* Este texto decorre de pesquisas financiadas pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior do Ministério da Educação – Brasil) e pela Fundación Carolina (Espanha).
Antonio Cesar de Almeida Santos
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“aos ouvidores das comarcas dos governos do Rio de Janeiro e Minas que
ordenem a todas as câmaras das mesmas comarcas, que façam cada uma delas
uma relação dos lugares e povoações dos seus distritos, com os nomes e as dis-
tâncias que há de umas às outras, praticando-se a mesma descrição dos rios que
pelas ditas povoações passam, individuando os seus nascimentos, e os que são
navegáveis. E em cada uma das vilas se declararão as distâncias de léguas, ou de
dias de jornada que há das outras vilas circunvizinhas”.14
O Bispo de Pernambuco recebeu ordens nesse mesmo sentido, devendo solicitar que
cada pároco de sua diocese fizesse
As razões para tais ordens foram expostas por Diogo Mendonça Corte Real nos seguintes
termos: “Todas estas notícias topográficas são necessárias para se formar uma carta geral de
todo o Brasil, com individuação das terras estabelecidas nos sertões, para cujo efeito manda
o mesmo Senhor recomendar a V. Sª a brevidade desta diligência”.
Em 1761, essa questão foi reiterada por Francisco Xavier de Mendonça Furtado. Em
carta dirigida a Gomes Freire de Andrade, governador do Rio de Janeiro, o então secretário
de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos (1760-1769) informava que
“é o mesmo Senhor servido que V. Excia. mande à sua Real Presença uma
coleção de todas as cartas corográficas e topográficas, que tiver, e puder alcan-
çar, das capitanias do Brasil, caminhos e lugares delas, vindo com a maior bre-
vidade possível, ainda que não sejam copiadas com a maior perfeição, porque,
na verdade, se não devem fiar de estrangeiros, nem ainda de portugueses, que
deixam nas suas mãos cópias que com o tempo se possam divulgar.”16
Embora essa solicitação de Mendonça Furtado inscreva-se num contexto muito espe-
cífico, a guerra com a Espanha, ela se prende a uma orientação mais ampla, que as cartas
anteriores de Diogo Mendonça Corte Real permitem inferir: a Coroa estava interessada em
conhecer seus domínios americanos e avaliar suas potencialidades. Esse interesse estava
expresso na preocupação em medir distâncias, identificar rios e outros acidentes geográfi-
146 cos, nomear territórios e contar a população. Em relação a esse último ponto, o gabinete de
D. José I considerava que “a força e a riqueza de todos os países consiste principalmente no
número e multiplicação da gente que o habita”.17
As populações coloniais receberam, de fato, grande atenção das autoridades metro-
politanas. Segundo Carvalho e Melo, essa atenção devia-se a uma estrita observância dos
princípios da Political Arithmetick, de William Petty,18 com os quais havia tomado contato
durante sua estada em Londres (1738-1744). É possível acompanhar a influência da aritmé-
tica política inglesa nas ações administrativas do reinado de D. José I, por intermédio da sua
explícita e contínua referência nas correspondências expedidas por Carvalho e Melo e pelos
demais secretários de estado. A presença e disseminação das idéias de Petty no âmbito da
administração do reinado de D. José I é corroborada por dois textos de Carvalho e Melo, nos
quais ele propõe apresentar “�����������������������������������������������������������
as matérias que devem constituir as regras do mecanismo po-
lítico”, oferecendo “à mocidade portuguesa uma suficiente instrução sobre os interesses do
Estado (no que pertence ao comércio e a agricultura), cujos princípios se reduzem a termos
práticos e mecânicos”.19 As idéias expostas por Pombal nos dois textos reproduzem diversas
passagens da Political Arithmetick, de Petty. Ademais, sua preocupação em demonstrar como
“um pequeno país, com um abreviado número de povo”, poderia igualar-se em riquezas às
maiores nações é a mesma do autor inglês, que se propôs, em relação à Inglaterra, a explicar
porque “um país pequeno, com pouca gente, pode, por sua situação, por seu comércio e pelas
políticas que adota, ser equivalente em riquezas e poderio a outro com território muito mais
amplo e população muito maior”.20
Para melhor dimensionar o alcance da aritmética política no âmbito da administração
Temas Setecentistas
portuguesa, também são significativos alguns dos textos que Domingos Vandelli produziu
para a Academia Real das Ciências de Lisboa, já no reinado de D. Maria I. Segundo José Vicen-
