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1ºCurso Teórico Prático de Aromaterapia

1º Curso Teórico Prático


de Aromaterapia

Hospital Distrital de
Pombal

PRINCÍPIOS
ORIENTADORES DA
FORMAÇÃO

Ft. João Pedro da Fonseca

Hospital Distrital de Pombal 1


1ºCurso Teórico Prático de Aromaterapia

De uma forma sintética, e utilizando


palavras de António Nóvoa, estes são os
princípios orientadores da formação.

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PROCESSO CLÍNICO EM
FISIOTERAPIA

Ft. Maria da Lapa Rosado

PROCESSO CLÍNICO

Informação compilada pelos


profissionais de saúde, na história
clínica de um paciente, contendo os
resultados dos exames, os detalhes
da intervenção e anotações de
evolução. É o registo legal dos
cuidados.
Imperatori, 1999.

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PROCESSO CLÍNICO EM
FISIOTERAPIA

Aplicação de uma abordagem de resolução


de problemas aos cuidados de Fisioterapia.

As fases são:
Avaliação Raciocínio
Diagnóstico em Fisioterapia Clínico

Planeamento da intervenção
Implementação da intervenção
Re-avaliação
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RACIOCÍNIO CLÍNICO

Processo cognitivo utilizado na


avaliação e intervenção de um
paciente, num contexto específico:
prática clínica do Fisioterapeuta.

Jones, 1992; 1995.

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MODELO DE RACIOCÍNIO
CLÍNICO (Barrows & Feltovich, 1987)

Levantamento de múltiplas hipóteses,


não específicas.
Refinamento das hipóteses
levantadas, que servem de guia para a
recolha de dados.
Construção do problema.
Decisão diagnostica.

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Conceito Inicial dos Problemas

Construção Precoce de Hipóteses

Exame Exame
Subjectivo Objectivo

Diagnóstico em Fisioterapia

Testar as
Intervenção Hipóteses /
Re-avaliação
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Exame Subjectivo

1. Body Chart
2. Comportamento dos sintomas
3. Questões complementares
4. História clínica actual
5. História clínica anterior
6. Antecedentes pessoais

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COMUNICAÇÃO

O Fisioterapeuta na sua intervenção clínica


utiliza as competências que o auxiliam na
compreensão do comportamento e reacções
do utente.
É necessário facilitar o à vontade do
utente, especialmente se este já teve
vários episódios de intervenção em
Fisioterapia sem resultados.

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COMUNICAÇÃO

A insatisfação decorrente da má
comunicação clínica constitui a queixa
mais comum dos utentes, e é
responsável pela não adesão ao
tratamento (Gask, 2000).
Também o silêncio é fundamental no processo
de comunicação e pode significar atitude de
escuta ou corte de comunicação.
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Desenvolvimento de Competências
Específicas de comunicação

O FT examina o utente para chegar ao


diagnóstico em Fisioterapia, tendo sempre
presente:

saber porque o utente veio aqui e agora com a


sua queixa específica;

identificar os problemas do utente que


perturbem a capacidade de adesão ao
tratamento.

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Utilização de Competências de
Comunicação Não Verbal
• A postura do FT na entrevista reflecte as
competências de comunicação não verbal,
estabelecendo empatia com o utente.
• A entrevista deve decorrer num espaço físico
reservado respeitando a privacidade do utente.
• A forma como o FT se apresenta ao utente,
como o cumprimenta e a imagem que
transparece, são factores importantes a
considerar e revelam a nossa disponibilidade de
escuta.
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COMPETÊNCIAS NÃO VERBAIS EM


FISIOTERAPIA

O Fisioterapeuta comunica efectivamente


com este melhorando a qualidade da
intervenção.

O Ft na sua formação base adquire


competências para as utilizar sempre que
necessário.

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COMPETÊNCIAS NÃO VERBAIS EM


FISIOTERAPIA (Cont.)

Estas competências facilitam, melhoram,


optimizam a sua intervenção.

