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V
I
Adolf Hitler exata- Pelo PASTOR MARTIN NIEMOELLER a 5 de janeiro de 1934, se realizou
mente três vezes na minha a nossa memorável entrevista.
ENCONTREI
vida. (Narração feita ao Dr. Leo Stein, antigo professor de Desta vez, estava muito diferen-
Á primeira, em janeiro de 1931, leis da Universidade de Berlim). te. Esperei mais de quatro horas na
no Hotel Kaiserhof, Berlim, onde se- Chancelaria do Reich, e, quando fui
tenta pastores protestantes se reu- MAIS UMA VEZ TEMOS OPORTUNIDADE DE PUBLICAR admitido, me fez uma saudação gla-
PALAVRAS DO FAMOSO PASTOR MAR-
niram, no intuito de ouvir a espia- ciai.
TIN NIEMOELLER. OS QUATRO ANOS DE CAMPO
nação de seu programa em torno DE CONCENTRAÇÃO A QUE VEM SENDO "Deseja
falar comigo?", começou,
da Igreja. SUBMETIDO O GRANDE HERÓI DA CRISTANDADE CERMÂNICA, NÃO
CONSEGUIRAM DEMOVI- de pé, com os braços cruzados, co-
Chegou com um grande atraso, LO ÜM MILÍMETRO SEQUER DOS COMPROMISSOS mo Napoleâo.
mas se desculpou com a maior po- QUE ASSUMIRA COM SUA CONCIÊNCIA E
SUA FÉ. REAFIRMA AQUÍ TODAS AS PALAVRAS Dois secretários, numa escrivani-
lidex. QUE PRONUNCIARA HÁ MAIS DE QUATRO-ANOS nha, tomavam nota de tudo que se
Saudou-nos a todos com uma in- DIANTg DO DITADOR DO REICH. A CARTA
"Pedi- COM QUE O PASTOR NIEMOELLER APRESENTA O dizia.
clinação de cabeça, e disse: ARTIGO QUE AQUÍ PUBLICAMOS É UM DOCUMENTO "Sim,
EXPRIME senhor chanceler", repli-
lhes para vir aqui porque desejo, QUE TODA A GRANDEZA DE QUE É "dirigí-me
CAPAZ UMA ALMA HUMANA LIVRE E PURA. PUBLICADOS quei; ao senhor pelo
persuadi-los que eu — tanto como NA REVISTA "LIBERTY", DOS ES muito que me preocupa a Igreja".
os senhores — estou trabalhando TADOS UNIDOS, A CARTA E O ARTIGO OBTIVERAM "O
A MAIS IMPRESSIONANTE DAS RE- que há com a sua Igreja? Não
pela reconstrução moral do povo PERCUSSÕES. "DIRETRIZES" SE ORGULHA DA cumpri todas as minhas promessas?
alemão. Desde a última guerra, a OPORTUNIDADE DE PODER DIVULGAR, EM PRI- Não dei a direção dá Igreja do
Alemanha tem sentido a necessida- MEIRA MÃO, NO BRASIL, ESTE MEMORÁVEL ARTIGO. Reich ao Bispo Mueller? De que se
de de melhores cristãos e mais queixa?".
igrejas; um dique deve ser oposto "Até
hoje, nunca tivemos bispos
i esta onda de ateismo. Precisamos protestantes. Nem houve necessi-
de uma fé íntima mais profunda dade de Ministérios para a Igreja.
para que possamos sobreviver como Prometeu-nos direitos iguais, mas o
povo. Sou católico, mas peço-lhes que fez foi nos transformar num
que me auxiliem na minha grande instrumento do partido.".
obra." "Por
'.-.,. .ájtf£§i-»a '-^"*^^^^^l-fll_l_|[Í__l . que estão os senhores me
Solicitou-nos, então, que propu- ''.. ¦ ¦ i'¦'¦ ¦.- -~ ' - •/-':'y'-dy-':<iíáiüá, causando tantas dificuldades com .... 3
séssemos diversos modos e meios de Jj^^^_^^&-.-. \i___. ^___dlH___hri________i ______jl W^^r^ _*__! aa
¦&Lg|M Wr, ______¦ essa Igreja Confessional?" Hitler co-
^fâ^K-Wí3l'^^íraf ii»*ir:'•i-a,B,i*'Sí»W___| -»'- .,;. -^|JK|g*Bm|jjJB p>"^.'.: ,:,?v". .v .
