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2014
Tânia Gori
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Bruxaria Natural – Modulo III – Elementos e Elementais 2015
Culto à Natureza
Nossos antepassados adoravam a cultuavam a natureza através das árvores e das águas;
compreendiam a linguagem das árvores e as convertiam em protagonistas de narrações
mitológicas e ritos sagrados, com o passar do tempo essa importância ancestral foi se
diluindo, mesmo assim ainda podemos descobrir alguns resquícios aqui ou ali, por inúmeras
vezes disfarçadas de tradições festivas, de rituais convertidos em brincadeiras infantis ou
em costumes e crenças populares.
Para entender o verdadeiro papel das árvores na mentalidade dos primeiros moradores do
nosso planeta, precisamos usar a nossa imaginação.
Quando alguém entra no interior de um bosque se vê rodeado de oscilantes fachos da luz
do sol, sombras dos pássaros que voam se fazem presentes, podemos escutar as ruidosas
pisadas dos javalis, também podemos escutar quando uma onça esbarra e roça a sua pele no
Bruxaria Natural – Uma Filosofia de Vida 2015
tronco de uma árvore, também escutamos o assobio do vento por entre as folhas e os seus
variadíssimos tons...
Todo um mundo de mistério sobrepõe a alma e castiga a mente com perguntas sem
resposta. Este temor pelo desconhecido, e a humildade de homens e mulheres ante a
grandiosidade da natureza, e a necessidade de se explicar e explicar o que nos rodeia; é
isto o que converte o bosque em um templo sagrado e as árvores em deuses desse primitivo
habitante das florestas. Isto é comum a todos os seres humanos desde o início dos tempos.
Hindus e celtas, egípcios e germânicos apresentam culturas idolátricas, adoradoras de
árvores e tudo o que se desprende e deriva dela: praticas rituais, adivinhações, medicina,
sacrifícios.
Na mitologia universal todos os povos tem acreditado em uma árvore cosmogonica, símbolo
da vida, a regeneração e a imortalidade: Irminsul, Iggdrasil o Skambha, são alguns dos
nomes que se diz respectivamente dos povos germânicos, dos escandinavos.
A Bíblia também conseguiu enaltecer o indiscutível poder da árvore da ciência do Bem e do
Mal, e sabemos que no Paraíso existiu uma outra árvore, a da Vida, da qual surgiu todas as
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cosmogonias que falam das árvores primordiais em muitas ocasiões identificados como uma
árvore que sustenta o Sol e a outra sustenta a Lua.
No solo a árvore é divinizada, e os muitos mitos que falam que a mesma raça humana
procede das árvores, para ser exato, e que as árvores são espíritos viventes anteriores a
dos humanos, são suas primeiras mães. Desta forma adoravam a determinadas árvores e
converteram alguns bosques em templos naturais.
O Conhecimento Iniciático sempre utilizou imagens específicas para representar o Cosmos,
o universo, a vida espiritual e suas múltiplas formas de manifestação, Evolução e Involução.
De acordo com os postulados da psicologia interior, essas realidades eram representadas
em linguagem simbólica, parabólica e/ou metafórica. Temos símbolos universalmente
aceitos por todas as culturas e pensamentos, como as Montanhas, os Templos, as Espadas e
os Cálices e temos também as árvores sagradas.
A Árvore Misteriosa, situada no centro do paraíso, é um símbolo encontrado em todas as
culturas espirituais representando a estrutura do universo. Normalmente seus galhos
tocam os confins do Infinito e suas múltiplas dimensões, e seus frutos representam os
atributos positivos do Eterno.
Sem exceção, a Árvore Sagrada fez parte das tradições genesíacas de povos, tais como os
maias, astecas e incas, os egípcios, os cabalistas hebreus, persas, druidas, povos nórdicos,
chineses, japoneses, coreanos, maoris, nativos africanos etc. Vejamos alguns exemplos
como ilustração.
A Árvore Bodhi
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A Árvore Escandinava
A versão nórdica da árvore da vida está bem detalhada nos Eddas, a bíblia escandinava, na
verdade uma coletânea de contos de fundo esotérico.
Chamada de Yggdrasil, essa árvore representava o deus Ygg (ou Odin) e era um gigantesco
Freixo situado no cimo de uma montanha. Yggdrasil que servia de abrigo para as reuniões e
concílios dos deuses e seus galhos ultrapassavam os limites dos céus.
Quatro cervos (os Devarajas) se alimentavam de seus brotos, em seu topo vivia uma
majestosa águia (o Espírito) e em suas raízes se encontrava a poderosa serpente Nidhugg
(a Kundalini a ser desperta).
Essa árvore sagrada era eterna porque estendia suas três raízes(as forças primárias) até
duas fontes: a da primavera e a da sabedoria, guardadas pelo lobo Fenris (a Lei) e pelo
gigante de gelo Mimir (as forças instintivas da natureza).
O Yggdrasil é a única potência capaz de levar os "mortos na batalha" para o Valhalla (o
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Paraíso) e de impedir o fim do mundo, dos Deuses e dos homens (esse Fim do Mundo, entre
os nórdicos, chama-se Ragnarok).
A magia vegetal esteve intimamente ligada aos deuses e tradições greco-romanos. Vejamos
algumas, como referência:
TRIGO: Foi o dom supremo de Deméter, ou Ceres, Deusa da Terra. É o alimento do corpo e
da alma. Como o arroz entre os orientais e o milho entre os pré-colombianos, o trigo
representa a chave da vida e da abundância. É a energia à espera de sua transmutação.
UVA: Dedicado ao deus Baco, ou Dionisios, do Êxtase, da Castidade e das Artes. O vinho
representa o trabalho sagrado da transmutação alquímica. Com o trigo, eram os dois
principais símbolos do anelo de Liberação nos Templos de Elêusis e posteriormente se
transformaram em parte do mistério crístico da Salvação (Mistério Eucarístico). Na
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Alquimia egípcia e depois na medieval, o pão e o vinho foram representados pelo Sal e o
Enxofre.
OLIVEIRA: É ao mesmo tempo alimento, medicina e combustível. Está ligada a Minerva, ou
Palas Atena, deusa da Sabedoria e do Fogo.
LOURO: Árvore sagrada do solar Apolo, ou Helios, representa o triunfo conquistado depois
de longas batalhas e duros sacrifícios. É um dos símbolos dos videntes e profetas.
ARTEMÍSIA: Planta consagrada a Diana caçadora (Ártemis), a que socorre as mulheres no
parto. O interessante é que essa planta regula a menstruação e evita a gravidez.
MURTA: Consagrada a Vênus-Afrodite. Além de afrodisíaca, diz-se que a aura da murta
alimenta o amor nos lares.
PINHEIRO: Associado a Júpiter-Zeus, por sua presença majestosa e força. Esta árvore,
pela solidez de sua madeira, representa a perpetuidade da vida.
Além das associações com as divindades, muitas plantas tinham íntima relação com
determinados templos oraculares. Delfos e Delos estavam ligados ao louro, Dodona ao
carvalho, Epidamo e Boécia à canela e árvores condimentares.Também temos muitas outras
representações que nos remontam à presença e à manifestação da Divindade. Temos o
Ashvata ou figueira sagrada da sabedoria oriental; o Haoma dos mazdeistas, onde se vê
Zoroastro esquematizando o homem cósmico; o Zampoun tibetano e o carvalho de Ferécides
e dos celtas. Duas das tradições que nos chegaram de forma mais complexa são a das
plantas bíblicas e seu simbolismo e a Árvore da Vida cabalística.
A Árvore Cabalística
Podemos notar a relação entre cada uma dessas Séfiras e as diversas Ordens de seres
espirituais que se manifestam no Universo.
Cada Ordem possui seus atributos, seus poderes, suas virtudes. Conhecendo os mantras e
exercícios para se entrar em contato com essas dimensões, temos a possibilidade de
manipular os atributos dos Seres daqueles mesmos planos.
Parafraseando o grande Hermes: "O que está em cima é como o que está embaixo e o que
está fora é como o que está dentro(e vice-versa)", descobriremos o motivo de se estudar o
Diagrama Sefirótico.
As potências divinas, angélicas e elementais, quando invocadas, fazem vibrar nossos
diversos corpos interiores, e as virtudes e poderes desses Deuses sefiróticos se farão
sentir nos átomos anímicos.
As três primeiras Emanações (Kether, Chokmah e Binah) são batizadas com o nome de
Coroa Sefirótica, ou Triângulo Divino, e representam a chamada Santíssima Trindade de
todas as religiões solares. São as três forças primárias organizativas de tudo o que é e o
que será.
A partir daí, temos as sete Séfiras, que vêm a ser os sete mundos, ou planos. Vêm a ser os
sete corpos de nossa constituição interna, como já estudamos anteriormente, ou seja, de
Chesed a Yesod, temos nossos corpos internos e Malkuth (o Reino) vem a ser nosso corpo
físico.
Exemplos: Queremos trabalhar sobre nosso corpo astral, otimizar nossas emoções,
equilibrar nossos chacras astrais e preparar-nos para os exercícios de magia prática?
Trabalhemos com os anjos lunares, regidos por Gabriel!
Necessitamos curar alguém com sérios desequilíbrios mentais, ou compreender as forças
mentais que regem nosso Destino? Invoquemos o Meritíssimo Arcanjo Rafael, de Mercúrio,
e seus auxiliares! Necessitamos unir um casal em conflito, ou encher um lar desarmônico
com os Átomos do Amor, que se encontram estacionados no mundo causal (pois o Amor é a
Causa e a Origem de tudo)?
