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1 INTRODUÇÃO
contínuo todos os cursos possíveis e imagináveis ou que possua uma grade curricular
impecável. É necessário aliar as práticas da sala de aula com práticas extracurriculares
(eventos culturais, cursos extracurriculares, publicações das pesquisas).
“O conhecimento universitário é construído, dentre outras coisas, através do saber
repassado dos docentes aos discentes em suas respectivas disciplinas de graduação e pós-
graduação” (SILVA, 2000).
O processo de ensino-aprendizagem é composto também dos conhecimentos
repassados pelos docentes. Por meio destes os alunos vão adquirir subsídio teórico para atuar
nas atividades de pesquisa e extensão. Desenvolvendo-se as atividades de pesquisa os
acadêmicos se afastarão das práticas de ensino repetitivas das salas de aula. E através da
extensão os pesquisadores podem observar, refletir e participar das mudanças sociais e
políticas do país. Forma-se então um ciclo onde cada atividade vai dando embasamento para a
efetivação da outra.
Demo (2003) afirma que a universidade poderia confirmar papel imprescindível e
gerador ao desenvolvimento humano, desde que se fizesse o signo exemplar da formação da
competência.
Como competência se entende a construção de um indivíduo com conhecimento
inovador e questionador. Onde o mesmo é capaz de intervir de forma ética tanto na sociedade
quanto na economia. A universidade pode estar formando cidadãos conscientes e profissionais
capacitados. Para isso é necessário aliar o ensino com a pesquisa.
Atualmente o papel da Universidade está sendo discutido pelo Estado, Sociedade e nas
próprias Instituições de ensino. Uma vez que os conhecimentos produzidos não estão sendo
de grande utilidade para os problemas do País. Surge na extensão universitária a saída para
essa crise.
A extensão caracteriza o perfil da Universidade a serviço da coletividade. Uma vez que
consegue repassar a comunidade em forma de prestação de serviços o conhecimento
acumulado nos campi. E, com o contato direto com a população os docentes tomam
conhecimento dos problemas da comunidade, para conciliar, na pesquisa, o rigor
metodológico e a relevância social.
Segundo Rodrigues (1993) é através dos projetos de extensão universitária há
produção de diversas pesquisas, o que demonstra um certo deslocamento da cultura produzida
para o exterior da Universidade.
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Não devemos deixar de analisar esse ideário extensionista. Até quando ele é de fato
algo positivo para a sociedade e não uma imposição cultural. È preciso fazer uma análise
crítica para discutir sua aplicabilidade. De acordo FRAGOSO (1984, p. 31).
A extensão passa a ser entendida como uma prática acadêmica que interliga a
Universidade nas suas atividades de ensino e de pesquisa, com as demandas da maioria da
população, possibilita a formação do profissional cidadão e se credencia, cada vez mais, junto
à sociedade como espaço privilegiado de produção do conhecimento significativo para a
superação das desigualdades sociais existentes. É importante consolidar a prática da extensão,
possibilitando a constante busca do equilíbrio entre as demandas socialmente exigidas e as
inovações que surgem do trabalho acadêmico.
Ao pensar em Universidade sempre temos em mente a tríade Ensino-Pesquisa-
Extensão. Sendo que por extensão compreendemos como o elo que une o ensino e a pesquisa
à sociedade. Servindo de instrumento para discentes e docentes desenvolverem atividades que
não se distancie da realidade em que estão inseridas.
Segundo Hennington (2005) alguns conceitos de extensão podem ser agrupados em
categorias: a extensão como curso; a extensão como prestação de serviços; a extensão como
complemento; a extensão como "remédio" e a extensão como instrumento político-social.
