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Atividade Assíncrona Individual 5

Catalise

Olá

Assista aos vídeos indicados abaixo, leia o capítulo 6 do livro Nelson, David
L.; Cox, Michael M.; Lehninger, Albert Lester - Princípios de bioquímica de
Lehninger https://bit.ly/2AF2jFi e responda aos questionários sobre o conteúdo


INTRODUÇÃO AS ENZIMAS

Ø Referencial teórico:

As enzimas, importantes componentes do metabolismo de todos os seres vivos, têm a capacidade de
promover e acelerar reações químicas. Microrganismos ou substâncias com essa propriedade já eram
usados por populações humanas muito antigas para modificar alimentos – fermentar uvas e fabricar o
vinho, ou alterar o leite e produzir queijo, por exemplo. Depois que pesquisadores modernos
compreenderam a ação das enzimas, estas passaram a ser empregadas para as mais variadas
finalidades. Hoje, essas proteínas especiais são úteis inclusive na indústria, não apenas na área de
alimentos, mas em muitos outros setores.
Essa maior compreensão possibilitou o emprego dessas proteínas especiais em processos industriais
de diferentes áreas: médica, alimentícia, têxtil e química, entre outras. É vantajoso usar enzimas na
indústria, porque elas são naturais, não tóxicas e específicas para determinadas ações. Além disso, são
capazes de alterar as características de variados tipos de resíduos, contribuindo para reduzir a poluição
ambiental.
Nas células, as enzimas estão envolvidas em todos os processos bioquímicos. Para atuar
corretamente, porém, precisam de condições específicas, pois são ativas apenas em uma faixa estreita
de acidez-alcalinidade (pH) e são sensíveis a mudanças nesse fator e na temperatura do meio. Os
microrganismos são a principal fonte de enzimas de aplicação industrial, mas diversas podem ser obtidas
de animais (pancreatina, tripsina, quimotripsina, pepsina, renina e outras) ou vegetais (papaína,
bromelina, ficina e outras). Hoje, porém, como é possível modificar geneticamente os microrganismos
para que forneçam qualquer enzima, a tendência é substituir as produzidas por vegetais e animais pelas
de origem microbiana.
O uso de enzimas em processos industriais é de grande interesse, em especial devido à facilidade de
obtenção (por biotecnologia) e às vantagens em relação aos catalisadores (aceleradores de reações)
químicos, como maior especificidade, menor consumo energético e maior velocidade de reação. Além
disso, a catálise enzimática tem outros benefícios, como o aumento da qualidade dos produtos, em
relação à catálise química; a redução dos custos de laboratório e de maquinário, graças à melhoria do
processo; ou a fabricação controlada de pequenas quantidades.

CURIOSIDADE
A descoberta das enzimas graças a um buraco em um estômago
Durante sua vida, o Dr. William Beaumont foi uma celebridade médica de segunda linha. Até hoje, mais de 200 anos após seu
nascimento, seu nome esteve afundado na lama da história médica, sem sequer uma doença ou síndrome homônima para mantê-lo em
evidência (embora haja um sistema de saúde em Michigan batizado em homenagem a ele). A contribuição de Beaumont para a ciência
médica foi pequena, mas única e ainda mais notável por conta das circunstâncias em que se desenvolveu: em uma época em que o
conhecimento científico considerado legítimo ainda chegava da Europa, ele trabalhou nas inóspitas regiões do norte e do oeste
americano.
Em 1822, Beaumont, aos 37 anos, trabalhava como cirurgião do exército na ilha de Mackinac, no norte de Michigan, quando foi
convocado com urgência à loja da Companhia Americana de Peles do local. Um tiro acidental havia perfurado o abdome superior e o
tórax de um dos caçadores da empresa. Contrariando as expectativas, a vítima, um fracassado jovem franco-canadense chamado
Alexis St. Martin, não morreu. E apesar de Beaumont não ter qualquer tipo de educação formal como médico _ como era comum na
época, as suas credenciais para atuar como médico vinham de um período como aprendiz, seguido de serviço militar _ a Guerra de
1812 o transformou em especialista no tratamento de feridas. Um ano mais tarde, St. Martin estava fragilizado, mas mais ou menos
bem, exceto por um detalhe: bem abaixo de sua caixa torácica, à esquerda, uma pequena abertura na pele levava diretamente a seu
estômago.
Beaumont observou aquela fístula e vislumbrou sua própria sorte. Ninguém, àquela altura, sabia exatamente como o estômago
digeria os alimentos: alguns argumentavam que era graças a contrações musculares, outros que o alimento apodrecia, como
aconteceria ao ar livre. Mas quando Beaumont amarrou um barbante em torno de um pedaço de carne, pendurou-a dentro do
estômago de St. Martin e, mais tarde, puxou os restos de volta, percebeu que substâncias químicas (que hoje chamamos de enzimas
digestivas) haviam dissolvido a comida. Ele colheu algumas amostras do fluido gástrico de St. Martin para mais experimentos,
planejando, em seguida, centenas de outros. O estômago seria o seu caminho para a glória científica.
Mas o estômago tinha vontade própria. St. Martin, inicialmente muito grato por Beaumont ter salvo sua vida, foi se tornando,
com o tempo, rude e desobediente, cansado da pesquisa do médico. Ao longo das décadas seguintes, os dois oscilaram em uma
demonstração extraordinária de dependência mútua, hostilidade, lealdade, culpa, gratidão e ganância. Quem devia a quem - e quanto?
Com quem ficava a moralidade disso tudo? Com o médico, que salvou a vida de St. Martin, o sustentou financeiramente por anos e
teve como objetivo beneficiar toda a humanidade com suas pesquisas? Ou com St. Martin, alcoólatra irremediável, mas, ainda assim,
um homem livre com direito de desistir, como tentou fazer várias vezes? Finalmente, no que talvez seja o único documento desse tipo
a estabelecer uma ligação entre médico e paciente antes dos formulários de consentimento informado assinados pelos sujeitos de
pesquisa de hoje, foi elaborado um contrato legal entre eles. O paciente prometeu "servir, respeitar e continuar a colaborar" com os
experimentos, enquanto o médico prometeu uma remuneração razoável. Funcionou, mas por pouco tempo. Texto retirado do New
York Times (por Abigail Zuger).