recíproca cooperação. Prometeu-nos W__-fff9P-TJ^^-^^Í^&íi"-'' ^a aa meçava a exasperar-se e gesticulava.
que, tão cedo estivesse no poder, "Antigamente
os reis prussianos
a Igreja não só teria assegurados os eram os senhores da Igreja. Hoje,
seus direitos, como o Estado -lhe
daria uma maior assistência e mais
"controle"
sobre as escolas. Em re-
sumo, o Governo e a Igreja se com- ¦aa! Ií_il_lf9| -'•''' !_HRN_SS$^9KBt'l^> '''¦'"'':'' t ¦'"- ' \v\ _¦'"•¦' - *^Nl Kta*^^ ¦
sou um rei prussiano para o povo
e para a Igreja, e terá que aceitar
isto como um fato consumado".
Senti-me tonto. Este ex-ajudante
1 4
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somente
Deus
eu, sou o Fuehrer.desta na-
me escolheu para este
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ção.
Nã primavera de 1932, tive cargo, o o
a "Só povo me chamou". ¦¦d"
minha segunda palestra com Hitler. a Deus obedeço; não '.'d-m:
¦ .::'»»
a ¦d-'
Nessa ocasião, já estávamos Adolf Hitler". Mais tarde, soube
cer-
tos que c poder dominante na
Ale.- que estas palavras foram responsa-
manha lhe pertenceria. Fui encar veis pela minha prisão. Mas, no
regado pela Associação da momento, ainda tentei um pouco
Igreja
Unida Protestante de fazer-lhe de conciliação.
cer-
»« perguntas definidas, 'áH pJw*. -*Ü K' ^''•'¦1?' "Foi
afim de Ett^ $|J JbW. * /j_BlK^| H também meu interesse pelo
obter compromissos formais. ^^^1 aW«-a Terceiro
^_____Ksf>aV__. Tlk ãotI bk «__£_.- -'""xH _k^_I l_____» Ví' _r J______Hp **^>BBaaaaaaV : Reich que me fez vir até
Com ele estavam Goering, ao senhor".
Hess
e Kosenberg. Hitler ainda gritava. "O senhor
"Vim ^^E
procurá-lo", disse-lhe! |Pnyp#vi^5*r ^1 P*%$' V_- -i*-:-»'' _____ ** __¦ ___ÉÍL-_- se interessa pelo Terceiro Reich? O
porque os jornais nazistas frequen- melhor é deixar isso para mim".
temente teem publicado ataques "Então",
à 1_kN '' .^bbbI 3Kiílf?^_____^Íj^_P^'J''>" i^sãa^ \ s *t ^S. ______ÉtW*-Á^lÍfÍSSI_H__fT^___^
'^*\*m _____ft'_KÍ^Í;*S3**_ __B__^^___i __H retorquí, "sinto muito
Igreja, e porque _c*. __¦ riVS____nMr^___^w^'^yr->-^11^
R3S____?iiHÍi.__F.'. -^;»c-:'¦¦";¦'¦ __k K
a-n^ ^__i _______4J? 7-^»W_"__1StííbM __BIwC' *^k***^_____I __H
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já não se encontra ^_-_-----WfflHBgl!iiT*»t(H»aB-.'.-.- -- -bbbI bbbbV<_L tlíl
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*aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaak*7,\'<aaaaTB^ _^_-_F j^Bb
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___r Isto o enfureceu ainda mais, e
ventude Hitlerista e nas Trcpas Ju-
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de o que declarou em seguida traiu
Assalto. Demais, nós não --------I ¦__a_y^vflt-3J-!^'^' ^ i-*l_^-------F; 't-^^B^JÊ^gal P^-T^-__-ui_--ÉÍ-----í -_-_-_--Í-P--L*ff^?l W\r
podemos "áfl -F^J-B W^r
todo seu ódio e verdadeiras inten-
compreender os muitos assassínios BR jjaaai _-_--Sff!fJBy >-rff Wfsil J^B HL.-^yH WmTJ^^r'
ções.
cometidos por essas mesmas "Pensei
Tropas wiÊmmmmmÊ^^i^x^mm "T í '1_BBW F_E iHmXH ____B*^ÍB ^Bl_^^ , _a^^__ÍS__l ______r em fazer da Igreja Ale-
de Assalto". ^**^s*Ww^Ê^'-é'
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:^!rfl EÍt_--E ___P^^^ ^''aCíí
mã a mais poderosa do mundo.