Realizemos a Magia do Amor com Uriel e seus inefáveis anjos rosa! Ou necessitamos
despertar os atributos solares, superiores, de nossa Consciência Espiritual, como
Dignidade, Humildade, Fé, Esperança, Empatia, Obediência à Lei etc.? Bruxaria Natural – Uma Filosofia de Vida 2015
Supliquemos ao Cristo Michael, Arcanjo de nosso Sistema Solar, que incita o
fortalecimento da Geburah interior, a Bela Helena! Gostaríamos de despertar os valores
guerreiros de nosso Espírito, nosso Pai Interno? Chamemos a Samael, Gênio do planeta
Marte e que faz vibrar nosso Chesed Íntimo!!!
Prática Mágica:
É necessário que você tenha, para esta prática, um vaso de plantas. Pode ser um pequeno
vaso com uma roseira, violeta ou outra qualquer. Sugerimos um pé de hortelã. Relaxe o
corpo e vocalize seu mantra de preferência. Pode ser o AOM. Peça à sua Divindade
Interior, ao seu Cristo Interno ou à sua Mãe Natureza Interior para que você sinta/veja a
presença do elemental da planta que está no vaso. Entre em meditação e vibre com a
Inteligência que existe dentro dessa planta.
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Os Elementais
Sabemos que tudo o que existe em nosso planeta é formado da composição básica de quatro
elementos. Você sabe quais são eles? Se responder “ar, água, fogo, terra”, merece nota 10.
Mas você sabe como os estudiosos chegaram a essa conclusão?
Compreendendo os Elementais
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Phillipus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim, mais conhecido como Paracelso,
nasceu em 17.12.1493 numa pequena cidade próxima a Zurique, Suíça, e faleceu na Áustria
em 24.09.1541. Era alquimista, astrólogo, filósofo, físico, médico, químico e ocultista. Ele
foi o primeiro indivíduo a realizar estudos sérios sobre os pequenos seres que, segundo ele,
habitavam os quatro elementos. Paracelso dizia que esses elementais eram de carne e osso
e possuíam duas naturezas, uma física e uma espiritual; que se movimentavam dentro do
elemento ao qual pertenciam e se privavam do contato com os elementais dos outros
elementos. Foi assim que Paracelso estabeleceu a sua classificação:
Elementais do elemento água: ondinas
Elementais do elemento ar: silfos
Elementais do elemento fogo: salamandras
Elementais do elemento terra: gnomos
Elementais Artificiais
De acordo com vários estudos esotéricos, o ser humano pode criar elementais artificiais
com a força do pensamento e da vontade. Segundo o livro O Mago de Strovolos, de Kyriacos
C. Markides, editora Pensamento, esses elementais têm vida própria, como qualquer outra
forma de vida, e podem ter uma experiência independente daquela que os projetou, pois o
ser humano pode criar várias formas de pensamento, inclusive os elementais artificiais, que
são vampiros sexuais chamados de íncubos e súcubos. Os íncubos são espíritos malignos
masculinos que copulam com mulheres. Íncubo vem do latim incubus, incubi e significa estar
deitado (a) sobre. Os súcubos são espíritos malignos femininos que copulam com homens.
Súcubo vem do latim succuba, succubae e significa estar deitado (a). O ser humano pode
vibrar através do pensamento e do sentimento, e qualquer pensamento ou sentimento que
ele projetar criará um elemental artificial. Há dois tipos de elementais artificiais: os
provenientes dos desejos-pensamentos e os provenientes dos pensamentos-desejos.
É o modo como o indivíduo vibra que determina o tipo e a quantidade de elementais que ele
cria. Quando ele vibra primeiro através do sentimento, está sujeito ao impacto dos desejos
e emoções e, a partir daí, seu pensamento passa a desempenhar um papel subserviente. Os
elementais de desejos-pensamentos têm vida própria, forma e poder. Flutuam e vagam no
mundo etéreo e podem tomar a forma de animais, como cobras e ursos. As crianças
frequentemente veem essas formas durante o sono e têm pesadelos. Segundo o autor Bruxaria Natural – Uma Filosofia de Vida 2015
Markides, os elementais não podem ser dissolvidos até terem cumprido as tarefas para as
quais foram criados. Por esta razão, devemos estar preparados para encarar as
consequências dos nossos pensamentos e ações, pois os elementais criados por nós nos
manterão responsáveis por eles não só nesta vida, mas também nas nossas futuras
encarnações.
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ELEMENTO ÁGUA
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Lugares: Banheiras, camas, chuveiros, fontes, lagos, marés, oceanos, piscinas, poços, praias,
rios, spas
Nome do vento: Zéfiro
Plantas: Todas as plantas aquáticas, como alga marinha, junco, lótus, samambaia
Regência: Amor, coragem, córregos, emoção, fertilidade, inconsciente, lagoas, lagos, marés,
nascentes, oceanos, ousadia, poços, rios, sentimento, tristeza, útero
Representantes: Ondinas
Sentido: Paladar
Signos: Câncer, Escorpião, Peixes
Símbolos: Água, chuva, conchas, fontes, lagos, neblina, oceanos, poços, rios
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O elemento fogo é protegido pelas salamandras. As salamandras são elementais que têm o
poder de desencadear e transformar tanto as emoções positivas como as negativas, porque
o fogo tanto é ativo e energético como destruidor. Segundo os especialistas, as
salamandras parecem bolas de fogo que podem atingir até 06 metros de altura, e suas
expressões, quando percebidas, são rígidas e severas.
evolução, exercícios físicos, explosões, fé, fogueiras, força, iluminação, lareiras, lealdade,
liberdade, mudança, paixão, percepção, poder, proteção, purificação, refinamento, sangue,
sexualidade, Sol, sucesso, transformação, velas, vida, vigor, visão, visão interior, vitalidade,
vontade, vontade de ousar.
ELEMENTO TERRA
O elemento terra é protegido pelos duendes, faunos e gnomos. Os gnomos são seres que
conhecem todos os segredos do planeta Terra e do Cosmos. A palavra gnomo significa anão
sem idade definida que, segundo a Cabala, vive no interior da Terra e tem a guarda de seus
tesouros em pedras e metais preciosos. Paracelso usava o termo latino gnomus, calcado no
grego genómos > habitante da terra, ou no grego gnomes > bom senso, conhecimento,
julgamento, reflexão, ou mesmo provavelmente do francês gnome > pequenos gênios que
habitam a terra.
Finlandês: Tonttu
Flamenco: Kleinmanneken
Holandês: Kabouter
Inglês: Gnome
Irlandês: Gnome
Norueguês: Tonte O nisse
Polonês: Gnom
Russo: Domovoi djedoesjka
Sérvio/croata: Kippec/patuljak
Sueco: Tontebisse O nisse
Sentido: Tato
Signos: Touro, Virgem, Capricórnio
Símbolos: Campos planos, cavernas, gemas, minas, montanhas, rochas, solos
Já o grego Estrabão, que nasceu pouco antes de começar a nossa era, menciona os celtas na
sua volumosa obra geográfica, baseando-se em escritos de anteriores historiadores
clássicos, e faz menção à semelhança de ritos e costumes entre povos que, graças às
contínuas migrações daqueles tempos, geminavam as suas raças até chegar a uma posterior
simbiose. Também cita algumas das suas peculiaridades, as quais fazem este povo primitivo
mais atrativo do que outros muitos daquela época.
Sabe-se, por exemplo, que os celtas adoravam as águas dos diferentes mananciais e
consideravam sagradas todas as fontes. Em torno delas teceram uma grande variedade de
lendas, algumas das quais sobreviveram até aos nossos dias. Havia um deus das águas
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termais chamado Bormo, Borvo ou Bormanus, conceitos que têm o significado de "quente",
daqui derivará Bourbon, ou "luminoso" e "resplandecente", com que era reconhecido
também, em ocasiões, como o deus da luz. E o seu ancestral culto daria lugar à
comemoração das célebres festas irlandesas, as "Baltené", que se celebram no primeiro de
Maio.
Muito freqüentemente, os heróis celtas consideravam-se filhos do rio Reno, pois da
margem direita deste rio provinha essa etnia celta que invadiu a Gália, as Ilhas Britânicas,
Espanha, parte da Alemanha e a Itália e o vale do Danúbio-, dado que sentiam a necessidade
de ser purificados pelo poder catártico da água.
Não obstante, a deidade mais peculiar das águas era Epona, assimilada do mundo grego, que
sempre ia montada a cavalo, animal que o deus do mar, Possêidon, tinha feito surgir com o
seu tridente, tal como ficava registrado na mitologia clássica, pelo qual também era
considerada entre os celtas como uma deusa eqüestre. Havia também uma espécie de
padroeira de mananciais e fontes à qual os galos denominavam Sirona.
MONTANHAS
É o galo, portanto, um povo de costumes ancestrais que introduz na história, talvez sem
querer, o valor mágico da arte, dado que há mais de quinze mil anos representava nas
paredes de ocultas covas uma série de estilizadas figuras que, na opinião de modernos
investigadores da pré-história, estavam carregadas de simbolismo, e pelo menos
especialmente ao representar o corpo de alguns animais, que lhes serviam de alimento,
atravessados com flechas ou lanças como uma premonição mágica da sua posterior captura,
pretendiam aproximar a realidade da sua imagem até identificar ambas.
