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Produção Conjunta
Universidade Pedagogia
Produção Conjunta
Lista de Siglas
CT – Custo de Transformação
CP – Custo Primo
MP – Matéria – Prima
PC – Produção Conjunta
CI – Custos Industriais
VV – Valor da Venda
Resumo
1. Introdução
O presente trabalho aborda a produção conjunta, apresentando os diversos métodos até agora
desenvolvidos, com suas vantagens e desvantagens. Considerando que nada pode ser
considerado como definitivo ou intocável, espera-se que o presente trabalho contribua, de
alguma forma, para a melhor compreensão do assunto em questão.
A produção conjunta é muito importante, porque através dela podem ser tomadas decisões com
relação à venda ou ao prosseguimento do processamento, independentemente das decisões sobre
os demais produtos”. Pois, conforme já destacamos, um produto dito principal em determinada
circunstância mercadológica pode tornar-se um subproduto, e assim, o prosseguimento do
processamento pode não ser interessante sob o ponto de vista económico, já que o custo
benefício (a comparação do custo com os resultados proporcionados pelo mesmo), entre os
produtos objecto do processo pode tornar-se desinteressante na obtenção de determinado produto
outrora considerado principal.
1.1. Problematização
Partindo do pressuposto de que a produção conjunta contribui de forma efectiva para a mudança
nas organizações, cabe a nós clarificar a forma como esse processo influi no sistema. Uma
produção conjunta eficiente, planeada espelha o sucesso de qualquer organização. Na toma da de
decisões ela é importante por indica qual sistema de custeio pode ser adoptado para a produção
de um ou mais produtos. É imprescindível ter uma produção conjunta propícia que reflecte na
mudança organizacional com o intuito de melhorar o desempenho e a qualidade dos produtos
obtidos. Deste modo surge a seguinte questão:
Quando é que a produção conjunta pode se tornar importante para as organizações e quais
vantagens e desvantagens pode trazer quando a produção é mais de um ou mais produtos?
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1.2. Objectivos
1.2.1. Objectivo geral
Compreender a importância do estudo da produção conjunta nas empresa e qual papel ela
traz na produção de dois ou mais produtos, destacando os custos inerentes a essa
produção;
1.2.2. Objectivo Específicos
Definir a produção conjunta e falar dos produtos resultantes;
Compreender a importância dos custos conjuntos na tomada de decisões;
Analisar os diversos critérios de valorização dos produtos principais e dos subprodutos
bem como os resíduos;
1.3. Justificativa
A escolha deste tema deveu-se ao facto de ser, um tema de grande relevância não só na
sobrevivência das organizações mas também no desenvolvimento das empresas dentro ou fora
delas num âmbito de partilha de conhecimentos, troca de informações e experiências. Por isso é
importante que as empresas adoptem o sistema de produção conjunta visto que podem atender
mais rápido possível a expectativa da demanda fornecendo produtos diversificados e que por sua
vez podem reduzir o tempo de espera quando se tem vários produtos como opções.
1.4. Hipóteses
2. Metodologia
A escolha do delineamento deve considerar o pressuposto que orienta a pesquisa. Neste estudo,
definiu-se o seguinte pressuposto: Produção Conjunta, tem impacto no processo de mudança nas
empresas pelo que suportam mais custos em relação a produção única. Este trabalho constitui-se
de uma pesquisa bibliográfica, realizada através de uma monografia. Sendo assim, descrevemos
alguns conceitos. Segundo [CITATION GAL86 \p 18 \l 2070 ]“conhecer é estabelecer uma relação
entre a pessoa que se conhece e o objecto que passa a ser conhecido”.
Assim, a pesquisa deste trabalho poderá ser enquadrada na tipologia descritiva, de acordo com
[CITATION GIL99 \p 45 \l 2070 ] , tem como objectivo primordial a descrição das características de
determinada população ou fenómeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis.
No que concerne aos procedimentos a pesquisa do trabalho em causa, refere-se a uma pesquisa
bibliográfica. Segundo [CITATION MAR90 \p 23 \l 2070 ] , é a que se efectua para se resolver
problema ou adquirir conhecimentos a partir de consultas a livros, artigos, jornais, entre outros.
