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MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES

DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

Manual de Políticas
e Diretrizes Sanitárias
para Gestores
da Secretaria Municipal de Saúde
do Rio de Janeiro

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MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro


Marcelo Crivella

Secretária Municipal de Saúde


Beatriz Bush

Subsecretário de Gestão
Sérgio Foster Perdigão

Subsecretária de Regulação, Controle,


Avaliação, Contratualização e Auditoria
Claudia da Silva Lunardi

Subsecretário de Atenção Hospitalar,


Urgência e Emergência
Mario Celso da Gama Lima Júnior

Subsecretário de Promoção, Atenção


Primária e Vigilância em Saúde
Leonardo de Oliveira El Warrak

Subsecretária de Vigilância, Fiscalização


Sanitária e Controle de Zoonoses
Márcia Rolim

Coordenadoria Geral de Gestão de Pessoas


Patrícia Pereira Kauffmann de Menezes

Superintendente de Inovação, Informação,


Projetos, Pesquisa e Educação
Flávio Augusto Soares Graça

Coordenação de Serviços de Saúde


Virgílio Adonai F. G. Ledo

Coordenação de Alimentos
Aline Borges

Coordenação de Engenharia Sanitária


João Luíz Telles Oliveira

Coordenação de Administração da SUBVISA


Luiz Renato Rodrigues Nunes

Projeto Gráfico
Ass. de Comunicação Social da SUBVISA
Fernando França
Gabriel Calfa

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DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO MANUAL ..................................................................................................................... 5

LICENCIAMENTO SANITÁRIO ON-LINE POR AUTO DECLARAÇÃO


Introdução ............................................................................................................................................. 6
Documentação exigida ..................................................................................................................... 8
Passo a passo ....................................................................................................................................... 9
Regulamentação ................................................................................................................................ 18

BASES LEGAIS DA VIGILÂNCIA EM SERVIÇOS DE SAÚDE


Introdução ........................................................................................................................................... 19
Pactuações para Descentralização das Ações de Vigilância Sanitária ....................... 20
Documentação exigida .................................................................................................................. 23
Prontuário ........................................................................................................................................... 24
Roteiro de Fiscalização em Hospitais ...................................................................................... 25
Núcleo de Segurança do Paciente ............................................................................................ 26
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar ...................................................................... 27
Regulamentação ............................................................................................................................... 29

ESTRUTURA FÍSICA
Introdução ........................................................................................................................................... 30
Dimensionamento ............................................................................................................................. 31
Circulações Externa e Interna ...................................................................................................... 32
Instalações Prediais Ordinárias e Especiais ........................................................................... 45
Condições Ambientais de Conforto .......................................................................................... 63
Condições de Segurança Contra Incêndio ............................................................................. 65
Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde ........................................................... 70
Regulamentação ............................................................................................................................... 77

FARMÁCIAS HOSPITALARES E ALMOXARIFADO


Introdução ........................................................................................................................................... 79
Atribuições Essenciais da Farmácia Hospitalar .................................................................... 80
Problemas na Prestação de Cuidados no Setor de Farmácia e Almoxarifado ........ 83
Estabilidade de Medicamentos ................................................................................................... 88
Principais Erros Relacionados aos Medicamentos .............................................................. 92
Regulamentação ............................................................................................................................... 94

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BOAS PRÁTICAS EM SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO EM UNIDADES HOSPITALARES,


LACTÁRIO, NUTRIÇÃO ENTERAL E BANCO DE LEITE HUMANO
Introdução ......................................................................................................................................... 95
Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN) das Unidades Hospitalares ................ 97
Documentação Exigida ............................................................................................................... 99
Itens Observados Durante a Visita ......................................................................................... 101
Pontos Críticos .............................................................................................................................. 104
Imagens Apresentando Não Conformidades e Pontos Críticos ................................. 110
Imagens Apresentando Conformidades ............................................................................... 118
Regulamentação ............................................................................................................................123

SETORES ASSISTENCIAIS
Introdução ....................................................................................................................................... 127
Documentação Exigida .............................................................................................................. 130
Pontos Críticos ............................................................................................................................... 131
Regulamentação ........................................................................................................................... 136

SERVIÇOS AUXILIARES DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO /SADT


Introdução ........................................................................................................................................ 137
Laboratório Clínico ....................................................................................................................... 138
Documentações Exigidas .......................................................................................................... 142
Regulamentação ........................................................................................................................... 150
Serviços de Imagem ..................................................................................................................... 151
Documentação Exigida .............................................................................................................. 153
Pontos Críticos em Serviços de Imagem ............................................................................ 154
Regulamentação em Serviços de Imagem ......................................................................... 160

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
Conclusão ......................................................................................................................................... 161

BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................................ 167

ANEXO I
Roteiro de Licenciamento Sanitário On-line ....................................................................... 170

ANEXO II
Roteiro de Fiscalização de Hospitais ..................................................................................... 185

ANEXO III
Legislação de Hospitais .............................................................................................................. 239

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APRESENTAÇÃO DO MANUAL
A missão da Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoo-
noses – SUBVISA – é proteger e defender a saúde da população por meio da prevenção
de riscos provocados por problemas higienicossanitários e por enfermidades transmiti-
das de animais para o homem, denominadas zoonoses.
As ações da SUBVISA têm caráter basicamente preventivo, realizadas por uma
gestão participativa, onde técnicos, cidadãos e representantes das entidades reguladas
(indústrias, estabelecimentos, comerciais, clínicas, farmácias, ambulantes dentre outros)
dialogam permanentemente em busca de um comportamento comum que evite os ris-
cos sanitários.
A SUBVISA possui hoje em seus quadros uma equipe de gestores e técnicos ca-
pacitada e especializada em diferentes áreas de atuação. Muitos possuem especializa-
ção, mestrado e doutorado em áreas ligadas a alimentos, saúde, engenharia sanitária e
zoonose. Por isso acreditamos na educação e na capacitação profissional como fator de
transformação, transparência e visibilidade de nossas ações.
Na área de serviços de saúde, em 2019, estaremos recebendo da Secretaria Estadu-
al de Saúde do Rio de Janeiro a atribuição de licenciamento e fiscalização de hospitais
privados, além dos federais e municipais que já são regulados pela SUBVISA.
Acredita-se que este manual vem preencher uma lacuna e fornecer informações
que possam contribuir para a verificação e adequação, por parte de gestores e técnicos,
de todos os setores pertencentes às unidades de saúde de forma a estarem de acordo
com as normas sanitárias.
Gostaria de frisar que todo o trabalho realizado desde 1º de janeiro de 2017 contou
com apoio incondicional do Prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella e da
Secretaria de Saúde, tanto na gestão dos secretários anteriores, Dr. Carlos Eduardo Mat-
tos e Dr. Marco Antônio Mattos como na da atual Secretária Dra. Ana Beatriz Bush que,
apesar de toda a amplitude desta secretaria, tiveram extrema sensibilidade para enten-
der os anseios e a importância de nosso trabalho.
Em tempo, cabe ressaltar a participação integrada de todas as equipes de gestores,
técnicos e funcionários administrativos dos diferentes segmentos da SUBVISA. Sem eles
nada disso seria possível.

Dra. Márcia Farias Rolim


Subsecretária de Vigilância, Fiscalização
Sanitária e Controle de Zoonoses

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DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

LICENCIAMENTO SANITÁRIO
ON-LINE POR AUTO DECLARAÇÃO
por Dr. Flávio Augusto Soares Graça

INTRODUÇÃO
O licenciamento sanitário é a autorização de funcionamento emitida pela Subsecre-
taria de Fiscalização, Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses, a SUBVISA. A obtenção
desta licença sempre foi um dos grandes obstáculos para a formalização de pequenos e
grandes empreendedores em nosso município. O processo era realizado de forma física
e presencial, passava por diversos segmentos dentro da SUBVISA e era condicionado à
realização de diversas visitas por diferentes fiscais que resultavam em inúmeras exigên-
cias. Os processos tramitavam por um a cinco anos até que a licença fosse expedida.
Algumas atividades comerciais eram extremamente prejudicadas por esta morosidade.
Dentre elas destacam-se o segmento de farmácias o qual, sem licenciamento sanitário,
ficava impossibilitado de adquirir medicamentos controlados assim como, consultórios
médicos, que não renovavam seu credenciamento com planos de saúde o que acaba
sendo danoso as atividades comerciais e causavam graves prejuízos aos empreendedo-
res e consequentemente a economia do município.
O decreto Nº 40723 de 8 de outubro de 2015, regulamentou o licenciamento on-
line por auto declaração. Posteriormente, em janeiro de 2016, foi implantado o SISVISA,
um sistema informatizado de vigilância sanitária que tem por objetivo a desburocrati-
zação e a transparência do processo de fiscalização através do controle, registro e mo-
nitoramento de processos na vigilância sanitária. O requerente acessa o SISVISA através
do site Carioca Digital. Ao entrar com o CPF ele verifica no sistema quais as inscrições
municipais e CNPJ estão vinculados. Em seguida o requerente concorda com um termo
de responsabilidade sobre suas declarações e começa a responder as questões referen-
tes a sua atividade, endereço, horário de funcionamento e as perguntas específicas. O
mesmo ainda deve anexar a Taxa de Inspeção Sanitária, TIS, e o comprovante de paga-
mento do ano corrente, além de uma declaração de descrição das atividades realizadas
no estabelecimento de saúde. Uma vez respondido, o roteiro é enviado e analisado pelos
técnicos da vigilância sanitária. O resultado pode ser deferido, quando ele atende a todas
as questões, indeferido quando não atende ou ainda pode cair em exigência quando al-
gum documento solicitado não foi apresentado via upload de imagem. Tudo é realizado
em um prazo de até 30 dias via web sem deslocamentos ou burocracias.
Além do licenciamento sanitário o sistema permite outras ações como por exemplo
a solicitação de prorrogação de prazos para intimações e a elaboração de requerimentos
administrativos.
Entende-se que a implantação do SISVISA foi um grande avanço, mas verificou-se
que o sistema, considerado “jovem”, trazia vícios do processo anterior. É comum durante
a gestão pública sistemas recém implantados permanecerem com vícios de burocracia

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LICENCIAMENTO SANITÁRIO ON-LINE POR AUTO DECLARAÇÃO

e terminologia de difícil entendimento. Os roteiros de saúde por autodeclaração online,


sem inspeção prévia, eram considerados muito extensos em 2017 e apenas 24% eram
analisados em menos de 10 dias.
Diante do exposto foi designado um grupo de trabalho para realizar a revisão de
todas dos roteiros, principalmente no que tange as suas reais relevância e subjetividade.
Os roteiros de saúde foram diminuídos significativamente com perguntas mais objetivas
e o número de documentos a serem anexados e enviados caiu de 30 para no máximo
três documentos.
No caso de estabelecimentos considerados de alto risco, de acordo com a classifi-
cação Resolução da Diretoria Colegiada Nº 153, da Agencia Nacional de Vigilância Sanitá-
ria, a ANVISA, além da autodeclaração online, é necessária, antes da emissão da licença,
a realização da visita para inspeção. O tempo médio para emissão da licença varia em
função do prazo que o requerente leva para cumprir as adequações exigidas, mas não se
compara com prazo anterior já que atualmente leva em média três meses.

LICENCIAMENTO
SANITÁRIO
ONLINE

SISVISA

NOVO
REQUERIMENTO ANÁLISE DE
ROTEIRO E DEFERIDO
IMPRIMIR
PREENCHIMENTO INSPEÇÃO DO LICENÇA
ESTABELECIMENTO
ENVIAR

INDEFERIDO
VERIFICAR
MOTIVO DO
INDEFERIMENTO

Figura 1. Fluxograma de ações para emissão da Licença Sanitária através do SISVISA


para estabelecimentos considerados de alto risco.

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LICENCIAMENTO SANITÁRIO ON-LINE POR AUTO DECLARAÇÃO

DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA

ALVARÁ DE LICENÇA PARA ESTABELECIMENTO


O alvará, é uma licença concedida pela Coordenação de Licenciamento e Fisca-
lização que autoriza a localização e o funcionamento de estabelecimentos comerciais,
industriais, agrícolas, prestadores de serviços, bem como de sociedades, instituições, e
associações de qualquer natureza, vinculadas a pessoas físicas ou jurídicas.

TAXA DE INSPEÇÃO SANITÁRIA


A Taxa de Inspeção Sanitária tem como fato gerador o exercício regular, pelo ór-
gão de Vigilância Sanitária Municipal, com o poder de polícia de autorização, vigilância
e fiscalização das instalações e atividades de pessoa física ou jurídica, estabelecida ou
não, que:
I. abrigue, produza, beneficie, manipule, acondicione, transporte, distribua, venda,
extraia, sintetize, prepare, purifique, importe, exporte, armazene, compre ou ceda:
a) alimentos;
b) animais vivos;
c) sangue e hemoderivados

II. explore estabelecimentos e/ou preste serviços de interesse à saúde:

DECLARAÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS NO ESTABELECIMENTO


O responsável técnico deve detalhar através de uma declaração todos os procedi-
mentos realizados no estabelecimento. Este documento dá ao fiscal uma visão completa
das atividades realizadas no estabelecimento e serve de base para o delineamento das
ações de inspeção.

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LICENCIAMENTO SANITÁRIO ON-LINE POR AUTO DECLARAÇÃO

PASSO A PASSO
PARA COMEÇAR O PROCESSO DE AUTO DECLARAÇÃO DEVERÁ SER FEITO O
CADASTRO NO SITE CARIOCA DIGITAL

FAÇA O CADASTRO DO REPRESENTANTE LEGAL PERANTE A RECEITA FEDERAL

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LICENCIAMENTO SANITÁRIO ON-LINE POR AUTO DECLARAÇÃO

PASSO A PASSO
APÓS O CADASTRO, FAÇA O SEU LOGIN

ENTRE EM ALVARÁS DE LICENÇAS

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PASSO A PASSO
EM SEGUIDA, CLIQUE EM LICENCIAMENTO - VIGILÂNCIA SANITÁRIA

CLIQUE NO CPF (PESSOA FÍSICA) OU CNPJ (PESSOA JURÍDICA)

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LICENCIAMENTO SANITÁRIO ON-LINE POR AUTO DECLARAÇÃO

PASSO A PASSO
ENTRE NA INSCRIÇÃO MUNICIPAL, QUE APARECERÁ ABAIXO DO CPF (PESSOA
FÍSICA) OU CNPJ (PESSOA JURÍDICA)

INICIE O PROCESSO EM NOVO REQUERIMENTO DE LICENCIAMENTO SANITÁRIO

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PASSO A PASSO
LEIA ATENTAMENTE O TERMO DE RESPONSABILIDADE E PROSSIGA O PROCESSO
CLICANDO EM “CONCORDO”

PREENCHA CORRETAMENTE OS DADOS NOS CAMPOS QUE POSSUEM (*) E CLIQUE


EM “AVANÇAR”

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LICENCIAMENTO SANITÁRIO ON-LINE POR AUTO DECLARAÇÃO

PASSO A PASSO
PREENCHA CORRETAMENTE O DIA E HORA DE FUNCIONAMENTO DO
ESTABELECIMENTO

DEVERÁ SELECIONAR AS ATIVIDADES PERTINENTES AO SEU ALVARÁ

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LICENCIAMENTO SANITÁRIO ON-LINE POR AUTO DECLARAÇÃO

PASSO A PASSO
POR FIM DEVERÁ SER PREENCHIDO CORRETAMENTE O ROTEIRO REFERENTE A
ATIVIDADE E AO ESTABELECIMENTO

AS INFORMAÇÕES PODERÃO SER SALVAS E ALTERADAS A QUALQUER MOMENTO,


SE ATENTANDO SEMPRE AO PRAZO QUE APARECE AO FINAL DA TELA.
UMA VEZ ENVIADO O MESMO NÃO PODERÁ SER ALTERADO.

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LICENCIAMENTO SANITÁRIO ON-LINE POR AUTO DECLARAÇÃO


AO ENVIAR O REQUERIMENTO APARECERÁ UM NÚMERO DE PROTOCOLO DE
ENVIO, NO QUAL SERVIRÁ PARA O ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO, ATÉ QUE
O MESMO SEJA DEFERIDO OU INDEFERIDO, APÓS A AVALIAÇÃO DO TÉCNICO
RESPONSÁVEL NO SEGUIMENTO.

APÓS O DEFERIMENTO, A LICENÇA SANITÁRIA FICARÁ DISPONÍVEL EM SEU LOGIN


DO CARIOCA DIGITAL.

OBSERVAÇÃO: ESTABELECIMENTOS CONSIDERADOS DE ALTO RISCO COMO HOSPITAIS A LICENÇA


SERÁ EXPEDIDA APÓS A INSPEÇÃO REALIZADA POR TÉCNICOS E O CUMPRIMENTO DE TODAS AS
EXIGÊNCIAS DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO VIGENTE.

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LICENCIAMENTO SANITÁRIO ON-LINE POR AUTO DECLARAÇÃO

PASSO A PASSO
REQUERIMENTO DE LICENCIAMENTO SANITÁRIO DEFERIDO HABILITA A
VISUALIZAÇÃO ON-LINE E A EMISSÃO DA LICENÇA SANITÁRIA. PARA OBTER A
IMPRESSÃO DA LICENÇA SANITÁRIA O REQUERENTE DEVE CLICAR EM PDF PARA
REALIZAR O DOWNLOAD DA LICENÇA JÁ NO FORMATO PDF.

Secretaria Municipal de Saúde


Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses
prefeitura.rio/vigilanciasanitaria

LICENCIAMENTO SANITÁRIO Nº 09/97/000150/2016


IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA
Inscrição Municipal: 6252338 CNPJ: 20.955.212/0001-30
Razão Social: TATIANA VAZ LOURENCO
Endereço: RUA GAL JOSE CRISTINO, 18 LOJ A - VASCO DA GAMA, CEP: 22222-222, Rio
de Janeiro - RJ

Atividades
433373 - DOCES E CONFEITOS-COM VAR

Data de concessão: 09/01/2017 Válida até SITUAÇÃO: Ativa


09/01/2019

CONDIÇÕES DE FUNCIONAMENTO

De acordo com as condições de instalação e parâmetros sanitários informados no


Roteiro de Auto-Inspeção apresentado, a empresa declara atender aos requisitos
mínimos exigidos pela legislação sanitária vigente para o exercício das atividades
pretendidas.
TIPO DE REQUERIMENTO
Protocolo eletrônico nº 09/97/000150/2016
Esta Licença e sua validade foram concedidas de acordo com o Decreto Municipal nº 40723
de 08 de Outubro de 2015.

Em 9 de janeiro de 2017
Rua do Lavradio, 180 - Centro - CEP: 20230-070 - Rio de Janeiro - RJ - Tel: (021)2506-2224
prefeitura.rio/vigilanciasanitaria
Emitido no dia 14/08/2018 às 12:03 (data e hora de Brasília).

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LICENCIAMENTO SANITÁRIO ON-LINE POR AUTO DECLARAÇÃO

REGULAMENTAÇÃO
DECRETO Nº 40723 DE 8 DE OUTUBRO DE 2015: DISPÕE SOBRE O PROCEDI-
MENTO DO LICENCIAMENTO SANITÁRIO POR AUTODECLARAÇÃO ONLINE E ADOTA
OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA -RDC Nº 153, DE 26 DE ABRIL DE 2017:
DISPÕE SOBRE A CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE RISCO PARA ATIVIDADES ECONÔ-
MICAS SUJEITAS À VIGILÂNCIA SANITÁRIA, PARA FINS DE LICENCIAMENTO, E DÁ
OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

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BASES LEGAIS DA VIGILÂNCIA EM


SERVIÇOS DE SAÚDE
por Simone Vieira Pinto Braga e Virgílio Fernandes Gonçalves Ledo Adonai

1 - INTRODUÇÃO
Hospital, segundo o Ministério da Saúde, 2002, “se refere a um conjunto muito hete-
rogêneo de estabelecimentos de saúde, unidades de diferentes portes, que podem ofe-
recer uma variada gama de serviços e atividades, e desempenhar funções muito distintas
no âmbito da rede de atendimento à saúde. Entretanto, os estabelecimentos possuem
uma característica em comum: a prestação de cuidados de saúde a pacientes internados
em leitos hospitalares durante as 24 horas do dia”.
Os hospitais, sejam eles caracterizados pelo seu porte/ nº de leitos, ou de acordo
com o perfil assistencial: hospital geral, especializado, de urgência e de ensino ou pesqui-
sa, pelo nível de complexidade das atividades prestadas ou pelo seu papel de inserção,
como referência de serviços na rede hierarquizada de saúde, representam um enorme
desafio para as ações de Vigilância Sanitária no exercício do seu objetivo determinante
que é eliminar, diminuir e prevenir riscos à saúde.
Sabemos que a abordagem de risco e, especificamente, a sua gestão nos serviços
de saúde não é nova, no entanto, seu foco deixou de ser a instituição de saúde e seus tra-
balhadores para se voltar aos problemas que podem representar para o paciente. É com
este olhar que, hoje, a Vigilância Sanitária, nas unidades inspecionadas, quer colaborar
para que os riscos observados sejam traduzidos em estratégia proativa no planejamento
de atividades que ajudem a enfrentar e corrigir os problemas identificados.
Para avaliar a complexidade de serviços oferecidos numa unidade hospitalar, a ins-
peção sanitária é composta por equipe multidisciplinar, capaz de avaliar as áreas assis-
tenciais, setores de apoio técnico, de apoio diagnóstico e administrativo. A inspeção
sanitária é planejada, de acordo com as especialidades e serviços oferecidos, capacidade
instalada e recursos humanos, a fim de verificar e minimizar os riscos à clientela assistida
na avaliação dos processos/fluxos de trabalho e a relação destes com a estrutura físico-
-funcional em cada serviço prestado.
A inspeção se dirige, ainda, à verificação de recursos humanos necessários, ao uso
adequado de produtos para a saúde, medicamentos e equipamentos e a relação destes,
com a demanda atendida, à conservação e higiene de ambientes, mobiliários e equipa-
mentos.
Durante a inspeção sanitária, a evidência de riscos também se dá pela avaliação da
atuação das comissões obrigatórias, com destaque para a Comissão de Controle de In-
fecção Hospitalar (CCIH) e para o Núcleo de Segurança do Paciente (NSP). Em entrevista
aos membros dessas comissões, serão verificados os documentos afins, assim como, a
observação da implementação dos protocolos e avaliação das comissões na supervisão

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BASES LEGAIS DA VIGILÂNCIA EM SERVIÇOS DE SAÚDE

da rotina dos processos de trabalho nos setores.


As inspeções sanitárias são motivadas por solicitação de licenciamento sanitário do
estabelecimento de assistência à saúde, para habilitação/credenciamento de serviços,
para responder a ofícios de órgãos competentes, em atendimento a denúncias de usuá-
rios dos serviços de saúde ou por programação de inspeção sistemática de rotina. Como
resultado da inspeção realizada em unidades públicas de saúde, é confeccionado relató-
rio técnico descritivo dos setores, apontando os itens que devem ser corrigidos para que
a assistência à saúde seja prestada de forma segura.

2 - PACTUAÇÕES PARA DESCENTRALIZAÇÃO DAS AÇÕES DE


VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA O MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
O município do Rio de Janeiro foi criado em 1975, a partir da dissolução do Estado
da Guanabara e fusão com o estado do Rio de Janeiro, sendo estruturada a Secretaria
Municipal de Saúde e seus serviços. Nesse processo, a fiscalização de estabelecimentos
de comércio de alimentos foi definida como responsabilidade municipal, sendo organi-
zado setor para realizar tais atividades, inicialmente com recursos humanos oriundos do
antigo estado da Guanabara.
Em 1990 a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro publicou a Resolução
562 de 26/03/1990, para formalizar a descentralização da responsabilidade de fiscali-
zação sanitária dos estabelecimentos e atividades de comércio de gêneros alimentícios,
sendo que o município do Rio já realizava tal atividade desde 1975, incluindo a fiscaliza-
ção de indústrias de alimentos de origem vegetal, estabelecimentos de ensino e ambien-
tes/habitações.
Após a publicação da Resolução Estadual 1.262 de 08 de dezembro de 1998, foi
publicada a Resolução SMS nº 680 de 10 de fevereiro de 1999, dispondo do licenciamen-
to de Estabelecimentos de Interesse da Saúde no âmbito da competência da Secretaria
Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.
Definindo-se os instrumentos legais de autorização de funcionamento municipal
para atividades previstas na resolução estadual, foi definido o repasse da atribuição da
vigilância e fiscalização sanitária de estabelecimentos de saúde considerados na época
de baixa complexidade, e sem internação, para o órgão municipal (consultórios clínicos
e odontológicos, farmácias e similares, estabelecimentos médico-veterinários, serviços
de embelezamento e esteticismo, veículos de transporte de pacientes e outras atividade
de interesse da saúde). O setor que passou a realizar estas atividades começou a funcio-
nar em 1999, sendo chamado de Equipe de Fiscalização de Serviços e Estabelecimentos
de Saúde, composta no ano de 2000 por 60 profissionais, entre médicos, enfermeiros,
odontólogos, farmacêuticos e fonoaudiólogos.
Esta equipe inspecionava e licenciava, desde dezembro de 1998, todos os estabele-
cimentos de saúde de baixa complexidade (sem internação) de acordo com o programa

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BASES LEGAIS DA VIGILÂNCIA EM SERVIÇOS DE SAÚDE

de municipalização destas atividades; controlava livros de registro de medicamentos em


farmácias e similares, inutilizava medicamentos; inspecionava e licenciava veículos de
remoção de pacientes e transporte de medicamentos e unidades móveis odontológicas;
coletava amostras de medicamentos e correlatos; inspecionava farmácias, drogarias e
similares e atendia reclamações.
Nesta situação, o universo de estabelecimentos sob responsabilidade municipal foi
multiplicado, passando de cerca de 15.000 para 80.000.
Em 2004/2005, no processo de descentralização de fiscalização das atividades
de média/alta complexidade, a vigilância sanitária estadual pactuou novas atividades
com o ente municipal, passando este a realizar a fiscalização de casas de repouso e
asilos de idosos, postos de coleta para análises clínicas extra-hospitalar, laboratórios de
análises clínicas extra-hospitalar, serviços de radiodiagnóstico médico e odontológico
extra-hospitalar, comércio e transporte de correlatos, saneantes, cosméticos, perfumes e
produtos de higiene. Esta pactuação foi formalizada através da Resolução SES 2655 de
02/02/2005.
Em 2009/2010, foi pactuada ainda a fiscalização sanitária de empresas prestadoras
de serviços de atendimento médico domiciliar (home care), ambulâncias com UTI, lavan-
derias extra-hospitalares e estabelecimentos executores de procedimentos de medicina
legal, formalizada tal pactuação através da Resolução SESDEC 1411 DE 15/10/2010.
Em 2014 iniciou a pactuação de repasse de fiscalização de atividades de alta com-
plexidade, tendo o município do Rio assumido a fiscalização de distribuidoras/importa-
doras de medicamentos, clínicas de terapia renal substitutiva e hospitais, estando estes
últimos ainda em processo de negociação com o ente estadual. A vigilância sanitária
municipal do Rio de Janeiro passou a inspecionar somente hospitais públicos municipais
e federais. Este repasse de responsabilidade foi formalizado através da Resolução SES
1058 de 06/11/2014, sendo que a vigilância sanitária do município não pactuou a fis-
calização de indústria de medicamentos e similares, serviços de radioterapia, medicina
nuclear, hemocentros e similares, e banco de células, tecidos e órgãos e similares, além
dos hospitais estaduais.
Atualmente através da Resolução Conjunta SES/SMS/RJ 538 de 01/03/2018, foi
delegado que os serviços intra-hospitalares de: I - Laboratórios de Análises Clínicas, Pes-
quisas e Anatomia Patológica, Posto de Coleta de Laboratórios de Análises Clínicas; II
- Serviço de Radiodiagnóstico Médico, Serviço de Imagem, Radiodiagnóstico Odontoló-
gico; III - Unidade Odontológica Hospitalar; IV - Farmácias Privadas de Unidades Hospi-
talares ou Congêneres é de competência do município do Rio de Janeiro, para as ações
de controle e inspeção sanitários, concessão e cancelamento de licença sanitária dos
hospitais e clínicas com internação de natureza privada localizados no município do Rio
de Janeiro. Entretanto, a concessão de licença e revalidação sanitária dos estabeleci-
mentos objeto da presente Resolução, referente ao exercício de 2018, permanecerá sob
a competência do Órgão Estadual de Vigilância Sanitária, passando para competência

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municipal a partir do exercício de 2019, quando os estabelecimentos em questão de-


verão licenciar-se junto ao Órgão Municipal de Vigilância Sanitária. As demais ações de
vigilância e fiscalização sanitária, previstas na presente legislação, passarão para compe-
tência municipal com a entrada em vigor da presente Resolução. A Vigilância Sanitária
Municipal tem realizado inspeções nas unidades hospitalares de natureza privada, em
atendimento à diversas solicitações do cidadão, através do Canal de Atendimento 1746.