Estas competências podem ser


potencializadas com a clínica, tornando-se
uma mais valia.

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COMPETÊNCIAS NÃO VERBAIS EM


FISIOTERAPIA (Cont.)

Podem ser treinadas de forma sistemática


e consciente e, esta aprendizagem torna-se
automática.
Os recém formados reconhecem a sua
importância mas, não as utilizam com
eficácia (Dockrell, 1988).
Podem ser treinadas de forma sistemática
e consciente e, esta aprendizagem torna-se
automática.

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COMPETÊNCIAS NÃO VERBAIS EM


FISIOTERAPIA (Cont.)

Padrão 12

Dockrell (1988), Hargreaves (1987), Perry


(1975); são unânimes nas 3 formas de
comunicação não verbal:
• Contacto visual
• Expressão facial
• Escuta activa

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Expressão Facial
Multiplicidade de significados.

Início do episódio de intervenção:


1º contacto.
Expressão sorridente/agradável.
Relação Fisioterapeuta – utente:
Reacção aos sinais mais óbvios:
Palavras
Estereótipos
Expressões faciais
Gestos
(Dittman,1972)
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Expressão Facial
(Cont.)

Relação Fisioterapeuta – utente:


Interesse e preocupação perante o
utente.

Ligação e confiança no Fisioterapeuta

Motivação do Utente

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CONTACTO VISUAL

Sugere interesse e respeito pelo


utente (Banville, 1978).
Transmite consideração para com o
utente.
A ausência pode indicar desinteresse
ou enfado.

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OBSERVAÇÃO, ESCUTA E
UTILIZAÇÃO DO SILÊNCIO

Competências de observação e escuta.


A postura do utente releva o seu estado de
espírito.
sinais sempre observáveis.
Escutar pode revelar muito ao FT:
Emissão de sinais não verbais,
Estimular o utente a falar
Escuta total pressupõe compreensão dos
sentimentos (Sutcliffe,1970; Banville, 1978).

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OBSERVAÇÃO, ESCUTA E
UTILIZAÇÃO DO SILÊNCIO
(Cont.)
As competências de escuta devem
estar combinadas com a compreensão
do poder do silêncio.

Necessidade de reflexão do utente.


Respeito do silêncio por parte do FT.

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A expressão facial é considerada a


competência de comunicação não
verbal, mais importante.
Comportamento não verbal
Facilita a intervenção clínica
Atmosfera agradável
Clarifica as instruções verbais
FT consciente do seu comportamento não
verbal

Eficiência da intervenção

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Espera-se do FT como profissional de


saúde que intervenha e eduque o utente.
Verificou-se com a pesquisa que os alunos
têm o conhecimento da comunicação
interpessoal.
Os alunos estão equipados com as
competências de comunicação mas há que
desenvolvê-las.

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Exame Objectivo

Testar as hipóteses levantadas.

SIN

Medir

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REGISTOS:

Identificação EXAME
Diagnóstico médico Hist. sócio-
familiar/Estilo de vida
Dados relevantes Actividade Profissional
Indicação clínica Funcionalidade
Início do episódio (Escalas)
de cuidados Hist. clínica anterior e
actual
Intercorrências
Contra-indicações
Consentimento Precauções/Alergias
informado
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TIPO DE DOR
VARIAÇÃO DA INTENSIDADE DA
DOR
DOR CONSTANTE (sempre com
dor)
PIOR DE MANHÃ
PIOR À TARDE
DOR PERIÓDICA (um ou mais dias
por semana)
PIOR À NOITE
NÃO VARIA
DOR OCASIONAL (menos de uma
vez por semana)
PERTURBA O SONO
NÃO PERTURBA O SONO
O QUE AGRAVA
O QUE ALIVIA DOR PALPAÇÃO MOVIMENTO PASSIVO

Pontos Trigger zT
Localizada /// Normal 3
Tender {
Irradiada
Doloroso z P Hipomóvel X
Parestesias :::
Segmento Rígido XP Hipermóvel ~
Proeminente 9 Dor z
Espessamento ||
Edemas &

