Departamento de Clínicas
Tema:
____________________________________
Diandra de Sousa Nascimento
I
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho
II
AGRADECIMENTOS
Este relatório surge após o culminar de 5 anos de esforço, dedicação e muito trabalho, sendo o
capítulo final de um grande sonho que nunca se teria realizado se não fosse pela bênção
divina, o auxílio e a presença de inúmeras pessoas.
Primeiro agradecer a Deus, pela sua graça, força e esperança em cada momento de
dificuldades e por cada victória conquistada ao longo deste período.
Aos meus supervisores Doutor Abel Chilundo e Mestre Alberto Dimande pela orientação bem
dirigida do princípio ao fim, pela partilha de conhecimento, apoio, compreensão, ajuda e pela
amizade.
Ao casal Rudie e Killa Nel por me terem aceite como estagiária em sua empresa. Obrigada por
todos os ensinamentos, dedicação e apoio durante estes três meses. Este agradecimento
estende-se a Corlia, Mandla, Luísa e August, funcionários com quem trabalhei, por toda
simpatia, paciência, dedicação no ensino da lide agropecuária, bem como na comunicação na
língua local.
A Doutora Otília Bambo pela sua vitalidade em ensinar, pela sua paciência e motivação ao
longo deste percurso.
Ao Doutor Cláudio Laisse pela sua dedicação ao ensino, pela transmissão de vários
conhecimentos relacionados com à patologia animal, acima de tudo agradeço pela
simplicidade.
A técnica de Medicina Interna, Paulinha, pelo apoio e ensinamento. Aos técnicos do laboratório
de Patologia, Cersio e Ngoca, pelo apoio técnico na realização do trabalho e pela motivação.
Aos meus dois pais, Benjamim e Anita Nascimento, João e Amélia Munguambe por terem
sempre participado activamente na minha educação moral, cívica e académica.
Aos meus irmãos, Heimir, Laima, Mauro e Leontina por sempre terem estado ao meu lado e
nos momentos em que queria desistir, motivaram-me incansavelmente.
Aos meus colegas de turma, em especial Lídia Sinalima, Leucina Paulo, Bijorca Nhanala, Elio
Muatareque, Motivo Zano, Ercílio Bila, Paula Xerinda, Puná Banze, Armando Milice e Ângelo
Nhambo. Esta fase foi mais fácil e possível de ultrapassar graças a vossa companhia.
III
Aos meus amigos Marília Namburete, Rodrigo Ramalho Jr., Valter Macie e Florêncio Bahule
por sempre estarem disponíveis quando mais precisei de um ombro amigo e por sempre me
aconselhar a ser e fazer melhor.
Aos meus gatos Snow, Tiga e Pakita pela companhia especialmente nas noites das “directas”.
IV
LISTA DE FIGURAS
Figura I. Hemoncose em cabra landim.....................................................................................13
Figura III. Caprino, cruzamento de Boer e Landim, de um ano e meio de idade com tumefação
na face, pálpebras e orelhas......................................................................................................21
V
LISTA DE TABELAS
Tabela I. Resumo das actividades realizadas por espécie animal...............................................5
Tabela II. Esquema e sequência de fotos para o auxílio na estimativa da idade dos animais.....9
Tabela XI. Resultado dos exames bioquímicos dos animais sem sinais clínicos......................23
VI
ÍNDICE
Resumo....................................................................................................................................... X
1 Introdução............................................................................................................................ 1
2 Objectivos............................................................................................................................. 3
3 Metodologia.......................................................................................................................... 4
4 Actividades Desenvolvidas...................................................................................................5
4.2.3 Desmame...............................................................................................................7
4.5.1 Oestrose............................................................................................................... 12
VII
4.5.2 Descarga ocular...................................................................................................13
4.5.3 Hemoncose.......................................................................................................... 13
4.5.4 Diarreia................................................................................................................. 13
4.5.5 Timpanismo.......................................................................................................... 14
4.5.8 Feridas................................................................................................................. 15
4.5.9 Abcessos.............................................................................................................. 15
4.5.10 Claudicação..........................................................................................................16
