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urbana que relacionam o meio natural o antrépico como conseqincia dos aspectos sociais ¢ os impactos resultantes. Além disso, esta avaliagio ‘converge para a busca de mecanismos de sustenrabilidade ambiental urba- na, 0 que € usna tarefa complexa dentro da realidade brasileira sujeita a tanta desobedigncia ¢ improvisago instiuctonal. Os capleulos que seguem discutem individualmente os estudos de ‘casos de virios ambienses urbanos dent do Brasil, © que é uma experién- «Ga singular pelo efeito de demonstragio de singularidade de cada caso ¢ 0 cexemplo que pode oriencar diferentes outras cidades brasileras, Thés capieu- los tratam de regides metropolitanas brasileiras — Rio de Janciro, Floriandpalise Sao Paulo — que sivas principais teas de conilito ede pro blemas. O segurtde caphiulo ¢ 0 novo se integram porque satan ca mesma, cidade: 0 primeciro, destacando o clima urbano, ¢ 0 tilkimo, os problemas ambientais de uma cidade costeira, onde os aspectos continentais ¢costciros convergem, como no Capitule 4, que estudla a cidade de Hlocianépois Deve-se destacar do livro que, além da variedade de ambiente, em cada capitulo sio destacados aspectos espectfices ambientais urbanes, como 08 movimentos de massa em PetrGpolis — Capitule 5—, a evosso ‘urbana em Sorriso, no Maco Grosso — Capitilo 6— mudanga de paisa ito da ciate de ‘gem em Agailindia, no Maranhio — Cupitulo 7 —, eri Sa0 Paulo — Captuulo 8 —, clima do Rio de Janeiro Cupltulo 2, ocupagion de dia de risco em Floriandpolis — Capitula 4 — e mudansa de rede de drenagem em Teresépolis — Capito Este liv permice no sé uma amosiraabrangente dos conclicionan~ (cs urbanos do Brasil, como também a identificagto da relagao de impac- {os que se observa nesses ambientes dentro de varios contexts, Porto Alegre, 20 de abril de 2000 Prof, Dr. Carls Eduardo Morelli Tacch CAPITULO 1 IMPACTOS AMBIENTAIS EM AREAS URBANAS — ‘TEORIAS, CONCEITOS E METODOS DE PESQUISA. Maria Cilia Nunes Coelbo I. lnreopucso A complexidade dos processos de impacto ambiental urbano apre- senta um duplo desafio. De um lado, € preciso problematizar a realidade © construir um objeto de investigagao. De outro, € necessivio articular uma interpretagio coerente dos processos ecolégicos (biafisico-quimicos) ¢ sociais 4 degradagao do ambiente urbano. io da problematizagio e construgio de um todo através da mecamorfose da problemsti- is urbanos de uma questio nacural a tima quies- Propomos que o des objero de pesquisa seja ent ca dos impactos ambien ‘0 social e politica. O segundo desafio, de cariter teérico e mecodolégico, pode ser abontado a partir da combinagio da economia politica do meio ambiente com a ecologia politica urbana (Os gesigrafos, tanto fisicos quanco humanos, munea falaram anto das relagoes entre sociedade © natureza quanto nos dias atuais. Na pri porém, a geografia humana permanece alhcia 8 dinamica da nacurera, tan- to quanto a geografia Fisica A dinamica da sociedade, Os gedgrafos fsicos ‘ou goomorfilogos se restringem a tentativas incipientes de inetuir 0 ser o 04 a populagio (quase nunca a sociedade} nas suas interpreta ies. Os gedgrafos humanos sc limitam 2 ver o ambiente como substrate fisica, que é passivamente transformado pela sociedade es alizala os osgealos De forma mais ou onenos ge fem demonstrar a importincia clas telagées socioespaciais e da eserunura dle classe no entendimento da problematica ambiental. Além dos aspectos © politicos, cabe aos gedgrafos, espeeificamente, analisar a estruta- nig analises tealizadas no cumpo dos impactos ambientas falham, portant, devido principalmente a falta de profundidade cedtica e ao seu reduzido © restruturagio socioespacial, proceso no qual as freas ce maior ris tal so destinadas ans segmentos snciais menos favorecidos. As poder explicativo, Nao apenas os ge6gralos fisicos, mas também os estu- diosos da problemstica ambiental, cm geral, e da questo ambiental urba~ rna, em particular, comumente desconsideram suas vinculagées com a esirucra de classes (Hogan, 1981). Um outso problema apresemtado pelas anslises sobre os impacios ambientais uebanos refere-se as escalasinerpretativas, seam elas espaciai ‘ou temporais, Urs processo erosive, por exemplo, esis associad a casas iniiltiplas, temporal c espacialmente diversificadas, ainda que incerligadas. © asoreamento dos rios é um outro exemplo de processas relacionados tanto a causaslocais coma a processox mais abrangentes espacialmente, da ‘mesma forma que com impactos diversificados aa longo do tempo. Isto ino quer dizer que determinados fendmenos nao passar estar associadas tunicamente (ou predominantemente) a faeores locais, como, por exemplo, 4 poluigio de um rio pela atividace industrial concencrada nium derermi- nado espago geogrifice senso comum tem consceuido alguns pressupostos gerais sobre © sc, por exemplo, que 0s seres buses, ao se tema aqui tratado, Acted concentrarem num determinado espago fisico, aceleran ‘0s processos de degradacio ambiental, Segundo esta lépiea, a degeadagio ambiental cresce na proporsao em que a concentragio ppulacional aumeota. Desca forma, cidades ¢ problem tuma relagio de causacefeito rigida, Ourra idea generalizada pelo senso comum &a de que os seres hhumanos s20, por natureza, depredadores e ace- leradores dos processos erosivos. As vitimas dos impactos ambientais sio, assim, responsabilizadas ¢ transformadas em culpados. A incorporagie da estructura de classes & andlise possibilirara perceber quem se apropria des beneficios das atividades econdmi a saciedade. Ou, ainda, os impactos ambientais decortentes de tas ativi- ambientais reriam encre s -as cujos custos sio dividides com toda 1s favorecids di popalagio, dades sio mais pereehidos pelas sexares qui, confinaclos 38 dncas mais suscetiveis 8s tzansformagoes prdprias dos processos ecol6gicos, poréinn accleradas pelas agives humanas, no podem tenfrentar os custas da moradia em reas ambientalmente mais seguas ou heneficiadas por obras mitigadoras de impactos ambientas. ‘A complexidade das eondigées biofisico-quimicas, de um lado, ¢ a ‘complexidade do espago urbano associada a estructura de classes socials, le ‘outro, colocam limitagdes tanco & evolugao deterministica quanto & Fé cexcessiva na capacidade auto-organizativa dos sistemas eeoldicos (bio- fisico-quimicos) e sociais. Portanto, a claboragio do conceico de impacto tal requer mudangas na nogio de sistemsas dinamiicas, através da dos sistemas complexos, nao-linerares ¢ longe do equilirio, ‘concep Os estudos urbanos de impacto ambiental relacionam-se a um conhecimento insuficiente dos processos ambientais, pautado numa nogio defasada de equilfbrio e na auséncia de uma teoria dos processos ambientais integradora das dimensées fisicas, politico-sociais, socioculturais