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BOLETIM DA REPUBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
10.° SUPLEMENTO
SUMARIO cobrada nos termos dos artigos 82 e 83 da Lei n.° 1/20.10, de 10
de Fevereiro, a consignar bem com o para proceder à sua
Conselho de Ministros:
distribuição às entidades beneficiárias.
Decreto n." 64/2010:
Art. 4. São revogados os seguintes Decretos:
Aprova o Regulamento da Lei de Jogos de Fortuna ou Azar.
a) Decretos n.°s 57/94, 58/94 e 62/94, todos de 16 de
Decreto n." 65/2010:
Novembro;
Adita e introduz algumas alterações ao Decreto n.° 24/95, de 6 de
b) Decreto n.° 53/96, de 25 de Dezembro;
Junho.
c) Decreto n.° 54/96, de 25 de Dezembro, em matérias
Decreto n 66/2010: relativas a jogos de fortuna ou azar;
Altera o artigo 12 do Regulamento sob e o Sistema de Matrículas d) Decretos n.° 19/97 e 20/97, ambos de 3 de Dezembro; e
de Veículos Automóveis e Reboques, aprovado pelo Decreto e) Decreto n.° 12/2000, de 13 de Maio.
n.° 51/2007, de 27 de Novembro.
Resolução n," 63/2010:
Art. 5. O presente Decreto entra em vigor na data da sua
publicação.
Aprova o Plano Nacional para o Avanço da Mulher para o período
2010-2014. A p ro v ad o pelo C o n se lh o de M in istro s, aos 30 de
Novembro de 2010.
Ministério da Mulher e da Acção Social:
Publique-se.
Diploma Ministerial n.‘‘ 277/2010:
Aprova o Regulamento dos Centros In 'antis. O Primeiro-Ministro, Aires Bonifácio Baptista Ali.
de 31 de Dezembro (Definições)
H avendo necessidade de regulam entar a Lei n.° 1/2010, Para efeitos do presente Regulamento, entende-se por:
de 10 de Fevereiro, e nos termos do disposto no artigo 96 da a) Abertura da sessão do jogo, o processo de cumprimento
mesma Lei, o Conselho de Ministros decreta: e realização de acções e procedimentos requeridos
Artigo 1. É aprovado o Regulam ento da Lei de Jogos de para uma sessão de jogo se encontrar em condições
Fortuna ou Azar, em anexo, que constit jí parte integrante deste de iniciar a respectiva actividade de jogo;
Decreto. b) Aposta, o acto pelo qual o jogador se candidata à
Art. 2. São atribuídos ao Ministro q u 5 superintende a área do o b te n çã o de um g anho ou p rém io m ed ian te a
Turismo os poderes de gestão corrente c a aplicação da Lei n.° 1/ colocação em risco de uma determinada quantia em
/2010, de 10 de Fevereiro. uma ou mais modalidades específicas de jogo;
Art. 3. São atribuídas ao Ministro que superintende a área das c) Fecho da sessão do jogo, a execução e cumprimento
F in a n ç a s as c o m p e tê n c ia s p ara f x a r, a n u a lm e n te , as dos p ro ce d im e n to s re q u e rid o s p ara e fe ito s de
percentagens da receita do Im posto ispecial sobre o Jogo, encerramento de uma sessão de jogo;
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d) Frequentador, qualquer das pessoas que frequente ou c) Caracterização do recinto de jogos de fortuna ou azar
se encontre num recinto e ;;ala de jogos de fortuna ou bem como dos requisitos das salas de máquinas
azar, independentemente cie ela participar ou não no automáticas de jogo;
jogo; d) © r p » tz ® ^ o dos p ro cesso s de candidatura ao
e) Gratificação, o valor ou valores, representado(s) em licenciamento para a exploração de jogos de fortuna
dinheiro, fichas ou outro;; símbolos com valor em ou azar;
uso no recinto ou sala de jogos, oferecido(s) pelos e) Procedimentos de apreciação, autorização e subsequente
jogadores, por sua livre in ciativa, aos trabalhadores licenciamento para exploração de jogos de fortuna
em serviço nesses recinto:» ou sala de jogos; ou azar;
f) Inspecção, a actividade e mecanismo institucional f) Regras relativas à exploração dos jogos de fortuna ou
azar, incluindo a organização e funcionamento dos
através do qual o Estado promove, supervisiona,
recintos e salas de jogos e dos respectivos serviços
fiscaliza e controla a actividade do jogo, bem como
conexos e complementares;
assegura a execução e cumprimento integrais dos
g) Definição dos tipos de bilhetes de entrada nos recintos
termos da autorização concedida no âmbito do jogo;
e salas de jogos de fortuna ou azar;
g) Inspector, a pessoa, funciomrio do Estado ém serviço h) Constituição, aplicação, utilização, renovação, reforço,
na Inspecção-Geral de Jogos, através da qual o Estado actualização, duração e libertação das garantias,
exerce as funções de inspecção e fiscalização da seguros e cauções ou seguro-cauções exigíveis;
legalidad e e conform idade regulam entar da /) Alocação, restituição, reversão, registo, controlo e
exploração e prática das íctividades exercidas no fiscalização do equipamento e material de exploração
domínio do jogo, em qualquer local do território de jogos de fortuna ou azar;
nacional; j) Direcção responsável pelos recintos e salas de jogos de
Jogador, cada um dos frequentadores que participa em fortuna ou azar;
uma ou mais jogadas ou sessões de jogo, procedendo /) Processo de recrutamento, formação profissional e
à marcação das suas aposta; ou a aquisição de cartões admissão dos empregados das salas de jogos e o
ou títulos de apostas de jogo na expectativa de ganhar respectivo regime disciplinar;
um ou mais prémios correspondentè(s) às marcações m) Regime disciplinar dos trabalhadores de serviços
ou aquisições por ele efectuadas; complementares ou auxiliares;
i) Parada em litígio, a(s) aposta(s) prem iada(s) e n) Funções da entidade orientadora, licenciadora, de
reclamada(s) por mais que um jogador e em relação à fiscalização e de inspecção, auditoria, estudos e
qual ou às quais os jogadores reclamantes não controlo, no domínio do jogo;
cheguem a entendimento mútuo para a resolução da 0) Tributação, consignação, alocação e aplicação das
disputa; receitas provenientes da exploração de jogos de
j) Prémio, o ganho atribuído a um jogador que tenha fortuna ou azar; e
exercido o seu direito de aposta em uma ou mais p) Regime contravencional e respectivas sanções a vigorar
modalidades específicas de jogo de fortuna ou azar no domínio dos jogos de fortuna ou azar, e, bem assim,
por ele escolhida e cujo(s) título(s), número(s), a aplicação, actualização, pagamento e destino das
carácter(es), motivo(s), oi a sua combinação, lhe multas.
conferem o direito à percepção, uso ou usufruto do
A rtigo 3
respectivo ganho que porventura obtiver;
k) Resultado do jogo, o ganho ou perda resultante da (Âmbito de aplicação)
diferença apurada no final áe cada partida, entre os As disposições do presente Regulamento aplicam-se a todos
valores colocados em jogo pelos jogadores e os os empreendim entos e actividades de desenvolvimento e
prémios pagos pefas concessionárias; exploração de uma ou mais modal idades de jogos de fortuna ou
l) Sala de jogo, o estabelecim ento com instalações azar, bem como, nas matérias aplicáveis, aos empreendimentos
especialmente preparadas, equipadas e apetrechadas de exploração de actividades de prestação de serviços conexos
para nele se desenvolver a e> ploração de uma ou mais e complementares.
modalidades específicas de jogos de fortuna ou azar
para esse efeito au to rizad as pela entidade A rtigo 4
competente; e
(Modalidades dos jogos de fortuna ou azar)
m) Sessão de jogo, o tempo de actividade de jogo que
decorre a partir da abertura ité ao termo do fecho de As modalidades de jogos de fortuna ou azar são as seguintes:
um ciclo completo de jogo, independentemente do a) Bacará;
número de jogadas nela efectuadas. b) Bacará (ou “chemim de fer”);
c) Bacará com dois tabuleiros de banca aberta;
A rtigo 2
d) Bacará com dois tabuleiros de banca ilimitada
(Objecto) e) Banca francesa;
f) Black-Jack;
O presente Regulamento tem por objecto regulamentar g) Bottle',
a Lei n.° 1/2010, de 10 de Fevereiro, nos seguintes aspectos: hyCraps-,
«) Definição de áreas elegíveis * concessão de licenças i) Cusset•;
para exploração de jogos de fortuna ou azar; j) Doze números;
b) Delegação de poderes de gestão corrente da aplicação k) Ecarlé;
da Lei dos Jogos de Fortuna ou Azar; 1) Faitíam
31 DE DEZEMBRO DE 2010 336—(239)
A rtigo 6
A exploração de jogos de fortuna ou azar é reservada ao Estado
e só pode ser exercida, mediante contrato administrativo, por
(Ralo de exclusividade) sociedades anónimas constituídas na República de Moçambique
1. As áreas de concessão referidas no artigo anterior têm um e cujo objecto social seja a exploração de jogos de fortuna ou
raio de exclusividade a ser fixado no contrato de concessão, azar ou outros jogos em casinos.
mas nunca superior a 50 quilómetros.
A rtigo 11
2. A contagem do raio de exclusi vid ade não pode se sobrepor
às áreas de concessão em regime especial, nem a áreas de (Accionistas da sociedade concessionária)
concessão em regim e de exclusividade que tiverem sido
1. Os accionistas da sociedade concessionária para a
adjudicadas.
exploração de jogos de fortuna ou azar devem m anter a
A rtigo 7 idoneidade exigida por lei.
(Áreas de concessão em rogime especial) 2. Pelo menos, vinte e seis por cento do capital social da
sociedade concessionária deve ser detido por accionistas
Constituem áreas elegíveis à concessão de licenças de moçambicanos, cora sede em território nacional, quando haja
exploração de jogos de fortuna ou azarem regime especial, as accionistas que sejam pessoas colectivas.
seguintes;
a) Cidades de Classe A, para i m máximo de 4 licenças, A rtigo 12
com uma distância concorrencial m ínim a de 5 (Associação do casino com hotel)
quilómetros;
b) Cidades de Classe B, para um máximo de 2 licenças, 1. O casino deve integrar ou estar associado a um ou mais
com um a d istâ n cia c o n co rren c ia l m ínim a de hotéis de classificação não inferior a quatro estrelas.
5 quilómetros; 2. A associação referida no número anterior pode consistir na
c) Cidades de Classe C, para u na única licença. celebração e manutenção de contratos de parceria entre as duas
sociedades, de modo a permitir que hóspedes do hotel possam
A rtigo 8
:neficiar-se livremente dos serviços prestados pelo casino.
(Áreas proibidas a concessões)
CAPÍTULO IV
Não são elegíveis à concessão de licenças de exploração de
jogos de fortuna ou azar as zonas protegidas por lei. Do Processo para Autorização da Exploração
de Jogos de Fortuna ou Azar
CAPÍTULC III
A rtigo 13
Das Competências e Elegibili dade para Autorização
da Exploração de Jogos de Fortuna ou Azar (Concurso público)
apreciação das propostas e formulação dt recomendações que com a concessionária cujo projecto e termos de base tiverem
julgar pertinentes para serem levadas em conta na tomada de sido aprovados em conform idade com o disposto no artigò
decisão pelos órgãos competentes sobre í s referidas propostas anterior, que devem ser incorporados no Contrato de Concessão
ou matérias que lhes digam respeito. para D esenvolvimento e Exploração do Jogo ira respectiva zona
3. Cabe ao M inistro que superintend; a área do Turismo de concessão aprovada.
a ss e g u ra r a su b m issã o das p ro p o s ta s a n a lisa d a s e das
2. A Comissão Nacional de Jogos deve pronunciar-se sobre
recomendações da Comissão Nacional de Jogos ao Conselho
os termos e condições finais do contrato, antes da sua submissão
de Ministros, para efeitos de adjudicação.
