudim de Passas)
Thomson propôs que o átomo seria uma espécie de bolha
gelatinosa, completamente maciça na qual haveria a totalidade da
carga POSITIVA homogeneamente distribuída.

Incrustada nessa gelatina estariam os


J. J. Thomson (1856-1909)
Electrões de carga NEGATIVA.

A Carga total do átomo seria igual


a zero.

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NÚCLEO DE QUÍMICA

EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÓMICOS


Modelo Atómico de Thomson (Modelo do Pudim de Passas)

 Um átomo é composto por um pequeno núcleo carregado


positivamente e rodeado por uma grande eletrosfera, que é uma
região envolta do núcleo que contém electrões.

 No núcleo está concentrada a carga positiva e a maior parte da


massa do átomo.

O Modelo Atómico de Thomson foi


derrubado em 1908 por Ernerst
Rutherford.
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NÚCLEO DE QUÍMICA

EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÓMICOS


Em 1911, Rutherford realizou experiências com feixes de partículas de carga positiva
(partículas α) emitidas por elementos radioativos, que bombardeavam uma folha de
ouro.
folha de ouro
feixe de partículas α

Ernest Rutherford detetor de partículas


(1871-1937)

Observou que apenas uma pequena parte das partículas α era projetada para trás e concluiu
que:
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NÚCLEO DE QUÍMICA

EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÓMICOS


a maior parte do átomo seria espaço vazio, por isso muitas partículas α
atravessavam a folha de ouro sem sofrer desvio;

no átomo, existia uma pequena região central de carga positiva e muito densa, o
núcleo;
à volta do núcleo giravam os eletrões (cargas negativas), com órbitas bem
definidas.

Modelo Planetário 13
NÚCLEO DE QUÍMICA

EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÓMICOS


Os electrões estariam girando circularmente ao redor desse núcleo, numa região
chamada de ELETROSFERA.

Surge assim, o ÁTOMO NUCLEAR!

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NÚCLEO DE QUÍMICA

EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÓMICOS

O problema do Modelo Atômico de Rutherford

De acordo com a física clássica, se uma carga negativa orbitar ao redor de uma
carga positiva em trajectoria circular, a carga negativa perde energia em forma de
luz diminuindo a sua energia cinética. Haverá atracção entre os electrões e protões
o que faria com que houvesse uma colisão entre eles, destruindo o átomo. ALGO
QUE NÃO OCORRE.

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NÚCLEO DE QUÍMICA

EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÓMICOS


Portanto, o Modelo Atômico de Rutherford,
mesmo explicando o que foi observado no
laboratório, apresenta uma INCORREÇÃO.

By Prof. Leandro Lima

INCORREÇÃO: Colapso dos electões no


interior do núcleo.

Está incorreção foi corrigida pelos postulados


Energia de Niels Bohr
Perdida -
LUZ

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NÚCLEO DE QUÍMICA

EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÓMICOS


Modelo Atómico de Bohr
 O átomo é constituido por camadas, normalmente são sete : K, L, M, N, O, P e Q.
 Cada camada (nivel) terá a sua energia específica (Quantização de energia).

Imagem: Niels Bohr/ AB Lagrelius &


Westphal Domínio público 17
NÚCLEO DE QUÍMICA

EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÓMICOS


Modelo Atómico de Bohr

 De acordo com o modelo de


Bohr os electrões se movem
em órbitas definidas ao redor
do núcleo.

 Estas órbitas (ou niveis de


energia) são localizadas a uma
certa distânica do núcleo.

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NÚCLEO DE QUÍMICA

EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÓMICOS


Postulados de Bohr
1. A ELETROSFERA está dividida em CAMADAS ou NÍVEIS
DE ENERGIA (K, L, M, N, O, P e Q), e os electrões nessas
camadas, apresentam energia constante.

2. Em sua camada de origem (camada estacionária), a energia


é constante, mas o electrão pode saltar para uma camada
Aumentar a energia
das orbitais
mais externa, sendo que, para tal, é necessário que ele
ganhe energia externa.

3. Um electrão que saltou para uma camada de maior energia


fica instável e tende a voltar a sua camada de origem. Nesta
Um fóton é emitido com energia E = hf
volta, ele devolve a mesma quantidade de energia que havia
ganhado para o salto e emite um FÓTON DE LUZ.
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NÚCLEO DE QUÍMICA

EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÓMICOS


Se o núcleo é formado de partículas positivas, os protões, por
que elas não se repelem?

A descoberta do Neutrão
Partículas do átomo
Os prótons têm carga elétrica
James Chadwick (1891 - 1974)
positiva, os elétrons carga
Nêutrons negativa e os nêutrons
não têm carga nenhuma.

