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DSP, 6669 – Higiene e Prevenção no Trabalho

MANUAL DE
FORMAÇÃO
DESENVOLVIMENTO SOCIAL E PESSOAL
UFCD 669 – HIGIENE E PREVENÇÃO NO TRABALHO

FORMADOR: JORGE VALENTE


DSP, 6669 – Higiene e Prevenção no Trabalho

Modalidade de Formação Aprendizagem

Informação da Ação de Formação Formador(a): Jorge Valente


Público-alvo: Formandos do curso de aprendizagem
Carga Horária: 50 horas
Data: 03 de Julho de 2017
Local de Realização: Gestitomé, Formação Profissional

Área de Educação e Formação Aprendizagem

Ação de Formação Técnico de Mecatrónica Automóvel

Unidade de Formação de Curta Duração 6669 – Higiene e Prevenção no Trabalho

Objetivos Define conceitos de saúde, doença profissional e


acidente de trabalho.
Relaciona saúde com local de trabalho.
Identifica as principais causas das doenças
profissionais e dos acidentes de trabalho.
Identifica e interpreta elementos relevantes das
estatísticas de acidentes de trabalho.
Identifica as principais características de um
posto de trabalho-tipo.
Caracteriza as condições de trabalho ideais e as
formas de as conservar.
Reconhece as vantagens da proteção coletiva e
individual.
Utiliza meios adequados de movimentação de
cargas.
Identifica as regras de utilização de ecrãs de
computador.

Conteúdos Programáticos Saúde, doença e trabalho


Saúde, Doença profissional, Acidentes de
trabalho, Doenças profissionais nos diversos
sectores económicos, Estatísticas de doenças
profissionais e de acidentes de trabalho,
Distribuição de acidentes de acordo com
localização da lesão, tipo de lesão, hora de
trabalho, região, sector de atividade, idade, Tipos
de risco de acidente, Custos dos acidentes,
Prevenção de acidentes
Ergonomia
Postos de trabalho: sentado, em pé, misto,
condições de trabalho: temperatura, ruído,
humidade, ventilação, iluminação, poluentes
químicos, Técnicas de prevenção coletiva e
individual, Equipamentos de prevenção
individual, Movimentação de cargas:
levantamento, transporte manual, Regras de
utilização de ecrãs de computador
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Recursos Físicos e Pedagógicos envolvidos Físicos: Sala de Formação com mesas e cadeiras.
Pedagógicos: Videoprojector; Quadro de Cerâmica/Flip-Chart; Computador
Portátil.
Metodologias Pedagógicas A metodologia baseia-se na dinâmica do grupo, tendo um cariz essencialmente
prático:
Método Afirmativo (Expositivo e Interrogativo) com recurso a meios audiovisuais.
Ativo com Partilha de Experiências; Exercícios de grupo; estudos de caso e
debates.
Será utilizada uma pedagogia ativa baseada em: Contribuições teóricas e
metodológicas; Técnicas e instrumentos de trabalho; Exemplos de situações
reais; Enquadramento sobre os aspetos regulamentares e legais; Manual
concebido como um guia de referência sobre os pontos do programa, contendo as
disposições atualizadas sobre esta matéria.
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Conceitos
Saúde
Segundo a O.M.S. – Organização Mundial de Saúde, “É um estado de bem-estar físico, mental e
social completo e não somente a ausência de dano ou doença.

Doença profissional
Doenças ligadas ao trabalho, ou seja, doenças que se agravam com o trabalho, ou que não
estando directamente ligadas ao trabalho são por este influenciadas.

A OMS, distingue os dois tipos de doenças relacionadas com o trabalho:


- Doença ocupacional, situação para a qual existe uma relação bem estabelecida entre a
alteração de saúde e um ou mais factores do trabalho que podem ser bem identificados,
quantificados e eventualmente controlados;
- Doença relacionada com o trabalho, situação onde a relação entre a alteração de saúde e o
trabalho é fraca, não é clara e é variável.