te Serrão, a principal característica dos textos produzidos por Vandelli foi o seu “ecletismo
teórico”, em que se fazem presentes influências de pensadores como Sully, Quesnay, Swift,
Pietro Verri e Davenant.21 Necessário destacar que Vandelli, além de expor suas idéias em
várias “memórias” publicadas pela Academia Real de Ciências de Lisboa, instituição que aju-
dou a criar, “consolidou o seu prestígio no seio da elite culta portuguesa e estabeleceu laços
de influência sobre parte das novas gerações saídas da Universidade reformada”, onde foi
professor da Faculdade de Filosofia, por cerca de 20 anos (1772-1791).22
O que queremos apontar aqui é que, como mencionado por Francisco Vaz, a aritmética
política passou a fazer parte do vocabulário dos homens públicos e dos intelectuais portu-
gueses da segunda metade do século XVIII,23 não obstante sejam indicadas as mais diversas
fontes desse conhecimento que propunha traduzir a realidade em série de números, propor-
cionando as informações necessárias para a administração dos homens de estado. Joaquim
José Rodrigues de Brito, por exemplo, formado pela Universidade de Coimbra reformada,
em suas Memórias políticas, publicadas em 1803, referia-se explicitamente à Aritmética Po-
lítica (Londres, 1771), de Arthur Young, e ao Essai d´Arithmétique Politique (Paris, 1799),
de Antoine Dannyère, além de fazer menção a Mirabeau (L´ami des hommes, ou Traité de la
population24) e outros fisiocratas.25
Nesse contexto pós-pombalino, na regência de Dom João, o desembargador José Antonio
de Sá propôs a realização de um cadastro, ou “mappa arithmetico-politico do reino”. Este ca- 147
dastro seria formado a partir de dados que permitissem avaliar e indicar os melhoramentos
necessários para a prosperidade do reino “relativamente à agricultura, ao comércio, à povo-
ação, às artes, à polícia, aos estabelecimentos de bem comum, à justiça e fazenda e a outros
objetos de administração pública e econômica”.26
Conforme Francisco Vaz, além de “leituras de autores franceses”, foram importantes
na formação acadêmica do desembargador José Antonio de Sá os “ensinamentos de Do-
mingos Vandelli”. Este, que foi um ativo participante da ação reformista levada a efeito
no reinado de D. José I, também fez, como mencionamos, sua profissão de fé aos princí-
pios da aritmética política:
“Sendo certo, que todos os ramos da economia civil, para que esta seja
útil ao reino, devem ser regulados por princípios deduzidos de uma boa arit-
mética política; assim não se devem seguir sistemas, sem antes examiná-los,
e confrontá-los com as actuais circunstâncias da nação.
No último reinado seguiu-se o sistema de Colbert, subministrando so-
mas consideráveis aos fabricantes; não deixando porém no mesmo tempo
perder de vista a agricultura.
Mas no estado, no qual se achava o reino, necessitado de uma total refor-
ma; não podia um sábio rei, e um hábil ministro, senão dar gerais movimentos
a todos os ramos da pública administração, ficando aos vindouros aperfeiçoar, e
aproveitar esses grandes impulsos, que hão um dia fazer a felicidade da nação”.27
Antonio Cesar de Almeida Santos
Em relação à aritmética política, Francisco Vaz informa que ela foi um “dos funda-
mentos” do pensamento de José Antonio de Sá, o que “facilmente se nota em qualquer
das [suas] obras”.
O que chama atenção, todavia, são as considerações que José Antonio de Sá faz sobre
a necessidade de se “formar uma descrição exata” daquilo que for observado pelos encar-
regados de procederem ao levantamento dos dados. Ou seja, sua proposta aproxima-se em
muito do modelo da Statistik alemã. Os dados, assim, precisavam ser contextualizados, para
melhor expressarem a realidade observada:
Nesse aspecto, e considerando “que o quadro jurídico existente tinha todos os ingre-
dientes para reformar a sociedade”, José Antonio de Sá defendia que “o país necessitava era
de ser viajado, por viajantes filósofos”. Este seu entendimento, aliás, derivava dos ensina-
Temas Setecentistas
Acompanhando as observações de Francisco Vaz sobre a obra de José Antonio de Sá, sur-
preende a ausência de referências a William Petty, especialmente se considerarmos o fre-
qüente uso do “termo Aritmética Política, tributário das idéias e obra de William Petty (1623-
1687), que entre nós se vulgarizou a propósito dos factos económicos e demográficos”.38
Também surpreende que, em sua proposta de um “mappa arithmetico-politico do reino”, José
Antonio de Sá não mencione nenhuma ação semelhante levada a efeito durante o reinado de