Evolução da transferência de competência do estado para o município do Rio de Janeiro


referente a inspeção de hospitais.

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3 - DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA DURANTE A INSPEÇÃO

Os documentos específicos de cada setor e/ou atividade exercida pela unidade, são
verificados no momento da inspeção sanitária.
As documentações exigidas no primeiro momento, dizem respeito às responsabili-
dades técnicas, aos registros das comissões obrigatórias, aos livros de registros gerais,
aos manuais de qualidade e procedimentos, aos serviços terceirizados e aos colaborado-
res técnicos de cada setor.
Segue a descrição dos documentos, verificados no início da inspeção sanitária:
A. Certificado de Anotação de Responsabilidade Técnica junto ao CREMERJ;
B. Certificado de Anotação de Responsabilidade Técnica junto ao COREN;
C. Publicação das Portarias que instituem as Comissões obrigatórias e seus respec-
tivos membros (Comissão de Ética, Revisão de Óbitos, Revisão de Prontuários; Controle
de Infecção Hospitalar, Núcleo de Segurança do Paciente, Comissão Intrahospitalar de
Transplante e Suporte Nutricional);
D. Livro de Óbito;
E. Livro Ata da CCIH;
F . Plano de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde;
G. Manual da Qualidade;
H. Procedimentos Operacionais Padrão para todas as atividades realizadas, por se-
tor;
I. Relação dos serviços terceirizados e os respectivos contratos atualizados;
J. Escala de RH de cada setor;

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4 - PRONTUÁRIO

Partindo da premissa de que todo o atendimento deve ser devidamente registrado,


a equipe técnica verifica sobre os prontuários médicos, sejam estes eletrônicos ou de
papel.
De acordo com a definição dada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), o pron-
tuário deve ser considerado “como o documento único constituído de um conjunto de
informações, sinais e imagens registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e
situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, de caráter legal, sigilo-
so e científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional
e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo.” (Resolução nº CFM 1.638/2002).
De acordo com o artigo 2º da Resolução 1.638/2002 a responsabilidade pelo pron-
tuário cabe:
I. Ao médico assistente e aos demais profissionais que compartilham do atendimen-
to;
II. À hierarquia médica da instituição, nas suas respectivas áreas de atuação, que
tem como dever zelar pela qualidade da prática médica ali desenvolvida;
III. À hierarquia médica constituída pelas chefias de equipe e chefias da Clínica, do
setor até o diretor da Divisão Médica e/ou diretor técnico.
O artigo 5º da Resolução nº 1.638/2002 do CFM determina os itens que deverão
obrigatoriamente, constar no prontuário:
a. Identificação do paciente – nome completo, data de nascimento (dia, mês e ano
com quatro dígitos), sexo, nome da mãe, naturalidade (indicando o município e o estado
de nascimento), endereço completo (nome da via pública, número, complemento, bair-
ro/distrito, município, estado e CEP);
b. Anamnese, exame físico, exames complementares solicitados e seus respectivos
resultados, hipóteses diagnósticas, diagnóstico definitivo e tratamento efetuado;
c. Evolução diária do paciente, com data e hora, discriminação de todos os pro-
cedimentos aos quais o mesmo foi submetido e identificação dos profissionais que os
realizaram, assinados eletronicamente quando elaborados e/ou armazenados em meio
eletrônico;
d. Nos prontuários em suporte de papel, é obrigatória a legibilidade da letra do pro-
fissional que atendeu o paciente, bem como a identificação dos profissionais prestadores
do atendimento. São também obrigatórias a assinatura e o respectivo número do CRM;
e. Nos casos emergenciais, nos quais seja impossível a colheita de história clínica do
paciente, deverá constar relato médico completo de todos os procedimentos realizados
e que tenham possibilitado o diagnóstico e/ou a remoção para outra unidade.

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5 - ROTEIRO DE FISCALIZAÇÃO EM HOSPITAIS

O roteiro de inspeção de fiscalização em hospitais é um instrumento que estabelece


a sistemática para a avaliação do cumprimento das ações, esclarecendo sobre os itens
recomendados baseados em legislações pertinentes de cada área/especialidade.
Os critérios para a avaliação do cumprimento dos itens do Roteiro de Inspeção,
visando à qualidade e segurança das ações baseia-se no risco potencial inerente a cada
item.
As inspeções sanitárias devem ser realizadas com base no Roteiro de Inspeção ado-
tado pela Vigilância Sanitária, visando à transparência das ações e disseminação do pro-
cesso educativo de todos os atores envolvidos.

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6 - NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE

Em 2004, foi criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a Aliança Mundial
para a Segurança do Paciente, a qual o Brasil faz parte.
A Segurança do Paciente pode ser entendida pela redução, a um mínimo aceitável,
do risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde, podendo esses danos
ser de vários tipos, incluindo-se doenças, lesão, sofrimento, incapacidade e morte. Veri-
fica-se que alguns danos poderiam ser desnecessário aos pacientes, fato que se entende
como prioridade na avaliação dos riscos.
Atendendo as recomendações da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) da AN-
VISA nº. 63 de 2011 sobre Boas Práticas de Funcionamento em serviços de saúde, que
incluem o Gerenciamento da Qualidade e Ações para a Segurança do Paciente formulada
a partir de políticas brasileiras sobre segurança do paciente é verificado se o processo de
trabalho está de acordo com a demanda informada.
Em 1º de abril de 2013, o Ministério da Saúde instituiu, por meio da Portaria nº 529,
de 01/04/2013, o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). O referido pro-
grama tem como principal objetivo, adotar medidas de melhoria no atendimento ao pa-
ciente e aumentar a qualidade dos serviços de saúde. Em 25 de julho de 2013, foi publi-
cada a RDC ANVISA 36, que institui ações para a segurança do paciente em serviços de
saúde e dá outras providências.
A não adesão de práticas de segurança baseadas em evidências é considerada um
fator contribuinte para o incidente de segurança, estando ou não relacionada à ocorrên-
cia de dano, nesse sentido a Vigilância Sanitária, verifica a implantação das comissões
de Segurança do Paciente nas unidades assistenciais, visando à minimização dos riscos.

Fonte :ANVISA

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7 - COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

O Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) é um conjunto de ações


desenvolvidas deliberada e sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da
incidência e da gravidade das infecções hospitalares, onde possui dentre as atribuições
elencadas pela Portaria MS 2616/98 a definição de diretrizes de ação, que visa fortalecer
e facilitar a execução do Programa Nacional.
Em 2012, foi incluída a notificação de marcadores de resistência microbiana em In-
fecções Primárias de Corrente Sanguínea confirmadas laboratorialmente (IPCSL), o que
possibilitou iniciar a vigilância de casos de IRAS por microorganismos resistentes.
Em 15 de agosto do mesmo ano, a ANVISA publicou a Portaria nº 1.218/2012 que
instituiu a Comissão Nacional de Prevenção e Controle de Infecção Relacionada à Assis-
tência à Saúde – CNCIRAS, que teve como uma das principais atividades a elaboração
do Programa Nacional de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência
à Saúde – PNPCIRAS, com objetivo geral de reduzir, em âmbito nacional, a incidência de
IRAS e resistência microbiana.
A primeira versão do Programa Nacional de Prevenção e Controle de Infecções
Relacionadas à Assistência a Saúde (PNPCIRAS) que abrangeu o triênio 2013-2015 foi
elaborada pela Comissão Nacional de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à
Assistência a Saúde (CNCIRAS).
Para a construção da nova versão do PNPCIRAS que abrangerá o quinquênio 2016
- 2020, foram consideradas as avaliações preliminares da versão anterior (PNPCIRAS
2013-2015) e discutidos vários temas pertinentes ao Programa, como a situação mundial
e nacional das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) que são um grave
problema de saúde pública, pois são os eventos adversos associados à assistência a saú-
de mais frequentes, com alta morbidade e mortalidade, que repercutem diretamente na
segurança do paciente e por sua vez na qualidade dos serviços de saúde.
Para a adequada execução do PCIH os hospitais deverão constituir Comissão de
Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), órgão de assessoria à autoridade máxima da
instituição e de execução das ações de controle de infecção hospitalar.
A Vigilância Sanitária além de verificar a implantação da comissão, também verifi-
ca a efetiva participação das referidas comissões, visando a avaliação da qualidade das
ações de Controle de Infecção Hospitalar e atuação da CCIH. Verifica-se a Comissão de
Controle de Infecção Hospitalar CCIH, que deve ser formada por um grupo de profissio-
nais da área de saúde, de nível superior, formalmente designado para planejar, elaborar,
implementar, manter e avaliar o Programa de Controle de Infecção Hospitalar, adequado
às características e necessidades da Unidade Hospitalar, constituída de membros consul-
tores e executores.
As Unidades Hospitalares devem realizar auditorias internas, periodicamente, atra-

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vés de protocolos específicos para verificar o cumprimento da legislação específica que


trata do Controle de Infecção Hospitalar. As conclusões das auditorias internas devem
ser devidamente documentadas e arquivadas.
Ações corretivas necessárias para o aprimoramento da qualidade das ações de
Controle de Infecção Hospitalar devem ser estabelecidas com base nas conclusões das
inspeções sanitárias e auditorias internas.

Assistência Segura - Uma Reflexão Teórica Aplicada à Prática - Fonte :ANVISA

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BASES LEGAIS DA VIGILÂNCIA EM SERVIÇOS DE SAÚDE

8 - REGULAMENTAÇÃO
• Resolução Secretaria Estadual de Saúde/RJ 562 de 26/03/1990 revogada pela Reso-
lução SESDEC Nº 1.411, de 15 de outubro de 2010.

• Resolução Estadual/RJ 1.262 de 08 de dezembro de 1998.

• Resolução Secretaria Municipal de Saúde do RJ nº 680 de 10 de fevereiro 1999.

• Resolução Conselho Federal de Medicina nº 1.638/2002.

• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde – Portaria 312 de 02 de


maio de 2002.

• Resolução SES/RJ 2655 de 02 de fevereiro de 2005.

• Resolução SESDEC/RJ 1411 DE 15 de outubro de 2010.

• Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n°


63, de 25 de novembro de 2011.

• Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria nº 1.218/2012 que instituiu a Comis-


são Nacional de Prevenção e Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde
– CNCIRAS.

• Brasil. Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Seguran-


ça do Paciente (PNSP). Diário Oficial da União, 2 abr 2013.

• Resolução de Diretoria Colegiada - RDC Nº 36, de 25 de julho de 2013 - Institui ações


para a Segurança do Paciente.

• Resolução Secretaria Estadual de Saúde/RJ 1058 de 06 de novembro de 2014.

• Resolução Conjunta Secretaria Estadual de Saúde/Secretaria Municipal de Saúde/RJ


538 de 01 de março de 2018.

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ESTRUTURA FÍSICA
por João Luiz Telles De Oliveira

1 - INTRODUÇÃO
A Vigilância Sanitária tem por objetivo proteger a saúde e promover ações que di-
minuam ou eliminem os riscos à saúde da população. Nesse sentido, a fiscalização sani-
tária é fundamental para minimizar os problemas decorrentes do ambiente, da circulação
de bens, produtos e serviços de assistência à saúde, seja de âmbito público ou privado.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é responsável por
criar normas regulamentares e de fiscalização para serem executadas em todo o país,
com suporte nas esferas federais, estaduais e municipais.
A fiscalização se dá de modo rotineiro em estabelecimentos de saúde. Esse proce-
dimento objetiva verificar e promover a adesão aos regulamentos e normas previamente
estabelecidas. Mas o foco da fiscalização é avaliar as condições de funcionamento dos
serviços e identificar possíveis riscos e danos à saúde de pacientes, médicos, colabora-
dores e ao meio ambiente.
Criada em 1980 no âmbito do Município do Rio de Janeiro, o Setor de Engenharia e
Arquitetura durante a fiscalização de um Estabelecimento Assistencial de Saúde (EAS)
tem como objetivo avaliar os seguintes fatores da unidade:

FUNCIONALIDADE DO EDIFÍCIO - verificação dos fluxos de trabalho / materiais / insu-


mos, visando evitar problemas de funcionamento e de controle de infecção;

DIMENSIONAMENTO DOS AMBIENTES - verificação das áreas e dimensões lineares dos


ambientes em relação ao dimensionamento mínimo exigido pela legislação vigente;

INSTALAÇÕES ORDINÁRIAS E ESPECIAIS - verificação da adequação dos pontos de


instalações dos ambientes em relação ao determinado pela legislação vigente;

ESPECIFICAÇÃO BÁSICA DOS MATERIAIS - verificação da adequação dos materiais


de acabamento utilizados com as exigências normativas, visando adequar os materiais
empregados com os procedimentos a serem realizados.

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ESTRUTURA FÍSICA

2 - DIMENSIONAMENTO, QUANTIFICAÇÃO E INSTALAÇÕES


PREDIAIS DOS AMBIENTES
Ambiente é entendido como o espaço fisicamente determinado e especializado
para o desenvolvimento de determinada(s) atividade(s), caracterizado por dimensões e
instalações diferenciadas.

Os aspectos de dimensionamento e as instalações prediais dos ambientes encon-


tram-se organizados em tabelas na RDC 50 da ANVISA. A quantificação refere-se ao
número de vezes em que o mesmo ambiente se repete. O dimensionamento é expresso
pela quantificação e dimensões espaciais do ambiente, ou seja, o tamanho do ambiente
(superfície e dimensão), em função do equipamento e/ou população presentes. O di-
mensionamento logicamente deverá estar relacionado à demanda pretendida ou estipu-
lada, portanto a quantificação e o dimensionamento adotado nas tabelas são o mínimo
necessário, podendo ser aumentado a partir da demanda gerada.

Tabela de dimensionamento e instalações - Fonte: ANVISA RDC 50 / 2002

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ESTRUTURA FÍSICA

3 - CIRCULAÇÕES EXTERNAS E INTERNAS


As circulações externas e internas do EAS são seus acessos, estacionamentos e cir-
culações horizontais e verticais.

3.1 - ACESSOS
Os acessos do EAS estão relacionados diretamente com a circulação de sua popu-
lação usuária, de materiais e de acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências a
edificações, espaço, mobiliário e equipamentos urbanos.
Deve haver uma preocupação de se restringir ao máximo os números desses aces-
sos, com o objetivo de se conseguir um maior controle da movimentação no EAS, evitan-
do-se o tráfego indesejado em áreas restritas, o cruzamento desnecessário de pessoas e
serviços diferenciados, além dos problemas decorrentes de desvios de materiais.

3.2 - ESTACIONAMENTOS
Devem ser previstos locais de estacionamento para as viaturas de serviço e de pas-
sageiros, sendo consideradas para quantificação do número de vagas as orientações dos
códigos de obras municipais, ficando estabelecido para os EAS com internação situados
em cidades onde o código de obras é omisso em relação a esse assunto, uma área míni-
ma de 12,00 m2 ou uma vaga para veículo a cada quatro leitos.
Para estacionamentos com até 100 vagas, devem existir duas vagas reservadas a
deficientes ambulatórios. Estacionamentos acima de 100 vagas devem possuir 1% dessas
destinados a esses deficientes.
Junto às calçadas, os meios-fios (guias) devem ser rebaixados de modo a permitir
o tráfego de cadeira de rodas ou macas.

3.3 - CIRCULAÇÕES HORIZONTAIS


a) Corredores
Os corredores de circulação de pacientes ambulantes ou em cadeiras de rodas,
macas ou camas, devem ter a largura mínima de 2,00m, devem possuir corrimãos em
ao menos uma parede lateral. Os bate-macas podem ter também a função de corrimão.
Nas áreas de circulação só podem ser instalados telefones de uso público, bebe-
douros, extintores de incêndio, carrinhos e lavatórios, de tal forma que não reduzam a
largura mínima estabelecida e não obstruam o tráfego, a não ser que a largura exceda a
2,00 m;
Os corredores destinados apenas à circulação de pessoal e de cargas não volumo-
sas devem ter largura mínima de 1,20 m.

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ESTRUTURA FÍSICA

Circulação com largura mínima de 2,00m, livre e desimpedida com bate-macas dos dois lados.
Fonte: www.temsustentavel;com;br

b) Portas
Todas as portas de acesso a pacientes devem ter dimensões mínimas de 0,80 (vão
livre) x 2,10 m, inclusive sanitários. As portas de banheiros e sanitários de pacientes de-
vem abrir para fora do ambiente.
As portas utilizadas para a passagem de camas/macas devem ter dimensões míni-
mas de 1,10 (vão livre) x 2,10 m.
As portas das salas cirúrgicas, parto, quartos de isolamento e quartos ou enferma-
rias de pediatria devem possuir visores.
As maçanetas das portas devem ser do tipo alavanca ou similares.

Portas com largura mínima de 1,10m, cega ou com visor e maçanetas tipo alavanca.

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ESTRUTURA FÍSICA
3.4 - CIRCULAÇÕES VERTICAIS
A circulação vertical para movimentação de pacientes em EAS deve atender aos
seguintes critérios:
Com até dois pavimentos (inferior ou superior), incluindo térreo – fica dispensado
de elevador ou rampa. Pode ser feita através de escada com equipamentos portáteis ou
plataforma mecânica adaptada;
Com até dois pavimentos (inferior ou superior), inclusive térreo que exerça ativida-
des de internação, cirurgias não ambulatoriais, parto-cirúrgico e procedimentos médi-
cos com a utilização de anestesia geral, localizadas em pavimento(s) diferente(s) do de
acesso exterior - deve possuir elevador de transporte de pacientes em macas ou rampa;
Com mais de dois pavimentos – deve possuir elevador ou rampa;
Com mais de dois pavimentos que exerça atividades de internação, cirurgias não
ambulatoriais, parto-cirúrgico e procedimentos médicos com a utilização de anestesia
geral, localizadas em pavimento(s) diferente(s) do de acesso exterior - deve possuir ele-
vador de transporte de pacientes em macas;
Em todos os casos citados acima, exceto em EAS com mais de três pavimentos (in-
cluindo térreo), as rampas podem substituir os elevadores.
a) Escadas
As escadas que, por sua localização, se destinem ao uso de pacientes, têm de ter
largura mínima de 1,50m e serem providas de corrimão com finalização curva.
Escadas destinadas ao uso exclusivo do pessoal têm de ter largura mínima de 1,20m;
o piso de cada degrau tem de ser revestido de material antiderrapante e não ter espelho
vazado;
Nenhuma escada pode ter degraus dispostos em leque;
As escadas de incêndio devem atender as normas dos corpos de bombeiros.

O degrau ideal deve ter 17 cm de altura x 28 cm de profundidade

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ESTRUTURA FÍSICA

b) Rampas
Rampas só podem ser utilizadas como único meio de circulação vertical quando
vencerem no máximo dois pavimentos.
Admite-se o vencimento de mais um pavimento além dos dois previstos, quando
esse for destinado exclusivamente a serviços, no caso dos EAS que não possuam eleva-
dor;
A largura mínima será de 1,50m;
Rampa só para funcionários e serviços pode ter 1,20 m de largura;
Devem ter o piso não escorregadio, corrimão e guarda-corpo.

c) Elevadores
- Para transporte de pacientes em maca
As dimensões internas mínimas da cabine do elevador são de 2,10m x 1,30m.
O elevador deve ter portas de correr simultâneas na cabine e no pavimento, sendo a
largura mínima da porta igual a 0,90 m quando essa estiver colocada na menor dimensão
da cabine e 1,10 m quando colocada na maior dimensão.
Deve conter dispositivo “no break”, com autonomia de uma hora, que no caso de
falta de energia elétrica, mantêm iluminação na cabina e propicia o funcionamento do
mesmo.

Todo elevador para pacientes deve estar dotado de nivelamento automático e de dispositivo que possibilite a
interrupção das chamadas dos andares, para levar a cabine diretamente ao andar desejado. Fonte: www.elevance.com.br

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ESTRUTURA FÍSICA
- Para pacientes não transportados em maca, demais passageiros e materiais
Ao menos um dos elevadores para passageiros do EAS deve obedecer aos dispos-
tos na norma da ABNT NBR-13.994 – Elevadores para transporte de pessoas portadoras
de deficiência.
Sempre que o(s) elevador(es) para transporte de pacientes não satisfizer(em) o vo-
lume de tráfego total, tem de ser instalado(s) elevador(es) adicional(is) para o transporte
de funcionários, visitantes e materiais.

- Monta-cargas
As portas dos monta-cargas devem abrir para recintos fechados e nunca direta-
mente para corredores. Em cada andar o monta-cargas deve ser dotado de porta corta-
-fogo, automática, do tipo leve.

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ESTRUTURA FÍSICA
-Tubo de Queda
Só é permitido para uso exclusivo de roupa suja, sendo portanto, proibido a utili-
zação de tubulões ou tubos pneumáticos para o transporte de resíduos de serviços de
saúde; e devem ser dotados de dispositivos que permitam sua total desinfecção.
Toda tubulação usada para o transporte de roupa suja tem que possuir mecanis-
mos de lavagem própria, antecâmaras de acesso com portas, tubo de ventilação paralelo
ligado em intervalos ao tubulão e área de recepção exclusiva da roupa suja, com ralo
sifonado para captação da água oriunda da limpeza do tubulão.
O tubulão deve ser de material resistente ao uso de desinfetantes e a lavagem com
água e sabão, anticorrosivo e com no mínimo 60 cm de diâmetro. Deve ainda possuir na
saída, mecanismos ou desenho que amorteça o impacto dos sacos contendo as roupas.

4 - CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE CONTROLE DE INFECÇÃO


O papel da engenharia e arquitetura dos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde
na prevenção das infecções de serviços de saúde pode ser entendido em seus aspectos
de barreiras, proteções, meios e recursos físicos, funcionais e operacionais, relacionados
a pessoas, ambientes, circulações, práticas, equipamentos, instalações, materiais, resídu-
os sólidos de saúde (RSS) e fluidos.
Áreas críticas - são os ambientes onde existe risco aumentado de transmissão de
infecção, onde se realizam procedimentos de risco, com ou sem pacientes, ou onde se
encontram pacientes imunodeprimidos.
Áreas semicríticas - são todos os compartimentos ocupados por pacientes com
doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças não infecciosas.
Áreas não-críticas - são todos os demais compartimentos dos EAS não ocupados
por pacientes, onde não se realizam procedimentos de risco.

4.1 - ACABAMENTOS DE PAREDES, PISOS, TETOS E BANCADAS


Os materiais adequados para o revestimento de paredes, pisos e tetos de ambientes
de áreas críticas e semicríticas devem ser resistentes à lavagem e ao uso de desinfetan-
tes, com superfícies monolíticas, com o menor número possível de ranhuras ou frestas,
mesmo após o uso e limpeza freqüente.
O uso de divisórias removíveis nas áreas críticas não é permitido, entretanto pare-
des pré-fabricadas podem ser usadas, desde que quando instaladas tenham acabamento
monolítico, ou seja, não possuam ranhuras ou perfis estruturais aparentes e sejam resis-
tentes à lavagem e ao uso de desinfetantes,
Nas áreas semicríticas as divisórias só podem ser utilizadas se forem, também, re-
sistentes ao uso de desinfetantes e a lavagem com água e sabão.
Nas áreas críticas e semicríticas não deve haver tubulações aparentes nas paredes
e tetos.

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ESTRUTURA FÍSICA
4.2 - RODAPÉS
A execução da junção entre o rodapé e o piso deve ser de tal forma que permita a
completa limpeza do canto formado. Rodapés com arredondamento acentuado, além de
serem de difícil execução ou mesmo impróprios para diversos tipos de materiais utiliza-
dos para acabamento de pisos, pois não permitem o arredondamento, em nada facilitam
o processo de limpeza do local, quer seja ele feito por enceradeiras ou mesmo por rodos
ou vassouras envolvidas por panos.
Especial os dois estejam alinhados, evitando-se o tradicional ressalto do rodapé que
permite o acúmulo de pó e é de difícil limpeza.

4.3 - FORROS
Os tetos em áreas críticas (especialmente nas salas destinadas à realização de pro-
cedimentos cirúrgicos ou similares) devem ser contínuos, sendo proibido o uso de forros
falsos removíveis, do tipo que interfira na assepsia dos ambientes.
Nas demais se pode utilizar forro removível, inclusive por razões ligadas à manuten-
ção, desde que nas áreas semicríticas esses sejam resistentes aos processos de limpeza,
descontaminação
4.4 - BARREIRAS FÍSICAS
Barreiras físicas são estruturas que devem ser associadas a condutas técnicas visan-
do minimizar a entrada de microorganismos externos. São absolutamente necessárias
nas áreas críticas.