à aprovação do M inistro da tuteia.
A rtigo 22
A rtigo 25
(Adjudicação da concessão)
(Aprovação dos termos do contrato)
1. A a d ju d ic a ç ã o p ro v is ó ria da c o n c e ssã o p ara o
desenvolvimento e exploração de casino bem como a fixação Compete ao Ministro que superintende a área do Turismo,
dos termos de base do respectivo contrato de concessão, é feita ouvida a Comissão Nacional de Jogos, a aprovação dos termos
pelo Conselho de M inistros, mediante relatório fundamentado e c o n d iç õ e s fin a is do c o n tra to de c o n c e ss ã o p a ra o
do M inistro que superintende a área do Turismo. desenvolvimento e exploração de jogos de fortuna ou azar.
2 . A ad ju d ic a ç ã o p ro v isó ria da co n ce ssã o co n fere à
concessionária o direito de prosseguir t ventuais negociações A rtigo 26
ou ajustam entos com vista ao alcance dos term os finais (Termos do contrato de concessão)
d eta lh a d o s do resp e c tiv o co n tra to d s c o n cessão , para a
subsequente adjudicação definitiva, nos termos previstos nos Os termos do contrato de concessão devem, para além de
artigos seguintes. identificar os outorgantes, conter obrigatoriamente, cláusulas
3. A adjudicação definitiva da concessão deve verificar-se relativas a:
no prazo máximo de noventa dias após a í.djudicação provisória, a) Objecto do contrato;
através da celebração, junto do Cartóric Notarial Pri-vativo do b) Objecto da Concessão;
M inistério das Finanças, da escritura pública do respectivo c) Prazo da concessão;
contrato de concessão nela outorgando, em representação do
d) Zonas ou locais de exploração de casinos;
Estado, o M inistro que superintende a área do Turismo, que
e) Capital social e eventuais alterações aos estatutos;
deverá fixar o prazo máximo para o h íc io da actividade de
f ) Património estatal alocado incluindo a terra;
exploração do jogo.
g) Formas de utilização do património estatal;
CAPÍTULO VI hj Investim entos-a realizar de natureza económica ou
social de utilidade pública não lucrativa para o
Oo Licenciamento e Extinção da Autorização
casino;
e da Licença
i) Destino do património associado à concessão, findo o
A rtigo 23 período de concessão;
(Licenciamento da exploração de actividades)
j) Acções de promoção turística;
k) Fiscalização do projecto e da exploração do casino;
1. Feita a adjudicação definitiva da concessão de jogos de I) Emprego e formação de pessoal;
fortuna ou azar, cabe ao Ministro que superintende a' área do m) Regime fiscal;
Turismo, proceder ao licenciamento do c asino e das modalidades
n) Regime cambial;
de jogos de fortuna ou azar.
o) Suspensão, revogação e rescisão do contrato
2. No licenciamento, o Ministro que superintende a área do
p) Resolução de litígios; e
Turismo deve aprovar as 'característica >técnicas dos recintos e
q) Resolução das omissões.
das salas de jogos, o respectivo m obiliário, equipam ento e
m aterial de jo g o , assim com o as regras das m odalidades A rtigo 27
específicas dos jogos.
3. O Ministro que superintende a área do Turismo pode, ainda, (Verificação da idoneidade e da capacidade financeira)
proceder à apreciação de pedidos das concessionárias para 1. O M inistro que superintende a área do Turism o deve
licenciamento e exploração de salas dí jogos de máquinas fora proceder, à verificação da idoneidade e capacidade financeira
dos casinos, após a necessária vistoiia técnica efectuada às da concessionária e seus accionistas, a expensas desta, tendo
respectivas instalações em articulação com outras entidades
sem pre em conta os req u isito s estabelecidos no n.° 4 do
competentes em matérias específicas.
artigo 15 da Lei dos Jogos de Fortuna ou Azar.
4. A pedido dos interessados, o lice iciamento da exploração
2. Na verificação da idoneidade e da capacidade financeira
de serviços de restaurante, bar e outros serviços complementares
em recintos e salas de jo g o s de fortuna ou azar, caberá às da concessionária e dos seus accionistas, o M inistro que
respectivas entidades governamentais competentes sobre cada superintende a área do Turismo pode solicitar informações a
m atéria esp e c ífic a , c o n so a n te a n atu reza do serv iço ou quaisquer autoridades competentes nacionais ou dos países de
actividade em questão. domicílio dos accionistas.
3. Sem prejuízo das formas de verificação da idoneidade e da
A rtigo 24 capacidade financeira das concorrentes e seus accionistas
(Negociação do contrato de concessão) estabelecidas da lei, a verificação poderá ser feita através dos
seguintes documentos emitidos pelas entidades competentes:
1. Compete ao Ministro que super ntende a área do Turismo
a negociação, com base em contrato-modelo e na decisão tomada «) Registo criminal;
neio Conselho de Ministros, dos termos e condições a acordar b) Certidão de quitação para com o fisco;
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e) Referências emitidas pelas autoridades tutelares do jogo, 1. A exploração de jogos de fortuna ou azar só pode ser
nos países de origem. licenciada em edifícios pertencentes ao Estado, mediante um
contrato de arrendamento válido pelo período da concessão, ou
A rtigo 28
em edifícios a ele reversíveis.
(Extinção da conces são) 2- Pode, provisoriam ente, ser autorizada a instalação de
casinos em instalações privadas, somente nos primeiros cinco
1. A caducidade da concessão para o desenvolvim ento e
exploração de jogos de fortuna ou azar ocorre com o termo do anos da concessão, após o que o casino deve passar a funcionar
prazo nela fixado. em edifício próprio da concessionária, quer seja adquirido ou
2 . A re s c isã o da c o n c e ssã o p ara d e se n v o lv im e n to e construído.
exploração de jogos de fortuna ou azar pode resultar de qualquer A rtigo 31
das seguintes situações:
fOaràcterístieas do refethio de casirio)
a) R eincidência na sonegação e evasão fiscais sobre
receitas do jogo; O recinto de casino deve reunir, entre outras, as seguintes
b) Não constituição ou reintegre ção de depósitos ou de características:
garantias, seguros, cauções ou seguros-cauções, a que «IP o ssu ir terreno ou espaço com instalações condignas e
a entidade concessionária se encontre contratualmente a p ro p ria d a s q u e o fe re ç am co n d iç õ e s técn icas
obrigada; adequadas para a funcionalidade de um recinto de
c) Deficiente exploração do jogo ou de outras actividades exploração regular de uma ou mais modalidades de
essenciais concessionadas; jogos de fortuna ou azar;
d) Cessação da exploração, total ou parcial, temporária ou b) Dispor de uma ou mais salas de jogos de fortuna ou
d efin itiv a , por p erío d o su p e rio r a q u in ze dias azar, de capacidade apropriada à dimensão, variedade
consecutivos ou trinta dias intercalados durante um de modalidades específicas de jogos a proporcionar
ano, seja qual for a natureza c u a forma que ela revestir, e do número de jogadores e frequentadores previstos
sem prévio consentimento ia entidade concedente; para acomodação no recinto, nos casos aplicáveis;
e) Violação grave e reiterada de regras fundamentais de c) Garantir a criação e existência de condições propícias
prática de cada modalidade específica de jogos de qu e p erm itam o fu n cio n a m e n to do serv iço de
fortuna ou azar; inspecção;
f ) Falta de cumprimento, nos pra/os indicados no contrato, d) A ssegurar a disponibilidade de posto de primeiros
das obrigações devidas e do pagamento das taxas, socorros para jogadores, frequentadores, visitantes e
rendas ou de outras obrigações previstas no contrato trabalhadores do casino;
de concessão; e) Possuir instalações para trabalhadores, compostas, pelo
g) Constituição reiterada da enlidade concessionária em menos por sala de repouso, sanitários, vestiários,
mora por dívidas ao Estadc relativas a contribuições refeitório, facilidades de recreação;
ou impostos devidos no ârrbito das suas actividades f ) D ispôr de um adequado parque de estacionam ento
e operações ou a obrigações concernentes à segurança automóvel para os utentes do recinto do casino;
social dos seus trabalhadores; e g) -Dispôr de condições de segurança e protecção dos
h) In cu m p rim en to siste m á tico das suas o b rig açõ es jogadores, frequentadores e trabalhadores bem como
contratuais. de evacuação em casos de acidentes e incêndios,
incluindo a existência de saídas de emergência.
3. Ouvida a Comissão Nacional de Jogos, a rescisão é decidida
>or Despacho do Ministro que superintende a área dò Turismo, A rtigo 32
) qual deve ser publicado no Boletin da República.
4. A rescisão decidida com funcam ento no disposto nas (Requisitos essenciais do casino)
alíneas do precedente n.° 2 não prejudica a cobrança nem a Para efeitos do seu licenciamento e funcionamento, todo o
execução por via fiscal ou judicial, do que ao Estado fôr devido. casino deve reunir, entre outros, os seguintes requisitos:
CAPÍTULO VII a) Ter entrada independente do hotel a ele associado, nos
casos em que o casino funciona dentro de um hotel;
Da Caracterização de Recinto e Salas de Jogos b) Dispor de equipamento, mobiliário e utensilagem que
de Fortuna ou Azar proporcionem um bom ambiente de acolhimento,
A rtigo 29 conforto,- com odidade e segurança dos jogadores,
frequentadores, trabalhadores e visitantes do casino;
(Recinto de jogos de fortuna ou azar)
c) Possuir equipamento electrónico de gravação de imagem
O recinto de jogos de fortuna ou ai ar compreende toda a área e som, para vigilância e controlo, visando assegurar a
de terreno ou espaço de instalações especialmente delimitados protecção e segurança das instalações, pessoas e bens
para a localização, desenvolvimento e exploração de uma ou e a verificação de situações anómalas que ocorram
mais modalidades de jogos de fortuna ou azar expressamente no recinto do casino, e em especial nas salas de jogos;
definidas no respectivo contrato de concessão, bém como as d) Dispor de mesas, máquinas, material e demais utensílios
demais actividades de recreação necessárias para se assegurar a c a ra c te riz a d a m e n te n e c essário s e d estin ad os à
oferta e prestação de serviços complementares, auxiliares ou exploração e prática de jogos de fortuna ou azar pela
conexos à actividade de exploração do jogo. concessionária;
31 DE DEZEMBRO DE 2010 336—(243)
(Casinos virtuais e casinos móveis) 1. A exploração e prática de jogos de fortuna ou azar só podem
ser exercidas por entidades autorizadas e licenciadas, em recintos
1. Podem ser explorados jogos de foi tuna ou azar em sistemas
e salas de jogos especialmente preparadas e equipadas para esse
informáticos, nomeadamente casinos /irtuais, desde que:
fim e mediante a estrita e rigorosa observância das regras de
a) Sejam autorizados pelo Ministro que superintende a jogo aprovadas em regulamentos próprios para cada modalidade
área do Turismo;
de jogo e o cumprimento das orientações, ordens, instruções e
b) Se submetam à fiscalização permanente da Inspecção
adaptações determinadas pelo Ministro que superintende a área
Geral de Jogos;
do Turismo e pela Inspecção-Geral de Jogos, consoante a
c) A central de computadores du controlo da exploração
do jogo esteja sedeada no território nacional; respectiva área de actuação e competências.