Trata-se, portanto, de um povo que se caracteriza por introduzir nas suas legendárias
epopéias, transmitidas habitualmente de forma oral, elementos mágicos e simbólicos que
conformarão o mito do seu ancestral e da sua idiossincrasia, como raça e como etnia únicas.
E, assim, os galos tinham uma concepção animista da natureza e da matéria -as coisas estão
cheias de deuses e de demônios e têm vida- e, pelo mesmo motivo, consideravam sagradas Bruxaria Natural – Uma Filosofia de Vida 2015
as montanhas e, de forma especial, as suas cumeeiras e picos, onde se levavam a cabo
rituais similares aos que se realizavam no Reno ao submergir nas suas águas os recém-
nascidos; se o menino sobrevivia passava a ser filho legítimo dado que tinha um protetor, o
rio Reno, comum a ele e ao seu progenitor.
Algumas cumeeiras de montanhas eram consideradas como morada das deidades celtas e,
nas suas cimeiras, se erigiam templos em honra aos deuses que melhor protegeriam estes
lugares de silêncio e recolhimento. Eram consideradas como deidades a Montanha Negra e
algumas cumeeiras dos Pirineus. De resto, a semelhança com os lugares sagrados da
mitologia clássica, tais como o Olimpo e o Parnaso, era evidente.
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BOSQUES
Uma etnia, como a celta, que enchia as regiões em que habitava com infinidade de seres
fantásticos, tais como fadas, gnomos, silfos, duendes e anões, tinha que conseguir lugares
idôneos para o acomodo de semelhante figuras.
E é assim como surge a preocupação e o respeito pela vegetação, pelas ervas, pelas árvores;
o bosque erige-se em santuário celta, e as suas árvores com as raízes procurando as
profundidades da terra, e os ramos abrindo-se para o horizonte amplo do espaço exterior,
simbolizam a relação constante entre o que está abaixo e o que está acima, entre o
imanente e o transcendente.
Seguindo o seu critério animista, os galos consideravam os seus bosques cheios de vida e,
muito especialmente certas árvores, da família dos Quercus, que neles cresciam. Entre
estas, talvez o ritual mais oculto e eficaz fosse aquele das azinheiras, às quais se tinha um
respeito religioso e transcendental, carregado de veneração. Era uma árvore bendita e,
quando ardia, tinha a virtude de curar doenças. Talvez a tradição, que ainda dura, das
fogueiras de São João tenha a sua origem em certos ritos celtas relacionados com a chama
catártica da azinheira ao arder.
SIMBOLISMO VEGETAL
Aqueles que passassem pelo tronco oco das árvores do bosque seriam preservados de todas
as doenças e todos os males. E, no caso do carvalho, tornava-se tão patente o seu caráter
totêmico que era consagrado ao deus celta Dagda, que era uma deidade criadora que
encarnava o princípio masculino, ao passo que o princípio feminino era do Ágárico.
Havia também outras plantas que se utilizavam para curar as doenças contraídas por alguns
animais e, para colhê-las, era necessário seguir um ritual consistente em utilizar somente a
mão esquerda, jejuar e não olhar para a planta no momento de arrancá-la. Caso contrário,
não surtiria o efeito desejado.
O carvalho, então, aparecia entre os celtas carregado de simbolismo e, pelo mesmo motivo,
representava a boa acolhida, a tutela e o apoio.
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SIMBOLISMO ANIMAL
Também os animais eram objeto de culto e veneração entre os galos. Alguns grupos tribais
utilizavam o nome próprio de um determinado animal para, assim, mostrar-lhe a veneração e
o culto devidos. Por exemplo, a tribo dos "Tauriscí" recebia esse nome porque os seus
componentes estavam considerados como "os homens e mulheres do Touro".
Por exemplo, entre os celtas não se consumia carne de cavalo, dado que este era um dos
animais considerados sagrado e exclusivamente destinados a trabalhos bélicos. Certos
animais, como a lebre, eram utilizados pelos povoadores galos com fins relacionados com a
predição profética e a visão futura. Também o frango, o galo e a galinha eram animais
venerados pelos galos e a sua carne não podia comer-se.
O CALDEIRÃO DA ABUNDÂNCIA
E dado que a mitologia gala contém mais de cem deidades, a variedade está assegurada.
Isto é, que ao lado dos anteriores, considerados pelos narradores de mitos como
sanguinários, existem outros de características radicalmente opostas. Bruxaria Natural – Uma Filosofia de Vida 2015
Por exemplo, neste sentido, cabe citar o benéfico e altruísta, se me permite a expressão,
deus celta Dagda. Este era conhecido pelo atributo do caldeirão da abundância -entre os
celtas, o caldeirão era um dos objetos carregados de simbolismo mágico e mítico, pois no
seu fundo se guardavam as essências do saber, da inspiração e da extraordinária
taumaturgia, com o qual alimentava todas as criaturas.
E não só ficavam satisfeitos de forma material, mas também, os que acudiam ao caldeirão
generoso de Dagda, sentiam saciadas as suas apetências de conhecimento e sabedoria.
Outra qualidade do deus Dagda era a sua relação direta com a música e com o seu poder
evocador. Um dos seus atributos era precisamente a harpa, instrumento que manejava com
habilidade e arte e que lhe servia para convocar as estações do ano.
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Arrancava também tão suaves melodias deste instrumento que muitos mortais passavam
deste mundo para o outro como num sonho, e sem sentir dor alguma, sem sequer repararem
nisso.
O deus Dagda foi uma espécie de Orfeu céltico e, entre os seus descendentes, cabe citar
Angus que cumpria entre os irlandeses as mesmas funções que o Cupido clássico. Angus era
a deidade protetora do afeto e do amor e, em vez de lançar dardos ou flechas, atirava
beijos que não se perdiam no ar, senão que se convertiam, depois de terem cumprido, por
assim dizer, a sua missão, em dóceis e delicadas aves que alegravam com o seu melodioso
trinar a vida dos felizes apaixonados
Dagda também teve uma filha chamada Brigt que foi considerada pelos celtas como a
protetora das artes declamatórias e líricas. Encomendou-se-lhe o patrocínio da cidade e,
entre os galos, era a que guardava o caldeirão do conhecimento, a sabedoria e a ciência.
GIGANTES E HERÓIS
Houve outros deuses celtas que quase eram réplicas perfeitas das deidades clássicas. Tal é
o caso do deus Mider, cujas características são muito similares ao Plutão dos clássicos, pois
estava considerado como o deus que governava os abismos subterrâneos e infernais.
Sempre era representado com um arco, que sabe utilizar com extrema habilidade, e que lhe
serve para selecionar as suas possíveis vítimas, que escolhe tanto entre os heróis como
entre os mortais. Em certas ocasiões foi comparado com uma espécie de Guilherme Tell
galo.
Cabe também citar outras criaturas que povoavam a região dos celtas e que guardam
também certo paralelismo com outras similares no mundo grego e romano.
Na mitologia clássica existem personagens parecidos entre a raça dos ciclopes, que tinham
um único olho, de grandes proporções, no meio da sua fronte.
Outros heróis celtas legendários, cuja personalidade difere radicalmente da do gigante
Balor, são o rei Fionn e o herói Bran.
Do primeiro diz-se que tinha tanto poder que, quando se enfurecia, era capaz de cobrir de
neve toda a Irlanda durante um longo espaço de tempo. Do segundo se conhece uma das
suas mais célebres empresas, que é a contida naquela legendária narração em que se
descreve como o herói mítico Bran, para travar batalha com os seus inimigos, foi capaz de
atravessar a pé o mar da Irlanda.
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Também cabe mencionar a lenda do mais conhecido dos reis legendários celtas, cujas
aventuras foram colhidas em escritos galos e irlandeses e que era apresentado ora como
um deus, ora como um herói imortal e, em ocasiões, como um simples mortal que luta contra
o invasor anglo-saxão.
O ciclo medieval do Rei Artur narra as façanhas deste personagem mítico, de resto
ajudado na sua luta por deidades possuidoras de poderes maléficos e benéficos ao mesmo
tempo. A importância que se atribui ao episódio da procura do Santo Graal, baseado numa
crença medieval cristianizada, e a série de personagens como os Cavaleiros da Távola
Redonda, Percifal e Lancelote, etc- e circunstâncias que se sucedem para descobri-lo, tem
já um precedente na mais ancestral tradição celta.
Isto é, naquela que relaciona o herói Artur com o achado do caldeirão mágico, do qual se
apoderou mas, quando o subia para o navio, encontrou-se que a sua tripulação tinha crescido
demasiado e não cabiam na nave. O certo é que na Irlanda existem inumeráveis narrações
míticas, cheias de encanto e mistério, que serviram de inspiração, em numerosas ocasiões, a
qualificados artistas e escritores de todos os tempos.
OS DRUIDAS
O povo celta tinha chegado a tão remotos e afastados lugares que, consequentemente,
desenvolveria uma cultura própria e enraizada nas suas particulares crenças. Daqui a
importância que adquirem os diversos mitos celtas, assim como a força de atração que
emana dos seus legendários heróis, alguns dos quais guardam certa relação com os
protagonistas da fábula clássica, especialmente com os gregos.
dará lugar à formação de sociedades garantes do culto e o rito, tais como os druidas que,
segundo as investigações mais dignas de crédito, já na época neolítica tinham adquirido
grande importância e tradição entre os irlandeses.
