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Projeto Integrador em Engenharia

Desenvolvimento de Projetos
Projeto Integrador em Engenharia

Projeto Conceitual
Revisão

Projeto:

Um empreendimento temporário, com objetivo de criar um produto, serviço ou resultado único


(PMBOK, 2004).

Um problema programado para ser resolvido (J. M. Duran).

Conjunto de ações executadas de forma coordenada por uma organização transitória, ao qual são
alocados insumos para que, em dado prazo, alcancem um objetivo determinado (D. Valeriano,
Gerência de Projetos).

Ou seja:

Empreendimento não repetitivo, realizado através de um conjunto de atividades coordenadas e


controladas com datas para início e término.
Empreendimento para alcançar um objetivo conforme requisitos específicos, incluindo limitações de
tempo, custo e recursos.
Um modelo de processo de desenvolvimento de produto contém definições que buscam assegurar
que os elementos dos projetos estejam ordenados e alinhados de forma a garantir que os produtos
almejados sejam entregues.

Uma proposta de modelo de processo de produto:


http://www.pdp.org.br
Causa o planejamento dos vários projetos que produzem os vários produtos definidos no
portfólio de produtos da organização.
Essas definições atendem ao plano estratégico da empresa, definido a partir dos
trabalhos realizados pelo marketing.

Definições do portfólio de produtos da empresa.


Acompanham o uso do produto no mercado até o ponto onde
se justifique a sua retirada; ou substituição por outro produto.

As análises consideram aspectos econômicos como, por


exemplo, a lucratividade do produto.
 Consistem em grandes fases que constituem a macro atividade de desenvolvimento do
produto.
 Podem ser realizadas sequencialmente ou propor um modelo de ciclo de vida com
sobreposições. Tudo depende do nível de modularização possível para obter o produto
desejado e definido em cada projeto.
 A sobreposição de atividades pode ser dentro do mesmo projeto ou entre projetos, tudo
depende da planta produtiva da indústria considerada.
Projeto Informacional:

Busca reunir ao máximo as informações necessárias à execução do projeto,


além de construir definições auxiliares relacionadas à tríplice restrição como:

Contingência x Mitigação x Aceitação


 O escopo define, juntamente com os insumos disponíveis, os prazos a serem consumidos (estimativas).
 Pessoas trabalhando no projeto (insumos), consomem recursos financeiros (custos).
 A qualidade exigida do produto ou serviço está relacionada ao mercado ao qual o resultado do projeto se destina.
 Reflexões sobre os riscos do projeto são fundamentais para que sejam traçados os planos de contingência e
mitigação aplicáveis ao projeto.
 O formato do ciclo de vida deve ser definido e detalhado.
 Pontos de decisão e critérios de aprovação dos produtos intermediários (quais?).
 As formas de comunicação entre os integrantes do projeto, e entre eles e os interessados pelos resultados do
projeto, devem ser definidas.
Conceito x Arquitetura
Conceito é a visão de um sistema, que inclui princípios de operação e abstração da forma (mapeia função
em forma).

Arquitetura contém os detalhes da atribuição da função à forma, com a definição de interfaces e


estruturas.

Crawkey, Ed. MIT open course – System Architecture, 2008.

Arquitetura é o esquema que mapeia elementos funcionais do produto em elementos físicos e como esses
elementos se relacionam.

Whitney, Daniel E. 2007 MIT Open course – Product Architecture, 2008.


Projeto Conceitual

Busca estabelecer (definir) todas as características funcionais e não funcionais do produto ou serviço que
será entregue como resultado do projeto.

Todos os conceitos incluídos no produto ou serviço devem ser plenamente conhecidos.


Projeto conceitual
Entradas Atividades Saídas
• Especificações (modelagem funcional • Atualizar planos (todos); • Planos:
do produto); • Elaborar modelos conceituais  Projeto;
• Desenvolver princípios e alternativas (diagrama da solução);  Modelos;
para o desenvolvimento do produto; • Avaliar alternativas de solução  Fabricação;
• Estabelecer alternativas para a (podem ser necessárias provas de  Medição;
arquitetura da solução; conceito);  Montagem do produto final.
• Análise de viabilidade do sistema, • Atualizar constantemente as análises
subsistemas e componentes; de viabilidade do projeto; • Requisitos consolidados;
• Estabelecer o layout do produto • Executar e analisar medições • Layout do produto;
(usabilidade, ergonomia, estática); definidas; • Fornecedores e parcerias
• Identificar e estabelecer vínculo com • Identificar e corrigir desvios do estabelecidas;
fornecedores; projeto; • Modelos de relatório do
• Estabelecer processos de fabricação; • Implementar melhorias descobertas. processo de fabricação.
• Estabelecer documentação do produto
e do projeto;
• Gerar especificações consolidadas.
Conceptual design of a launch vehicle

