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GESTÃO OPERACIONAL DE FACILITIES

2019
Gestão de Contratos (Aspectos jurídicos)
Luís Felipe Bretas Marzagão

www.fseduca.com.br cursos@fseduca.com.br
Luís Felipe Bretas Marzagão
Formação
✓ Bacharel em Direito pela Universidade Mackenzie – São Paulo/SP

Experiência

✓ Advogado atuante em Direito Tributário e Penal

✓ Aperfeiçoamento em Gestão Estratégica de Impostos – Instituto Trevisan


(2003)

✓ Especialista em Direito Tributário pela Pontifícia Universidade Católica de São


Paulo – PUC SP (2005 e 2006)

✓ Especialista em Direito Penal e Processual Penal pela Pontifícia Universidade


Católica de São Paulo - PUC SP (2009 e 2010)

2
Agenda
Conceitos mínimos sobre Direito e Documento 4

Noções sobre Poder, Lei e Obrigações 6

Contratos 11

Responsabilidades e Riscos ao contratar 19

Cuidados antes de contratar 36

Certidões de Tributos e de Distribuição Judicial 38

3
Conceitos mínimos sobre
Direito e Documento

4
Conceitos
DIREITO
Conjunto de regras que disciplinam a vida em sociedade.
Particular x Particular Estado x Estado
Estado x Particular Particular x Estado

DOCUMENTO
Principal forma de exteriorização do direito.

Exemplos:
Lei (Diário Oficial)
Certidão (por ex. Cartórios)
Contrato (por ex. Entre dois particulares, entre empresas etc.)
Sentença (Decorrente de processo judicial)

Estrutura do sistema jurídico


A constituição, modificação, extinção e exercício dos direitos ocorrem, no
sistema atual, por meio de documentos.
5
Noções sobre Poder, Lei e
Obrigações

6
Noções preliminares
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA

“Art. 5.º: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
...

II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão


em virtude de lei.

7
Noções preliminares

LEI
Cria, modifica e extingue obrigações.

OBRIGAÇÃO
Dever de fazer ou deixar de fazer algo.

PRINCIPAL FONTE
Poder Legislativo da União, Estados, DF e Municípios.

OUTRAS FONTES DE OBRIGAÇÕES


Por exemplo os particulares ao celebrarem contratos!

8
Fontes de obrigações

Fatos humanos a que a lei atribui a qualidade de fontes de obrigação:

a. DECLARAÇÕES UNILATERAIS DE VONTADE,

b. ATOS ILÍCITOS, intencionais e não intencionais;

c. CONTRATOS;

9
Fontes de obrigações

CÓDIGO CIVIL

• 23 espécies de contratos nominados (arts. 481 a 853)

• 5 declarações unilaterais de vontade (arts. 854 a 886 e 904 a 909)

• Títulos de crédito (arts. 887 a 926)

• Atos ilícitos (arts. 927 a 954)

10
Contratos

11
Contratos
CONCEITO

Acordo de vontades para o fim de criar, modificar ou extinguir relações


obrigacionais.

Força de “Lei” entre as partes.

Finalidade do contrato: distribuição de riqueza.

Autonomia da vontade: liberdade de discutir livremente as condições do


contrato, em condições de igualdade;
X
Função social: limita a autonomia da vontade, pois a liberdade de contratar
deve ser exercida de acordo com os fins sociais do contrato, o que implica
boa-fé e probidade;

12
Contratos
FUNÇÃO SOCIAL

▪ Limita a autonomia da vontade quando esta estiver em confronto com o


interesse social e este deva prevalecer,

▪ Impõe freios ao abuso e às desigualdades;

▪ Visa a garantir que a finalidade do contrato (distribuição de riqueza) seja


atingida de modo equilibrado (equilíbrio social).

EXEMPLOS

Desconsideração da personalidade jurídica (art. 50, CC),


Estado de Lesão (necessidade ou inexperiência) (art. 157, CC);
Contrato de adesão (art. 424, CC);
Resilição (distrato) unilateral (art. 473, par. único, CC);
Enriquecimento sem causa (art. 884, CC).