"Assassínios?", Pretendia nomear
gritou Hitler. bispos alemães
"Como em todos
pode chamá-los de assassi- os paises que vou conquis-
nios? O que as Tropas de Assalto tar. Queria uma Igreja poderosa.
lesfra ao Conselho da Igreja, que Adclf Hitler, e não Jesus, era o ver- rados em campos de concentração.
estão fazendo é
purgar a Alemanha considerou tudo satisfatório. Mais dadeiro filho de Deus. Nas escolas, Funcionários da Queria unir todas as religiões e igre-
dos comunistas, marxistas, Cestapo escreviam jas no espírito do Nacional Sócia-
judeus e tarde, no entanto, os acontecimen- o Velho Testamento era acusado nossas prédicas, e os
liberais. Isto não é assassinio. padres eram lismo. Pensei em colocar oficiais co-
É tos provaram que éramos tão ingê- como obra judia. As perseguições aprisionados até nos
legítima defesa." púlpitos, mo o senhor à frente dela. Mas to-
"Nunca nuos, quanto cegos. Como Neville contra os judeus varriam o país, e Nessa hora, do maior desespero, dos estão influenciados pelos ju-
permitirei que um mem- Chamberlain, confiei em Hitler, e nossos pastores estavam sendo ati- solicitei uma audiência a Hitler, e, deus. A sua Cristandade
bro de minha Igreja seja molesta- ele me atraiçoou, como também ao é, em sin-
¦HlHalHmi
tese, uma enteada de judeus, eri-
do , disse, indignado. resto do mundo com suas afirma-
gida com fraqueza e sob a inspira-
Subitamente, Hitler ções de paz.
tornou-se ção dessas estúpidas ilusões huma-
macio e conciliador. "Por favor, Na ocasião da última entrevista, nitárias".
o "Se
senhor não quer fazer com antes da minha prisão, as persegui- a Igreja Cristã quiser lutar
que os à Igreja
outros me compreendam? Tenho ções atingiam ao máximo. contra mim, eu a aniquilarei, como
uma tão enorme tarefa à frente, As cruzes nas torres das Igrejas tenho esmagado e esmagarei todos
um trabalho para toda a minha eram substituídas pelas douradas os meus inimigos. Não me importa
vi "swastikas";
da. Às massas não se a Juventude Hitlerista caminhar sobre cadáveres, contanto
pode sempre
servir pão e açúcar; tinha sido educada na idéia de que alcance meus fins. A Cristanda-
precisam tam que
bem de chicote. Tenho de não me é necessária. Todo aque-
que sofrer
e trabalhar, lutar e organizar,
esmagar esta república
para
UMA CARTA le que não quiser obedecer será
que nada destruído, e tome nota disso, o se-
reserva à Cristandadte. Há quatro anos sou prisioneiro de Hitler. num campo de concentração cm Sacltscnluiuseu, i-hor também. É um desertor, e sa-
porque é
uma república de be que para o desertor só há uma
judeus. Quando
for Chanceler e Fuehrer a Igreja perto dc Berlim — morte!".
vi- punição
verá de novo, e livremente. A mandaram-nto trabalhar na mais tarde, em virtude das mi- "Só
Resta- princípio, pedreira; porem, desertei pela Cristandade".
belecerei a cooperação entre
o Co- nhas precárias condições físicas, fui designado para tarefas mais lezrcs e. agora, tenho bastante disse, energicamente — "pola mi-
verno e a Igreja exatamente como tempo para pensar na minha vida passada. nha fé, e estou pronto a aceitar to-
nos tempos do velho Estado do o sofrimento que disso advier".
prus- Xão me arrependo de nada. "Vai
siano. A Igreja representará o arrepender-se". Foram as
prin-
cipal papel no sistema de educação Como chefe da Igreja Confessional Alemã, sinto-me orgulhoso de sofrer, atrás das gra- últimas palavras de Hitler.