4.5.11 Erliquiose............................................................................................................. 16
5.1.2 Patogenia............................................................................................................. 18
5.1.4 Diagnóstico........................................................................................................... 19
5.1.6 Tratamento........................................................................................................... 19
5.2.1 História................................................................................................................. 20
5.2.6 Resultados........................................................................................................... 23
VIII
Exames bioquímicos........................................................................................................... 23
Exame de ração................................................................................................................. 24
6 Discussão........................................................................................................................... 27
7 Conclusão........................................................................................................................... 30
8 Recomendações................................................................................................................. 31
9 Referências bibliográficas...................................................................................................32
IX
RESUMO
Este relatório descreve as actividades realizadas durante o estágio, entre os meses de Outubro
a Dezembro de 2019, na empresa K & T Investimentos, Lda. Pretendeu-se desenvolver e
aperfeiçoar as competências teórico-práticas, de modo a adquirir habilidades técnicas e
operacionais relacionadas as actividades de produção de pequenos e grandes ruminantes. Na
primeira parte será descrita a participação e o acompanhamento das actividades de rotina da
empresa, nomeadamente o arrolamento diário dos animais, alimentação dos animais
estabulados, vacinações, desparasitações e resolução de casos clínicos. Como resultado,
foram observados 365 casos clínicos, dos quais a oestrose e a diarreia ocorreram com maior
frequência. Realizou-se também 134 identificações, 283 desmames, 4 descornas, 4035
desparasitações e 1283 vacinações. Na segunda parte é apresentado o caso de estudo em
que se relata a ocorrência de um surto de Hepatotoxicidade com reacções de
fotossensibilidade em caprinos e ovinos, em que os animais apresentaram edema na face,
pálpebras, orelhas e icterícia. Foram colhidas amostras de sangue, soro e da ração. O
hemograma apresentou alterações inespecíficas, o exame bioquímico apresentou aumento dos
níveis séricos de GGT, AST, ALT e na ração verificou-se a presença de Aspergillus fumigatum.
Foi realizada a necropsia de quatro animais, os quais apresentaram alteração na coloração do
fígado, 3 com coloração escura e 1 amarelada. Microscopicamente, houve tumefação difusa e
vacuolização citoplasmática dos hepatócitos. No rim observou-se nefrose tubular e glomerular
multifocal. Dos 16 animais afectados 2 sobreviveram. O diagnóstico de hepatotoxicidade com
reacção de fotossensibilidade foi baseado nos sinais clínicos, exames bioquímicos e nas lesões
histológicas.
X
1 INTRODUÇÃO
O sector comercial, ainda pouco expressivo em termos de efectivos, é mais produtivo, uma vez
que usa métodos mais sofisticados, comparado ao sector familiar, como a compra de insumos,
suplementação do gado na época seca, uso de mão-de-obra qualificada e melhoramento
genético das raças (DINAV, 2015).
1
O distrito apresenta um clima sub-tropical, com duas estações, a chuvosa (Outubro a Abril) e a
seca (Maio a Setembro). A precipitação média anual situa-se na ordem de 800 mm (MAE,
2005).
A farma possui 473 bovinos e 3167 caprinos e ovinos em regime de exploração extensivo
comercial, com o propósito de produção de carne. As raças exploradas eram a Landim,
cruzamentos de Landim com Africander, Dorper e Boer nos bovinos, ovinos e caprinos,
respectivamente.
2
2 OBJECTIVOS
3
3 METODOLOGIA
4
PARTE 1. DESCRIÇÃO DAS ACTIVIDADES DURANTE O ESTÁGIO
4 ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS
As actividades realizadas durante o estágio, bem como a sua distribuição por espécie estão
descritas resumidamente na Tabela I.
Tabela I.
Resumo das Espécie
actividades Actividade
Total
realizadas por (sessões)
Caprinos e
espécie Bovinos
ovinos
animalÁrea
Administração de
Maneio 3 17 20
ração
alimentar
Administração de leite 90 76 166
Identificação 1 15 16
Maneio
Desmame 0 3 3
produtivo
Descorna 1 0 1
Maneio Selecção de
0 1 1
reprodutivo reprodutores
Desparasitações 1 15 16
Maneio
Vacinações 0 9 9
sanitário
Outras 0 15 15
Casos clínicos 28 321 349
Total 124 472 596
5
4.1 Maneio Alimentar
Os animais tinham a água ad libitum nos currais e também nos campos de pastagem, através
de bebedouros feitos pela própria empresa.