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Postura Diagnóstico em
Força muscular Fisioterapia
Principais
Amplitudes
problemas
articulares
Objectivos de
Ajudas intervenção
técnicas/Material Plano de
Marcha intervenção/Imple
mentação

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NOTA DE ALTA
Anexos/ Dor
Investigação Instrumentos de
relevante medida utilizados
Nota de progresso Ajudas
técnicas/Material
Avaliação Funcionalidade
intercalar (Escalas)
Consulta Nº de sessões
realizadas no episódio
de intervenção

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MEDIDA EM FISIOTERAPIA

A passagem da linguagem qualitativa


para uma linguagem quantitativa é
hoje fundamental na prática clínica
(Branco, 2004).

A linguagem metrológica é hoje


fundamental porque só ela permite
seguir eficazmente os pacientes (Branco,
2004).

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MEDIDA EM FISIOTERAPIA

O processo de avaliação é uma das etapas


fundamentais da intervenção do
Fisioterapeuta.

A avaliação refere-se à informação


recolhida sobre o paciente relacionada com
o seu problema actual, devendo-se basear
na utilização de instrumentos de medida de
avaliação de resultados.
(APF, 2003).

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MEDIDA EM FISIOTERAPIA

A avaliação é um processo de recolha de


dados, atribuição de valores, determinação
de quantidade e qualidade de uma
característica, sinal ou sintoma (Canfield, 1989).

A recolha de dados é o alicerce para o


processo de raciocínio clínico em função do
qual o Fisioterapeuta estabelece o plano de
intervenção.
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MEDIDA EM FISIOTERAPIA

A avaliação e a medida em Fisioterapia são


elementos fundamentais na prática clínica,
tanto a nível da intervenção como da
investigação (Rothstein, 1985).

O Fisioterapeuta, quando recolhe dados,


utiliza um instrumento de medida, e deve
questionar vários aspectos.

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MEDIDA EM FISIOTERAPIA

O Fisioterapeuta deve usar escalas


validadas.
A validade deve referir especificamente a
utilidade dos dados recolhidos.
O Fisioterapeuta deve seleccionar um
instrumento de medida, validado para o
contexto em que é aplicado e relevante
para os problemas do paciente, e deve ter
competência e experiência necessária para
o aplicar e interpretar.
(Wade, 2004).
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MEDIDA EM FISIOTERAPIA

O instrumento de medida deve ser:


válido,
fiável,
sensível.
Quando se descrevem instrumentos
de recolha de dados, descrevem-se os
resultados e conclusões.

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MEDIDA EM FISIOTERAPIA

EVA ( Huskisson, 1974; Direcção – Geral de Saúde, 2003)


HAQ (Santos et al. 1996)
Lequesne Index (Nunes et al. 2002)
Owestry Low Back Pain (Fairbank & Pynset, 2000)
STREAM (Oliveira et al. 2001 & Rodrigues et al. 2001)
Easy Care (Sousa & Figueiredo, 2000)
Berg Balance Score (Berg et al. 1989; Capucho, 1998;
Mósca, 2001)

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DIAGNÓSTICO EM
FISIOTERAPIA

Aparece, quer independentemente quer em


conjunto com o diagnóstico médico. É
geralmente expresso em termos de como
uma condição compromete a função do
paciente (WCPT, 2001).
O diagnóstico em Ft obtém-se pela
classificação da direcção do movimento ou
stress, quando acompanhados por dor
(Sahrmann, 2002).

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DIAGNÓSTICO EM
FISIOTERAPIA

Ao diagnóstico, é dado o nome do(s)


movimento(s) ou alinhamento postural,
em relação ao(s) qual(is) o paciente
apresenta queixas de dor ou
incapacidade funcional (execução
incorrecta do movimento /
desequilíbrio muscular) (Sahrmann, 2002).