- Vestiários/banheiros/sanitários de barreira nos compartimentos destinados à


realização de procedimentos assépticos (c. cirúrgico, c. obstétrico, lactário/nutrição
enteral, hemodinâmica, CME, diluição de quimioterápicos e preparo de nutrição paren-
teral).
Devem atender à capacidade de atendimento dessas unidades, serem exclusivos,
dotados de lavatório(s) e de área de paramentação, além de chuveiros (c. cirúrgico e c.
obstétrico), vaso sanitário (c. cirúrgico, c. obstétrico, CME e hemodinâmica), e servirem
de barreira ao acesso a estes ambientes. O vestiário das salas de diluição de quimioterá-
picos deve possuir lava-olhos, além do lavatório e da área de paramentação.
É necessário possuírem áreas limpa e suja estanques, assim chamadas por abriga-
rem funcionários, equipamentos e roupas em contato ou não com material contaminado
e com entradas e saídas distintas.

- Sanitários nos Compartimentos Destinados ao Preparo e Cocção de Alimentos


Sanitários franqueados para outros tipos de população do EAS não podem ser
compartilhados pelo pessoal que manuseia alimentos; e a localização destes sanitários
no âmbito da própria unidade funcional é obrigatória.

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MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
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ESTRUTURA FÍSICA
- Banheiro na Sala de Recepção, Classificação, Pesagem e Lavagem de Roupas
Sujas 100
Este banheiro deve servir de barreira ao acesso a sala de recepção e dispor de bacia
sanitária, lavatório e chuveiro próprios. Deve ainda possuir entrada e saída distintas.

- Processamento de Roupa
O fluxo da roupa nos estabelecimentos assistenciais de saúde pode ser agente de
transmissão da infecção hospitalar. As principais barreiras do fluxo de roupa são:

1ª.) Pré-classificação de roupa na origem: através de carros porta-saco (duplo ou


triplo), dotados de tampa acionada por pé.
2ª) Sala de recepção, classificação, pesagem e lavagem de roupa suja: ambiente al-
tamente contaminado que necessita requisitos arquitetônicos próprios como: banheiro,
exaustão mecanizada com pressão negativa, local para recebimento de sacos de roupa
por carros, tubulão ou monta cargas, espaço para carga de máquina de lavar, ponto de
água para lavagem do ambiente, pisos e paredes laváveis, ralos, interfone ou similar e
visores. A conduta nessa área deve prever equipamento de proteção individual aos fun-
cionários.
3ª) Lavagem de Roupa: independente do porte da lavanderia, deve-se usar sempre
máquinas de lavar de porta dupla ou de barreira, onde a roupa suja é inserida pela por-
ta da máquina situada do lado da sala de recebimento, pesagem e classificação por um
operador e, após lavada, retirada do lado limpo através de outra porta. A comunicação
entre as duas áreas é feita somente por visores e interfones.

- Quarto Privativo de Isolamento


É obrigatório somente nos casos de necessidade de isolamento de substâncias cor-
porais infectantes ou de bloqueio; nesses casos deve ser dotado de banheiro privativo
(com lavatório, chuveiro e vaso sanitário), exceto UTI, e de ambiente específico com pia
e armários estanques para roupa e materiais limpo e sujo anterior ao quarto (não neces-
sariamente uma antecâmara).
O quarto privativo tem flexibilidade para, sempre que for requerida proteção co-
letiva, operar prontamente como isolamento. Poderá, ainda, atuar como isolamento de
substâncias corporais (ISC) e como isolamento de bloqueio (IB), se instalar-se sistema de
abertura de porta por comando de pé ou outro, que evite tocar na maçaneta.

- Centros Cirúrgico e Obstétrico e Hemodinâmica


O local de acesso dos pacientes (zona de transferência) a essas unidades deve ser
provido de barreira física que impeça a entrada de macas de pacientes e permita a saída
dessas.

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ESTRUTURA FÍSICA
- Colocação de Lavatórios/pias/lavabos cirúrgicos
Para lavagem das mãos existem três tipos básicos de equipamentos que são clas-
sificados como:

1ª) Lavatório – exclusivo para a lavagem


das mãos. Possui pouca profundidade e forma-
tos e dimensões variadas. Pode estar inserido
em bancadas ou não;

Fonte: www.tramontina.com

2ª) Pia de lavagem – destinada preferen-


cialmente à lavagem de utensílios podendo ser
também usada para a lavagem das mãos. Pos-
sui profundidade variada, formato retangular
ou quadrado e dimensões variadas. Sempre
está inserida em bancadas;

Fonte: www.eginox.com.br

3ª) Lavabo cirúrgico - exclusivo para o


preparo cirúrgico das mãos e antebraço. Deve
possuir profundidade suficiente que permita a
lavagem do antebraço sem que o mesmo to-
que no equipamento.
Para lavagem de fistulas na diálise, o la-
vabo deve seguir estas especificações.
Fonte: www.casalab.com.br

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ESTRUTURA FÍSICA

Sempre que houver paciente (acamado ou não), examinado, manipulado, tocado,


medicado ou tratado, é obrigatória a provisão de recursos para a lavagem de mãos atra-
vés de lavatórios ou pias para uso da equipe de assistência.
Nos locais de manuseio de insumos, amostras, medicamentos, alimentos, também é
obrigatória a instalação de pias / lavatórios.
Esses lavatórios/pias/lavabos cirúrgicos devem possuir torneiras ou comandos do
tipo que dispensem o contato das mãos quando do fechamento da água. Junto a estes
deve existir provisão de sabão líquido, além de recursos para secagem das mãos.
Para os ambientes que executem procedimentos invasivos, cuidados a pacientes
críticos e/ou que a equipe de assistência tenha contato direto com feridas e/ou disposi-
tivos invasivos tais como cateteres e drenos, deve existir, além do sabão citado, provisão
de antisséptico junto as torneiras de lavagem das mãos.
Nos lavabos cirúrgicos a torneira não pode ser do tipo de pressão com temporiza-
dor.
- Compartimentos Destinados à Internação de Pacientes Adultos e Infantis
Cada quarto ou enfermaria de internação deve ser provido de banheiro exclusivo,
além de um lavatório/pia para uso da equipe de assistência em uma área anterior a entra-
da do quarto/enfermaria ou mesmo no interior desses, fora do banheiro. Um lavatório/
pia externo ao quarto ou enfermaria pode servir a no máximo 4 (quatro) quartos ou 2
(duas) enfermarias.
Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) deve existir um lavatório a cada 5 (cinco) lei-
tos de não isolamento e no berçário 1(um) lavatório a cada 4 (quatro) berços (intensivos
ou não).

- Compartimentos Destinados ao Preparo e Cocção de Alimentos e Mamadeiras


Em cada local de trabalho destes compartimentos é obrigatória a instalação de um
lavatório/ pia no ambiente para uso da equipe profissional.

- Compartimentos Destinados à Realização de Procedimentos Cirúrgicos, Hemo-


dinâmicos e Partos Cirúrgicos
Os lavabos ou cochos para lavagem cirúrgica devem localizar-se em ambiente an-
terior aos compartimentos destinados às atividades descritas.

- Compartimentos Destinados à Realização de Procedimentos de Reabilitação e


Coleta Laboratorial
A cada 6 (seis) boxes deve existir um lavatório em local anexo a esses boxes

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ESTRUTURA FÍSICA
- Salas de Tratamento Hemodialítico
Dentro das próprias salas ou em ambiente de fácil acesso deve(m) existir lavabo(s)
exclusivo(s) para uso de pacientes na limpeza e higienização de fístulas.

- Compartimento Destinados ao Processamento de Roupas


Tanto na área “suja” (banheiro), quanto na área “limpa”, é obrigatório a instalação
de um lavatório para uso da equipe profissional.

- Salas de Exames e de Terapia


Dentro das próprias salas ou em ambiente anexo de fácil acesso deve(m) existir
lavatório(s) exclusivo(s) para uso da equipe de assistência.

- Consultórios e Salas de Exames de Emergência e Urgência


Deve(m) existir lavatório(s) exclusivo(s) para uso da equipe de assistência dentro
dos próprios ambientes. Caso exista um sanitário ou banheiro dentro do consultório/sala,
fica dispensada a existência de lavatório extra. Consultórios exclusivos para atividades
não médicas não necessitam desses lavatórios.

- Ralos (esgotos)
Todas as áreas “molhadas” do EAS devem ter fechos hídricos (sifões) e tampa com
fechamento escamoteável. É proibida a instalação de ralos em todos os ambientes onde
os pacientes são examinados ou tratados.

Fecho hídrico

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ESTRUTURA FÍSICA

Tampa fechamento escamoteável

- Localização das Salas de Utilidades


As salas de utilidades devem ser projetadas de tal forma que possam, sem afetar
ou interferir com outras áreas ou circulações, receber material contaminado da unidade
onde se encontra, receber o despejo de resíduos líquidos contaminados, além de abrigar
roupa suja e opcionalmente resíduo sólido (caso não exista sala específica para esse fim),
a serem encaminhados a lavanderia e ao abrigo de resíduos sólidos.
A sala deve possuir sempre, no mínimo, uma pia de despejo e uma pia de lavagem
comum.

Pia de despejo e pia de lavagem comum – Fonte https://blog.palmetal.com.br/

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ESTRUTURA FÍSICA
- Barreiras de Contenção Biológica
De acordo com o nível de biossegurança exigido, são definidos os requisitos re-
comendados e obrigatórios que se classificam em barreiras de contenção primárias e
secundárias.

1ª) Barreiras Primárias - Equipamentos de Segurança: São considerados como bar-


reiras primárias as cabines de segurança biológica (Classe I, II e III) ou outros equipamen-
tos projetados para remover ou minimizar exposições aos materiais biológicos perigosos.

2ª) Barreiras Secundárias: Entende-se como Barreiras Secundárias algumas solu-


ções físicas presentes nos ambientes devidamente previstas nos projetos de arquitetu-
ra e de instalações prediais, e construídas de forma a contribuírem para a proteção da
equipe do estabelecimento de saúde, proporcionando uma barreira de proteção para as
pessoas que se encontram fora do laboratório contra agentes infecciosos que podem ser
liberados acidentalmente pelo ambiente.

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ESTRUTURA FÍSICA
5 - INSTALAÇÕES PREDIAIS ORDINÁRIAS E ESPECIAIS

Nas áreas críticas e semicríticas todas tubulações devem ser embutidas ou prote-
gidas, de tal forma que permita a perfeita higienização da superfície que as recobre sem
pôr em risco a integridade da tubulação. Tubulações de água tratada para hemodiálise
de ser protegidas e acessíveis para manutenção.

5.1 - Água fria


As diversas unidades funcionais do EAS demandam água fria de forma diferenciada,
portanto, o cálculo do consumo total necessário ao dimensionamento do(s) reservató-
rio(s) só é possível a partir do cálculo dos consumos parciais das unidades.
Calculado o consumo diário, a reserva de água fria, no caso de abastecimento a
partir de rede pública, deve ter autonomia mínima de dois dias ou mais, em função da
confiabilidade do sistema.

O reservatório deve possuir no mínimo dois compartimentos, de modo a permitir as


operações de limpeza e manutenção.

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ESTRUTURA FÍSICA

Os reservatórios devem ser fechados e cobertos de modo a não permitir a entrada de luz natural
ou de elementos que possam poluir ou contaminar as águas. Fonte: www.aecweb.com.br

Os reservatórios devem possibilitar fácil acesso ao seu interior para inspeção, lim-
peza e conservação da qualidade da água, que devem ser realizadas semestralmente,
com emissão de ordem de serviço e laudo de potabilidade da água. É importante ser
higienizados a cada seis meses.

5.2 - Água Quente


A geração de água quente para atendimento das necessidades do estabelecimento
hospitalar poderá ser efetuada por vários sistemas energéticos:

• Aquecedores rápidos elétricos;


• Caldeiras a vapor e a gás;
• Caldeiras a vapor e a óleo;
• Geradores de água quente a gás;
• Geradores de água quente elétricos;
• Outros.
Estes sistemas deverão alimentar os seguintes setores:
• Internação (chuveiros);
• Copas lavagem (pias);
• Despejos;
• Expurgos;
• Câmara escura;
• Hidroterapia (aparelhos);
• Cozinha (máquina de lavar pratos e cubas);
• Lavanderia (máquina de lavar roupas).

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ESTRUTURA FÍSICA
5.3 - Esgoto sanitário
O sistema de esgoto sanitário e águas servidas dos vários setores da unidade hos-
pitalar deverá ser coletado visando:
Evitar instalação aparente no teto em áreas assépticas ou de segurança, como: sa-
las cirúrgicas, salas de parto, salas de recuperação, salas de UTI, salas de berçários, sala
de esterilização, sala de preparo e estocagem de material esterilizado, rouparia, interna-
ção, cozinha e centrais de energia elétrica.
Todas as áreas de uso especifico deverão ser dotadas de caixas de separação e
interceptação de materiais que prejudiquem os elementos de condução dos rejeitos, ou
que exijam tratamento prévio para o lançamento na rede pública. Deverão ser adotadas
estas providências para os efluentes de:

• Caixa de separação de material químico em atividade -;


• Caixa de gordura - unidade de nutrição e dietética, lactário e nutrição enteral;
• Caixa de separação de produto de lavagem - unidade de processamento de roupa;
• Caixa de separação de gesso - sala de gesso;
• Caixa de separação de fixadores e reveladores - laboratório para revelação de
filmes e chapas a depender do equipamento utilizado;
• Caixa de separação de graxa - oficina de manutenção;
• Caixa de separação para os efluentes de lavadores de gás de chaminés de caldeiras.

5.4 - Elétrica
A estimativa do consumo de energia elétrica só é possível a partir da definição das
atividades e equipamentos a serem utilizados.
No caso de existir a necessidade de transformadores exclusivos para o EAS esses
devem ser, no mínimo, em número de 2 (dois), cada um com capacidade de no mínimo
metade da carga prevista para a edificação.

a) Sistemas de Emergência
Existem diversos equipamentos eletroeletrônicos de vital importância na sustenta-
ção de vida dos pacientes, quer por ação terapêutica quer pela monitoração de parâme-
tros fisiológicos. Outro fato a ser considerado diz respeito à classificação quanto à fuga
de pessoas em situações de emergência.
Em razão das questões acima descritas, estas instalações requerem um sistema de
alimentação de emergência capaz de fornecer energia elétrica no caso de interrupções
por parte da companhia de distribuição ou quedas superiores a 10% do valor nominal, por
um tempo superior a 3s.
As instalações de emergência são divididas em 3 classes, de acordo com o tempo
de restabelecimento da alimentação.

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ESTRUTURA FÍSICA
Classe 0.5: Trata-se de uma fonte capaz de assumir automaticamente o suprimento
de energia em no máximo 0,5 s e mantê-la por no mínimo 1 h. Essa classe destina-se à
alimentação de luminárias cirúrgicas.
Classe 15: Equipamentos eletro-médicos utilizados em procedimentos cirúrgicos,
sustentação de vida (p. ex. equipamentos de ventilação mecânica) e aqueles integrados
ao suprimento de gases devem ter sua alimentação chaveada automaticamente para a
fonte de emergência em no máximo 15 s, quando a rede elétrica acusar queda superior a
10% do valor nominal por um período superior a 3 s devendo garantir o suprimento por
24 horas.
Classe > 15: Equipamentos eletroeletrônicos não ligados diretamente a pacientes,
como por exemplo, equipamentos de lavanderia, esterilização de materiais e sistemas de
descarte de resíduos, admitem um chaveamento automático ou manual para a fonte de
emergência em um período superior a 15 s, devendo garantir o suprimento por no mínimo
24 h.

Gerador de energia elétrica – Fonte www.solucoesindustriais.com.br

b) Iluminação
Quanto aos quartos enfermaria da unidade de internação geral- são quatro tipos de
iluminação:
- iluminação geral em posição que não incomode o paciente deitado;
- iluminação de cabeceira de leito na parede (arandela) para leitura;
- iluminação de exame no leito com lâmpada fluorescente, que também pode ser
obtida através de aparelho ligado à tomada junto ao leito;
- iluminação de vigília na parede (a 50 cm do piso).

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ESTRUTURA FÍSICA
Quanto ao quarto e área coletiva da Unidade de Internação Intensiva são quatro
tipos de iluminação:
- iluminação geral em posição que não incomode o paciente deitado;
- iluminação de cabeceira de leito de parede (arandela);
- iluminação de exame no leito com lâmpada fluorescente no teto e/ou arandela; e
- iluminação de vigília nas paredes (a 50 cm do piso) inclusive banheiros.

Quanto à sala de cirurgia e sala de parto - além da iluminação geral de teto com
lâmpada fluorescente, existe a iluminação direta com foco cirúrgico.
Quanto aos consultórios e salas para exames clínicos
- iluminação que não altere a cor do paciente

Iluminação do teto e foco cirúrgico - Fonte Portal Brasil Hospitais

c) Tomadas
Quanto à enfermaria da unidade de internação geral e berçário de sadios - uma
tomada para equipamento biomédico por leito isolado ou a cada dois leitos adjacentes,
além de acesso à tomada para aparelho transportável de raios X distante no máximo 5m
de cada leito.
Quanto ao berçário de cuidados intermediários - três tomadas para cada berço/
Incubadora;

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ESTRUTURA FÍSICA
Quanto a quarto e área coletiva da Unidade de Internação Intensiva - oito tomadas
para equipamento biomédico por leito, berçário ou incubadora, além de acesso à tomada
para aparelho transportável de raios X distante no máximo 5m de cada leito.
Quanto a sala de cirurgia e sala de parto - dois conjuntos com quatro tomadas cada
um em paredes distintas e tomada por aparelho transportável de raios X.

Régua hospitalar – Fonte SlidePlayer

d) Sinalização de Emergência
Trata-se de sistema de sinalização luminosa imediata entre o paciente interno e o
funcionário assistencial (médico e enfermeira).
O sistema interliga cada leito, sanitário e banheiro das diversas unidades e ambien-
tes em que está presente o paciente interno, com o respectivo posto de enfermagem que
lhe dá cobertura assistencial.
- Quarto, enfermaria e banheiro da unidade de internação geral;
- Quarto, áreas coletivas de pediatria e banheiro da unidade de internação intensiva;
- Sala de indução anestésica e sala de recuperação pós-anestésica dos centros ci-
rúrgicos e Obstétricos, e demais.
A identificação deve se dar em cada leito e porta dos ambientes voltados para a
circulação.

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ESTRUTURA FÍSICA
e) Instalações de Proteção Contra Descarga Elétrica
Todos as instalações elétricas de um EAS devem possuir um sistema de aterramen-
to que leve em consideração a equipotencialidade das massas metálicas expostas em
uma instalação.
Nenhuma tubulação destinada às instalações pode ser usada para fins de aterra-
mento.

5.5 - Vapor
O consumo total é calculado com base nos consumos de todos os equipamentos e
das pressões de serviço.
As unidades funcionais que possuem equipamentos que demandam vapor são: co-
zinha, lactário, nutrição enteral, central de material esterilizado e lavanderia.
Todos os ambientes que geram vapor deverão ser providos de sistema de exaustão
mecânica.

Sistema de exaustão mecânica – Fonte https://www.aecweb.com.br

5.6 - Gás combustível


São dois os sistemas de abastecimento:
- encanado ou de rua; e
- em recipiente (botijão ou cilindro).

O primeiro existe em algumas cidades ou áreas de cidades de grande porte e é


geralmente atendido por concessionária. O segundo é abastecido por cilindros/botijão
localizados no interior do EAS.

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ESTRUTURA FÍSICA
Dependendo do consumo, os cilindros são descentralizados ou centralizados. Quan-
do o consumo for superior a 1kg/h adota-se o sistema centralizado em cilindros trans-
portáveis, e quando for superior a 30kg/h adota-se o sistema centralizado em cilindros
estacionários.

O dimensionamento da central é calculado com base nos consumos parciais das


diversas unidades e seus equipamentos:
- Patologia clínica - considerar os bicos de Bunsen dos diversos laboratórios;
- Nutrição e dietética; cozinha, lactário e nutrição enteral - na ausência das instala-
ções de vapor e condensado, considerar o consumo para cocção de alimentos;
- Lavanderia - considerar as calandras e as secadoras a gás;
- Autoclave - considerar as autoclaves a gás;
- Gerador - considerar os geradores da água quente a gás;
- Caldeira - considerar as caldeiras a gás;
- Incinerador - considerar os incineradores a gás.

5.7 - Gases Medicinais (oxigênio, ar comprimido e óxido nitroso)


Para o uso medicinal em EAS, os gases mais comumente empregados são o oxigê-
nio, o ar comprimido e o óxido nitroso.
São apresentados os aspectos comuns das instalações dos gases medicinais, tra-
tando-se posteriormente das especificidades de cada um deles.

São três os sistemas de abastecimento:


- Cilindros transportáveis;
- Centrais de reservação:
- Centrais de cilindros; tanques e/ou usinas concentradoras de oxigênio.

O primeiro é utilizado no caso de emergências e uso eventual.


O abastecimento é descentralizado em cilindros transportáveis até os pontos de
utilização.
O segundo e terceiro sistemas são centralizados. Neste caso o gás é conduzido por
tubulação da central até os pontos de utilização.
Os sistemas de baterias de cilindros devem estar conectados a uma válvula regu-
ladora de pressão capaz de manter a vazão máxima do sistema centralizado de forma
contínua. Os sistemas de tanques e/ou usinas concentradoras, devem manter suprimen-
to reserva para possíveis emergências, que devem entrar automaticamente em funciona-
mento quando a pressão mínima de operação preestabelecida do suprimento primário
for atingida.

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ESTRUTURA FÍSICA
Os sistemas devem estar protegidos de fonte de calor como os incineradores, as
caldeiras e outras, de tal forma que não haja possibilidade dos cilindros e demais equi-
pamentos da central atingirem uma temperatura acima de 54ºC. Da mesma forma de-
vem ficar afastados de transformadores, contactores, chaves elétricas e linhas abertas de
condutores de energia elétrica. Os sistemas devem estar obrigatoriamente localizados
acima do solo, ao ar livre ou quando não for possível, em um abrigo à prova de incêndio,
protegido das linhas de transmissão de energia elétrica. Não podem estar localizados na
cobertura da edificação. Devem ser de tal maneira instalados que permitam fácil acesso
dos equipamentos móveis, de suprimento e de pessoas autorizadas.
Os ambientes onde estão instaladas as centrais de reservação e usinas concentra-
doras devem ser exclusivos para as mesmas, não podendo ter ligação direta com locais
de uso ou armazenagem de agentes inflamáveis. O seu piso deve ser de material não
combustível e resistente ao oxigênio líquido e/ou óxido nitroso líquido. Caso haja declive
nesse piso, deve ser eliminada a possibilidade de escoamento do oxigênio líquido atingir
as áreas adjacentes que tenha material combustível.
Quando o sistema de abastecimento estiver localizado em área adjacente, no mes-
mo nível ou em nível mais baixo que depósitos de líquidos inflamáveis ou combustíveis,
tornam-se necessários cuidados especiais utilizando-se diques, canaletas e outros, para
evitar o fluxo desses líquidos para a área da central de gases.
Devem ser obedecidas as seguintes distâncias mínimas entre tanques e/ou cilindros
de centrais de suprimento de oxigênio e óxido nitroso e adjacências

Essas distâncias não se aplicam onde houver estrutura contrafogo com resistência
mínima ao fogo de 2 horas, entre tanques e/ou cilindros de centrais de suprimento de
oxigênio e óxido nitroso e adjacências. Em tais casos, os tanques e/ou cilindros devem
ter uma distância mínima de 0,5 m (ou maior se for necessário para a manutenção do
sistema) da estrutura de proteção.

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ESTRUTURA FÍSICA
As tubulações, válvulas reguladoras de pressão, manômetros e outras válvulas que
fazem parte da central devem ser construídos com materiais adequados ao tipo de gás
com o qual irão trabalhar e instalados de forma a resistir às pressões específicas.
As tubulações não aparentes que atravessam vias de veículos, arruamentos, esta-
cionamentos ou outras áreas sujeitas a cargas de superfície, devem ser protegidas por
dutos ou encamisamento tubular, respeitando-se a profundidade mínima de 1,20m. Nos
demais a profundidade pode ser de no mínimo 80 cm sem necessidade de proteção. Não
devem ser expostas ao contato com óleos ou substâncias graxas.
As tubulações aparentes quando instaladas em locais de armazenamento de mate-
rial combustível ou em lavanderias, preparo de alimentos e refeitório ou outras áreas de
igual risco de aquecimento, devem ser encamisadas por tubos de aço.
As válvulas de seção devem ser instaladas em local acessível, sem barreiras que
impeçam sua operação em casos de manutenção ou de emergência. Devem estar sinali-
zadas com aviso de advertência para manipulação somente por pessoal autorizado.
Deve ser colocada uma válvula de seção após a saída da central e antes do primei-
ro ramal de distribuição. Cada ramal secundário da rede deve ter uma válvula de seção
instalada de modo que permita isolar esse ramal, não afetando o suprimento dos outros
conjuntos.
A unidade de terapia intensiva, os centros cirúrgicos e obstétricos devem ser aten-
didos pela tubulação principal da rede de distribuição, devendo ser instalada uma válvula
de seção ao montante do painel de alarme de emergência específico de cada uma dessas
unidades.
Nos sistemas centralizados deve haver um alarme operacional que indique quando
a rede deixa de receber de um suprimento primário, tanto de uma bateria de cilindros
quanto de tanque, e passa a receber de um suprimento secundário ou de um suprimento
reserva. Esse alarme deve ser sonoro e visual, sendo que este último só pode ser apaga-
do com o restabelecimento do suprimento primário. Nos centros cirúrgicos, obstétricos,
de terapia intensiva e onde tenham equipamentos de suporte à vida instalados, devem
ser instalados, obrigatoriamente, alarmes de emergência que atuem quando a pressão
manométrica de distribuição atingir o valor mínimo de operação.
Todos os alarmes devem ser precisamente identificados e instalados em locais que
permitam a sua observação constante e total.
Os postos de utilização devem ser providos de dispositivo (s) de vedação e prote-
ção na saída, para quando os mesmos não estiverem em uso.
Os postos de utilização junto ao leito do paciente devem estar localizados a uma
altura aproximada de 1,5m acima do piso, ou embutidos em caixa apropriada, a fim de
evitar danos físico à válvula, bem como ao equipamento de controle e acessórios.