d) Todas as apostas e pagamentos de prémios sejam feitos 2. A exploração de jogos de fortuna ou azar deve, em especial,
através de sistema bancáric nacional; e observar as regras estabelecidas por lei e no regulamento
e) Esteja assegurado o não acesiio de menores de dezoito específico relativo a cada modalidade de jogo, bem como às
anos. determinações da Inspecção-Geral de Jogos, sobre:
2. Podem ainda ser explorados, no t ;rritório nacional, casinos a) A abertura e fecho das sessões de jogo;
instalados em embarcações ou aeronav js, nomeadamente casinos b) O processo ou formas práticas de marcação de apostas
móveis, desde que: de jogo pelos jogadores, com o devido respeito das
a) Sejam autorizados pelo Ministro que superintende a reg ras p rev iam en te reg u lam en tad as para cada
área do Turismo; modalidade específica e, em especial, dos respectivos
b) Se submetam à fiscalização permanente da Inspecção- limites mínimos e máximos fixados para as apostas a
- Geral de Jogos; efectuar pelos interessados;
c) Procedam à liquidação e pagamento diários dos Impostos c) A execução correcta, clara, com exactidão e, nos casos
de Selo e Especial sobre o Jogo. aplicáveis, em voz clara, audível e perceptível, das
3. As regras de exploração e funcionamento de casinos virtuais operações relativas a exploração do jogo;
e casinos móveis são objecto de regulamentação própria. d) O registo e encaminhamento devidos das gratificações
o fe re c id a s liv re m e n te pelo s jo g a d o re s e
A rtigo 35
frequentadores e valores ou outros símbolos em uso
(Sectores do recinto e sala de joçios de fortuna qu azar) em cada modalidade específica de jogo de fortuna ou
As salas de jogo de fortuna ou azar devem dispor, de entre azar encontrados abandonados, bem como o produto
outros, os seguintes sectores: das paradas em litígio; e
e) O registo de informação técnica de cada jogada, nos
a) Serviço de controlo de entradas às salas de jogos;
casos aplicáveis, e em cada sessão de jogo e no fecho
b) Serviço de caixa;
c) Sala propriamente dita de p 'ática do jogo apetrechada desta, bem como de registos e mapas estatísticos,
do respectivo equipamenio, matérial e utensílios de sobre cada e todas as modalidades de jogos de fortuná
qu azar concessionadas ou autorizadas e exploradas.
jogo;
d) Serviço de bar;
A rtigo 38
e) Gabinete para o serviço de inspecção;
f) Gabinete para o responsável pelo funcionamento do (Publicidade do jogo)
casino;
g) Gabinete para central de equipamento electrónico e Toda a publicidade de jogos de fortuna ou azar, seus
televisivo, para vigilância e controlo; equipamentos, materiais ou utensílios carece de autorização
h) Sanitários e lavabos para o público. prévia da Inspecção-Geral de Jogos.
336—(244) 1 SÉ R IE — NÚMERO 52
Art!ç o 39 A rtigo 42
1. Toda a publicidade da actividade ou material de jogo Para além do disposto no artigo 4 0 do presente Regulamento,
deve conter, em letra de tamanho igu al ou superior ao do corpo as salas de máquinas de jogos devem:
do texto e com uma duração mínima de três segundos: a) E star localizadas dentro do recinto de um centro
c o m e rc ia l, de um hotel ou num a área u rbana
a) A advertência sobre os perigos do jogo aditivo ou eminentemente comercial, a mais de 5 0 0 metros de
com pulsivo; escolas prim árias, secundárias ou çquivalentes, e
b) A referência de que o jogo só pode ser praticado por hospitais;
maiores de 18 anos. . b) Estar concebidas de tal forma que, a partir do exterior,
não se possa ver o que se passa dentro da sala.
2. A publicidade da actividade de exploração ou prática do
jogo não deve: A rtigo 43
A rtigo 4 0
a) Registo junto da Inspecção-Geral de Jogos;
b) Programa de jogo que garante uma percentagem de
(Elegibilidade para exploração de salas de máquinas de jogo) retorno ao público não inferior a 8 0 % , certificado
pelo fabricante;
São elegíveis para exploração de m áquinas de jogos de
c) A ntiguidade de fabricação ou de actualização não
fortuna ou azar em salas fora dos casinos as concessionárias que
superior a três anos, para confirmar com o estabelecido
já exerçam a sua actividade em casino. na alínea b do artigo 6 6 da Lei n.° 1 /2 0 1 0 , de
10 de Fevereiro;
A rtigo 41
í!) Identificação do fabricante e do agente revendedor;
(Condições necessárias para licenciamento de salas e) Número de série colocado pelo fabricante; e
de máquinas di; jogo) /) Data de fabrico ou de actualização devidamente inscrito
na máquina.
1. A exploração de máquinas automáticas de jogos fora dos
2 . O nde existam co n d içõ e s técn icas para o efeito , as
casino só poderá ser licenciada às concessionárias que garantam
concessionárias devem instalar e manter um sistema de controlo,
a satisfação das seguintes condições:
em linha, das máquinas automáticas em funcionamento.
a) Instalar um mínimo de 25 e um máximo de 100 máquinas
automáticas de jogo, poi cada sala de máquinas de A rtigo 45
(Moeda de jogo e operações de caixa) 1. Todo aquele que fôr encontrado numa sala de jogos de
fortuna ou azar em infracção às regras e condições específicas
1. A prática de qualquer dos jogos de fortuna ou azar processa- aprovadas para o efeito, ou quando seja inconveniente a sua
se com base na moeda com curso lega! no País,.podendo, de presença, é mandado retirar, pelos inspectores da Inspecção-
acordo com a conveniência, especificidade e regras de cada -Geral de Jogos ou pelo director do serviço de jogos, sendo a
modalidade específica de jogo de fortuna ou azar, ser substituída recusa de saída, considerada crime de desobediência qualificada,
por símbolos convencionais que representem o seu valor, de no caso de a ordem ser dada ou confirmada pelos referidos
conformidade com as disposições da legislação vigente. inspectores.
2. Todas as operações de caixa, bem como as eventuais 2. Sempre que o director do serviço de jogos tenha de exercer
operações cambiais, em conexão com jogos de fortuna ou azar, ò poder que lhe é conferido no número anterior, deve comunicar
processam-se nos termos*previstos no presente Regulamento e a sua decisão à Inspecção-Geral de Jogos no prazo de 2 4 horas,
em co n fo rm id a d e com as in stru ç õ es e d eterm in açõ es indicando os motivos que a justificam e as testemunhas que
complementares emanadas da Inspecção-Geral de Jogos. possam ser ouvidas sobre os factos, pedindo a confirmação da
medida adoptada.
A rtigo 50 3. A expulsão das salas de jogos, nas condições referidas nos
(Exploração de restaurante, bar e outres serviços conexos ou números anteriores, pode implicar a interdição preventiva de
complementares, em recintos de joges de fortuna ou azar) entrada em casinos, nos termos do artigo 4 2 da Lei de jogos de
fortuna ou azar.
Em qualquer recinto ou sala de jogos de fortuna ou azar, a
A rtigo 53
subcontratação para o exercício por outrem , ao abrigo de
legislação e de normas e tutelas próprias, das actividades de (Avisos obrigatórios nas salas de jogos)
prestação de serviços de bar, restaurante e outros serviços
1. A entrada das salas de jogos de fortuna ou azar devem ser
conexos e complementares, fica igualmente sujeita à acção
afixados, em caracteres claramente legíveis, os avisos a seguir
disciplinar, da Inspecção-Geral de Jogos, com vista a assegurar a
indicados:
observância das orientações, ordens, instruções e adaptações
determinadas pelo Ministro que superintende a área do Turismo a) A licença competente para exploração de recinto ou
e pela Inspecção-Geral de Jogos, consom te a respectiva área de sala de jogos de fortuna ou azar;
actuação e co m p etên cias, em razíio e salv ag u ard a das b) O horário de abertura e encerramento das salas ao
particularidades, ordem, disciplina, segu 'ança e conforto próprios público;
e especialmente exigidos nos recintos e salas de jogos de fortuna c) A tabela de preços de entrada nas referidas salas.
ou azar. 2. Sobre cada mesa e em cada máquina de jogo, deve ser
CAPÍTULO X afixado, em placard próprio ou ecrã, informação que indique o
número da mesa ou máquina, o capital em jogo, os mínimos e
Do Acesso às Salas de Jogos
máximos de apostas aplicáveis em cada modalidade específica
A rtigo 51 de jogo ou sobre as diferentes chances possíveis de marcação de
(Acesso às salas de jogos de fortuna ou azar) apostas de jogo.
3. Nas salas de máquinas de jogo fora dos casinos, devem ser
1. O acesso às salas de jogos de fortuna ou azar é reservado, colocados, em lugar de destaque e separado de outros avisos, os
devendo o directo r do recinto ou serviço de jogos ou a seguintes dizeres: “CUIDADO: O JOGÒ VICIA”.
Inspecção-Geral de Jogos recusar a en rada aos indivíduos cuja
presença nas referidas salas se considsre inconveniente, ou se. A rtigo 54
encontrem, legal ou judicialmente ou por força de alguma pena
(Providências de segurança)
que lhes tenha sido aplicada nos termos da lei, inibidos de entrar
nesses recintos ou salas enquanto tal proibição se mantiver ent Para o exercício das suas funções, a Inspecção-Geral de Jogos
vigor. e as entidades concessionárias, acordam com as entidades que
336—(246) l S É R IE -N Ú M E R O 52
su p e rin te n d e m com a o rd em e se g u ra n ç a p ú b lic a , os 3. Compete .ao Ministro que superintende a área do Turismo,
procedimentos e meios que garantam a protecção e segurança aprovar o p la n a de investimentos bem como a fiscalização da
física das instalações, trabalhadores, atentes e jogadores de sua execução.
casinos. A rtigo 60
A rtigo 55
(Investimentos em imóveis do casino)
(Equipamento de vigilância e controlo)
1. Nas concessões iniciais e nas concessões a operar em infra-
1. Nos termos definidos nos regulamentos específicos das -estruturas arrendadas a privados, o investimento a que se refere
respectivas m odalidades de jogos, a entidade autorizada a o artigo anterior deve incluir, necessariamente, a construção de
explorar cada modalidade deve instalar, nos respectivos recintos um imóvel novo, onde passará a funcionar o casino definitivo.
e salas de jogos, o equipamento electrónico e de gravação de 2. Nas concessões subsequentes ou nas concessões a operar
som ,e imagem para vigilância e controlo como m edida de em infra-estruturas pertencentes ao Estado, o investimento a
protecção e segurança das instalações, pessoas e bens e para que alude o artigo anterior deve incidir em outras infra-estruturas
verificação de situações e ocorrências anómalas. a acordar com o Ministro que superintende a área do Turismo,
2. As g ra v a ç õ e s de im agem e som fe ita s a trav és do em contrato de concessão.
equipam ento de vigilância e controlo, nos termos do número
A rtigo 61
anterior, destinam-se exclusivamente à fiscalização das salas de
jogos, sendo proibida a sua utilização sara fins diferentes. (Garantias exigíveis)
Sempre que fôr exigida alguma caução, garantia ou seguro-
A rtigo 56
-caução, a mesma deve ser prestada, efectuando-se o respectivo
(Horário de funcionamento dos recintos e salas de Jogos) d ep ó sito ju n to de um a in stitu ição b an cária, à ordem do
M inistério das Finanças, e pelo m ontante correspondente à
1. O horário de abertura e funcionamento para o público, dos
obrigação a garantir.
recin to s e salas de jo g o s, deve sei fix ad o na resp ectiv a
autorização, mediante proposta da concessionária. A rtigo 62
2. A direcção do recinto e sála d<; jogos pode solicitar à
(Aplicação e utilização das garantias)
Inspecção-Geral de Jogos, com antecedência mínima de 3 dias,
autorização para alterar o período de abertura e funcionamento 1. Qualquer das formas de garantia constituída nos termos do
referido no número anterior. artigo precedente só deve ser utilizada e aplicada em operações
ou fins específicos que tiverem fundamentado a sua constituição,
A rtigo 57 m ediante prévia notificação pelo M inistro das Finanças, à
entidade prestadora da garantia, sobre a sua utilização.