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DIAGNÓSTICO EM
FISIOTERAPIA

Para chegar a um diagnóstico em Ft é


necessário identificar a expressão do
sintoma (dor) e desequilíbrios e a sua
expressão no sistema locomotor, de
forma a permitir categorizar o nível
de função e qualidade de vida.

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Fitoterapia e Fisioterapia

Ft. Carla d’Albergaria Martins

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Fitoterapia

Origem

Regulamentação

Plantas Medicinais

Aromaterapia
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Fitoterapia

“A terapêutica das através das plantas”

Grego: Therapeia (tratamento)


Phyton (vegetal)

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Fitoterapia

Origem
empírica
transmissão oral
algumas descrições em livros
Hipócrates na antiguidade

medicamentos
vegetais
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Fitoterapia
Séc.XIX:
Início da farmacologia
síntese química na
obtenção de novas
moléculas;
A utilização directa das plantas medici-
nais, iria desaparecer dos países em de-
senvolvimento.

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Fitoterapia

Séc. XX (anos 60):

Renovado interesse dos países


ocidentais
(Alemanha,França, Reino Unido e EUA)
que readquirem formas farmacêuticas
mais elaboradas de formação vegetal

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Fitoterapia
Séc. XX (anos 60):

Comprimidos
Infusão
Cápsulas
Tinturas
Gélulas
Cozimento
Nebulizados

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Fitoterapia
Actualmente:

Deixou de se fundamentar no uso


tradicional.

É cada vez mais suportada nos aspectos de


quantidade, eficácia e segurança, pelo
aumento da investigação.

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Fitoterapia

OMS (Organização Mundial de Saúde)


Promove reuniões internacionais para
criar melhores condições no que diz
respeito à qualidade, eficácia e
segurança dos medicamentos vegetais.

Cria directivas conducentes a darem a


estes produtos as maiores garantias
ao consumidor.
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Fitoterapia
EU Directiva 91/507/CEE

Serem produtos com actividade farmacológica contendo como


substâncias activas partes aéreas ou subterrâneas de plantas, ou
de outra matéria vegetal e as suas combinações no estado
natural ou após transformação galénicas.

O material vegetal inclui plantas fragmentadas ou em pó, sumos,


gomas, extractos, óleos essenciais, e qualquer outro material
desta natureza, ou produtos que sejam obtidos por processos
que envolvam fraccionamento, purificação ou concentração.

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Fitoterapia

Directiva 91/507/CEE (continuação)


Os medicamentos à base de plantas podem conter, para além
dos produtos activos, excipientes.

Medicamentos contendo produtos de origem vegetal,


combinados com produtos químicos activos
farmacologicamente, mesmo que sejam isolados de plantas,
não são considerados medicamentos à base de plantas.

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Directiva 91/507/CEE

Comissão Europeia do Ministério de


saúde Alemão

Publicações de monografias de fármacos vegetais


(eficácia, contra-indicações e efeitos secundários).

ESCOP ( European Scientific Cooperation on Phytotherapy)


Reuniões científicas e publicações
(aumento do conhecimento cientifico dos produtos
naturais).
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Fitoterapia

Plantas Medicinais

Agricultura
Factores contaminantes
Conservação
Validade

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Fitoterapia
Agricultura:
Colheita espontânea está em declínio
(motivos ecológicos; conservação das espécies vegetais e devido à
grande variabilidade na sua composição).

A agricultura é o processo mais


utilizado
(Fácil colheita mecânica, pode ser cultivada a variedade química que
interessa ou extracção de um determinado constituinte activo)

Agricultura biológica/ não biológica


(pesticidas/efeito tóxico)

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Fitoterapia

Factores contaminantes:
Culturas junto a auto-estradas e certos
terrenos.
(plantas com elevados teores de metais pesados, chumbo,
mercúrio e cádmio; microorganismos provocados pelos níveis
de água dos terrenos).