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ESTRUTURA FÍSICA
a) Oxigênio medicinal
Utilizado para fins terapêuticos, existem três tipos de sistemas de abastecimento de
oxigênio medicinal: por cilindros transportáveis, por centrais de reservação e por usinas
concentradoras.

- Centrais de suprimento com cilindros:


Contêm oxigênio no estado gasoso mantido em alta pressão. Devem ser duas ba-
terias de cilindros sendo um de reserva, que fornecem o gás à rede de distribuição sem
interrupção. A capacidade da central deve ser dimensionada de acordo com o fator de
utilização previsto e a frequência do fornecimento, sendo no mínimo igual ao consumo
normal de dois dias, a não ser nos casos de fornecimento comprovado mais frequente
ou mais dilatado.

- Centrais de suprimento com tanque criogênico:


Contêm o oxigênio no estado líquido que é convertido para o estado gasoso atra-
vés de um sistema vaporizador. Esse tipo de instalação tem uma central de cilindros
como reserva para atender a possíveis emergências, com um mínimo de dois cilindros, e
ambos dimensionados de acordo com o fator de utilização proposto e a frequência do
fornecimento.

- Usinas concentradoras:
O terceiro sistema é constituído de máquinas acionadas por energia elétrica que
obtêm o oxigênio medicinal a no mínimo 92%, a partir do ar atmosférico através de pe-
neiras moleculares, necessitando de um outro tipo de sistema como reserva.

Fonte http://sites.poli.usp.br

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ESTRUTURA FÍSICA
b) Ar comprimido
São três os tipos de ar comprimido no EAS, que podem ser atendidos de forma
descentralizada, através de equipamentos colocados junto ao ponto de utilização, ou de
forma centralizada, através de equipamento central.

- Ar comprimido industrial:
Utilizado para limpeza e acionamento de equipamentos. É gerado por compressor
convencional.

Compressor convencional de ar comprimido.

- Ar comprimido medicinal:
Utilizado para fins terapêuticos. Deve ser isento de óleo e de água, desodorizado
em filtros especiais e gerado por compressor com selo d'água, de membrana ou de pis-
tão com lubrificação a seco. No caso de utilização de compressores lubrificados a óleo,
é necessário um sistema de tratamento para a retirada do óleo e de odores do ar com-
primido.
A central de suprimento deve conter no mínimo, um compressor e um suprimento
reserva com outro(s) compressor(es), equivalente ao primeiro, ou cilindros.
No caso de central com suprimento reserva de compressor(es), cada compressor
deve ter capacidade de 100% do consumo máximo provável com possibilidade de fun-
cionar automaticamente ou manualmente, de forma alternada ou em paralelo, em caso
de emergência. Pressupõe, portanto, a existência de suprimento de energia elétrica de
emergência. No caso de central de suprimento reserva de cilindros, devem ser instalados,
no mínimo, dois cilindros, e seu dimensionamento é função do consumo e frequência do
fornecimento.

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ESTRUTURA FÍSICA
A sucção dos compressores de ar medicinal deve estar localizada do lado de fora
da edificação, captando ar atmosférico livre de qualquer contaminação proveniente de
sistemas de exaustão, tais como fornos, motores de combustão, descargas de vácuo
hospitalar, remoção de resíduos sólidos, etc. O ponto de captação de ar deve estar locali-
zado a uma distância mínima de 3,0m de qualquer porta, janela, entrada de edificação ou
outro ponto de acesso. O ponto de captação de ar deve também, estar localizado a uma
distância mínima de 16,0m de qualquer exaustão de ventilação, descarga de bomba de
vácuo ou exaustão de banheiro mantendo ainda uma distância de 6,0m acima do solo. A
extremidade do local de entrada de ar deve ser protegida por tela e voltada para baixo.
Um dispositivo automático deve ser instalado de forma a evitar o fluxo reverso atra-
vés dos compressores fora de serviço.
A central de suprimento com compressores de ar deve possuir filtros ou dispositi-
vos de purificação, ou ambos quando necessário.

A central com suprimento especial de mistura para suprimento de ar comprimido sintético deve possuir fontes de oxigênio
e nitrogênio com especificações de pureza compatíveis para uso medicinal. A fonte de oxigênio pode ser a mesma que é
utilizada para suprimento de oxigênio medicinal. Deve possuir um suprimento reserva.
Fonte: http://catalogohospitalar.com.br

- Ar comprimido sintético:
É obtido a partir da mistura de oxigênio (21%) e nitrogênio líquido (79%). Também
utilizado para fins terapêuticos como o ar comprimido medicinal.
O dispositivo especial de mistura deve possuir sistema de análise contínua do ar
comprimido sintético produzido, bem como intertravamento com corte automático do
suprimento de ar comprimido medicinal para o EAS, quando a especificação do mesmo
não for atendida.

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ESTRUTURA FÍSICA
O dispositivo especial de mistura deve ser projetado e construído segundo o con-
ceito "fail-safe" (falha segura), de modo que a falha eventual de qualquer dispositivo de
controle bloqueie a operação do equipamento, não permitindo que o mesmo forneça o
produto (ar comprimido sintético) fora de especificação.
O dispositivo especial de mistura deve operar automaticamente, produzindo ar
comprimido sintético com a especificação requerida.

c) Óxido Nitroso
Utilizado em procedimentos anestésicos, o sistema de abastecimento pode ser cen-
tralizado ou descentralizado.

5.8 - Vácuo
São dois os sistemas independentes de vácuo no EAS:

a) Vácuo clínico: utilizado em procedimentos terapêuticos, deve ser do tipo seco,


isto é, o material é coletado junto do paciente.

b) Vácuo de limpeza: utilizado para fins não terapêuticos.

Ambos os sistemas, em função do consumo, podem ser atendidos de forma descen-


tralizada, por meio de equipamentos colocados junto ao ponto de utilização, ou de forma
centralizada, através de equipamento central.
No que se refere ao vácuo clínico, o sistema central deve ser operado por, no míni-
mo, duas bombas, com capacidades equivalentes. Cada bomba deve ter capacidade de
100% do consumo máximo provável, com possibilidade de funcionar alternadamente ou
em paralelo em caso de emergência.
No caso de um sistema com duas bombas ou mais a capacidade destas deve ser
tal que 100% do consumo máximo provável possa ser mantido por uma bomba reserva.
Um reservatório de vácuo deve ser previsto em todos os sistemas de vácuo hospi-
talar, a fim de que as bombas não tenham de operar continuamente sob baixa demanda.
Somente pode ser utilizado o sistema de vácuo clínico com coleta do produto aspi-
rado em recipiente junto ao ponto de utilização.
Deve ser previsto um sistema de alarme de emergência por sinal luminoso e sonoro,
alertando a queda do sistema de vácuo, abaixo de 26,64 kPa (200 mm Hg).
Cada posto de utilização de vácuo deve ser equipado com uma válvula auto vedante,
e rotulado legivelmente com o nome ou abreviatura, símbolo e cores para identificação.
Devem ser instalados em paralelo dois filtros bacteriológicos ao montante do reser-
vatório de vácuo exceto nos casos de sistemas de vácuo providos de outros sistemas de
desinfecção do gás aspirado na rede e a ser exaurido.

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ESTRUTURA FÍSICA
Cada filtro deve ter uma capacidade de retenção de partículas acima de 0,1m m.
Sua montagem deve ser feita de modo que a troca dos mesmos seja feita de maneira
simples e segura.
A utilização do "sistema Venturi" para geração de vácuo só é permitida quando
acoplada a um sistema de filtro que impeça a contaminação do ambiente.
A descarga da central de vácuo deve ser obrigatoriamente dirigida para o exterior
do prédio, com o terminal voltado para baixo, devidamente telado, preferivelmente aci-
ma do telhado da central de vácuo e das construções vizinhas e localizado a uma distân-
cia mínima de 3,0m de qualquer porta, janela, entrada de ar ou abertura do edifício.
Número de Postos por Local de Utilização:

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ESTRUTURA FÍSICA
Número de Postos por Local de Utilização:

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ESTRUTURA FÍSICA
Demanda (litros/minuto) por Posto de Utilização

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ESTRUTURA FÍSICA
Demanda (litros/minuto) por Posto de Utilização

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ESTRUTURA FÍSICA
6 - CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE CONFORTO

6.1 - Instalação de Climatização


São aquelas que criam um micro clima nos quesitos de temperatura, umidade, velo-
cidade, distribuição e pureza do ar.

a) Ar condicionado
Os setores com condicionamento para fins de conforto, como salas administrativas,
quartos de internação, etc., devem ser atendidos pelos parâmetros básicos de projeto
definidos na norma da ABNT NBR 6401.
Os setores destinados à assepsia e conforto, tais como salas de cirurgias, UTI, ber-
çário, nutrição parenteral, etc., devem atender às exigências da NBR-7256.
No atendimento dos recintos citados acima devem ser tomados os devidos cuida-
dos, principalmente por envolver trabalhos e tratamentos destinados à análise e erradi-
cação de doenças infecciosas, devendo portanto ser observados os sistemas de filtra-
gens, trocas de ar, etc.
O EAS deverá disponibilizar o Plano de Manutenção, Operação e Controle do siste-
ma de climatização, juntamente com o certificado de limpeza anual da rede de dutos e a
análise semestral da qualidade de ar interior.

Filtro de ar condicionado sem manutenção Fonte https://pt.wikipedia.org

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ESTRUTURA FÍSICA
b) Tomada de Ar
As tomadas de ar não podem estar próximas dos dutos de exaustão de cozinhas,
sanitários, laboratórios, lavanderia, centrais de gás combustível, grupos geradores, vá-
cuo, estacionamento interno e edificação, bem como outros locais onde haja emanação
de agentes infecciosos ou gases nocivos, estabelecendo-se a distância mínima de 8,00m
destes locais.

c) Renovação de ar
O sistema de condicionamento artificial de ar necessita de insuflamento e exaustão
de ar do tipo forçado, atendendo aos requisitos quanto à localização de dutos em rela-
ção aos ventiladores, pontos de exaustão do ar e tomadas do mesmo. Todo retorno de
ar deve ser feito através de dutos, sendo vedado o retorno através de sistema aberto
(plenum).
Para os setores que necessitam da troca de ar constante, tem de ser previsto um
sistema energético, para atender às condições mínimas de utilização do recinto quando
da falta do sistema elétrico principal, com o mínimo período de interrupção (vide item
7.2.1.).

d) Nível de ruído
Os níveis de ruído provocados pelo sistema de condicionamento, insuflamento,
exaustão e difusão do ar, não podem ultrapassar os previstos pela norma brasileira NB-
10 da ABNT para quaisquer frequências ou grupos de frequências audíveis.

e) Vibração
O sistema de ar condicionado não poderá provocar, em qualquer ponto do hospital,
vibrações mecânicas de piso ou estrutura que prejudiquem a estabilidade da construção
ou o trabalho normal do EAS, obedecido o critério compatível e especificado para cada
aplicação.

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ESTRUTURA FÍSICA
7- CONDIÇÕES DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

7.1 - Acessibilidade
O acesso dos veículos do serviço de extinção de incêndio deve estar livre de con-
gestionamento e permitir alcançar, ao menos, duas fachadas opostas. As vias de apro-
ximação devem ter largura mínima de 3,20m, altura livre de 5,00m, raio de curvatura
mínima de21,30m e largura de operação mínima junto às fachadas de 4,50m.
Para fins de segurança contra incêndio, divide-se as unidades funcionais e ambien-
tes do EAS, em setores com características específicas em relação à população, instala-
ções físicas e função, tendo em vista subsidiar o zoneamento de incêndios. São eles:

A. Ações básicas de saúde, ambulatório e atendimento de emergência e urgência;


B. Internação geral (quarto e enfermaria);
C. Internação geral de recém-nascido (neonatologia), internação intensiva (UTI) e
internação para tratamento de queimados (UTQ);
D. Apoio ao diagnóstico e terapia (laboratórios);*
E. Centro cirúrgico e centro obstétrico;
F. Serviço de nutrição e dietética (cozinha);*
G. Farmácia (área para armazenagem e controle-CAF);*
H. Central de material esterilizado;*
I. Anfiteatro, auditório;
J. Apoio administrativo;
K. Arquivo;*
L. Processamento de roupa (lavanderia);*
M. Área para armazenagem;*
N. Oficinas;
O. Salas para grupo gerador e subestação elétrica;*
P. Salão de caldeiras;*
Q. Depósito de combustível; *
R. Abrigo de resíduos sólidos (lixo);
S. Incinerador; *
T. Área para central de gases; *
U.Lavagem; e
V. Escadas, rampas, elevadores e monta-cargas.

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ESTRUTURA FÍSICA
Destes, alguns são de risco especial para o incêndio (*) pelo tipo de equipamento
e/ou pela carga incêndio que possuem, e, portanto, são detalhados em separados, em
setores de baixo, médio e alto risco a partir do tamanho destes ambientes, conforme
tabela a seguir.

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ESTRUTURA FÍSICA
Os setores devem ser autossuficientes em relação à segurança contra incêndio, isto
é, devem ser compartimentados horizontal e verticalmente de modo a impedir a propa-
gação do incêndio para outro setor ou resistir ao fogo do setor adjacente. A comparti-
mentação horizontal permite a transferência da população (em especial do paciente)
entre setores de incêndio no mesmo pavimento; a compartimentação vertical permite a
transferência da população entre setores de incêndio em diferentes pavimentos.
A opção dos materiais construtivos estruturais, deve ser feita com base no compor-
tamento dos elementos portantes da edificação sob o fogo, especificamente, sua resis-
tência à temperatura de ordem de 850º C, valor este que usualmente ocorre no centro
de um incêndio.
Todo material utilizado na estrutura dos EAS tem de receber tratamento de ignifu-
gação, de modo a suportar as temperaturas estimadas em um incêndio.
Os setores de incêndio devem ser dotados de portas resistentes ao fogo com fe-
chamento permanente. As portas de proteção em zonas de alta circulação devem pos-
suir dispositivos de retenção próprios que possam ser desligados automática ou manual-
mente em caso de incêndio.
As escadas de incêndio podem ser protegidas, enclausuradas ou à prova de fuma-
ça. A escada protegida é ventilada, com paredes e portas resistentes ao fogo. A escada
enclausurada tem paredes e portas corta-fogo e a escada à prova de fumaça incorpora
uma antecâmara (à prova de fumaça com duto de ventilação). A escolha de cada tipo
depende do grau de isolamento exigido O recurso de enclausuramento e de antecâmara
deve ser utilizado não só no caso de escadas mas sempre que possível, nos vestíbulos
de setores de alto risco e elevadores, além de dutos e monta-cargas, que ocupem áreas
maiores que 1,00 m2. As dimensões da antecâmara devem permitir a varredura das por-
tas sem o choque com as macas em trânsito e sem o impedimento de fechamento das
portas de modo a evitar a formação de corrente de ar.
As unidades de internação devem dispor de escada com raio de abrangência não
superior a 30,00 m. Nos setores de alto risco o raio de abrangência máxima é de 15,00m.
Os lances das escadas devem ser retos e o número de degraus, de preferência,
constantes. As dimensões do patamar devem permitir o giro de maca, considerando a
presença das pessoas que transportam o paciente.
A escada deve possuir corrimão de ambos os lados, fechado no início de cada lance,
de modo a evitar o engate de pulso, mão ou peças de vestuário.
Os EAS que necessitam de elevadores com cota de piso superior a 15,00m em rela-
ção ao pavimento de escape, devem dispor de pelo menos, um elevador de emergência
adaptável para as manobras do Corpo de Bombeiros

7.2 - Sinalização de Segurança


O porte do EAS pode exigir que a sinalização seja feita nas paredes e pisos, porque
a fumaça pode encobrir a sinalização mais alta. Toda atenção deve ser dada aos pacien-

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ESTRUTURA FÍSICA
tes com as faculdades sensoriais diminuídas; sinais acústicos podem ser utilizados como
meios complementares.
Todas as saídas de pavimento e setores de incêndio têm de estar sinalizadas. As
circulações contarão com sinais indicativos de direção desde os pontos de origem de
evacuação até os pontos de saída. A sinalização perfeitamente visível deve confirmar a
utilização, por exemplo, de escadas de incêndio. Toda porta que não seja saída, e que
não tenha indicação relativa à função do recinto a que dá acesso, pode induzir a erro.
Dessa forma, deve ser sinalizada com o rótulo “SEM SAÍDA”.

7.3 - Instalações de Proteção Contra Incêndio


Os sistemas de detecção são constituídos pelos seguintes elementos:

Dispositivos de entrada - Detectores automáticos, acionadores automáticos e acio-


nadores manuais;

Centrais de alarme - Painéis de controle individualizados, no mínimo, por setor de


incêndio;

Dispositivos de saída - Indicadores sonoros, indicadores visuais, painéis repetidores,


discagem telefônica automática, desativadores de instalações, válvulas de disparo de
agentes extintores, fechamento de portas CORTA-FOGO e monitores;

Rede de interligação - Conjunto de circuitos que interligam a central com os dispo-


sitivos de entrada, saída e as fontes de energia do sistema.

As centrais de alarme e controle devem ficar em locais de fácil acesso e permanen-


temente vigiadas. A instalação de detectores se faz por zonas coincidentes com cada
setor de incêndio. Assim, as características do fogo que pode ser produzido no setor e a
atividade que lá se desenvolve, determinam o tipo adequado de detector a especificar.
Os detectores podem ser pontuais, lineares, de fumaça, temperatura, de chama ou
eletroquímicos.
A extinção pode ser feita pelos seguintes equipamentos ou suas combinações: ex-
tintores móveis (ver NB 142) e hidrantes de parede (ver NB 24).
As instalações automáticas de extinção, por sua vez, têm como missão o combate
em uma área determinada de um incêndio, isso mediante a descarga de agentes extinto-
res. Essas instalações são usadas em zonas de alto risco e cujo conteúdo seja de grande
valor.
Se para a descarga de combate for necessária energia elétrica o sistema deverá
estar ligado à rede de emergência.

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ESTRUTURA FÍSICA
Os sistemas de detecção e alarme têm de ser utilizados nos EAS que tenham:
1 - Mais de 3 (três) pavimentos incluindo subsolo; e
2 - Uma área construída maior que 2.000 m2

Os detectores de fumaça serão obrigatoriamente utilizados nos quartos e enferma-


rias de geriatria, psiquiatria e pediatria. As outras zonas de internação disporão de detec-
tores de fumaça no interior de locais onde não seja previsível a permanência constante
de pessoas. Locais esses como depósitos, vestiários, escritórios, despensas, et.

Os locais de risco especial, por sua vez, possuirão detectores adequados à classe
previsível do fogo.

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ESTRUTURA FÍSICA
8 - GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

8.1 - Resíduos Sólidos


Material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas
em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obriga-
do a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipien-
tes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de
esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente
inviáveis em face da melhor tecnologia disponível.

8.2 - Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)


Todos os resíduos resultantes das atividades exercidas pelos geradores de resíduos
de serviços de saúde

8.3 - Gerenciamento dos Rresíduos de Sserviços de Ssaúde


Conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de ba-
ses científicas, técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a geração de
resíduos e proporcionar um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à pro-
teção dos trabalhadores e a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do
meio ambiente.

Os Resíduos de Serviços de Saúde são classificados em 5 grupos principais, de


acordo com a característica principal do resíduo e potencial de risco, a saber:

Grupo A – Resíduos Infectantes

Grupo B – Resíduos Químicos

Grupo C – Resíduos Radioativos

Grupo D – Resíduos Comuns

Grupo E – Resíduos Perfurocortantes

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ESTRUTURA FÍSICA
O manejo dos RSS é a ação de gerenciar os resíduos em seus aspectos intra e extra
estabelecimento, desde a geração até a disposição final, incluindo as seguintes etapas:

8.3 - Segregação, Acondicionamento e Identificação


Segregação: separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo
com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envol-
vidos.
Acondicionamento: ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipien-
tes que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura.
Identificação: conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos
contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS.

Acondicionamento/Identificação. Fonte: Arquivo S/SUBVISA Segregação. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

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ESTRUTURA FÍSICA
8.4 - Coleta e Transporte Interno
O transporte interno consiste no traslado dos resíduos dos pontos de geração até o
abrigo temporário ou o abrigo externo com a finalidade de apresentação para a coleta.
Recipientes para transporte interno constituídos de material rígido, lavável e im-
permeável, com tampa articulada ao próprio corpo do equipamento, cantos e bordas
arredondados, providos de rodas revestidas de material que reduza o ruído.

8.5 - Armazenamento Temporário e Externo


Armazenamento temporário: guarda temporária dos recipientes contendo os re-
síduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a
coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores
e o ponto destinado à apresentação para coleta externa.
Armazenamento externo: guarda dos recipientes de resíduos até a realização da
etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos
coletores.
O abrigo externo deve ser construído em ambiente exclusivo, com piso revestido
de material liso, impermeável, lavável e de fácil higienização, fechamento de alvenaria
revestida de material liso, lavável e de fácil higienização, aberturas para ventilação e tela
de proteção contra insetos, pontos de iluminação, de água e tomada elétrica, canaletas
de escoamento de águas servidas, ralo sifonado com tampa que permita a sua vedação,
área específica de higienização de contenedores e equipamentos, possuindo no mínimo,
01 ambiente separado para armazenamento de resíduos dos Grupos A e E e 01 ambiente
para o Grupo D.

8.6 - Armazenamento Externo de Produtos Químicos


Devem ser armazenados em local exclusivo com dimensionamento compatível com
as características quantitativas e qualitativas dos resíduos gerados. Projetado e constru-
ído em alvenaria com aberturas para ventilação e tela de proteção contra insetos, com
piso e paredes revestidos internamente de material resistente, impermeável e lavável,
com acabamento liso, piso inclinado com caimento indicando para as canaletas, sistema
de drenagem com ralo sifonado provido de tampa que permita vedação e porta dotada
de proteção inferior para impedir o acesso de vetores.

8.7 - Coleta e Transporte Externo


Consistem na remoção dos RSS do abrigo externo até a unidade de tratamento ou
disposição final.
Devem garantir a preservação das condições de acondicionamento e a integridade
dos trabalhadores, da população e do meio ambiente.
Atender as normas NBR 12.810 e NBR 14652 da ABNT e as dos órgãos de limpeza
urbana.

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ESTRUTURA FÍSICA

Coleta de resíduo biológico. Fonte: www.impactounesp.com.br

8.8 - Tratamento e disposição Final


Tratamento: aplicação de método, técnica ou processo que modifique as caracte-
rísticas dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de contamina-
ção, de acidentes ocupacionais ou de dano ao meio ambiente.
Disposição final: disposição de resíduos no solo, previamente preparado para rece-
bê-los, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento
ambiental.

8.9 - Sistema de Manifesto de Resíduos


Sistema de controle de resíduos que permite conhecer e controlar a forma de des-
tinação dada pelo gerador, transportador e receptor de resíduos.
Fornece subsídios a SUBVISA no controle dos resíduos gerados no Munícipio, desde
sua origem até a destinação final, comprovando o encaminhamento para locais licencia-
dos.
Todas as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, geradoras, trans-
portadoras e receptoras de resíduos estão vinculados ao Sistema.

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ESTRUTURA FÍSICA

MANIFESTO DE RESÍDUOS

Fonte Modelo INEA

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ESTRUTURA FÍSICA

TABELA MANIFESTO

Fonte Secretaria do Estado de Saúde RJ

8.10 - Plano de Gerenciamento de RSS - PGRSS


Documento que aponta e descreve todas as ações relativas ao gerenciamento dos
resíduos de serviços de saúde, observadas suas características e riscos, contemplando os
aspectos referentes à geração, identificação, segregação, acondicionamento, coleta, ar-
mazenamento, transporte, destinação e disposição final ambientalmente adequada, bem
como as ações de proteção à saúde pública, do trabalhador e do meio ambiente.
O gerenciamento dos RSS deve abranger todas as etapas de planejamento dos re-
cursos físicos, dos recursos materiais e da capacitação dos recursos humanos envolvidos.
Todo serviço gerador deve dispor de um Plano de Gerenciamento de RSS (PGRSS).
No PGRSS, o gerador de RSS deve:
- estimar a quantidade dos RSS gerados por grupos;
- descrever os procedimentos relacionados ao gerenciamento dos RSS quanto à ge-
ração, à segregação, ao acondicionamento, à identificação, à coleta, ao armazenamento,
ao transporte, ao tratamento e à disposição final ambientalmente adequada;
- estar em conformidade com as ações de proteção à saúde pública, do trabalhador
e do meio ambiente;
- estar em conformidade com a regulamentação sanitária e ambiental, bem como
com as normas de coleta e transporte dos serviços locais de limpeza urbana;
- quando aplicável, contemplar os procedimentos locais definidos pelo processo de
logística reversa para os diversos RSS; - estar em conformidade com as rotinas e proces-
sos de higienização e limpeza vigentes no serviço gerador de RSS;
- descrever as ações a serem adotadas em situações de emergência e acidentes
decorrentes do gerenciamento dos RSS;
- descrever as medidas preventivas e corretivas de controle integrado de vetores
e pragas urbanas, incluindo a tecnologia utilizada e a periodicidade de sua implantação;

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ESTRUTURA FÍSICA
- descrever os programas de capacitação desenvolvidos e implantados pelo serviço
gerador abrangendo todas as unidades geradoras de RSS e o setor de limpeza e conser-
vação;
- apresentar documento comprobatório da capacitação e treinamento dos funcio-
nários envolvidos na prestação de serviço de limpeza e conservação que atuem no ser-
viço, próprios ou terceiros de todas as unidades geradoras;
- apresentar cópia do contrato de prestação de serviços e da licença ambiental das
empresas prestadoras de serviços para a destinação dos RSS;
- apresentar documento comprobatório de operação de venda ou de doação dos
RSS destinados à recuperação, à reciclagem, à compostagem e à logística reversa.
O serviço gerador de RSS é responsável pela elaboração, implantação, implementa-
ção e monitoramento do PGRSS.