Este modelo extensivo de criação é recomendado por Rogério et al. (2016), indicando que o
pasto nativo e/ou cultivado é a base alimentar para os rebanhos, quando os pastos se tornam
escassos e/ou reduzem a sua qualidade nutritiva, a suplementação com forragens e ração
concentrada são estratégias recomendadas.
A fase de aleitamento dos animais jovens (caprinos e ovinos) foi de 80 a 90 dias para os
machos e 100 dias para as fêmeas. Nesta fase as crias dependiam do leite materno e
alimentavam-se também do pasto presente nos currais.
Em casos de morte da progenitora, crias muito pequenas e/ou fracas, assim como trigemelares
(caprinos e ovinos), recebiam uma mistura a base de leite de vaca liofilizado, gema de ovo,
glucose em pó e óleo através de um biberão improvisado, com uma garrafa plástica de 1/2 a 2
litros, em pequenas porções, 3 a 4 vezes ao dia. À partir de uma semana de idade o leite era
administrado sem nenhum aditivo, duas vezes ao dia até ao desmame.
A alimentação dos animais jovens na farma está em concordância com Borges e Gonçalves
(2002), os quais descrevem que a alimentação dos animais recém-nascidos, até ao quarto mês
de idade, consiste no acesso ao colostro, até primeiras 36 horas de vida ou fornecimento do
mesmo até ao quinto dia de vida.
6
4.2 Maneio Produtivo
O efectivo era arrolado 2 vezes ao dia, na saída a pastagem às 7:00 horas e ao regresso às
16:00 horas por meio de contagem física dos animais. O número do efectivo era registado num
caderno para comprar com a contagem seguinte. Registava-se também os nascimentos,
abates e a movimentação dos animais entre os currais.
Foram identificados 10 cabritos e 108 cordeiros de 2 a 3 dias com tatuagem, na face interna da
orelha direita (tatuagem permanente) com recurso a um alicate de tatuagem, onde se tatuou
com as duas iniciais da empresa “KT”. Para além da tatuagem, a mãe assim como a cria
recebiam número em ordem crescente de nascimentos ou o número do brinco da mãe, caso
esta tenha brincos, escritas com “spray” verde ou cor-de-rosa. A marcação com o spray era
para facilitar a identificação das crias e respectivas matrizes. Os mesmos dados eram
registados num livro.
A marcação a ferro foi feita em 16 novilhos, pois este seriam transferidos para uma outra farma
da mesma empresa. Esta actividade consistiu na contenção do animal na manga, seguida de
marcação com ferro quente com as letras iniciais da empresa e o número em ordem crescente,
no ombro esquerdo do animal.
As práticas de maneio produtivo realizadas na farma é recomendada por Oliveira et al. (2011) e
Oliveira Filho (2015) indicando que a identificação deve ocorrer logo após o nascimento, para
não interferir no vínculo materno-filial, podendo ser feita de diferentes formas, sendo as
aplicadas na farma as mais usadas. Os mesmos autores dizem ainda que o arrolamento e a
identificação individual dos animais são extremamente importantes, não só por uma questão de
controlo e conhecimento dos animais, como permite melhor organização e gestão do
empreendimento.
7
4.2.3 Desmame
Foram desmamadas 44 cordeiras, 85 cabritas com média de 100 dias e 34 cordeiros e 120
cabritos com média de 80 dias, através de separação total da mãe. As fêmeas foram colocadas
no mesmo curral, onde ficaram por 15 dias até serem transferidas para uma outra farma onde
ficam as fêmeas jovens e as vazias.
A idade de desmame exercida na farma não vai de acordo com a sugerida por Oliveira et al.
(2011), que diz que na amamentação natural e artificial, o desmame deve ocorrer entre a sexta
e sétima e, sétima e oitava semana de vida, respectivamente, de modo a prevenir o desgaste
da matriz.
Foi realizada a descorna de 4 vitelos, com o auxílio de um ferro quente de descorna, que
consistiu na contenção do animal na manga, seguida de cauterização da zona do botão
germinativo dos cornos. Esta prática vai de acordo com Stilwell et al. (2007) sugerindo como
um dos métodos de descorna em vitelos, sendo actualmente o método mais utilizado em todo o
mundo (Kling-Eveillard et al., 2009; Gottardo et al., 2011).
Os bovinos estão divididos em dois currais com cerca de 200 animais cada um, de diferentes
categorias. A cobrição é feita por monta natural, onde os machos permanecem com as fêmeas
durante todo o ano, consequentemente, os partos se distribuem ao longo do ano.