Esterilização.
(óxido de etileno, proibido na EU produto tóxico, radiação
ionizante
Que altera os constituintes)
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Fitoterapia

Conservação:
Secagem
(ar livre, calor solar, sombras, estufas de ar quente
infravermelhos)
(temperatura, folhas e partes aéreas floridas 20º a 30º, cascas
e raízes, 50º a 70º).

Conservação
(luz, temperatura e humidade recipientes herméticos).

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Fitoterapia

Validade:
Estabilidade dos constituintes activos
(1 ano e meio a 3 anos)

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Fitoterapia
A planta é seleccionada de acordo com o
tipo de constituintes activos responsáveis
pela sua acção.

Efeito farmacológico Efeito adverso

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Fitoterapia
Os processos modernos de isolamento e de
elucidação estrutural têm vindo a
identificar cada vez mais os constituintes
activos das plantas.

A planta para além dos constituintes


activos possui também outros compostos
que podem influenciar a sua acção,
protegendo os constituintes activos.

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Fitoterapia

A acção da planta ou extracto com um


dado constituinte tem maior
actividade que a mesma quantidade de
constituinte activo isolado.
Renova o interesse pelos
medicamentos à base de plantas.

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Fitoterapia
Principais grupos de constituintes activos:
Ácidos orgânicos e ésteres de ácidos
aromáticos (actividade antipirética, anti-reumática,
queimaduras ou dermatoses)

Ácidos alcalóides
Constituintes amargos
Taninos e procianidinas oligoméricas

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Fitoterapia
Principais grupos de constituintes activos:
(continuação)

Glúcidos
Heterósidos
Óleos essenciais (voláteis, pouco solúveis na água e
solúveis nos solventes orgânicos)

Óleos gordos
Resinas

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Fitoterapia
“O mundo vegetal”
Unidade de
Célula vida
(Hooke, séc.XVII)
Diversidade
(tamanho, volume, habitat, duração, forma, estrutura de uma a milhões de
células, simples - algas, superiores - plantas, propriedades medicinais)

Plantas
(raízes, caule, folha, flores, frutos, sumo, secreções, etc. ).

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1ºCurso Teórico Prático de Aromaterapia

Fitoterapia
Variedades das propriedades medicinais:

A grande riqueza do mundo vegetal também


se manifesta nos múltiplos princípios
medicinais que as plantas sintetizam.

A sua gama de propriedades cobre quase


todas as necessidades da terapêutica.
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Fitoterapia

Princípios medicinais:
Antibióticos (alho, chagas)

Sedativos (papoila, valeriana)

Anti-reumáticos (harpagófito)
Tonificantes (ginseng, alecrin)
Cardiotónicos (dedaleira, cacto)
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Fitoterapia
Princípios activos:

Distribuem-se de forma desigual pelas


diferentes partes das plantas ou órgãos,
devido à especialização das suas células.

Dependem da concentração, da colheita e


da conservação.
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Fitoterapia
Pode-se encontrar:
Única parte da planta (raiz ginseng-tonificante)
Cada parte produz substâncias
diferentes e consequentemente
propriedades diferentes (laranjeira: flor-
sedativo, fruto-tonificante, casca-digestiva)
Da mesma planta, uma parte tem
propriedades medicinais, outras tóxicas
(consola: raiz-cicatrizante, caule e folhas tóxica)

Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004


68
Hospital Distrital de Pombal 34
1ºCurso Teórico Prático de Aromaterapia

Fitoterapia

Formas de preparar:
Tisanas Linimentos
sumos
Tinturas
Pós
Unguentos (pomadas, cremes)
Xaropes
Extractos

Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004


69

Fitoterapia

Formas de utilização:

Uso interno Uso externo

Absorção aparelho Pele e cavidades


digestivo
sangue
Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004
70
Hospital Distrital de Pombal 35
1ºCurso Teórico Prático de Aromaterapia

Fitoterapia
Aromaterapia

Emprego terapêutico dos óleos essenciais


que produzem determinadas acções
fisiológicas sobre o organismo.

