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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distancia

IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA NO ESTUDO DO COMPORTAMENTO HUMANO

Ortêncio Jaime Milione – 708201836

Curso: Desenho
Ano de frequência: 1º

Disciplina: Psicologia Geral


1º Trabalho

Docente: Dr. Carlitos Ernesto Batia

Chimoio, Julho de 2020


ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1
1.2. Objectivos ........................................................................................................................ 2
1.2.1. Geral:.......................................................................................................................... 2
1.2.2. Específicos: ................................................................................................................ 2
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................................. 3
2.1. Comportamento humano: Conceito ................................................................................. 3
2.2. Importância da Psicologia no estudo do comportamento humano .................................. 3
2.3. Estrutura e funcionamento do sistema nervoso ............................................................... 4
2.3.1. Sistema nervoso central ............................................................................................. 4
2.3.1.1. Medula espinhal ................................................................................................... 5
2.3.1.2. Encéfalo ............................................................................................................... 5
2.3.2. Sistema nervoso periférico ......................................................................................... 6
2.3.2.1. Sistema nervoso autónomo .................................................................................. 7
2.4. Genética e comportamento .............................................................................................. 7
2.4.1. Influência da genética no comportamento ................................................................. 7
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 9
4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................. 10

I
Importância da Psicologia no estudo do comportamento humano

1. INTRODUÇÃO

Ao longo dos séculos, o ser humano sentiu-se intrigado com o funcionamento da mente
humana. Filósofos e Fisiologistas ponderaram as questões às quais a psicologia, nos dias de
hoje, como ciência independente, procura responder. O homem na busca da tão sonhada
felicidade, constrói alternativas para examinar seu próprio eu, criando a chamada inicialmente
ciência do comportamento, hoje psicologia, busca explicações que dêem conta de sua
conduta, o desenvolvimento dessa ciência, alça raízes distantes, na história da filosofia (Coll
et al., 2004).

Para (Ramos, 2019), a Psicologia enquanto área do conhecimento científico somente se


constituiu muito recentemente, há pouco mais de 100 anos. Para isso, foi necessário delimitar
o seu objecto de estudo, estabelecer métodos e técnicas específicas, divulgados numa
linguagem científica, e, assim, superar o conhecimento espontâneo do senso comum. É uma
ciência que se preocupa com o Homem e com a relação de si próprio e com os outros. Por
isso, explica e compreende o comportamento humano de modo a melhorar o desenvolvimento
e a qualidade de vida de todos. Com ajuda da psicologia podemos dizer quais as razões dos
nossos comportamentos.

O trabalho vai fazer uma abordagem do tema: Importância da Psicologia no estudo do


comportamento humano tomando em conta dois pontos essenciais nomeadamente: Estrutura e
funcionamento do sistema nervoso; e genética e comportamento.

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1.2. Objectivos

1.2.1. Geral:

 Descrever a importância da Psicologia no estudo do comportamento humano.

1.2.2. Específicos:

 Apresentar a estrutura e funcionamento do sistema nervoso;


 Caracterizar a genética e comportamento.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Comportamento humano: Conceito

O comportamento humano pode ser definido como o conjunto de todas as acções físicas e
emoções que estão associadas a um indivíduo ou mesmo a um grupo social. Ou seja, são as
nossas respostas aos mais variados estímulos do dia-a-dia, tanto de origem interna quanto
externa (Coll et al., 2004).

O mapeamento desses diferentes modos de agir nos permite identificar reacções mais comuns
em situações específicas. Ainda assim, dada a natureza humana e a possibilidade de escolha
individual, nunca é possível determinar com precisão se um padrão de comportamento vai ser
repetido ou não (Coll et al., 2004).

2.2. Importância da Psicologia no estudo do comportamento humano

A partir da explanação sobre a história da infância até os dias de hoje, observa-se o quanto é
fundamental o estudo da Psicologia do Desenvolvimento. Estudar o desenvolvimento humano
significa ter o conhecimento das características comuns de cada faixa etária, conhecendo as
individuações e tornando o indivíduo apto para observar e interpretar o comportamento
humano (Elói, 2012).

A psicologia evolui cada vez mais com o passar do tempo conforme as necessidades e
demandas da sociedade, adaptando seu objecto de estudo em detrimento às constantes
mudanças e o aparecimento de novos paradigmas. Dentre outras coisas, a psicologia está
dedicada compreender processos como percepção, memória, raciocínio, que influenciam
qualquer tipo de comportamento humano, o que no campo dessa ciência é discriminado como
“psicologia básica”, por isso é muito ampla (Ramos, 2019).