Acidente de trabalho

É todo acidente que se verifique no local e no tempo de trabalho e produza direta ou indiretamente
lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte a morte ou redução na capacidade
de trabalho ou de ganho.
É também considerado acidente de trabalho ocorrido:
Fora do local ou do tempo de trabalho, quando verificado na execução de serviços determinados
pela entidade empregadora ou por esta consentida;
Na ida para o local de trabalho ou no regresso deste, quando for utilizado meio de transporte
fornecido pela entidade empregadora, ou quando o acidente seja consequência de particular perigo
do percurso normal ou de outras circunstâncias que tenham agravado o risco do mesmo percurso
– acidente de trajeto;

Na execução de serviços espontaneamente prestados e de que possa resultar proveito


económico para a entidade empregadora;

Estatísticas de acidentes de trabalho e doenças profissionais

1 – O Estado assegura a publicação regular e a divulgação de estatísticas anuais sobre


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acidentes de trabalho e doenças profissionais.

2 – A informação estatística deve permitir a caracterização dos acidentes e das doenças


profissionais, de molde a contribuir para os estudos epidemiológicos, possibilitar a adopção de
metodologias e critérios apropriados à concepção de programas e medidas de prevenção de
âmbito nacional e sectorial e ao controlo periódico dos resultados obtidos.
Compete à Inspecção-Geral do Trabalho a realização de inquéritos em caso de acidente de
trabalho mortal ou que evidencie uma situação particularmente grave.

3 – Nos casos de doença profissional ou quaisquer outros danos para a saúde ocorridos
durante o trabalho ou com ele relacionados, a Direcção-Geral dos Cuidados de Saúde Primários,
através das autoridades de saúde, bem como a Caixa Nacional de Seguros de Doenças
Profissionais, podem, igualmente, promover a realização de inquéritos.

Causas e consequências dos acidentes de trabalho


A responsabilidade do acidente do trabalho era colocada nos trabalhadores, através dos atos
inseguros, essa tendência acabou criando uma “consciência culposa” nos mesmos, pois era
comum a negligência, o descuido, a facilitação e o excesso de confiança serem apontados como
causas dos acidentes.
Trabalhador Empresa
Consequências directas Consequên Consequências Consequênci
cias directas as indirectas
indirectas
- Adiantamento de - Perturbaç - Custos de substituição ou - Aumento
pagamento de transportes e ões familiar reparação de maquinas - do absentismo
- Mal- Custos com medicamentos,
tratamentos. - Redução de
estar tratamento, cirurgia,…
- Complicaçõe produtividade - Possibilidade
psicológ
s orçamentais ico de redução de lucro
- Incapacidade física (culpa dos seus colegas) - Custo de
investimento na
- Perturbação da prevenção
sua rotina diária

Organização dos serviços

Na organização dos serviços de segurança, higiene e saúde no trabalho a entidade empregadora


pode adoptar uma das seguintes modalidades:

a) Serviços internos;
b) Serviços interempresas;
c) Serviços externos.
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Havendo vários estabelecimentos, a empresa pode adoptar modalidades diferentes para cada um
deles.

Serviços internos

1 – Os serviços internos são criados pela própria empresa, abrangendo exclusivamente os


trabalhadores que nela prestam serviço.
2 – Os serviços internos fazem parte da estrutura da empresa e funcionam sob o seu
enquadramento hierárquico.
3 - Os estabelecimentos ou empresas com pelo menos 50 trabalhadores e que exerçam
actividades de risco elevado devem organizar serviços internos.

Serviços interempresas

1 – Os serviços interempresas são criados por uma pluralidade de empresas ou


estabelecimentos para utilização comum dos trabalhadores que neles prestam serviço.
2 – O acordo pelo qual são criados os serviços interempresas deve constar de documento
escrito a aprovar pelo Instituto de Desenvolvimento e Inspecção das Condições de Trabalho.

Serviços externos
1 – Serviços externos são os contratados pela empresa a outras entidades.

2 – A contratação dos serviços externos não isenta o empregador das responsabilidades que lhe
são atribuídas pela legislação relativa à segurança, higiene e saúde nos locais de trabalho.

Factores a considerar na análise da prioridade de postos de


trabalho:
- Frequência e gravidade de acidentes (postos de trabalho com acidentes frequentes ou
ocorrências pouco frequentes mas com elevada gravidade);
- Potencial de danos para a Segurança e Saúde (as consequências dos acidentes potenciais,
a perigosidade das condições existentes ou o grau de exposição a factores de risco grave;
- Novos postos de trabalho (devido à pouca experiência associada a estes postos, os riscos
podem não ser evidentes ou antecipados);
- Mudanças no posto de trabalho (novos riscos podem estar associados aos fatores objeto de
mudanças);
- Trabalhos não frequentes (trabalhadores podem estar expostos a um risco maior, quando
executam trabalhos de não rotina).