As cobrições nos caprinos e ovinos ocorrem a cada 6 semanas. Esta também é por monta
natural, onde os machos permanecem com as fêmeas durante 21 dias. Depois dos 21 dias,
8
espera-se uma duração de gestação de em média 150 dias. Iniciados os partos, estes devem
ocorrer dentro de 1 mês. Após esse período, todos as fêmeas que não parirem e nem
demonstrarem sinais de prenhez, retornam ao curral das fêmeas jovens e vazias. Nenhum
método de detenção de cio ou teste de prenhez é aplicado na unidade tanto nos pequenos
ruminantes como nos bovinos.
No início do estágio, um curral de 205 ovelhas estava a entrar no período de parto, das quais
191 pariram em média duas crias. As ovelhas que não pariram retornaram ao curral das
fêmeas vazias.
Tabela II. Esquema e sequência de fotos para o auxílio na estimativa da idade dos animais.
Animal jovem –
dentição de leite
9
Animal com 1º médio
(3 anos)
Actualmente, não existe um documento oficial que rege as desparasitações e vacinações nos
pequenos ruminantes em Moçambique. Deste modo, na unidade as vacinações e
desparasitações dos caprinos e ovinos seguem um calendário proposto pela própria empresa,
conforme estão descritas nas Tabelas III e IV.
Relativamente ao gado bovino, não seguem nenhum calendário tanto de desparasitação como
de vacinação, estando estas acções ao critério dos proprietários. No entanto, não vai de acordo
com o recomendado pelo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER), que
sugere um calendário de vacinações para as doenças de vacinação obrigatória para bovinos
tais como o Carbúnculo Hemático, Carbúnculo Sintomático, Febre Aftosa, Brucelose e
Dermatose Nodular.
10
(semanas)
Enterotoxemia, Edema maligno, Carbúnculo
sintomático, Tétano e Pasteurelose (Multivax-P®,
Cabritos 6ª e 12ª
MSD Animal Health, RSA) ou (Ovi-Clos P®, Ascendis Animal
Health, RAS) - 2 ml, SC
Idade/Período
Categoria Desparasitante
(semana)
Levamisol e Praziquantel
Albendazol e Closantel
Albendazol e Closantel
6ª antes da cobrição/
Cabra/ovelha (Prodose® Orange, Virbac, RAS)
parto
2 ml/10 kg, Oral
Albendazol e Closantel
11
Para o controlo de carraças em pequenos ruminantes, semanalmente era aplicado Flumetrina
(Drastic deadline®, Bayer, RAS), em forma de pour on.
Após o parto, as cabras e ovelhas, no momento da marcação das crias, foram administradas 1
ml de Oxitetraciclina (Hi-tet 120®, MSD, RSA) e 1 ml de Doramectina (Dectomax®, Zoetis,
RAS) por via SC e 2 ml de Oxitetraciclina de longa acção (Reverin LA 230®, MSD) por via
intramuscular (IM), por forma a prevenir doenças transmitidas por carraças.
A via usada para a administração da Oxitetraciclina (Hi-tet 120®, MSD, RSA) não foi de acordo
com o fabricante, que recomenda a via IM ou intravenosa (IV).
12
Claudicação 2 3 15 20
Rickettsiose 3 20 9 32
Hepatotoxicidade* 0 15 1 16
Total 28 212 125 365
*Caso de estudo
4.5.1 Oestrose
4.5.3 Hemoncose
13
O diagnóstico e o tratamento aplicado foram de acordo com o sugerido por Climeni et al.
(2008), onde mencionam que o diagnóstico pode ser feito com base nos sinais clínicos e para o
tratamento, um anti-helmíntico eficaz contra todas as formas de desenvolvimento do parasita.
A B
Figura I. Hemoncose em cabra landim. A. Edema submandibular. B. Mucosa da conjuntiva pálida.
