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PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS

Trabalhar a Imprensa Escrita implica para além da análise / desmontagem de uma das
mais importantes linguagens da actualidade, a construção dos mais variados tipos de
imprensa escrita – jornais generalistas, especializados ( referentes aos vários desportos,
a artes, a divulgação religiosa …), conforme o nível experiencial e o interesse dos
formandos.
Neste caso concreto a tarefa que se propõe é a produção e realização de um jornal, do
tipo escolhido pelos formandos e pelo formador, da forma que este considerar mais
eficaz ( questionário, chuva de ideias, inquérito...)
Todo o trabalho de identificação e análise dos géneros jornalísticos, poderá ser feito
com o apoio de questionários, eventualmente integrados em guiões que sugerirão, para
além do trabalho de análise de texto, outro tipo de actividades de produção - escrita,
gráfica, fotográfica…).
Mais uma vez o trabalho de equipa é o considerado possível, uma vez que, para além do
trabalho com os guiões (linguístico, textual, gráfico, fotográfico…) o grupo dos
formandos deverá constituir-se em sub-grupos com tarefas específicas – Direcção
(agenda), Redacção (rubricas; géneros textuais- entrevista; reportagem; crónica; notícia;
breve…), Produção, Divulgação e Distribuição, por exemplo, sem o que não será
possível a realização de uma tarefa deste tipo.
No caso de os formandos e do formador acharem desadequada a realização de um
jornal, poderá o módulo fazer-se apenas na perspectiva da recepção, isto é da análise e
interpretação da mensagem jornalística escrita, sendo que os textos produzidos pelos
formandos podem ser compilados num dossier.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Conteúdos Sugestões de trabalho


1. Apresentação do módulo pelo formador
Acta-síntese Acta-síntese das decisões do grande grupo

O jornal escrito e o jornal televisionado 2. Trabalho com guiões


Como exemplo do trabalho de análise
Estrutura da notícia: proposto nos guiões, sugerimos:
Títulos, lead, desenvolvimento, fecho 2. 1. Análise de uma notícia num jornal
Uso de tempos, modos e pessoas escrito e da mesma notícia veiculada pela
gramaticais; televisão, para concluir da importância do
Os articuladores frásicos e interfrásicos mais meio na estrutura do texto - notícia lida por
frequentes; classificação morfológica e um jornalista de continuidade, apontamento
sintáctica. de reportagem ao vivo com os intervenientes
O uso dos substitutos: determinantes e ou só com imagens- e as diferentes partes de
pronomes; uma notícia escrita. Análise temática, textual
O uso dos indicadores de tempo e espaço e gramatical.
( deíticos), como aqui e agora 2.2. A partir da apresentação de jornais
semanários, diários, nacionais, regionais,…
os formandos deverão construir uma grelha
de análise que permita identificar
rapidamente os jornais em referência. Esta
grelha pode facilmente ser construída a partir
da leitura do cabeçalho de cada jornal, a que
se acrescentarão outros dados importantes
para o grupo.
Elementos da 1ª página de um jornal 3. A análise da 1ª página de um jornal é
também um lugar privilegiado de pesquisa,
pelo que o preenchimento de uma ficha de
análise, tanto do ponto de vista do conteúdo
como do ponto de vista estrutural(nível das
diferentes partes que a constituem) pode ser
um trabalho fundamental para concluir do
tipo de orientação do jornal e do tipo de
público que visa.

4. Um jornal inclui uma grande diversidade


de textos, daí a análise de alguns dos
Géneros jornalísticos géneros jornalísticos mais comuns. A partir
da leitura de vários textos de um mesmo
jornal, diário, por exemplo, apresentar aos
formandos um esboço de grelha que inclua
alguns dos elementos estruturais e
linguísticos que os distinguem; deixar aos
formandos a possibilidade de completar a
grelha.
O trabalho de produção de texto em 1. , 2.e
3. deverá aproveitar, numa 1ª fase, os textos
analisados, isto é, repetir o modelo com
outro conteúdo e, seguidamente, partir para
textos escolhidos pelos formandos.

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