De acordo com [CITATION MAR96 \p 66 \l 2070 ] , entende-se como pesquisa bibliográfica, “toda a
bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins,
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jornais, revistas, livros, pesquisas monográficas, teses, material cartográfico, e até os meios de
comunicação orais, sejam eles rádio, filmes e televisão”.
3. Referencial Teórico
3.1. Produção conjunta (PC)
O custeio dos produtos em produção conjunta apresenta aspectos específicos que serão
analisados no acto produtivo.
Segundo Caiado (2009 p. 167) diz que uma empresa labora em produção conjunta quando a
fabricação de um produto obriga necessariamente à necessariamente à de dois ou mais produtos.
Segundo [CITATION Nab16 \p 122 \l 2070 ] , a produção conjunta surge quando, da transformação
de uma ou diversas matérias – primas se obtém simultaneamente diversos produtos. Na produção
conjunta os produtos não são identificáveis como produção diferenciada até o ponto de
separação.
Segundo Da Silva (1973 p. 285) há produção conjunta sempre que a obtenção de um bem
implica a obtenção simultânea (com mesma matéria – prima) de outro ou outros bens.
Exemplos
Da moenda do trigo obtém – se a farinha forrageira e outros produtos, designados todos eles por
produtos conjuntos.
Segundo [CITATION Cai01 \p 240 \l 2070 ] , os produtos têm designações consoante a sua
importância relativa: Co – produtos, Subprodutos, e resíduos.
3.2.1. Co-produtos
Designam – se por co-produtos os produtos conjuntos que tem idêntica importância relativa.
Também são conhecidos como produtos principais.
Conforme [CITATION Cai09 \p 168 \l 2070 ] , quando obtém – se um produto de valor superior aos
restante produtos obtidos na mesma fabricação estamos na presença de um produto principal. No
caso de obtermos dois ou mais produtos principais, estes tem o nome de co-produtos.
De acordo com [CITATION Nab16 \p 124 \l 2070 ], os co-produtos são produtos principais vendíveis
com valor relativamente semelhante.
3.2.2. Subprodutos
Segundo [CITATION Cai01 \p 240 \l 2070 ] o subproduto é um produto secundário. Não é o principal
da produção obtê –lo, mas sim o produto principal a que está associado.
Segundo [CITATION Cai09 \p 169 \l 2070 ] os produtos com valor comercial nitidamente inferior
aos restantes são subprodutos.
De acordo com [CITATION FVG73 \p 289 \l 2070 ] Quando a par do produto mais valioso e que
constitui o objecto essencial da fabricação (produto principal), se obtém um ou vários produtos
acessórios ou secundários vendíveis.
8
Para [CITATION Nab16 \p 124 \l 2070 ] os subprodutos são produtos secundários que resultam da
actividade produtiva que visa a produção de um ou mais produtos principais. O valor comercial
destes produtos é inferior ao apurado para os produtos principais.
3.2.3. Resíduos
Segundo [CITATION Cai01 \p 240 \l 2070 ] os resíduos são certos produtos de baixo valor.
Para [CITATION Cai09 \p 169 \l 2070 ] os resíduos são subprodutos sem valor comercial.
Para [CITATION FVG73 \p 291 \l 2070 ] os resíduos são sempre produtos de reduzido ou nenhum
valor.
Segundo [CITATION Nab16 \p 124 \l 2070 ] , os resíduos são produtos de baixo valor e não tem valor
comercial.
Exemplo: ossos no abate de gado; sobras de chapa não aproveitáveis numa metalomecânica.
De um modo geral considera se como subproduto aquele que tem um valor de venda reportado
ao ponto da produção conjunta em que os produtos se separam inferior a 10% do valor da venda
de todos eles.
Começaremos por calcular o nosso custo de produção ou custo industrial. É o custo da produção
terminada (PT) ou armazenada (produção transferida da zona fabril para o armazém de produtos
fabricados num dado período).
Nas matéria – primas destacam – se: gastos de transacção líquido de desconto e de IVA
dedutível, gastos associados ao transporte e aquisição das matérias-primas (v.g., transporte,
gastos de alfandegárias, gastos internos associados á compra e armazenagem.