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ESTRUTURA FÍSICA
9- REGULAMENTAÇÃO

Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002 - Dispõe sobre o Regulamento Técnico


para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos
assistenciais de saúde.
NBR-9050 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.
NBR-14712 – Elevadores elétricos – Elevadores de carga, monta-cargas e elevadores de maca
– Requisitos de segurança para projeto, fabricação e instalação.
NBR NM-207 – Elevadores elétricos de passageiros - Requisitos de segurança construção e
instalação e aos dispositivos legais do Ministério do Trabalho.
NBR-13.994 – Elevadores para transporte de pessoas portadoras de deficiência.
NBR-7192 - Elevadores elétricos - Elevadores de passageiros, elevadores de carga, monta-
-cargas e elevadores de maca - Projeto, fabricação e instalação.
NBR 13700 – Áreas limpas – Classificação e controle de contaminação.
Portaria de Consolidação Nº 5, de 28 de setembro de 2017. Consolidação das normas sobre
as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde.
NBR 5626- Instalação Predial de Água Fria.
Portaria n.º 82 de 03/02/00 do Ministério da Saúde.
NBR 7198 - Projeto e execução de instalações prediais de água quente.
NBR-0128 - Instalações prediais de água quente.
Portaria 13 - Ministério da Saúde.
NBR 8160 - Sistemas prediais de esgoto sanitário – projeto e execução.
NBR 7229 – Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos.
NBR 13.969 – Tanques sépticos – Unidades de tratamento complementar e disposição final
dos efluentes líquidos – Projeto, construção e operação.
CNEN NE - 6.05 - Gerência de rejeitos, radioativos em instalações radioativas.
CNEN NE - 3.05 - Requisitos de radiação e segurança para serviços de medicina nuclear.
NBR 13.534 - Instalações de elétrica em estabelecimentos assistenciais de saúde.
NBR 5413 – Iluminância de interiores
NBR 10.152- níveis de ruído para conforto acústico.
NBR 12.179 – Tratamento acústico em recintos fechados.
NBR 12.188 - Sistemas centralizados de oxigênio, ar comprimido, óxido nitroso e vácuo para
uso medicinal em estabelecimento de saúde.
NBR 13.932 - Instalações internas de gás liquefeito de petróleo(GLP) - Projeto e Execução;
NBR 13.933 - Instalações Internas de gás natural (GN) -Projeto e Execução.
NBR 13730 - aparelho de anestesia - seção de fluxo contínuo - requisitos de desempenho e
projeto.
NBR 13164 - Tubos flexíveis para condução de gases medicinais sob baixa pressão.

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ESTRUTURA FÍSICA
NBR 11906 - Conexões roscadas e de engate rápido para postos de utilização dos sistemas
centralizados de gases de uso medicinal.
NBR-6401 - Instalações Centrais de Ar Condicionado para Conforto - Parâmetros Básicos de
Projeto.
NBR-7256 - Tratamento de Ar em Unidades Médico-Assistenciais.
Portaria do Ministério da Saúde/GM nº 3523 de 28/08/98 e publicada no DO de 31/08/98.
Resolução – RE/ANVISA nº 9, de 16 de janeiro de 2003;
Lei Estadual nº 4192 de 01 de outubro de 2003 – Dispõe sobre Limpeza e Inspeção de Ar
Condicionado Central.
Decreto N° 22496 de 18 de dezembro de 2002 - Estabelece competência da Superintendên-
cia de Controle de Zoonoses, Vigilância e Fiscalização Sanitária para o controle da qualidade do ar
em ambientes fechados climatizados e dá outras providências.
Decreto N°22281 de 19 de novembro 2002 - Institui o Regulamento para a Instalação e Con-
servação de Sistemas de Ar Condicionado e Ventilação Mecânica no Município do Rio de Janeiro.
Recomendação Normativa 004-1995 da SBCC - Classificação de Filtros de Ar para Utiliza-
ção em Ambientes Climatizados.
NBR 14518 - Sistemas de Ventilação para Cozinhas Profissionais.
LEI Nº 13.589 de 4 de janeiro de 2018 - Dispõe sobre a manutenção de instalações e equipa-
mentos de sistemas de climatização de ambientes.
RESOLUÇÃO - RDC Nº 222, de 28 de março de 2018 - Regulamenta as Boas Práticas de Ge-
renciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências.
Resolução CONAMA nº 358/2005 - Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos RSS.
Decreto Federal nº 7.404/2010 - Regulamenta a Lei no 12.305 que institui a Política Nacional
de Resíduos Sólidos.
Resolução Conema nº 79, de 07-03-2018 aprova a NOP-INEA-35 norma operacional para o
sistema online de manifesto de transporte de resíduos sistema MTR.
NBR 10.004 – Resíduos Sólidos – Classificação.
NBR 11.174 – Armazenamento de Resíduos.
NBR 12.235 - Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos.
NBR 12.807 - Resíduos de Serviços de Saúde – Terminologia.
NBR 12.808 - Resíduos de Serviços de Saúde – Classificação.
NBR 12.809 - Manuseio de Resíduos de Serviços de Saúde – Procedimento.
NBR 12.810 - Coleta de Resíduos de Serviços de Saúde – Procedimento.
NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.
NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual (EPI).
NR 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).
NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).
NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde.

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MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

FARMÁCIAS HOSPITALARES
E ALMOXARIFADO
por Eliane de Brito Guimarães e Wilenes das Graças Silva e Souza

1 - INTRODUÇÃO
Neste capítulo serão abordados assuntos pertinentes à infraestrutura e processos
de trabalho dos setores de farmácia e almoxarifado da unidade de assistência à saúde,
com o intuito de orientar as boas práticas e adequação sanitária das unidades de dispen-
sação e armazenamento de medicamentos, visando à redução de riscos em serviços de
saúde.
Estão descritos no presente guia, os principais itens das normas de Boas Práticas,
que por sua criticidade, impactam na execução das atividades do setor de farmácia,
quanto a garantia de efetividade e segurança na utilização dos medicamentos e produ-
tos para saúde
Entende-se como necessária a revisão e atualização deste manual, conforme os se-
tores de farmácias forem atingindo os indicadores básicos relacionados a assistência far-
macêutica, em consonância à Política Nacional de Medicamentos – Portaria n.º 3.916/98.
Considerando o disposto na Portaria n.º 3.916/98, a gestão da Farmácia Hospitalar
deve ser de responsabilidade exclusiva de Farmacêutico e deve estar focada em prestar
assistência farmacêutica, com a execução de funções clínicas, administrativas e consul-
tivas.
Dessa forma, os objetivos da Lei nº 8.080/90 poderão ser atingidos, com a viabiliza-
ção da dispensação qualificada dos medicamentos e atendimento humanizado, na busca
da garantia do uso racional dos medicamentos.
As normas sanitárias pertinentes às Boas Práticas de Farmácia Hospitalar devem ser
conhecidas e aplicadas por todos os funcionários dos setores de farmácia e almoxarifado.
O Roteiro de Inspeção disponibilizado neste manual deve ser utilizado como um
instrumento de auditoria interna para autoavaliação dos serviços realizados, com perio-
dicidade mínima anual, e, assim, possibilitar a implementação de melhorias necessárias
para o cumprimento das Boas Práticas, devendo os responsáveis pelo setor de farmácia
e almoxarifado elaborar o Manual de Boas Práticas Farmacêuticas, contendo as normas
e procedimentos relacionados a todas as atividades realizadas, com base na legislação
sanitária vigente.
Os documentos da qualidade e registros das atividades devem estar organizados e
disponíveis para verificação durante a inspeção sanitária realizada pela Subsecretaria de
Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses (S/SUBVISA/SMS).

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MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

FARMÁCIAS HOSPITALARES E ALMOXARIFADO

2 - ATRIBUIÇÕES ESSENCIAIS DA FARMÁCIA HOSPITALAR


A Farmácia Hospitalar pode ser definida como a unidade clínica, administrativa e
econômica, dirigida por farmacêutico, ligada hierarquicamente à direção do hospital e
integrada funcionalmente com as demais unidades administrativas e de assistência ao
paciente.
Tem como objetivo, contribuir com o processo de cuidado à saúde, visando melho-
rar a qualidade da assistência prestada ao paciente, promovendo o uso seguro e racional
de medicamentos e produtos para a Saúde.
A Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar reconhece seis grandes grupos de
atribuições essenciais da Farmácia Hospitalar:
• Gestão;
• Desenvolvimento de infra-estrutura;
• Preparo, distribuição, dispensação e controle de medicamentos e produtos para
saúde;
• Otimização da terapia medicamentosa;
• Informação sobre medicamentos e produtos para saúde;
• Ensino, educação permanente e pesquisa

2.1 - Parâmetros Mínimos para o Funcionamento de Farmácia Hospitalar e de Servi-


ços de Saúde
Dentre os parâmetros mínimos para o funcionamento da farmácia hospitalar e al-
moxarifado, podemos destacar:
• Parâmetros relacionados aos recursos humanos;
• Parâmetros relacionados à infraestrutura;
• Parâmetros relacionados à documentação.

2.2 - Parâmetros Mínimos – Recursos Humanos


Os setores devem contar com profissionais em número suficiente e capacitados
para realizar as atividades em conformidade as normas de boas práticas, sendo o cum-
primento das Boas Práticas de responsabilidade de toda equipe.
Cabe ao farmacêutico a supervisão das atividades e a orientação da equipe e ao
gestor da unidade de assistência à saúde, prover os recursos necessários a implementa-
ção das Boas Práticas em todos os setores da mesma.
O farmacêutico deve desenvolver e implementar programas de educação continu-
ada centrados nos princípios gerais da segurança do paciente que incluam informações
sobre o uso de novos medicamentos e treinamento da equipe multiprofissional nas dife-
rentes etapas do processo de medicação.

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DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

FARMÁCIAS HOSPITALARES E ALMOXARIFADO


Deve ser elaborado cronograma de treinamento para todas as atividades realizadas
e o registro dos treinamentos realizados deve estar disponível para avaliação no momen-
to da inspeção.

2.3 - Parâmetros Mínimos – Infraestrutura


A tabela abaixo traz os parâmetros mínimos quanto à infraestrutura da farmácia e
almoxarifado, conforme do documento da Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar
(SBRAFH).

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FARMÁCIAS HOSPITALARES E ALMOXARIFADO


2.4 - Documentação Exigida Durante a Inspeção
Segue abaixo, a relação de documentos imprescindíveis para o funcionamento da
farmácia e almoxarifado.

1. Certidão de Regularidade Técnica junto ao CRF RJ;


2. Livros de Controle de Estoque dos Medicamentos Sujeitos ao Controle especial
(com Termo de Abertura e Encerramento junto a autoridade sanitária);
3. Formulário de justificativa de uso (no caso de medicamentos específicos: antibi-
óticos, misoprostol);
4. Mapas de Controle das Condições ambientais;
5. Registros de Higienização e Limpeza dos ambientes;
6. Registro de Treinamentos dos funcionários;
7. Livro de Fracionamento de medicamentos;
8. Procedimentos operacional padrão para as atividades realizadas pelo setor.

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FARMÁCIAS HOSPITALARES E ALMOXARIFADO

3 - PROBLEMAS NA PRESTAÇÃO DE CUIDADOS QUE ENVOLVEM O


SETOR DE FARMÁCIA E ALMOXARIFADO
Os problemas na prestação de cuidados que envolvem o setor de farmácia e almo-
xarifado podem acarretar eventos adversos ao usuário do serviço de saúde.
Dentre os principais problemas de prestação de cuidados que envolvem o setor de
farmácia hospitalar e almoxarifado, podemos destacar aqueles relacionados a:

• Recebimento, armazenamento de produtos e controle de estoque;


• Estabilidade de medicamentos;
• Fracionamento de medicamentos;
• Medicamentos de alta vigilância;

3.1 - Recebimento, Armazenamento de Produtos e Controle de Estoque


O processo de armazenamento de produtos envolve os procedimentos técnicos e
administrativos de: recebimento;

• Estocagem, respeitadas as especificações (termolábeis, fotossensíveis, inflamáveis);


• Localização definida, que permita o acesso ágil e de forma inequívoca;
• Preservação da qualidade;
• Controle de estoque.

3.2 - Recebimento
A atividade de recebimento é ato de conferência em que se verifica a compatibili-
dade dos produtos solicitados e recebidos, ou seja, se os medicamentos entregues estão
em conformidade com as condições estabelecidas na requisição/solicitação, inclusive
quanto à integridade das embalagens.
O procedimento para o recebimento requer área física adequada (localização e
climatização), bem como recursos humanos capacitados para realizar toda conferência
necessária.

3.3 - Armazenamento
A área de armazenamento deve ter capacidade suficiente para assegurar a estoca-
gem ordenada das diversas categorias de medicamentos, produtos para saúde e mate-
riais de embalagem.
Para os produtos que possuam condições especiais de armazenamento, quanto à
temperatura e umidade, tais condições devem ser providenciadas e monitoradas diaria-
mente e o monitoramento registrado.

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FARMÁCIAS HOSPITALARES E ALMOXARIFADO


Deve ser providenciada área para o armazenamento de produtos, materiais de em-
balagem impróprios (danificados, reprovados, recolhidos, devolvidos).
Falhas no recebimento e/ou armazenamento podem acarretar o uso de produtos
fora dos parâmetros de qualidade e segurança, representando, portanto, uma etapa im-
portante, a qual deve ocorrer conforme o procedimento operacional padrão.

Etapa de recebimento (identificação e inclusão dos produtos no sistema de controle de estoque)


Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=gZRhuIKZ8lE

Área de armazenamento adequado. Fonte: http://www.jornaldodiase.com.br/noticias_ler.php?id=9483

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FARMÁCIAS HOSPITALARES E ALMOXARIFADO

Área para armazenamento de produtos impróprios.


Fonte: http://correio.rac.com.br/_conteudo/2013/10/capa/campinas_e_rmc/110113-sistema-de-sau-
de-inicia-coleta-mensal-de-lixo-quimico.html

Área de armazenamento em condições insatisfatórias – empilhamento e identificação inadequados


Fonte: :http://portalchapadense.blogspot.com/2013/04/descarte-de-medicamentos-cpi-da-saude.html

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FARMÁCIAS HOSPITALARES E ALMOXARIFADO

Armazenamento de produtos termolábeis em condições satisfatórias

3.4 - Armazenamento de Produtos Inflamáveis


Devemos destacar itens necessários que devem constar na área de armazenamento
de produtos inflamáveis:
• Parede, piso e teto de material resistente ao fogo;
• Instalação elétrica à prova de explosão;
• Ventilação forçada para evitar o acúmulo de atmosferas potencialmente infla-
máveis no interior do armazém e realizando várias renovações de ar no interior
do armazém a cada hora;
• Sistema de Combate à Incêndio com extintores apropriados;
• Descarga do líquido inflamável com carro transportador ligado a terra.

Área de armazenamento de inflamáveis adequada às normas sanitárias e de segurança.


Fonte: http://www.rduirapuru.com.br/saude/27310/falta+de+estrutura+em+unidades+de+saude+do+mu-
nicipio+prejudica+a+distribuicao+de+vacinas+em+passo+fundo

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FARMÁCIAS HOSPITALARES E ALMOXARIFADO


3.5 Controle de Estoque
O controle de estoque de produtos consiste numa etapa de extrema importância e
devem ser disponibilizados os recursos necessários para sua realização. A avaliação do
consumo dos produtos para previsão e provisão adequada, minimiza a ausência de me-
dicamento na farmácia hospitalar e a não administração do medicamento, por exemplo
pode causar consequências adversas para os pacientes devido ao atraso no tratamento
e/ou falha terapêutica.

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FARMÁCIAS HOSPITALARES E ALMOXARIFADO


4 - ESTABILIDADE DE MEDICAMENTOS
A estabilidade de medicamento pode ser definida como a propriedade de um pro-
duto em preservar – dentro de limites estabelecidos e sob determinadas condições am-
bientais – as mesmas características físicas, químicas e farmacológicas, durante seu perí-
odo de vida útil (validade do medicamento).
A estabilidade pode estar relacionada a:
• Fatores intrínsecos: Ph, qualidade do recipiente, presença de impurezas dentre
outros;
• Fatores extrínsecos: temperatura, luminosidade, ar, umidade;
Portanto, os parâmetros que impactam na qualidade, segurança e eficácia dos me-
dicamentos devem ser monitorados diariamente e os registros desse monitoramento
devem ser realizados e avaliados, com vistas às medidas corretivas necessárias.
Parâmetros que devem ser monitorados:
• Temperatura
• Umidade relativa do ar

4.2 - Temperatura
Devem existir termohigrômetros e termômetros calibrados nas áreas de estocagem
e nas geladeiras e câmaras frias, respectivamente.
Devem ser realizados registros diários em mapas de controle, com registro mensal
consolidado, relatório com gráficos e intervenções de correção no caso de leituras fora
dos parâmetros.

4.3 - Umidade
Dependendo da forma do medicamento, a alta umidade pode afetar sua estabilida-
de ao desencadear reações químicas (acelerar a degradação química), biológicas (cres-
cimento de fungos e bactérias) e físicas (amolecimento de cápsulas).
Nas áreas de armazenamento a umidade relativa do ar deve ser mantida entre 40
e 70%.
Obs.: umidade relativa do ar é monitorada através de termohigrômetro.

4.3.1 - Luminosidade
A incidência direta de luz, principalmente de raios solares, sobre os medicamentos,
acelera a velocidade das reações químicas (principalmente oxirredução), alterando a es-
tabilidade dos mesmos.
Por isso, medicamentos fotossensíveis possuem embalagens de cor âmbar ou blis-
ter de alumínio.
Os produtos, especialmente os medicamentos, devem ser armazenados em áreas

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FARMÁCIAS HOSPITALARES E ALMOXARIFADO


protegidas da incidência do sol e no caso de iluminação artificial, recomenda-se a utiliza-
ção de lâmpadas fluorescentes.

4.4 - Fracionamento de Medicamentos


A sala destinada às atividades de preparação de dose unitária ou unitarizada de
medicamento deve estar devidamente identificada e suas dimensões devem estar com-
patíveis com o volume das operações, devendo possuir no mínimo:
• Bancada revestida de material liso, resistente e de fácil limpeza;
• Pia com água corrente;
• Instrumento cortante, equipamentos, utensílios, vidrarias e demais materiais para
uso exclusivo nas atividades de preparação de dose unitária ou unitarizada de medica-
mento e que permita sua limpeza e sanitização;
• Lixeira com tampa, pedal e saco plástico, devidamente identificada.

O fracionamento de medicamentos deve ser realizado sob responsabilidade e orien-


tação do farmacêutico, com registro em Livro de Registro de Receituário.
Se preservado na embalagem primária, o prazo de validade será o determinado
pelo fabricante.
O prazo máximo para estoque dos medicamentos já submetidos à preparação de
dose unitarizada é de 60 dias.
O fracionamento deve garantir que as características do medicamento não sejam
alteradas, preservando a qualidade, eficácia e segurança do mesmo e a rotulagem deve
garantir a rastreabilidade do medicamento.

4.4.1 - Medicamentos de Alta Vigilância


Os medicamentos de Alta Vigilância são aqueles que possuem risco aumentado
de provocar danos significativos aos pacientes em decorrência de falha no processo de
utilização.
Logo, uma etapa de extrema importância é identificação destes medicamentos
com sistema de alerta, desde o armazenamento (na farmácia) até a administração segura
no paciente (enfermagem).

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FARMÁCIAS HOSPITALARES E ALMOXARIFADO

Exemplo de identificação de medicamento de alta vigilância

Identificação adequada de medicamentos Identificação adequada de medicamentos de alta vigi-


de alta vigilância nos locais de lância nos locais de armazenamento
armazenamento
Fonte: www.hospitalsaopaulo.org.br

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FARMÁCIAS HOSPITALARES E ALMOXARIFADO

Necessidade de atenção às embalagens semelhantes

Estratégia para armazenamento de medicamentos de alta vigilância

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FARMÁCIAS HOSPITALARES E ALMOXARIFADO


5 - PRINCIPAIS ERROS RELACIONADOS AOS MEDICAMENTOS
Dentre todos os eventos adversos ocorridos na prestação de cuidados aos pacien-
tes, os erros de medicação têm recebido papel de destaque. Os erros de medicação e
as reações adversas a medicamentos estão entre as falhas mais frequentes nos cuidados
em saúde e é importante destacar que estas situações, muitas vezes, poderiam ter sido
evitadas.
Um erro de medicação pode ser definido como erro na prescrição, na dispensação
ou na administração do medicamento.

Vários fatores podem predispor à ocorrência dos erros de medicação, como:


• Excesso de trabalho;
• Falta de atenção durante os processos de prescrever, dispensar e de administrar
os medicamentos;
• Falhas na comunicação entre as equipes e entre setores;
• Falta de informação sobre o paciente;
• Dificuldade de acesso às informações sobre os medicamentos;
• Fatores ambientais e individuais.

PRINCIPAIS
ERROS
RELACIONADOS
AOS
MEDICAMENTOS

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FARMÁCIAS HOSPITALARES E ALMOXARIFADO


• Cabe ao setor de farmácia realizar a avaliação da prescrição do medicamento e
elaborar e adotar procedimentos padronizados quanto à dispensação.
• Os erros de dispensação podem ser definidos como uma discrepância entre a
ordem escrita (prescrição médica) e o atendimento dessa ordem pelos farma-
cêuticos e auxiliares de farmácia.
• Itens que devem ser adotados pelo setor de farmácia para prevenção de erros
de dispensação:
• Área de dispensação organizada, segura e tranquila, com vistas a manter um
fluxo adequado de trabalho;
• Armazenamento em locais seguros e diferenciados de medicamentos de alta
vigilância (potencialmente perigosos) e uso de sinais de alerta e alocando-os em
locais diferenciados dos demais;
• Elaborar e implementar procedimentos para armazenar os medicamentos;
• Elaborar e implementar procedimento de conferência de medicamentos arma-
zenados;
• Realizar a avaliação e conferência da prescrição (pelo farmacêutico) antes de
ser iniciada a separação dos medicamentos;
• Adotar procedimento de comparação do conteúdo do medicamento com a in-
formação do rótulo e a prescrição;
• Efetuar a identificação dos medicamentos nos carrinhos de emergência com o
nome genérico e conferir frequentemente;
• Orientação ao paciente – os pacientes devem ser informados sobre o tratamento
terapêutico, saber para que e porque estão utilizando os medicamentos, quais
os seus efeitos, os horários de administração e as reações adversas que poderão
ocorrer. O paciente bem informado pode ser um aliado na prevenção de que um
erro de dispensação se configure em um erro de administração.

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FARMÁCIAS HOSPITALARES E ALMOXARIFADO


6 - REGULAMENTAÇÃO
Lei Federal - nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973 - Dispõe sobre o controle sanitário
do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras
providências.

Resolução Federal - ANVISA RDC nº 63, de 25 de novembro de 2011- Dispõe sobre


os requisitos de boas práticas de funcionamento para os serviços de saúde;

Resolução Federal - ANVISA RDC nº 44 , de 17 de agosto de 2009 - Dispõe sobre


Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação
e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmá-
cias e drogarias e dá outras providências;

Resolução Federal - ANVISA RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002 - Art. 1º - Aprova


o regulamento técnico destinado ao planejamento, programação, elaboração, avaliação
e aprovação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde;

Portaria Federal - ANVISA nº 344, de 12 de maio de 1998 - Aprova o regulamento


técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial;

Resolução Federal - ANVISA RDC nº 67, de 8 de outubro de 2007 - Dispõe sobre


boas práticas de manipulação de preparações magistrais e oficinais para uso humano em
farmácias;

Resolução Federal ANVISA RDC nº 220, de 21 de setembro de 2004 - Aprova o Re-


gulamento Técnico de funcionamento dos Serviços de Terapia Antineoplásica;

PORTARIA Nº 272/MS/SNVS, DE 8 de abril1998 - Aprovar o Regulamento Técnico


para fixar os requisitos mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição Parenteral;

Portaria Federal - MS n° 4283, de 30 de dezembro de 2010 - Aprova as diretrizes e


estratégias para organização, fortalecimento e aprimoramento das ações e serviços de
farmácia no âmbito dos hospitais;

Resolução Municipal - SMS nº 2.721, de 31 de agosto de 2015 - Estabelece relação de


documentos necessários ao licenciamento sanitário em saúde;

Decreto Municipal nº 40.723, de 08 de outubro de 2015 - Dispõe sobre o procedi-


mento do Licenciamento Sanitário por Autodeclaração Online e adota outras providên-
cias.