(Utilização excepcional de instalações dos recintos de jogos)
2. Para efeitos do disposto no número anterior, e quando se
M ed ian te ped id o fu n d am en tad o da c o n c e ssio n á ria , a verifique o incumprimento da obrigação garantida, o Inspector-
Inspecção-Geral de Jogos pode autorizar, excepcionalmente, -Geral de Jogos deve submeter, antes, a relevante informação à
que se reserve o acesso a certas salas de jo g o s ou se dê decisão do M inistro das Finanças.
temporariamente à sua utilização finalidade diferente da prevista
A rtigo 63
nos termos da respectiva autorização ;oncedida.
(Renovação, reforço e actualização de garantias)
A rtigo 5 8
1. As garantias cujos montantes, por qualquer razão, se tornem
(Bilhete de entrada na sala de jogos) insuficientes para a cobertura da obrigação a garantir, devem
1. A entrada na sala de jogos de fortuna ou azar, está sujeita à ser reforçadas pela respectiva entidade obrigada, no prazo de 60
obtenção e apresentação por cada frequentador do respectivo dias contados a partir da data da notificação do facto pelo
bilhete, o qual deve ser conservado durante a permanência na M inistério das Finanças.
sala. 2. As garantias concernentes a obrigações de execução
2. A concessionária pode dispensa - o pagamento do bilhete parcelar ou por fases devem ser ajustadas pelo Ministério das
de entrada aos hóspedes do hotel associado ao casino, sem Finanças à medida que se fôr verificando o cumprimento efectivo
prejuízo da liquidação do Imposto do Selo. das respectivas parcelas ou fases.
3. Os bilhetes a que se refere o n.° 1 podem ser emitidos com
a validade de um dia, oito dias, um m ;s, três meses ou um ano, A rtigo 64
devendo o preço variar em função da validade. (Libertação das garantias)
2. O valor do seguro dos bens patri noniais a que alude o utensílios indíssociavelmente adstritos à exploração do jogo,
número anterior não deve, em caso algum, ser inferior ao revertem para o Estado, sem qualquer direito de indemnização
mencionado no respectivo inventário de encerramento do últimó ou compensação à respectiva concessionária.
exercício económico devidamente certificado por auditores 2. Exceptuam -se do disposto no número precedente, as
independentes. situações excepcionais relativas a benfeitorias absolutamente
A rtigo 66 necessárias e devida e previamente autorizadas para a sua
realização há menos de cinco anos do termo da autorização
(Caução ou seguro-caução para garant a da entrega de bens
pertencentes ou reversíveis psira o Estado) competente concedida, que serão analisadas caso a caso para
efeitos de indemnização total ou parcial.
Para garantia da entrega ao Estado de todo o equipamento, 3. Nas salas de jogos de máquinas exploradas fora dos casinos,
material e utensílios adstritos à explorarão e prática de jogos,
reverte a favor do Estado, apenas o equipamento e material
pertencentes ou reversíveis para o Estado, em boas condições
adstrito ao jogo, nas mesmas condições fixadas nos números
de conservação e funcionalidade, a cc ncessionária pode ser
obrigada a constituir, 12 meses antes do termo da concessão, precedentes.
uma caução ou seguro-caução, no montante a fixar pelo Ministro A rtigo 71
das Finanças na base do critério do valor residual. (Registo patrimonial)
entidade concessionária, carece sem pr; de autorização expressa i) S ubm eter ao M inistro que superintenda a área do
do M inistro que superintende a área do Turism o, ouvida a Turismo, para aprovação, quaisquer alterações dos
Comissão Nacional de Jogos. seus estatutos, sob pena de nulidade;
6. Não podem ser administradores gerentes e membros da j) Informar ao Ministro que superintende a área do Turismo,
direcção do casino e accionistas:
no m ais c u rto p ra z o p o ss ív e l, de q u a isq u e r
a) A queles que, dentro ou foi a do país, tenham sido circunstâncias que possam afectar o seu normal
condenados por crime dole so a pena superior a seis funcionamento tais como as que estão relacionadas
meses; com a liquidez ou solvência, a existência de qualquer
b> A queles que estão investidos de funções públicas processo judicial contra si ou seus administradores,
permanentes, remuneradas originadas por eleições
qualquer fraude, conduta violenta ou criminal nos
ou por nomeação ao serviço do Estado, das autarquias
seus casinos e qualquer atitude adversa levada a cabo,
locais ou de qualquer institi tos ou pessoas colectivas
contra si ou os titulares dos seus órgãos sociais, por
do Direito Público;
c) Os directores, gerentes ou adrr initradores de sociedades um titu la r de um órgã.o ou tra b a lh a d o r da
comerciais, fundações e ouiras pessoas colectivas de A dm inistração Pública, incluindo os agentes da
Direito Privado, cujo capital social èstá constituído ordem e segurança pública;
em parte ou no seu todo, por bens do Estado ou das k) Instalar nas salas ou zonas de jogo, equipam ento
autarquias locais; electrónico de vigilância e controlo, como medida
d) Os membros da Comissão Nacional de Jogos e os seus de protecção e segurança de pessoas e bens.
cônjuges;
e) Os inspectores da Inspecção-Geral de Jogos e os seus A rtigo 75
cônjuges;
(Director do serviço de jogos)
f ) A queles que foram civil e penalm ente declarados
responsáveis por sentença judicial transitada em 1. As salas de jogos de fortuna ou azar são dirigidas por um
julgado por actos de má gestão como directores, membro da direcção do casino ou da sala de jogos ou por um
administradores ou gerentes de uma pessoa colectiva. adjunto ou substituto expressamente designado para esse efeito.
Artigo 74 2. O director do serviço de jogos, ou seu substituto, deve
permanecer no casino ou na sala de jogos durante o período de
(Deveres da direcção do casino e sala de jogo)
funcionamento das salas de jogos e das operações de contagem
A direcçãcf do casino ou sala de jogos de fortuna ou azar e apuramento do resultado do jogo.
obriga-se a: 3. O director do serviço de jogos, não sendo administrador
a) M anter em bom estado de conservação e operacio ou representante da concessionária, não pode desem penhar
nalidade todos os bens afectos à concessão do jogo; cumulativamente outras funções executivas nem funções cujo
b) Assegurar a normalidade da exploração das actividades exercício incum ba, nos term os deste diplom a, a qualquer
do casino, nos termos do presente Regulamento; categoria do pessoal dos quadros das salas de jogos, salvo em
c) G arantir o cumprim ento das regras dos jogos e das casos de força maior e por tempo estritamente necessário e
respectivas salas, como os r jspectivos regulamentos;
mediante prévio consentimento da Inspecção-Geral de Jogos
d) Remeter, anualmente, ao serviço de inspecção no casino,
para a salvaguarda do normal funcionamento das salas de jogos
até ao dia 15 de Janeiro, a relação nominal, por
e do decurso das respectivas operações.
categorias, do pessoal em serviço nas salas de jogos,
a qual deve ser actualizada íem pre que se verifiquem
A rtigo 76
alterações;
e) Remeter, anualmente, no pra;;o de' 15 dias após a data (Competências e deveres do director do serviço de jogos)
da realização da assembleia geral da concessionária, 1. Compete ao director do serviço de jogos de fortuna ou
à C om issão N acional de fogos, um exem plar do
azar:
relató rio e co n tas das a c tiv id a d e s da en tid ad e
a) Dirigir e controlar as salas de jogos de fortuna ou azar,
concessionária e a respectiva acta que os aprova, bem
como a nota discriminativa cia constituição dos corpos tomando as decisões relativas à marcha das várias
gerentes e da direcção do casino, com indicação do operaçõ es in erentes à explo ração e p rática dos
administrador que haja sido designado director do referidos jogos, de acordo com as respectivas normas
serviço de jogos; técnicas de cada modalidade específica de jogo;
f ) Participar à Inspecção-Geral de Jogos as infracções b) Assegurar o correcto funcionamento de todo o material
cometidas ao presente diplcm a e demais legislação e e equipamento de jogos de fortuna ou azar, bem como
regulamentação;
das instalações e serviços das respectivas salas de
g) Cooperar e prestar todos os esclarecimentos que forem
jogos; e
solicitados pelo Ministro que superintende a área do
Turismo, pela Comissão Nacional de Jogos e pela c) Assegurar a exacta escrituração da contabilidade relativa
Inspecção-Geral de Jogos; à exploração dos referidos jogos, e bem assim a
h) Prestar uma caução como garantia de execução das recolha, elaboração e organização de informação e
ob rig a çõ es legais e c o n ira tu a is a que estejam dados estatísticos sobre as actividades de exploração
vinculadas; dos referidos jogos.
31 DE DEZEMBRO D E 2 0 IO 336— (249)
2. Constituem também obrigações do director do serviço de 2. As concessionárias são obrigadas a ter, no seu quadro de
jogos: pessoal, pelo menos os seguintes profissionais de jogo:
a) Informar, por escrito, e com antecedência mínima de
a) Chefe de Partida;
três dias, a Inspecção-Geral de Jogos sobre qualquer
alteração do horário de funcionamento das salas de b) Chefe jde Sala;
jogos; c) Chefe de Banca;
b) Prestar aos funcionários do serviço de inspecção as d) Fiscal;
inform ações e esclarecim entos que por estes lhe e) Pagador;
solicitem ; f) Auxiliar de Pagador.
c ) F a c u lta r, sem p re q u e n e c e ss á rio , o a c esso dos
funcionários do serviço de inspecção a instalações e A rtigo 79
equipamentos em conexão com a exploração e prática
dos jogos autorizados para sua exploração; (Auxiliares das salas de jogos)
d) V elar pelo rig o ro so cu m p rim en to , p or parte dos 1. São auxiliares das salas de jo g o s os em pregados das
empregados das salas de jogos, dos deveres que este
concessionárias ou de em presas por estas contratadas, que
Regulam ento e demais legislação lhes imponham,
bem com o das orientações, ordens, instruções e prestam o seu trabalho nas salas de jo g o s, m ediante uma
adaptações emanadas da I ispecção Geral de Jogos; preparação profissional prévia sobre matérias de casinos.
e) M anter a disciplina nas salas de jogos e zelar pela 2. As concessionárias devem ter ao seu serviço, pelo menos,
continuidade do ambiente acolhedor e de conforto e os seguintes auxiliares das salas de jogos:
co m o didade, bem com e do bom nívèl social e
turístico nas referidas salas; e a ) Caixa ou Ficheiro;
/ ) Z elar pela d isc ip lin a e cu m p rim e n to das co n d i- b) Controlador de Entradas;
cionalidades legais impostas para o funcionamento c) Técnico de Manutenção; e
das salas de jogos. d) Vigilantes ou Segurança.
3. É ainda obrigação do director d a serviço de jogos remeter
ao serviço de inspecção junto do respectivo recintQ ou sala de A rtigo 80
jogos:
(Funções dos profissionais do jogo)
a) Diariamente, nos casos ap icáveis, um mapa com a
in d ic a ç ã o d o s jo g o s d e fo rtu n a ou a z a r que^ C o n stitu e m p rin c ip a is fu n ç õ e s ou a trib u iç õ e s dos
funcionaram na véspera, t: das respectivas receitas e profissionais do jogo as seguintes:
prém ios pagos na sessão de jogo anterior, e, bem a) Chefe de Partida: responsável pelo desenrolar do jogo
assim, do montante das gratificações oferecidas ao desde a abertura até ao fecho da partida;
pessoal das salas de jogos e as importâncias ou valores
b) C hefe d e S a la: d irig e o d e se n ro la r do jo g o e o
destinadas para o fundo de assistência social;
funcionamento da respectiva sala de jogos;
b) Diariamente, e igualmente nos casos aplicáveis, o mapa
de receitas cobradas pela venda de bilhetes de entrada c) Chefe de Banca: dirige o funcionamento das mesas de
nos re s p e c tiv o s re c im o s ou salas de jo g o s , jogo a ele atribuídas;
discriminadas por tipos e valores correspondentes ao d) Fiscal: verifica a correcteza e o cumprimento das regras
imposto de selo e da entidade concessionária; de jogo nas mesas a ele atribuídas;
c) Até ao segundo dia de cadt quinzena, e em relação à e) Pagador: executa, nas mesas de jogo, todas as operações
q u in z en a a n te rio r, um m apa onde co n stem os necessárias à prática de jogos; e
elementos indicados na alínea a). f ) Auxiliar de Pagador: auxilia o pagador na execução de
A rtigo 77 operações simples.