Ø Objetivo: Observar o efeito de variantes ambientais (temperatura, pH, etc.) sobre atividade
enzimática de uma amostra de fígado na presença de peróxido de hidrogênio (H2O2).

Ø Material e métodos:

Material:

• Homogenizado de tecido hepático
• Peróxido de Hidrogênio
• Tampão fisiológico
• HCl e NaOH 1 M
• Sulfato de cobre 0,5 M
• Tubos de ensaio
• Rolha furada
• Erlenmeyer
• tubo


- Efeito de diferentes concentrações de tecido hepático na reação do H2O2

Procedimento

1. Pipete os conteúdos em cada tubo conforme a tabela:
TUBO Amostra (mL) Tampão (mL)
1 (controle) 0 2
2 0,1 1,9
3 0,5 1,5
4 1 1
5 1,5 0,5

2. Agite os tubos e incube 5 minutos à temperatura ambiente.


3. Em seguida, pipete 0,5 mL de H2O2 em todos os tubos.
4. Avalie a formação de bolhas nos diferentes tubos quanto a quantidade, velocidade e duração.
- Efeito do pH na reação do H2O2 com tecido hepático

Procedimento

1. Pipete os conteúdos em cada tubo conforme a tabela:

TUBO Amostra (mL) Tampão (mL) HCl 1M (mL) NaOH 1M (mL)


6 (pH 7.4) 0,5 1,5 - -
7 (pH ácido) 0,5 1 0,5 -
8 (pH básico) 0,5 1 - 0,5

2. Agite os tubos e incube 5 minutos à temperatura ambiente.
3. Em seguida, pipete 0,5 mL de H2O2 em todos os tubos.
4. Avalie a formação de bolhas nos diferentes tubos quanto a quantidade, velocidade e duração.

- Efeito da temperatura na reação do H2O2 com tecido hepático

Procedimento

1. Pipete os conteúdos em cada tubo conforme a tabela:

TUBO Amostra (mL) Tampão (mL)
9(bancada; T=25° C) 0,5 1
10 (gelo; T próxima de 0° C) 0,5 1
11 (banho-maria: T=55° C) 0,5 1
12(banho-maria; T > 80° C) 0,5 1
2. Agite os tubos e incube 10 minutos à cada temperatura correspondente
3. Em seguida, pipete 0,5 mL de H2O2 em todos os tubos.
4. Avalie a formação de bolhas nos diferentes tubos quanto a quantidade, velocidade e duração.

- Efeito do sulfato de cobre na reação do H2O2 com tecido hepático

Procedimento

1. Pipete os conteúdos em cada tubo conforme a tabela:

TUBO Amostra (mL) Tampão (mL) Sulfato de cobre 0,5 M (mL)
13 (sem íons cobre) 0,5 1 -
14 (com íons cobre) 0,5 0,5 0,5

2. Agite os tubos e incube 5 minutos à temperatura ambiente.
3. Em seguida, pipete 0,5 mL de H2O2 em todos os tubos.
4. Avalie a formação de bolhas nos diferentes tubos quanto a quantidade, velocidade e duração.


Obs :

1) Após montar os tubos coloque a rolha com a mangueira , não deixe a mangueira encostar no liquido e
a outra ponta coloque mergulhada em água no Erlenmeyer observe a formação de bolhas .




2) CRIE UMA ESCALA PARA FACILITAR COMPARAÇÃO ENTRE OS GRUPOS





Ø Resultados

bolhas nenhuma Poucas Médio Muitas
escala - X XX XXX

tubo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
bolhas - x xx xx xxx xxx x - xxx x - - xx -










Ø Questionário


• Indique por que é possível observar bolhas após a adição de peróxido de hidrogênio; discuta
quais as possíveis causas que expliquem esse fenômeno e a composição mais provável do(s)
gás(es) das bolhas observadas.
• Discuta por que a variação na concentração de tecido hepático resultou no comportamento
observado.
• Qual a importância do tubo 1 (controle) para as observações realizadas?
• Qual a explicação para o comportamento de formação de bolhas observado em diferentes
valores de pH?
• Qual a explicação para o comportamento observado em diferentes temperaturas?
• Indique uma possível explicação para o efeito do sulfato de cobre. O resultado desse
experimento pode ajudar a identificar bioquimicamente o processo observado? Justifique.
• Que enzima seria esta e qual a reação catalisada por ela ?
• Caso tivéssemos utilizado ao invés de fígado , batata ou alface , teríamos visto a formação de
bolhas ?


Ø Vídeos Recomendados

Enzymes (legendas disponíveis)
https://www.youtube.com/watch?v=NdMVRL4oaUo

https://www.youtube.com/watch?v=XTUm-75-PL4


Atividade Enzimática
http://www.youtube.com/watch?v=izC9lF8lYWs

http://www.youtube.com/watch?v=UrF44FHgNfc
Passo 3

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