A área mais conhecida da psicologia é a clínica, que visa ajudar a resolver sofrimentos
mentais e comportamento para melhorar a qualidade de vida das pessoas. A psicologia social
e a comunitária, tem objectivos semelhantes aos da clínica, mas sua abordagem é mais macro,
já que trabalha com grandes populações. A psicologia educacional por outro lado, atua com as
questões relativas à aprendizagem e de desenvolvimento em instituições de ensino,
organizações, aplicando as teorias desenvolvidas por psicologia social especificamente para
profissionais e organizações. Enquanto isso a psicologia forense, concentra-se na avaliação

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psicológica como suporte para processos judiciais, e a psicologia esportiva visa melhorar o
desempenho atlético (Ramos, 2019).

2.3. Estrutura e funcionamento do sistema nervoso

O sistema nervoso é de acordo com Souto (2019), o sistema responsável por captar, processar
e gerar respostas diante dos estímulos aos quais somos submetidos. É devido à presença desse
sistema que somos capazes de sentir e reagir a diferentes alterações que ocorrem em nossa
volta e mesmo no interior do nosso corpo.

Ele pode ser dividido em duas porções:

 Sistema nervoso central: formado pelo encéfalo e medula espinhal.


 Sistema nervoso periférico: formado pelos nervos, gânglios e terminações nervosas.

O sistema nervoso é composto por um tipo especial de tecido denominado tecido nervoso, o
qual possui como tipos celulares os neurónios e as chamadas células da glia. Os neurónios são
responsáveis pela propagação do impulso nervoso e apresentam como partes básicas o corpo
celular, onde está localizado o núcleo, e dois tipos de prolongamentos, os axónios e os
dendritos. De acordo com a função desempenhada, os neurónios podem ser classificados em
dois grupos básicos: sensitivos ou aferentes (levam impulsos para o sistema nervoso) e
motores ou eferentes (levam impulsos para outras partes, como músculos e glândulas)
(Santos, 2020).

O grupo de células chamado células da glia está relacionado com várias funções, tais como
nutrição e regulação do funcionamento dos neurónios. Células ependimárias, astrócitos,
oligodendrócitos, microglia e células de Schwann são células da glia (Santos, 2020).

2.3.1. Sistema nervoso central

O sistema nervoso central é a parte do sistema nervoso que garante a recepção e a


interpretação dos estímulos, podendo ser considerado o centro de processamento de
informações do nosso corpo. Os constituintes do sistema nervoso central são a medula
espinhal e o encéfalo (Silverthorn, 2017).

No sistema nervoso central observa-se as chamadas substâncias branca e cinzenta. A


substância branca corresponde aos axônios dos neurônios, enquanto a substância cinzenta

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corresponde aos corpos celulares. No encéfalo, de uma maneira geral, com excepção do
bulbo, a substância cinzenta localiza-se mais externamente. Na medula, por sua vez, observa-
se o contrário, com a substância branca localizada mais internamente (Souto, 2019).

De acordo com Santos (2020), o sistema nervoso central é protegido por ossos e membranas.
O encéfalo, por exemplo, está protegido pela caixa craniana, enquanto a medula espinhal está
protegida pela coluna vertebral. Tanto o encéfalo e a medula estão envolvidos por três
membranas denominadas de meninges. As meninges são:

 Dura-máter: mais externa e também a mais fibrosa.


 Aracnoide: localizada entre a dura-máter e a pia-máter. Ela recebe essa denominação,
pois, quando vista ao microscópio, possui a aparência de uma teia de aranha. No
espaço subaracnoide, é encontrado líquido cefalorraquidiano, que também apresenta,
entre outras funções, a função de protecção.
 Pia-máter: mais interna e altamente vascularizada.

2.3.1.1. Medula espinhal

A medula espinhal, também chamada medula espinal, é uma estrutura em formato cilíndrico
que está localizada no interior da coluna vertebral. Nessa estrutura, observa-se a substância
branca localizada mais externamente e a substância cinzenta central formando a letra H
(Souto, 2019).