espa- ciais, Por outro lado, de, osimpactos ambi sido a urbanizagio ama transforiasio da socieda- \ais promovicos pelasagfomeragies urbanas si0, a0 mesmo tempo, produto ¢ provesso de transformagies dindmicas ¢ seeipro- cas da natureza e da sociedad estraturada em classes sociais Este capitulo rem como abjetivos prineipais: (a) apresentar a visio dda economia polities ou ccologia politica do meio ambiente, examinando (0) refle- tir sobre as orientagies tesrico-metodaligicas da desenvolvimento da ‘0 coneeitos ce espaga, ambiente urbano e impactos ambien investigagio sobre impactos ambientais em freas urbanas: ¢ (Q) examinar como a descoberta e a exploragio-investigadora da complexidade © das diversidades dos ambientes wrbanos podem contribuir para encontrar solugdes criadoris que funclamenearao uma gestio ambiental compartilha- dave intogeada das seas ushanas 2. EconoMta Poustica bo AMBIENTE EcoLoGta Posrrica URbana O campo ce6tico de nossa reflexio & a economia politica ou ecologiz politica (com base nas idias de Marx e Engels), que tem como pressupos- to twsrico a indissocishilidade entre naturena e sociedad e como objeto de 1996). Responde num modelo coer sim, an desafio, teirico € metodoligicn, de articular nte ds andlises «las processos nar Imicos, politicos e culturais). A cconomia politica do meio ambiente, que se afirma como um seg ‘mento da economia pol ais e socials (ect formagao social especifica (isto &, a evolugio hist6rica, diferencial ¢ espa cializada de cada sociedade) c explica o processo de descivolvimento em terms de beneficios ¢ custos que eles acarretam para as diferentes classes sociais, Reconhece, portanto, a especificidade das formagdes soctais, bus- cando explicar suas variagbes estruturais (Redefife, 1984). A economia politica out ecologia politica pode ser compreendida como sendo uma inter-relagio diskética entre a sociedade (relagbes socials de produgao) c os ciclos ecol6gicos, apreendidos a partie da no} siscema, Fste pode ser visto como uma unidade formada pela unio de usm biétopo, ou seja, de uma base geofisica, e de uma biocenose, que é 0 con junto das incerages entre as vidas a 1997). A ecologia politica urbana, um outro segmento da ccologia politi «a, aborda as relagdes entre uso do solo, padi de distribuiggo espacial da propriedade do solo, impacto ambiental e o esforco politice-finanecieo de reordenagao e conservasio do solo urbano. Embora se possafilarda ecologia politica das mudangas climaticas, da seca out das enchentes, prvilegiamos a abordagem da ccologia politica da erosio do solo, Para Grossman (1997), picocupada com a conservagao do solo em eas de pequenos produtores raras, a ecologia politica da erosio do solo centra sua atengo nas relagées entre ambiente, padrio de uso dos recir- de eens aise as vidas vegetais (Morin, 808 € 8 forgas politice-econdmicas, Aplicada no uso urbano, 2 ecologia pol tica da crosto do solo se ocups essencialmente do espace fisieo, das eondi- s6es ecolégicas, padrao de uso do solo urbano, cas forgas politica-ecand- micas edos custos acarreiados para os diferentes grupos ou categorias socials, Seja a ecologia pe gera, seja particularizada em ecologia polit tica aplicads aos estudos do meio ambiente em 2 da erosio do solo em areas urbanas, os concertos de espago, ambiente ¢ impacto ambiental sio essen ciais, “Por espago vamos encender 0 meio, o lugar macerial da possbili de de eventos, 0 meio onde a vida € tornada possivel.” (Santos, 1994.) O ‘espago, como uma dimensio das relagGes entre sociedade e natureza, isto (Saneos, 1979 ¢ 1994; ¢ Gorediener, 1993), 6 socialmente construido. A concepgin de espago 80 resumida por Souza (1997): ,1ma dimensio da reprodusio so “0 cespago social & primeiramente ou em sua dimensie material € objeciva, um produto de transformagae de natureza (do espago na- tural: solo, rios ete.) pelo trabalho social. Palco das relagoes sociais, © espago é, portanto, um palco verdadciramente construido, mode- lado, embora em grauss muito variados de intervengao € alreragio pelo homem, das minimas modificag6es induzidas por uma socieda- de de cagadores e colerores {impactas ambientais fracos} aé um. ambiente construfdo ¢ altamente artificial como uma grande metrs- pole contemporinea (fordssimo impacco sobre o ambience nacural), passanclo pelas pastagens ¢ pelos campos de cultivo, pelos pequenos joé um espago abstrato ou puramente metals- ascentamentos ete rico (acepgao usual no dominio do senso comum cem certos discur sos sociolégicos, « comegar por Duckhe 0, um espago geogtifico criado nos marcos de uma decerminada ide.” ), mas um espago concre- Similarmence, o ambience ow meio ambiente & social ¢ bistorica- mente construide, Sua consteugao se fz no processo da interagio conti- nna entre ana sociedadle em movimento ¢ um espace Fisico particular que «se modifica permanentemente. © ambiente é pastivo ¢ ativo, E, a0 mes- ‘mo tempo, suporte geofisico, condicionado e condicionante de movimen- 1, wansformador da vida social, Ao ser modificado, torna-se condicéo para novas muchangas, modificando, assim, a sociedade. Para a ecole; social, a sociedadle wansforma o ecossistema natura, criando com a sis zago urbana um meio ambiente urbano, ou seja, um novo meio, um novo ecossistema, ou melhor, um ecossistema urbano {uma totalidade de relagdes ¢ de interagées no scio de uma unidade t30 localizével como ue nicho: 0 aglomerado urbano) no ecossistema natural (Morin, 1998). Sancos (1994) refere-se 2 cidade como “um meio ambiente construido, que & retrato da diversidade das classes, das diferengas de renda e dos; modelos culturais’, Na interagdo entre sociedade © nacurera, como enter der impacto ambiental? a ias (1997) relembra que usualmente eventos nacurais, como co wes e relimpagos, secas ¢ inundagoes, dovngas ¢ eclipses lunaies e wos de ages selvagens, incengdes e planos dos seres vivos, Mesmo nos dias nos humanc- $ comum expla es plesmence em termes de agBes humanas selvagens, intengies © plano. ‘lodavia, para este aio, ai sequagio da explieagio voluntarista clus relagdes sociais, em concraste, & baseada no fato de que estiucuras € processos emergem fora da interferéncia dos atos intencionados ¢ planos le muitas pessoas, e que nenhuma das pessoas envolvidas neles os deseja- ram ou planejaram, Examinar ¢ explicar tais estutueas ¢ processos de interferéncia é uma das tarefas cenerais das ciénc te da sociologia. Para Elias (1997), a teoria dos processos soci dora diagnosticar © a explicar as mudangas sociais de longo prazo ¢ de descayolvimenco no p sociais, particularmen- eve ten lo. E nesw contexeo de uma nova teoria dos pprocessos sociaiy que posicionatemos nossa compreensio de impacto ambiental como processo, ‘Tomando emprestacas os argumentos de Elias, into podemos explicar os impactos ambientais (murdangas saciais e ecol gicts) nem voluntaristicamente, através de atos, nem seguindo simples- mente © arcabougo das ciéncias naturais, isto é, simplesimence através de InenstragGes ou relagdes meciinieas de causa e elefto, mas segundo un urcabougo de mudangas sociais escrucuradas de longo prazo Na reotia da evolugéo social ba a tendéncia em considerar as trans- fonmacdes um fendmeno continuo. A evolugio éum produto de miltiplas mudangas (Morin, 1998), As mudangas sociais ¢ ecokigicas sto marcadas por rupruras num continuo, provocando uma desestruturagio € unta rees- ‘wuturagio que devers ser aferada por nova mudanga. Somenie através de pesquisa de acompanhamenco sistematico voltada para 2 compreensio clas ‘etruttias eos processos no planejadas e de longa draco que podem set explicados os impactos. Para Blins (1997), somente com sais extudos & possivel decidir se os planas de curta prazo com vistas a remediae os pro- Lnlemas sociais no iro frzer mais mal que bem no loage prazo, tal & porta laigicas causado por pertarbagdes (uma nova ocupagio efou canstrugio de Impacto ambi Ke 0 processo de mucangas soci e eco- nv objeto novo: uma usina, ums estrada ou nna inser) no ambiente. Diz respeito ainda) evolugao conjunta das condigées sociais ¢ ceoldgices estimutada jeles impulo cas relagdes entre Forgas externas eintermas &uni- Ft dade espacial e ecaldgica, histériea on socialmente deverminada, B a relagion cencre soviedade e natuneza que se tnstorma diferencial e dinamnicamente is sio excttos no compo e incidem if acialmente, ‘Os impacios ambien alterando as estruturas das classes sociaise reestruturando 0 espace, Impacto ambiental ¢ indivistvel. No escigio de avanigo cht ocupagio do mundo, torna-se cada yer mais dificil separat impacto iofisico de impacto social. Na produgio dos impactos ambientsis, as condighes eco Aeigicas alteram as condigies culturais, sociais ¢ histéricas, e sie por teansformadas, Como uum processo em movimento permanent 0 impac- to ambiental é, a0 mesmo tempo, produto ¢ produror de novos impactos. ance do proceso no momento novas condiges no permane- Como prodiro, atua como nove cond seguinee, E importante considerar qu com idénticas aquelas do inicio do process. © impacto ambiental né0 é, obviamente, 36 resultado (de ume 10 (de mud ida sobre © ambiente): € rel de sociais © ecoldgicas inada agao reali movimento). Se impacto ambiental é portant, acto ambiental ou ao rearati-lo en suas pesquisas o ciemtista esté analisando um estigie do movimento que continua. Sua pesqttisa tem, acima de tudo, a importancia de um registro histrico, essencial ae conhecimento do conjumto de un processo, que ‘movintento 0 tempo todo, 20 ixar 7a, mas se redireciona, com as ages mitigidoras. Na economia politica ou ecologia politica do meio ambiente & esta belecido um dislogo encte a economin politica ¢a ecologia. Neske didlogo, info $6 os aspectos ecoldgices, mas também os aspectos espaciais, saciais, poltticos ¢ culeurais do meio ambiente sio considerados. A economia polt- tica on ecologia politica, além da distribuigao geogrifica, das propriedades bioligicas efisico-quimicas dos clementos que compoem @ quadto ecold- ico, considera a estrutura de propricdade da terra (rural e urbana) na explicagio das formas como cada classe at grupo social sofie ov enfrenta €s impacts ambientais. A ecologia politica aplicada ao espago urbano i, cuja nfase dorninance recai sobre aio fi incorpora cambém a eeologia hum a cstruturagio social do espace urbano. A economia politica ou evolo Jnabricagoes encte 0s processos ecol6gicas ou biofsica-quuimicas, poliico- olicica do meio ambiente escuda as ceondmico-espaciais ¢ socioculturais, trabalhadas ou retrabnlhadas teo¥ camente por difeecates autores (Reddlifi, 1984 e 1987: Briiseke, 1996; Harvey, 1996; ¢ Coelho, 1999). ou ecologia politica do meio ambiente examina as wlagées dinamicas 221 € sociedade e as estruturas socioespaciais temporalmente das, A localizagio geografica, a distancia © os processes fisico-quimicos possuem influgncias ditetas sobre as formas de ocupagio e de organizagio do espace sobre © qual os grupos se confrontam. O processo politico- econémico, com base na racionalidade determinada pela acumuhgio de apical, dispae sobre 2 produgio do espago, a valoragio da terra urbana ea apropriagao de excedentes econdmicos. © contetide politico no contexte deste processo diz respeito sobretudo, mas nio 86, ao papel e 3s estratégias lo Estado como sustenciculo da ordem, regulador e implementador de pol ranjos dos poderes de dificil incegea- ‘iv, identificados nas escalas internacional, nacional e regional#local. O proceso sociocultural, por sua ver, esté associado com o sistema de valo- res sociais, politicos e culturais (Sachs, 1993), s piblicas, e aos arranjos e Relagoes Dinamicas entee os Processos Sociais e Ecoligicos —— Processos sociocnursie Procesos lon \ (sion quitsions 10s, politico-econd- spacial que expressa, a maneira como as classes sociais © a economia se cstruturam e desestruturam no espaco em face de uma intervengio exter nna, Toda estrututa socioespacial é temporal no sentido que a rupruta em A intercessia encre os processos fisico-quim micos e socioculturais dorigen& esteucara so cada uin clos processos pode dar arigem a uma nova estrutura que se tord relativamente estével até que uma outra euptura a destrua, Rupeuras de causas diversas desencadeiam, porranto, processes de mudangas ecols- mpactos ambientais de natureza estru- tural, produtores de novas mudangas que afetam de forma diferenciada © nfo planejada as estrunuras de lasses soci 3. O Espace Uraano ba Disreisitcao Es aciat, DOS [a8PACTOS AMBIENTAIS (Os teéricos do espago urbano (Santos, 1979 € 1996; ¢ Gouedienen 1993) apreendem seu objeto de estudo como um espago de formas ¢ con- tetidos particulates, inseride no espago getal, produto ¢ produtor de rela- ses espevificas que se expressam em fluxos ¢ fungoes proprias, alteradas ¢ dinamizadas pelas wécnicas, A realidade de um espaco urbano & represen rativa de um estigio histérico dos movimentos de mudangas sociais € eco lagieas (particulares e gerais) combinadas, que modificam permanente- -mente o espago em questo, A urbanizagio © a emergéneia dos proble obrigam os estudiosos €o: variados da localizagio, dlistincia, topografia, caracteristicas geal morfoldgicas, distibuigio da terra, crescimento populacional, escrarura~ ‘¢i0 social do espago urbano ¢ processo de seletividade suburbana ou segre- gagio espacial. Os problemas ambientais (eeoldgicos e sociais) nfo atingem igual- mente todo 0 espago urbane, Atingem muito mais os espages fisicos de ‘ocupagio das classes sociais menos favorecias do que os das classes mais ‘leva. A distribuigio espacial das primeisas est associada a desvaloriza- ‘Gio de espago, quer pela