Depois passariam, das Ilhas Britânicas, para o território galo, onde, junto com os
cavaleiros, se converteriam numa das classes sociais mais influentes e poderosas daqueles
tempos. Também houve outras associações que se ocupavam da interpretação taumatúrgica
daqueles fatos para os quais não se encontrava explicação racional; por exemplo, os bardos.
Inclusive existiram sacerdotisas e magas que praticavam a arte da feiticeira e
desenvolviam uns poderes poucos comuns.
Os druidas tinham também um poder mágico que lhes permitia exercer, segundo o povo,
como curandeiros e curadores de doenças da mente e do corpo. Conheciam as propriedades
de diversas plantas e utilizavam, além disso, para os seus salmos e sortilégios, couraças de
ouriços fossilizados, coisa similar ao que, entre a população oriental, sucedia com as marcas
das couraças das tartarugas quebradas pelo fogo, que depois eram objeto de interpretação
mágica.
O nosso mundo pereceria, na opinião dos druidas, pela água e pelo fogo; isto mesmo Bruxaria Natural – Uma Filosofia de Vida 2015
defenderia, na época clássica, a escola grega dos estóicos. Os druidas também ensinavam a
doutrina da metempsicose, ou transmigração das almas, pois acreditavam que havia outra
vida, para além desta, na qual se pagavam todas as dívidas aqui contraídas. Só os druidas
sabiam interpretar as inscrições lapidárias dos "oghams", espécie de mensagens gravadas
na pedras dos recintos funerários que talvez aludam à vida no outro mundo.
Precisamente a palavra druida significa "o perito adivinho", por cujo motivo tinham a
exclusiva, por assim dizer, da interpretação onírica, do conhecimento mágico do poder das
plantas, especialmente louvavam as virtudes do agárico que só os druidas podiam tocar, e da
curação e a clarividência.
Jovens seletos eram recrutados para formar a sociedade druídica. Permaneciam durante
vinte anos aprendendo todas as técnicas necessárias para depois serem capazes de
interpretar e memorizar textos sagrados, pois toda a tradição herdada dos antepassados
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era de viva voz. Tinham que chegar a dominar a astrologia, a adivinhação, a história e a
teologia; o seu conhecimento dos fenômenos naturais, e da natureza em si, devia ser
exaustivo.
Terra, meu corpo; água, meu sangue; ar, meu sopro; fogo, meu espírito.
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Textos Auxiliares
Diz o mestre Philippe de Lyon: “O homem acredita constituir-se um único ser, mas, na
realidade, ele não passa de uma coleção de bilhões de seres, pois cada célula é um ser tanto
ou quanto independente. Ele crê possuir total livre-arbítrio e não o tem. Crê agir por conta
própria e, no entanto, sofre a influência de todos os que estão dentro e fora de si. Quando
crê possuir uma coisa, essa coisa é também propriedade de outros seres que ele nem ao
menos consegue ver”.
Toda pessoa é formada da matéria dos quatro elementos, portanto, sujeita à força dos Bruxaria Natural – Uma Filosofia de Vida 2015
quatro elementos que constitui a matéria. Sempre um dos elementos predomina numa
determinada coisa, e isto também acontece não somente no que diz respeito às coisas em
geral, mas também ao próprio ser humano. Uma pessoa, ou mesmo um animal, sempre
mantém estreita relação com um dos elementos, e este lhe é particularmente favorável.
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O indivíduo pode ser predominantemente água, ar, fogo ou terra, e é isto que estabelece as
afinidades pessoais. Mas como em todo organismo sempre estão presentes os quatro
elementos da Natureza, nunca se encontra uma pessoa que seja, por exemplo, somente
água, ar, fogo ou terra. Embora haja o predomínio de um elemento, a pessoa é uma
miscelânea dos atributos de todos os elementos.
Não são apenas os oficialmente denominados seres vivos que são constituídos pelos quatro
elementos, pois isso acontece com todas as formas de vida presente neste mundo. Uma
montanha, por exemplo, não é constituída somente de terra. Nela há também o elemento ar
nas cavernas, o elemento água nos veios e o elemento fogo na forma de calor nas rochas,
formando, muitas vezes, rios de lava e vulcões. O fogo ou calor está presente em todos os
átomos e, mesmo entre os átomos, há espaços preenchidos por algo que algumas pessoas
chamam de éter, que também é considerado um dos sete elementos básicos da Natureza e
no qual existem devas e elementais. Assim, podemos dizer que tanto uma montanha está
ligada aos quatro elementos, como a água presente na fonte, no lago, no rio ou no oceano,
pois neles há sempre o elemento terra na forma de minerais, o elemento fogo na forma de
calor e o elemento ar na forma de gases em dissolução.
Uma das religiões predominantes no Japão é o xintoísmo, que tem muitos mistérios ligados
às forças da Natureza. Há um séquito imenso de elementais chamados Kamis, reverenciados
na tradição xintoísta. Há os Kamis dos ventos, responsáveis pelas mudanças atmosféricas,
os Kamis dos rios, dos lagos, das montanhas, das árvores, da agricultura, enfim, uma imensa
plêiade de Kamis inerentes a cada coisa que existe. No Oriente, o mais elevado Deva ligado
ao elemento água se chama Varuna, o Senhor da Água. O fogo é de suma importância na
tradição xintoísta, que diz que o Universo nasceu do fogo e depois se transformou, em
parte, em água, pois o fogo penetrou na terra e se escondeu. No Japão fala-se do deus do
Fogo, muito temido por ser responsável pelos incêndios e vulcões, mas também venerado
por purificar o mundo e destruir o mal. Nesse país há o festival Hi-Matsuri, em cujo ritual
os adeptos do Shugendo caminham com os pés descalços sobre brasas. Devido à influência
xintoísta no Japão, as pedras são muito respeitadas, e até mesmo veneradas, pois a elas são
atribuídas qualidades ocultas ligadas aos Kamis. Seria necessário um grande livro para se Bruxaria Natural – Uma Filosofia de Vida 2015
descrever a relação do xintoísmo com os elementos da Natureza, cujo conhecimento antigo
procede da Atlântida.
Diz Anne W. Besant: “Nosso sentimento da realidade neste mundo material é totalmente
ilusório. Nada conhecemos da verdadeira natureza dos seres e dos objetos, mas apenas as
impressões que eles produzem em nossos sentidos. Por isso, tiramos conclusões quase
sempre errôneas do conjunto dessas impressões”.
Vamos mostrar algumas características da pessoa que, por sua natureza, está ligada ao
elemento água. A água é a fonte da vida, a mãe de todas as coisas e, por isso, a mulher do
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A pessoa do elemento água corresponde ao biótipo renal ou shao yin, que os japoneses
chamam de tipo frango. Tem pele macia, pouco brilho nos olhos, pouca transpiração. É
basicamente tímida, introvertida, sensível, responsável, e tem grande amor pela Natureza.
É racional, lógica, pensativa, organizada, aplicada, e se apega muito a detalhes. É artista,
temperamental, ciumenta, guarda mágoa e rancor e pode ser até bastante vingativa.
A pessoa do elemento água é muito egocêntrica, mas tem prazer em agradar àqueles de
quem gosta. É afinada com os próprios sentimentos e nela prevalecem emoções profundas e
reações dos sentimentos, indo desde paixões compulsivas e temores irresistíveis até um
amor e uma aceitação que abrangem toda a Criação. É por isso que chora com facilidade,
inundando-se de lágrimas, e envolve-se compassivamente em situações passionais.
A pessoa do elemento água, como sua própria natureza mostra, não tem solidez nem formas
próprias. Fica mais feliz quando sua fluidez é diretamente direcionada por outrem,
especialmente por alguém do elemento terra, que possui a solidez na qual a água pode se
apoiar. É uma pessoa que, por fora, se mostra calma, mas em níveis mais profundos esconde
um temperamento nervoso e, muitas vezes, violento. A água, numa represa, aparenta calma
e serenidade, mas se o dique que a retém é rompido, ela pode manifestar uma violência
imensa. A pessoa do elemento água tende a sentir aversão por aqueles que são turbulentos,
com personalidade forte, tais como os do elemento ar e do elemento fogo.
Um sábio chinês do século XI é citado na página 78 do livro The Wheel of Life, de John
Blofeld: “Entre todos os elementos, o sábio tomaria a água como seu preceptor. A água é
submissa, mas conquista tudo. Ela extingue o fogo ou, percebendo que pode ser derrotada,
escapa como vapor e toma outra forma. Ela carrega a terra macia ou, quando desafiada
pelas rochas, procura um caminho em torno. Satura a atmosfera de modo que o vento
morra. A água é humilde, mas não submissa. Ela cede passagem para os obstáculos com uma
humildade enganadora, pois nenhum poder pode impedi-la de seguir seu caminho rumo ao
mar. Ela conquista submetendo-se. Nunca ataca, mas sempre vence a última batalha.
A pessoa do elemento água pode facilmente ser sensacionalista porque gosta de cultivar
potencialmente tempestades interiores e até apresentar distúrbios emotivos quando sente
a vida enfadonha. Tende a ferir as pessoas e é capaz de criar confusão quando seus
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“diques” se rompem e não consegue controlar suas emoções. Sua sensibilidade não significa
fraqueza porque ela, quando represada, é muito forte.