nas escolas. Não estou ainda em des, pela minha religião, pela Cristandade. como os Apóstolos por sua fé. Durante os quatro anos de minha
situação de concluir acordos. Po Xão me permitem receber curtas, nem enviar pelo correio coisa alguma a quem quer que prisão ainda não tive motivos de ar-
rem, ao senhor, como um oficial, rependimento. Enquanto tiver minha
"eu seja.
| dou a minha solene palavra de cela para orar, serei mais feliz do
honra" que cumprirei todos os mem Autorizei o Dr. Leo Stein, que esteve internado comigo durante dezoito meses, a publicar
indo isto cm meu nome. que Hitler, o quebrador de promes-
compromissos. Estamos em épocas sas e incorrigivel mentiroso, que
de eleições. A propaganda
poderá Sei que esta publicação tomará minha situação ainda mais difícil, mas considero um dever não ousa sair sozinho de medo que
exceder-se; talvez, haja tiroteios: uma bala o alcance pelas costas.
icligioso revelar a todos a verdadeira opinião de Hitler sobre a Cristandade. e o que pretende
mas prometo que a igreja será res Para todos os povos do mundo
| tabelec-da
em suas prerrogativas." fazer dela em todo o mundo. envio esta mensagem: Conservem a
|
I Relatei o resultado de minha MARTÍX NIEMOELLER. fé!
pa
6/11/941
PAG. 2 DIRETRIZES
EUCLIDES DA CUNHA
veu a respeito da morte trá- pois estava irremediável-
gica de Euclides da Cunha mente enfermo;
E, verdade seja dita, a figu- 17°) Euclides só pensou
ra do adolescente que teve em matá-lo quando a espo-
ES4^*Sp o infelicidade de matar o sa abandonou o lar, à vista
WS%W
grqnde escritor não foi pou- 0 DEPOIMENTO HISTÓRICO DO CORONEL D Li
WjEmfÈ>%
"Jl?, ¦ pada de nenhum jeito pela VA A
maioria dos biógrafos e co-
méntadores da obra do au- (Reporta ge
"Os Sertões".
tor de flf
'•?t%.'":.--VÍ*"-:v- ' . 7~^^H ^H^^9 FRANClScI
Por isso mesmo, com a in-
tenção de expor os aconte- lermando de Assis, ainda te- tánciãs especiais e delicadíssimas,
•¦
ei mentos, de um modo de- fl Bi^s-
¦.'^mwr. ¦ ¦•mmynÊW> fl nente, escrevera um livro <i™ pomos podem compreender
avaliar, determinaram os fatos.
finitivo, o coronel Dilerman- mm mw*--'^^mm-'' ¦ ¦>*¦'*'iTBLtmMtm^&AwBRIjeNBtãwfm*^*
^tm^AmWT ^U^j£ÍXmm^.^íi^^mJ^^lmmmmmmÚWmmmm M
•¦^iÊ^SÊt''-'' '7»fl IJ^fl^M
que conservou inédito a con- E o Sr. foi generoso e procurou,
do de Assis pretendia re-
mmm mWmm]àJi^^mÍí
selho-dé «-Farias Brito. A ma-
quanto possivel, reparar o mal
unir, num salão público, um neira de introdução a esta feito. E b que houve de mal, de.
