Você está na página 1de 13

Nota 1 : Revisão Geral para incluir medição de resistividade para projeto de

aterramento especial (item 3.2)


Feito : Paulo José Clebicar Nogueira – ER/LT
Aprovado : José Milton da Costa Brito – ER/LT

Impressora utilizada HPLASERJET2100

c
b PJCN PJCN 18/06/01 ICC Alterado item 3.1 e Revisão geral nos demais itens.
a PJCN PJCN 12/01/98 JMCB Ver nota 1
REV. FEITO VISTO DATA APROV. ALTERAÇÕES

Companhia Energética de Minas


Linha de Transmissão 34,5 a 500 kV
PROJ. VISTO No.
PJCN PJCN
INSTRUÇÃO PARA MEDIÇÃO DE 30000-COPDEN-237 b
DES. APROV.
ICC RESISTIVIDADE DO SOLO EM
CONF. DATA LINHAS DE TRANSMISSÃO
FOLHA ARQ.
22/2/94 12
INSTRUÇÃO PARA MEDIÇÃO DE RESISTIVIDADE DO
SOLO EM LINHAS DE TRANSMISSÃO

1.0) GERAL

2.0) EQUIPAMENTOS E MATERIAIS UTILIZADOS

3.0) NÚMERO E LOCALIZAÇÃO DAS MEDIÇÕES

3.1) MEDIÇÕES PARA DEFINIÇÃO DE ATERRAMENTO CONVENCIONAL

3.2) MEDIÇÕES PARA DEFINIÇÃO DE ATERRAMENTO ESPECIAL

4.0) PROCEDIMENTO PARA OBTENÇÃO DAS LEITURAS

5.0) PRECAUÇÕES A SEREM ADOTADOS DURANTE AS MEDIÇÕES

6.0) CÁLCULO DAS RESISTIVIDADES

7.0) APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

8.0) REFERÊNCIAS

30000-COPDEN-237 Fl.1
INSTRUÇÃO PARA MEDIÇÃO DE RESISTIVIDADE DO
SOLO EM LINHAS DE TRANSMISSÃO,

1.0) GERAL

Este documento tem a finalidade de fixar critérios a serem adotados para a execução de
medições de resistividade do solo em estruturas de linhas de transmissão para definição
de aterramento convencional ou especial, utilizando o método dos quatros pontos (método
de WENNER).

2.0) EQUIPAMENTOS E MATERIAIS A SEREM UTILIZADOS

Para as medições serão necessários :

- “Megger Earth Test”, do tipo Null Balance ou Universal

- 5 hastes (hastes de prospecção) de cobre ou aço-cobre, com aproximadamente 1 metro


de comprimento e 16 ou 19 milímetros de diâmetro (5/8” ou 3/4”) cada uma, providas de
um dispositivo que permita conexão fácil e segura dos condutores

- 4 carretéis com comprimentos de 50, 50, 30 e 30 metros de condutor de cobre com bitola
mínima de 1.5 mm2 flexível, com isolamento da classe de 600 Volts

- Caixa de ferramentas contendo : alicate de pressão, conjunto de ferramentas, alicate,


canivete, chaves de fenda, fita isolante, fita crepe, trena , etc. Deverá conter também
marreta, foice, enxada.

- Caixa de primeiros socorros.

- Impresso para anotação de resultados.

3.0) NÚMERO E LOCALIZAÇÃO DAS MEDIÇÕES.

Uma medição é definida como o conjunto de leituras obtidas em um mesmo ponto, mesma
direção e cravamento e diversos espaçamentos entre hastes (ver item 4.1).

As medições devem ser feitas com o solo tão seco quanto o possível. No caso de
medições feitas em período chuvoso, deve aguardar, no mínimo, dois dias consecutivos,
sem chuva, antes de fazer qualquer medição.

30000-COPDEN-237 Fl.2
No caso de medições de resistividade (A, B, C, D e E) próximas a malhas de subestações
existentes, LT, objetos condutores enterrados ou cercas aterradas, as distâncias mínimas
entre os pontos de medição e esses objetos devem ser as mostradas na figura 1.