D. José I, ainda que os tempos fossem outros e que Pombal tivesse caído em desgraça.
Nesse sentido, o autor do texto A administração de Sebastião José de Carvalho e Melo,
informava que, visando melhorar a produção dos gêneros necessários ao aumento da
população e, conseqüentemente, o crescimento do comércio e da riqueza nacionais,
Pombal havia ordenado a realização de “um inventário das terras, designando nele to-
das as províncias e distritos; procurou saber quais se achavam cultivadas, assim como
as que estavam incultas, informando-se não só do que umas produziam, mas também
do proveito que das outras seria possível tirar”.39 Mesmo alguns detratores de Pombal
reconhecem a realização dessa ação; o que diferencia é a avaliação que estes fazem dos
resultados e dos objetivos buscados.40
Enfim, não obstante as particularidades dos autores, consoante os propósitos e a ex-
tensão de suas idéias reformistas, o que pudemos observar foi a aplicação, desde o início do
reinado de D. José I, de práticas administrativas orientadas por máximas derivadas da arit-
mética política. De certo modo, como afirmou o autor do texto A administração de Sebastião
José de Carvalho e Melo, a ação do homem de Estado “deve ser relativa ao físico do país, ao
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clima frio, quente, temperado que se habita, à qualidade do terreno, à sua grandeza, às suas
produções, às suas riquezas, ao engenho do seu povo, aos seus costumes, às suas maneiras,
às artes, ao comércio e à indústria dos seus habitantes”.41 Estes aspectos que deveriam ser
considerados para a tomada de decisões políticas – e que, segundo o autor daquele texto, fo-
ram observados por Pombal, que percebeu ser necessário adotar princípios de governo que
considerassem o conhecimento exato da nação –, correspondem às proposições que William
Petty expôs em seu tratado Political Arithmetick.
Notas
1 REVEL, Jacques. “História ao rés-de-chão”. In: LEVI, Giovanni. A herança imaterial. Rio de Janeiro: Civiliza-
ção Brasileira, 2000, p. 19.
2 GINZBURG, Carlo. “Chaves do mistério: Morelli, Freud e Sherlock Holmes”. In: ECO, Humberto et al. (orgs.).
O signo de três. São Paulo: Perspectiva, 1991, pp. 112-115. Outra versão deste texto foi publicada sob o nome
de “Sinais: raízes de um paradigma indiciário”. In: GINZBURG, Carlo. Mitos, emblemas, sinais – morfologia e
história. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, pp. 143-179.
3 REVEL, Jacques. A invenção da sociedade. Lisboa: Difel, s/d. Ver especialmente o capítulo IV, “Conhecimen-
to do território, produção do território: França, séculos XIII-XIX”, pp. 101-158.
4 Idem, p. 121.
5 Idem, p. 126.
6 MARTIN, Olivier. “Da estatística política à sociologia estatística; desenvolvimento e transformações da
análise estatística da sociedade (séculos XVII-XIX)”. In: Revista Brasileira de História, v. 21, n. 41, 2001, p. 20.
7 Ver, por exemplo: ALMEIDA, Francisco José de Lacerda e. Diário da viagem de Moçambique para os rios de
Temas Setecentistas
Senna. Lisboa: Imprensa Nacional, 1889; COUTO, José Vieira. Memória sobre as minas da capitania de Minas
Gerais. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1994; FEIJÓ, João da Silva. Ensaio e memórias económicas so-
bre as ilhas de Cabo Verde. Lisboa: Instituto Caboverdeano do Livro, 1986; Memórias económicas da Academia
Real das Sciências de Lisboa (1789-1815). Lisboa: Banco de Portugal, 1991. 5 volumes.