A Mão-de-obra é composta por: Remunerações fixas (ex. vencimento bruto mensal, subsídio de
férias, subsídio de natal), Remunerações variáveis (ex. comissões, horas extraordinárias,
prémios, Contribuições da entidade patronal para a segurança social, Seguros, Outros gastos
obrigatórios ou facultativos (ex. subsídio de alimentação, formação profissional.
Os Gastos Gerais de Fabrico (GGF) são constituídos por: Matérias indirectas, Fornecimentos
externos relacionados com a produção nomeadamente electricidade, água, trabalhos
especializados, ferramentas e utensílios, conservação e reparação, seguro de equipamentos e
instalações fabris, Custos com o pessoal referente à mão-de-obra indirecta, Depreciações dos
activos tangíveis fixos, na componente equipamento básico, Outros gastos relacionados com a
produção.
O custo de transformação é igual à soma da mão-de-obra directa com os gastos gerais de fabrico:
CT = MOD + GGF
CP= MP + MOD
A partir daqui podemos obter o calculo do custo industrial dos produtos acabados:
Na produção conjunta o custeio dos produtos apresenta dificuldades especificas que convém
analisar. Neste tipo de produção pode – se distinguir duas fases principais na fabricação dos
produtos:
Fase da produção Conjunta – que se verifica até ao ponto de separação dos produtos
ocasionando gastos, designados custos conjuntos.
Fases seguintes – em que os semiprodutos obtidos no ponto de separação são acabados,
em regime de produção disjunta, implicando os chamados custos específicos.
Produto Acabado A
Produtos Intermédios
Segundo [CITATION Cai09 \p 170 \l 2070 ] , os custos conjuntos são os custos inerentes a um
processo produtivo de que resulta dois ou mais produtos e que, até determinada fase de
fabricação (ponto de separação), não se podem identificar como produtos distintos.
Segundo [CITATION FVG73 \p 285 \l 2070 ], Os custos conjuntos são todos custos dum processo
produtivo de resultam dois ou mais que até certa altura de produção, se não podem identificar
como coisas distintas.
Segundo [CITATION Nab16 \p 125 \l 2070 ], a valorização dos produtos conjuntos inicia com a
repartição dos gastos conjuntos ou comuns. Essa repartição dos gastos para valorizar
correctamente a produção enfrenta algumas dificuldades porque os critérios utilizados
apresentam grande arbitrariedade como acontece na produção uniforme e na produção múltipla
disjunta. Na produção conjunta as dificuldades para apurar os custos dos produtos agrava – se se
existem diversos pontos de separação e com a obtenção de uma multiplicidade de produtos
contidas em diversos pontos do processo produtivo. A repartição dos custos conjuntos é
artificial.
De forma geral, Custo conjunto é o custo de um único processo que gera diversos produtos
simultaneamente”. Logo, o custo de um determinado processo de produção pode proporcionar a
produção de mais de um produto, caracterizando assim, o fenómeno da co-produção, e deve ser
denominado de custo conjunto. Destaca também que, “o momento no processo em que um ou
mais produtos se tornam isoladamente identificáveis é denominado ponto de separação”. E diz
que “custos separáveis são os custos incorridos após o ponto de separação, atribuídos a um ou
mais produtos individualmente”.
Segundo [CITATION Cai09 \p 170 \l 2070 ] , Os custos conjuntos são repartidos em função das
quantidades produzidas. o custo de cada produto obtém – se dividindo todos os custos pela
quantidade.
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MP+ MOD+GGF
CUM =
Qp
Segundo [CITATION Cai01 \p 243 \l 1033 ] , os custos conjuntos são repartidos pelos produtos
proporcionalmente às quantidades obtidas de cada um deles.
Segundo [CITATION Nab16 \p 125 \l 2070 ], repartem – se os gastos conjuntos pelos produtos
proporcionalmente às quantidades obtidas de cada um deles. Os custos unitários industriais dos
produtos diferem apenas devido aos gastos específicos.
Não tem em conta o valor do mercado dos produtos. Não sendo aconselhável quando os preços
de venda dos produtos diferem – se sensivelmente.