A direcção do recinto ou sala do jogos de fortuna ou azar (Funções dos auxiliares das salas de jogos)
pode designar adjuntos dos directores julgados necessários,
definindo-lhes as respectivas competências sectoriais bem claras, Constituem principais funções ou atribuições dos auxiliares
devendo comunicar à Inspecção-Geral de Jogos, com oito dias das salas de jogos, as seguintes:
de antecedência em relação à data do início de exercício das a) Caixa ou Ficheiro: m ovimenta valores monetários,
funções para eles definidas.
fichas e placas em uso na sala de jogos; executa as
CAPÍTULO XIV operações de compra, venda e troca de moedas, fichas
e placas de jogo;
Do Pessoal dos Casinos e Salíis de Jogos de Fortuna
b) Controlador de Entradas: atende, controla e fiscaliza o
ou Azar
acesso às salas de jogos;
A r tig o ÍW c) Técnico de Manutenção: garante o bom funcionamento
(Profissionais do jogo) e a reparação imediata de avarias em equipamento e
material de jogo, nas salas de jogos; e
1. D esignam -se profissionais do jogo os em pregados das
d) V igilantes ou Segurança: garante a segurança de
concessionárias, em serviço nas salas de jogos, com a necessária
e comprovada formação profissional em matéria de jogos de p esso as e bens em salas de jo g o s e p rev in e a
fortuna ou azar. ocorrência de comportamentos violentos ou criminais.
336— (250) I S É R IE — NÚM ERO 52
de conhecim entos dos profissionais do jo g o e de auxiliares das (Pedido de carteira profissional de jogo)
salas de jo g o s , in c lu in d o o re c ru ta m e n to e se lecção dos
re s p e c tiv o s c a n d id a to s , é d a re s p o n s a b ilid a d e das, A em issão da carteira profissional de jo g o é solicitada pelo
concessionárias interessadas em em pregar o referido pessoal. profissional interessado, jun to do M inistro que superintende a
2. Ao M inistro que superintende a área do Turism o cabe área do T urism o, m ediante requerim ento acom panhado dos
aprovar os program as de form ação e acom panhar e orientar o seguintes elem entos:
desenrolar de todo o processo de cada icção de formação.
a ) Fotocópia autenticada do certificado de aprovação em
3. As concessionárias organizadoras das acções de formação
exame da respectiva acção de formação de profissional
devem elaborar e rem eter ao M inistro que superintende a área
de jogo;
do Turism o o respectivo program a de form ação, para efeitos de
b) Fotocópia autenticada do Bilhete de Identidade;
articulação prévia, aprovação e subsequente acom panham ento
da sua realização. c) C ertificado de registo criminal;
d) D ocum ento da concessionária em pregadora com pro
A rtigo 83
vativo do início de exercício efectivo da profissão;
(Formação e respectivo programa) e) Três fotografias tipo passe, iguais e recentes; e
1. A fo r m a ç ã o , q u e p a ra a lé m de te ó ric a d e v e ser f ) Q u antia de em olum entos d evidos pela em issão da
em inentem ente prática, só pode ser ministrada por pessoal de ca rte ira , a fix ar por D espach o do M in istro que
reconhecida com petência técnica na área dos jogos ou matérias superintende a área do Turismo.
objecto do curso ou da acção de formação.
2. A formação prática de profissionais de jogo deve processar- A rtigo 87
-se em, pelo menos, três modalidades de jogos de fortuna ou (Título provisório, substitutivo da carteira profissional
azar.
de jogo)
3. O program a de form ação, a ser subm etido ao M inistro que
superintende a área do Turism o , deve conter, pelo menos os A profissão de profissional de jo g o pode ser exercida durante
seguintes elem entos: o prim eiro ano, ao abrigo de um título provisório, que substitui,
a) O bjectivos gerais; para os efeitos legais, a carteira profissional de jogo.
b) O bjectivos específicos;
A rtigo 88
c) C onteúdos program áticos;
d) M etodologias de ensino; (Elementos da carteira profissional)
e) M eios pedagógico-didáticos;
A carteira profissional do jog o deve conter, além do nome,
f ) Sistem a de avaliação; e
g) Bibliografia. data de nascimento, número do Bilhete de Identidade, fotografia
do titular e data e número da ordem da sua emissão, os espaços
A rtigo 84 necessários para outras inscrições, averbam entos e revalidações.
(Requisitos de ingresso na profissão cie profissional de jogo
A rtigo 89
ou auxiliar das salas d? jogo)
(Revalidação periódica da carteira profissional de jogo)
1. O ingresso na profissão de profissional de jo go ou de
auxiliar das salas de jog o s só é perm tido a indivíduos com 1. A carteira profissional de jo g o deve ser revalidada pelo
idade mínima de 18 anos que satisfaçam as seguintes condições: M inistro que superintende a área do Turism o de três em três
a) Possuir habilitações literárias mínimas de 12.a Classe anos, no m ês de Ja n eiro , m ed ian te p ed id o do seu titular
ou equivalente; a c o m p a n h a d o d a c o n firm a ç ã o , pela re s p e c tiv a e n tid a d e
b) Não ter sido condenado por crim e doloso; em pregadora, da continuidade do exercício da profissão.
c) T er form ação adequada na área do jogo. 2. A não revalidação da carteira profissional de jo g o produz,
2. O ingresso na carreira de profissional de jo g o faz-se pela com o consequência, a sua caducidade e o im pedim ento da
categoria de auxiliar de pagador ou de Dagador. continuação do exercício da respectiva profissão.
3. Os fiscais serão recrutados de entre os pagadores com pelo
menos cinco anos de serviço efectivo na profissão, salvo se não A rtigo 90
existirem na concessionária, pagadores com o referido tempo
(Averbamento de alterações)
mínim o de serviço.
As alterações que ocorram , tanto as relativas à carreira de
A rtigo 85
p ro fissio n al de jo g o com o as co n cern en tes aos elem entos
(Carteira profissional) c o n sta n te s d a re s p e c tiv a c a rte ira já e m itid a , d evem ser
1. A carteira profissional de jogo é um docum ento obrigatório com unicadas pelo titular desta ao M inistro que superintende a
necessário para o exercício das funções de profissional de jogo. área do Turism o e por este averbadas na correspondente carteira,
2. A carteira p ro fissio n al é p a ssa Ja p elo M in istro que devendo o so licitante ju n ta r docum entação ju stificativ a ou
superintende a área do Turism o a profissionais do jogo que com provativa do averbam ento solicitado.
3 1 DE DEZEMBRO DE 2010 336— (251)
A rtigo 91 A rtigo 96
(Carteira de profissional de jogo fora de serviço) (Principais {direitos e deveres especiais do pessoal
dos recintos de jogos)
1. A carteira de profissional de jogo cujo titular tenha deixado
de exercer funções da profissão, quer definitivamente quer por Complementarmente aos direitos e deveres que lhes cabem
im pedim ento tem porário, deve ser entregue pelo respectivo nos term os da lei geral, constituem p rincipais d everes e
profissional ao Ministro que superintende a área do Turismo a obrigações especiais de todos os trabalhadores que prestem
fim de ser inutilizada com o carimbo “Anulada” em todas as serviço nos recintos de jogos de fortuna ou azar, e em especial
suas faces, após o que pode ser restitjída ao seu titular, a seu nas salas de jogos, os seguintes:
pedido. a) Receber gratificações oferecidas por livre iniciativa dos
2. Removido o impedimento, o interessado pode requerer a jogadores e frequentadores das salas de jogo cujas
reem issão da resp e c tiv a c a rte ira p ro fissio n a l, m ed ian te regras de apuramento, registo e distribuição, serão
documento comprovativo do reinicio do exercício da profissão, o b je c to de re g u la m e n to in te rn o de cada
salv ag u ard an d o -se, na nova carteira, o av erbam ento das concessionária;
categorias anteriormente atingidas pe lo respectivo titular. b) Cumprir e fazer cumprir, na parte que lhes diga respeito,
as disposições legais, os regulamentos e as circulares
A rtigo 92 e instruções emanadas pelo Ministro que superintende
a área do Turismo e pela Inspecção-Geral de Jogos
(Carteiras de profissionais de jogo formados no estrangeiro)
c o n c e rn e n te s à e x p lo ra ç ã o e p rá tic a de cada
Os profissionais de jogo formados ,io estrangeiro que tenham modalidade específica de jogos de fortuna ou azar e
de ser contratados pelas concessionári j s , para efeitos de direcção ao exercício da sua profissão;
técnica, formação profissional ou assistência técnica em salas c) Exercer as suas funções com zelo, diligência e correcção,
de jogos no país, devem proceder à apresentação de fotocópias usando de urbanidade para com os jogadores e demais
autenticadas dos respectivos passaportes e carteiras profissionais frequentadores, superiores hierárquicos, funcionários
de jogo ou seus títulos substitutivos, emitidos por entidades do serviço de inspecção e colegas;
competentes, bem como a demais documentação exigida nos d) Cuidar da sua boa apresentação pessoal e usar, quando
termos do artigo 90. em serviço, o traje e o distintivo aprovados p ela-
Inspecção-Geral de Jogos, sob proposta da entidade
A rtigo 93 autorizada a explorar recintos e salas de jogos de
fortuna ou azar;
(Recrutamento e formação prcfissional do pessoal) e) Guardar segredo das informações que detenham, no
1. O processo de recrutam ento, para efeitos de formação âmbito do exercício das suas funções, excepto quanto
profissional e subsequente adm issão, dos trabalhadores a a autoridades policiais ou a inspectores da Inspecção-
desempenhar profissões específicas nas salas de jogos de fortuna -G eral d e Jo g o s, no ex e rc íc io das re sp e ctiv a s
competências, e mediante a observância dos limites
ou azar deve observar as regras preconizadas nó presente
fixados por lei ou por contrato com o Governo;
Regulamento e demais legislação aplicável sobre a matéria.
f) Não tomar parte no jogo praticado em casinos-ou salas
2. A concessionária deve p rovidenciar ou levar a cabo
de máquinas, quer directamente quer por interposta
programas de formação profissional, aprovados pelo Ministro
pessoa;
que superintende a área do Turism a de acordo com o presente
g) Não fazer empréstimos e nem usura, venda, penhor,
Regulamento, para trabalhadores noçam bicanos. promessa de venda ou de penhor, para efeitos de
A rtigo 9 4 prática do jogo;
h) Não ter em seu poder e nem ser portador de dinheiro,
(Regime disciplinar do pessoal dos recintos e salas cartões, títulos de apostas ou outros materiais de jogo,
de jogos de fortuna ou azar) valores ou símbolos convencionais de modelo em
uso para prática de jogos de fortuna ou azar, cuja
Os trabalhadores ao serviço da concessionária são regidos,
proveniência ou utilização não seja justificada pela
na generalidade, pelas disposições da Lei do Trabalho vigente
necessidade do funcionam ento normal do jogo e
e, na especialidade, pelas disposições do presente Regulamento.
desem penho das respectivas funções e obrigações
profissionais; e
A rtigo 95
i) Não solicitar"gratificações e nem manifestar o propósito
(Regime disciplinar do pessaal de outros serviços) de as obter.