O trabalhador do posto analisado deve ser envolvido no processo de análise como forma de se
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obter a sua colaboração na identificação dos riscos e o seu empenhamento nas medidas
preventivas subsequentes.

O trabalho deve ser observado nas suas condições normais de exercício (por exemplo, se o
trabalho é normalmente realizado à noite, deve, então, ser observado à noite).

Quando estiver completa a observação e registo, as operações devem ser discutidas por todos
(incluindo o trabalhador), para se assegurar que estão registadas na sua ordem correta.
Identificação de Potenciais Riscos

Uma vez registadas as operações básicas, temos de identificar os potenciais riscos para cada
operação. Baseado nas observações, conhecimento de acidentes (suas causas) e pessoal
experiente, listamos as situações que podem estar erradas em cada operação.
A utilização de EPI’s deverá ser a ultima medida a adoptar, apenas quando estiverem esgotadas
todas as outras soluções.
A utilização de EPI’s deve obedecer a dois critérios fundamentais: a selecção e os
requisitos na utilização.
A selecção de EPI’s deve ser realizada observando os seguintes aspectos:
- O tipo de riscos contra os quais se pretende proteger
- A parte do corpo que se pretende proteger
O tipo de condições de trabalho
As características físicas do trabalhador Os requisitos de utilização são os seguintes:
Adaptabilidade
Comodidade
Robustez
Leveza
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Protecção das vias respiratórias


Existem diversos tipos de EPI’s para a protecção das vias respiratórias. Eles diferem entre si
fundamentalmente quanto aos riscos a proteger e de acordo com as condições de trabalho a que
os trabalhadores que deles necessitam estão sujeitos.

filtrantes – máscaras - contra poeiras, gases e vapores

É o mais utilizado e amplamente difundido. Existem muito tipos de máscaras. Elas diferem nos seguintes aspectos:

tipo de agentes químicos de que protegem Vapores


– partículas, gases e vapores

Grau

de
Classe de protecção que oferecem: eficácia:
eficácia
baixa
eficácia

Proteção auditiva

Uma vez que existem muitos tipos diferentes de protectores, que podem ser utilizados em
diversos ambientes de trabalho, é desejável que se escolha o protector auditivo mais adequado
para cada caso.
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Tipos de protectores auditivos

Protectores Auditivos de Inserção Pré – Moldados

São aqueles cujo formato é definido. Podem ser de diferentes materiais: borracha, silicone, PVC.

As vantagens dos protectores auditivos pré-moldados são:


Variedade de modelos;
Compatíveis com outros equipamentos, como capacetes, óculos, respiradores, etc.;
Reutilizáveis ou descartáveis;
Isolantes com aprovisionamento de ar fresco

Isolam as vias respiratórias do trabalhador do ar ambiente que o rodeia. São utilizados em condições de trabalho mais extremas ,
em que a concentração dos agentes químicos excede determinados valores, que dependem dos agente em causa, e/ou a concentr
ação de oxigénio no ar dos locais de trabalho é muito baixa, inferior a 17% em volume.

Pequenos e facilmente transportados e guardados;


Relativamente confortáveis em ambiente quente;
Não restringem movimentos em áreas muito pequenas.
Podem ser utilizados por pessoas com cabelos longos, barba e cicatrizes, sem interferência na
vedação.
As desvantagens são:
Movimentos (fala, mastigação) podem deslocar o protector, prejudicando a atenuação
Necessidade de treino específico
Bons níveis de atenuação dependem da boa colocação
Só pode ser utilizado em canais auditivos saudáveis
Fáceis de perder
Menor durabilidade

Protectores Auditivos de Inserção Moldáveis

Feitos em espuma moldável, com superfície lisa que evita irritações no canal auditivo. Contornam-
se ao canal auditivo do utilizador, independentemente do tamanho ou formato do canal
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As vantagens dos protectores de inserção moldáveis são:


De espuma macia, não magoam o ouvido;
Podem ser utilizados por pessoas com cabelos longos, barba e cicatrizes, sem interferência na
vedação;
Ajustam-se bem a todos os tamanhos de canais auditivos;
Compatíveis com outros equipamentos como capacetes, óculos, respiradores, etc.
Descartáveis e de baixo custo;
Pequenos e facilmente transportáveis e guardáveis;
Relativamente confortáveis em ambiente quente;
Não restringem movimentos em áreas muito pequenas;
Quando colocados correctamente, proporcionam excelente vedação no canal auditivo.