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BOAS PRÁTICAS EM SERVIÇOS


DE ALIMENTAÇÃO EM UNIDADES
HOSPITALARES, LACTÁRIO, NUTRIÇÃO
ENTERAL E BANCO DE LEITE HUMANO
por Aline de Souza Ribeiro, Aline Pinheiro Borges, Geila Cerqueira Felipe
Luciana Bernardo de Sá, Maristela de Souza Araujo da Cunha e Patricia Afonso Maia

1 - INTRODUÇÃO
As Unidades de Saúde (Hospitais, Maternidades, Institutos de Atenção à Saúde,
Centros de Atenção Psicossocial) tem como objetivo principal a recuperação da saúde,
a atenção integral ao paciente sob internação, abrangendo um conjunto de cuidados,
dentre estes os relacionados à alimentação e à nutrição em seus diferentes níveis de
complexidade e de intervenção, de acordo com as características individuais e o tipo de
enfermidade. As atividades hospitalares compreendem desde a primeira anamnese até
os cuidados de enfermagem e os serviços de apoio ao tratamento, nos quais se insere
o cuidado nutricional, sob a responsabilidade do Serviço a Alimentação e Nutrição que
envolve a Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN), o Lactário e/ou Sala de Enteral e o
Banco de Leite humano (BLH).
A nutrição e o conjunto de atividades que ela compreende constituem-se em uma
parte importante da atenção oferecida ao paciente pelo hospital, fazendo parte do tra-
tamento e da recuperação dos mesmos. Portanto, o hospital deve possuir um serviço de
nutrição e dietética (SND) estruturado, organizado e integrado às outras áreas da aten-
ção, tendo como função prestar assistência alimentar e nutricional por meio da prescri-
ção de dietas com atributos de qualidade e segurança do ponto de vista higiênicossani-
tário, da orientação aos pacientes e, ainda, do monitoramento dos efeitos e aceitação da
dieta. Dessa forma, o SND visa minimizar os riscos relacionados a uma dieta inadequada
fornecida aos pacientes, em razão tanto de seu aspecto nutritivo quanto de contamina-
ções inerentes ao ambiente hospitalar, protegendo-os de possíveis doenças transmitidas
por alimentos. O cuidado nutricional no ambiente hospitalar tem sua centralidade na
equipe de nutrição e pressupõe forte cooperação das várias categorias profissionais. A
qualidade e a função da alimentação hospitalar dependem da interação entre a produ-
ção de refeições e a assistência nutricional propriamente dita, entendida como atividade
multiprofissional complexa.
Neste Capítulo vamos dar ênfase à subunidade que está diretamente envolvida com
o planejamento, produção e distribuição de refeições – a UAN, o Lactário, e ainda com o
Banco de Leite Humano, considerando que o leite humano é o 1º alimento com o qual o
ser humano tem contato.
As UANs hospitalares desempenham atividades relacionadas à manipulação, à pre-
paração, ao armazenamento e à distribuição de alimentos e de refeições. Um dos fatores
primordiais para a garantia da qualidade é a inocuidade do alimento, sendo essencial o

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MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

BOAS PRÁTICAS EM SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO EM UNIDADES


HOSPITALARES, LACTÁRIO, NUTRIÇÃO ENTERAL E BANCO DE LEITE HUMANO
controle das condições higiênicossanitárias nos locais onde os alimentos são manipula-
dos para o consumo.
A atividade fim da UAN é produzir as refeições dos pacientes e dos funcionários.
Por conseguinte, as características sensoriais, aspectos de segurança microbiológica e
físico-química, o valor dietético e nutricional dos alimentos são questões de fundamental
importância para a qualidade dos serviços prestados.
Em 2002, o Ministério da Saúde, através da RDC 50 de 2002, descreve Lactário nos
Estabelecimentos de Saúde (EAS) como uma unidade com área restrita, destinada à lim-
peza, esterilização, preparo e guarda de mamadeiras, basicamente, de fórmulas lácteas.
Ainda segundo a RDC 50 de 2002, alguns setores do Lactário podem ser compar-
tilhados com as áreas de Nutrição Enteral, entre eles a Sala de Preparo de Alimentos “in
natura” onde há o cozimento e preparo de alimentos que podem ser usados por sondas
para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes em regime hospitalar.
O objetivo principal do Lactário em hospital é fornecer alimentação apropriada e
segura, do ponto de vista microbiológico e nutricional, garantindo a promoção da saúde
e/ou recuperação dos recém-nascidos, lactentes e crianças. As atividades de manipula-
ção de fórmulas e alimentos infantis devem estar obrigatoriamente em ambiente distinto
ao de limpeza e higienização de insumos e de preparo de alimento “in natura” e apresen-
tar fluxos de atividades específicos, prevenindo-se a contaminação cruzada.
O Banco de Leite Humano (BLH) é um centro especializado e obrigatoriamente
ligado a um hospital materno e ou infantil, responsável pela promoção e incentivo ao
aleitamento materno e execução de coleta, processamento e controle de qualidade do
colostro, leite de transição e leite humano maduro, para posterior distribuição, sob pres-
crição médica ou de nutricionista.
É uma instituição sem fins lucrativos, sendo vedada a comercialização dos leites por
ela distribuídos.
É responsabilidade do BLH orientar, executar e controlar as operações de controle,
seleção e classificação, processamento, controle clínico, controle de qualidade e distri-
buição. Compete aos BLH a promoção do aleitamento materno.
A Vigilância Sanitária é um componente da política de saúde, com ênfase na dialé-
tica promoção-risco à saúde. Sendo assim, a inspeção sanitária nos serviços de alimen-
tação das Unidades Hospitalares, Lactário, Nutrição Enteral e Banco de Leite Humano
têm por finalidade verificar as condições de conservação e higiene das instalações, dos
equipamentos, móveis e utensílios; recursos humanos; processos de trabalhos e o cum-
primento dos procedimentos previstos nos manuais técnicos e na legislação sanitária
vigente.

96
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

BOAS PRÁTICAS EM SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO EM UNIDADES


HOSPITALARES, LACTÁRIO, NUTRIÇÃO ENTERAL E BANCO DE LEITE HUMANO
2 - UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN) DAS
UNIDADES HOSPITALARES:
As Unidades Hospitalares geridas pela Prefeitura do Rio de Janeiro têm seus servi-
ços de Alimentação e Nutrição, no que tange às atividades operacionais e técnico admi-
nistrativo nas áreas de produção e distribuição de refeições, lactário, nutrição enteral e
banco de leite humano, concedidos a empresa(s) especializada(s) para prestação destes
serviços. Portanto, caberá à empresa terceirizada:

• Garantir instalações e espaço físico adequado de todas as áreas que compõem


a UAN (recepção, armazenamento, pré-preparo, preparo, distribuição, higieniza-
ção, refeitório e copas), lactário, banco de leite, vestiários e área de armazena-
mento de resíduos.
• Manter o perfeito funcionamento e adequado estado de limpeza de todos os
equipamentos utilizados para a recepção, o armazenamento, o preparo e a dis-
tribuição das refeições, fórmulas lácteas, enterais e leite humano.
• Responsabilizar-se pelo manejo dos resíduos, da geração até a destinação final,
de acordo com as normas e legislação vigente.
• Executar controle de vetores e pragas urbanas nas áreas que compõem a UAN,
lactário, nutrição enteral e banco de leite.
• Manter na Unidade os atestados de saúde ocupacional dos empregados, devi-
damente atualizados.
• Ter na Unidade o Certificado de Responsabilidade Técnica atualizado junto ao
conselho regional de nutrição.
• Manter disponível no local da prestação dos serviços, as normas e rotinas téc-
nicas dos processos de trabalho, tais como: recepção, manipulação, armazena-
mento, preparo e distribuição dos alimentos.
• Realizar treinamento periódico e registrá-lo.
• Ter escala a vista, com o nome dos profissionais.
• Possuir cardápio orientado por nutricionista.
• Garantir alimentação em quantidade e qualidade adequadas.
• Possuir no local o contrato formal de prestação de serviços, especificando o tipo
de serviço prestado, os direitos e as obrigações da Contratada e da Contratante
e dos usuários.
• Utilizar técnica adequada de sanitização de alimentos e afixar avisos para os
manipuladores de alimentos sobre a técnica.
• Proceder adequado descongelamento de produtos cárneos.
• Ter quadro de pessoal exclusivo para a manipulação de alimentos.
• Manter em estoque somente gêneros alimentícios dentro do prazo de validade,

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afastados de produtos contaminantes e nunca em caixas de madeira ou de pa-
pelão.
• Registrar a temperatura das áreas de manipulação e dos equipamentos desti-
nados ao armazenamento de gêneros alimentícios, refeições, fórmulas lácteas,
enterais e leite humano.
• Registrar a substituição do sistema de filtração de água.
• Utilizar produtos de limpeza que atendam a legislação vigente e que possuam
registro no Ministério da Saúde.
• Apresentar adequado estado de conservação e limpeza de todas as áreas que
compõem a UAN, lactário, nutrição enteral e banco de leite humano.

Na percepção da vigilância sanitária, neste contrato por concessão caberá a Con-


tratante dos serviços de alimentação e nutrição:

• Realizar trabalho multiprofissional para acompanhamento das atividades con-


tratadas.
• Conhecer o universo a ser monitorado.
• Oferecer condições estruturais adequadas para a prestação dos serviços da Em-
presa Contratada.
• Realizar inspeções não programadas a fim de acompanhar a prestação dos ser-
viços contratados.

Considerando o impacto positivo das ações de Vigilância Sanitária (VISA) na pre-
venção de doenças e na promoção da saúde, seguiremos abordando os principais aspec-
tos que envolvem as atividades da VISA nos serviços de alimentação, lactário, nutrição
enteral e banco de leite, como: documentos exigidos, pontos críticos e regulamentação.

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3 - DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA
Todos esses documentos devem estar à disposição na UAN/Lactário/Banco de Lei-
te Humano:
• Certificado de limpeza de caixa d’água e cisterna dentro do prazo de validade:
Para UAN sem caixa d’água exclusiva, a responsabilidade da limpeza da caixa d’água
e cisterna é da Unidade de Saúde, porém uma cópia dos certificados de limpeza de-
verá estar disponível na UAN.
Cabe a empresa terceirizada pela prestação de serviço de alimentação e nutrição
apresentar o laudo de potabilidade e de análise microbiológica e físico-química da
água semestralmente.
• Certificado de desinsetização e desratização dentro do prazo de validade, realiza-
do por empresa especializada registrada no Instituto estadual do Ambiente (INEA),
em conformidade com a legislação específica, com produtos regularizados pelo
Ministério da Saúde.
• Manual de Boas Práticas de manipulação de alimentos:
Este Manual deverá ser específico para cada UAN e estabelece as boas práticas
para serviços de alimentação. Deve ser elaborado de acordo com a RDC ANVISA
216/2004, Portaria GM/MS nº 1428/93, RDC ANVISA 275/02 e de acordo com as
características da UAN.
Deve ser apresentado à Unidade de Saúde no prazo máximo de 60 (sessenta dias)
após o início do contrato.
• Registro de treinamento periódico para manipuladores de alimentos:
O programa de capacitação e avaliação dos manipuladores de alimentos deverá ser
realizado semestralmente, ou sempre que se fizer necessário.
• Atestado de Saúde ocupacional dos funcionários em atividades (PCMSO e PPRA):
Estes programas estão relacionados com a saúde e segurança dos funcionários e
são obrigatórios a todas as empresas conforme a legislação do Ministério do Traba-
lho, NR7, NR9 e NR32.
Os exames que deverão ser realizados semestralmente e apresentados são copro-
cultura, coproparasitológico e hemograma completo, além dos exames exigidos
pelo PCMSO. O Conselho Regional de Nutricionistas da 4ª região orienta ainda a
apresentação do EAS.
Apresentar o programa de Imunização dos funcionários.
• Certidão de cadastramento de responsabilidade técnica do nutricionista junto ao
CRN-4, de acordo com as Resoluções CFN nº378/2005 e 576/2016:

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A Responsabilidade Técnica é indelegável e obriga o nutricionista à participação
efetiva e pessoal nos trabalhos inerentes a seu cargo.
No processo licitatório é obrigatório a apresentação deste Certificado assim como
durante todo o contrato.
• Registro de manutenção preventiva dos equipamentos, para que não haja prejuízo
na execução dos serviços, principalmente no que tange a segurança alimentar e dos
funcionários.
• Documentação comprobatória de calibração dos equipamentos.
• Laudos de Analise de Alimentos (RDC 12/2001).
• Planilhas de registro do controle de temperatura dos gêneros alimentícios na re-
cepção
• Planilhas de registro diário do controle de temperatura de todos os equipamentos
de conservação de alimentos a frio
• Planilhas de registro diário do controle de temperatura dos alimentos conserva-
dos a quente:
Durante as etapas de recebimento, armazenamento, pré-preparo, preparo e dis-
tribuição, o controle de tempo e temperatura é indispensável para que não haja
multiplicação de microrganismos patogênicos e consequente contaminação, assim
como o surgimento de Doenças Transmitidas por Alimentos. Manter os alimentos
sob temperaturas seguras é de extrema importância para a inocuidade alimentar.
• Registro de troca do elemento filtrante:
Atualmente, não existem filtros que possam ser limpos, eles devem ser substituídos
e a troca do elemento filtrante vai depender da utilização do mesmo e da informa-
ção do fabricante.
Cabe a empresa terceirizada pela prestação de serviço de alimentação e nutrição
apresentar o laudo de potabilidade e de análise microbiológica e físico-química da
água semestralmente.
• Apresentar documentação comprobatória do programa de capacitação dos ma-
nipuladores em higiene, de forma descritiva, com a carga horária, o conteúdo pro-
gramático e a frequência de sua realização, mantendo-se em arquivo os registros
da participação nominal dos funcionários.

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4 - ITENS OBSERVADOS DURANTE A VISITA
1 - Estrutura Física:

1.1 - UAN
Área externa e acesso à UAN.

Escada, monta-cargas, carro de transporte e elevadores.

Área de recepção.

Área de armazenamento:
• alimentos não perecíveis
• alimentos perecíveis
• descartáveis

Área de manipulação de alimentos:


• pré-preparo (hortifrutigranjeiros, carne)
• preparo (pequenas refeições, sobremesa, dietas e geral)
• distribuição (para pacientes e servidores/acompanhantes)
• higienização (utensílios de preparo, utensílios de consumo e distribuição
• diferenciados para pacientes, servidores/acompanhantes)

Refeitório:
Espaço destinado para distribuição de refeição, exclusivo para servidores e acom-
panhantes.

Instalações sanitárias e vestiários:


Exclusivo para os funcionários da empresa prestadora de serviço de alimentação
e nutrição e devem ser separados por sexo. Sua localização deve ser sem contato
direto com as áreas da UAN.

Depósito de material de limpeza (DML):


Espaço destinado para guarda de material de limpeza geral e específico.

Armazenamento de resíduos:

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Local destinado para armazenamento de resíduos produzidos pela UAN (abrigo),
contendo contêineres para separar a coletar por tipo: lixo orgânico e lixo reciclável.
Este local deve estar distante da área de manipulação.

OBS.: Para Unidades que são produtoras de refeições para outras Unidades, deve-
rão ser observadas as condições de conservação e higiene das caixas térmicas des-
tinadas ao transporte das refeições e do veículo de transporte. Para o veículo tam-
bém é necessário a Autorização Sanitária para Veículo de Transporte de Alimentos
emitida por órgão competente, com data de validade vigente. O motorista deverá
estar uniformizado e identificado.

1.2 - Lactário (em Estabelecimento Assistencial de Saúde/ Hospitais)

Composto por:
• área de recepção, lavagem e descontaminação de mamadeiras e outros utensí-
lios;
• área de esterilização de mamadeiras;
• área para preparo e envase de fórmulas lácteas e não lácteas;
• área para estocagem e distribuição de fórmulas lácteas e não lácteas.

É obrigatório a presença da área de lactário em Unidades com obstetrícia e pedia-


tria, de acordo com a RDC nº 307/2002.
Os funcionários dessa área devem contar com instalações sanitárias exclusivas.

1.3 - Sala de Enteral


Unidade com área restrita destinada à limpeza, esterilização, preparo de dietas en-
terais, módulos e suplementos.
De acordo com a RDC 50/2002, alguns setores do lactário podem ser compartilha-
dos com a área de nutrição enteral.

1.4 - Banco de Leite Humano (BLH)


Centro especializado e obrigatoriamente ligado a um hospital materno e ou infantil,
responsável pela promoção e incentivo ao aleitamento materno e execução de co-
leta, processamento e controle de qualidade do colostro, leite de transição e leite
humano maduro, para posterior distribuição, sob prescrição médica ou de nutricio-
nista.
É uma instituição sem fins lucrativos, sendo vedada a comercialização dos leites por
ela distribuídos.

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É responsabilidade do BLH orientar, executar e controlar as operações de controle,
seleção e classificação, processamento, controle clínico, controle de qualidade e
distribuição. Compete aos BLH a promoção do aleitamento materno.
Os funcionários dessa área devem contar com instalações sanitárias exclusivas.

2 - Funcionários:

• Os funcionários devem estar devidamente uniformizados e identificados. Os


mesmos deverão apresentar condições adequadas de saúde e asseio.

• Os funcionários responsáveis pela atividade de higienização das instalações sa-


nitárias devem utilizar uniformes apropriados e diferenciados daqueles utiliza-
dos pelos manipuladores de alimentos.

• Os funcionários das áreas de produção e distribuição devem ser exclusivamente


alocados nessas áreas, sendo vedada o deslocamento de funcionários entre as
respectivas áreas nas Unidades Hospitalares.

• Equipamento de proteção individual (EPI) em quantidade suficiente para a de-


manda do serviço.

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5 - PONTOS CRÍTICOS
A Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) tem sido defendida
como um dos métodos mais eficazes para a garantia de qualidade das refeições em es-
tabelecimentos destinados à alimentação coletiva.
Os pontos críticos de controle são aqueles que quando escapam ao controle possi-
bilitam um risco inaceitável para a inocuidade do alimento. O Ponto Crítico de Controle
(PCC) é qualquer ponto, etapa ou procedimento no qual se aplicam medidas preventivas
para manter um perigo identificado sob controle, com objetivo de eliminar, prevenir ou
reduzir os riscos à saúde do consumidor. Ponto de Controle (PC) é qualquer ponto, etapa
ou procedimento no qual fatores biológicos, químicos ou físicos podem ser controlados,
prioritariamente por programas e procedimentos de pré-requisitos (Boas Práticas de
Fabricação).

1 - Edificação e instalações:
• edificações e instalações que não foram projetadas a fim de possibilitar um fluxo
ordenado e sem cruzamento nas etapas da preparação de alimentos, e facilitar
a manutenção, limpeza e desinfecção;
• o acesso às instalações não é independente, sendo comum a outros usos e mui-
tas vezes não são observados separação entre as diferentes atividades de forma
a evitar contaminação cruzada;
• o piso, parede e teto que não possuem revestimento liso, impermeável, lavável
e íntegro afim não transmitir contaminantes aos alimentos;
• ralos que não são sifonados e as grelhas sem dispositivo que permitam seu fe-
chamento;
• caixas de gordura e de esgoto sem dimensão compatível ao volume de resíduos,
localizadas dentro da área de preparação e armazenamento de alimentos sem
apresentar adequado estado de conservação e funcionamento;
• instalações sanitárias e os vestiários que não são exclusivos para os funcionários
da UAN e as portas externas quando não são dotadas de fechamento automá-
tico;
• ausência de lavatórios exclusivos para a higiene das mãos na área de manipu-
lação, em posições estratégicas em relação ao fluxo de preparo dos alimentos;
• lavatórios que não possuem sabonete líquido inodoro antisséptico, toalhas de
papel reciclado ou outro sistema higiênico e seguro de secagem das mãos e co-
letor de papel, acionado sem contato manual;
• edificação, instalações que facilitam o acesso de vetores e pragas urbanas;
• elevadores e monta carga que são comuns a outros usos e muitas vezes não são
observados separação entre as diferentes atividades de forma a evitar contami-

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nação cruzada;
• UAN de uso coletivo, comuns a outros usos e muitas vezes não são observados
separação entre as diferentes atividades de forma a evitar contaminação cruza-
da;
• exaustão ineficiente ou inexistente;
• luminárias sem proteção contra queda e explosão;
• portas que não são ajustadas aos batentes, sem mecanismo de fechamento au-
tomático e não constituídas por material liso e impermeável;
• janelas não ajustadas aos batentes e sem a proteção de telas milimétricas remo-
víveis.

2 - Equipamentos, móveis e utensílios:


• que entram em contato com alimentos e são de materiais que transmitam con-
taminação, odores e sabores aos mesmos;
• equipamentos, móveis e utensílios que propiciam o aparecimento e proliferação
de vetores e pragas urbanas;
• carros de transporte que não utilizados exclusivamente para transporte de ali-
mentos;
• presença de equipamentos, móveis e utensílios em desuso e em más condições
de conservação.

3 - Abastecimento de água:
• higienização de caixas d’água e cisternas não realizadas periodicamente.

4 - Funcionários:
• uniformes não compatíveis à atividade, não conservados e sujos;
• ausência de uniforme;
• uso de adornos e objetos de uso pessoal;
• presença de aparelhos eletrônicos na UAN;
• sobreposição de funções;
• quantitativo de funcionários, equipamentos, móveis e ou utensílios disponíveis
não compatíveis com volume, diversidade e complexidade das preparações/
dietas.

5 - Matéria-prima, ingredientes e embalagens:


• recebimento de matéria-prima inadequada;

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• a recepção das matérias-primas não realizada em área protegida e limpa;
• armazenamento de embalagens primárias;
• utilização de produtos fora dos padrões de identidade e qualidade;
• presença de matérias-primas reprovados ou com prazos de validade vencidos;
• matérias-primas armazenadas em local impróprio e em condições higiênicossa-
nitária inadequadas, e desorganizadas;
• matéria-prima não dispostos sobre paletes, estrados e ou prateleiras, que res-
peitem o espaçamento mínimo necessário para garantir adequada ventilação,
limpeza e, quando for o caso, desinfecção do local.

6 - Preparação do alimento:
• contaminação cruzada entre alimentos crus, semi preparados e prontos para o
consumo;
• os produtos perecíveis expostos à temperatura ambiente por tempo superior a
preparação do alimento;
• as matérias-primas que não utilizadas em sua totalidade, acondicionadas de ma-
neira inadequada e sem identificação.
• descongelamento efetuados em condições inadequadas de refrigeração;
• alimentos preparados/refeições mantidos em condições de tempo e de tempe-
ratura de forma inadequada favorecendo a multiplicação microbiana.

6.1 - Armazenamento e transporte do alimento preparado:


• alimentos preparados mantidos na área de armazenamento ou aguardando o
transporte não identificados corretamente e sem proteção contra contaminan-
tes;
• Distribuição até a entrega ao consumo de alimentos preparados ocorrem em
condições de tempo e temperatura que comprometam sua qualidade;
• Não monitoramento das temperaturas dos alimento/refeições preparadas du-
rante essas etapas;
• transporte de alimentos empilhados de forma incorreta;
• os meios de transporte do alimento preparado apresentando condições inade-
quadas de higienização e uso de veículos para transportar outras cargas.

6.2 - Exposição do alimento preparado ao consumo:


• ausência de equipamentos utilizados para distribuição de alimentos/refeições
preparadas;
• equipamentos utilizados para distribuição de alimentos/refeições preparadas

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apresentando dimensionamento insuficiente, sem controle de temperatura,
apresentando mau estado de higiene, conservação e funcionamento;
• água do balcão térmico apresentando sujidades e em temperatura inadequada.

7 - Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados:


• ausência de POP;
• ausência de informações sobre frequência e o responsável pelo manejo dos re-
síduos.

8 - Lactário/Sala de Enteral:
• localização do lactário/sala de enteral;
• estrutura física (layout) que não permita o fluxo operacional contínuo e racional
de forma a evitar o cruzamento e facilitar a realização dos procedimentos;
• área útil insuficiente;
• substituição de copeiros/lactaristas por outros profissionais de outros setores
da UAN;
• não manutenção adequada do binômio tempo x temperatura em cada uma das
etapas de preparo, cocção, resfriamento, conservação à frio, reaquecimento e
distribuição;
• não aferição da temperatura da água para diluição das fórmulas infantis indus-
trializadas de acordo com a FAO 2007;
• ausência de nutricionista exclusivo para esta área;
• utilização da área do lactário/sala de enteral como área de armazenamento;
• ausência de torneiras acionadas sem o comando das mãos;
• ausência de pontos de água quente e fria;
• número de equipamentos e utensílios insuficientes;
• uso de utensílios não recomendados como jarras volumétricas porosas;
• compartilhamento de DML com o DML da UAN;
• vestiário compartilhado;
• funcionário para a limpeza do lactário/sala de enteral não ser exclusivo para
esse setor;
• não realização de treinamento específico em conjunto com a Comissão de Con-
trole de Infecção Hospitalar (CCIH);
• ausência de registro do tempo de fervura da água;
• preparo muito antecipado de fórmulas infantis/módulos/suplementos alimenta-
res;

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• não utilização de equipamentos/instrumentos apropriados para a secagem das
mamadeiras, bicos e protetores;
• não utilização de materiais estéreis ou descartáveis para a paramentação dos
lactaristas;
• ausência de POP;
• intervalo superior a 30 minutos entre o aquecimento e a distribuição final ao
paciente;
• no caso de compartilhamento do mesmo espaço físico da sala de manipulação
de fórmulas infantis com a sala de manipulação e envase de nutrição enteral,
existência de pia de lavagem;
• inexistência de controle de temperatura e umidade do ambiente.

9 - Banco de Leite Humano:


• ausência de sistema de arquivamento de informações sobre as doadoras;
• ausência de lavatórios para degermação das mãos provido de sabão/antissépti-
co, papel toalha e lixeira com tampa e acionamento de pedal;
• ausência de torneiras acionadas sem o comando das mãos;
• ausência de rotinas escritas, disponíveis e com registro;
• uso inadequado de EPI para funcionários e doadoras;
• rotulagem não diferenciada do frasco de Leite Humano Ordenhado Cru (LHOC)
e do Leite Humano Ordenhado Pasteurizado (LHOP), associado a um sistema de
identificação e informação;
• rótulos que não permitam a rastreabilidade do LHOC e do LHOP;
• não realização de desinfecção na parte externa das embalagens de LHOC pro-
venientes de coleta externa;
• não utilização de frasco de vidro, estéril, com boca larga e tampa rosqueável de
plástico;
• Ausência de profissional que atue exclusivamente no setor durante o processa-
mento do LHO;
• não submissão do LHOC as etapas de degelo, seleção e classificação;
• pasteurização do LHOC em temperatura e tempo fora dos padrões recomenda-
dos;
• não dispor de refrigerador(s) exclusivo(s) para conservação do leite;
• não dispor de equipamento de congelamento exclusivo com compartimentos
distintos e identificados para estocagem de LHOC e LHOP;
• estoque de leite humano fora da recomendação;

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• o porcionamento do LHOP não realizado em horários distintos de fórmulas in-
fantis/enteral;
• não realiza controle da qualidade envolvendo todas as análises (Acidez Dornic,
Crematócrito, Microbiológico);
• não dispor de sala exclusiva para realizar os ensaios microbiológicos.

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6 - IMAGENS APRESENTANDO NÃO CONFORMIDADES E PONTOS
CRÍTICOS

Dispensers sem identificação, e sem sabão líquido e sem papel toalha. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Luminária sem proteção anti queda e anti explosão Fresta entre o aparelho de climatização e a esquadria
Fonte: Arquivo S/SUBVISA Fonte: Arquivo S/SUBVISA

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Vestiário único para ambos os sexos. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Área de recepção comum a várias atividades Área de Armazenamento pequena para demanda
Fonte: Arquivo S/SUBVISA Fonte: Arquivo S/SUBVISA

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Área de armazenamento com itens no chão. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Presença de abertura de ralo sem proteção. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Caixa de esgoto na UAN. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

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Caixa de gordura na UAN. Fonte: Arquivo S/SUBVISA Tomada com espelho não ajustada e sem identificação.
Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Tela milimétrica cortada e não ajustada. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

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Revestimento de parede impróprio e produto de limpeza Equipamento de refrigeração em más condições de


em embalagem reaproveitada e sem identificação. conservação e utilização. Fonte: Arquivo S/SUBVISA
Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Armazenamento inadequado de gêneros. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

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BOAS PRÁTICAS EM SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO EM UNIDADES


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Equipamentos que não pertencem às atividades desenvolvidas em uma UAN.


Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Lixeira que não atende a legislação para uso em UAN.


Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Ralo em más condições e sem fechamento. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

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Fresta entre o aparelho de climatização e a parede em sala de magarefe.


Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Equipamento em precário estado de conservação e armazenamento de gêneros.


Fonte: Arquivo S/SUBVISA

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Recebimento de gênero com rotulagem inadequada. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Caixa térmica para transporte de refeições em precário estado de conservação e


cubas com dimensões inapropriadas. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

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7 - IMAGENS APRESENTANDO CONFORMIDADES

POP para uso correto dos produtos para higienização de alimentos (vegetais),
higienização de equipamentos e preparo de saladas. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

POP recebimento de mercadorias e EPI'S. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

POP diversos. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

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Termômetro para controle de temperatura de ambientes.


Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Planilha com controle de temperatura – ambiente.


Fonte: Arquivo S/SUBVISA

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BOAS PRÁTICAS EM SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO EM UNIDADES


HOSPITALARES, LACTÁRIO, NUTRIÇÃO ENTERAL E BANCO DE LEITE HUMANO

Planilha de controle de temperatura equipamentos de Cadeia Fria.


Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Documentação atualizada e disponível. Dispenser com Álcool Gel devidamente identificado.


Fonte: Arquivo S/SUBVISA Fonte: Arquivo S/SUBVISA

120
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

BOAS PRÁTICAS EM SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO EM UNIDADES


HOSPITALARES, LACTÁRIO, NUTRIÇÃO ENTERAL E BANCO DE LEITE HUMANO

Informação sobre retirada de resíduos. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Rotulagem de produto produzido e porcionado para distribuição ao paciente.


Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Rotulagem de alimento in natura para distribuição ao


paciente. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

121
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

BOAS PRÁTICAS EM SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO EM UNIDADES


HOSPITALARES, LACTÁRIO, NUTRIÇÃO ENTERAL E BANCO DE LEITE HUMANO

Identificação de coletor de resíduos para recolher EPI descartável utilizado em Lactário.


Fonte: Arquivo S/SUBVISA

122
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

BOAS PRÁTICAS EM SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO EM UNIDADES


HOSPITALARES, LACTÁRIO, NUTRIÇÃO ENTERAL E BANCO DE LEITE HUMANO
8 - REGULAMENTAÇÃO
LEIS

Lei Federal Nº 6.437 DE 20 DE AGOSTO DE 1977. Configura infrações à legislação


sanitária federal, estabelece as sanções respectivas, e dá outras providências.

Medida Provisória Nº 2.190-34 DE 23 DE AGOSTO DE 2001. Altera dispositivos da


Lei nº 6.437 de 20/08/1977, dentre os quais os valores das multas aplicadas em razão de
inobservância a posturas estabelecidas na legislação sanitária federal.

Lei Municipal Nº 1.353 DE 10 DE NOVEMBRO DE 1988. Dispõe sobre a obrigatorie-


dade de desinsetização e desratização nos casos que menciona e dá outras providências.

Lei Federal Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990. Dispõe sobre as condições


para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento
dos serviços correspondentes, e dá outras providências.

Lei Municipal Nº 1.662 DE 23 DE JANEIRO DE 1991. Dispõe sobre a obrigatoriedade


de frequência a curso de noções de higiene nas condições que menciona.

Lei Municipal N° 3.385 DE 10 DE ABRIL DE 2002. Proíbe a utilização de embalagens


devassáveis de molhos e temperos de mesa e congêneres, nos bares, restaurantes, pada-
rias, lanchonetes e similares e dá outras providências.

PORTARIAS E NORMAS

Portaria Nº 1428, DE 26 DE NOVEMBRO DE 1993. Aprova o “Regulamento Técnico


para Inspeção Sanitária de Alimentos”, as “Diretrizes para o Estabelecimento de Boas
Práticas de Produção e de Prestação de Serviços na Área de Alimentos” e o “Regula-
mento Técnico para o Estabelecimento de Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ) para
Serviços e Produtos na Área de Alimentos”.

PORTARIA Nº326, DE 30 DE JULHO DE 1997. Aprova o “Regulamento Técnico”,


Condições Higiênico Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos
Produtores/Industrializadores de Alimentos”.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7256. Tratamento de ar


em estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS) - Requisitos para projeto e execução
das instalações. Rio de Janeiro, p. 22. 2005.

PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO Nº 5, DE 28 DE SETEMBRO DE 2017. Consolidação


das normas sobre as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde.

123
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

BOAS PRÁTICAS EM SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO EM UNIDADES


HOSPITALARES, LACTÁRIO, NUTRIÇÃO ENTERAL E BANCO DE LEITE HUMANO
DECRETOS

Decreto Municipal Nº 6.235 de 30 DE OUTUBRO DE 1986. Aprova o Regulamento da


Defesa e Proteção da Saúde no tocante a alimentos e à higiene habitacional e ambiental.

Decreto Municipal Nº 8.738 DE 14 DE SETEMBRO DE 1989. Regulamenta a lei n°


1.353, de 10 de novembro de 1988, que dispõe sobre a obrigatoriedade de desinsetização
e desratização pelos estabelecimentos que menciona, e dá outras providências.

Decreto Municipal Nº 21.585 DE 19 DE JUNHO DE 2002. Estabelece procedimento a


ser adotado nas vistorias em empresas interessadas no fornecimento de gêneros alimen-
tícios no âmbito municipal.

Decreto Nº 29.325 DE 14 DE MAIO DE 2008. Dispõe sobre critérios básicos para


estabelecimentos de saúde e procedimentos para higienização das mãos.

Decreto Municipal Nº 29.569 DE 08 DE JULHO DE 2008. Estabelece procedimento


a ser adotado nas vistorias em empresas interessadas no fornecimento de gêneros ali-
mentícios no âmbito municipal.

Decreto Nº 39255 DE 1 DE OUTUBRO DE 2014. Dispõe sobre a Estrutura Organiza-


cional da Secretaria Municipal de Saúde – SMS.

RESOLUÇÕES

RDC N°50, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico


para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabe-
lecimentos assistenciais de saúde Resolução.

RDC Nº 221 DE 05 DE AGOSTO DE 2002. Aprova o regulamento técnico sobre chu-


petas, bicos, mamadeiras e protetores de mamilo.

Resolução RDC Nº 222 DE 05 DE AGOSTO DE 2002. Aprova o Regulamento Técnico


para Promoção Comercial de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância.

RDC Nº275, DE 21 DE OUTUBRO DE 2002. Dispõe sobre o regulamento técnico de


procedimentos operacionais padronizados aplicados aos estabelecimentos produtores/
industrializadores de alimentos e a lista de verificação das boas práticas de fabricação
em estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos.

RDC Nº307, DE 14 DE NOVEMBRO DE 2002. Altera a Resolução RDC nº 50 de 21 de


fevereiro de 2002, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, progra-
mação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de
saúde Resolução.

124
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

BOAS PRÁTICAS EM SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO EM UNIDADES


HOSPITALARES, LACTÁRIO, NUTRIÇÃO ENTERAL E BANCO DE LEITE HUMANO
RDC Nº216, DE 15 DE SETEMBRO DE 2004. Dispõe sobre regulamento técnico de
boas práticas para serviços de alimentação.

RDC Nº171, DE 04 DE SETEMBRO DE 2006. Dispõe sobre o Regulamento Técnico


para o funcionamento de Bancos de Leite Humano.

Resolução SESDEC Nº 1.411 DE 15 DE OUTUBRO DE 2010. Delega competências de


Ações de Vigilância Sanitária para as Secretarias Municipais de Saúde no âmbito do Es-
tado do Rio de Janeiro e dá outras providências.

RDC Nº29, DE 30 DE JUNHO de 2011. Dispõe sobre os requisitos de segurança sa-


nitária para o funcionamento de instituições que prestem serviços de atenção a pessoas
com transtornos decorrentes do uso, abuso ou dependência de substâncias psicoativas.

RDC Nº 41, DE 16 DE SETEMBRO DE 2011. Dispõe sobre a proibição de uso de bis-


fenol A em mamadeiras destinadas a alimentação de lactentes e dá outras providências.

RDC N°63, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2011. Dispõe sobre os requisitos de boas prá-


ticas de funcionamento para os serviços de saúde.

RDC Nº 222, DE 28 DE MARÇO DE 2018. Regulamenta as Boas Práticas de Gerencia-


mento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências.

RESOLUÇÕES MUNICIPAIS

Resolução Municipal Nº492 DE 19 DE OUTUBRO DE 1994. Aprova o modelo de Ter-


mo de Visita Sanitária.

Resolução Municipal Nº510 DE 16 DE MARÇO DE 2001. Estabelece Comissão Espe-


cial para elaboração de estudo visando consolidar as posturas municipais referentes às
áreas de atuação da Coordenação de Licenciamento e Fiscalização e da Fiscalização da
Vigilância e Engenharia Sanitária.

Resolução Municipal N°550 DE 28 DE JUNHO DE 2001. Estabelece normas para re-


manejamento de servidores, com as atribuições de Vigilância e Fiscalização Sanitária da
Superintendência de Controle de Zoonoses, Vigilância e Fiscalização Sanitária.

Resolução Municipal N° 570 DE 13 DE DEZEMBRO DE 2001. Cria o Roteiro de Inspe-


ção Sanitária em estabelecimentos na área de alimentos no Município do Rio de Janeiro.

Resolução Municipal N°574 DE 07 DE JANEIRO DE 2002. Dispõe o serviço de plan-


tão de Pronto Atendimento da Fiscalização Sanitária – PAFS para a demanda de ações
imediatas na investigação de surtos de toxinfecções alimentares.

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MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

BOAS PRÁTICAS EM SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO EM UNIDADES


HOSPITALARES, LACTÁRIO, NUTRIÇÃO ENTERAL E BANCO DE LEITE HUMANO
Resolução Municipal N°014 DE 16 DE JANEIRO DE 2002. Designar servidores para
constituírem comissão para atualizar e consolidar a Legislação Sanitária Municipal.

Resolução Municipal N°604 DE 11 DE SETEMBRO DE 2002. Regulamenta os veícu-


los de transporte de alimentos destinados ao consumo humano, refrigerados ou não, em
condições seguras.

Resolução Municipal N°641 DE 02 DE ABRIL DE 2003. Estabelece o formulário pa-


drão que constituirá o Roteiro de Inspeção de estabelecimentos da área de alimentos no
Município do Rio de Janeiro.

Resolução Municipal N°742 DE 22 DE MAIO DE 2006. Aprova o Roteiro de Inspeção


e Auto Inspeção Sanitária em Estabelecimentos e Serviços de Saúde e Atividades Rela-
cionadas.

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MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

SETORES ASSISTENCIAIS
por Mônica Silva e Souza, Kátia Maria da Silva Simões e Patrícia Maria de Sousa Rocca

1 - INTRODUÇÃO

Um hospital se compõe de áreas funcionais interdependentes e inter-relacionadas


que necessitam do desempenho eficiente de todos os seus componentes para atingir
o objetivo do cuidado adequado. É neste princípio integrado de assistência que enten-
demos os setores assistenciais e de apoio técnico que abordaremos neste módulo. Eles
realizam um conjunto estruturado de processos que resultam nos cuidados e serviços
prestados aos pacientes e usuários do sistema de saúde.
Podemos considerar as áreas assistenciais a partir de diferentes referenciais do cui-
dado. Elas se dividem em: setores abertos e referenciados, que são as principais portas
de entrada do paciente como o ambulatório e a emergência; setores de internação clíni-
ca e cirúrgica e suas respectivas áreas de apoio (posto de enfermagem, sala de utilida-
des, depósito de materiais de limpeza, rouparia e copa) comuns a todas as classificações
de hospital; unidades fechadas e/ou especializadas, que são as de terapia intensiva e
semi-intensiva, centro de tratamento de queimados, unidades de aplicação de quimiote-
rápicos, assistência em terapia renal substitutiva, unidade de transplante, centro cirúrgi-
co, centro obstétrico e berçário. Porém, nesses setores, independente de definirem um
hospital geral ou especializado, é o grau de criticidade de risco que nos chama a atenção.

Segundo o Ministério da Saúde/ANVISA:

Área Crítica é a área com um risco maior de desenvolvimento de infecções rela-


cionadas à assistência, devido: à execução de processos envolvendo artigos críticos ou
material biológico; à realização de procedimentos invasivos; a presença de pacientes
com suscetibilidade aumentada aos agentes infecciosos ou portadores de patógenos
de importância epidemiológica. Dentro dessa classificação estão as unidades intensivas,
salas cirúrgicas, unidades de isolamento, de hemodiálise e CME.

Área Semicrítica apresenta risco moderado a baixo para infecções relacionadas à


assistência, devido à execução de processos envolvendo artigos semicríticos, ou pela
realização de atividades assistenciais não invasivas em pacientes não críticos e que não
apresentam infecção ou colonização por patógenos de importância epidemiológica. São
exemplos de área semicrítica enfermarias e apartamentos, consultórios e área limpa da
lavanderia.

127
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

SETORES ASSISTENCIAIS
Área Não Crítica é aquela onde o risco de desenvolvimento de infecções relacio-
nadas à assistência é mínimo ou inexistente, seja pela não realização de atividades assis-
tenciais, ou pela ausência de processos envolvendo artigos críticos e semicríticos, exceto
quando devidamente embalados e protegidos. Sendo assim setores como salas adminis-
trativas, almoxarifados, corredores e elevadores, estão incluídos nesta classificação.
No roteiro de inspeção sanitária, de forma concisa, apresentaremos itens impres-
cindíveis a serem observados, em cada setor assistencial, para a devida aplicação das
normas sanitárias. Relacionaremos esses itens aos discutidos no capítulo 3 - que tratou a
importância da edificação estrutural para o adequado fluxo dos processos de trabalho -,
e aos demais pontos desenvolvidos nos serviços de apoio técnico, necessários à garantia
da assistência segura ao paciente.

De acordo com a especificidade da área de assistência, avaliamos na inspeção:

• Condições para a higienização das mãos nas áreas assistenciais e disponibilida-


de de preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos;
• Capacitação comprovada e quantitativo de RH necessários à demanda assistida;
• Disponibilidade e quantitativo de equipamentos, medicamentos e produtos para
a saúde em relação à demanda de atendimentos, e o armazenamento adequado
dos mesmos;
• Condições de suporte à vida para o atendimento de emergência nos setores;
• Registro de testes de equipamentos de suporte à vida e checklist de verificação
de validade dos materiais e medicamentos de carro de atendimento a PCR e/ou
urgências;
• Registros que garantam a segurança da informação no prontuário do paciente;
• Implantação de protocolos como: controle de IRAS, busca ativa de infecções,
higienização dos ambientes e os demais relacionados à Segurança do Paciente;
• Registro dos indicadores e notificação de eventos adversos;
• Avaliação de registros nos livros preconizados como: Livro Ata da CCIH; Livro
de Óbito e de Registro de Cirurgias;
• Controle e guarda adequados de medicamentos de controle especial;
• Cuidado e guarda de medicamentos de alto risco (adrenalina, anestésicos, insu-
lina, cloreto de potássio, lidocaína e outros);
• Rotinas de controle de temperatura, limpeza e degelo de geladeiras de medica-
mentos;
• Uso de EPI e uso de artigos perfuro cortantes com dispositivo de segurança;
• Segregação adequada de resíduos;
• Rotinas de higienização terminal e concorrente dos leitos e salas cirúrgicas;
• Uso de materiais adequados e rotina de limpeza de equipamentos, mobiliário e

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MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

SETORES ASSISTENCIAIS
superfícies em geral;
• Saneantes: rotulagem, fracionamento, armazenamento e uso adequado aos dife-
rentes ambientes hospitalares;
• Fluxo e conservação dos artigos reprocessados;
• Fluxos de limpeza, desinfecção, esterilização, guarda e distribuição de artigos;
• Controles do processo de esterilização;
• Controle adequado de temperatura dos ambientes;
• Restrição do acesso aos setores fechados através de barreiras físicas preconiza-
das pela legislação;
• Condições de terapias dialíticas realizadas a beira leito.

Na assistência em Terapia Renal Substitutiva, na rede hospitalar, observamos se as


terapias dialíticas à beira do leito são prestadas por empresas terceirizadas. Neste caso
as empresas são responsáveis em fornecer recursos humanos, medicamentos, insumos e
equipamentos necessários para o tratamento. Quando a diálise é realizada pelo próprio
hospital, este deve dispor de uma equipe técnica devidamente habilitada para a realiza-
ção dos procedimentos e possuir equipamentos, insumos e medicamentos necessários.
Em ambos os casos verificamos a existência, ou não, de ambientes compatíveis com a
demanda assistida.

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MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

SETORES ASSISTENCIAIS
3 - DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA
• Certificado de especialização dos responsáveis técnicos, médico e de enferma-
gem, pelos serviços de Terapia Intensiva;
• Livro de registro de cirurgias e de parto;
• Registros dos testes de validação e rastreabilidade do processo de esterilização
de artigos;
• Ordem de serviço com a relação dos materiais enviados para reprocessamento de
artigos em empresa terceirizada;
• Certificado de especialização em nefrologia de médicos e enfermeiros responsá-
veis pelo serviço de diálise;
• Total de pacientes em tratamento dialítico;
• Total de pacientes com sorologia HbsAg positivo em diálise;
• Total de pacientes com sorologia HCV positivo em diálise;
•Total de pacientes com sorologia HIV positivo em diálise;
• Total de pacientes com sorologia desconhecida em diálise;
• Total de pacientes pediátricos em diálise;
• Controle de vacinação de funcionários;
• Fichas de reuso;
• Planilhas de registro de limpeza dos ambientes;
• Prontuários de pacientes;
• Folhas de prescrição dialítica;
• Documentação comprobatória da realização/participação da equipe médica, en-
fermagem e do serviço de limpeza em atividades de educação permanente.

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MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

SETORES ASSISTENCIAIS
4 - PONTOS CRÍTICOS
• Higienização inadequada das mãos;
• Déficit de solução alcoólica para higienização das mãos;
• Controle da validade de medicamentos deficiente;
• Ausência de balança destinada a portadores de necessidades especiais;
• Torneira de acionamento com contato manual;
• Ausência do plano de gerenciamento de tecnologias;
• Ausência de pontos de água potável e saída de esgoto próximos aos leitos;
• Estrutura física inadequada, comprometendo fluxos e processos de trabalho;
• Falta de manutenção corretiva em mobiliários e superfícies;
• Recursos humanos insuficientes;
• Falta de capacitação/desenvolvimento de recursos humanos;
• Inexistência e/ou ausência de implementação dos Protocolos normativos;
• Deficiência na atuação das Comissões obrigatórias e na implantação dos proto-
colos recomendados, principalmente os de Segurança do Paciente e de preven-
ção e controle de IRAS (Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde);
• Deficiência nos processos de higienização dos ambientes e superfícies;
• Inexistência ou não cumprimento do cronograma anual para manutenções pre-
ventivas de equipamentos;
• Ausência de manutenção corretiva de equipamentos;
• Número insuficiente de equipamentos, medicamentos e produtos para a saúde,
em relação à demanda de atendimento.

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MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
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SETORES ASSISTENCIAIS

Ausência de pontos de água potável para purificação nos equipamentos de osmose reversa portátil bem como de saídas
de esgoto próximos aos leitos. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Diálise em UTI com equipe utilizando Equipamento de Ausência de manutenção e/ou substituição de
Proteção Individual e ponto de água potável próximo ao mobiliários. Fonte: Arquivo S/SUBVISA
leito do paciente. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Ausência de manutenção e/ou substituição de mobiliários. Excesso de leitos em Sala Vermelha.


Fonte: Arquivo S/SUBVISA Fonte: Arquivo S/SUBVISA

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MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

SETORES ASSISTENCIAIS

Leito de Trauma preparado para receber paciente grave. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Sala Cirúrgica limpa e organizada. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Sala Cirúrgica limpa e organizada. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

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MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

SETORES ASSISTENCIAIS

CME – Uniformes e uso de EPI’s. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

UTI – posto multidisciplinar com visão central. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

UTI – Leitos equipados e com espaço físico adequado. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

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MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

SETORES ASSISTENCIAIS

Carro de PCR – Organização, Identificação, Conferência e Teste de


Equipamentos de Suporte à Vida. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Geladeira – Guarda inadequada de Medicações Geladeira – Ausência de Rotina de Degelo e


Controladas. Fonte: Arquivo S/SUBVISA Higienização . Fonte: Arquivo S/SUBVISA

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MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
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SETORES ASSISTENCIAIS
5 - REGULAMENTAÇÃO
• RDC 15/2012 - Dispõe sobre Requisitos de Boas Práticas para o Processamento de
Produtos para Saúde e dá outras providências.
• RDC 07/2010 - Dispõe sobre os Requisitos Mínimos para Funcionamento de Uni-
dades de Terapia Intensiva e dá outras providências.
• RDC 36/2008 - Dispõe sobre Regulamento Técnico para Funcionamento dos Ser-
viços de Atenção Obstétrica e Neonatal.
• RDC 42/2010 - Dispõe sobre a obrigatoriedade de disponibilização de preparação
alcoólica para fricção antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde do País.
• RDC 220/2004 - Aprova o Regulamento Técnico de Funcionamento dos Serviços
de Terapia Antineoplásica.
• Portaria MS 2616/1998 – Estabelece Normas e Diretrizes para a Prevenção e o Con-
trole de Infecções Hospitalares.
• MS/1994 – Manual de Processamento de Artigos e Superfícies.
• Portaria ANVISA 485/2005 - Aprova a Norma Regulamentadora nº 32 (Segurança
e - Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde).
• Portaria MS 2048/2002 - Aprova o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais
de Urgência e Emergência.
• RDC nº 2/2010 - Dispões sobre o Gerenciamento de Tecnologias em Saúde.
• Resolução RDC ANVISA nº 11 de 13 de março de 2014 – Requisitos de Boas Práticas
de Funcionamento para os Serviços de Diálise.
• Portaria M.S. nº 389 de 13 de março de 2014 – Critérios para Organização da Linha
de Cuidado da Pessoa com Doença Renal Crônica.
• Protocolos de Segurança do Paciente publicados pela ANVISA – Aplicabilidade
nos Serviços de TRS.
• Portaria M.S. nº 1675 de 07 de junho de 2018 - Altera a Portaria de Consolidação nº
3/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, e a Portaria de Consolidação nº 6/GM/MS, de
28 de setembro de 2017, para dispor sobre os critérios para a organização, funcio-
namento e financiamento do cuidado da pessoa com Doença Renal Crônica - DRC
no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS.
• Resolução RDC ANVISA nº 45 de 12 de março de 2003 - Dispõe sobre o Regula-
mento Técnico de Boas Práticas de Utilização das Soluções Parenterais (SP) em
Serviços de Saúde.
• Nota Técnica Nº 006/2009-GGTES/ANVISA – Estabelece os parâmetros para
execução de procedimentos dialíticos em ambiente hospitalar fora dos serviços de
diálise abrangidos pela RDC/ANVISA nº 154, de 15 de junho de 2004.

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MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

SERVIÇOS AUXILIARES DE
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO /
SADT
por Maria Emilia Caciano Gombarovits Trindade, Monica Ferreira Borges
e Leonardo Curvello De Castro

1 - INTRODUÇÃO
O uso de Tecnologias em Saúde está inserido nas rotinas dos Estabelecimentos
de Saúde e são imprescindíveis para o funcionamento desses serviços, nos quais são
desenvolvidas ações de diagnose, terapia e atividades de apoio. As tecnologias devem
oferecer segurança aos pacientes, além da eficácia no seu funcionamento, assim como
segurança ocupacional. Para isso se faz necessária a existência de um sistema de Ge-
renciamento de Tecnologia em Saúde, para acompanhar e controlar todos os aspectos
relacionados ao uso destas tecnologias.
A RDC/ANVISA nº02/10 define Gerenciamento de Tecnologia em Saúde como
“conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases
científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de garantir a rastreabilidade,
qualidade, eficácia, efetividade, segurança e em alguns casos o desempenho das tecno-
logias de saúde utilizadas na prestação de serviços de saúde.” Entende-se a partir des-
sa resolução que o gerenciamento deve abranger desde o planejamento e entrada no
estabelecimento de saúde até o descarte de produtos para a saúde. Para desempenhar
esse papel deve incluir ações de planejamento de recursos físicos, materiais e humanos
proporcionando também a capacitação dos profissionais envolvidos.
Neste capítulo trataremos de Serviços de Diagnóstico por Imagem e Laboratório e
os riscos associados a essas atividades.

Fonte: Arquivo S/SUBVISA

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MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
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SERVIÇOS AUXILIARES DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO /SADT


2 - LABORATÓRIO CLÍNICO
A RDC 302/2005 estabelece que a construção, reforma ou adaptação na estrutura
física do laboratório clínico e posto de coleta laboratorial deve ser precedida de aprova-
ção do projeto junto à autoridade sanitária local em conformidade com a RDC/ANVISA
nº. 50, de 21 de fevereiro de 2002, e RDC/ANVISA nº. 189, de 18 de julho de 2003 suas
atualizações ou instrumento legal que venha a substituí-las.
O objetivo é definir os requisitos para o funcionamento dos laboratórios clínicos e
postos de coleta laboratorial públicos ou privados que realizam atividades na área de
análises clínicas, patologia clínica e citologia e é aplicável a todos os serviços públicos
ou privados, que realizam atividades laboratoriais na área de análises clínicas, patologia
clínica e citologia.
O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial devem possuir um profissional
legalmente habilitado como responsável técnico, perante a vigilância sanitária, conten-
do registro junto ao Conselho profissional Regional, devendo ser indicado pelo Diretor
Técnico do Hospital. Em caso de impedimento deste responsável técnico, o laboratório
clínico e o posto de coleta laboratorial devem contar com um profissional legalmente
habilitado para substituí-lo.
Quanto à vinculação da presença do responsável técnico ao horário de funciona-
mento do estabelecimento, o serviço de saúde deve possuir profissional legalmente habi-
litado que responda pelas questões operacionais durante o seu período de funcionamen-
to. Este profissional pode ser o próprio RT ou técnico designado para tal fim, conforme
definido no art. 4º da RDC/ANVISA nº 63/2011, que dispõe sobre os Requisitos de Boas
Práticas de Funcionamento para os Serviços de Saúde.
A direção e o responsável técnico do laboratório clínico e do posto de coleta la-
boratorial têm a responsabilidade de planejar, implementar e garantir a qualidade dos
processos, incluindo:

a) a equipe técnica e os recursos necessários para o desempenho de suas atribui-


ções;
b) a proteção das informações confidenciais dos pacientes;
c) a supervisão do pessoal técnico por profissional de nível superior legalmente ha-
bilitado durante o seu período de funcionamento;
d) os equipamentos, reagentes, insumos e produtos utilizados para diagnóstico de
uso “in vitro”, em conformidade com a legislação vigente;
e) a utilização de técnicas conforme recomendações do fabricante (equipamentos
e produtos) ou com base científica comprovada;
f) a rastreabilidade de todos os seus processos.
O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial devem dispor de instruções
escritas e atualizadas das rotinas técnicas implantadas.