Como o indivíduo do elemento água tem excesso de energia nos rins e escassez de energia
no estômago, seus distúrbios mais frequentes são digestivos, abrangendo o estômago, o
baço e o pâncreas.
O indivíduo do elemento água se acomoda facilmente e se adapta bem às situações, mas não
permanece acomodado se não for contido, da mesma forma que a água, que se amolda
facilmente dentro de um vaso, mas logo extravasa e toma outra forma se o vaso for
quebrado. Se a “pessoa água” se desequilibra emocionalmente, entra em desarmonia com os
elementais da água, afoga-se em paixões sensuais e pode manifestar distúrbios
circulatórios. Quando entra em desequilíbrio profundo, tende ao suicídio por afogamento.
A pessoa do elemento água prefere viver perto de praias ou à margem de lagos ou rios.
Gosta de ver a água fluir e de ouvir o barulho de um regato ou das ondas do mar. Sente-se
bem física e emocionalmente nos dias chuvosos e deleita-se ao ver a chuva caindo e sentir
seus respingos na pele. No âmbito profissional, talvez escolha a pesca ou a oceanografia.
Em todas as situações em que haja perda de energia, fadiga e cansaço, a “pessoa água” se
recompõe facilmente perto da água, que pode ser à beira de um lago ou rio, numa praia ou
mesmo tomando um banho refrescante. Quando há predominância de água e fogo, ela se
cura muitas vezes com banhos termais ou escalda-pés. Bruxaria Natural – Uma Filosofia de Vida 2015
Os elementos da Natureza têm características próprias, mas cada elemento tem poder e
controle sobre os outros, e é exatamente isso que torna possível o equilíbrio da Natureza.
A água pode ser retida pelo elemento terra até certo limite, pois com o elemento terra se
pode fazer um vaso, um recipiente ou uma barragem capaz de conter e controlar a água,
mas a água pode amolecer e dissolver a terra. A água pode apagar o fogo, mas o fogo pode
transformar a água em vapor. A terra pode apagar o fogo, mas o fogo pode mudar o estado
da terra, transformando as rochas em lava e gerando os vulcões. É possível também gerar o
fogo provocando atrito entre duas pedras. O ar tanto pode apagar como intensificar o fogo.
O fogo ou calor aquece o ar e muda a pressão atmosférica, a qual ocasiona os ventos. Os
ventos mobilizam a água, criando as ondas. Entende-se, com isto, que os vendavais, as
ventanias, os tufões, os furacões, os ciclones e os maremotos resultam da interação dos
elementos da Natureza. Além destes exemplos, é possível imaginar outras situações
relativas às interferências elementais que formam o sistema autocontrolador da Natureza.
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Embora o corpo físico seja fruto da estrutura genética, o espírito que o recebe o merece
por causa da lei de ressonância vibratória. Exemplo: A má formação de um corpo físico pode
ser de origem genética ou de hereditariedade biológica, mas, na realidade, esse corpo vem
estruturado exatamente com a forma que o espírito está precisando. De igual maneira,
mesmo que os elementos determinem o modo de ser do organismo físico, esse modo de ser
retrata perfeitamente as qualidades do espírito que vem ocupar o corpo.
Dissemos que a predominância do elemento água acarreta uma natureza bem maternal nas
mulheres. Assim, um espírito que, na sua caminhada evolutiva, tenha já desenvolvido essa
qualidade ou tenha algum carma que precise desse tipo de caráter, certamente encarnará
como uma “pessoa água”. Essa predominância do elemento água não se refere ao plano físico
do elemento, mas sim à sua predominância energética no nível astral. É a harmonia
vibratória entre a pessoa e o elemento que define a afinidade entre ambos, visto que esse
fato é apenas um efeito de ressonância. Cada espírito encarna no corpo físico que merece,
mesmo que esse corpo seja fruto da genética e ou da hereditariedade.
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Muitas coisas que possuem formas no plano astral existem apenas como pensamentos no
plano material. No plano astral existem todos os elementais que correspondem aos quatro
elementos da Natureza sob suas mais diversas formas, além dos elementais artificiais
gerados pela mente humana, cujas formas são relativamente efêmeras.
Muitas culturas incluem os quatro elementos nas suas tradições filosóficas, religiosas ou
mitológicas, e a maioria dessas tradições postula uma energia primária que se manifesta
como corrente “reduzida”, conhecida como “elemento”, que é um processo que se assemelha
ao funcionamento de um transformador elétrico. Essa energia primária é chamada de prana,
força vital ou QI, mas apesar de ter vários nomes, ela é idêntica em todas as culturas.
A pessoa do elemento ar se sente bem em lugares altos e prefere atividades que envolvam
o ar, como ser piloto de aviões, aeromoça, equilibrista, trapezista. No esporte, aprecia
praticar paraquedismo e asa-delta. A criança gosta de aeromodelismo e prefere brincar
com pipas e aviões de papel. O indivíduo do elemento ar gosta muito de pescarias quando
tem a água como segundo elemento. Adora a brisa e as correntes de ar e não tolera Bruxaria Natural – Uma Filosofia de Vida 2015
trabalhar em salas fechadas e em ambientes confinados. Tem tendência a adquirir doenças
respiratórias, que se agravam em lugares fechados e abafados.
Da mesma forma que o indivíduo do elemento fogo, a pessoa do elemento ar tem olhos muito
vivos e brilhantes. É progressista, revolucionária, pioneira, embora muitas vezes não seja
compreendida pela sociedade convencional. É simpática, envolvente e tem ideias que
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sensibilizam os outros facilmente. Suas faculdades mentais estão muito ligadas ao elemento
ar e, por isso, geralmente pensa bastante, é inteligente, criativa e tende a estimular a
inspiração. Por outro lado, a sexualidade não está no topo de suas prioridades. Admira os
seres alados e não tolera vê-los maltratados ou presos, pois não suporta o sofrimento
alheio nem o seu próprio. Quando se machuca, diz: “Sopra, sopra!”
Tem forte dose de autoconfiança no que faz, mas sem grande poder de decisão naquilo que
pretende. Possui amor-próprio e orgulho, mas é um tanto fútil, sem vontade muito definida
e, portanto, facilmente influenciável. Quando exagera, corresponde ao tipo “Maria vai com
as outras”. É dócil e fácil de ser conduzida quando recebe a devida atenção, mas quando é
atingida além dos limites, pode explodir em violenta cólera, como um furacão ou um tufão.
Nessa situação extrema, chega a dominar os elementos água e terra, e até mesmo o fogo.
A mulher do elemento ar é a mais volúvel de todas porque seus sentimentos ficam pouco
presos às coisas concretas. É perdulária, pois gasta em demasia e não pensa muito no
futuro. Gosta de futilidades, festas e exibições. Como quer sempre conhecer as novidades
no modo de vestir, é excessivamente ligada à moda, aos desfiles de moda e à maquilagem.
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A mulher do elemento ar se amolda facilmente às situações, mas não se envolve nelas por
muito tempo e se afasta na primeira oportunidade, da mesma forma que o ar se amolda a
um recipiente, mas escapa pelo menor orifício. Ela prefere mais participar de festas e
passeios do que ficar cuidando de crianças e dos afazeres domésticos. Embora não goste
de cuidar dos filhos, em geral tem amizade e carinho por eles e pelas pessoas. Com a mesma
facilidade com que se apaixona, esquece a paixão. Muda de marido sem dificuldade e tem
relativa predisposição para se prostituir. É afetuosa, gosta do toque físico e adora ser
acariciada. Como tem grande atração por homens do elemento fogo, pode se envolver em
situações passionais muito intensas.
O homem do elemento ar também é muito volúvel. Trai com grande facilidade porque seus
sentimentos não têm fortes raízes. Sente necessidade de mudar constantemente e, por
isso, não permanece muito tempo num emprego ou trabalho. O seu forte é a liberdade.
Agora está aqui, daqui a um instante está ali, mais tarde está lá e amanhã está acolá. Para
ele, o que importa é a mudança, a renovação, e não os lugares onde está ou vai. Afinal, não
tolera passar duas férias seguidas num mesmo lugar. Geralmente não é muito ligado ao lar.
Prefere deixar as responsabilidades de lado e sair de casa, visitar lugares e pessoas e
participar de farras. Como é muito volúvel, magoa os entes queridos sem compreender
porque seus atos podem feri-los, mas como é essencialmente amoroso, sofre quando toma
consciência do que faz.
Nesta fase dos nossos estudos, é aconselhável que o discípulo analise e medite sobre os
quatro elementos para conhecer suas peculiaridades, pois certamente constatará que as Bruxaria Natural – Uma Filosofia de Vida 2015
qualidades dos elementos da Natureza estão claramente presentes na personalidade dos
seres humanos. Essa análise evidenciará que todas as características pessoais retratam
exatamente as mesmas características dos elementos da Natureza, seja de forma isolada
ou combinada. Ao se examinar as qualidades dos elementos da Natureza, fica evidente o
quanto elas estão presentes nas pessoas, pois tudo o que os elementos apresentam em sua
natureza se manifesta na maneira de ser das pessoas.