proximidade dos Icitos de inundacae dos rios, das indistrias, de usinas termonucleares, quer pela insalubridade, tanto pelos ambientais urbanos mpactos lita a il is} como desmoranamento ¢ erosa0, quanto pelos Fiscos das pro- ts de caristofes natura, como terremiotas e vuleanismios A suscetibilidade dos solos & sociais cle propriedades © com o acesso das diferentes classes sociis is tee= nicas de conservacio do solo. Enquanto a classe alta dispie de grandes 28 que Ihe permicens x oso cortelaciona-se com as telages nter a vegetagao € preservar o solo, a classe pobre se aglomera ¢, ao aumentara densidade popubacional, altera a capa- fe de suporte do solo, As cidades historicamente localizarany as margeny de ti0s. A in déncia das inundagdes motivou as classes médias ¢ altas a se afastar das seas urbanas delimnitadas como dreas de elevado isco. As inut Finuam e visimam as classes pobres, Pugindo das dscas inundveis ¢insalu= bres, as classes mais fayorecidas, que buscam as dreas de topografia cleva- dla $6 eventaalmente estao sujeitas a desmoronamentos. A solugéo do pro- Inlema da minora rica se fae mais facilmente e, no raramente, com os investimentos pesados na reorientagio dos siscemas de drenagem, canstri- sao de muros de astimo ete., em detrimento do investimento no sanea- rncnto das teas ocupadas pela populagio pobre. Reforsiesc, portanto, 0 grupo dos Em sintese, problematizar € conscruir um objeto de investigagao ¢ romper com o pré-constru‘do (Bourieu, 1998), © que implica questionar 4 nogio comuin de impacto ambiental como um mero resultado de agies ceacernas ditigidas para um determinado sistema. Considerando que mio do generalizéveis, estudar impactos ambientais requet a andlise de cada caso particular, intetrogando-o sistematicamente. A anélise de impactos ambientais urbanos impée para cada caso a necessidade de inyestigar as localizagdes, as distincias, as condigies ecoléigicas, 0 acesso diferencial & 8 ages ¢ forimas de apropriagio social dos espasos da cidade, atenddos pelos benelicios dos investimentos wsbanos, 4, QUESTIONALSENTOS TRORICO-METODOLOGICOS AOS ESTUDOS DE HaPactOs AMBENTAIS © processo de investigagio cientifiea requer uma estrcita telagio centre a teotia € 05 métodos de investigagio. Os cuidados com os métodos Be dle investigagto e de interpretagio devem set grandes, bem como com as relagoes entre 0 tedirico & 0 objeto real, operacionalizadas ou to pelos itodos e téenicas de investigagao. Problematizar © que patece evidente ou natural implica refletit eri camente sobre conceites, teorias, métodos e téenicas de abordagen. Os conceitos sao significados ¢ esto sempre em movimento, Na anilise de impactos ambientais, além do proprio conceito de impacto, equilibri, so coneeitos-chave que precisam ser pertmar machinga e anco-organizag nnentemente questionades, Mais uma vee enfatizamos que 0 impacto nao Ealgo dado, evidente. Os impactes ambientais sio mudangas de telagbes cecoldgicas sociais que precisam ser interrogadas incessantemente, Com 0 fim de captar oando-evidemte, é preciso indagar das mudangas ¢ da cap dade auto-orgaizativa dos sistemas urhanos abertas, tema a ser abordado nos prdximos itens, Critica-se a abordagem naturalist da teotia ¢ do mécod. A visto de “reoria-espelho da narurezs" opde-sea visio das teorias como construssies da mente humana, portamto faliveis ¢ questionaveis, isto & refciveis cempfrica ¢ logicamente, A finalidade do método & ajudar a pensat por mesmo para responder ao desalio da complexidade dos problemas (Mo: 1996), Os métodos sao camiinhos que detém um conjunco de possibil des ¢ ouio conjunto de Timites. Assim, em ver de aplici-los automatic micnte, cls prdpprios devem ser interrogadlos, ¢ os tesultados, rektivizados. cntos empiricistas ou auxilianes de verificagion das hipéreses de anise. F necessirio vencer a passividade erspirista e a rigider cas téenicas. A auséncia de critica dos instrumentos pode dificultar 4 percepetio de quante eles sio dinamicos. Colocar em questao as opera ionalizagGes da pesquisa e apreseatar onde resider seus limites & 0 mes- As téenicas s30 instru squemas de anise, mo que eviear 0 mero endosso aos A abordagem analitica dos impactos ambientais urbanos com coloca- do gedgrafos, goomorfiloges, arquitesos, pedloges, para citar alguns esi diosos da questo, diante de desafios tedrico-merodal6gicos c priticas. Com base na analise de impactos ambientais, questionam-se, de um lado, © exame dos provessos ambientais baseado em atriburos Asicos (localiaa- so, topogtafa, esuatigrafia, solo, cobertura vegetal, clima ete) e popula cionais (manho ¢ densidade populacional), de uma Iogica prefixada modelatmente, ¢, de oumo, a pertingncia das pricicas ou procedimentes de aproximagio da verdade dos processos sociis, andados na perspectiva «la complesidade ¢ diversidadle social ¢ wilizados cada vex. mais por cien- listas com ou sem ovientacio marxista, Amu lade ¢ a diversidade sio imposigées teérico- metodolbgicas 20 processo de trabalho das questées ambientais. Tal impo- siglo esta presente na trajetdria das problematizagécs, de formulagio de hipsteses, isto é na enun ambientais, a screm confiontacas com 2 realidade observivel. A multidi- mensionalidade e & diversidade associa-se “uma postuta relacional, rlativa ce maltipla” (dos Santos, 1995). so das respostas proviveis is questes 4.1. Repiscirrivpo Esraco, Teaivo & CAUSALIDADE s estudiosos ce impactos ambientais tornaram-se, na maioria das vexes, herdeitos dos métoclos dos cientistas naturalists. Muitos concimam nfo pensando selacionalmente, dominados pela relagio linear de causa & feito, A légica da causalidade 114, porém, diferentes tipos de determinismo, Um € 0 determinismo dos principios de eonhecimento, proprio de un paradigm imperitivo, cares ofaewtontiano, queainda nao cessou de ser utilizado. O oucro &¢ determi- nismo do lugar das condighes geogrsficas, sociais, hist6ricis, econdmicas ¢ culturais que impedem a andtise de tudo que é variate, aleatsrio. De modo getal, 0s estudiosos de impactos ambicntais estZo mais preocupados com a identificagio dos efeicos imediatos locais do que com © estudo ea interpcetasio dos processos,tarefas que apresentam dificulda~ des inc nas specifics nem sempre se considers impacto como parte de um pro blema ambiental dos espagos mais amplos. A mensuragio de u se far, de modo gerel, na microescala, Fundamentados em medigGes empt- ricas, estudos realizados em srvas geograficas especfficas podem fornecer taxas de ctosio ou indices de poluigio que, néo raramente, tefletem uma visio limitada efraymentada dos processos nelasacuantes, Compreender a singularidade dos processos locais requer interpretagio articulada dos micro © mactoprocessos de mudangas. © método requerido & um que per zmita it do local a0 global do qual faz parte ¢ vice-versa. idirecional os conduz ao determinismo. weas, Na comprsensio dos impaeios ambientais em éreas urba- A articulagto de tempos presentes, tempo dos ciclos ecoldgicas e tempos geolbgicos € outro grande desafio, O fendmeno estudado deve ser considerado como parte de uma construgio permanente que considera a hintbria geoldgica e a histiria dos ecossistemas contemporineos, O mé:o~ do que possibilite interrogar os tempos da sociedade ¢ os tempos das mudangas narurais ¢ de grande utilidade. A imbricagio de espasos ¢ de tempos diferentes leva ao exerefcio da reintespretacao relacional das reali- sdades complexas da produgio do espago, processo no qual as técnicas ass is importantes e constantemente renovades. mem pap 4.2. A InfroRTANCIA ATRIBUIDA A SOCIEDADE NOS ESPUDOS bE IMPACTO AMBIENTAL A busca da cientificidade levou os cientstas natusais 4 procura de lis ipetais. Assim como as leis enunciadas por Newson, alguns cientistas| is (entze eles, geomorfélogos e geslogos, para citar alguns} co faver pesquisas Fundadas na medlida, na precisio, na exacidio, na predigo. Ponéin, as leis gerais da sociedad nao comportars nenhuma certeza, exa- tidio ou predigao. A descoberta da complexidade eoloca em cheque a abordagem dleterminista, compartimentada ¢ reducionista. O caminho tas possibilidades deixa assim de ser evitado sem que seja preciso abrit Asociedade € um sistema complexo que no se pode reduzir & popu- lagio, sta & soma dos individios que a constituem. A nogto de socieda- ale incorpora contradigées que influenciam e cedirecionam as incer-rela~ ‘goes dos seus constituintes, que sio, por natureza, ancagénieas e contlici- vas, Enquanto para o cientista nazural 0 conceito ele sociedade & uma abs- tragio a ser desconsideraca, para os cientistas sociais a incosporagio da suciedade eas teorias de processo social na producio de conhecimento sobre impacto ambiental sio essencis. A auséncia de teorias dos processas sociais implica a superticialidade la compreensio do social e de suas inter-relagies com © meio biofisic. Duas relutincias precisam ser vencidas: (1) dos cientistas fsicos em enten- dr 0s principios de estruturagio da sociedade: ¢ (2) dos cientistas sociais de familiasizarem-se com os principios basicos da fisica, da mecinica e cha quioriea, ¢ com os processos que incluem a,interagio encre carueteristicas fisicas © mosfoldgicas, isto é, as inceragoes enue materiais do solo, gia, vegetacio, gravidade, transporte, redeposigio de maceriais e movimentos ide mass 4.3. ViSO DOS SIS TEMAS COMPLEXOS, NAO-LINEARES # LoncE Do FQunssnro Una das razies do pouco avanga nos estudes de impaccos ambientais sti na diffculdade de incorporar As andises as nagées de rupee bilidade, imprevisibilidade das modangas ¢ de auto-regulasio dos sistemas abertos resultantes das relays ¢ inceragio entre sociedade e natureza Misia, particularmente segunda lei da termodinamica, peta qual uma parcela da energia ttl, ao ser transformada, é imeversivelmente dissipada (entropia). Com a clevacao da entropia, o sistema acinge um alto peau de perturbagéo ‘que queora o estado de estabidade anterior ¢ conduso sistenia ao ponte reversi A nogiio de ineversibilidace ds sistemas abertos report toma insttvel lidade que é no pago-temporil, até que uma novs raptuta (quebra dc simetria} ocorma, Lim outtas palaveas, o de 2 uma degradagio cnergéviealongani pode ser revelido nos ‘oxganizagio que se procluzem longe do equilibrio (Prigogin 1992), Prigogine ¢ Stengers (1992), um fisico e uma fildsofa, na introdugio do livro Butte 0 Tempo e a Eternidade, assim escrevem sobre a ob ante= tion, a Nona Afianea, em que eles descreviam 9 papel que as estruraras dis- sipativas podem desempenhar na compreensio da vidas de bifitrcagio, Neste ponto, 0 comportamento do sistema. © pode evoluir na diregio de um estado de relativa estab entanco, dindimico & mento da entropia cortespon- onal. Um papel construtive admcnos itreversiveis € nos Fenbmenos de auito- Stengers, "La noswelte alliance, da mesta forma, levava o debate ao coragiio da dindmica clissica, Mostravamos como a “tenovagio” da dinimica, ligada a descaberta los sistemas dindmicos instiveis, recolocava em questio 0 ideal determinista que norteara a dinémica desde a oti- gem, Mostrivames que esses sistemas instaveis levavamt a uma nova smo para as probabi- Na época, estas ‘+ descrigto que mareava.a passage do deteu lidacles, da reversibilidade para a itvevetsbilida conclusées podiam parecer revolucionsrias para alguns. Hoje, clas so acceas, no pela maioria, pelo menos por um méimera cada vez nutior de fisieos.” do equilt- reccivas dos sistemas complexos nao lineares longs iscussdes dle tempo podem fazer evoluir a investigagao sobre os processos sambientais ¢, conseqiiencemente, a compreensio dos impactos Argumentamos que a abordagem dos sistemas dinsamicos nao- oferece uma nova possibilidade de interpreta- enpactos ambientais quando acreseida da nogio de les que As brio eas sumbier li sl otis coerente dos snyio-organizagio, Nao hi cquilibri, hi estado de relativa estabil c ulacivarente estabilizada, s, longe do equ é temporal e onde a energia erosiva perma 4.4, A IDB1A DE AUTO-ECOORCANIZACAO ‘Considerando a segunda fei da termodinamica (a lei da enttopia), tudo sistema fechado esti condenado 3 desintegeagio, & dispersio, Porém, tony sistema aberto ¢ cxpaz de renovar cnergia, sendo capaz de se auto-ot- ganivas, de se autodefender, © ecossistema & unt sistema auca-organizado nto fechado, “O ceossistema é um fendmeno organizaclor, nao somente rho sentido material, mas também em cermos de proceso: € us dle compuragio, mukiforme e global.” (Morin, 1997,} Para Mor saniento evolégico é uma forma de pensamente gue ceflete 2 kégica da tea Tidade nacural ¢ a complexidade da organizagio viva (Morin, 1997}. A complexidade organizacional dos ecossistemas consiste em sua eapacidade rolativa de se aute-organizar ou de cosrigir cercas efeitos destruidores pro- vyocados pelo progresso técnico, Morin {1998) justfiea assim suas idgias de auto-ecoorganizasio: “ua nogio de sistema auto-ecoorganizador nao & apenas uma no~ «20 empitica que s6 permita completar um saber insuficiente. F uma nogio paradigecica de importincia capital que acenttu¢ liga indi sociavelmente caracteres socizis-chave que, em geral, a teoria socio- ee ligiea esquece: © problema ds organizadora (auto-ongae rizasio), 0 problema da relagio com oambiente (relayio cealdgica), ‘6 problema permanente da desorganizagao interva (aumento da entropia} © 0 problema da reorganizacio interna (principio auto- regeneratvo).” A.nogio de auro-organizagio pode ser uma nogio-chave no estudo das questécs ambientais, Apos uma ruptura de um determinado estado de telativa estabilidade, 0 sistema porter se auco-organizas, ou soja, buscar sua autoproducio, auto-reprodugio, auco-recuperagio ot) auto- multiplicagao, “desde que a taxa de reprodugio seja superior 4 taxa de degradagio” (Morin, 1998). 