2. Media Ponderada
Segundo [CITATION Cai09 \p 171 \l 2070 ] , as empresas ponderam relevância de cada produto
atribuindo factores de pontuação que advém, por exemplo do tamanho da unidade, tempo do
consumo para a fábrica da unidade, das dificuldades de fabricação, do valor da venda.
Segundo [CITATION Cai01 \p 244 \l 2070 ] este critério consiste em repartir os custos conjuntos
pelos produtos proporcionalmente ao respectivo valor de venda da produção.
Segundo [CITATION Nab16 \p 125 \l 2070 ], o valor da venda de produção consiste em repartir os
gastos conjuntos e os produtos proporcionalmente ao respectivo valor de venda da produção.
Este critério tem em conta a distribuição dos gastos conjuntos o valor do mercado dos produtos,
embora não considera o peso diferenciado que os gastos específicos podem apresentar.
Segundo [CITATION Cai01 \p 245 \l 2070 ] nesse critério reparte se os custos conjuntos pelos
produtos proporcionalmente ao seu valor de venda no ponto de separação, isto é, ao valor de
venda da produção deduzido dos custos específicos.
Os custos específicos a considerar são não só os custos da produção, mas também os não
industriais.
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Para [CITATION Nab16 \p 125 \l 2070 ], este critério reparte os gastos conjuntos pelos produtos
proporcionalmente ao seu valor de venda no ponto de separação, isto é, ao valor de venda da
produção deduzido dos gastos específicos.
Quer isto dizer que os inventários de cada um dos co-produtos serão valorizados por custos
unitários que, relativamente ao respectivo valor de venda reportado ao ponto de separação se
traduz por percentagens iguais.
Segundo [CITATION Cai09 \p 173 \l 2070 ], Neste critério os produtos principais suportam todos os
custos conjuntos, representando o valor de venda dos subprodutos (após a dedução de todos os
gastos com a sua venda) um lucro para a empresa.
Vendas Liquidas−Custo=Lucro
Custo=0
Vendas−0=Lucro
Vendas=Lucro
b) Lucro Nulo
Segundo [CITATION Cai09 \p 173 \l 2070 ], os subprodutos não proporcionam qualquer resultado
pelo que o valor de venda (deduzido dos gastos com a venda) é subtraído aos custos conjuntos. O
valor dos custos atribuídos aos co-produtos é inferior.
Vendas Liquidas−Custo=Lucro
Lucro=0
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Vendas−Custo=0
Vendas=Custo
Segundo [CITATION Cai01 \p 250 \l 2070 ], os custos industriais unitários determinados para os
produtos conjuntos não servem para tomar decisões relacionadas com a rentabilidade daqueles as
que se relacionam com
Tendo em conta que na produção conjunta não é possível conhecer qual a parte dos custos
conjuntos que a cada produto respeita, decisões do tipo em epigrafe só podem ser tomadas a
partir do resultado global do grupo de produtos em causa. Tratando se da produção conjunta não
se pode por a questão de aumentar ou reduzir a fabricação de um produto isoladamente, pois esta
arrastaria necessariamente a alteração da produção do outro. As decisões relacionadas com a
expansão ou redução da produção terão de se basear nos resultados dos dois produtos em
conjunto e não nos que para cada um deles, derivam dos custos industriais determinados com
base noutros critérios: quantidades produzidas e valor da venda.[ CITATION Cai01 \l 2070 ]
5. Exercício Pratico
Pretende – se: O custo das vendas da demonstração de resultados por funções do período N.
Resolução do Exercício
495 000,00
S
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Em segundo lugar temos de identificar todos os valores essenciais para a resolução deste
exercício e listá-los:
Quantidades Ef PA Pv Unid
Vendidas
A 80 0 3 750,00 TON
B 96 4 4 800,00 TON
S 12 0 1 250,00 TON
R 20 Custo: 1 500,00 /TON
Custos
Conjuntos 495 000,00
Subproduto Lucro Nulo
O segundo passo será apurar o custo a atribuir ao Subproduto tendo em conta o critério
valorimétrico utilizado pela empresa: Lucro Nulo.
300000,00
A: =0,39=39 %
760 800,00
460800,00
B: =0,61=61 %
760 800,00
O valor da venda no ponto de separação será dado por: valor da venda subtraindo com os custos
específicos.
