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Texto expositivo

A poesia trovadoresca desenvolveu-se na zona norte da Península Ibérica, nos reinos


de Portugal, Galiza, Castela, Leão e Aragão, entre os séculos XII e XIV.
Nesta época, Portugal tinha uma sociedade hierarquizada e a poesia trovadoresca
refletia o quotidiano da época. São cerca de 1680 cantigas profanas e 400 religiosas,
que eram musicadas e cantadas em saraus, nas cortes dos grandes senhores feudais.
Foram escritas em galego-português por trovadores (nobres) e jograis (povo). Estas
1680 cantigas estão compiladas em vários cancioneiros: Cancioneiro da Ajuda,
Cancioneiro da Vaticana e Cancioneiro da Biblioteca Nacional e apresentam-se em três
géneros diferentes: cantigas de amigo, cantigas de amor e cantigas de escárnio e
maldizer.
Nas cantigas de amigo o trovador finge ser a donzela, o sujeito poético. Estas cantigas
são apresentadas na forma de diálogo e apresentam várias formas de repetição com o
recurso ao refrão e ao paralelismo.
O tema destas cantigas é, principalmente, o sofrimento da donzela por se ver separada
do amigo e a angústia por não saber se o amigo voltará ou não, ou ainda se a trocará
por outra.

Paralelística perfeita
A cantiga é paralelística perfeita, dado que respeita as quatro condições obrigatórias
para ser classificada como tal. É constituída por dísticos em numero par (…); apresenta
alternância vocálica (….); tem refrão (…)e verifica-se o “leixa- prem” (… e assim
sucessivamente).

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