5. O PRonitsta Dé PESQUISAR OS In4PACTOS AMBIENTAIS NA CIDADE: ADORDAGENS THORICO-MEFODOLOGICAS # PRATICAS DE PSQUISA A crescents desmanda para pesquisar impactos ambientais urbanos 1 associada ao fato de que a sociedade ¢ os governantes s6 hi pouco tem problematizadlo o ambiente das cidades. Mas © que € urna cidade? A cida de (poli) cradicionalmente vista como aglomeragio urbana ow am espa- go de assentamento urbano, de obras, de estruturagio e fungdes especii- «as. A cidade é mais do que aglomeragio urbana, ela é centro da vida social «¢ politica (centro de decisies). A cidade tem ainda o sentido politico adminiserati mbora seja eomposta de dife- rentes reas ou ambientes construidos (veas residenciais, teas industriais «1c, diferentes classes sociais, a cidade & coraidace (Santos, 1994), es partes disper de movimento combinadlo. A cidade €ainda, para a ecolo- gia humana, um sistema aberto ¢ complero em que orden ¢ desotdem (a lesintegragio enndpica do sistema) acham-se dialeticamente relacionada “As cidades sto sistemas abertos e complexos, ricos de instablidade e con tingéncia.” (Machado, 1993.) Quais sio os problemas ¢ desaflos decortences de uma investigagao ‘conduzida num espago urbano determinad, a cidade? Como ttansformar © fato ecalégico urbano em ferémeno social? Para isto ocorrer & preciso como sede de municipio, indagar, ao mesma tempo, sobre os problemas selativos tanto aos concei- SING Pe eo aos Canceitos ustinis tos € As teorias sobre a cidade impacto ambiental urbano, Certamence, os estudos convencinnais de impactos ambicntais usbanos limicaram-se a associa creseimenro «abane com as caracreristieas eeol fo da cidaale moderna s formas de produsao, fungdes, estruturas, dinmieas infra-estruiaras e significados arquitetOnicos). Certamente, 0s padres socinespaciais ¢ os impaetoy ambiencais sio também explicados pelas for- «cae que emanam da oxganizagio social, que ¢ hierdequica por definig. Dest forma, nao basta estar fitores, tas como: localizayao, cis cincias, muddangas nas condigées ecolbgicas de Forms associ vistieas demiogrificas do ambiente consruida que é cidade, para earen- dlor impaccos ambiensais. A compreensio de impactos ambiencais, come provesso, depende, sobremdo, de se compreender a hisi6ria (no-linear) dle sua produgio, 0 modelo de desenvolvimento urbano eos padroes inter nos de diferenciagio soc 0 estado exaustive ¢ fragmentado do meio biofisico naturel (cima, jcay € reaunciam & compreens (eas mudangas fas caracte- relevo ¢ vegetacio}, de um lado, € do meio artificial (caracteres a poprslae i econdigoes de habitagio, numa classificagso incelectualmente passiva que separa impactos Fsicos Resua rambém numa distorcida, premavura € no agin de impactos em pasitivos ¢ negatives sera avaliar jos téenicos), de outro, acaba por resultar lus impactos soc relacivizada lassi ‘que © que € positivo para uma classe social pode no ser para outta ou 0 {que ¢ positive num momento de processo pode nip ser em outros. [No exame clos impactos ambiensais na cidade, a smultidimensio dlade nao pode ser negligenciada. Hilo que se questionar os pesos difere ciados da: localizagio, opgio urbanistica, topografia, rede de drenagem, compasigio geokigica do terreno, uso do solo e tragado das ruas. & dispo- sigio das ruas, por exemplo, que, 20 se entreeruzarem, formam Angulos cts, tende a aumentaro vole velocieades — depenclendo da incl nagio do terreno — e 2 verticalizar os caminhos das éguas, facilitando a «rosio (vogorocas) em dteas de relevo © composigao de terreno vulneriveis ¢ desprovidas de infia-estrucura basica (Guetta ef al, 1998), Outros impaccos ambieniais relacionam-se a: (2) politicas publics cristalizadoras die desigualdaces snciaiss(b)realidade socal em suas diversas dimensdess & {0} Forgas sociais (locas ¢ globais) que influenciam a (redesteuturagio - lee socioespacial, interna & cidade e ester ‘mais amplo, EE preciso compreender que as cidades sio influenciadas por uma di- nnimica global que ulerapassa suas fronteiras. Estas sio importantes compo- nentes na compreensio dos processos de longo aleance que influenciam os rangendo um espago regional processos locas de mudangas sociais e ecoldgieas. Assim, as medidas de mi- nimizagio de impactos ambyentais tém que sez pensadas em uma escala de ado bem mais ampla, que abarca, de forma incegrada, a cidadle e seu espa 40 circundante imediato (0 rural) c, até mesmo, espagos mais distantes, As «enicas de investigasio divulgadas pelos manuais dle anilise de impactos ambientais (check fire outeas) pre dluzem, no miiximo, uma cacalogagiio de impaccos ambientais que, aplica- 44a cidade, nada revela da sociedad, dos processos das mudangas Fsicas eesociais eda multidimensionalidade dos efeitos/condicionadores de novas mudangas. . © desalio consisce em conceber uma investigagio de impactos que ‘nio renuncie & critica dos conceitos, métodos e técnieas © que “niio cesse dle ser investigadora” (Morin, 1998). Bere as orintagoes tedirivo-metodo- logicas da investigagao chamamos a atengio pata importincia da perio- dizagio e da espacializagao no provesso de andlise, da dialética entre sim- plificar ¢ complexar ede utilidade da aplicagao do método comparativo nos estudes propostos, nu ser tecriadas, if que prov 5.1. PERODIZAGAO B ESPACIALIZACAO Poriodizar a hist6ria da cidade implica examinar continuidades descontinuidades/rypturas ao Longo do processo de mdangas, bem como os estados de telatvaestabilidade que caracterizam cada um dos momen (os identificados. Espacializar nfo significa apenas posicionar no espaco ‘ou mapear op fendmenos que ocupam una extensie do espago, mas sobre= tudo discinguir diferenciagdes no procesta de teansformagio espacial. O mapeamento tende a retratar uma espacializacio, ou seja, un processo de formagio ¢ distibuigio expacial, temporal e sacialmente diferenciadlo dos impactas ambicntais. Cortéa (1997) ressalta bem esse aspecto em seu capi talo sobre meio ambiente ¢ mecr6pole: “A espacialidade diferencial implica que se considete 0 meio ambien- te, de um lado, como ceflexo sociale, ele outro, como condlicionante social, iso & rellete os processos eas caractersticas da sociedad que o ctiou e que al vive, como inmpacta sobre o seu futuro imediato. Por outto lado, a espacialidade esta sujeita a um dinamismo fornecido ppelo movimento da sociedad, mas ¢ parcialmente minimizaca pela forga de inércia dos objetos materiais socialmente produzidos: inicio ambiente 6 mutivel som que as formas espaciaisexistentes te- sham mudado substancialmente. E por tatar de uma espacialidade sisala no bojo de uma sociedade de classes, desigual, a espacialida- de implica desigualdades,refletindo ¢ condicionando a sociedade de lasses ¢ tendendlo A repredugio das desigualdades.” ais cereamente guardard estrei- ‘© mapeamento de impactos aml «a relagio com a espacializagio diferencial das classes sociais na cidade, peculiar a cada momento de sua histéria social pol Auxiliado por meios dle investigasio, como documentagio histérica, questionasios ¢ entrevistas, seri possvel inferir quais as estrutaras socio~ espaciais dominantes em cada periodo de analise. A represemtagio carto- gsifice da vulnerabilidade aos processas erosivos. ou poluidares, ou 0 zoneamento por graus de tiscos de erosi, ou de contaminagio por polui- gio do ar, ou da dgua supesposios & distribuigaa dos ususrias clasificados por rendas e condigées das habitagées facilitam a compreensio da geogra~ fia dos impactos ambientais, relacionadas & estruturagio social dos dife~ sentes ambientes urbanos. 