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MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

SERVIÇOS AUXILIARES DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO /SADT


O posto de coleta laboratorial deve possuir vínculo com apenas um laboratório clí-
nico. Os localizados em unidades públicas de saúde devem ter seu vínculo definido for-
malmente pelo gestor local. E o laboratório clínico deve possuir estrutura organizacional
documentada.
Em relação aos recursos humanos: o laboratório clínico e o posto de coleta labo-
ratorial devem manter disponíveis registros de formação e qualificação de seus pro-
fissionais compatíveis com as funções desempenhadas; devem promover treinamento
e educação permanente aos seus funcionários mantendo disponíveis os registros dos
mesmos. Todos os profissionais devem ser vacinados em conformidade com a legislação
vigente. Para admissão de funcionários deve ser precedida de exames médicos em con-
formidade com o PCMSO da NR-7 da Portaria MTE nº 3214 de 08/06/1978 e Lei nº 6514
de 22/12/1977, suas atualizações ou outro instrumento legal que venha substituí-la.
Em relação aos equipamentos e instrumentos laboratoriais devem:

a) possuir equipamentos e instrumentos de acordo com a complexidade do serviço


e necessários ao atendimento de sua demanda;
b) manter instruções escritas referentes a equipamento ou instrumento, as quais
podem ser substituídas ou complementadas por manuais do fabricante em língua portu-
guesa;
c) realizar e manter registros das manutenções preventivas e corretivas;
d) verificar ou calibrar os instrumentos a intervalos regulares, em conformidade
com o uso, mantendo os registros dos mesmos;
e) verificar a calibração de equipamentos de medição mantendo registro das mes-
mas.

Os equipamentos e instrumentos utilizados, nacionais e importados, devem estar


regularizados junto a ANVISA/MS, de acordo com a legislação vigente. Os que funcio-
nam com temperatura controlada devem possuir registro da verificação da mesma.
Devem ser registrados e regularizados junto a ANVISA/MS de acordo com a legisla-
ção vigente, a aquisição dos produtos para diagnóstico de uso in vitro, reagentes e insu-
mos, de forma a garantir a rastreabilidade. Assim como o reagente ou insumo preparado
ou aliquotado pelo próprio laboratório deve ser identificado com rótulo contendo: nome,
concentração, número do lote (se aplicável), data de preparação, identificação de quem
preparou (quando aplicável), data de validade, condições de armazenamento, além de
informações referentes a riscos potenciais. Devem ser mantidos registros dos processos
de preparo e do controle da qualidade dos reagentes e insumos preparados. A utilização
dos reagentes e insumos deve respeitar as recomendações de uso do fabricante, condi-
ções de preservação, armazenamento e os prazos de validade, não sendo permitida a sua
revalidação depois de expirada a validade.
O laboratório clínico que utilizar metodologias próprias - In House, deve documen-

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tá-las incluindo, no mínimo:
a) descrição das etapas do processo;
b) especificação e sistemática de aprovação de insumos, reagentes e equipamentos
e instrumentos.
c) sistemática de validação.
O laboratório clínico deve manter registro de todo o processo e especificar no lau-
do que o teste é preparado e validado pelo próprio laboratório.

Biossegurança
O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial devem manter atualizados e
disponibilizar, a todos os funcionários, instruções escritas de biossegurança, contemplan-
do no mínimo os seguintes itens: a) normas e condutas de segurança biológica, química,
física, ocupacional e ambiental; b) instruções de uso para os equipamentos de proteção
individual (EPI) e de proteção coletiva (EPC); c) procedimentos em caso de acidentes;d)
manuseio e transporte de material e amostra biológica.
O Responsável Técnico pelo laboratório clínico e pelo posto de coleta laborato-
rial deve documentar o nível de biossegurança dos ambientes e/ou áreas, baseado nos
procedimentos realizados, equipamentos e microorganismos envolvidos, adotando as
medidas de segurança compatíveis.

Limpeza, Desinfecção e Esterilização


Deve possuir instruções de limpeza, desinfecção e esterilização, quando aplicável,
das superfícies, instalações, equipamentos, artigos e materiais.
Os saneantes e os produtos usados nos processos de limpeza e desinfecção devem
ser utilizados segundo as especificações do fabricante e estarem regularizados junto a
ANVISA/MS, de acordo com a legislação vigente.

Transporte de Amostras
Deve possuir instruções escritas para o transporte da amostra de paciente, estabe-
lecendo prazo, condições de temperatura e padrão técnico para garantir a sua integrida-
de e estabilidade, tal necessidade deve ser verificada de acordo com as especificações
de tempo de armazenamento e processamento prévio das amostras coletadas em tais
locais, definidas pelo laboratório com base em evidências científicas e nas normativas
vigentes.

TESTES LABORATORIAIS REMOTOS

A execução dos Testes Laboratoriais Remotos – TLR/POCT e de testes rápidos,


deve estar vinculada a um laboratório clínico, posto de coleta ou serviço de saúde pú-

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blica ambulatorial ou hospitalar. Os TLR devem estar submetidos às mesmas diretrizes
descritas para o funcionamento de laboratórios clínicos, incluindo-se responsabilidade
técnica, garantia da qualidade, regulamentações técnicas, programa de treinamento e
certificação dos recursos humanos, registros das atividades, rastreabilidade dos proces-
sos, gestão de resíduos, cuidados de biossegurança. Conforme o item 5.1.4 da RDC/
Anvisa nº 302/2005 “A direção e o responsável técnico do laboratório clínico têm a res-
ponsabilidade de planejar, implantar e garantir a qualidade dos processos.”, desta forma
a qualidade da execução de TLR é compartilhada entre o responsável técnico e pela
direção do serviço.

O serviço de saúde deve disponibilizar a relação de todos os TRL realizados por ele,
bem como os procedimentos documentados, contemplando as fases pré-analítica, analí-
tica e pós-analítica. Os procedimentos e resultados do controle de qualidade destes tes-
tes devem estar devidamente registrados. A sistemática de registro e liberação de resul-
tados provisórios relacionados ao TLR, o procedimento para resultados potencialmente
críticos e a sistemática de revisão de resultados e liberação de laudos por profissional
habilitado são temas obrigatórios nestes procedimentos, mas não excluem outros pon-
tos que possam complementar e auxiliar na compreensão do teste pelos seus executores
e pelo paciente. A realização de TRL está condicionada a emissão de um laudo que deixe
claro suas limitações diagnósticas e demais indicações estabelecidas na etapa pós-ana-
lítica, que serão confirmados em teste laboratorial a ser realizado no serviço de saúde.

CONTROLE DA QUALIDADE

Em relação ao Controle Interno da Qualidade – CIQ, está estabelecido que para


o laboratório clínico deve utilizar amostras controle comerciais, regularizados junto a
ANVISA/MS de acordo com a legislação vigente e que formas alternativas, descritas na
literatura podem ser utilizadas desde que permitam a avaliação da precisão do sistema
analítico.
Para o Controle externo da Qualidade – CEQ deve possuir contrato regularizado
para o fornecimento do exame de proficiência para todas as unidades publicas ou parti-
culares.

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3 - DOCUMENTAÇÕES EXIGIDAS DURANTE A INSPEÇÃO
• Certidão de Regularidade Técnica junto ao Conselho correspondente à forma-
ção profissional e supervisão de profissional de nível superior;
• Declaração dos procedimentos executados (especialidades desenvolvidas);
• Declaração dos procedimentos executados (especialidades desenvolvidas);
• Participação comprovada (contrato) em programa de controle externo da qua-
lidade
• Mapa de trabalho para cada setor do laboratório
• Registro de controle da qualidade interno
• Relatório e ações corretiva do programa controle de qualidade externa
• Planilhas de controles térmicos de equipamentos e ambientes;
• Registro de temperatura de saída de amostras biológicas do local e chegada ao
laboratório de apoio;
• Laudos de análises emitidos pelo laboratório de apoio;

PRINCIPAIS PONTOS CRÍTICOS

DOCUMENTOS E REGISTROS
• Falta de procedimentos
• Falta de registros de temperatura
• Falta de registros de controle interno da qualidade
• Falta de verificação dos controles externos da qualidade, investigação e corre-
ção das não conformidades encontradas
• Documentação do laboratório incompleta
• Falta de escala
• Falta de registros de limpeza e higienização do Laboratório

RECURSOS HUMANOS
• Falta de profissionais de nível superior nos plantões noturnos
• Falta de responsável técnico formal registrado junto ao conselho profissional
correspondente
• Falta de pessoal de limpeza permanente no setor

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ORGANIZAÇÃO
• Ambientes desorganizados
• Improvisação inadequada
• Caixas de papelão e outros materiais diretamente sobre o piso
• Equipamento em desuso no ambiente, às vezes ocupando bancadas de trabalho
• Guarda de materiais sob a pia em baixo do sifão
• Mobiliário inadequado para uso no laboratório (descascado, de madeira, de di-
fícil limpeza, etc.)
• Armários sem porta e prateleira
• Caixa de material perfurocortante no chão, ou sobre bancadas, sem suporte
adequado
• Equipamentos próprios sem manutenção (como centrifugas, banho Maria, etc)
• Geladeiras com Kits e amostras biológicas juntos, sem manutenção e limpeza
adequada, com excesso de gelo, etc
• Sala de descanso improvisada e sem estrutura
• Ralos abertos, sem dispositivo de fechamento
• Fiação exposta
• Tomadas abertas
• Lixeiras sem tampas
• Falta de sabonete e papel toalha para assepsia de mãos

PROCEDIMENTOS
• Falta de esterilização de materiais utilizados na microbiologia
• Falta de mapa de trabalho (registro apenas no equipamento, sem Backup)
• Falta do Controle interno da qualidade para uso diário
• Falta de programa de controle externo da qualidade
• Ambiente de coleta com falta de utensílios adequados
• Utilização de isopor para guarda temporária de amostras
• Descarte de material perfurocortante em recipiente inadequado

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Identificação de equipamentos e materiais não utilizados no laboratório: devem ser


retirados sempre que possível. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Geladeiras em corredor junto a outros materiais inservíveis e desorganizadas. Os meios de cultura


não devem ficar encostados nas paredes da geladeira, pois danifica o meio, não deve ser estocados
em grandes quantidades, como se vê na foto, deve haver espaços entre os materiais estocados
para facilitar a refrigeração. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

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Armários sem porta ou com portas danificadas, Caixa de descarte perfurocortante sem suporte
sem recapeamento adequado, utensílios adequado. Fonte: Arquivo S/SUBVISA
enferrujados de difíicil limpeza.
Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Portas danificadas, utilização de isopor (material poroso) que não deve ser utilizado em laboratório
.Fonte: Arquivo S/SUBVISA

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Ralo aberto, revestimento de piso inadequado (sem revestimento).


Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Armazenamento de materiais inservíveis, uso de isopor no laboratório.


Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Tomadas abertas, excesso de fios, falta de bancadas, utilização de


materiais inservíveis e o equipamento está sobre geladeira doméstica.
Fonte: Arquivo S/SUBVISA

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Falta de utensílios adequados, documentos colados na parede e bancadas desorganizadas.


Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Desorganização, material de vidro não utilizados, escada, bombona vazia, isopor sobre pia entre outras inadequações.
Fonte: Arquivo S/SUBVISA

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Maca sendo utilizada como mesa.


Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Cafeteira sobre a lixeira.


Fonte: Arquivo S/SUBVISA

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Estoque de materiais de laboratório juntamente com material de limpeza e outras matérias em geral, caixas
acondicionadas diretamente sobre o piso, sem prateleiras adequadas e pallets. Falta de controle de estoque e
organização, falta de DML. Frascos de detergentes sem rótulos, sem registro no MS. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

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5 - REGULAMENTAÇÃO
• RESOLUÇÃO - RDC nº 302 de 13 de outubro de 2005, dispõe sobre os requisitos
necessários para o funcionamento dos laboratórios clínicos e postos de coleta la-
boratorial públicos ou privados que realizam atividade de análises clínicas, citologia
e patologia clínica.
• RESOLUÇÃO - A RDC nº 50 de 21 de fevereiro de 2002, dispõe sobre a infraestru-
tura física dos LACs e de todos os estabelecimentos assistenciais de saúde.
• RESOLUÇÃO - RDC nº 222 de 28 de março de 2018, regulamenta as Boas Práticas
de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde.
• RESOLUÇÃO - RDC nº 20, DE 10 DE ABRIL DE 2014 Dispõe sobre regulamento
sanitário para o transporte de material biológico humano. RESOLUÇÃO - RDC Nº
20, DE 10 DE ABRIL DE 2014 Dispõe sobre regulamento sanitário para o transporte
de material biológico humano.
• RESOLUÇÃO-RDC Nº 63, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2011 Dispõe sobre os Requisi-
tos de Boas Práticas de Funcionamento para os Serviços de Saúde.
• PORTARIA Nº 1.504, DE 23 DE JULHO DE 2013, que institui a Qualificação Nacional
em Citopatologia na prevenção do câncer do colo do útero (QualiCito), no âmbito
da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas.

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6 - SERVIÇOS DE IMAGEM
Os serviços de imagem produzem exames a partir de agentes físicos, que podem
ser ionizantes ou não.
TIPOS DE ATIVIDADES INSPECIONADAS

Fonte: Arquivo S/SUBVISA

No caso das radiações ionizantes (contida em exames de Raios X em geral, mamo-


grafia, tomografia computadorizada, densitometria óssea) a Portaria/MS/SVS nº 453, de
01 de junho de 1998 D.O.U. 02/06/98 apresenta os princípios básicos da radioproteção
(Justificação, Otimização, Limitação de doses e Prevenção de acidentes), assim, é apro-
vado este Regulamento Técnico que estabelece as diretrizes básicas de proteção radio-
lógica em radiodiagnóstico médico e odontológico dispondo sobre o uso dos raios-X
para diagnósticos em todo território nacional.
A Portaria/MS/SVS nº 453 se relaciona com a Norma CNEN–NN–3.01 que define o
termo “exposição médica” com fins de produção de imagens e/ou tratamento. Ambos os
documentos descrevem as Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica.
O termo “exposição médica” é definido na Norma CNEN NN 3.01 e de acordo com o
Item 5.13 a “exposição médica” deve ser otimizada ao valor mínimo de dose e, também,
deve atender aos padrões aceitáveis da qualidade da imagem.

Ao se instalar um Serviço de Imagem diagnóstica, deve-se pensar em:

• adquirir equipamentos apropriados registrados na ANVISA/MS;


• possibilitar o treinamento adequado aos técnicos que irão manuseá-lo objeti-
vando uma qualidade de imagem suficiente para obter um bom diagnóstico;

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• minimizar os riscos (físicos, biológicos, químicos, de acidentes) para a segurança
do paciente e equipe de trabalho;
• conhecer as doses de radiação que serão dadas aos pacientes ali atendidos.
• minimizar os riscos ocupacionais;
• observar que outros riscos físicos estão presentes, p.ex. na Ressonância Magné-
tica Nuclear uma vez que presença de um campo magnético intenso e variável
pode provocar correntes elétricas na pele do paciente, assim como, mobilidade
dos materiais ferrosos presentes no ambiente.

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7 - DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA DURANTE A INSPEÇÃO
RADIODIAGNÓSTICO: RADIOLOGIA (COM OU SEM FLUOROSCOPIA), MAMO-
GRAFIA, TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA, DENSITOMETRIA ÓSSEA:

• Responsabilidade Técnica: documento emitido pelo conselho de classe;


• Memorial descritivo incluindo cálculo de blindagem;
• Programa de garantia de qualidade;
• Laudo de radioproteção expedido pelo LCR-UERJ;
• Contrato com empresa de dosimetria de radiação;
• Questionário pertinente a cada exame, fornecido ao cliente antes do procedi-
mento;
• Comprovação de testes diários (densitometria e mamografia);
• Comprovante de treinamento da equipe de radiologia de acordo com a comple-
xidade das atividades realizadas;
• Procedimentos operacionais para desinfecção dos equipamentos e superfícies;

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR:

• Responsabilidade Técnica: documento emitido pelo conselho de classe;


• Questionário pertinente a cada exame, fornecido ao cliente antes do procedi-
mento;
• Procedimentos operacionais para desinfecção das superfícies

ULTRASSONOGRAFIA E ECOCARDIOGRAFIA:

• Procedimentos operacionais para desinfecção dos transdutores e superfícies;

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8 - PONTOS CRÍTICOS EM SERVIÇOS DE IMAGEM
1. AUSÊNCIA DO LAUDO DE RADIOPROTEÇÃO;
2. AUSÊNCIA DO RESPONSÁVEL TÉCNICO DURANTE TODO O HORÁRIO DE
FUNCIONAMENTO;
3. PRÁTICAS RADIOLÓGICAS INADEQUADAS (AUSÊNCIA DE TABELA DE DO-
SES RADIOLÓGICAS OU INADEQUAÇÃO, AUSÊNCIA DO ESPESSÔMETRO,
ETC)
4. DESORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE DE TRABALHO;
5. INSERVÍVEIS OU MATERIAIS INCOMPATÍVEIS EM AMBIENTE DE EXAMES;
6. MOBILIÁRIO INCOMPATÍVEL OU INADEQUADO PARA AOS AMBIENTES DE
IMAGEM;
7. EQUIPAMENTO DE RX MÓVEL OPERADO COMO FIXO E EQUIPAMENTO COM
PARTES DE OUTROS FABRICANTES;
8. EQUIPAMENTOS OBSOLETOS, SEM MANUTENÇÃO PREVENTIVA E CORRE-
TIVA;
9. AUSÊNCIA DE POPS ADEQUADOS E PERTINENTES À ATIVIDADE;
10. AUSÊNCIA OU NÃO OFERTA DE ITENS DE SEGURANÇA IMPRESCINDÍVEIS
VERIFICADOS EM ATIVIDADES COM RADIAÇÃO IONIZANTE (VESTIMENTA
PLUMBÍFERA INDIVIDUAL OU EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
PARA O PACIENTE E ACOMPANHANTE);
11. AUSÊNCIA DE SUPORTE APROPRIADO PARA O VPI;
12. EQUIPAMENTOS DE MONITORAMENTO DOSIMÉTRICO GUARDADOS FORA
DE LOCAL APROPRIADO OU PRÓXIMO DE FONTE DE RADIAÇÃO;
13. SINALIZAÇÃO INADEQUADA DOS AMBIENTES;
14. GUARDA DE FILMES DE FORMA IMPRÓPRIA E/OU LOCAL INADEQUADO;
15. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS IMPROVISADAS E ÀS VEZES TAMBÉM INCOMPA-
TÍVEIS COM A CARGA EXIGIDA PELOS EQUIPAMENTOS DE RX;
16. AUSÊNCIA DE BARREIRAS (BLINDAGEM) NOS AMBIENTES;
17. PISOS E PAREDES REVESTIDOS COM MATERIAL NÃO RESISTENTE À SANE-
ANTES;
18. CLIMATIZAÇÃO/EXAUSTÃO INSUFICIENTE PARA OS AMBIENTES DE EXA-
ME E SALA DE LAUDOS;
19. GERENCIAMENTO INADEQUADO DOS RESÍDUOS GERADOS E AUSÊNCIA DE
PGRSS

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Fiação exposta. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Fiação exposta. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Desorganização do ambiente de trabalho. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

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Organização do ambiente de trabalho. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Quadro de dosímetros adequado. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

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Sinalização correta. Fonte: Arquivo S/SUBVISA Blindagem inadequada. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Gestão inadequada dos resíduos. (incluindo Residentes e Estagiários).


Fonte: Arquivo S/SUBVISA

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Processamento químico automático. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Estação de trabalho para imagem digital


.Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Equipamento móvel operado como fixo. Ausência de suporte para o vestimenta plumbífera.
Fonte: Arquivo S/SUBVISA Parede mofada. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

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Mobiliário inadequado em sala de RMN. Fonte: Arquivo S/SUBVISA

Colimador totalmente aberto. Fonte: Arquivo S/SUBVISA Radiografia não respeitando a prescrição.
Fonte: Arquivo S/SUBVISA

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SERVIÇOS AUXILIARES DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO /SADT


9 - REGULAMENTAÇÃO EM SERVIÇOS DE IMAGEM
• Portaria/MS/SVS nº 453, de 01 de junho de 1998 D.O.U. 02/06/98 - apresenta os
princípios básicos da radioproteção (Justificação, Otimização, Limitação de doses
e Prevenção de acidentes);
• Resolução RDC ANVISA nº 2 de 25 de janeiro de 2010 – Dispõe sobre o gerencia-
mento de tecnologias em saúde em estabelecimentos de saúde.
• Resolução RDC ANVISA nº 42 de 25 de outubro de 2010 - Dispõe sobre a obriga-
toriedade de disponibilização de preparação alcoólica para fricção antisséptica das
mãos, pelos serviços de saúde do País.
• Resolução RDC nº 63 de 25 de novembro de 2011 – Dispõe sobre os Requisitos de
Boas Práticas de Funcionamento dos Serviços de Saúde.
• Resolução RDC ANVISA nº 36 de 25 de julho de 2013 – Institui Ações para a Segu-
rança do Paciente em Serviços de Saúde.
• Resolução RDC nº 50 de 21 de fevereiro de 2002 - Dispõe sobre o Regulamento
Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físi-
cos de estabelecimentos assistenciais de saúde.

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CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
por Monica Freire Vallim de Mello

CONCLUSÃO
As condições higienicossanitárias das Unidades de Saúde abrangem muito além da
limpeza e higiene do local. São avaliadas mediante vistoria que observa a estrutura física
do estabelecimento em seus diversos setores, as instalações onde são desenvolvidas as
atividades/especialidades, incluindo conservação e manutenção de revestimentos, mo-
biliários e equipamentos, reprocessamento de artigos e superfícies, disponibilidade de
insumos de acordo com a demanda a ser atendida, fluxos e rotinas de trabalho com os
respectivos procedimentos operacionais padronizados (POPS), armazenagem de mate-
riais e até mesmo o descarte, acondicionamento e segregação temporária de resíduos
dos serviços de saúde.

As não conformidades porventura existentes, sejam de ordem física dos ambien-


tes, ou de desenvolvimento dos fluxos de trabalho constituem-se em riscos sanitários
e podem comprometer e até inviabilizar o bom andamento dos serviços assistenciais, a
depender da gravidade e da amplitude. As inspeções sanitárias detectam e sinalizam as
não conformidades com o devido embasamento na legislação pertinente a cada ativida-
de e estimam prazos para sua correção, cuja extensão depende do agravo à saúde que
estiverem causando ou poderão causar.

Existem também as questões que não se vinculam à estrutura ou aos materiais, mas
sim aos fluxos de trabalho, às rotinas e aos modos de operação com que os profissionais
e demais funcionários executam suas funções. Sua resolução é de prazo curto. São as
não conformidades de ordem logística ou de organização.

NÃO CONFORMIDADES ORDEM EMERGENCIAL


CUMPRIMENTO IMEDIATO
Requerem rápida resolução e se necessário for a interrupção (Interdição Parcial) do
Setor/Serviço, devido ao risco iminente. O objetivo é impedir de imediato a propa-
gação do agravo, realocando o atendimento em outro Setor da Unidade, redirecio-
nando o serviço de modo temporário até sanar as incorreções.

NÃO CONFORMIDADES LOGÍSTICA/ORGANIZAÇÃO


(RELACIONADAS A FLUXOS E ROTINAS)
CURTO PRAZO
São aquelas ligadas à implementação e/ou melhoria dos fluxos de trabalho – são
relacionadas à organização interna dos fluxos de trabalho e à responsabilização e
redistribuição de tarefas.

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CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
NÃO CONFORMIDADES ORDEM ESTRUTURAL
MÉDIO / LONGO PRAZO
São as que implicam em manutenção de equipamentos, instalação de acessórios ou
uso de dispositivos que possibilitem andamento mais seguro dos serviços. Existem
também as que demandam intervenções na estrutura física, nos diversos setores e
nas instalações (elétrica, hidráulica, gases medicinais, revestimentos, exaustão) de
modo a sanar incorreções que podem ter consequências nos fluxos de trabalho.
Requerem reformas ou obras as quais demandam maior período (médio a longo)
para seu atendimento. Pela característica estrutural são estabelecidos prazos mais
extensos e muitas vezes, por necessidade de serviço, há também que se transferir
temporariamente os serviços para outros Setores/Unidades.

Devem ser consideradas também que as características das não conformidades


(emergenciais, de fluxos, materiais ou estruturais) e os respectivos períodos para corre-
ção (IMEDIATO, CURTO, MÉDIO, LONGO) encontram-se diretamente relacionados aos
riscos potenciais à saúde tanto de pacientes, de acompanhantes e de profissionais atu-
antes nos serviços de saúde. Portanto devem ser observadas em que área da Unidade
os agravos ocorrem: área crítica, semi-crítica e não crítica. Por exemplo, infiltrações no
teto de uma área crítica caracterizam uma não conformidade de Ordem Emergencial e
implicam na interdição do setor. A mesma situação de infiltrações no teto de uma área
não crítica pode ser corrigida em prazo médio ou longo, característicos de uma não con-
formidade de Ordem Estrutural.

Cada Unidade de Saúde tem suas características, suas demandas de pacientes, ne-
cessidades próprias ao seu universo. O cronograma de execução para as correções das
não conformidades deve ser sugerido e elaborado levando-se em conta a diversidade
de cada Unidade. Para este planejamento são considerados, além dos fatores de risco,
a dimensão dos reparos a serem feitos, o perfil do Hospital (Geral ou Especializado) a
disponibilidade de materiais e de pessoal, entre outros, podendo ser elaborado conforme
modelo.

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CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

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CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

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CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

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CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

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BIBLIOGRAFIA
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Assistência Segura: Uma Reflexão Te-
órica Aplicada à Prática Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2017.
Disponível em: https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicaco-
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169
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DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO I
ROTEIRO DE
LICENCIAMENTO
SANITÁRIO
ON-LINE

170
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO I

171
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO I

172
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO I

173
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO I

174
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO I

175
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO I

176
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO I

177
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO I

178
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO I

179
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO I

180
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO I

181
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO I

182
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO I

183
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO I

184
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II
ROTEIRO DE
FISCALIZAÇÃO
DE HOSPITAIS

185
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

186
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

187
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

188
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

189
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

190
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

191
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

192
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

193
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

194
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

195
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

196
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

197
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

198
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

199
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

200
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

201
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

202
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

203
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

204
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

205
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

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MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

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MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

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MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

209
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

210
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

211
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

212
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

213
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

214
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

215
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

216
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

217
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

218
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

219
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

220
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

221
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

222
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

223
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

224
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

225
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

226
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

227
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

228
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

229
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

230
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

231
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

232
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

233
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

234
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

235
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

236
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

237
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO II

238
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO III
LEGISLAÇÃO
DE HOSPITAIS

239
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO III

240
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO III

241
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO III

242
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO III

243
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO III

244
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO III

245
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO III

246
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

ANEXO III

247
MANUAL DE POLÍTICAS E DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA GESTORES
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO

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