Discuti-se, então, o papel da extensão sob várias perspectivas: como uma simples oferta de
cursos à população; como prestação de serviços sociais; como promoção de qualquer evento
pela universidade; como atividade filantrópica ou como qualquer tipo de relação e
comunicação entre universidade e comunidade; como atividade complementar ao ensino e à
pesquisa; como compensação às falhas do ensino regular, em especial, a alienação da
realidade social e, finalmente, como instrumento institucional utilizado para manter a ordem
vigente ou como reduto de agrupamento de pessoas progressistas dentro das universidades e
instrumento de mudanças sociais.
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2 OBJETIVOS
2. 1 Objetivo Geral
3 REVISÃO LITERÁRIA
3.1 Universidade
Com a expulsão dos jesuítas o modelo construído por eles foi desfeito. Somente na
Inconfidência Mineira e na vinda da família Real para o Brasil foi que a idéia de
universidades reapareceu. Contudo o caráter das mesmas era a de instituições
profissionalizantes.
O modelo das universidades brasileiras era a cópia da portuguesa. Sendo que os
mesmos encontravam-se defasados se comparados aos outros modelos europeus. As melhores
escolas européias baseavam-se na pesquisa e no uso do método científico enquanto Portugal
seguia o modelo medieval de ensino focado na dedução filosófica.
Assim nasceu a universidade brasileira tardia, precocemente envelhecida, distanciada
das necessidades e da realidade nacional. (FRAGOSO, 1984).
A instalação da Corte Real no Rio de Janeiro marcou o início da criação de diversas
instituições de ensino superior, tais como a Academia Real Militar (1810), ao curso de
Agricultura (1812), de Química (1817) entre outros. (FÁVERO, 2000)
Dessa época até 1915 foram feitas várias tentativas como projetos de criação,
discursos oficiais, criação de instituições livres. Todas com o intuito de instituir a
universidade brasileira sem que isso acontecesse.
Cavalcante (2000) afirma que o governo foi autorizado a reunir as três faculdades
existentes no Rio de Janeiro numa “universidade” pela Reforma Carlos Maximiliano (Lei n°
2.924, de 5/1/15), o que só veio acontecer em 1920 pelo Decreto n° 14.343 de 7/7//20).
Mesmo com a institucionalização da Universidade no Brasil houve a insatisfação da
população intelectual da época. Uma vez que esse acontecimento não provocou uma mudança
nas estruturas do ensino e só fez crescer o número das universidades no país. Fato esse que
remota a velha questão da quantidade em detrimento da qualidade.
. A Reforma Francisco Campos, concretizada através do Decreto n°19851, de 11 de
abril de 1931, estabeleceu pela primeira vez o Estatuto das Universidades Brasileiras. Neste
documento foi traçado as diretrizes básicas do ensino universitário. (FRAGOSO, 1984).
No período de 1960-1974 aumentou consideravelmente a quantidade de cursos, o
número de instituições de ensino superior e o número de alunos. O que também cresceu foram
as críticas em torno desse acontecimento. Mais uma vez foi questionado: a qualidade do
ensino e o caráter estritamente profissionalizante dessas instituições.
A vinda de cientistas pesquisadores e professores de outros países, num período
imediatamente anterior a II Guerra Mundial, para a Universidade de São Paulo levou a criação
de um grupo de jovens cientistas brasileiros que supervalorizavam a pesquisa. Ao
acontecimento anterior e a pressão de uma parcela maior da população que almejavam uma
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Segundo Tavares (2007) em 1931 surge o primeiro registro legal de extensão universitária por
meio do Decreto-Lei n° 19.851 de 1931. Que pretendia que o conhecimento gerado nas
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universidades fosse estendido ao restante da sociedade. Todavia, essas ações ficaram restritas
ao meio acadêmico. Essa realidade prevaleceu até 1961. No período entre 1960-1964 o
Movimento Estudantil se desvinculou dos projetos desenvolvidos nas universidades e
desenvolvia atividades assistencialistas voltadas para a população carente. Durante o golpe
militar o Governo cria em 1968 o Projeto Rondon, com o intuito de manter o Movimento
Estudantil sob vigília.