5.2, Siuptirican © CoMpLexar A compreenssio dos impactos como proceso, come movimento, con- luz a uma eoneepsio complesada das relagdes entre sociedade e narureza A compreensio de impacto, porém, pode estar na telagio dialética estabe- Iecida pelos pesquisaclores enste simplificar ¢ complexar, Enquanto a sim= plificagio consists em selecionar 0 que ¢ supostamente mais significativo, cevitando 0 incerto ¢ o ambiguo, a complexagio procura levar em conta tuma multiplicidade de dads ede informages, reconhecendo 0 variado, 0 varivel, o ambiguo, o aleatério ¢ 6 incerto (Morin, 1996), Recorrer dialética ¢ complementarntemtc a amnbas estzatégias,simpl ficar ¢ complexat, pode sig ‘8 v as possibilidades de confirmayao das incerteras, do aleacério, Fexplorar a0 mésimo os limites das cert caractetiea ama permanente lata contra a ilusio, 0 erro e & imediatisme Alas explicagoes (Morin, 1996). O ai auumengi os questionamentos sobre os conhecimentos estivels ou ji esta- iidade de conhecimento singulatfconcin- logo entre simplificar ¢ complexar Diclecddos e fax erescer a pos igencial e imprevisto 5.3. O METODO COMPARATIVO.ESSENCIL A INTERPRETACKO O método comparative est vicentemente na baxe de praticamente todos os estudas € interpretagocs. A recuperags incluindo © registro das dreas aferadas por deslizamentos ou polaigio ne passado, por exemplo, com descrigo de distrmsigae da populagio ¢ da espacializago das classes sociais, é esseneial a aplicagio do método compa rativo. Comparam-se ambicntes (clasificados por tipos dle ocupagio) ou ‘reas urbanas, varidveis ecolégicas, indicadores sociais ¢ econdmicas, espa- Go e intensidade de ocorréncia dos problemas ambientas ¢ politicas gover- namencais e planejamento. As comparagdes tornam conhecidos os padroes que se relacionam 8 erastio ou A poluigio e indicam processos e estraruras © reurs0 a0 métode compara ivo apsia-se na perspectiva da dini- mica siscémica, Em gral, « comparagio toma como refersneia clara ow implicita esta ow aquela situagio que contibuird com a revelagio de laridades elou diferengas. © mécodo comparativo tormou-se central a0 registro e explicagio da evolugao dos processos ambientais ¢ disctibuigio dlos impactos na cidade, f impreseindivel & compreensio dla complexida- de, diversidade, singularidade e contingencialidade dos processos 6. PRODUCAO bE Comitécmten ro sonee SUSTEN TABI DADE Aasntiaerat D4 CIDADE F IMPLICACOES WA LEGITIMIDADE DAS Potirtcas Pontscas Os estudos findamentados na anilise dos processos socizise ecold- gicos, complexos ¢ din icos podem auniliar o planejamento usbano de longo prazo, A adlagio pelos patses da perspectiva co desenvolvimento sts tencivel tem influenciado a aplicagio da nogio de sustentabilidade (divul- sada pelo Relardrio Brundtland de 1987) As eidades, ou seja, formas pla nnejadas ce apropriagio e uso do meio ambiente, de acorda com critévios de crescimento populacional c erescimenco econdmice, que restringe pptessio sobre 0 mecio ambiente fisico € perseguem modelos de eficiém eaidacle na distribuigdo de recursos, entre outras coisas A sustentabilidade associa ses conclighes de reprodugio da legitimi- dade das politicas ¢ das condiges de conscrugio politica da base material das cidades. A cidade € uma produgao continua. "A base técrico-material dla cidade € vista entSo como socialmente construida, no interior dos limi- tes ce casticidades das eécnicas e das vortades politicas,” (Aeselrad, 1999.) ‘Ainda para Acseliad: “A Ieitura da cidade como um sistema termodinamico aberro identi- ficaré no urbano @ focurprivilegiado da produgao creseente de entro- pia, emblem da irreprodutibilidade ilimitada do processo de cresci- mento econdmico-macerial, A insustentabilidade urbana é, nesta petspectiva, uma expressio social da irreversibilidade termodinami- ca. Com base em uma leitura da cidade como lugar por cxceléncia da perda da capacidacte de transformagio de energia em trabalho, cabe- ria ao planejamento urbana minimizar degradacio energética € desacclerar a rajetwria da ineversibilidade. Quando 0 erescimento urbane nao € acompankade por aumento & dliseribuigao eqhitativa dos investimentos em infra-estrutura e democrati~ zasio do acesso aos servigos usbanos, as desigualdades socioespaciais 80 geradas ou acencuadas. Na nova elaboragio de politics pablicas descina- das a reorientar 0 desenvolvimento sustencivel da cidade nao se pode ignorar que existe “uma forma social dusivel de apropriagio ¢ uso do meio ambiente dada pela prépria natureza das formagses biofisicas’, ito é, que existe uma “diversidade dle formas sociais de duragio dos elementos da base material do descavolvimenso” (Acselad, 1999), Segundo Acselrad, “a crise de legivimidade das polisicas urbanas poders ser atribuida também & incapacidade de se fazer fremte aos riscos tecnoligicas e nacurais. Na perspectiva da eqtiidade, 0 risco. culturalmence consteuido apontan a desigualdade intertemporal no 1eess0 40s servigos urhanos com inde as populaées menos atendidas pelos beneficios dos investimentos priblicos ou afetada pela impericia teniea na desconsideragin de prevalé especiticidades do meio fisico das cidades, tais como declivi id Mes topogrilicos, sistemas naturais de drenagem, movimenta- ses idevidas de tera, renovagto de solo superficial, formagio de vogoreas, eros e assoreamenta”, A busca por padres insustentiveis de desenvolvimento urhano semi dhivida, uma lara politica pela reconstru out nove pro da cidade ou das espasos urbanos em geral que requer um conheci- mento da realicdade que viabitize a emergeéncia de solucdes alternacivas ¢ sustentiveis para os problemas gerados no processo dle madangas sociais € ccoligicas {impactos ambientais). 