8 REVEL, op. cit., p. 125. Revel aponta que, na França, em 1694, foi realizado um “recenseamento por cabeça...
para o estabelecimento da capitação nesse ano”.
9 MARTIN, op. cit., p. 19.
10 DAVENANT, Charles. “De l´usage de l´Arithmétique politique dans le commerce et les finances (1698)”.
In: Le négotiant anglois. Dresde, 1753, v. 1, p. clix. Charles Davenant (1656-1714), considerado um fiel se-
guidor de Petty, foi comissário de impostos, inspetor de importação e exportação e membro do Parlamento
britânico (1698-1707).
11 Apud MARTIN, op. cit., p. 19. Segundo o autor, “O triunfo do ´espírito de cálculo` durante o século das Luzes
teve como resultado reforçar o interesse que os sábios e eruditos traziam à abordagem científica quantitativa ingle-
sa, e o progresso das ciências matemáticas (cálculo das probabilidades) permitiu aos aritméticos políticos alcançar
respostas a seus questionamentos”.
12 Carta de Sebastião José de Carvalho e Melo para Gomes Freire de Andrade. Lisboa, 21 de Setembro de
1751. Apud MENDONÇA, Marcos Carneiro. Rios Guaporé e Paraguai: primeiras fronteiras definitivas do Brasil.
Rio de Janeiro: Xerox do Brasil, 1985, p. 49.
13 Ver artigos IV a XI do Tratado de limites assinado entre El-Rei Dom João V de Portugal e El-Rei Dom
Fernando VI de Espanha, em Madri a 13 de janeiro de 1750. Apud GUEDES, João Alfredo Libânio. História
administrativa do Brasil – volume IV (da Restauração a D. João V). Rio de Janeiro: DASP, 1962.
14 ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO (AHU). Códice 582. Carta de Diogo Mendonça Corte Real ao gover-
nador de Pernambuco, 13 de junho de 1756.
15 AHU. Códice 582. Carta de Diogo Mendonça Corte Real ao Bispo de Pernambuco, 13 de junho de 1756. 151
16 AHU. Códice 566, fls. 2-2v. Carta de Mendonça Furtado ao Conde de Bobadela, 14 de outubro de 1761.
17 Carta de Sebastião José de Carvalho e Melo para Gomes Freire de Andrade. Lisboa, 21 de Setembro de
1751. Apud MENDONÇA, op. cit., p. 49.
18 Esse “economista” inglês do século XVII, médico por formação, acabou exercendo o cargo de avaliador de
terras na Irlanda, na época de Cromwell. Nessa ocasião, demonstrou grande familiaridade com cálculos ma-
temáticos e, a partir dessa sua experiência, passou a produzir textos de natureza econômica, dentre os quais
a obra Political Arithmetick, publicada em 1690, após a sua morte. Segundo Franklin Baumer, William Petty,
em sua Aritmética Política, construiu um sistema que aliava o raciocínio baconiano ao matemático, propondo
que as decisões políticas fossem tomadas “por meio da análise quantitativa, de estatísticas da população, pro-
priedade das terras, negócios, clima, e quejandos”. BAUMER, Franklin. O pensamento europeu moderno, séculos
XVII e XVIII. Lisboa: Edições 70, 1990. v. 1, p. 134.
19 BIBLIOTECA NACIONAL de LISBOA/COLECÇÃO POMBALINA (BN/PBA). Códice 686, fls. 187 a 190v. e
191 a 199 (paginado posteriormente). São dois textos, identificados, respectivamente, pelos seguintes títulos:
Apontados sobre as matérias que devem constituir as regras do mecanismo político e Mecanismo político no
qual se oferece à mocidade portuguesa uma suficiente instrução sobre os interesses do Estado (no que pertence
ao comércio e a agricultura), cujos princípios se reduzem a termos práticos e mecânicos. Estes dois textos
autógrafos de Pombal, em suas 23 páginas (13 fólios), expõem os fundamentos da prática política pombalina e
não foram, até o momento, objeto de atenção de pesquisadores interessados no estudo do período pombalino.
Este desinteresse talvez seja devido ao próprio aspecto das anotações de Pombal, pois os dois textos não são
mais que a proposta de um trabalho que deveria ser futuramente redigido.