A Lei Básica da Reforma Universitária n° 5.540, de 1968, torna obrigatório a prática
da extensão universitária. Contudo não há mudanças substâncias: a Universidade continua
transmitindo o conhecimento e a comunidade receptora de conhecimento; e, há uma
desarticulação do ensino, pesquisa e extensão. Somente em 1980 surge uma discussão acerca
do papel da extensão universitária onde é lançado o conceito de extensão como articulador do
processo ensino- pesquisa- extensão e como instrumento para viabilizar a troca de
conhecimentos entre universidade e sociedade (TAVARES, 2007).
A extensão é uma prática acadêmica que funciona como um elo unindo pesquisa e ensino com
a sociedade, levando em conta as demandas da população. É uma ferramenta eficiente na
formação do Profissional Cidadão uma vez que o indivíduo se situa historicamente e se
identifica culturalmente com a população. Ao entrar em contato com a população o indivíduo
adquire habilidades que serão imprescindíveis após a graduação. É importante consolidar a
prática da extensão possibilitando a constante busca do equilíbrio entre as demandas
socialmente exigidas e as inovações que surgem do trabalho acadêmico. (BRASIL, 2006).
A extensão significa articulação com a sociedade. Onde a universidade deve socializar
os conhecimentos, aumentando o nível cultural de todos. É preciso restituir à população esse
conhecimento adquirido por uma parte privilegiada de pessoas. Os estudantes e professores
devem conviver com a sociedade para com ela conviver, aprender e ensinar. Vale ressaltar
que as classes sociais menos favorecidas devem ser o destino preferencial das atividades
extensionistas, sem paternalismo ou colonialismo (FRAGOSO, 1984).
Para Georgen (1998) é necessário que a universidade desenvolva a necessária
sensibilidade social para que, reconhecendo seus problemas e suas necessidades, possa
instituir sua nova identidade e desenvolver estratégias de atuação. O debate sobre as funções
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da universidade deve, por conseguinte, ser posto desde uma perspectiva contemporânea,
preservando proximidade com as questões mais relevantes da sociedade, tal como elas se
apresentam na realidade.
Na extensão universitária brasileira, as atividades de extensão são vistas como forma
de dar oportunidades aos estudantes de participar em programas de melhoria das condições de
vida da comunidade e no processo geral de desenvolvimento. (FRAGOSO, 1984)
De acordo com Freire (1975) é necessário fazer uma avaliação da extensão para
entender sua função na universidade. O termo extensão encontra-se em relação significativa
com transmissão, entrega e doação. Consistindo numa maneira de convencer a população a
aceitar nossas ações educativas. Educar e educar-se, na prática da liberdade, não é estender
algo para salvar alguém.
A Universidade Pública tem buscado cumprir o seu papel de manter a
indissociabilidade de suas atividades fins: Ensino, Pesquisa e Extensão. Entretanto, esta
proclamada indissociabilidade se apresenta de forma descompensada. Em geral, as atividades
de ensino na graduação predominam; ao ensino de pós-graduação e a pesquisa vêm
conquistando o seu espaço, a partir do aumento do número de cursos e do incremento na
produção do conhecimento, porém as atividades de extensão ainda buscam o reconhecimento
e a legitimidade acadêmica (PAIVA, 1993).
exemplo, ações relativas à linha de extensão “Inovação Tecnológica” podem ser registrada na
Área Temática saúde, ou educação, ou trabalho, ou mesmo tecnologia, dependendo do tema
em questão (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, 2008).
Vendas; Projeto Vestibular em Pauta; Laboratório para o tratamento de Fontes para a História
e a Memória Social da Educação e Cultura na Região Norte do Ceará: Identificação,
Catalogação e Publicação- LAB FONTES; Captação de apoio financeiro para a instalação da
Incubadora Universitária de Empreendimentos Econômicos Solidários- IEES-UVA.