A medula espinhal está relacionada com o ato reflexo, que se caracteriza por ser uma
resposta rápida e involuntária diante de algum estímulo, como tirar a mão ao encostar em uma
chapa quente. Nesses reflexos o encéfalo não está envolvido, o que significa que a medula
espinhal pode actuar de maneira independente. O ato reflexo é constituído basicamente por
dois tipos de neurónios, um aferente e um eferente (Souto, 2019).

2.3.1.2. Encéfalo

O encéfalo está localizado dentro da caixa craniana e apresenta várias partes. A seguir,
descreveremos as principais estruturas encefálicas e algumas actividades desempenhadas por
elas (Santos, 2020):

Tronco encefálico: é formado pelo mesencéfalo, ponte e bulbo. O mesencéfalo está


relacionado com audição, reflexos visuais e movimento de tracção. A ponte, como o nome

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sugere, está relacionada com a ligação entre várias partes do cérebro. O bulbo está
relacionado com o controle de diversas funções, como batimentos cardíacos, respiração e
deglutição.

Cerebelo: está relacionado, principalmente, com a coordenação de movimentos e o


equilíbrio do nosso corpo.

Diencéfalo: é constituído pelo tálamo, hipotálamo e epitálamo. O tálamo é responsável por


garantir que impulsos sensitivos cheguem ao cérebro. O hipotálamo, por sua vez, está
relacionado com várias funções, como regulação de água, temperatura do corpo, controle da
fome, entre outras. Essa porção do encéfalo também atua produzindo hormônios. O epitálamo
inclui a glândula pineal, a qual é responsável por produzir melatonina.

Cérebro: é a porção mais desenvolvida do nosso encéfalo e é dividida em duas porções: os


hemisférios esquerdo e direito. Esses dois hemisférios estão unidos pelo chamado corpo
caloso. O nosso cérebro é responsável por garantir actividades motoras, memória,
inteligência, emoção e razão.

2.3.2. Sistema nervoso periférico

O sistema nervoso periférico garante a transmissão das informações dos órgãos sensoriais
para o sistema nervoso e deste para os músculos, as glândulas e as células endócrinas. Os
neurónios responsáveis por levar informação ao sistema nervoso central são chamados
aferentes, e aqueles que levam as instruções às estruturas, após o processamento do estímulo
no sistema nervoso central, são chamados eferentes (Silverthorn, 2017).

O sistema nervoso periférico é constituído pelos nervos, gânglios e terminações nervosas. Os


nervos são fibras nervosas agrupadas em feixes, enquanto os gânglios são acúmulos de
neurónios que estão fora do sistema nervoso central (Silverthorn, 2017).

Os nervos podem projectar-se da medula ou então originar-se do encéfalo. Os nervos


espinhais são aqueles que se projectam da medula, enquanto os nervos cranianos inervam-se
do encéfalo. Existem 31 pares de nervos espinhais e 12 pares de nervos cranianos (Souto,
2019).

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2.3.2.1. Sistema nervoso autónomo

O sistema nervoso autónomo é um componente do sistema nervoso periférico que atua


regulando algumas funções involuntárias do nosso corpo, tais como acções desempenhadas
pelos sistemas respiratório, digestório, endócrino e cardiovascular. Nele há as divisões
simpática e parassimpática, as quais geralmente apresentam acções antagónicas. A divisão
simpática garante, por exemplo, que o coração bata mais rápido em alguma situação de
stresse, enquanto a parassimpática faz com que o corpo relaxe após essa situação (Silverthorn,
2017).

2.4. Genética e comportamento

A genética é considerada uma ciência multi e interdisciplinar. Dentro de uma análise


histórico-evolutiva, conhecer seus avanços torna-se preponderante para uma visão valorativa
das etapas e descobertas (Feitosa et al., 2011).

Em uma perspectiva científica compreender sua influência em certos campos do saber já é


uma obrigação, mesmo para aqueles que discordam se é que existe, perante a necessidade da
sua actuação. Uma das crescentes áreas da genética é a relacionada ao comportamento, que
visa compreender os mecanismos genéticos e neurobiológicos envolvidos em diversos
comportamentos, tanto animal quanto o de seres humanos (Freitas et al., 2012).