13
Contratos
FORMAÇÃO DO CONTRATO

Manifestação da vontade

1. Basta o acordo de vontade para que o contrato seja considerado celebrado,

2. Pode ser tácita a vontade quando a lei não exigir que seja expressa (art. 111,
CC);

3. Praxe comercial (art. 432, CC) – basta não recusar;

4. Venda a contento (art. 512, CC) – precisa de aceitação;

5. Doação pura (art. 539, CC) – silêncio equivale a aceitação.

14
Contratos
FORMAÇÃO DO CONTRATO

• Negociações preliminares
Sondagens, conversações, estudos, debates, projetos etc.

• Admitem desistência sem implicar perdas e danos.

• Vinculação só passa a existir com a declaração deliberada da intenção de


contratar.

• Embora sem vincular, a fase de negociação preliminar implica deveres para os


contraentes (boa-fé, probidade, esclarecimento, proteção, sigilo e lealdade).

Ex: Induzir contratação, ocasionando despesas, e depois recuar, fazendo a outra


parte perder oportunidades.

15
Contratos
FORMAÇÃO DO CONTRATO

Proposta
• Proponente manifesta intenção de se vincular, se a outra parte aceitar a
proposta tal como realizada.
• Deve conter todos os elementos essenciais do negócio proposto, como
preço, quantidade, tempo de entrega, forma de pagamento etc.

• Linguagem simples e inequívoca.

• Obriga o proponente (art. 427, CC). Aceitação fora do prazo ou com


modificações implica nova proposta (art. 431, CC).

E a proposta “sujeita a confirmação”?

16
Contratos

REQUISITOS
Agente capaz, vontade livre e espontânea (livre de erro, dolo, coação etc.),
objeto lícito, possível e determinado (ou determinável) e forma prescrita ou
não defesa em lei (consensualismo é a regra, formalismo a exceção).

CARACTERÍSTICAS
Partes, Objeto, Prazos, Sanções (multas), Assinaturas e Testemunhas.

PRINCÍPIOS CONTRATUAIS
Autonomia da vontade, supremacia da ordem pública, consensualismo,
relatividade dos efeitos, obrigatoriedade dos contratos, revisão contratual (ou
“onerosidade excessiva – 478, CC), boa-fé objetiva e probidade (422, CC)”.

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Contratos
ELABORAÇÃO e INTERPRETAÇÃO

Eficácia
Clareza e precisão.

Dificuldades
Limitações naturais da linguagem e expressão do pensamento.

Intenção X Sentido literal da linguagem (art. 112, CC).

Prevenção de litígios
Normas bem elaboradas tendem a evitar demandas e litígios.

Não havendo entendimento entre as partes sobre o exato alcance da


avença, a interpretação será realizada por Arbitragem ou pelo Poder Judiciário.

18
Responsabilidades e Riscos ao
contratar

19
Contratos
RESPONSABILIDADES e RISCOS

Tributários

Responsabilidades
Retenções/Recolhimentos de tributos
Pessoa Jurídica: IR, CSLL, PIS, COFINS, INSS, ISS...
Pessoa Física: IR, INSS, FGTS, ISS...

Riscos
Contingências financeiras, multas, juros etc.
Aquisição, sucessão, fusão de empresas
(passivo preexistente – sucessão de responsabilidade)

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Contratos
RESPONSABILIDADES e RISCOS

Trabalhistas

Responsabilidades

Consulta a Recursos Humanos e/ou serviços especializados.

Riscos
Contingências financeiras, multas, juros etc.

Desconsideração da personalidade jurídica

Bens dos sócios e/ou administradores

Empresas terceirizadas – demandam cautela!

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Contratos
RESPONSABILIDADES e RISCOS
Terceirização

“17.05 – Fornecimento de mão-de-obra, mesmo em caráter temporário,


inclusive de empregados ou trabalhadores, avulsos ou temporários,
contratados pelo prestador de serviço.”
(Lista de serviço da LC 116/03 – Imp. Sobre Serv.)

“Art. 31 ...
...
§3º. Para os fins desta lei, entende-se como cessão de mão-de-obra a
colocação à disposição do contratante, em suas dependências ou nas de
terceiros, de segurados que realizem serviços contínuos, relacionados ou
não com a atividade-fim da empresa, quaisquer que sejam a natureza e a
forma de contratação.” (Lei 8.212/91 – Seguridade Social)

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Contratos
RESPONSABILIDADES e RISCOS

Terceirização – Súmula 331 do TST (ANTES DA LEI 13.429/17)

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE


Res.174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011.

I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-


se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de
trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974).

II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não


gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta
ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988).