grupo de escritores e jorna- reportagem, divulgo as pa- que todos sem dúvida muito so-
"A Fi-
listas. Apresentaria, então, T^m| I lavras do filósofo de fretam, foi obra das circunstan-
documentos e testemunhos na lidade do Mundo", na cias, náo da vontade de quem
ainda inéditos, contrariando carta que então dirigiu ao quer que seja. Seja, porem, como
versões tidas como verdadei- jovem militar. for, parece-me que o melhor ê
"Quando me
ras. Descreveria, ele próprio, falou, pela pri- deixar o passado eni silêncio. E
a cena de sangue na Pieda- meira vez, numa defesa escrita, o Sr. para os mais exigentes,
imaginei que se tratava de uma porque não é possivel contentar
de, esclarecendo a uns e res-
defesa para ser junta ao pròces- a todos, fará a sua completa re-
pondendo a outros. so a que estava respondendo, habilitação, náo por qualquer de-
Apesar de absolvido duas Vejo agora que o que tinha em fesa escrita, mas pela correção dt
vezes pelo tribunal popular,
que o eximiu de culpa pe- tm
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V ¦''¦•-.¦'*"..':.;
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ÃO FOI ASSASSINADO
não atravessou também a porta? como Euclides pôde disparar mais
Como fui eu ferido, então? dois tiros; não diz quantos já me
O coronel Dilermando responde acertara, nem onde; não explicou
às suas próprias perguntas: como fui ferido sem que as ba-
— Para o delegado, tudo ficou Ias atravessassem a porta, atrás
l LÍAHDO DE ASSIS, EM ENTREVISTA EXCLUSI-
I dItrizes"
IE A88ÍS BARBOSA)
^Bf ^^H __________________ ___
grande brasileiro aproveitem essa E somos, eu e meu irmão Dinorah,
minha lembrança... / os principais protagonistas da '
¦ _____> " • . - '-*
_¦____¦ .mm\jM
Há um pequeno silêncio. O co- tragédia. E Euclides, conclue-se _______
tonei Dilermando de Assis tem daí, foi "barbaramente assassina-
muito mais a dizer: do". É o Sr. Eloi Pontes quem se a/^ _•¦'
lí_^^'- '''—ia ^
Não devo silenciar diante da presta a veicular essas inconsis-
____________ _______
Wi$'&'''-:'"'''.-
__________ _V________r .______.'
:. ,"' __________________________ ___________
insolência de certos indivíduos. tências.
Lê novamente :
_¦_-___ _____________ ____!
' '' ^^M^^^^M R____. ______________ H
Sim, porque ainda há quem pense _____________ ' ____________¦
" . . .prosseguindo
ler sido eu, lalem de parente, cria- afirma o as-
do, educado e protegido pela "mi- pirante ("Dinorah") que o Dr.
nha vítima"... Euclides, atravessando a sala, di-
Repete: rigiu-se para o corredor c, dan-
Minha vítima! Que heresia! do com o pé, abriu ¦ a porta do
Não teria sido vítima também de. quarto de seu irmão, disparando
Pinorah? Baleado por Euclides sobre este o primeiro tiro. Então, W-y; • -"' ¦
irmão, Dinorah agarrou-se com o Dr.
numa das vértebras, meu
Bb"X '$.-y ^^P*- • wW!mr ^^^_
teve de interromper os estudos, Euclides, que'disparou contra ele
tornou-se um homem doente, fi- dois tiros. Efetivamente a túnica
cou inteiramente inutilizado para branca, com que Dinorah estava Depois de absolvido,^ Dileemanelo-ele < Assis voltou à casa da Piedade-afim de. fazer, ele próprio, a
t
o resto da vie_ta. É pungente recor- rtslnto, ucliava-se chamuscada de reeonstituição da tragédia. Acompanhou-o uni amigo, o Di*. Moreira, que aparece nos clichês.
dar a via-crucis de Dinorah após pólvora e trespassada por bala no Conforme o depoimento do cel. Dilermando de Assis, a fotografia acima indica o movimento
a tragédia. braço e na cintura, sobre o bolso de Dilermando, ferido, após o tiro de Euclides, que o apanhou de surpresa; instinti-
já primeiro
do lado direito, cujo forro ras- vãmente, tentou prender o pulso do agressor; este, porem, recua e Dilermando só consegue pe-
(jou em ângulo ao sair. Durante
A TRAGÉDIA DA PIEDADE gar-lho a manga do casaco. Euclides desfere, logo a seguir, o segundo tiro, que foi atingir o
esla luta, que foi travada no cor-
peito de Dilermando.
O Sr. Eloi Pontes não descreve, redor, entre a porta do quarto de
Dilermando, que é o primeiro, e "centro do
no seu livro, a tragédia da Pie- possivel apontiar do e'la qual esqueceu que me havia
dade. Limita-se a tmnscrever o o do seu irmão, que o contíguo, quarto". Mas eu tinha que passar ¦'¦'¦¦¦'-¦'¦"iA '
'' '¦ "entrincheirado". ..
o aspirante do Exército (Diler-
"-.¦'"'
relatório dos autos de inquérito
mando) correu a uma protelei-
por um covarde, apesar dos quatro
ferimentos de bala que, termina- II
_4________!
nl Hé^^"-
B^_Mlf ..