Forma de fitoterapia

Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004


71

Fitoterapia
Para se obter um bom resultado
terapêutico com os óleos essenciais o
tratamento deve durar uma a três
semanas, qualquer que seja a
aplicação:
Difusão atmosférica

Fricção sobre a pele


Banhos com essências
Via interna
Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004
72
Hospital Distrital de Pombal 36
1ºCurso Teórico Prático de Aromaterapia

Fitoterapia

Fricção sobre a pele:

Forma pela qual o óleo penetra na pele


infiltrando-se nos tecidos e passando
para a linfa e sangue.

Ao efeito do óleo associa-se o efeito da


massagem.
Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004
73

Fitoterapia

Efeitos:
Tonificantes (alecrim, gerânio, limão, pinheiro…)
Relaxantes (alfazema, mangerona, camomila, laranja…)
Digestivos (alcaravia, mangerona, alfazema…)

Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004


74
Hospital Distrital de Pombal 37
1ºCurso Teórico Prático de Aromaterapia

Fitoterapia

Efeitos:
Respiratórios (pinheiro, eucalipto, alfazema, alecrim,
cipreste…)

Analgésico (alecrim, zimbro, pinheiro, mangerona…)

Circulatório (cipreste, limão…)

Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004


75

Fitoterapia

Precauções e toxicidade das plantas:


Afecções digestivas
Afecções cardiovasculares
Afecções uroginitais
Diversas
Menstruação/Gravidez
Infância
Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004
76
Hospital Distrital de Pombal 38
1ºCurso Teórico Prático de Aromaterapia

Fitoterapia

Toxicidade das plantas medicinais:

Maior parte das plantas não são tóxicas

700 espécies venenosas (Sócrates séc. V a.C.


cicuta)

Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004


77

Fitoterapia

Efeito medicinal:
A mesma planta pode matar ou curar

Dose Fresca/seca
Ser indicada Interna/externo
Se existe doença ou não
Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004
78
Hospital Distrital de Pombal 39
1ºCurso Teórico Prático de Aromaterapia

Fitoterapia

Intoxicação:
Crianças (fatal)
Saber qual foi a planta ingerida
Provocar o vomito (se menos 3/4 horas, inconsciente)
Lavagem ao estômago
Administrar carvão vegetal
Outros antídotos
Assistência hospitalar
Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004
79

Fitoterapia e Fisioterapia

Base:
água desmineralizada
Glicerina
Álcool
Gel
Gliceril
Poliacrilato

Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004


80
Hospital Distrital de Pombal 40
1ºCurso Teórico Prático de Aromaterapia

Fitoterapia e Fisioterapia
Crioterapia
(funcho, hortelã-pimenta, noz-moscada, salsa, clorofila)

Dermasport Gel
(hortelã-pimenta, eucalipto)

Bienfaisant
(rosmaninho, hortelã-pimenta, extracto de tormentilha)

Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004


81

Fitoterapia e Fisioterapia

Gel pour Jambes


(cipreste, niaouli, calofilum, hortelã-pimenta)

Echauffement Musculaire
(caneleira, zimbro)

Relax gel
(alfazema, laranja, tangerina, clorofila)

Respigel
(eucalipto, pinho, tomilho, mangerona)

Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004


82
Hospital Distrital de Pombal 41
1ºCurso Teórico Prático de Aromaterapia

PRÁTICA BASEADA NA
EVIDÊNCIA

Ft. Maria da Lapa Rosado

PRÁTICA BASEADA NA
EVIDÊNCIA (PBE)

A PBE é uma responsabilidade


profissional.
Cormack, 2002.
APF, 2003.

A PBE pode guiar o profissional à


prática eficiente, consistente e de
alta qualidade.
Cormack, 2002.

Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004


84
Hospital Distrital de Pombal 42
1ºCurso Teórico Prático de Aromaterapia

PRÁTICA BASEADA NA
EVIDÊNCIA (PBE)

Não é claro para alguns profissionais o


que é realmente a PBE, como é feita e
porque é que o têm de fazer.
Cormack, 2002.