A proporcionalidade das diferentes combinações dos elementos tanto existe nas coisas
como nas pessoas. Cada um reflete não apenas um elemento, mas uma somatória de todos os
elementos, em que um ou outro se salienta mais. É por isso que a Tradição diz que o que
muda de uma pessoa para outra é fruto da proporção dos elementos. Há a predominância de
um elemento que marca a personalidade básica da pessoa de forma bem nítida, mas, ao
mesmo tempo, há a presença também dos demais elementos. Um alpinista, por exemplo,
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pode estar mais ligado ao elemento ar, porque gosta das alturas, mas também ao elemento
terra, porque gosta de escalar montanhas.
O conhecimento da natureza elementar de uma pessoa serve como teste vocacional porque
é possível descobrir quais as profissões mais adequadas para ela, seu melhor campo de
atuação, a forma como ela reagiria ante as diversas situações da vida, e até mesmo indicar,
com boa margem de segurança, o tipo de pessoa com quem ela é compatível para negócios,
sociedades e matrimônio.
A importância desse conhecimento se faz sentir mesmo na vida do dia a dia, pois muitas
vezes a adaptação ou não a uma situação vivenciada diz respeito ou não à sintonia da pessoa
com o seu elemento essencial. A expressão “fulano está fora do seu elemento” significa que
a pessoa está vivenciando uma atividade estranha à sua verdadeira natureza.
Exercendo uma atividade paralela em seu próprio elemento, a pessoa pode “recarregar a
bateria” para suportar uma atividade fora do seu elemento. Pode estabelecer, de forma
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consciente, uma sintonia com a energia do seu elemento através do cultivo e do contato
físico íntimo com esse elemento, pois, de forma real, os elementos de terra recebem mais
energia do elemento terra, os de ar, do ar, os de água, da água, e os de fogo, do fogo.
O indivíduo do elemento fogo precisa estar ao ar livre, sob a luz solar, banhando-se no calor
do fogo radiante do Sol, e manter-se fisicamente ativo a fim de captar a energia ígnea, pois
se tiver que ficar confinado por muito tempo, sem a oportunidade de se movimentar, logo
vai se sentir estressado, irrequieto e nervoso, sujeito a entrar em depressão. O indivíduo
do elemento ar é particularmente sensível ao clima montanhês porque precisa de ar limpo e
leve, jamais encontrado nas grandes cidades, planícies úmidas e vales.
Tudo isto diz muito sobre o comportamento das pessoas na sociedade, o que é corroborado
com o que fala Lois H. Sargent em seu livro How to Handle Your Human Relations: “Os do
elemento ar tendem a se elevar acima dos conflitos e a flutuar ao redor deles; os do
elemento fogo a se envolver com eles; os do elemento água a fugir deles; os do elemento
terra a enfrentá-los, resolvendo a situação com a pessoa que causou o problema no seu
caminho”. Os do elemento água detestam conflitos e, por isso, tendem a escorrer ao redor
deles, por baixo deles ou sobre eles, ou, se tudo falhar, desgastar lentamente a pessoa ou a
coisa que está no seu caminho.
A compreensão das características dos elementos refletidas na personalidade pode Bruxaria Natural – Uma Filosofia de Vida 2015
contribuir de várias formas para o autoconhecimento, mostrando como podemos viver
melhor em nossa própria companhia, como satisfazer as nossas necessidades e como
revitalizar o nosso campo de energia.
Concluindo, citamos o grande mestre Paracelso, a quem Carl Jung considerou um precursor
dos psicólogos modernos. Paracelso atribuía um espírito da Natureza específico para cada
um dos quatro elementos e afirmava que era possível trabalhar com essas forças naturais.
Esses espíritos, que são mencionados em todas as mitologias, simbolizam o modo de atuação
de cada elemento.
Paracelso deu o nome de ondinas aos elementais ligados à água, os quais deviam ser
controlados através da firmeza. Com isso, podemos apreender que a pessoa do elemento
água precisa ser firme consigo mesma e que, às vezes, a firmeza é a melhor forma de se
lidar com ela, especialmente quando suas emoções estão fora de controle.
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Deu o nome de sílfides ao elementais ligados ao ar, os quais deviam ser controlados através
da constância. Com isso, fica evidente que a pessoa do elemento ar deve cultivar a
determinação e a constância em sua vida para dar um passo importante em sua evolução,
porque, para ela, é difícil assumir um compromisso com uma determinada resolução.
Deu o nome de salamandras aos elementais ligados ao fogo, os quais deviam ser controlados
através da serenidade. A pessoa do elemento fogo pode moderar o uso extremo da sua
energia cultivando conscientemente um tranquilo estado de contentamento, pois se ela
aceitar calmamente a vida aqui e agora, evitará muitas tensões e desgaste da sua energia.
Deu o nome de gnomos aos elementais ligados à terra, os quais deviam ser controlados
através da generosidade jovial. Essa qualidade não é comumente encontrada na pessoa do
elemento terra, mas assim que for apreendida, a pessoa será beneficiada porque sua maior
força se irradia e resplandece quando ela assimila essa qualidade na sua natureza.
Oração do Elemento Ar
Sou a alma dos ventos! Sou o sopro da vida!
Estou em todos os lugares e nunca sou visto,
Mas meu poder é temido, pois sou a fúria dos furacões!
No entanto, hoje sou aquele que carrega a dor.
Antes carregava os ares da Natureza e hoje carrego com eles a morte.
Levo gases tóxicos até onde minhas forças me possibilitam.
A radioatividade vaza e eu a arrasto por onde for possível.
Hoje carrego as doenças que o homem cuidou de despertar com sua noção de progresso.
O homem fez de mim o seu aliado na devastação inconsequente a que se entrega com fúria.
Sou o sopro da vida e agora também o da morte.
Sou a fúria dos furacões e o silêncio macabro da toxicidade.
Tornei-me um doente a contaminar tudo e todos com os males da mente humana.
Em lugar de prestigiar o brilho da inteligência, sou agora o arauto da insanidade. Bruxaria Natural – Uma Filosofia de Vida 2015
Humanos... Seres humanos...
Sou a personificação da inteligência.
Sou como a espada que corta os liames que nos atam a tudo o que é retrógrado.
Aprendam comigo a insuflar vida ao planeta.
Limpem suas mentes e se lembrem de ser portadores de boas novas.
Lembrem-se de ouvir os espíritos.
Cultuem os espíritos ou, ao menos, demonstrem respeito por eles.
Meus ventos continuarão a soprar em todas as direções
Seus fétidos produtos e suas destrutivas idéias.
Manterei seus narizes ocupados com sua ignorância,
Até que entendam o mal que estão fazendo a si e aos outros,
Até que entendam o valor da vida.
Não sou vingativo!
Esta é apenas a única maneira que tenho para acordar suas consciências.
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O fogo é essencial à vida. Só existe vida onde há fogo, desde o coração do homem até o
coração do Universo
A antiga filosofia grega baseava-se nos quatro elementos, que eram representados por
quatro aspectos do ser humano: água > alma e estética; ar > intelecto; fogo > moral; terra >
corpo físico. A medicina galênica que floresceu na Europa durante a Idade Média e que até
hoje serve de fundamento para o pensamento médico e filosófico, constituindo a base da
medicina alopática, está correlacionada com os quatro humores que, por seu turno, falam
dos quatro temperamentos humanos, citados em todos os antigos livros de medicina
europeus e em obras de William Shakespeare e outros literatos. Um dos erros da literatura
médica é mencionar Hipócrates como o pai da medicina. Na verdade, a medicina alopática
baseia-se nos ensinamentos de Galeno e não nos de Hipócrates, pois Hipócrates não é o pai
da tradicional medicina alopática praticada no Ocidente, mas sim o pai da filosofia da
medicina homeopática e de outras formas que tratam o doente, não a doença, visto que para
a homeopatia não há doenças, mas doentes.
O elemento fogo induz características marcantes no indivíduo, fazendo com que tenha uma
personalidade forte e dominadora e um temperamento explosivo, emocional, impulsivo e
impetuoso. Sendo o fogo um princípio transformador que pode agir em dois sentidos, a
predominância do elemento fogo no indivíduo equilibrado pode induzi-lo a se tornar líder,
governante ou condutor de pessoas, mas no indivíduo desajustado essa predominância pode
torná-lo guerrilheiro, incendiário, extremista ou revolucionário.
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Os elementais do fogo trabalham com o mundo e com o ser humano através do calor, tanto
através da chama de uma vela como através das chamas de um vulcão. O elemento fogo
intensifica a espiritualidade e sua energia destrói o que é velho e edifica o que é novo.
Assim, o indivíduo com predominância do elemento fogo é geralmente inovador e pouco
conservador. Quando consegue controlar a pressa e a impaciência, que lhe são peculiares,
pode se tornar um grande pesquisador.
A pessoa do elemento fogo prefere se tratar por meio de irradiações, cores e compressas
quentes e frias. Como gosta do Sol, alegra-se nos dias ensolarados e aprecia passar horas
ao Sol. Quando está em desequilíbrio ou em desarmonia, tende à piromania, fazendo bombas
ou produzindo incêndios por prazer ou para descarregar tensões. Quando é criança, gosta
de fazer fogueiras. Se seu segundo elemento predominante é o ar, gosta de soltar balões.
A pessoa do elemento fogo corresponde ao biótipo cardíaco ou shao yang, que os japoneses
chamam de tipo porco. Tem muito brilho nos olhos e é espontânea, extrovertida, ativa,
agitada, impaciente, mas pouco persistente. Embora seja de natureza alegre, cai facilmente
em depressão e, mesmo impulsiva e explosiva, não guarda rancor porque tem índole mansa.