23
Contratos
RESPONSABILIDADES e RISCOS

Terceirização – Súmula 331 do TST (ANTES DA LEI 13.429/17)

III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços


de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem
como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador,
desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.

IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador,


implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas
obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do
título executivo judicial.

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Contratos
RESPONSABILIDADES e RISCOS

Terceirização – Súmula 331 do TST (ANTES DA LEI 13.429/17)

V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem


subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua
conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993,
especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais
da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não
decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela
empresa regularmente contratada.

VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as


verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral.

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Contratos
RESPONSABILIDADES e RISCOS
Terceirização (ANTES DA LEI 13.429/17)

TIM é condenada por terceirização irregular


A 4ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou as empresas TIM Nordeste e A&C Centro de Contatos ao
pagamento de indenização por dano moral coletivo, no valor de R$ 6 milhões, relativo à contratação ilícita de cerca de quatro
mil empregados terceirizados que prestavam serviços na área de call center. Segundo o relator do processo, ministro
Fernando Eizo Ono, o TST “tem decidido reiteradamente pela possibilidade de condenação de empresas ao pagamento de
indenização por dano moral coletivo, em caso de prática de atos violadores da legislação trabalhista que atingem número
expressivo de trabalhadores".

A ação civil pública foi proposta pelo Ministério Público do Trabalho, requerendo que a TIM contratasse diretamente
os empregados das empresas interpostas e se abstivesse de fazer novas terceirizações.

O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região considerou que a terceirização ilícita de serviços ligados à
atividade-fim da empresa resultou em dano moral coletivo, uma vez que prejudicou os direitos trabalhistas dos empregados
terceirizados, e manteve a sentença que determinou à TIM contratar diretamente todos os empregados das empresas
interpostas que lhe prestavam serviços terceirizados. Ratificou ainda o valor da indenização, "diante da dimensão dos fatos e
o número de envolvidos, da substancial capacidade econômica da empresa e do caráter pedagógico/preventivo que reveste
a condenação".

No recurso ao TST, a TIM sustentou a licitude da terceirização, mas, segundo o ministro Fernando Eizo Ono, a
decisão regional está de acordo com o entendimento do TST. O voto do relator foi aprovado por maioria, ficando vencido o
ministro João Oreste Dalazen.Com informações da Assessoria de Imprensa do TST. (RR 110200-86.2006.5.03.0024)

Fonte: http://www.conjur.com.br/2013-jun-07/tim-condenada-milhoes-terceirizacao-irregular-call-center

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Contratos
RESPONSABILIDADES e RISCOS
Terceirização (ANTES DA LEI 13.429/17)

Oi é multada em R$ 17 milhões por terceirizar call center


A juíza Angela Konrath, da 3ª Vara do Trabalho de Florianópolis, aplicou multa de R$ 17,2 milhões à operadora
de telefonia Oi por terceirização ilegal de atividade-fim. O caso foi julgado pelo Tribunal Superior do Trabalho, que
classificou o call center de empresas do setor como atividade-fim, e coube à juíza definir a multa. O cálculo levou em
quantidade total de terceirizados da Brasil Telecom — incorporada pela Oi em 2009 — em todo o país e o valor arbitrado
pelo TST por cada empregado terceirizado.

A condenação é consequência de uma Ação Civil Pública ajuizada em 2002 pelo Ministério Público do Trabalho
de Santa Catarina por conta da terceirização de call centers pela Telesc, recém-privatizada e repassada à Brasil Telecom. A
ACP classificava o call center como atividade-fim, o que tornaria sua terceirização irregular. Já a empresa afirmava que
tratava-se de atividade-meio, o que permitiria a prática.

Ao determinar que call center é atividade-fim, o TST ordenou à empresa que deixasse de terceirizar o serviço,
sob pena de multa reversível ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos. O Ministério Público do Trabalho informou que tal
obrigação não estava sendo respeitada pela Brasil Telecom. Ao ser intimada, a empresa respondeu que a prática era
responsabilidade da “Brasil Telecom Call Center”, empresa subsidiária que integra o mesmo grupo.

(...continua...)

Fonte: http://www.conjur.com.br/2013-out-20/call-center-atividade-fim-terceirizacao-rende-multa-17-milhoes-oi

27
Contratos
RESPONSABILIDADES e RISCOS
Terceirização (Lei 6.019/74 – com alterações da Lei 13.429/17)

Art. 4º-A. Empresa prestadora de serviços a terceiros é a pessoa jurídica de


direito privado destinada a prestar à contratante serviços determinados e
específicos.