4.5.4 Diarreia
Os casos de diarreia na farma foram mais frequentes em animais jovens e ocorreu nas 3
espécies exploradas. Os animais afectados apresentavam sinais de fraqueza, desidratação,
fezes amareladas e esverdeadas. O factor predisponente associados à ocorrência da diarreia
na farma foi a mistura de animais de diferentes idades no mesmo curral, principalmente em
bovinos. Nos caprinos e ovinos o tratamento consistiu na administração de Doramectina
(Dectomax®, Zoetis, RAS) na dosagem de 1 ml/50 kg PV, via SC e de Oxitetraciclina (Hi-tet
120®, Bayer, RAS) na dosagem de 3 ml/30 kg, via IM. Caso a diarreia persistisse por 3 dias,
era administrado Sulfadimidina (Sulfazine 16%®, Bayer). Este último fármaco também foi
administrado em casos de diarreia amarelada. Todos animais tratados recuperaram.
4.5.5 Timpanismo
Três cabras lactantes, cruzamento de Landim e Boer, retornaram do pasto com o abdómen
distendido para o lado esquerdo, dispneia e dificuldades na locomoção. Após o exame clínico,
concluiu-se que se tratava de timpanismo gasoso, pelo som timpânico produzido pelo rúmen
quando percutido. O tratamento consistiu na perfuração do rúmen com uma agulha de tamanho
14
18G, de modo a reduzir a pressão causada pelo gás. De seguida administrou-se uma mistura
de carvão activado e bicarbonato de sódio por via oral. Apenas uma cabra sobreviveu.
O tratamento instituído foi semelhante ao descrito por Pagani (2008), em que menciona o uso
de trocânter ou cânula para perfurar o rúmen e promover a saída do gás e também o uso de
bicarbonato de sódio para promover a salivação.
Os casos de ectima contagioso na farma, foram mais frequentes no curral que alojava cabritos
e cordeiros de 1-4 semanas de idade e suas matrizes. Os animais afectados apresentaram os
seguintes sinais: crostas espessas na comissura labial, região perinasal (Figura II), orelhas,
região inguinal e membros. Algumas matrizes apresentaram lesões crostosas nos tetos. Na
inspecção da cavidade oral alguns animais apresentaram vesículas e pústulas na língua e
gengiva, o que dificultava a toma do alimento, levando a casos de óbito. Tratamentos tópicos
com uma mistura de parafina líquida e povidato de iodo (Povidone®, Swavet, RAS) foram
administrados nos animais.
Para o diagnóstico definito desta condição, além dos sinais clínicos, colheu-se amostra da
língua de um cabrito que morreu, por não conseguir se alimentar devido as lesões na cavidade
oral. A amostra foi processada no Laboratório de Patologia da FAVET, onde se obteve o
resultado de Glossite necrótica compatível com lesões de Ectima Contagioso, o que vai em
concordância com Riet-Correa et al. (2011).
15
4.5.7 Infestação por carraças
Nos casos de infestação por carraças, o tratamento consistiu na remoção manual das carraças
para um frasco contendo sais de espírito. Nas orelhas, as carraças eram removidas com o
auxílio de uma pinça de disseção e fazia-se uma aplicação tópica de Clorfenvinfos (Tick
grease, Swavet, RSA) no pavilhão auricular. No corpo do animal aplicou-se Diazion (Dazzle
NF®, Bayer, RAS) diluída na proporção de 1:300.
Como forma de prevenção de doenças transmitidas por carraças era também administrada
Oxitertraciclina (Hi-tet 120®, Bayer, RAS) na dosagem de 3 ml/30 kg, IM.
4.5.8 Feridas
4.5.9 Abcessos
Treze casos de abcessos foram observados em animais de diferentes idades, porém com mais
frequência em animais adultos. Estes ocorreram na região dos cascos, mandíbula, úbere e
pescoço. Para seu diagnóstico palpava-se a tumefação de modo a verificar a flutuação do
conteúdo, seguida de desinfecção do local e posterior punção com uma agulha e seringa para
a aspiração do conteúdo.
Após confirmada a presença de pus, fazia-se tricotomia, incisão com lâmina de bisturi e
drenagem do conteúdo, seguida de lavagem com Cetrimida e Clorexidina (Savlon, Johnnson-
Johnnson, RAS) diluída com água. Por fim, aplicava-se um cicatrizante composto por
Oxitetraciclina e Violeta de genciana (Necrospray NF®, Bayer, RAS). A lavagem e desifecção
eram repetidas diariamente até a cicatrização.
16
4.5.10 Claudicação
4.5.11 Erliquiose
Os sinais clínicos observados estão de acordo com os descritos por Rovid-Spicker (2005), o
qual refere que sinais nervosos nem sempre são evidentes, aparecendo geralmente na fase
terminal. O tratamento instituído é o recomendado por Urquhart et al. (1996).