MALHA
EXISTENTE X B
32m
A XC
X
64m

Maior
espaçamento 32 m

D
X

CONDUTOR
OU CERCA
ATERRADA

LT1

qualquer

E
X
LT2

FIGURA 1

30000-COPDEN-237 Fl.3
3.1) MEDIÇÕES PARA DEFINIÇÃO DE ATERRAMENTO CONVENCIONAL

É definido aterramento convencional o lançamento de 4 pernas de contrapeso (L1) + L2 +


L3 e anel equalizador no sentido radial à LT conforme documento número 02.118 -
COPDEN - 306.

A medição de resistividade para o aterramento convencional (radial) deverá ser executada


no sentido longitudinal à LT, quando ainda em projeto ou em construção. Para
medições executadas em torres existentes com contrapesos lançados, esta deverá ser
medida no sentido transversal ao eixo da LT. As hastes deverão ser mantidas em
alinhamento.

No caso de LTs paralela próxima do local a ser medido, a medição deverá ser
obrigatoriamente transversal ao eixo da LT a ser medida, evitando assim interferências
com o contrapeso existente da LT paralela.

Deverão ser realizadas 3 medições por torre, com espaçamentos entre hastes de 2, 4, 8,
16 e 32 metros (figura 2A e 2B para execução das medições).

MEGGER
MEDIDA S(m CÓDIGO
1a 2 a
C1 P1 P2 C2
2a 4 b
3a 8 c
4a 16 d
5a 32 e

C1 P1 X P2 C2
## ##
S S/2 S/2 S

Profundidade variável
entre 15 e 50 cm
PONTO DE MEDIÇÃO CENTRAL
DA TORRE

FIGURA 2A

30000-COPDEN-237 Fl.4
Centro da Torre (em projeto)

Medição 2

Eixo da LT Medição 1 Eixo da LT


X

Medição 3

FIGURA 2B

As medições 1, 2 e 3 deverão ser espaçadas da distância d, conforme tabela a seguir :

Tabela 1 - Valores para distância “d“


Tensão da LT (kV) Distância “d” (m)
69 (metálica) 10
69 (madeira/concreto) 7
138 / 161(madeira/concreto) 7
138 / 161 (metálica) 10
230 18
345 24
500 29

Obs. : Os valores de “d” poderão ser alterados, conforme projeto da LT e serão


definidos previamente.

30000-COPDEN-237 Fl.5
3.2) MEDIÇÕES PARA DEFINIÇÃO DE ATERRAMENTO ESPECIAL

É definido aterramento especial o lançamento de contrapeso em forma de anéis


concêntricos ao redor da estrutura. As estruturas que necessitam de aterramento especial
são definidas conforme documento número 30.000 - OT/LT1- 767.

A medição de resistividade para o aterramento especial (anéis) deverá ser executada no


sentido longitudinal à LT, quando ainda em projeto Para medições executadas em torres
existentes com contrapesos lançados, esta deverá ser medida no sentido transversal ao
eixo da LT.

Deverão ser realizadas 3 medições por torre (figura 3B), com espaçamentos entre hastes
de 1, 2, 4, 8 e 16 metros (figura 3A). Em casos onde a área disponível para medição é
restrita devido à invasão intensa, canteiro central, loteamentos, as medições podem ser
realizadas com as distâncias entre hastes de 1, 2, 3, 4 e 5 metros (preferencialmente deve
ser medido com 1, 2, 4, 8 e 16 metros). Para ambos os casos as profundidades das hastes
deverão ser anotadas.

MEGGER
MEDIDA S(m CÓDIGO
1a 1 a C1 P1 P2
2a 2 b
3a 4 c
4a 8 d
5a 16 e

S (m) alternativo :
1, 2, 3, 4, 5 metros C1 P1 X P2 C2
## ##
S S/2 S/2 S

Profundidade variável
entre 15 e 50 cm
PONTO DE MEDIÇÃO CENTRAL
DA TORRE

FIGURA 3A

30000-COPDEN-237 Fl.6
ÁREA DA TORRE

EIXO DA LT
X

mínimo 5 m mínimo 5 m

MEDIÇÃO 2 MEDIÇÃO 1 MEDIÇÃO 3


(CENTRAL)

FIGURA 3B

30000-COPDEN-237 Fl.7
4.0) PROCEDIMENTO PARA OBTENÇÃO DAS LEITURAS

A medição de resistividade do solo, em relação à torre deve ser feita utilizando-se 4 hastes
de prospecção alinhadas com espaçamentos indicados em 3.1 ou 3.2, conforme o tipo de
aterramento a ser adotado para a estrutura.