Os trabalhadores de entidades empregadoras subcontratadas
pela entidade autorizada a explorar recintos e salas de jogos de CAPÍTULO XV
fortuna ou azar, para prestação, nesses recintos ou salas, de Das Entidades Orientadora, Fiscalizadora,
serviços de restaurante, bar e outros serviços conexos ou de inspecção, de Auditoria e de Estudos e Controlo
complementares do objecto princ pal do recinto e sala de jogos, A rtigo 97
regem-se pelas disposições da Lsi do Trabalho e do presente
R egulam ento, e devem tam bém obediência às orientações, (Comissão Nacional de Jogos)
ordens, instruções e adaptações determinadas pelo Ministro que A comissão Nacional de Jogos é um órgão multi-sectorial de
superintende a área do Turismo e pela Inspecção-Geral de Jogos assessoria e apoio ao Ministro que superintende a área do Turismo
que lhe sejam aplicáveis, sempre que elas visem a salvaguarda no exercício e na execução técnica e corrente das funções de
da disciplina, ordem , segurança, tranquilidade, legalidade, tutela sobre as concessionárias da exploração de jogos de fortuna
conforto e comodidade exigíveis nesses recintos. ou azar.
336—(252) / SÉ R IE — NÚMERO 52
e) Elaborar previsões sobre a evolução dás actividades i) O rganizar e m anter sem pre actualizado um banco de
mais relevantes, no dom ínio d o jògò,' pará análise e dados relativo a. todo o. pessoal form ado na área do
devido tratam ento e tom ada de medidas em relação a jo g o ;
eventuais desvios e anomal as verificados; j ) Elaborar propostas conducentes à melhoria ou correcção
f ) R ecolher, analisar, rnarttere disponibilizar a informação dos processos de recrutam ento, selecção e formação,
q u e p o ssa c o n s titu ir b an c o de d a d o s so b re as do: pessoal das salas de jogos; e
actividades mais relevantes cias entidades autorizadas k) E m itir pareceres sobre pedidos feitos pelas conces
a explorar jogos de fortuna ou azar; sio n á ria s p a ra a c o n tra ta ç ã o de tra b a lh a d o re s
g) E studar e acom panhar o processo de execução dos estrangeiros'.
c o n tr a to s ou a u to r iz a ç õ e s e x is te n te s com as
A rtigo 109
concessionárias;
h) Controlar a evolução e forma de cumprimento das normas (Acesso à documentação dé exploração do jogo)
qu e re g u la m e n ta m , na g e n e ra lid a d e e na
1 . As concessionárias devem manter à disposição dos técnicos
esp e c ific id a d e , a e x p lo ra rã o e p rá tic a de cada
e inspectores da Inspecção-G eral de Jogos todos os livros,
m odalidade específica de jo g o de fortuna ou azar;
docum entos e impressos da sua escrituração comercial e registos
i) Proceder ao estudo do funciom mento e regras de jogos
estatísticos, e facultar-lhes os demais elem entos e informações
e sp ecífico s de fo rtu n a ou azar p raticad o s e não
relativos e com provativos do cum prim ento das suas obrigações,
regulam entados no país que possam ser de particular consignadas nos term os das respectivas autorizações, sempre
in te re s s e p a ra a e x e c u ç ã o d as a trib u iç õ e s da que lhes sejam solicitados.
Inspecção-Geral de Jogos;
2. Na au sên cia ou im p ed im en to dos a d m in istrad o res e
j) Estudar, criar, adoptar, determ inar e m anter em correcto d irecto res do recin to ou sala de jo g o s , os in sp ectores da
fu n c io n a m e n to os p ro c e d im e n to s in fo rm á tic o s Inspecção-Geral de Jogos podem efectuar as diligências urgentes
necessários à actividade da Ir specção-Geral de Jogos; e necessárias junto dos em pregados da concessionária, com vista-
k) Controlar todas as operações de determinação da matéria, à obtenção, em tem po útil e oportuno, dos elementos a que se
colectável do Im posto de Selo sobre os valores dos refere o número anterior.
prém ios e dos bilh etes e cartõ es de entrada nos
recintos e salas de jogos de fortuna ou azar; CAPÍTULO XVI
l) A nalisar, inform ar e opinar sobre propostas recebidas
Do Regime Fiscal do Jogo
d a s en tid a d e s au to rizad as, bem com o de outros
in teressad o s, concernentes à reg u lam en tação de A rtigo 110
m odalidades específicas de jogos de fortuna ou azar
(Regime fiscal)
ou outras matérias de interesse no âm bito do jogo; e
m) R ealizar inquéritos, sindicâncias e meras averiguações 1. P e la e f e c tiv a e x p lo r a ç ã o de jo g o , as e n tid a d e s
sobre a estratégia orientadora e a correcta observância concessionárias obrigam -se ao pagam ento do Im posto Especial
da legislação reguladora da exploração e prática de sobre o Jogo, incidente sobre as receitas brutas resultasatss dá1
jogos de fortuna ou azar e das autorizações para esse e x p lo ra ç ã o do jo g o após os p a g am e n to s dos gan h os aos
efeito concedidas. jo g a d o r e s , a se r fix a d a no c o n tr a to de c o n c e s s ã o , em
conform idade com o disposto sobre esta matéria na lei que
A rtigo 108 estabelece os princípios de organização do sistema tributário
(Função de formação e controlo da carteira profissional da República de M oçam bique.
de profissionais do iogo) 2. Ficam, ainda, sujeitas ao pagamento do Im posto do Selo,
incidente sobre os bilhetes de entrada nas salas de jogos de
No desem penho da função de form ação e controlo da carteira fortuna ou a/.ar, nos term os da legislação aplicável.
profissional de profissionais do jo g o cabe ao M inistro que 3. As salas de máquinas de jogo exploradas fora dos casinos
superintende a área do Turismo: s u je ita m -s e ao m e sm o re g im e fisc a l d a s e n tid a d e s
a) Definir as regras que devem orientar os processos de concessionárias previsto no respectivo contrato de concessão e
recrutam ento, selecção e fôr nação dos profissionais na demais legislação aplicável sobre a matéria.
do jogo e pessoal auxiliar d ts salas de jogos;
A rtigo 111
b) A com panhar e orientar a im plsm entação das diversas
fases de recrutam ento e selecção de candidatos a (Liquidação do Imposto Especial sobre o Jogo e do Imposto
acções de form ação de prolissionais de jogo; de Selo)
c) A nalisar e em itir pareceres sobre os program as de
A liquidação do Im posto Especial sobre o Jogo e do Imposto
form ação de pessoal a tra b a h a r nas salas de jogos;
de Selo no âm bito dos jo g o s de fortuna ou azar é efectuada
d) A com panhar e orientar o d esenrolar das acções de
quinzenalm ente e compete à Inspecção-Geral de Jogos com base
form ação levadas a cabo pelas concessionárias;
nos valores apurados diariam ente.
e) P articipar na avaliação e exam es dos candidatos a
profissionais de jogo e pessoal auxiliar das salas de A r iig o 112
jogos;
(Pagamento do Imposto Especial sobre o Jogo e do Imposto
J) Emitir as carteiras de profissionais do jo g o e proceder à
do Selo)
sua revalidação periódica;
g) Proceder ao averbam ento, na carteira de profissional de O Imposto Especial sobre o Jogo liquidado nos termos fixados
jogo, de quaisquer alterações ocorridas; no núm ero anterior deve ser pago pelas concessionárias, na
b) O rganizar e m anter actualizado um ficheiro contendo Direcção da Área Fiscal do seu dom icílio, dentro dos sete dias
fichas individuais e inforrm ção pertinente relativa seguintes ao últim o dia da quinzena a que o pagam ento se
ao pessoal em serviço nas sa as de jogos; reportar.
31 DE DEZEMBRO DE 2010 336— (255)
A rtigo 113 cl} Incum prim ento, pela concessionária, das obrigações
assum jdasn o sterm o sd ac o n cessão ;
(Fiscalização)
e) Vicjação. ouÍQlsifieação d ê fichas ou símbolos do jogo;
1. Cabe à Inspecção-Geral de Jogos proceder à: f) Viciação ou ifalisificação nas receitas,do jogo;
a) Verificação do pagamento quin/.enaldos Impostos; e g) Evasão;cambial com base nas r e e ç k a s do jogo;
b) Autuação.das infracções fiscais íem como a respectiva h) Entraves à inspecção e fiscalização do Estado;
remessa à Direcção da Área Fiscal do domicílio do i) Viciação e falsificaçãodo material.de jogo;
infractor para os procedimentas subsequentes. j) Violação ou destruição dolosa de material ou valores do
2, A falta ou inexactidão de declarações para a liquidação de jogo;
impostos bem como a falta de pagamento atempado do imposto k) Irregularidades em Operações cambiais;
liquidado, é punível nos termos previstas na legislação fiscal I) Publicidade hão autorizada do jogo, seu equipamento,
vigente. material ou utensílios;
m) Ausência do director do serviço de jogos;
A rtigo 114 n) Prática de empréstimo, com ou sem usura, em conexão
(Alocação de fundos de receitas provenientes do jogo) com o jogo;
o) Violação de regras de exploração ou prática de qualquer
1. São atribuídas ao Ministro que siperintende a área das das modalidades de jogos;
F in a n ç a s as c o m p e tê n c ia s p ara fix a r, a n u a lm e n te , as
p) Jogo fraudulento;
percentagens da receita do Imposto Especial sobre o Jogo,
q) Coacção à prática do jogo;
cobrada nos termos dos artigos 82 e 83 da Lei n.° 1/2010, de 10
r) Desobediência às ordens ou instruções dos inspectores
de Fevereiro, bem como para proceder à sua distribuição às
de jogos;
entidades beneficiárias.
s) Irregularidades no acesso a recintos ou salas de jogos;
2. As instituições beneficiárias da receita distribuída nos
t) Emissão indevida de bilhetes de .acesso;
term os do núm ero anterior devem so icitar, anualm ente, a
u) Irregularidades em valores ou na aceitação de cheques;
alocação dos respectivos fundos devidam ente identificados,
v) V iolação do sigilo pro fissio n al ou do d ireito da
como fonte de financiam ento de despesas nos respectivos
privacidade;
orçamentos.
w) Posse ilícita de material do jogo ou valores resultantes
A rtigo 115 do jogo;
v) Solicitação de gratificações; e
(Taxa de adjudicação)
v) Perturbação do ambiente ou do desenrolar do jogo.
1. As concessionárias obrigam-se a efectuar junto do Ministro
que superintende a área do Turismo, o pagamento da taxa de A rtigo 118
adjudicação, nos valores estabelecidos no artigo 80 da Lei dos (Prestação de declarações)
Jogos de Fortuna ou Azar, tanto para as ccncessões iniciais como
para renovações das concessões. 1. A Inspecção-Geral de Jogos pode notificar qij requisitar a
2. Do valor da taxa de adjudicação, cinquenta por cento é comparência de qualquer cidadão, incluindo trabalhadores ou
consignado a área do Turismo, nomeadamente para o fomento fu n cio n ário s do E stad o , ju n to das re sp ectiv as en tid ades
do desenvolvimento da actividade turísiica, e o remanescente empregadoras, para prestação de declarações ou depoimentos
para o aumento da capacidade inspectiva da actividade do jogo. em quaisquer processos contravencionais em conexão com o
jogo-
CAPÍTULO XVII 2. A notificação ou requisição para comparência de pessoas
Do Regime Contravencional e Res pectivas Sanções de difícil Idealização, para efeitos do referido no número anterior,
observadas as disposições legais aplicáveis do C ódigo do
A rtigo 116 Processo Penal, pode ser efectuada através das autoridades
policiais.