17
PARTE 2. CASO DE ESTUDO
Fotossensilidade é uma reacção anormal da pele quando esta é exposta à radiação ultravioleta
(UV), no decurso da presença de um agente fotodinâmico na pele. Os agentes fotodinâmicos
absorvem a luz UV num comprimento de onda de 320 a 400 nm, tornam-se activos e
transmitem a energia para as células adjacentes, resultando em lesão celular. A exposição ao
agente de qualquer tipo pode ser sistémica (quando atinge a pele pela circulação sanguínea)
ou por contacto (Radostits et al., 2006; Smith, 2009).
18
custos relacionados ao controlo dos agentes tóxicos, diagnóstico, tratamento e substituição dos
animais (Riet-Correa e Medeiros 2001).
5.1.2 Patogenia
19
5.1.3 Sinais clínicos
Os sinais iniciam-se por eritema, seguido de edema e por fim, ocorre necrose da pele e
gangrena seca (Tokarina et al., 2000). Outros sinais observados incluem: apatia, mucosa
ictérica, hepatomegalia, emaciação, diminuição de apetite e da actividade ruminal, sialorreia e
dificuldades locomotoras (Tokarnia et al., 2000; Barbosa et al., 2006). A taquipneia, cianose,
inquietação e fezes com sangue também foram reportados (Bonel-Raposo et al., 2008). Há
relatos de casos caracterizados por depressão, ausência de icterícia, hiperemia das mucosas,
edema facial e de orelhas, culminando com morte rápida (Santos et al., 2008).
5.1.4 Diagnóstico
20
Língua azul, diferencia-se pela presença de úlceras e erosões na cavidade bocal, além
de ausência de icterícia (Martins et al., 2009).
Fotossensibilidade primária, diferencia-se pela ausência de lesões no fígado (Kellerman
et al. (1988).
5.1.6 Tratamento
No decurso do estágio, verificou-se num dos currais de caprinos e ovinos, animais com
sintomatologia, que por meio de exclusão, levaram a suspeita de Hepatotoxicidade com
reacções de fotossensibilidade. Embora tenham ocorrido mortes de animais com sintomas
similares na farma, nunca havia sido realizada alguma pesquisa clínica para o diagnóstico
definitivo, daí o interesse em descrever as alterações clínicas e anatomopatológicas com vista
a determinar a causa da morte dos animais.
5.2.1 História
21
maleato de clorfeniramina e carvão activado, com execepção dos 2 casos de sobrevivência,
onde o Flunixin meglumina foi substituído pela Dexametasona.
Os animais do lote em causa tinham sido vacinados com Multivax P (toxóides de formol
purificados de Clostridium perfringens tipo D, Clostridium septicum, Clostridium tetani, cultura
mortas, purificadas, em formalina de Clostridium chauvoei e solução salina tampão dos
serotipos A e T de Mannheimia (Pasteurella) haemolytica, MSD, RAS) para os caprinos e
Língua azul (BT ABC Plus Slow-Release, Serotipo 1, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 13, 15 e 19, RAS)
para os ovinos. Os animais, haviam também recebidos desparasitante com uma suspensão de
Albendazole e Closantel (Prodose® Orange, Virbac, RAS), Levamisole e Praziquantel
(Eradiworm®, Afrivet, RAS) e aplicados Fumetrina (Drastic deadline®, Bayer, RAS), em forma
de pour on semanalmente para o controlo de carraças.
Figura III. Caprino, cruzamento de Boer e Landim, de um ano e meio de idade com tumefação na face,
pálpebras e orelhas.
Conduziu-se também uma investigação ao local de pastagem dos animais daquele lote, sob
suspeita de possível presença de planta tóxica.
Ao exame físico, os animais afectados apresentavam valores de temperatura rectal que variou
de 38,8-39,5ºC, com excepção de um caso de um caprino com 41ºC. As mucosas da
22
conjuntiva e oral estavam ictéricas (Figura IV), e alguns animais apresentavam linfonodos pré-
escapular e pré-crural ligeiramente aumentados de tamanho.
A B
Figura V. Caprino jovem. A. Necrose na face dorsal da língua (seta branca). B. Lesões crostosas e
espessamento da nele na cauda e região perianal.