Projeto Conceitual de Veículo Lançador


Introduction: System Engineering

What can happen if one of the team gets all their own way!
C.W. Miller (Design Engineer of the Vega Aircraft Corporation)
A engenharia de sistemas busca um design seguro e equilibrado em face a interesses variados e opostos, com
restrições muitas vezes conflitantes.
O engenheiro de sistemas precisa desenvolver as ferramentas e instinto para identificar e focar esforços nas
avaliações, para a otimização do design geral e não favorecer um sistema/subsistema em detrimento de outro.
Introduction: System Engineering
element I • system-level
qualities,
element II results • properties,
sub-system I
• characteristics,
element III • functions,
not obtainable by the • behavior, and
sub-system II
elements alone
• performance.

O valor agregado pelo sistema como um todo, além da contribuição independente das partes, é criado
principalmente pela relação entre as partes; que é como eles estão interconectados.
Nos primeiros estágios do produto/ciclo de vida do projeto o sistema é representado pelo CONCEITO.

Conceito (solução esquemática) – conjunto das principais soluções de engenharia a respeito do projeto de sistemas
complexos (veículo lançador) em geral, formado pela análise dos seus subsistemas (unidades ou componentes), que
determinam a eficiência do sistema.
NASA Program/Project Life Cycle
(Pre-)Phase Name Short Description
Pre-Phase A Concept Studies identify feasible alternatives

Phase A Concept and Technology define the project and identify and initiate
Development necessary technology
Phase B Preliminary Design and Technology establish a preliminary design and develop
Completion necessary technology
Phase C Final Design and Fabrication complete the system design and build/ code the
components
Phase D System Assembly, Integration and integrate components, and verify the
Test, Launch system, prepare for operations, and launch

Phase E Operations and Sustainment operate and maintain the system

Phase F Closeout disposal of systems and analysis of data

NPR 7120.5, NASA Space Flight Program and Project Management Requirements
Features of the schematic representation
Características
Especificação de requisitos • Procedimento menos formal da produção da
desenvolvimento

solução esquemática.
Estágios de

• Ausência de modelos ou algoritmos para a


resolução do problema.
• Participação de pessoal altamente qualificado e
Proposta de projeto (Draft) altamente experiente no procedimento.
• Curta duração do procedimento, mas as soluções
• Análise dos requisitos aceitáveis têm uma grande influência no projeto
• Solução esquemática (conceito) como um todo.
• Algumas das soluções podem ser mudadas durante
outros estágios do projeto.

OS-120 STS
Conceptual criterions for Launch Vehicles (LV):

Crew presence: unmanned and manned spaceships

Rick Sturckow
during training before
a space shuttle (STS) flight

SpaceShipTwo
concept

Vostok Spacecraft
Conceptual criterions for Launch Vehicles (LV):

Number of stages:
not in scale

V-2 Cyclone-2 Saturn V Proton-M Start


Conceptual criterions for Launch Vehicles (LV):

Stage connection: (tandem, parallel/cluster, combined)

Energia Stage unification Zenit


Conceptual criterions for Launch Vehicles (LV):

Number of use: (single-mission, multiuse)

Antares Shuttle Falcon 9


Conceptual criterions for Launch Vehicles (LV):

Launch type:

ground sea air


launch
platform plane
pad

silo submarine balloon

vehicle

train
Conceptual criterions for Launch Vehicles (LV):

Landing type:

(Mars Pathfinder) airbag landing (Shuttle) soft landing

(Soyuz) parachute landing (Apollo) splashdown (Grasshopper) jet landing


More conceptual criterions

1. Engine type (ram-jet, rocket motor, nuclear motor)


2. Propellant type (liquid, solid, hybrid)
3. Propellant supply system (turbine-pump, pressurized feed)
4. Propulsion system cycle (open, closed)
others (control system, wing geometry…)