As desvantagens são:
Movimentos (fala e mastigação) podem deslocar o protector, prejudicando a atenuação;
Necessidade de treino específico para colocação;
Bons níveis de atenuação dependem da boa colocação;
Não é recomendado o manuseio se o utilizador estiver com as mãos sujas;
Só podem ser utilizados em canais auditivos saudáveis; Fáceis
de perder.

Protectores Auditivos Tipo Concha


Formado por um arco plástico ligado a duas conchas plásticas revestidas internamente por
espuma, que ficam sobre as orelhas. Possuem as almofadas externas para ajuste confortável da
concha ao rosto do utilizador, ao redor da orelha.
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Protectores Auditivos Tipo Capa de Canal

São formados por uma haste plástica de alta resistência à deformação e rompimento, utilizadas
abaixo do queixo ou atrás da cabeça, com pontas de espuma substituíveis nas extremidades.
Acomodam-se na entrada do canal auditivo, possuem formato definido, não entrando em contanto
com o canal auditivo do utilizador.

As vantagens dos protectores tipo capa de canal são:


Boa durabilidade das pontas;
Pontas descartáveis;
Podem ser utilizados com a haste atrás da cabeça ou debaixo do queixo;
Podem ser usados com capacetes, óculos e outros equipamentos sem que reduza a atenuação e
mantendo a eficiência da vedação;
A haste é regulável para não incomodar o utilizador;
Mantém a atenuação através da pressão nas pontas;
Excelente opção para usos intermitentes.
As desvantagens são:
Não é recomendado o manuseio das pontas com as mãos sujas;
Pode ser desconfortável para 8 horas de trabalho;
A atenuação depende da boa acomodação das pontas na entrada do canal auditivo.

Movimentação manual de cargas


Apesar de muitas vezes se utilizar o transporte mecânico de cargas, o Homem continua a ser o
meio de transporte mais importante.
O transporte manual envolve todo o corpo e a sua elevação só pode ser realizada através da
tensão de muitos músculos, o que pode provocar um grande desgaste físico.
Mesmo que a carga a movimentar não seja pesada ou volumosa, o transporte manual é quase
sempre um trabalho pesado, sobretudo quando há necessidade de elevação para plataformas ou
de subir escadas.
Visto que a capacidade de trabalho individual varia bastante, o desgaste físico e o trabalho
pesado são noções relativas. (Uma tarefa pode ser executada facilmente por um jovem forte e
saudável, mas essa mesma tarefa pode conduzir a um elevado desgaste quando
executada por uma pessoa com mais idade ou com algum problema de saúde).
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O transporte manual de cargas envolve partes ou todo o corpo e, mesmo que a carga a
movimentar não seja muito pesada ou volumosa, a baixa eficiência do sistema muscular
humano torna este trabalho pesado, provocando rapidamente fadiga com consequências
gravosas, nomeadamente aumentando o risco de ocorrência de acidentes de trabalho ou
de incidência de doenças profissionais. Os estudos biomecânicos assumem particular
importância nas tarefas de transporte e levantamento de cargas, comuns a um grande
número de actividades, nas quais se inclui a indústria metalomecânica, responsáveis por
várias lesões, por vezes irreversíveis ou de difícil tratamento, sobretudo ao nível da coluna.
A coluna vertebral, devido à sua estrutura em discos, é pouco resistente a forças
contrárias ao seu eixo (F2), como se pode observar na figura. Quando se levanta a carga
na posição o mais erecta possível, o esforço de compressão distribui-se uniformemente
sobre a superfície total de vértebras e discos. Nesta posição consegue-se reduzir em cerca
de 20 % a compressão nos discos, em relação ao levantamento na posição curvada.
Existem dois tipos de levantamento de cargas no trabalho:
• Levantamento esporádico: relacionado com a capacidade muscular;
• Levantamento repetitivo: onde acresce a capacidade energética do trabalhador e a fadiga física.

Quando surge a fadiga? Durante o esforço muscular estático os vasos sanguíneos do tecido
muscular são comprimidos e o fluxo de sangue diminui, assim como, o fornecimento de oxigénio e
açúcar. A fadiga pode provocar consequências gravosas, não só porque reduz a eficiência do
trabalho, como pode conduzir a acidentes. Normalmente, a sua frequência é elevada e aumenta
para o final do dia de trabalho.