Prótons

Núcleo

Elétrons

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NÚCLEO DE QUÍMICA

EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÓMICOS


Em 1932, James Chadwick descobriu a partícula do núcleo atómico responsável pela sua
ESTABILIDADE, que passou a ser conhecida por NEUTRÃO, devido ao fato de não ter
carga elétrica. Por essa descoberta ganhou o Prêmio Nobel de Física em 1935.

Modelo Atómico de Sommerfeld


A. J. W. Sommerfeld (1868 — 1951)

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NÚCLEO DE QUÍMICA

EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÓMICOS


Descobriu que os níveis energéticos são compostos por SUBNÍVEIS DE
ENERGIA (s, p, d, f) e que os electrões percorrem ÓRBITAS ELÍPTICAS na
eletrosfera, ao invés de circulares.

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NÚCLEO DE QUÍMICA

Modelo Atómico Atual


Louis de Broglie (1892 — 1987)
Louis de Broglie - DUALIDADE DA MATÉRIA: o electrão apresenta
característica Dual, ou seja, comporta-se como matéria e energia sendo
uma partícula - onda.

Erwin Schrödinger (1887 — 1961)

Schrödinger – ORBITAIS: Desenvolve o "MODELO QUÂNTICO DO ÁTOMO"


ou "MODELO PROBABILÍSTICO", colocando uma equação matemática
(EQUAÇÃO DE ONDA) para o cálculo da probabilidade de encontrar um electrão
girando em uma região do espaço denominada "ORBITAL ATÓMICO".

Werner Heisenberg (1901-1976)


Heisenberg - PRINCÍPIO DA INCERTEZA: É impossível determinar
ao mesmo tempo a posição e a velocidade do eléctrão. Se
determinarmos sua posição, não saberemos a medida da sua
velocidade e vice-versa. 23
NÚCLEO DE QUÍMICA

Modelo Atómico Atual


Paul Dirac calculou essas regiões de
probabilidade e determinou os quatro
números quânticos, que são: principal,
secundário, magnético e de spin;

Imagem: Cambridge University, Cavendish Laboratory/


Domínio público
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NÚCLEO DE QUÍMICA

Modelo Atómico Atual


Princípio da Exclusão de Pauli
Pauli deduziu que a natureza não
permite que, num mesmo átomo,
existam dois electrões com a mesma
energia, em estados em que coincidam
os quatro números quânticos (cada
electrão é caracterizado por quatro
números quânticos).
Imagem: Nobel foundation / Disponibilizada por
Pieter Kuiper / Domínio público 25
NÚCLEO DE QUÍMICA

Números Quânticos
Número Quântico Principal (n)
Indica o nível de energia do electrão no átomo. Entre os átomos conhecidos em seus
estados fundamentais, n varia de 1 a 7. O número máximo de electrões em cada nível é
dado por 2n2.
Níveis de Energia Camada Número Máximo de Electrões
1° K 2
2° L 8
3° M 18
4° N 32
5° O 32
6° P 18
7° Q 8
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NÚCLEO DE QUÍMICA

Números Quânticos
Número Quântico Secundário ou Azimutal (l)
Indica a energia do electrão no subnível. Entre os átomos conhecidos em seus estados
fundamentais, l varia de 0 a 3 e esses subníveis são representados pelas letras s, p, d,
f, respectivamente. O número máximo de electrões em cada subnível é dado por 2 (2 l + 1).

Subnível n° quântico (ℓ) Máximo de electrões

s 0 2
p 1 6
d 2 10
f 3 14

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NÚCLEO DE QUÍMICA

Números Quânticos
Número Quântico Magnético (m)
O número quântico magnético especifica a orientação permitida para uma nuvem
eletrónica no espaço, sendo que o número de orientações permitidas está diretamente
relacionado à forma da nuvem (designada pelo valor de l). Dessa forma, este número
quântico pode assumir valores inteiros de -l, passando por zero, até +l. Para os subníveis s,
p d, f, temos:

Subnível ℓ Número de orbitais Valores de m


s 0 1 0
p 1 3 -1, 0 , +1
d 2 5 -2, -1, 0, +1, +2
f 3 7 -3, -2, -1, 0, +1, +2, +3
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NÚCLEO DE QUÍMICA

Números Quânticos
Número Quântico Spin (s)
O número quântico de spin indica a orientação do electrão ao redor do seu próprio eixo.
Como existem apenas dois sentidos possíveis, esse número quântico assume apenas os
valores -1/2 e +1/2.

+ 1 - 1
2 2
É comum a convenção:
↓ = +1/2 e ↑= -1/2.