20 PETTY, William. Aritmética Política. In: Petty [e] Quesnay. São Paulo. Nova Cultural, 1996, p. 147.
21 SERRÃO, José Vicente. “Introdução”. In: Domingos Vandelli: aritmética política, economia e finanças. Lis-
boa: Banco de Portugal, 1994, p. XXXV. Ainda, segundo Serrão, as propostas de Vandelli oscilavam entre “a de-
fesa da racionalidade económica privada e a defesa da utilidade pública regulada pelos interesses do Estado”.
22 Idem, p. XV.
Antonio Cesar de Almeida Santos
23 VAZ, Francisco António Lourenço. Instrução e economia; as ideias económicas no dicurso da ilustração
portuguesa (1746-1820). Lisboa: Colibri, 2002, p. 26.
24 MIRABEAU, Marquês de (Victor Riquetti). L´ami des hommes, ou Traité de la population. [Document
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élec-
tronique, réalisée par l’Institut National de la Langue Française]. “La vraie richesse ne consiste qu’ en la popu-
lation; la population dépend de la subsistance; la subsistance ne se tire que de la terre; le produit de la terre
dépend de l’ agriculture, d’où s’ensuit que tous autres moyens, le commerce, l’or, les sciences, les arts ne ser-
vent et n’établissent une prospérité fixe et indépendante, qu’autant qu’ils vivifient, encouragent, et éclairent
l’agriculture, le premier, le plus utile, le plus innocent, et le plus précieux des arts”.
25 BRITO, Joaquim José Rodrigues de. Memórias políticas sobre as verdadeiras bases da grandeza nas nações,
e principalmente de Portugal (1803-1805). Lisboa: Banco de Portugal, 1992. pp. 9-23.
26 SÁ, José Antonio de. Instrucções geraes para se formar o cadastro, ou o mappa arithmetico-politico do
reino. Lisboa: Regia Officina Typografica, 1801, p. 3.
27 VANDELLI, Domingos. “Memória sobre a preferência que em Portugal se deve dar à agricultura sobre as
fábricas”. In: SERRÃO, Domingos Vandelli, p. 143.
28 VAZ, op. cit., p. 365-366. O terceiro capítulo do trabalho de Francisco Vaz é todo ele dedicado ao estudo
das idéias de José António de Sá.
29 SÁ, op. cit., p. 5.
30 Idem, p. 6.
31 VAZ, op. cit., p. 375 e 384.
32 SÁ, José Antonio de. Compêndio de observações que formam o plano da viagem política e filosófica, que se
deve fazer dentro da pátria. Lisboa: Oficina de Francisco Borges de Souza, 1783.
33 VANDELLI, Domingos. Viagens filosóficas, ou dissertação sobre as importantes regras que o filósofo natu-
ralista nas peregrinações deve principalmente observar (1779). ACADEMIA DE CIÊNCIAS DE LISBOA. Códice
152 405 (Série Vermelha). Desde a década de 1780, as viagens filosóficas tornaram-se um instrumento político
do estado português.
34 Apud MENDES, João Ribeiro. “Instruções relativas à viagem philoso-phico effectuada pelo naturalista dr.
Alexandre Rodrigues Ferreira, nos anos de 1783-92”. In: Revista da Sociedade Brasileira de Geografia. Rio de
Janeiro, Tomo 53, 1946, p. 47.
35 SÁ, Compêndio de observações, pp. 1-8.
36 Idem, p. 11.
37 VAZ, op. cit., pp. 388-389.
38 VAZ, op. cit., p. 26.
39 A administração de Sebastião José de Carvalho e Melo, Conde de Oeiras, Marquês de Pombal, Secretário de
estado, e primeiro ministro de Sua Majestade Fidelíssima o Senhor D. José I, rei de Portugal, traduzida do francês,
por Luís Inocêncio de Pontes Ataíde e Azevedo. Lisboa: Typ. Lusitana, 1841. Tomo I, p. 208. Segundo o Inventá-
rio da Coleção Pombalina, o texto original é atribuído ao Cavalheiro Desoteux, enviado da França em Portugal.
40 Nesse registro, ver, por exemplo, Representação contra o Marquês de Pombal (s/d). ACADEMIA DE CIÊN-
CIAS DE LISBOA. Códice 930 (Série Vermelha). Memórias para a vida do Marquês de Pombal.
41 A administração ..., Tomo I, p. 5.