(Conceito de contravenções)
3. Toda a pessoa notificada ou requisitada, nos termos dos
C onsideram -se contravenções, no dom ínio dos jo g o de números anteriores, que não compareça no dia, hora e local
fortuna ou azar, as infracções tipificadis neste Regulamento, in d ic a d o s e nem ju s tifiq u e a falta, co m e te o crim e d e
passíveis de multas e cujos processos administrativos correm desobediência.
seus trâmites nos termos especialmente previstos neste diploma A rtigo 119
e, subsidiariamente, de conformidade c o n as normas do Código
do Processo Penal ou, quando se trate de il ícitos contravencionais (Multas aplicáveis)
dos empregados das salas de jogos, com as regras processuais da 1. As contravenções previstas nas alíneas a) a m) do artigo
legislação laborai. 121, podem ser aplicadas multas que variam entre 10 e 50 salários
A rtigo 117 mínimos do mais elevado do sector da actividade financeira.
2. Às demais contravenções, podem ser aplicadas multas que
(Contravenções)
variam entre 5 e 25 salários mínimos do mais elevado do sector
Constituem contravenções, no dom ínia dos jogos de fortuna da actividade financeira.
ou azar, as seguintes infracções: 3. Na fixação do valor da multa, o Inspector-Geral de Jogos
toma sempre em conta as seguintes circunstâncias:
a) Fabricação, importação, comercialização, transporte,
circulação, propaganda ou util zação não autorizadas a) A natureza do infractor;
de equipamento ou material de jogo; b) Os valores envolvidos;
b) Exploração ou prática de jogo não autorizado; c) Os prejuízos causados;
c) Exploração de modalidades de jogos não expressamente cl) A reincidência; e
autorizadas e licenciadas; e) A acumulação de infracções.
336—(256) / SÉRIE NÚMERO 52
II. D esenvolvim ento Económ ico IV. M ecan ism o sla siitu cio n a is para o A vanço da M ulher
A um entar o acesso ao em prego e do rendim ento económ ico - V e r if ie a - t é ã v a riç o s n a in s titu c io n a liz a ç ã o e
da m ulher e m elhorar as condições básica» de vida, decorrente funcionameWtõ dos m ecanism os institucionais para
das seguintes constatações: o avanço da m ulher em M oçam bique o que Se reflecte
- Fraco rendim ento económico: O nquérito à Força do no seu e n v o lv im e n to n as d if e re n te s á re a s de
T rab alh o (IF T R A B , 2 0 0 4 ) ird ic a que a taxa de actividade da sociedade, a saber: Parlamento (39.2%),
participação da m ulher é mais fita (77.6% ) do que a M in is tra s (2 8 .6 % 0 , V ic e -M in is tra s (1 9 % ),
dos homens (72.3% ); G o v ern ad o ras (27.3%>), S ecretárias P erm anentes
- 8 7 .3 % d a s m u lh e re s c o n tra 66.1% d o s h o m e n s M in is te ria is (2 5 % ), S e c re tá ria s P e rm a n e n te s
encontram -se em pregues no sec tor agrícola. Na área P rovinciais (45%>), entre outras. Porém ainda são
rural, 97.5% das m ulheres está tieste sector, porém , o m a rc a n te s os d e sa fio s em re la ç ã o a c ria ç ã o e
rendim ento das mulheres neste sector é o mais baixo in stitucionalização das-U nidades de G énero bem
de todos os rendimentos; com o a efectiva o rçam entação na perspectiva do
- O desemprego também afecta mais as mulheres: A média género.
nacional do desem prego é de 18 7%, mas as mulheres
concentram uma taxa acima desta (21.7%), com maior 2. HO RIZONTE TEM PORAL DO PLANO
incidência nas zonas urbanas 3 5 .7 % ). O acesso a O presente PNAM tem um horizonte tem poral de cinco anos
níveis mais altos de educação rã o ajuda a minorar o contados a partir d e.2 0 I0 até 2014.
problem a. E n q uan to que as n u lh e re s sem nível É de salientar que no final de cada ano será feita uma avaliação
educacional apresentam uma taxa de desem prego de das acções realizadas em cada sector que depois de partilhada
15.7%, as com nível secundário e mais, apresentam com os m em b ro s do C o n se lh o T é cn ic o do C N A M , será
um a tax a de 4 5 .8 % , ou c e rc a de 3 vezes m ais
s u b m e tid a à a p re c ia ç ã o do C o n se lh o d e M in is tro s .
(IFTRAB, 2004);
T rim estralm ente os sectores irão subm eter ao SECNAM as
- Os esforços para a expansão da rede de estradas foram
inform ações relativas ao grau de im plem entação dos planos
imensos. Porém , mais de metade das estradas (56.7%)
sectoriais constantes deste plano.
são ain d a de te rra n atu ral e um q u a rto são de
terraplanagem (som ente 17.9% são revestidas). As Porque nem todos os sectores têm o mesmo desenvolvim ento
m ulheres no sector agrícola têm m aior acesso às no que concerne aos dados sobre o Ponto de Partida, Indicadores
prim eiras estradas o que influencia nos baixos níveis e M etas F ísic a s, e ste p lan o terá a n u a lm e n te um a acção
de preços que elas auferem da venda da sua produção correspondente ao preehchim ento destes três itens, segundo as
(INE, 2009); pesquisas e os levantam entos de dados que serão realizados.
- O acesso a energia eléctrica é tam bém ainda deficitário
3. OBJECTIVOS E OPÇÕES ESTRATÉGICAS
(m enos de 10% da população) principalm ente nas
zonas rurais. O maior acesso a energia não somente 3.1. O bjectivos
lib e rta ria a m u lh e r de p a rte do p eso das suas O presente plano tem os seguintes objectivos:
responsabilidades dom ésticas assim com o criaria - Dispor de um quadro estratégico global e de referência
espaço para o desenvolvim ento de outras actividades que perm ita orientar de forma coordenada e eficaz a
económ icas geradoras de rendim ento;
planificação e execução de acções de prom oção da
- Agua e saneam ento: 57% dos agregados fam iliares não
m u lh e r, v is a n d o a ig u a ld a d e de d ire ito s e de
têm ainda acesso a fontes de á,*ua melhoradas e nas
oportunidades entre a mulher e o homem;
áreas rurais esta percentagem atinge os 70.%. 6.6%»
- Ter um instrumento de integração da igualdade de género,
das raparigas m enores de 15 ín o s contra 1.4% dos
rapazes são responsáveis pela busca de água quando direitos hum anos e cultura que sirva de orientação
esta não está disponível dentro de casa. Cerca de 80%> política e program ática nas políticas e program as do
dos agregados.familiares moçam bicanos não possuem G o verno a vários n íveis, das O rg an izaçõ es Não
serviços sanitários m elhorados e nas áreas rurais esta Governam entais e do Sector Privado, bem como das
p e rcen tag em a u m en ta p ara 34% dos ag reg ad o s o rg a n iz a ç õ e s in te rn a c io n a is , na su a a cç ã o de
fam iliares (INE, 2010). f a c ilita ç ã o e de c ria ç ã o d e b a se s p a ra o
desenvolvim ento da m ulher e do homem assim como
III. G overnação
na m obilização de recursos financeiros, materiais e
- A um entou a q u a lid a d e de p a riicip a çã o da m u lh er
hum anos tanto a nível interno com o externo.
p rincipalm ente n o s'ó rg ã o de poder e tom ada de
decisão a todos os níveis, principalm ente local; maior 3.2. OPÇÕES ESTRATÉGICAS POR PILAR
divulgação dos instrumentos de protecção dos direitos 3.2.1. Capital Humano
hum anos da m ulher e operac onalização do Plano
N este pilar nas áreas de «M ulher, Saúde e H IV /SID A »,
In te g ra d o p a ra o a te n d im e n to d as v ítim a s de
Educação e Form ação da M ulher e da Rapariga apresenta-se o
violência dom éstica;
- C om o p ro cesso de d e sc e n tra liz a ç ã o , av an ço s na seguinte objectivo estratégico garantir a equidade de género
participação da m ulher são visíveis, principalm ente na construção do capital hum ano em relação a educação e a
nos órgãos de poder e de tom ad id e decisão de âmbito saúde.
local. Porém ainda persistem desafios em relação não Incluiu-se, igualm ente neste pilar a assistência social que
som ente ao seu nível mas tam bém a qualidade da sua tem com o objectivo a prom oção da prestação de assistência e
participação. integração social as m ulheres, e o acesso à justiça social que
336—(260) 1 SÉ R IE — NÚMERO 52
tem como objectivos regulamentar e implementar a estratégia - Promover o emprego, formação e auto-emprego para as
de Género Ambiente e Mudanças Climáticas, a legislação a Lei mulheres;
da Família e a Lei da Violência Doméstica contra as Mulheres, - Construir um Centro de Empoderamento da Mulher;
bem como r 'e\er e aprovar a Lei di Direito sucessório. - Criar e operacionalizar os Centros de Recurso para a
M ulher;
A ssim , n e ste p ila r, d e sta c a in -se as se g u in te s acçõ es
- Promover a integração das mulheres na actividade de
estratégicas:
mineração artesanal e de pequena escala com boas
- Fazer a desagregação de díidos por género; práticas ambientais e tecnológicas.
- Rever, elaborar e adequar políticas de acesso ao ensino,
saúde, ciência e tecnologia e de não a violência 3.2.3. Governação
baseada no género; Neste pilar na área dos «Direitos da M ulher e Violência»
- Sensibilizar as raparigas a partir do ensino primário para apresenta-se o seguinte objectivo estratégico difundir boas
aderirem aos cursos tradicionalm ente conhecidos práticas que conduzem a uma boa governação, perseguindo as
com o masculinos e promover o ingresso de mulheres seguintes acções estratégicas:
em cursos de educação artística; - Fazer a desagregação dos dados por género;
- M elhorar o ambiente e as condições de segurança nas - M e lh o ra r os n ív e is de e q u id a d e do g é n e ro na
instituições de ensino incluindo infra-estruturas administração local;
adequadas para desencorajar a violência, assédio e - P ro m o v er c o n s u lta s p ú b lic a s e a u sc u lta ç ã o de
todas as formas de abuso; funcionários de instituições do Governo, Sociedade
- Envolver o homem na p o m o ç ã o da saúde sexual e Civil e demais intervenientes sobre fazer “Lobbies”
reprodutiva; junto de várias instâncias para enriquecim ento de
- Aumentar os níveis de prevenção da malária; Propostas de Lei na área de género;
- Reduzir o risco de infecçãa pelo HIV nas mulheres e a - Influenciar aos OCS para produzirem informação que
transmissão vertical do HIV de mãe para a criança; p ro m o v a um a s o c ie d a d e liv re de v io lê n c ia e
- Acompanhar e monitorar o cumprimento efectivo dos discriminação em razão de sexo;
co m p ro m isso s assu m id o s p elo g o v ern o so b re - Divulgar as políticas estratégicas do género para melhorar
a sensibilidade dos gestores.