23
5.2.5 Exames complementares
Foram colhidas amostras de sangue inteiro e de soro de 7 dos animais afectados (6 caprinos e
1 ovino) e 6 caprinos sem sinais clínicos, do mesmo lote. As amostras de sangue inteiro foram
enviadas para o laboratório de Medicina Interna da FAVET, para análises hematológicas. As
amostras de soro, foram enviadas para o Laboratório de Análises Clínicas (LAC), onde
verificou-se os níveis séricos de AST, ALT e GGT.
Colheu-se uma amostra da ração e esta foi enviada para o Laboratório de Microbiologia da
FAVET, sob suspeita de contaminação por Aspergilus, onde fez-se a cultura em Agar Sangue.
Foram realizadas 4 necropsias pela técnica de Ghon descrita por Feitosa (2004), em 3 caprinos
e 1 ovino, onde colheu-se amostras dos órgãos afectados e fixou-se em formalina a 10%. As
amostras foram processadas no laboratório de Patologia da FAVET, embebidas em parafina,
seccionadas na espessura de 5 μm e coradas com Hematoxilina e Eosina (HE) (Michalany,
1990).
24
5.2.6 Resultados
O local de pastagem apresentou escassez de pasto e áreas vastas com resíduo de queimadas.
Nenhuma planta com potencial hepatotóxico foi identificada.
Exame hematológico
Não foi possível realizar os exames hematológicos, pois a máquina não estava operacional.
Exames bioquímicos
Os animais doentes apresentaram aumento dos níveis séricos das enzimas AST, ALT e GGT,
com execepção do caprino 2, que apresentou AST abaixo dos valores de referência (Tabela
X).
Nos animais sem sinais clínicos, os exames bioquímicos demonstraram aumento dos níveis
séricos de ALT e GGT. Os caprinos 2 e 4 apresentaram níveis de AST normais e os restantes
estavam abaixo dos valores de referência (Tabela XI).
25
Tabela VII. Resultado dos exames bioquímicos dos animais sem sinais clínicos.
1 30 141 68
2 131 41 64
3 34 103 117
4 126 51 84
5 30 98 90
6 55 149 68
*Fonte: Coles, 1986.
Exame de ração
26
A B
C D E
Figura VI. Lesões macroscópicas dos caprinos e ovino. A. Icterícia generalizada. B. Fígado de coloração
alaranjado, bordas arredondadas e vesícula biliar aumentada de tamanho. C. Rim congestionado com
pélvis renal de cor amarelada. D. Líquido amarelado gelatinoso no tecido subcutâneo. E. Pulmão
edemaciado e congestionado.
27
A B
C D
Figura VII. Lesões microscópicas. A. Fígado. Vacuolização citoplasmática multifocal dos hepatócitos,
degenerescência e necrose hepatocelular e presença de bilirrubina (seta). HE. 20x. B. Rins.
Degenerescência e necrose tubular e do tufo glomerular (setas). HE. 20x. C. Orelhas. Espaçamento
entre as fibras do tecido subcutâneo (edema) HE. 4x. D. Pulmão. Substância eosinofílica nos espaços
alveolares (setas). HE. 10x.
28
6 DISCUSSÃO
A empresa K & T Investimentos, Lda possui 473 bovinos e 3167 pequenos ruminantes. No
período de Outubro a Dezembro de 2019, 16 animais de um lote de 487 caprinos e ovinos,
manifestaram sinais clínicos caracterizados por edema na face, pálpebras e orelhas. Embora
estes sinais também estejam presentes no Edema maligno, Língua azul e Fotossensibilidade,
estabeleceu-se um diagnóstico presuntivo de Hepatotoxicidade com reacções de
fotossensibilidade pela presença de icterícia.
O surto ocorreu na época chuvosa, antes da primeira queda de precipitação, após um longo
período de seca, escassez de pasto, além de ocorrência anterior de queimadas. Estes factores
também foram descritos por Riet-Correa et al. (2007), como estando associados a ocorrência
de casos de intoxicação por plantas hepatotóxicas.
A idade dos animais afectados corrobora com o descrito por Riet-Correa e Méndez (2007), que
mencionam os animais jovens como os mais suceptíveis que os adultos.
