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1933 - 1974

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O Estado Novo
Caricatura de
Salazar, enquanto
ministro das
Finanças no tempo
da ditadura militar
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Salazar e a Constituição de 1933

▪ Em 1932, perante aquilo que foi considerado


um sucesso da política financeira, o
Presidente da República da ditadura militar,
Óscar Carmona, convidou António de
Oliveira Salazar para ocupar o cargo de
chefe do Governo.
Carmona Salazar
Salazar
discursando na
sua tomada de
posse como Chefe
do Governo (1932)
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Salazar e a Constituição de 1933

▪ Era necessário projetar a organização do


Estado por meio de um novo texto
constitucional.

▪ A Constituição foi elaborada por um grupo


de juristas sob a orientação de Salazar.

▪ Foi aprovada em abril de 1933, através de


um referendo, instituindo o Estado Novo.
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O Estado Novo (1933 – 1974)

▪ No Estado Novo, o Chefe do Governo


(chamado Presidente do Conselho de
Ministros) era o ditador, portanto, o Chefe do
Governo era sempre o mesmo e escolhia os
seus ministros.
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O Chefe do Governo
controlava os poderes
executivo e legislativo,
ficando o poder judicial
muito condicionado
(pouco independente).
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O Estado Novo (1933 – 1974)
▪ No Estado Novo, os chefes de governo foram:

- António de Oliveira Salazar (até 1968)

- Marcelo Caetano (1968 – 1974)


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O Estado Novo (1933 – 1974)
▪ O Estado Novo, sendo um regime ditatorial,
não respeitava os direitos e liberdades dos
cidadãos.
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O partido único

▪ O Estado Novo reabriu o parlamento,


chamado Assembleia Nacional.
▪ Mas só era permitida a existência de um
partido, a União Nacional, que apoiava o
Governo de Salazar, pelo que todos os
deputados eram da União Nacional. E
Salazar controlava quem se candidatava a
deputado.
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A repressão no Estado Novo

▪ O Estado Novo criou formas de repressão:

- a censura a polícia política


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A repressão no Estado Novo – censura

▪ Para que não se divulgassem ideias


diferentes das do Estado Novo, existiam os
serviços de censura.
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A repressão no Estado Novo – censura

▪ Nenhum jornal era publicado sem


passar, primeiro, por aqueles
serviços. Todas as formas de
notícia (na rádio e na televisão)
tinham de ter autorização prévia.
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A repressão no Estado Novo – censura
▪ Livros, filmes, discos, peças de teatro, etc.
eram censurados e podiam ser proibidos.
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A repressão no Estado Novo – a polícia política
▪ A polícia política teve vários
nomes ao longo do tempo,
mas é mais conhecida por
PIDE (Polícia Internacional
de Defesa do Estado), nome
que teve entre 1945 e 1969.
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A repressão no Estado Novo – a polícia política

▪ A polícia política tinha ao seu


serviço muitos informadores,
agentes e inspetores.

▪ Recolhia informações secretas


sobre a vida de muitos
portugueses.
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A repressão no Estado Novo – a polícia política

▪ A polícia política perseguia,


prendia, interrogava e torturava
(física e psicologicamente)
quem não aceitava as ideias do
regime.
A repressão no Estado Novo – a polícia política
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A repressão no Estado Novo – a polícia política

▪ As pessoas presas pela


PIDE eram levadas para
prisões especiais – as
prisões políticas.
A repressão no Estado Novo – a polícia política

▪ Prisões políticas

Tarrafal (Cabo Verde)


▪ Prisões políticas

Peniche

Caxias
Estado Novo – as duras condições de vida
▪ As condições de vida de grande parte da população
eram difíceis – vivia com privações, apesar da
propaganda do regime, que queria passar a ideia de
que havia paz social e nada faltava.
Estado Novo – as duras condições de vida
E a população não se podia manifestar/protestar.
Estado Novo – as duras condições de vida
▪ Muitas pessoas emigravam.
A resistência ao Estado Novo

- Oposição/opositores são as pessoas ou


grupos que são contra o regime político ou o
governo que está no poder.