EiPA+ P=EfPA+V
P=EfPA +V −EiPA
P=96+4=100 toneladas
Nos Custos Conjuntos a repartir temos de ter em conta os vários custos resultantes da produção
da ração:
No CIPA deve – se incluir os valores dos custos conjuntos mais os custos específicos
industriais.
CIPU é só dividir o CIPA Global pelas quantidades produzidas
Esquema de Produção
1 555,00 B
Subproduto=250 × 0,40=100,00
Para chegar ao Valor de Venda no ponto de Separação (VVPS) temos de retirar ao valor de
venda todos os custos específicos e para se chegar ao valor dos custos conjuntos é necessário
apurar o custo que será atribuído ao Subproduto.
lucro=0
VV −Custo=0
100,00−Custo=0
Custo=100,00
1555,00−(100−20)=1475,00
Para achar as percentagens é preciso: dividir o valor da venda no ponto de separação pelo custo
conjunto após a dedução dos custos inerentes ao subproduto.
960,00
A: =0,4=40 %
2400,00
1440,00
B: =0,6=60 %
2400,00
Achadas as percentagens é só imputar no custo conjunto após ter sido deduzido os custos do
subproduto e do resíduo.
A :0,4 × 1475,00=590,0 0
B: 0,6 ×1475,00=885,00
VENDAS 100,00
CIPV 80,00
MB 20,00
Custos não industriais 20,00
RESULTADO 0,00
No CIPA deve – se incluir os valores dos custos conjuntos mais os custos específicos
industriais.
RESÍDUO 25,00
MB 370,00 555,00 20,0 920,00
CÑIND 160,00 240,00 20,00 420,00
RESULTADO 210,00 315,00 0,00 500,00
Exercício Pratico 03
A empresa X , SA dedica-se à produção conjunta dos produtos Alfa e Beta a partir da matéria M,
sendo Beta sujeito a operações de conversão específicas antes de ser dado por concluído e dando
origem ao resíduo T que a empresa manda destruir por uma empresa especializada G. Na
produção conjunta obtém-se necessariamente o subproduto R, que é vendido a um cliente ao
preço de 65,00/ton.
Relativamente ao período N a empresa produziu 2.400tons. de Alfa e vendeu 2.000 tons a 300,00
cada e produziu e vendeu 1.500 tons. de Beta a 380,00 cada. Obteve 200 tons. de R e pagou
12000 a G pela destruição de T. No mesmo período, comprou 5.400 tons. de M a 125,00 de que
utilizou 5.000 ton. Os gastos de conversão da produção conjunta somaram 338 000,00 e os
gastos de conversão específicos de Beta foram 78 000,00
Sabendo que a empresa reparte os custos conjuntos em função do valor de venda relativo no
ponto de separação e mensura o subproduto pelo lucro nulo, o custo unitário de produção de cada
um dos produtos de N foi?
Resolução do Exercício
Em primeiro lugar deveremos ter em consideração os custos específicos associados ao produto
Beta: 78 000,00 de gastos de conversão específicos e 12 000,00 pagos pela destruição do resíduo
T totalizando 90 000,00.
Depois não esquecer que os custos conjuntos de produção englobam custos associados ao
Subproduto. Logo temos de calcular em primeiro lugar o valor do Subproduto T, assumindo o
critério de Lucro Nulo (Vendas – Custos = 0,00)
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Assim: 200 tons x 65,00 = 13 000,00, valor a subtrair ao total de custos conjuntos de produção
apurados. Não esquecer a Matéria-Prima M, o consumo de M é repartido pelos 2 produtos logo
deve ser somado aos custos conjuntos de produção: 5.000 x 125,00 = 625 000,00
Por fim, só falta não esquecer que na aplicação do critério Valor de Venda no Ponto de
Separação a quantidade a considerar para análise deve ser sempre a produzida e não a vendida.
Esquema produtivo
Alfa
1 555,00 Beta
R (Subproduto)
Para achar as percentagens é preciso: dividir o valor da venda pelo total no ponto de separação.