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Química, 1º Ano do Ensino Médio
Configuração Eletrônica em subníveis de energia NÚCLEO DE QUÍMICA

Configuração Electrónica
Regra de Hund

• Cada orbital do subnível que está sendo preenchido recebe inicialmente apenas um
electrão. Somente depois do último orbital desse subnível receber o seu primeiro electrão,
começa o preenchimento de cada orbital com o seu segundo electrão, que terá spin
contrário ao primeiro.

• Exemplo:
3d
6 onde as flechas indicam o spin do elétron

m -2 -1 0 1 2
Química, 1º Ano do Ensino Médio
Configuração Eletrônica em subníveis de energia NÚCLEO DE QUÍMICA

Configuração Electrónica

Distribuição Eletrónica

• Um problema para os químicos era construir uma teoria consistente que explicasse
como os electrões se distribuíam ao redor dos átomos, dando-lhes as características de
reacção observadas em nível macroscópico;

• Foi o cientista americano Linus C. Pauling quem apresentou a teoria até o momento

mais aceita para a distribuição

Imagem: Autor desconhecido/

United States Public Domain


Disponibilizada por APPER/
eletrónica;
Química, 1º Ano do Ensino Médio
Configuração Eletrônica em subníveis de energia NÚCLEO DE QUÍMICA

Configuração Electrónica
Distribuição Eletrónica
• Para entender a proposta de Pauling, é preciso primeiro lembrar o conceito de camadas
eletrónicas, o princípio que rege a distribuição dos electrões em torno do átomo em sete
camadas, identificadas pelas letras K, L, M, N, O, P e Q.

Níveis Quantidade máxima de


elétrons
K 2

L 8

M 18

N 32

O 32

P 18

Q 8
Química, 1º Ano do Ensino Médio
Configuração Eletrônica em subníveis de energia NÚCLEO DE QUÍMICA

Configuração Electrónica

Distribuição Eletrónica

• Pauling apresentou esta distribuição dividida em níveis e subníveis de energia, em que os


níveis são as camadas e os subníveis, divisões dessas (representados pelas letras s, p, d, f),
possuindo cada um destes subníveis também um número máximo de electrões;

Número
máximo
Subnível Nomenclatura
de
electrões
s 2 s2
p 6 p6
d 10 d10
f 14 f14
Química, 1º Ano do Ensino Médio
Configuração Eletrônica em subníveis de energia NÚCLEO DE QUÍMICA

Configuração Electrónica
Distribuição Eletrónica
• Quando combinados níveis e subníveis, a tabela de distribuição eletrónica assume a
seguinte configuração:

Subnível Total de
Camada Nível
s2 p6 d10 f14 elétrons
K 1 1s2 2
L 2 2s2 2p6 8
M 3 3s2 3p6 3d10 18
N 4 4s2 4p6 4d10 4f14 32
O 5 5s2 5p6 5d10 5f14 32
P 6 6s2 6p6 6d10 18
Q 7 7s2 7p6 8
NÚCLEO DE QUÍMICA

Configuração Electrónica
Diagrama de Linus Pauling
Subnível Número máximo
1s Linus Pauling (1901 — 1994)
de elétrons
2s 2p
s 2
3s 3p 3d p 6
4s 4p 4d 4f d 10
f 14
5s 5p 5d 5f

Linus Pauling criou um diagrama para auxiliar


6s 6p 6d
na distribuição dos electrões pelos subníveis da
7s 7p electrosfera.
O que representa cada número desse?
Por exemplo: 3s²
Neste caso, o “3” representa o NÍVEL ENERGÉTICO (CAMADA ELETRÓNICA). O
“s” representa o SUBNÍVEL ENERGÉTICO. O “2” representa o NÚMERO DE
ELECTRÕES na camada. 35
Química, 1º Ano do Ensino Médio
Configuração Eletrônica em subníveis de energia NÚCLEO DE QUÍMICA

Configuração Electrónica
Diagrama de Pauling
• Os electrões se distribuem segundo o nível de energia de cada subnível, numa sequência
crescente em que ocupam primeiro os subníveis de menor energia e, por último, os de
maior.
Química, 1º Ano do Ensino Médio
Configuração Eletrônica em subníveis de energia NÚCLEO DE QUÍMICA

Configuração Electrónica
Diagrama de Pauling
2 2
1s 1s 2s
6 2
2s 2p 2 p 3s
6 2
3s 3p 3d 3 p 4s
10 6 2
4s 4p 4d 4f 3d 4 p 5s
10 6 2
5s 5p 5d 5f 4d 5 p 6s
14 10 6 2
6s 6p 6d 4 f 5d 6 p 7s
14 10 6
7s 7p 5 f 6d 7 p
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Configuração Eletrônica em subníveis de energia NÚCLEO DE QUÍMICA