Outros riscos associados à elevação e transporte manual de cargas


A ocorrência de acidentes neste tipo de operação é consequência de movimentos incorretos ou
esforços físicos exagerados, de grandes distâncias de elevação, do abaixamento e transporte,
bem como de períodos insuficientes de repouso.
RISCOS
• Queda de objetos sobre os pés;
• Ferimentos causados por marcha sobre, choque contra, ou pancada por objectos penetrantes;
• Sobre-esforços ou movimentos incorretos (de que pode resultar hérnia discal, rotura de
ligamentos, lesões musculares e das articulações);
• Choque com objetos;
• Queda de objetos;
Entalamento.
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Parte destes riscos podem ser controlados pela utilização de dispositivos de protecção individual:
capacetes, luvas, calçado de protecção, ou recorrendo a aparelhos auxiliares.

PREVENÇÃO

• Utilizar de preferência charriots;


• Não transportar em carro de mão cargas longas ou que impeçam a visão;
• Manter as zonas de movimentação de cargas arrumadas;
• Sinalizar as zonas de passagem perigosas;
• Utilizar ferramentas que facilitem o manuseamento da carga;
• Tomar precauções na movimentação de cargas longas;
• Adoptar uma posição correcta de trabalho, tendo em atenção os seguintes aspectos:
a) O centro de gravidade do trabalhador deve estar o mais próximo possível e por cima do centro
de gravidade da carga;
b) O equilíbrio do trabalhador que movimenta uma carga depende essencialmente da posição dos
pés, que devem enquadrar a carga;
c) O centro de gravidade do trabalhador deve estar situado sempre no polígono de sustentação;
d) Adoptar um posicionamento correcto. Para tal, o dorso deve estar direito e as pernas flectidas;
e) Usar a força das pernas. Os músculos das pernas devem ser usados em primeiro lugar em
qualquer acção de elevação;
f) Fazer trabalhar os braços em tracção simples, isto é, estendidos. Devem, acima de tudo, suster
a carga e não levantá-la;
g) Usar o peso do corpo para reduzir o esforço das pernas e dos braços;
h) Orientar os pés. Quando uma carga é levantada e em seguida deslocada, é preciso pôr os pés
no sentido que se vai efectuar a marcha, a fim de encadear o deslocamento com o
levantamento;
i) Escolher a direcção de impulso da carga. O impulso pode ser usado para ajudar a deslocar
ou empilhar uma carga;
j) Garantir uma posição correcta das mãos. Para manipular objectos pesados ou volumosos,
devem usar-se a palma das mãos e a base dos dedos. Quanto maior for a superfície de contacto
das mãos com a carga, maior segurança existirá. Para favorecer um bom posicionamento das
mãos, colocar calços sobre as cargas.

Princípios da movimentação manual de cargas


1. Avaliar a carga;
2. Inspecionar a carga;
3. Verificar a existência de arestas ou bordos salientes;
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4. Identificar o local onde se vai colocar a carga;


5. Identificar como se vai colocar;
6. Escolher antecipadamente o trajeto mais conveniente

Para levantar cargas


- Manter as costas direitas;
- Dobrar os joelhos;
- Exercer força com as pernas;
- Manter a carga junto ao corpo.

Para baixar cargas


- Endireitar as costas;
- Dobrar os joelhos;
- Manter a carga junto ao corpo;
- Exercer força com as pernas;
- Pousar um dos lados; - Pousar o outro lado.

Para elevar cargas aos ombros


- Elevar até à cintura;
- Levantar a coxa para amparar a carga;
- Pegar por baixo da carga;
- Rodar a carga contra o peito e para cima;
- Elevar um dos lados em direção ao ombro mais próximo;
- Equilibrar a carga ao ombro.

Para elevar carga acima da cabeça


- Não elevar de um só momento;
- Colocar a carga sobre um banco ou uma mesa;
- Mudar ou ajeitar a forma de agarrar;
- Se necessário, colocar a carga em alturas sucessivas;
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- Colocar um pé atrás e outro à frente do corpo.

Para torcer ou rodar o tronco com carga


A carga mantém-se parada;
O tronco NÃO roda;
Os pés rodam o corpo e a carga

Levantamento e transporte de
cargas - Mãos colocadas em lados
opostos; - A carga mantém-se junto ao
corpo.