§ 1º A empresa prestadora de serviços contrata, remunera e dirige o trabalho


realizado por seus trabalhadores, ou subcontrata outras empresas para realização
desses serviços.

§ 2º Não se configura vínculo empregatício entre os trabalhadores, ou


sócios das empresas prestadoras de serviços, qualquer que seja o seu ramo, e a
empresa contratante.

28
Contratos
RESPONSABILIDADES e RISCOS
Terceirização (Lei 6.019/74 – com alterações da Lei 13.429/17)
Art. 4º B. São requisitos para o funcionamento da empresa de prestação de serviços a
terceiros:

I - prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ);

II - registro na Junta Comercial;

III - capital social compatível com o número de empregados, observando-se os


seguintes parâmetros:
a) empresas com até dez empregados - capital mínimo de R$ 10.000,00 (dez mil
reais);
b) empresas com mais de dez e até vinte empregados - capital mínimo de R$
25.000,00 (vinte e cinco mil reais);
c) empresas com mais de vinte e até cinquenta empregados - capital mínimo de
R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais);
d) empresas com mais de cinquenta e até cem empregados - capital mínimo de
R$ 100.000,00 (cem mil reais); e
e) empresas com mais de cem empregados - capital mínimo de R$ 250.000,00
(duzentos e cinquenta mil reais).
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Contratos
RESPONSABILIDADES e RISCOS

Terceirização (Lei 6.019/74 – com alterações da Lei 13.429/17)

Art. 5º A. Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa
de prestação de serviços determinados e específicos.

§ 1º É vedada à contratante a utilização dos trabalhadores em atividades distintas


daquelas que foram objeto do contrato com a empresa prestadora de serviços.

§ 2º Os serviços contratados poderão ser executados nas instalações físicas da


empresa contratante ou em outro local, de comum acordo entre as partes.

§ 3º É responsabilidade da contratante garantir as condições de segurança, higiene e


salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas dependências ou
local previamente convencionado em contrato.

§ 4º A contratante poderá estender ao trabalhador da empresa de prestação de serviços


o mesmo atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados,
existente nas dependências da contratante, ou local por ela designado.

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Contratos
RESPONSABILIDADES e RISCOS
Terceirização (Lei 6.019/74 – com alterações da Lei 13.429/17)

Art. 5º A. (...)

§ 5º: A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas


obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a prestação de
serviços, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto
no art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991.

Retenção de 11% do valor bruto na NF e recolhimento à título de


contribuição à Seguridade Social (INSS)

(art. 31 da Lei no 8.212/91)

31
Contratos
RESPONSABILIDADES e RISCOS
Terceirização (Lei 6.019/74 – com alterações da Lei 13.429/17)

Art. 5º B. O contrato de prestação de serviços conterá:

I - qualificação das partes;

II - especificação do serviço a ser prestado;

III - prazo para realização do serviço, quando for o caso;

IV - valor.

32
Contratos
RESPONSABILIDADES e RISCOS
Terceirização (Lei 6.019/74 – com alterações da Lei 13.429/17)

Art. 19 A. O descumprimento do disposto nesta Lei sujeita a empresa infratora


ao pagamento de multa.

Parágrafo único. A fiscalização, a autuação e o processo de imposição das


multas reger-se-ão pelo Título VII da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943.

E o dano moral coletivo?

33
Contratos
RESPONSABILIDADES e RISCOS
Trabalhistas

Cooperativas
Lei 5.764/71
Sociedades de pessoas com características próprias
Cooperação com bens e serviços
Finalidade maior: homem, não o lucro
Gerência participativa e interesses dos associados

Riscos
Contingências financeiras, multas, juros etc.
Simulação, interposição de pessoas
Vínculo trabalhista (Súmula TST 331)

34
Contratos
RESPONSABILIDADES e RISCOS
Trabalhistas

Cooperativas

Cooperada que trabalha sob subordinação é empregada


A regularidade da constituição da sociedade cooperativa e da respectiva adesão do
trabalhador como associado não exclui a configuração de relação empregatícia, uma vez que
o quadro fático deve levar em conta o princípio da primazia da realidade. O entendimento
levou a 6ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul a manter sentença
que reconheceu o vínculo de emprego entre uma técnica de enfermagem e a cooperativa
Intersaúde.
(...continua...)
Fonte: http://www.conjur.com.br/2014-fev-02/cooperada-trabalha-subordinacao-empregada-decide-trt-rs

35
Cuidados ao contratar

36
Contratos
CUIDADOS AO CONTRATAR
“Saúde” cadastral

Regularidade da sociedade/empresa/cooperativa perante os


órgãos oficiais (Receita Federal, Junta Comercial etc.) e não
oficiais (SERASA, SPC etc.)