4.1) RESISTÊNCIA PARA A TERRA DAS HASTES DE POTENCIAL

No MEGGER tipo “Null Balance”, esta resistência é automaticamente compensada ao se


fazer a leitura.

No MEGGER tipo Universal, antes de se fazer a leitura, deverá ser verificado se a


compensação desta resistência é possível ou não. A compensação não será possível,
caso a resistência das hastes para a terra seja muito elevada (acima de 8.000 Ω) e neste
caso a resistividade calculada deve ser corrigida.

Os resultados das medições das resistências para os diversos espaçamentos devem ser
anotados no impresso “Resultado das Medições de Resistividade do Solo e Medições
de Resistência de Aterramento” (Anexo C).

5.0) PRECAUÇÕES A SEREM TOMADAS DURANTE AS MEDIÇÕES

- As medições deverão ser realizadas, preferencialmente, em dias nos quais o solo se


apresente seco. Deverão ser anotadas, na folha de resultados, as medições e a data da
última chuva. Em hipótese alguma deverão ser realizados medições com tempo chuvoso
ou propício a descargas atmosféricas.

- Na folha de resultados deve-se desenhar um croqui com a direção da medição,


identificando interferências, como também as cotando.

- É absolutamente necessário que, durante as medições, as hastes estejam bem alinhadas


e firmemente cravadas no solo, ainda que para isso seja necessário compactar o solo em
volta da haste ou cravá-la a uma profundidade maior.

- As medições deveram ser executadas utilizando-se equipamentos de segurança como


calçados e luvas com isolação da ordem de 5 MegaOhms.

30000-COPDEN-237 Fl.8
6.0) CÁLCULO DA RESISTIVIDADE

Fórmula simplificada :

ρ=2xπxSxR

onde :

ρ = Resistividade calculada, em Ω x metro

S = Espaçamento entre hastes conforme 3.1 ou 3.2

R = Resistência medida no aparelho, em Ω

Para K = 2 x π x S , temos os valores de K calculados para vários espaçamentos :

S (metro) 1 2 3 4 5 8 16 32
K 6,28 12,57 18,85 25,13 31,42 50,27 100,5 201,06

O valor da resistividade calculada deverá constar na coluna “Resistividade ρ (Ωxm)” no


formulário do Anexo C.

30000-COPDEN-237 Fl.9
7.0) APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Para cada local de medição de resistividade solo deverá ser preenchido um formulário
conforme modelo do anexo C. Os valores obtidos nos aparelhos deverão ser apresentados
na coluna “Resistência Medida (Ω) p/ cálculo da Resistividade”.

As medições para projeto de aterramento especial (anéis) deverão ser indicadas com as
respectivas distâncias entre hastes.

No caso de ser impraticável a compensação da resistência para a terra das hastes de


potencial (ver item 4.4) em determinado ponto, a resistência medida será anotada na folha
de resultados acompanhada de um asterisco (*).

30000-COPDEN-237 Fl.10
ANEXO C

VER ARQUIVO COPDEN237502P.DOC ANEXADO A ESTA FICHA

30000-COPDEN-237 Fl.11
8.0) REFERÊNCIAS

1) Instrução para medição de Resistividade do solo - 02118-TN/TN1-146

2) Instrução para medição de Resistência de aterramento e instalação do contrapeso em


suportes de linhas de transmissão - 02118 - TN/TN1 - 207

Este documento foi elaborado pela Divisão de Estudos de Linhas de Transmissão OT/PL1,
em 24.07.86 com a participação de :

a) Elaboração : Sérgio Roberto de Oliveira - OT/PL1

b) Colaboração : José Antônio Martins - OT/PL1

c) Aprovação : João Félix Nolasco - OT/PL1

Recebeu aprovação para inclusão no Manual Técnico da DPC, solicitado através do memo
OT/LT1-010/94 (18.02.94).

30000-COPDEN-237 Fl.12

Você também pode gostar