Segundo Ponte (2007) o início da Faculdade de Enfermagem deu-se através da ação de
seus dois idealizadores: o Cônego Francisco Sadoc de Araújo e o médico ginecologista
Raimundo Nonato Silveira, que trabalhava na Santa Casa de Misericórdia de Sobral. A idéia
para a criação da faculdade de enfermagem surgiu durante um estudo desenvolvido pelo padre
Sadoc, o mesmo realizava a genealogia das famílias sobralenses e observou que uma
quantidade significativa de homens casava mais de uma vez em decorrência da morte
prematura de suas esposas ocasionada de complicações proveniente do parto.
Logo seria fundada a Faculdade de Obstetriz de Sobral, posteriormente surgiu uma
reação por parte da corporação médica que se sentiu ameaçada e dizia que o curso era ilegal.
Em 03 de junho de1971 houve a extinção da função de obstetriz e a criação da Faculdade de
Enfermagem Obstétrica em Sobral. O primeiro vestibular ocorreu no ano seguinte. Foi
autorizado a funcionar no dia 23 de janeiro de 1975 pelo decreto n°75.269 como Curso de
Enfermagem com habilitação em obstetrícia. Porém, somente em 1979 foi reconhecida pelo
Conselho Federal de Educação, através da portaria n° 1226 do Ministério da Educação e
Cultura – MEC (PONTE, 2007).
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4 METODOLOGIA
A Universidade Estadual Vale do Acaraú está situada no município de Sobral que está
situado na zona Centro-Oeste do Estado do Ceará, tendo área de 2.119 km² e população de
158.563 habitantes (SOBRAL, 2001). Dentre os cursos ofertados na Universidade está o curso
de Enfermagem, local onde será desenvolvido o estudo, localizado no Centro de Ciências da
Saúde no Campus do Derby.
A pesquisa será desenvolvida nos meses de junho e julho de 2008. Foi escolhido esse
período tendo em vista a necessidade de buscar os dados com discentes que estão cursando o
nono período. Além dos dados a serem coletados nos documentos.
formulário, que será aplicado com um pequeno número de perguntas abertas. Segundo Silva e
Menezes (2001) questionário é uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas
por escrito pelo informante onde o instrumento deve ser objetivo, limitado em extensão.
Testaremos a aplicabilidade e coerência dos instrumentos de coleta de dados
(questionário) através de um pré-teste. Com os resultados dessa avaliação deverão ser
reformulados os pontos que se mostrarem vulneráveis.
Haverá ainda um levantamento documental dos projetos e cursos de extensão. Como
os relatórios das atividades e as propostas dos projetos e um levantamento do histórico de
cada um deles. Além de um apanhado dos projetos que já existiram na Faculdade de
Enfermagem.
5 CRONOGRAMA
DURAÇÃO
EM MESES
FASES DO ESTUDO
Jan Fev Mar Abril Maio Junho Julho
Levantamento de Literatura X X X X X X X
Enviar comitê de ética X
Coleta de dados X X
Análise dos dados X
Considerações finais X
Correção final X
Entrega do Trabalho X
6 ORÇAMENTO
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7 REFERÊNCIAS
CHAGAS, Valnir. A luta pela universidade no Brasil. Rio de Janeiro: MEC/ UFRS/
Comissão de Planejamento/ Serviço de Divulgação, 1967. p. 25.
DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. 6. ed. São Paulo: Autores Associados, 2003. p.55
SILVA, Raimunda Magalhães da; BARROSO, Maria Grasiela Teixeira; VARELA, Zulene
Maria de. Ensino na Universidade: Integrando graduação e pós-graduação. Fortaleza: FCPC,
2000. p. 149-150
APÊNDICE A – Questionário
( )sim ( )não
Caso a resposta seja sim especificar qual ou quais projetos.
3. Você possui ou já teve bolsa de estudos financiada por alguma instituição de pesquisa?
( ) Sim ( ) Não
Se, sim, Qual instituição?
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Assinatura do Sujeito da Pesquisa
_____________________________________________________________________
Assinatura da Pesquisadora