questões da mulher e giínero, a nível da SADC, UA,
Commonwealth, NU e autros, a todos os níveis; 3.2.4. Mecanismos Institucionais para o Avanço da Mulher
- Propor a revisão da Lei de Direito Sucessório; E ste p ilar tem com o o b je ctiv o e stra té g ic o in teg rar a
- Prom over a realização dc actividades de advocacia e perspectiva de género nas políticas, programas e projectos de
sensibilização sobre Dii eitos Humanos das Mulheres; desenvolvim ento nacional, perseguindo as seguintes acções
- Desenvolver programas de assistência social à mulher estratégicas:
em situação de vulnerabilidade e incapacitada para o - E lab o ra r planos de acção secto ria is que visam a
trabalho; operacionalização da Política do Género e Estratégia
- Prom over pesquisa, estudos, estatísticas e recolha de da Sua Im plem entação (PGEI) e da Estratégia do
inform ações sobre as causas e consequências da Género na Função Pública (EGFP);
violência contra a mulher e a rapariga bem como - A ssegurar a integração de género em todos planos,
promover acções de divulgação. políticas e actividades dos diversos sectores do
3.2.2. Desenvolvimento Económico governo como o PARP, PES e outros;
- R efo rçar os a ctu ais m ecan ism o s in stitu c io n a is e
N este pilar ná área dà « M ilh e r, Pobreza e E m prego» estruturas a todos os níveis através de um processo de
apresenta-se com o seguinte objectivo estratégico - implementar integração do género (gender mainstreaming)',
políticas e estratégias sensíveis ao género e conducentes à - Regulamentar o funcionamento dos Conselhos Distritais
redução da pobreza das taxas de desemprego fem inino e a para o Avanço da Mulher;
m elhoria da segurança alim en.ar em particular nas zonas - Aumentar a participação financeira do Estado, das ONG’s
rurais; perseguindo as seguintes acções estratégicas: e de o u tra s A g ên cias no apo io in stitu cio n al à
- Fazer a desagregação dos dados por género; promoção do estatuto da mulher;
- Im plem en tar p rogram as co n d u cen tes a segurança - M elhorar a coordenação entre os diferentes sectores que
alimentar através do estabelecimento de plataformas trabalham na área da M ulher e do Género;
de inovação para toda a cadeia de valores; - P ro m o v e r a cria ç ã o e/o u o p e ra c io n a liz a ç ã o dos
- Envolver mulheres nos projectos de fomento pecuário, Conselhos Distritais para o Avanço da Mulher.
pesqueiro e de gestíío sustentável dos recursos 4. MECANISMOS DE COORDENAÇÃO E IMPLEMEN
naturais; TAÇÃO
- R eduzir os custos de transacção para aum ento do
Tratando-se de om exercício com plexo e participativo, a
rendimento agrícola da mulher;
implementação do PNAM exige coordenação ampla, constante
- Assegurar pelo menos 25% de mulheres nas empreitadas
e sistematizada que não pode ser eficazmente realizada apenas
públicas;
pelo próprio sector, exigindo portanto, a intervenção de outras
-P ro m o v e r energias novas e renováveis e promoção do
organizações que desenvolvem actividades da Mulher e Género.
uso destas pelas mulheres em particular e aumentar o
Assim, a coordenação será feita:
acesso a recursos como água e estradas;
- M e lh o ra r d as c o n d iç õ e s de v id a da p o p u laç ã o a) Pelo CNAM na qualidade de mecanismo de coordenação
moçambicana e das nulh eres em particular através intersectorial;
b) Fórum Mulher;
do acesso a energia e éctrica;
31 DE DEZEMBRO DE 2010 336— (263)
A rtigo 13 A rtigo 18
2. A responsabilidade pela á re i pedagógica dos centros 3. O fardamento dos educadores que tenham a seu cargo
infantis deve ser exercida por um técn ico de educação dè infância. crianças com menos de um ano de idade, deverá ser composto,
3, Para os efeitos do núm ero anterior, entende-se por para além da bata, por um lenço de cabeça.
ed u c a d o re s de in fân cia aos in d iv íd u o s d o ta d o s de 4. O pessoal qye desenvolve actividades de cozinha deve
conhecim entos e experiência em mátéría de Educação de usar um fardamento apropriado para o efeito, acompanhado de
Infância. lenço de cabèça ou barrete.
A rtigo 3
A rtigo 35
(Requisitos para admissião de pessoal)
(Capacitação para simulação de incêndios)
São requisitos gerais para admissão de pessoal nos centros
infantis: 1. Cada centro infantil deve possuir e manter operacionais o
equipamento de combate á incêndios e outras situações.
a) Não padecer de doença infecto-contagiosa (a comprovar
2 .0 pessoal dos centros infantis deve ser capacitado, devendo
por boletim de sanidade ;
realizar periodicamente exercícios de simulação de incêndios e
b) Não ter sido condenado par crime doloso que atente
outras situações de emergência que possam ocorrer no centro
contra a vida e dignidade humana (a comprovar pelo
infantil.
certificado de registo criminal);
c) Não ter sido expulso de outro centro infantil ou outra CAPÍTULO XI
in stitu iç ã o de in fân c ia , por p rá tic a de actos Da Supervisão e Inspecção
atentatórios à segurança, integridade física ou moral
A rtigo 36
da criança.
A rtigo 32 (Inspecção periódica aos Centros Infantis)
A rtigo 39 .A rtigo 44
No fim de cada acção inspect! va, a direcç Io do centro infantil 1. O encerram ento tem porário consiste na proibição do,
inspeccionado será notificada, por escrito, dos resultados exercício da actividade d o centro infantil por um período
apurados sendo-lhe reconhecido o direito de contradizer, mínimo de seis meses e o máximo de um ano.
também por escrito, àqueles resultados, deniro de um prazo, que 2. A medida de encerramento temporário terá lugar sempre
não poderá ser superior a quinze dias. que se verifique uma grave Violação das normas estabelecidas
no presepte Regulamento em concurso com a inobservância
CAPÍTULO XII
das regras de higiene e segurança, sem, todavia, consubstanciar
Das Sanções factos ilícitos criminais.
Artigo 40 A rtigo 45
A adm oestação escrita consiste em reparos por pequenas 1. A aplicação das sanções previstas no presente Regulamento
irregularidades verificadas na concretização do programa de carece de um processo escrito, o qual deve ser concluído no
actividade da instituição e no preenchim ento irregular ou prazo máximo de dez dias.
deficiente do registo biográfico das crianças atendidas ou pela 2. A excepção da admoestação escrita, a aplicação de todas
inobservância de regras respeitantes ao pessoal. as medidas sancionatórias previstas neste Regulam ento são
passíveis de recurso, nos term os previstos nas N ormas de
A rtigo 42
Funcionamento dos Serviços da Administração Pública.
(Multa)
A rtigo 47
A m ed id a da m u lta é g ra d u á v e l e n tre um m ínim o
correspondente a um mínimo de dez e um máximo de cem (Responsabilidade em caso de recusa de inspecção)
salários mínimos nacionais, sendo aplicá\ el quando se registem
1. A recusa injustificada da direcção do centro infantil em se
infracções de' maior gravidade que tenlram a ver com a não
sub m eter à acção in sp ectiv a su jeita-se, sem p reju ízo da
observância das normas, nomeadamente.
responsabilidade civil e crim inal, à multa correspondente a
a) A reincidência na falta de concretização do programa cinquenta salários mínimos nacionais.
de actividades; 2. A ausência do director ou representante do director do
b) A não observância de regras eferentes ao pessoal
centro infantil não deve constituir m otivo im peditivo para
designadamente a ausência do pessoal necessário ou
realização da acção inspectiva.
o excesso de crianças por edu:ador;
c) A aplicação de medidas inadecuadas ao bem-estar e CAPÍTULO XIII
desenvolvimento da criança;
d) O incumprimento de regras básicas de higiene; Das competências para a Aplicação de Sanções
e) A falta de condições de segurança. A rtigo 48
1. A suspensão de actividades consiste no encerramento do A aplicação da pena de admoestação escrita compete a todos
centro infantil pelo período mínimo dé um mês e o máximo de os dirigentes do sector da Mulher e da Acção Social que realizem
seis meses. visitas de supervisão ou inspecção a qualquer centro infantil.
2. Haverá lugar à suspensão de actividade quando se verifique
a não observância das regras respeitante’; ao pessoal, à higiene e A rtigo 49
segurança bem como a prática de actos que ponham em causa o (Competência dos Inspectores-Chefes provinciais)
bem-estar e o desenvolvimento da criariça.
3. A medida de suspensão terá ainda k gar sempre que o centro Compete aos Inspectores-Chefes Provinciais da área da mulher
infantil em causa tenha sido multado por idêntica infracção por e da acção so cial im por a pena de m ulta até ao lim ite
mais de duas vezes. correspondente a trinta salários mínimos nacionais.
336—(268) 1 S É R IE — NÚM ERO 52
A rtigo 5 4
a) Dar assistência e protecção à criança desprovida de
am biente fam iliar e que, pelo facto, seja propensa à
(Dúvidas) m arginalização;
As d ú v id as resu ltan tes da ap lica çã o e in terp retação do b) Proporcionar à criança a pré-escolarização e assegurar
presente Regulam ento serão resolvidas por Despacho da Ministra que tenha acesso a form ação sócio-profissional;
da M ulher e da A cção Social. c) Dar conhecim entos e ensinam entos à criança que lhe
proporcionem o crescim ento integral e harm onioso;
d) D efender e fazer respeitar os direitos fundam entais da
criança, bem com o prom over a reposição dos que
Diploma Ministerial n." 278/2010 tiverem sido violados.
de 31 de Dezembro A rtigo 4
SECÇÃO li A rtigo 11
Das Instalações (Requisitos para admissão de pessoal)
A rtigo 12 A rtigo 16
CAPÍTULO VI A rtigo 25
2. À excepção da admoestação escrita, a apJicação de todas 2. Quando tenha sido delegado competências nos termos do
as m edidas sancionatórias.previstas neste Regulam ento são n.° 1 do artigo_5, pode o Director Provincial da Mulher e da
susceptíveis de recurso, nos termos previstos nas Normas de Acção Social aplicar todas as sanções previstas no presente
Funcionam ento dos Serviços da Administração Pública. R egu lam en te
A rtigo 34
A rtigo 30
(Outras competências dos inspectores-chefes provinciais)
(Responsabilidade em caso de lecusa de inspecção)
Além do exercício das competências indicadas nos artigos
1. A recusa do infantário ou do centro de acolhimento em se
antecedentes, cabe aos inspectores do Ministério da Mulher e
subm eter à ,acç ão inspectiva, su je ita -se , sem p rejuízo da
da Acção Social impor as seguintes sanções:
responsabilidade civil e criminal, à mi lta correspondente a cinco
salários mínimos. a) Multa até ao limite de trinta salários mínimos nacionais;
b) Bncerramento temporário do infantário ou centro de
2. A ausência do director ou representante do director do
acolhimento em causa.
infantário ou do centro de acolhim ento não deve constituir
motivo impeditivo para realização d.» acção inspectiva. A rtigo 35
3. A acção inspectiva ordinária carece de prévio aviso,
a extraordinária não está sujeita à pr< - aviso. (Competência para ordenar o encerramento definitivo)
A rtigo 31 A rtigo 36
(Competência dos dirigentes do sec .or da Mulher e da Acção (Destino das multas)
Social)
O destino das m ultas a aplicar nos term os do presente
A imposição da pena de admoestação escrita compete a todos Regulamento será o seguinte:
os dirigentes do sector da Mulher e da Acção Social que realizem a ) 40 °k para o Orçamento do Estado;
visitas de supervisão ou inspecção a qualquer infantário ou b) 60% para o sector de tutela dos infantários e dos centros
centro de acolhimento. de acolhimento da criança em situação difícil.
A rtigo 32
CAPÍTULO IX
(Competência dos inspectores-chefes provinciais)
Das Disposições Finais
Compete aos inspectores- chefes provinciais da área da mulher
A rtigo 37
e da acção social impor a pena de multa até ao limite de dez
salários mínimos nacionais. (Equipamento básico indispensável ao funcionamento)
a) Multa até ao limite de vinte salários mínimos nacionais; As dúvidas decorrentes da aplicação e interpretação do
b) Suspensão do exercício da actividade do infantário ou presente R egulam ento serão reso lv id as por D espacho do
do centro de acolhimento em causa. Ministro da Mulher e da Acção Social.
Preço — 18,00 M T