A PBE é a integração da “melhor”


evidência com a experiência clínica e
os valores do paciente.
Sackett et al. 2001.
Cormack, 2002.
Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004
85

QUESTÕES CLÍNICAS

Registar o problema actual do


paciente.
Qual é a questão crítica?
Respondeu à questão? Se sim, como?

Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004


86
Hospital Distrital de Pombal 43
1ºCurso Teórico Prático de Aromaterapia

PROCESSO DA PBE

1. Formular uma questão específica.


2. Procurar a melhor evidência relacionada
com a questão.
3. Apreciar criticamente a literatura
pertinente (a evidência).
4. Integrar com a experiência clínica e as
circunstâncias e valores do paciente
(decisão informada e partilhada).
5. Avaliação do desempenho clínico, na
relação entre as decisões clínicas e a
melhor evidência disponível.
Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004
87

Formular a Questão Correcta

População a que pertence o paciente.


Intervenção.
Comparação (grupo de controlo).
Outcomes (resultados).

Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004


88
Hospital Distrital de Pombal 44
1ºCurso Teórico Prático de Aromaterapia

A “Melhor” Evidência depende do


Tipo de Questão

1. Qual é o problema?
Observação (investigação qualitativa).
2. Qual a frequência do problema?
(FREQUÊNCIA)
Amostra aleatória.
3. Será que esta pessoa tem este problema?
(DIAGNÓSTICO)
Amostra aleatória com instrumento padrão (Gold
standard).
Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004
89

A “Melhor” Evidência depende do


Tipo de Questão

4. Quem vai ter o problema?


(PROGNÓSTICO)
Follow-up of incepcion cohort.
5. Como podemos diminuir o problema?
(INTERVENÇÃO)
Randomised controlled trial.

Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004


90
Hospital Distrital de Pombal 45
1ºCurso Teórico Prático de Aromaterapia

FONTES DE INFORMAÇÃO DE
EVIDÊNCIA
Existem dois tipos de fontes de informação que
fornecem o acesso a investigação de elevada
qualidade:
informação avaliada, sintetizada e sumariada, e fácil de
utilizar:
Cochrane Library;
Clinical Evidence;
TRIP (base de dados).
bases de dados de investigação primária:
PubMed;
MEDLINE.
Uma boa revisão de literatura envolve a pesquisa
nestas fontes informativas.
(Elphick & Smyth, 2004).
Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004
91

PBE - Barreiras

Atitude da questão ou inquérito.


“Know-how” na procura, apreciação e
aplicação da evidência.
Fontes de informação disponíveis.
Falta de tempo.

Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004


92
Hospital Distrital de Pombal 46
1ºCurso Teórico Prático de Aromaterapia

O MODELO DE CUIDADOS
CRÓNICOS

Ft. João Pedro da Fonseca

MODELO DE CUIDADOS
CRÓNICOS

O modelo de cuidados crónicos (Chronic


Care Illness), de origem americana, surge
como resposta estruturada à verificação de
que os cuidados tradicionais, baseados no
sistema corrente de prestação de cuidados,
centrado no modelo biomédico, era
inadequado para dar uma resposta efectiva
às necessidades destes doentes, o que se
reflectia não só nos maus resultados
clínicos alcançados, como também nos
custos elevados imputados a este grupo de
doenças.
Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004
94
Hospital Distrital de Pombal 47
1ºCurso Teórico Prático de Aromaterapia

Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004


95

MODELO DE CUIDADOS
CRÓNICOS (MCC)
A figura mostra como o Vê-se na figura, o
sistema funciona nas seis
áreas-chave do MCC, suporte à auto-gestão
visualizando-se a influência que é um aspecto-
decisiva das interacções chave do modelo por
entre utentes e
prestadores para produzir causa da centralidade
melhores cuidados e uma do utente informado e
melhoria consistente dos activado para gerar
resultados. O aspecto
central do modelo é a interacções produtivas
integração das entre o utente-
componentes estruturais, prestador de cuidados.
de que depende a obtenção
dos resultados
proclamados.
Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004
96
Hospital Distrital de Pombal 48
1ºCurso Teórico Prático de Aromaterapia