Nem todos os ruminantes do rebanho são igualmente afectados, quando expostos a um agente
hepatotóxico, uma vez que a manifestação clínica depende da resistência ou susceptibilidade
das espécies e indivíduos dentro do rebanho (Gracindo et al., 2014; Hussain et al., 2018; Chen
et al., 2019). considerações poderiam explicar por que nem todos os animais do lote terem sido
afectados.
Os sinais clínicos observados neste estudo foram semelhantes aos descritos Radostits et al.
(2006); Kim et al. (2009), Albernaz et al. (2010), Underwood et al. (2015) em ruminantes com
Hepatotoxicidade com reacções de fotossensibilidade. No entanto não foram observadas
alterações oculares, como corrimento ocular e cegueira como descritos por Motta et al. (2000)
em surtos de hepatotoxicidade com reacções de fotossensibilidade em bovinos de etiologia não
determinada. Este reportou ainda a ocorrência de lesões ulcerativas na face ventral da língua,
contrariamente ao presente caso em que 2 animais apresentaram necrose na face dorsal da
língua e língua edematosa.
A distribuição das lesões cutâneas dos animais observados estão de acordo com as descritas
por Kellerman et al. (1988), Radostits et al. (2006) e Riet-Correa et al. (2007) os quais referem
que a dermatite é observada em áreas mais claras ou com poucos pêlos.
A evolução do edema subcutâneo para crostas (dermatite ulcerativa), após 4 a 5 dias, como
observado nos 2 casos de caprinos sobreviventes são consistentes com as alterações de
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Hepatotoxicidade com reacções de fotossensibilidade descritas por Radostitis et al. (2006),
Smith (2009) e Shergold (2015).
O aumento dos níveis séricos de GGT e AST dos animais do estudo, também descritos por
Albernaz et al. (2010) e Montoya-Ménez et al. (2019) em casos de Hepatotoxicidade com
reacções de fotossensibilidade, apoiam o diagnóstico presuntivo, uma vez que o aumento
dessas enzimas na circulação sanguínea é indicador de lesão hepática e biliar. Embora a ALT
tenha pouco valor diagnóstico em lesões hepáticas nos ruminantes, é um bom indicador de
lesões nos rins (Scheffer e González, 2006).
As alterações observadas na necropsia corroboram com as relatadas por Motta et al. (2000),
Albernaz et al. (2010), Cordeiro (2013), Moreira et al. (2018), Montoya-Ménez et al. (2019). No
entanto, a coloração verde amarelada e verde acastanhada nos rins descrita pelos dois últimos
autores não foram observadas. Embora a coloração alaranjada do fígado do ovino no presente
caso também tenha sido descrita pelos autores, anteriormente mencionados, nos caprinos do
presente estudo o fígado apresentou uma coloração escura, facto este que pode ser justificado
pela congestão observada nos sinusoides.
As lesões histológicas no fígado e nos rins foram semelhantes as descritas por Kellerman et al.
(1988) e Blood e Radostitis, (1991), caracterizadas por tumefação e vacuolização dos
hepatócitos, degenerescência e necrose hepatocelular e nos rins ligeiro infiltrado inflamatório
polimorfonuclear, degenerescência e necrose do epitélio tubular. No entanto, Motta et al. (2000)
e Moreira et al. (2018) para além das lesões acima mencionadas, também observaram
colestase, alteração esta observada somente no ovino do presente estudo. A não observância
da colestase nos outros casos provavelmente deveu-se ao facto de os caprinos avaliados
terem apresentado um curso agudo, não havendo tempo suficiente para se evidenciar a lesão,
associado ao facto de não se ter usado coloração específica para a visualização da bilirrubina.
Em seus estudos Albernaz et al. (2010) e Moreira et al. (2018) associaram a hepatotoxicidade à
ingestão de Brachiaria brizantha e B. decumbens, respectivamente; do mesmo modo, Shergold
(2015), associou a presença de esporos de Pithomyces chartarum. Embora a investigação ao
pasto não tenha evidenciado nenhuma planta com potencial hepatotóxico e não se tenha
colhido amostra do pasto para o isolamento de fungos, os sinais clínicos, os achados
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bioquímicos, bem como os macroscópicos e microscópicos no fígado, rins e pele foram a base
para o diagnóstico presuntivo de Hepatotoxicidade com reacções de fotossensibilidade.
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7 CONCLUSÃO
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8 RECOMENDAÇÕES
Para os investigadores
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