2.4.1. Influência da genética no comportamento

Muito antes de Mendel formular a teoria genética, as pessoas tinham uma crença intuitiva de
que existia algo como a hereditariedade. Os avanços em nosso conhecimento de genética
possibilitaram à identificação dos genes específicos relacionados a vários distúrbios, como a
doença de Huntigton e a doença de Tay-Sachs (que afectam o sistema nervoso). Com a
personalidade a situação é mais complexa, em parte porque pode não haver uma equivalência
simples como o gene e personalidade. Ou seja, os genes tipicamente produzem várias
proteínas, que podem afectar o corpo de várias maneiras; similarmente, a maior parte dos
traços comportamentais são provavelmente influenciados por vários genes, em vez de um
único gene, como nas doenças acima mencionadas (Feitosa et al., 2011).

A abordagem biológica, por natureza concentra-se nos processos internos associados com a
fisiologia e com a genética. Por mais importantes que esses processos sejam no entendimento
da personalidade, eles não são a única fonte de influência. A personalidade de cada indivíduo

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representa uma combinação regular de factores genéticos e de experiências de vida. Embora


exista um sensato fundamento biológico da personalidade, sugere-se que, no estado moderno
do progresso científico, de modo genérico é melhor analisar os fenómenos da personalidade a
partir de uma óptica psicológica e não meramente biológica (Freitas et al., 2012).

É evidente que a influência dos genes em um dado traço não implica em uma determinação
genética da personalidade. Um dos maiores desafios, diz respeito, à complexidade do sistema
fisiológico. Há cerca de 10 bilhões de neurónios somente no córtex cerebral que estão
interconectados de várias maneiras. Além disso, há inúmeras interacções químicas
envolvendo neurotransmissores, hormônios e neuropeptídeos, além das influências ambientais
e de interpretação individual (Silverthorn, 2017).

Esta complexidade leva a aquisição de um entendimento completo dos processos que afectam
a personalidade a se tornar um objectivo desafiador. Ciência biológica não é destino, e os
atuais estudos em genética comportamental confirmam a importância dos factores ambientais
e comportamentais não necessariamente directamente influenciado pelos genes, porém
evidenciando que os mesmos estão extremamente interligados na determinação final do
comportamento. Embora seja difícil determinar com precisão até que ponto a hereditariedade
influencia o comportamento, há pouca dúvida de que ela desempenha um papel importante no
que somos (Souto, 2019).

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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Psicólogo, serve de guia pelos caminhos tortuosos da vida, ajudando: a lidar com
problemas passados para que não mais o assombrem, a enfrentar os problemas da vida com
mais firmeza e segurança, e adquirir maior conhecimento sobre si mesmo.

Em relação ao sistema nervoso a que salientar que este garante que os estímulos sejam
captados e interpretados, e que respostas a esses estímulos sejam geradas. Ele pode ser
dividido em sistema nervoso central e sistema nervoso periférico. O sistema nervoso central é
constituído pelo encéfalo e medula espinhal e, o sistema nervoso periférico é formado pelos
gânglios e nervos.

É importante ressaltar que o ser humano tem a liberdade para pensar criticar e decidir,
mesmo assim, pode torna-se preso as suas teorias ou teorias de outros reduzindo sua
liberdade. Ainda acreditando que esteja livre, ou seja, por mais aparente o seu estado racional
coloca-se na escravidão das ideias. A genética do comportamento busca compreender os
mecanismos genéticos e neurobiológicos que participam significativamente do
comportamento animal e do homem. No entanto, deixa claro que ela não é o destino, pois,
mostra a importância de factores ambientais.

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4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Coll, C.; Marchesi, A.; Palacios, J. Desenvolvimento psicológico e educação. Porto Alegre:
Artemd, 2004.

Elói, J. A Importância da Psicologia. Psicologia Free. 2012.

Feitosa, I. B.; Santana, P. M.; Teles, C. B. G. Genética do comportamento e o contraste ao


paradigma da Sociobiologia. Saber Científico, Porto Velho, 3. 2011.

Freitas, D. S.; Viana, L. S.; Cunha, C. L. F.; Silva, A. S.; Suarez, M. A. M. Genética: um
factor de influência na formação da personalidade. J Manag Prim Health Care. 2012.

Ramos P. Por que a psicologia é tão importante? Educação Tecnologia Saúde. 2019.
Disponível em: https://blogvest.afya.com.br/porque-a-psicologia-e-tao-importante Acesso em
17 de Março de 2020.

Santos, V. S. Sistema nervoso. BrasilEscola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-nervoso.htm. Acesso em 17 de Março de
2020.

Silverthorn, D. U. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7a ed. Artmed, 2017.

Souto, A. L. Estrutura do sistema nervoso. Vida e evolução. Khan Academy. 2019.

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