MCC
Este modelo recomenda intervenções baseadas na evidência
em seis componentes estruturais reconhecidas como tendo
potencial para melhorar o processo dos cuidados e os
resultados dos doentes, a saber: organização do sistema de
saúde, planeamento do sistema de prestação, suporte à
decisão, sistema de informação clínica, recursos da
comunidade e suporte à auto-gestão.
Ao fazer incidir as acções sobre estas componentes essenciais
dos cuidados crónicos, o MCC gera interacções produtivas
entre os utentes informados, que tomarão parte activa nos
seus cuidados, e os prestadores, apoiados pelos recursos e
competências adquiridas para responder às solicitações do
modelo.
Este modelo pode ser aplicado a uma variedade de doenças
crónicas e a diferentes contextos de cuidados de saúde e
populações-alvo.

Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004


97

Mudanças Necessárias

O modelo faz apelo às mudanças


necessárias, nos sistemas de saúde para a
melhoria dos cuidados crónicos.
Foi originalmente adoptado como
enquadramento orientador das práticas de
colaboração.
A colaboração requer uma forma altamente
desenvolvida de interacção que é mais do
que a simples coordenação, em que é
fundamental para o colectivo, o contributo
das ideias individuais.
Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004
98
Hospital Distrital de Pombal 49
1ºCurso Teórico Prático de Aromaterapia

Na prática, o trabalho a ser desenvolvido para


operacionalizar o modelo baseia-se numa equipa
multidisciplinar, na aquisição de competências
relacionadas com as seis componentes do modelo e
em acções de melhoria contínua da qualidade para
manutenção e aperfeiçoamento. As organizações
com experiências de sucesso na utilização do
modelo desenvolvem e implementam programas que
incluem o planeamento de cuidados baseados na
colaboração e na solução de problemas centrados
no utente. A equipa desenvolve um plano
individualizado de cuidados com cada utente, que
tem acesso aos apoios específicos quando se
confronta com problemas.

Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004


99

Estreitar ou encerrar o hiato entre os


cuidados recomendados e prestados requer
não só mudanças no comportamento dos
profissionais, mas também nos
comportamentos de auto-gestão dos
utentes. As mudanças no sistema de
prestação de cuidados são também
necessárias para prover e encorajar a
educação inicial e contínua do utente para a
auto-gestão e para facilitar os
comportamentos de auto-gestão num
contexto de prática colaborativa e de
gestão de caso (case management).

Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004


100
Hospital Distrital de Pombal 50
1ºCurso Teórico Prático de Aromaterapia

Aspecto Inovador

O principal aspecto inovador deste modelo consiste precisamente no


realce que dá às seis componentes estruturais dos cuidados
crónicos e à menor ênfase atribuída às medidas tradicionais de
avaliação de efectividade desses cuidados, as quais, contudo, devem
ser encaradas como um complemento necessário à avaliação global
do utente. Isto é, sendo necessárias, não são contudo, suficientes
para assegurar uma gestão efectiva, eficiente e de qualidade das
doenças crónicas. Mas, em termos operacionais, a palavra-chave
continua a ser: integração.
Facto que acresce à relevância deste modelo é, também, o seu
reconhecimento e adopção pela OMS, que o recomenda como
alavanca e instrumento de aceleração da melhoria dos cuidados
crónicos no quadro da generalidade dos sistemas de Saúde.

Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004


101

Contactos:
maria.rosado.4@netvisao.pt
Ft: Maria da Lapa Rosado

aucam@clix.pt
Ft: Carla Martins

jpfonseca@clix.pt
Ft: João Pedro Fonseca
Sponser: Fisiosport
Obrigado!

Fonseca, J.P., Martins, C., Rosado, M.L. Pombal, 20 de Novembro de 2004


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Hospital Distrital de Pombal 51

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