Ergonomia

 Ciência que utilizando conhecimentos de Anatomia, Fisiologia, Psicologia e Sociologia,


fornece métodos para a determinação dos limites que podem ser atingidos na realização
do trabalho humano, com o objectivo de adaptar o trabalho ao Homem e o Homem ao
trabalho.
A ERGONOMIA É O ESTUDO DA ADAPTAÇÃO DO TRABALHO AO HOMEM.

Prevenção
 Acções de prevenção são todas as medidas destinadas a evitar os acidentes de trabalho e
as doenças profissionais.
 Definir as acções de prevenção consiste na tomada de decisões quanto às medidas a
adoptar para:
– Eliminar riscos;
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– Limitar riscos;
– Limitar as consequências dos riscos.

Risco
 Consideram-se Risco de Trabalho todas as situações, reais ou potenciais, susceptíveis de
a curto, médio ou longo prazo, causarem lesões aos trabalhadores ou à comunidade, em
resultado do trabalho.

Regras de utilização de ecrãs de computador

A utilização do computador como ferramenta de trabalho exige regras de utilização, com vista ao
bem estar humano.
O uso prolongado do teclado ou do rato pode levar a dores nos músculos e nervos a menos que
algumas orientações sejam seguidas. Trabalho intenso no computador sem alternância, pausas
para descanso e mudanças de postura pode ser prejudicial.

É possível trabalhar com maior segurança e conforto seguindo as seguintes regras:

• Manter uma boa postura quando usar o teclado.


• Usar uma cadeira que tenha suporte para as costas.
• Manter os pés apoiados no chão ou num suporte apropriado para apoiar os pés.
• Evitar girar ou inclinar o tronco ou o pescoço ao trabalhar.
• Manter os ombros relaxados, cotovelos apoiados e confortáveis.
• Evitar apoiar os cotovelos numa superfície dura ou na mesa.
• Usar pequenas almofadas se necessário.
• O antebraço deve ficar alinhado num ângulo de 100 a 110 graus com o teclado de modo a
ficar numa posição relaxada. Isso requer que o teclado fique inclinado durante o trabalho.
• Os pulsos devem ficar numa posição neutra ou reta ao digitar ou se usar algum dispositivo
de apontamento ou calculadora.
• Movimentar os braços sobre o teclado e nos apoios para os pulsos enquanto digita.
• Evitar ter os pulsos tortos ao usar o teclado ou o rato.

• Trabalhar a um ritmo razoável .


• Fazer pausas frequentes durante o dia. Estas pausas podem ser breves e incluir
alongamentos para optimizar os resultados.
• A cada duas ou três horas levantar-se e fazer uma atividade alternativa.
• Diminuir o número de movimentos repetitivos. Isto pode ser feito com o auxilio de teclas de
atalho e com o uso de programas especiais para esse fim.
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• Alterar as tarefas com o fim de não permanecer com o corpo na mesma posição, por tempo
prolongados, durante o trabalho.
• Manter os dedos e articulações relaxadas enquanto digita.
• Evitar bater no teclado com muita força. As mãos devem ficar relaxadas.
• Descansar os olhos olhando, de vez em quando, para objetos diferentes enquanto
trabalha.
• Evitar perder tempo a procurar coisas enquanto digita. Os apontamentos, arquivos e
telefones devem estar num lugar de fácil acesso.
• Usar um apoio para o teclado e para o rato de modo a posicioná-los corretamente.
• Ajustar e posicionar o monitor de modo que ao olhar para ele, o pescoço fique em posição
neutra ou reta.
• O monitor deve ficar diretamente á nossa frente. A parte superior da tela deve estar
diretamente à frente dos nossos olhos de modo que ao olhar para ela se olhe levemente
para baixo.
• Regular o monitor de modo a evitar brilho excessivo. Evitar também reflexos de janelas e
outras fontes luminosas.
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Bibliografia
Gaspar, Cândido Dias e outros, “Colecção Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho”,
Universidade Aberta. Miguel, Alberto Sérgio S.R.
“Manual de Higiene e Segurança do Trabalho”, Porto Editora. Cabral, Fernando A. e Roxo,
Manuel M.
“Segurança e Saúde do Trabalho – Legislação Anotada”, 2.ª Edição, Almedina. Vilar, Manuel
Dória.
“Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais”, Vislis Editores. Aurélio, José Alexandrino,
“Segurança, Higiene e Saúde na Construção Civil”, Vislis Editores.
“Higiene, Segurança, Saúde e Prevenção de Acidentes de Trabalho”, Verlag Dashöfer.
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