Certidões de Débitos e de Distribuições Judiciais

Fornecem informações valiosas sobre eventual impontualidade


tributária da empresa e contingência litigiosa existente (passivo
financeiro).

37
Certidões de Tributos e de
Distribuição Judicial

38
Certidões de Débitos Tributários
“Art. 5º...

XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:


...

b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e


esclarecimento de situações de interesse pessoal;” (CF/88)

Certidão Negativa

“Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando
exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do
interessado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua
pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se
refere o pedido.

Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenha
sido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do
requerimento na repartição.” (CTN)

39
Certidões de Débitos Tributários
Federal
• Certidão de Débitos Relativos a Créditos Tributários Federais e à Dívida
Ativa da União (abrange também contribuições sociais)
• Certificado de Regularidade do FGTS – CRF
Estadual
• Certidão Negativa de Débitos Tributários Não Inscritos
• Certidão Negativa de Débitos Tributários da Dívida Ativa do Estado de São
Paulo
Municipal
• Certidão Negativa de Tributos Imobiliários
• Certidão Unificada por CPF/CNPJ (antiga certidão de trib. mobiliários)

40
Outras Certidões
Ficha de breve relato

• Consultar a Junta Comercial do Estado (sociedade empresária)


ou
• Cartório de Registro Civil da Pessoa Jurídica (sociedade simples,
associações etc.)

Certidão de Protestos (Cartórios)

SCPT (São Paulo)


http://www.protesto.com.br

CENPROT (Central de Protesto – abrangência nacional)


http://www.protestosp.com.br

41
Certidões de Distribuições Judiciais
Certidão de Distribuição

Atesta a existência ou não de ações em nome da pessoa física


ou jurídica pesquisada.

Distribuições Cíveis, Executivos Fiscais, Família, Falência,


Trabalhistas e Criminais (Consultar Just. Est. Just. Fed. e Just.
do Trabalho)

Certidão de Objeto e Pé

Atesta qual o objeto da ação (do que ela trata) e em que pé


se encontra (qual a fase atual da ação). Melhor dimensão sobre o
tamanho e a importância do litígio encontrado na certidão de
distribuição.

42
Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT)
Objetivo
Inexistência de débitos inadimplidos perante a Justiça do Trabalho
http://www.tst.jus.br/certidao

Não será emitida

Inadimplemento de obrigações estabelecidas em sentença condenatória


transitada em julgado proferida pela Justiça do Trabalho ou em acordos judiciais
trabalhistas, inclusive no concernente aos recolhimentos previdenciários, a
honorários, a custas, a emolumentos ou a recolhimentos determinados em lei;

Inadimplemento de obrigações decorrentes de execução de acordos


firmados perante o Ministério Público do Trabalho ou Comissão de Conciliação
Prévia;

43
Antecedentes Criminais
Estadual

Secretaria de Segurança Pública do Estado


http://www.ssp.sp.gov.br/servicos/atestado.aspx

(obs: consultar o website do Estado pertinente)

Federal

Ministério da Justiça – Polícia Federal


http://www.dpf.gov.br/servicos/antecedentes-criminais

44
Bibliografia
Legislação:
Constituição da República (art. 5º)
Código Civil – Lei 10.406/02 (arts. 233 a 926)
Código Tributário Nacional – Lei 5.172/66 (arts. 133 a 137 e 205 a 208)
Lei 6.019/74 (Lei do trabalho temporário e terceirização nas empresas)

Livros:
RODRIGUES, Silvio. Direito Civil 2- Parte Geral das Obrigações. São Paulo:
Saraiva, 30ª ed. 2007.

GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro – Vol. 3 – Contratos e Atos


Unilaterais. São Paulo: Saraiva, 13ª ed. 2016.

COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. São


Paulo: Saraiva, 24ª ed. 2011.

45
Obrigado!
Luís Felipe Bretas Marzagão
cursos@fseduca.com.br

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