- A oposição tinha de se organizar


clandestinamente, por causa da vigilância que
a polícia política fazia.

- Muitos opositores exilaram-se, isto é, saíram do


país.
Momentos importantes da história da oposição

- 1945
Formação do MUD (Movimento de Unidade Democrática),
para concorrer às eleições de 1945 para a Assembleia
Nacional.
Momentos importantes da história da oposição

- 1945
Salazar prometera eleições livres.

Mas essa liberdade acabou por não


existir e muitos apoiantes do MUD foram
presos enquanto outros foram expulsos
das funções públicas que exerciam.
Momentos importantes da história da oposição

- 1949
Candidatura do General Norton de Matos à presidência
da República.
Momentos importantes da história da oposição

- 1949
Por não existirem condições de
igualdade com a candidatura de Óscar
Carmona, o candidato do regime, Norton
de Matos desistiu de concorrer à
presidência.
Momentos importantes da história da oposição

- 1958
Candidatura do General Humberto Delgado à presidência
da República, concorrendo com o candidato do regime
(Almirante Américo Tomás).
Momentos importantes da história da oposição
Manifestações de apoio ao General Humberto Delgado.
Momentos importantes da história da oposição

- 1958
O General Humberto Delgado levou até ao fim a sua
candidatura, mas os resultados dessa eleição foram
falseados e o Almirante Américo Tomás foi declarado o
vencedor.
Nunca se chegarão a saber os verdadeiros resultados.
Momentos importantes da história da oposição

- 1962, 1967 e 1969


Revoltas dos estudantes universitários, contra a falta
de liberdade e a opressão.
Estado Novo – o marcelismo

Em 1968, Salazar foi substituído na


chefia do Governo por motivos de
saúde.
Para o seu lugar foi nomeado Marcelo
Caetano.
Estado Novo – o marcelismo
Apesar das expectativas – falava-se numa possível abertura
democrática: uma “primavera” (primavera marcelista) que
sucedesse ao “inverno” (ditadura salazarista) - o regime
político manteve as mesmas
características.
Salazar morreu em 1970.
O Estado Novo só
terminaria a
25 de abril de 1974.

Marcelo Caetano, Américo Tomás,


Chefe do Governo Presidente da República
1961 - 1974
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A guerra
colonial
O colonialismo português e a Guerra Colonial

▪ No início da década de
1960, ao contrário dos
outros países
europeus, o Governo
de Portugal continuava
a recusar o direito à
independência das
suas colónias.
O colonialismo português e a Guerra Colonial

▪ A revolta das suas


populações originou a
guerra colonial.
Guiné
▪ Nas colónias foram
criados movimentos de
libertação que lutavam Angola
pela independência, Moçambique
através de grupos
armados.
O colonialismo português e a Guerra Colonial

«Sejam quais foram as


dificuldades que se nos deparem
e os sacrifícios que se nos
oponham, não vejo outro atitude
que não seja a decisão de
continuar [a política colonial].»
(Salazar, 1961)
O colonialismo português e a Guerra Colonial

▪ O início da guerra em
Angola (1961),Guiné
(1963) e Moçambique
(1964) provocou o
recrutamento de
jovens para as forças
armadas e o seu
embarque para as
colónias.
O colonialismo português e a Guerra Colonial
O colonialismo português e a Guerra Colonial

▪ Nos vários locais de combate,


os soldados portugueses
cumpriam espinhosas
missões, que, nalguns casos,
lhes custaram a vida.

▪ Houve cerca de 9.000 mortos,


além dos feridos graves.
O colonialismo português e a Guerra Colonial

Em Portugal,
organizações Católicas
e estudantes
universitários
opunham-se à guerra
colonial.
Mas o Governo
português não cedia e
a guerra prolongou-se.
As razões que levaram ao 25 de abril
de 1974

- A guerra colonial
- A falta de liberdade
(de expressão)
- A falta de democracia
- As difíceis condições
de vida
- O isolamento internacional de Portugal

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