Sources of choice/restrictions
• performance specification (requirements of ecology restrict propellant types);
• experience (traditions of specific design company);
• availability of sub-systems (purchased motor);
• state-of-art of industry (maturity of manufacturing plants, availability of equipment).
Pattern of projecting for draft design
System partitioning into sub-systems (components) of different levels
Launch
System

Launch
components stages
Payload

stages Stage I Stage II

block Block A Block B

assembly Body Propulsion Equipment

dry
subassembly compart frame tank fixtures
ment
Estrutura Analítica de Projeto (EAP)

A EAP (Estrutura Analítica de Projeto) ou WBS (Work Breakdown Structure) define as


entregas do projeto e sua decomposição em pacotes de trabalho.
Estrutura Analítica de Projeto (EAP)

Fonte: https://escritoriodeprojetos.com.br/eap
Estrutura Analítica de Projeto (EAP)

A EAP fornece uma visão estruturada das entregas do projeto e é um ótimo instrumento para alinhar o
entendimento do projeto e integrar todas as áreas.

A EAP (estrutura analítica do projeto) é um diagrama com classes hierárquicas, formado pelos pacotes de
trabalho que fazem parte de um projeto. Em planos com ações sequenciadas (em cascata), ficam
bastante detalhados os processos e o gerenciamento do escopo.

Sempre que possível, todos os documentos gerados no projeto devem referenciar o Código da EAP.

O sistema de numeração da EAP identifica o nível no qual cada elemento da EAP se encontra. Por
exemplo: Código da EAP=1.1.1 está no terceiro nível.
Estrutura Analítica de Projeto (EAP)

A EAP normalmente é representada de forma gráfica para facilitar o entendimento e a visualização. Mas,
quando não existem softwares para gerá-la, ela pode ser representada de forma identada.

Exemplo de EAP Gráfica Exemplo de EAP Identada

Fonte: https://escritoriodeprojetos.com.br/eap
Estrutura Analítica de Projeto (EAP)

A EAP deve considerar quatro características fundamentais:

 gerenciável: acarreta a divisão do projeto em partes pequenas, que tornem mais simples o tratamento
e o gerenciamento, diminuindo os riscos e os prováveis impactos. Além disso, controla a sua
autoridade e a responsabilidade específica. Assim, quanto maior o número de partes, maior será o
controle no tocante às entregas do projeto;

 independente: permite que cada componente dentro da EAP possa ser observado e analisado de
modo independente, porém, como um agrupamento de conexões e dependências lógicas de
elementos voltados para entregas;

 integrável: possibilita que todos os elementos possam ser vistos e integrados em uma visão total a
qualquer hora, já que possuem conexões e dependências lógicas de partes orientadas para entregas;

 mensurável: o aperfeiçoamento de cada parte e, no geral, na EAP, pode ser medido por partes.
Fonte: https://artia.com
Estrutura Analítica de Projeto (EAP)

Quais são os seus benefícios?

Quando se usa a EAP, vários benefícios podem ser extraídos, como melhorar a organização e o
entendimento do projeto. Além disso, essa estrutura auxilia na identificação de possíveis riscos em um
plano.

Dessa forma, caso uma estrutura de segmentação de tarefas possua um ramo que não tenha a definição
correta, poderá representar algum problema para a definição do objetivo, e o monitoramento de tais
riscos necessitará ser realizada no decorrer da execução do projeto.

Com a estrutura de divisão organizacional aliada à EAP, o gestor de projetos é capaz de distinguir
qualquer ineficácia no campo da comunicação e, com isso, poderá elaborar um plano eficiente para que
a comunicação seja produtiva.
Estrutura Analítica de Projeto (EAP)

Como integrar a EAP e o Cronograma de Projetos?

Uma estrutura analítica de projetos é um importante mecanismo que converte um projeto em pequenas
tarefas facilmente gerenciáveis. Ela simplifica a compreensão das demandas pelos colaboradores e
facilita o acompanhamento das tarefas pelo gestor.

O mais adequado é começar a desenvolver o seu projeto a partir da criação da estrutura analítica e
depois estabelecer o cronograma. Seguindo essa ordem, será muito mais fácil organizar e lançar os
dados de forma ordenada no cronograma do projeto.

Desse modo, os dois métodos são bem diferentes (EAP e cronograma), mas complementares. Quando
bem integrados, auxiliam para uma melhor organização do projeto e na identificação de potenciais
riscos que possam vir a ocorrer durante a execução.

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