720 000,00
A: =0,6=60 %
1 200 000,00
480 000,00
B: =40=60 %
1 200 000,00
No CIPA deve – se incluir os valores dos custos conjuntos mais os custos específicos
industriais.
CIPU é só dividir o CIPA Global pelas quantidades produzidas
6. Exercícios Propostos
Exercício 01
A “TAL, SA”, dedica-se à fabricação de três produtos químicos para uso industrial. O processo
de fabrico da “TAL” resume-se ao seguinte:
Consumos de Matérias-Primas:
A 400 Kg 100,00/Kg
B 1.000Kg 120,00/Kg
C 500 Kg 150,00/Kg
Determine os custos de produção dos produtos, admitindo que a empresa adoptou como critério
para a repartição dos gastos conjuntos o valor de venda reportado ao ponto de separação e que o
subproduto é valorizado pelo critério:
H1 - do lucro nulo;
H2 - do custo nulo.
Para a resolução deste exercício primeiro devemos elaborar o esquema de produção nessa
empresa.
Exercício 02
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Da actividade desta empresa no mês de Outubro de 2003, são conhecidos os seguintes elementos
Custos conjuntos
Materiais e custos de 480 000,00
transformação
Custos específicos
Produto X 180,00
Produto Y 280,00
Subproduto K 40,00
Quantidades produzidas e vendidas
Produto X 60 un
Produto Y 120 un
Subproduto K 270 un
Preço de venda unitário
Produto X 36,00
Produto Y 32,00
Subproduto K 20,40
Custo de remoção do 45,00
resíduo M
São utilizados os seguintes critérios de repartição de custos conjuntos:
Pretende – se
Exercício 02
Gastos Gerais
Custos de Transformação
Matérias – Primas
Matérias – Primas
M1 M2 M2
Existência Inicial 6 700,00 7 500,00 4 000,00
Existência Final 5 900,00 8 100,00 3 200,00
Compras 10 800,00
Consumo 16 500,00 23 000,00
Produção acabada
Produtos e subprodutos
A B S
Produção e Vendas 1 400 Unidades 700 Unidades 2 500 Unidades
Preço Unitário
Não havia existência final e inicial de produtos em vias de fabrico. A empresa utiliza os
seguintes critérios de repartição de custos conjuntos:
7. Conclusão
Com relação ao tema, objecto deste estudo, pode-se extrair, uma certeza: A empresa deve
prosseguir com a produção conjunta na medida em que a soma dos valores realizáveis líquidos
dos produtos, calculados individualmente, revelar-se superior ao custo do processo básico. De
resto, o cabedal teórico que envolve a problemática da produção conjunta ainda está longe de
uma solução que detenha a unanimidade.
Para apropriação dos custos conjuntos aos produtos são realizados critérios de rateio baseados
em alguns métodos, entre os quais destacamos os seguintes: o de valor de mercado, que consiste
na distribuição dos custos conjuntos aos produtos em razão da participação percentual de cada
co-produto, no total das vendas pelo valor de mercado; o da quantificação física, em que a
alocação é feita mediante a proporção oriunda da quantidade física dos produtos obtidos no
ponto de separação; e o do valor líquido estimado das vendas que utiliza para apropriação dos
custos conjuntos, o percentual da receita líquida de cada co-produto, obtida pela dedução das
vendas brutas dos custos ocorridos após o ponto de separação.
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7.1. Recomendações
As metodologias estudadas, na verdade, quando não pecam pela simplicidade (o que não é de
todo mal), exigem dados adicionais nem sempre disponíveis em empresas comuns. Revelam
todas elas, em maior ou menor grau, um forte ponto de intercessão: a arbitrariedade.
Assim é necessário uma forte dose de bom senso na definição do método de atribuição dos
custos aos produtos conjuntos, que devem ser substanciadas por sólidos conhecimentos de
contabilidade, economia e administração.
8. Bibliografia
Caiado, A. C. (2009). Contabilidade Analítica e de Gestão (5ª ed.). Lisboa: Áreas Editora.
Caiano, C. A. (2001). Contabilidade Analítica (1ª ed.). Porto: Rei dos Livros.
GIL, A. C. (1999). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. ( 5ª ed.). São Paulo: Atlas.