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Por ser o fogo uma força universal radiante e excitável, o indivíduo do elemento fogo é
decidido, entusiasta, de grande fé em si mesmo, de uma honestidade direta e com grande
força interior. Como precisa de muita liberdade para se expressar naturalmente, garante
espaço para si mesmo pela sua incansável insistência até obter o que deseja. Uma de suas
falhas é não perceber a sensibilidade alheia porque está muito envolvido com sua própria
sensibilidade. Não é muito preso aos familiares, mas não tanto quanto o indivíduo do
elemento ar. Apesar de não ser muito apegado à família, é exigente com aqueles que não
admitem oposição. Por ser inflamável, interfere muito nos problemas alheios e, quando age,
não mede as consequências dos seus atos.
Carl Jung relacionou o elemento fogo com o núcleo dinâmico da energia psíquica, a qual flui
de forma espontânea, inspiradora e automotivada. A pessoa do elemento fogo é
dominadora, egocêntrica e impessoal. Sente que é um canal de “vida” e não esconde seu
orgulho por ser assim. Ao exercer poder, é capaz de impor a sua vontade. Seu desejo de se
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expressar livremente é quase infantil, cuja qualidade pode parecer cativante a alguns, mas
ser ofensiva aos mais cautelosos e sensíveis, embora raramente suas faltas sejam
cometidas de forma intencional. É geralmente impaciente com pessoas mais sensíveis, mais
gentis, mais meticulosas, especialmente com as que têm predominância dos elementos água
e terra. É como se pressentisse que a água pudesse extingui-lo e a terra sufocá-lo. Mas é
compatível com a pessoa do elemento ar, que “abana” as chamas do fogo, fornecendo-lhe
novo ânimo e novas ideias.
Quanto à saúde, a pessoa do elemento fogo tem excesso de energia no coração e estômago
e escassez de energia nos rins. O sabor salgado lhe é benéfico justamente pela falta de
energia nos rins. Para tratar a saúde, prefere medicamentos energéticos. Seus sintomas
mais comuns são taquicardia, palpitação, ondas de calor subindo para a cabeça, gastrite,
mãos e pés gelados, dor de cabeça, pressão sanguínea descontrolada, diabetes e queimação
no estômago. Bons alimentos para ela são alface, escargot, frutas secas, ovos cozidos e
peixes de água salgada. Quando entra em desequilíbrio e está em desarmonia, pode ser
acometida por doenças cardíacas e mentais.
Tem tendência a ouvir e a executar músicas e a passar horas admirando o fogo, ocasião em
que pode ter percepções e visões. Ao contrário da pessoa do elemento terra, a mudança é
primordial no indivíduo do elemento fogo por causa da sua grande tendência a mudar de
profissão, residência, médico, dentista, fornecedores, amizades e divertimentos. Prefere
esportes que requeiram muita atividade física e dispêndio de energia, como futebol,
ciclismo, basquete e caminhada.
Embora tenha caráter forte, às vezes o indivíduo do elemento fogo lembra a pessoa do Bruxaria Natural – Uma Filosofia de Vida 2015
elemento ar, que é de natureza fútil e volátil. Geralmente ele se dá muito bem com a pessoa
do elemento ar porque o fogo precisa do ar para se manifestar. Quanto mais baixar seu
nível de manifestação no mundo denso, mais precisará do ar. Com as correntes de ar, o fogo
cresce e sobe, e o fogo, por sua vez, aquece e eleva o ar, que produz correntes de vento.
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Cremos constituir um único ser, mas há milhões de seres em nós. Cremos agir por nossa
própria conta e, no entanto, sofremos a influência de todos os seres que estão conosco
A tradição dos quatro elementos está presente em todas as culturas. No Tibete, por
exemplo, as estupas são gigantescos símbolos da estrutura da Criação e representam o
alicerce básico da cosmogonia tibetana, para a qual os quatro elementos são as energias
fundamentais do Cosmos. As estupas são monumentos bramanistas ou budistas que guardam
relíquias e marcam o caráter sagrado do lugar ou comemoram um evento importante. A base
quadrangular da construção simboliza a terra. Sobre essa base repousa uma esfera que
simboliza a água. No alto da esfera há uma estrutura, em espiral, que simboliza o fogo. No
topo da construção há uma meia-lua que simboliza o ar. Sobre a meia-lua há uma pequena
esfera que simboliza o éter, força primária da qual emanam todas as outras forças.
Facilita a compreensão saber que tudo o que diz respeito ao elemento terra tem forma,
tamanho e peso e que se reflete de forma evidente na personalidade da pessoa do elemento
terra. O indivíduo predominantemente terra é pesado, lento e um tanto avesso a mudanças.
Tem propensão a exercer profissões que exigem pouca mobilidade e é afeito ao trabalho
pesado, como a agricultura, a criação de animais ou outros trabalhos semelhantes, pois
prefere atividades ligadas diretamente com a terra, além de ter grande amor pelos
vegetais. Sente-se bem com o contato com a terra e tem necessidade de permanecer Bruxaria Natural – Uma Filosofia de Vida 2015
descalço ao menos uma parte do dia. Dá muita preferência à vida sedentária e aprecia
trabalhar em gabinetes ou escritórios fechados e não gosta de caminhar porque se sente
pesado, ou é de fato pesado. Gosta muito de histórias, contos e lendas e de colecionar
fósseis e pedras preciosas. Quando não as possui, tende a trabalhar como joalheiro e
avaliador de joias. Como gosta de construir coisas, a engenharia civil é o seu estudo
predileto, pois tem inclinação para construir edifícios, estradas e barragens e para ser
artesão, escultor, ferreiro, metalúrgico, arquiteto, colecionador e museólogo. No campo das
artes, aprecia esculturas e artesanato. No esporte, prefere atirar dardos e levantar pesos.
Como não gosta de mudanças, vive “preso” a um lugar. Muitas vezes passa a vida inteira
numa mesma cidade, apegado a uma casa, aos bens materiais e a objetos antigos, além de
gostar de passar as férias num mesmo lugar, todos os anos. Qualquer situação nova lhe
causa ansiedade ou até irritação. Diante de algum evento ou viagem, tende a manifestar
ansiedade antecipadamente, não conseguindo dormir na noite anterior e ficando sujeito a
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sofrer algum distúrbio físico, como diarreia e vômito. Sua tendência à fixidez torna-o
econômico, o inverso das pessoas dos elementos água e fogo, que muitas vezes gastam até o
que não têm. O indivíduo do elemento terra gosta de pássaros presos em viveiros ou em
gaiolas, mas se é influenciado pelo elemento ar, prefere ver as aves soltas e livres.
O indivíduo do elemento terra tem admiração pelos penhascos e montanhas e sente-se bem
à sombra das árvores. Quando é influenciado pelo elemento ar, gosta de alpinismo. Tem
muita energia sexual, mas não se entrega a aventuras amorosas, ao passo que a pessoa do
elemento fogo tem muita necessidade sexual e a pessoa do elemento ar é voluptuosa.
A pessoa do elemento terra recompõe facilmente sua energia sutil quando se recosta a uma
pedra, a um rochedo ou a uma árvore, da mesma forma que uma pessoa do elemento fogo se
recompõe sob o Sol e uma pessoa do elemento água se recompõe em contato com a água.
O indivíduo do elemento terra não exige muita liberdade no seu modo de viver e se adapta
bem às circunstâncias porque é naturalmente ponderado. E não explode facilmente, embora
resista muito às transformações sociais, morais e religiosas porque o seu forte é a fixidez. Bruxaria Natural – Uma Filosofia de Vida 2015
A pessoa do elemento terra corresponde ao biótipo pulmonar ou tai yin, que os japoneses
chamam de tipo vaca. Tem o corpo gelado, é friorento e tem muita transpiração. Possui
pernas curtas e pescoço bem desenvolvido. Tem excesso de energia no fígado e escassez
de energia nos pulmões. Tem tendência a sofrer de doenças respiratórias e intestinais,
hemorroidas, hipertensão ou hipotensão. Gosta muito de sais minerais e vitaminas e de
tratamentos à base de massagem, pressão local, cataplasma e unguento. O sabor picante,
em doses moderadas, é benéfico para as suas funções respiratórias. Em sua dieta deve
incluir alho, cebola, rabanete e pistache, além de que o sabor doce lhe é conveniente
justamente pelo excesso de energia no fígado e escassez de energia nos pulmões. Quando
está em desequilíbrio, pode adquirir doenças relacionadas com os ossos e os músculos.
como filosofia e metafísica. Está sempre em contato com os sentidos físicos e com o aqui e
o agora do mundo material. Persiste até alcançar seus objetivos porque sabe como deve se
adaptar ao mundo para ganhar a vida e suprir suas necessidades. Como tem uma percepção
inata de como funciona o mundo material, é mais paciente e disciplinado que os indivíduos
dos outros elementos, pois confia mais nos sentidos e no raciocínio do que na intuição, na
inspiração e nas teorias. É objetivo, interesseiro e tem facilidade para se relacionar com
outras pessoas. Tem os pés no chão porque acredita mais na razão prática das coisas e está
mais ligado aos elementos da subsistência e do suprimento das necessidades básicas. O
indivíduo do elemento terra é receptivo como a terra, mas de decisão forte e com grande
força de vontade. É persistente e eficiente e fala e age de forma objetiva e cautelosa.
Como se liga mais às coisas materiais, se apega facilmente à rotina e à ordem.