Configuração Electrónica

Configuração Eletrónica de um Átomo Neutro


• Nesse caso, como o átomo é neutro, o número de protões é igual ao número de electrões;

• É feita a distribuição pelo Diagrama de Pauling até atingir a quantidade do número


atómico do átomo em questão.
Imagem: Halfdan/GNU Free
Documentation License
NÚCLEO DE QUÍMICA

Exemplo de aplicação
Determine a distribuição eletrónica do elemento químico Cloro (Cl)
Como o Cloro possui número atômico z = 17, o número de protões também é p = 17. E
como ele está neutro, o número de electrões vale e = 17.
Fazendo a distribuição pelo diagrama de Linus Pauling, temos:

𝒛 = 𝟏𝟕 → 𝟏𝒔𝟐 𝟐𝒔𝟐 𝟐𝒑𝟔 𝟑𝒔𝟐 𝟑𝒑𝟓

O último termo representa a


CAMADA DE VALÊNCIA
(NÍVEL MAIS ENERGÉTICO

17
Cl DO ÁTOMO). Neste caso, a 3ª
Camada (camada M) é a mais
energética.

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Configuração Eletrônica em subníveis de energia NÚCLEO DE QUÍMICA

Exemplo de aplicação
Configuração Eletrónica do 20Ca

2 2
1s 2s
6 2
2 p 3s
6 2
3 p 4s
Química, 1º Ano do Ensino Médio
Configuração Eletrônica em subníveis de energia NÚCLEO DE QUÍMICA

Configuração Electrónica
Configuração Eletrónica de Catiões

• Ião positivo (catião): nº de p > nº de electrões;

• Retirar os electrões mais externos do átomo correspondente;

• Ferro (Fe) Z = 26 → 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6 (estado fundamental = neutro);

• Fe2+ → 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d6 (estado iónico).

- +
+
+ -
- +
+
Química, 1º Ano do Ensino Médio
Configuração Eletrônica em subníveis de energia NÚCLEO DE QUÍMICA

Exemplo de aplicação
Configuração Eletrónica do 25Mn2+

2 2 6 2
1s 2s 2 p 3s
6 2 5
3 p 4s 3d
Química, 1º Ano do Ensino Médio
Configuração Eletrônica em subníveis de energia NÚCLEO DE QUÍMICA

Configuração Electrónica

Configuração Eletrónica de um Anião


• Ião negativo (anião): nº de p < nº de electrões;

• Colocar os electrões no subnível incompleto;

• Oxigênio (O) Z = 8 → 1s2 2s2 2p4 (estado fundamental = neutro);

• O2- → 1s2 2s2 2p6.

- -
+ +

- + -
-
Química, 1º Ano do Ensino Médio
Configuração Eletrônica em subníveis de energia NÚCLEO DE QUÍMICA

Exemplo de aplicação
Configuração Eletrónica do 35Br-

2 2
1s 2s
6 2
2 p 3s
6 2
3 p 4s
10 6
5
3d 4 p
Química, 1º Ano do Ensino Médio
Configuração Eletrônica em subníveis de energia NÚCLEO DE QUÍMICA

Configuração Electrónica
Electrão de valência e electrão diferenciador ou diferenciante
(electrão mais energético)

O electrão de valência é o último electrão da última camada.


O electrão diferenciador é o último electrāo da distribuição eletrónica
NÚCLEO DE QUÍMICA

Identificando o átomo

Os diferentes tipos de átomos (elementos químicos) são identificados pela


quantidade de protões (P) que possuem.

Esta quantidade de protões recebe o nome de NÚMERO ATÓMICO e é


representado pela letra “ Z ”

Ao conjunto de átomos com o mesmo número atómico, damos o nome de ELEMENTO


QUÍMICO.

46
NÚCLEO DE QUÍMICA

Número de Massa (A)


É a SOMA do número de PROTÕES (p), ou NÚMERO ATÓMICO (z), e o
número de NEUTRÕES (n).

𝐴 =𝑝+𝑛 ou 𝐴 =𝑧+𝑛

Exemplo, temos: p = 4 e n = 5. Então:

𝐴=𝑝+𝑛 ⇒𝐴=4+5
Logo: 𝐴=9

A Massa atómica está praticamente toda concentrada no núcleo, visto que a massa do
electrão é desprezível se comparada com a do protão ou a do neutrão.