7. ABORDAGENS DE HanActOS AMBIBNTAIS P ESFORGOS DE MINIGACHO NaS CIDADES: Gestio Ammsrat. DO Espaco Uknanio Abordagens equivocadas, isto é nao embasadas em pressuposcos -mevodolégicos claramence definides, podem indurir a soluges doras de impactos ambientais erzadas ou inadequadas. Uma das preocupagies da economia politica ou ecologia politice do meio aubicn- ‘© tem sido como as decisdes politieas ¢ econdmico-financeitas sio toma- das de manciza a nio enfiemtar de modo duracouro os problemas de sus- cetibilidate do solo & crosio ea inviabiliear programas de conscevagio do solo, para citar alguns exemplos. As questGes ambientais nao sio somente técnicas, Similarmente a, € wenjea a decisio de priovizar a alocagio de recursos eseassos, Fargas sociais e poliicas em jogo contribuem para o atendimento a interesses dominantes numa estrutusa de classe Abordagens, propostas de solugdes e programas de agio para os problemas ambientais iio raramente expressam “um modelo de sociedade, de distei- buigio de poder na sociedade ¢ dos valores priotitarios da sociedade” (Hogan, 1981), fagdes provocadas pelas desigualdadles na distribuigio dos nbiencais nunca resolvilos eva moctiticas do espaco e dos recur- 1. O eonecito de gestio As sacs nncia dos problet recursos et pert rant a reivindicagio por estes m do poder de deci sos, ou seja, uma resisrib guards similaridades com as diversas formas de coop. D temente, com o conecito de aucogestio. No processo de gestio, decisies & ages sio estabelecidas a parcir de negociagies (interagoes) entre as partes (Machado, 1995). assim, no Ambito inicial da cidade, mas com tendéncia de expandir-se 3s dteasturas, as demandas por partcipagao nas decisoes ayes por parte dos atores sociais, novas © antagbnicos: govemnos (6refos federais, estaduais © municipais) c empresas imobilifrias, de um kado, ¢ 0s movimentos sociais, as organizactes nao-governamentais, de outta, Nao \¢lo &, conseqiien obstante a gestio efetivamemt reflta 0 tecido social (ocialmente desigual ce marcado por contradigées de codos os tipos), idealmente, a gestio dos wroblemas ambiemtais urbanos implica uma consirugio social em que 0 Cn sponsabilidades Estado-Governo compartlhe com a sociedad civil as das decisses e das execugies. _ AAs politicas pablicas, entre as quais a etradicagio da pobrera ou a protesao do ambiente, por exsmplo, sio eonsideradas como resulado de uma luta entre inceresses de classe, negociados pelo ¢ com o Estado (Redelit, 1984). A maior eqidade na alocagio de recursos w de investi- mentos depende, quase sempre, da ampliagio da represencatividade dos grupos sociais 8, Cone isons Podem ser conhecides os impactos ambientais sem que sejam conhe- cidos 0s processas que os geraram? Nao & sene como conscrugo em snovitmente que se pode canecher impacto ambiental que eznstorra, no seu préprio movimento, es constituimtes que o formam? As deficiencies verificadas no estudo de impacto ambiental esto, sein divida, associadas aos conceitos ¢ reorias que visam 2 sua compreensio como processes. uurcea e sociedade apresentam- tries, 0 caricer ambiental a teoria unificadora em que Busca-se se insepasiveis. Coerentemente com tal vis dle impacto deve ser compreendido no seu sentido mais 40 mesmo tempo e de forma inseparivel o fisic al politica ¢ cultural Partido recohecimento da multilimensionalidade des procesos de “pacco ambiencal implica accitagso da incediseplinaridade come priti- ade pesquisa, Na andlise de impactos ambientas ainda no x quebrou com a abontagem mecanicista, reducionista c deterministica. A multidimensio. tldade, bem como a complexidale,diversidadec muliplicidade, patccem acess em fue a sida teéric © empirica de muitos pesguisi- lo stio ambiental, A explicagio de impactos aumbientas, portanio, ‘nto se imica 2 wm niimero redusico de variveis, cle ids, infiormagbes ou teorias, Devem ser conecbidos no inapacto ambieneal vitios anode ox ‘ivelsy aos quais cormsponde cada tim dos dnngulos da andliseeferuada, Conforme foi ressaltado, os estudiosos de impactos ambientais, em gral, esto mais preocupados com a identificagao dos efeitos imediavos ¢ toctis do que com o estudo ea interpretagio des process. A base da pro- Dlemarizasao esti, entzetanto, na possbilidade de superar a visio estitico- convencional de impactos ambientaise na necessidade de avangar em dire. 10s eeorias das processos de mudangas que resultam da interagao dos processos biafisicos, poltica-econdmicos e sociocultuais,e as paddies de apropriacdo no interior de um mesmo espaga urbano, de cidade ¢ de uma mesina for asi coc men dew ss O processo de pesquisa ora defendide esté associado & economia politica do meio ambience, pautado nas idéias ce Marx e Engels, a eriti- Seen crn dios esquemas ligicos de andlise ambiental ¢ dos plo, que reine biolbgico, quimico, nbiencais. Para S 0 St, impée-se0 zompinmenta com a dle preservacio ambiental, Fundada no presto de que hi equ brio na navurera. A visio de equilibrio é, portanto, substi rnovoes de regulagses, homeostases ¢estados de relativa estabilidacle As anlises da estraturasio e desesteuturagio no espago, em face des smudarizas promovidas por fatores interns e extetnon, sia fundamentas 2 comprecnsio da disribuigao socioespacial dos eustos e henelicios, A is. suse sobre pert (migragses, movimentos de massa, polio, degrada. so do solo, ameaga termomuctea, peidas ou deseruigao de culturas, con. centage e desperdicios de recursos Financeites) & revladora de creck, ‘mento das desigualdades no interior de uma socieskade ce como as clas, Te ses se expacializam © softem os impactos ambieneais no espago interno € cexterno cidade, Na construgio de um mapa dinamico de exclusio social into podem ser ignoradas nem as condigiv's ecolégicas (locais & tegionais) cocial dinsimicas que influenciam na nem as condigées de sepeegg constrgio dos diversos ambientes urbanos, ‘A compreensto dos processos ambientais requer um esforge perma articulagio da micro, meso e macroescala de anise. Tal procedi~ actos mento facilitaria uma visio mais integrada dos processos de ambiencais, gevais, locais e singulares, Finalmente, através do aumento da possibilidade do conhecimento, que recusa os saberes biafisico ou social ‘stabelecidos, buseam-se as miltiplas causalidades, a diversidade € a con plexidade, e amplia-se a possibilidade de decisbes e de ages, isto & a pro- babilidade de conceber solugies alternativas mais eficazes. Privilegiar assim. © conhecimento como fante de saber incerto & conceber 0 espago ado nao revelado de que nos tucbano como parte de um mundo encai falam Prigogine ¢ Stenger (1991 ¢ 1992). 9, REPERENCIAS BIBLIOGRARICAS ACSELRAD, H. (1999). Discurso da Sustenzabifidade Urbana, fz RB, Hitudor Unbanar e Regionais, N°, maio, pp. 79-90 BOURDIEU, P, (1998), O PaderSimbitico. Rio de fancvo: Bertrand Brasil HRUNDTLAND, G, (1987). Noso futneo conn. Sio Paulo: Ed. Fundagie Geilo Vargss BRUSEKE, F, (1996). 4 Liiva ds Decadéncia, Belém: Ed. CEJUP. COELHO, M. C. N. 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