A pessoa do elemento terra é mais de fazer do que de mandar fazer, enquanto que a pessoa
do elemento fogo manda, administra, incentiva e resolve problemas, e a pessoa do elemento
ar manda, mas não incentiva porque sai de perto. Embora o fogo se apresente em chamas
irrequietas e um tanto livres, está sempre ancorado em alguma coisa, especialmente nos
minerais ou vegetais do elemento terra. O ar é praticamente livre porque se desloca
rapidamente para lugares diferentes, ficando preso somente à força da gravidade.
Embora a atividade sexual do indivíduo do elemento terra não seja praticada com muita
intensidade, ele a manifesta de forma um tanto brutal. Enquanto o homem gosta de prole
numerosa, a mulher geralmente é uma dona de casa eficiente porque é firme em seus
propósitos e bem apegada aos filhos e ao lar. A pessoa do elemento terra não é colérica
nem explosiva, mas pode ser rancorosa, enquanto que a pessoa do elemento fogo ou do Bruxaria Natural – Uma Filosofia de Vida 2015
elemento ar é explosiva, mas não rancorosa. O indivíduo do elemento terra dificilmente se
envolve com os outros. Prefere ser comedido, medindo e pesando todas as consequências.
O artista retrata muito as coisas ligadas ao elemento que lhe é peculiar. Há uma interação
na Natureza, em que uma coisa se reflete na outra e os elementos se refletem na
personalidade humana, deixando evidente que as formas de existência são dependentes
umas das outras e que tudo está ligado entre si. Diz o mestre Philippe de Lyon: “Cremos
constituir um único ser e há milhões de seres em nós. Cremos possuir um pensamento e agir
por nossa própria conta e, no entanto, sofremos a influência de todos os seres que estão
conosco. Cremos possuir uma coisa e essa coisa é propriedade também de outros seres que
muitas vezes nem conseguimos ver”. Todas as coisas se interdependem porque, de alguma
forma, estão unidas por elos comuns, mas em níveis diferentes. Seja em qualquer nível,
coisa alguma está isolada porque há sempre um vínculo entre uma coisa e outra. Esse elo
também existe na personalidade humana e pode ser nitidamente observado quando se
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Então, as características e a maneira de ser de uma pessoa nada têm a ver com o espírito,
mas com o corpo físico? De certa forma é assim, pois é a matéria, em níveis genéticos e
elementais, que marca as características e a maneira de ser da pessoa, mas o corpo físico,
mesmo moldado segundo as bases genéticas e elementais, tem a forma exata que um
determinado espírito precisa para se desenvolver. Portanto, o que a pessoa mostra ser é
inerente ao seu corpo de forma passiva e inerente ao seu espírito de forma ativa. É como
se o corpo físico fosse um instrumento musical e o espírito fosse um musicista. As
características do som são inerentes ao instrumento, ao elemento passivo, e a habilidade de
tocá-lo é inerente ao musicista, ao elemento ativo. O instrumento não é moldado pelo
musicista, mas apenas usado por ele conforme a sua capacidade musical, pois quando um
pianista se apresenta em público, precisa de um piano e não de uma flauta. Assim também é
a relação entre espírito e corpo.
Muitas vezes o filho tem as mesmas características temperamentais dos pais e até de
ancestrais ainda vivos. Então, como explicar que o temperamento é inerente ao espírito e
não à matéria? Exemplo: A capacidade de irritabilidade de uma pessoa está implícita no seu
corpo de forma passiva e pode ou não ser ativada, em maior ou menor grau, pelo espírito.
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Meditação da Terra: Veja o vaso e a terra, a planta que ali está crescendo. Pode ser
que sua planta nem tenha brotado ainda. Mas você sabe que a magia da geração está ali,
está ocorrendo. Em alguns dias a semente vai brotar vai vir a tona. A terra é base, é força
geradora. Mas a força que está dentro da semente é dinâmica, ela é viva. Então vire se para
o sul e contemplo a chama da vela. O poder do elemento Fogo. Fogo, ali expresso em seu Bruxaria Natural – Uma Filosofia de Vida 2015
poder. Aquela chama aparentemente inofensiva pode incendiar toda um floresta se for
deixada numa mata seca, pode queimar sua casa se você agir errado. Esse é o poder do
fogo. Nosso aliado quando controlado, porém destruidor se perdemos o controle. Sinta que
a semente que está nascendo dentro da Terra leva o fogo em seu interior. Outro nível do
Fogo. O fogo da vida! E você também tem esse fogo dentro de si. Você é a Terra e é o Fogo.
É o campo e é a semente. Medite, sinta isso, não intelectualize apenas. Sinta que o fogo tem
dois poderes. O brilho, a luz e o calor. São poderes do fogo, poderes independentes que
mais tarde vai aprender a usar.
Sabe porque os antigos Maias nunca desenvolveram rodas ou carros? Nunca precisaram.Eles
viajavam para onde queriam através do fogo ou d'água. Como não eram mercenários em
busca de metais para saquear, mas investigadores dos mistérios a eles interessava ir em
consciência aos outros lugares. E aprenderam a usar virtudes mágicas que o fogo e a água
tem para servirem de portais para que a percepção viaje para outros lugares deste mundo
ou outros mundos.
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Mas você está ali, no meio dos quatro cantos...Depois de meditar sobre a Terra e o Fogo
volte-se para Leste onde o sol nasce. Ali você tem o incenso. AR: Sinta, respire. Sinta que a
sua volta o ar está presente, que o ar que você respira já esteve em outros pulmões, nas
plantas, o AR é um veículo mágico de contato com toda a vida, pois todos os seres viventes
respiram. A força do AR é assim, plena, só tem os limites que damos a ela.
Do outro lado a água: Pense num peixe. Ele "voa" na água como um pássaro voa no ar. Para o
peixe a água é seu ar. O meio no qual ele está imerso, onde vive e respira. Nós estamos
imersos no ar. O ar e a água se adaptam ao formato do recipiente que os contém. Isso é
importante de se perceber, são características dos elementos. Vire-se para oeste e veja a
água. Ali está ela, calma em repouso. Assim age a água, ela flui e vai se adaptando ao lugar
onde está, preenchendo todas as reentrâncias. Lembre que você passou 9 meses de
gestação dentro d’água. Que seu corpo é 2/3 d’água. Que este planeta, chamado Terra, é
2/3 água. A água tem também duas características. Uma é sua umidade, tudo impregna.
Outra é sua fluidez. Ela flui sempre. Medite sobre ao Ar e a Água.
Sinta-se como um peixe para perceber a água e imagine-se um pássaro para contemplar o
ar.
Ao terminar volte se novamente para a Terra, para o Fogo, para o AR e para a Água,
sentindo cada um dos elementos, suas singularidades. A Terra é base, sólida, firme. A água
é fluída. O Fogo transforma, nada é tocado pelo fogo e permanece igual. O AR expande,
sempre, amplia-se. São valores arquetipais sentimentos fundamentais que são chaves de
reconhecimento.
Quando você aprofundar o "sentimento" que cada elemento te transmite vai acontecer um
momento que você não vai apenas "imaginar" tal virtude do elemento, vai mesmo sentir o
elemento te transmitindo algo dele. Quando isso acontecer você começou a sentir a
essência do elemento. E a parte viva do elemento,e sua manifestação viva é o nível dos
elementais.
Este exercício é um primeiro momento de familiarização com os quatro elementos. Pode ser
feito sozinho ou em grupo. Quando trabalho com grupos cada um fica num dos quatro
elementos, de acordo com a energia predominante de seu mapa astral.Começa com cada um,
sozinho no meio do círculo, sentindo cada elemento. Depois cada um dos quatro vai para o Bruxaria Natural – Uma Filosofia de Vida 2015
seu canto. Então cada um busca uma palavra chave para seu elemento. O exercício costuma
ser feito com cada um descobrindo um verbo e um adjetivo para seu elemento.
Exemplo: “Fogo: Transformação – Intensidade”; e por aí vai.
Depois que todos sentiram seu elemento é hora de cada um falar o que sente do outro. Por
exemplo, o fogo sabe que sem o AR ele não existe, ele apaga. Sabe que a Terra pode ser
aquecida por ele, ele pode queimar a planta que está nascendo, mas no seu aspecto calor ele
é que ajuda a planta a crescer, pois no inverno com neve a vida fica suspensa. O fogo sabe
que a água pode apagá-lo, mas se entre ele e a água o metal entrar ele pode levar a água a
ferver. E assim vários exemplos são dados para cada elemento. E as relações de cada
elemento.
Cada um "incorpora" o elemento onde está e expressa como se sente em relação ao outro
elemento. Se você está fazendo sozinho o exercício personifique cada elemento e sinta
como ele se relaciona com os outros. Este exercício é para ser feito várias vezes, ele vai te
dar uma nova abordagem dos elementos.
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Exercício Prático
TETRAGRAMA PESSOAL
NOME: ______________________________________________________________________________
Marque a seguir todas as características que você possui e das coisas de que faz uso ou costuma praticar:
__________________________________________________________________________________
Lembre-se que este material, foi elaborado para que você possa ter um bom aproveitamento no
curso. Se for copiá-lo para outro uso, coloque a bibliografia mantendo os direitos e o trabalho de 48
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Lembre-se que este material, foi elaborado para que você possa ter um bom aproveitamento no
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Focalizadora:
Tânia Gori – Bruxa
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