47
NÚCLEO DE QUÍMICA

Representação de um Elemento Químico


De acordo com a IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada), devemos
indicar o número atómico (Z) e o número de massa (A), junto ao símbolo de um
elemento químico ao representá-lo.
A A
X ou X
Z Z

56 35
EXEMPLOS 12
6 C 26
Fe 17 Cl

48
NÚCLEO DE QUÍMICA

Representação de um Elemento Químico

NOME DO ELEMENTO Carbono Ferro Cloro


NÚMERO DE MASSA (A) 12 56 35
NÚMERO ATÓMICO (z) 6 26 17
NÚMERO DE PROTÕES (p) 6 26 17
NÚMERO DE ELECTRÕE (e) 6 26 17
NÚMERO DE NEUTRÕES (n) 6 30 18

49
NÚCLEO DE QUÍMICA

Representação de um Elemento Químico


Elementos químicos que possuem números diferentes de protões e electrões,
Iões
perderam ou ganharam electrões, gerando uma diferença de cargas.

8 2+
ião CATIÃO– PERDEU dois electrões – ficou POSITIVO
4
Be

16 2–

8
O ião Anião – GANHOU dois electrões – ficou NEGATIVO

50
NÚCLEO DE QUÍMICA

Semelhanças entre ÁTOMOS


Elementos ISÓTOPOS
Elementos químicos com os MESMOS NÚMEROS ATÓMICOS, porém com
NÚMEROS DE MASSA DIFERENTES (pois possuem diferentes números de neutrões).

EXEMPLO 35 37

17
Cl Cl
17

NOME DO ELEMENTO Cloro Cloro


NÚMERO DE MASSA (A) 35 37
NÚMERO ATÓMICO (z) 17 17
NÚMERO DE PROTÕES (p) 17 17
NÚMERO DE ELECTRÕES (e) 17 17
NÚMERO DE NEUTRÕES (n) 18 20 51
NÚCLEO DE QUÍMICA

Semelhanças entre ÁTOMOS


Alguns isótopos recebem nomes diferentes entre si.

1 2 3
EXEMPLO H
1 1
H 1
H

NOME DO ELEMENTO Hidrogénio 1 Hidrogénio 2 Hidrogénio 3


MONOTÉRIO DEUTÉRIO TRITÉRIO
NOME ESPECIAL
Hidrogênio leve Hidrogênio pesado Trítio
NÚMERO DE MASSA (A) 1 2 3
NÚMERO ATÓMICO (z) 1 1 1
NÚMERO DE PROTÕES (p) 1 1 1
NÚMERO DE ELECTRÕES (e) 1 1 1
NÚMERO DE NEUTRÕES (n) 0 1 2 52
NÚCLEO DE QUÍMICA

Semelhanças entre ÁTOMOS


Elementos ISÓBAROS
Elementos químicos com os MESMOS NÚMEROS DE MASSA, porém com NÚMEROS
ATÔMICOS DIFERENTES.

EXEMPLO 40 40
20
Ca 19
K

NOME DO ELEMENTO Cálcio Potássio


NÚMERO DE MASSA (A) 40 40
NÚMERO ATÓMICO (z) 20 19
NÚMERO DE PROTÕES (p) 20 19
NÚMERO DE ELECTRÕES (e) 20 19
NÚMERO DE NEUTRÕES (n) 20 21 53
NÚCLEO DE QUÍMICA

Semelhanças entre ÁTOMOS


Elementos ISÓTONOS
Elementos químicos com os MESMOS NÚMEROS DE NEUTRÕES, porém com
NÚMEROS ATÓMICOS e NÚMEROS DE MASSA DIFERENTES.

40 39
EXEMPLO
Ca 19
K
20

NOME DO ELEMENTO Cálcio Potássio


NÚMERO DE MASSA (A) 40 39
NÚMERO ATÓMICO (z) 20 19
NÚMERO DE PROTÕES (p) 20 19
NÚMERO DE ELECTRÕES (e) 20 19
NÚMERO DE NEUTRÕES (n) 20 20 54
NÚCLEO DE QUÍMICA

Semelhanças entre ÁTOMOS


Átomos ISOELETRÓNICOS
Elementos químicos com os MESMOS NÚMEROS DE ELECTRÕES.

EXEMPLO 23 + 16 2- 20
11
Na 8
O Ne
10

NOME DO ELEMENTO Sódio Oxigênio Neônio


NÚMERO DE MASSA (A) 23 16 20
NÚMERO ATÓMICO (z) 11 8 10
NÚMERO DE PROTÕES (p) 11 8 10
NÚMERO DE ELECTRÕES (e) 10 10 10
NÚMERO DE NEUTRÕES (n) 12 8 10
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