___¦ ll»«W—Ben—l ¦fcv-
Volta a ler o relatório:
"... Já
policial sobre o homicídio de Eu- ____r :l_m •;:« então Dilermando, con-
clides da Cunha, encampando-o e ra sobre a qual
revolver
estava o seu
calibre trinta
ria a luta, apresentam "pela fren- ¦ _______ ^ ira quem Euclides disparara mais
grande de te", sem que esses projetís tives-
emprestando-lhe foros de verda-
e oito (no livro do Sr. Eloi esta
s&rHp _____ _*__¦___¦ ¦_»&. i
lili_____i_________i_yoB
dois liros, se entrincheirara atrás
de. Ocupando-se desse documento, bem trans.fixiado a porta do meu !t£á_0____l! de outra meia porta cerrada do
na primeira parte da sua entre-
oitenta), não podendo, porem, quarto.
^'W_. "____ 9mumW I__¦*'___ ______P__?\_
____________
__>v__MI ¦_ quarto e, através da mesma, (co-
©^^€___^_^^^^__PP^B^'í______E_l_'_iP^_a^l ^Bv
alvejar o Dr. Euclides
vistia, o coronel Dilermando de porque
Continuando a leitura: _p» •¦'.'¦ _3__si__^______P¦ i mo se eu pudesse ver através de
este eslava agarrado com Dino- * MfaSm. • ___.__. "*! __¦ Kjb corpos opacos) disparou o ter-
Assis vai rebatê-io:
rah, sendo que o corpo deste o "...O
É lamentável — disse-me — projétil foi encravar-se ceifo e o quarto tiros, os quais
cobria lodo. Entretanto, Dinorah no quadril direito do Dr. Eucli- atravessaram-na; encravando-se
c;ue um escritor tenha perpetuado
llr ' ' \
numa "coleção conseguiu livrar-se do Dr. Eucli- des. O Dr. Euclides, ferido, vol- uma bala na fechadura da por-
de documentos ^'-*<%. n
des e correu para o seu quarto, lou-se, encaminhando-se para .. _: C 3fc' . . _ y^jM^m^ ., ta que dá acesso da sala de ui-
brasileiros" as inescrupulosas in- [^fe^ií.. 'Ia. im_____H_ .____.*'.
sendo nesta ocasião ferido pelas porta do quarto do aspirante d') silas para o corredor, a outra na
formações de um delegado de po- -'"-. ML,
licia mentiroso e sem brio. A pag.
costas" . Exército, em frente -à..- qual rece- parede da sala. Um desses pro-
_,. Depois da leitura, observa o co- heit:0- segundo tiro, que o atmgiUr- frqasÈÉÈ uLvuisc^*—*^-¦¦' -«--___________.
291, o Sr. Eloi transcreve o se- ^fS^§^>l^s4ai__»v
__^_____ Hk-
4: jelis áinde. feriu o Dr.' Euclides
ronel Dilermando: ! O pillso" . no braço. Sem munição, o Dr.
yuinte (lê o relatório):
"... Medite um instante. Como Euclides, quis sair para a rua.
o Dr. Euclides da Cunha, Comenta novamente:
lindo entrado na sala, sentindo podia Euclides voltar-me as costas — A mentira é fácil de destruir. Dilermando, então, deixando o
as declarações de Dinorah, <lisse, e, perseguindo Dinorah, feri-lo quarto, perseguiu-o. Ele desceu
O laudo dia autópsia descreve to-
com outro tiro, na coluna verte- os três degraus
já de revolver em punho, que dos os ferimentos de Euclides co- precipitadamente
bral, se eu estivesse já armado e (ii porta de saida e já eslava no
[ora at yyiru inalar ou morrer. mo recebidos de frente. Nestas
Sejtt, porem, afirmado, de pas- em condições de o .alvejar livre- pequeno jardim da frente, quan-
condições, como poderia ter sido
sanem, que nada hà que prove a ii.ente? Dinorah continuaria a do o perseguidor chegou a essa
"cobri-lo todo"? Haverá ferido no quadril direito, pelas Dinorah
n; . ,,• . ,
quem de de Assis era um grau- poria, detonando a quinta cáp-
veracidade dessa ai ilude do sua- tostas, estando eu no "centro do ,,.. ;„ „.wi,„. ,, r ., •• Foi ,, . back
, ,
hoa fé aceite essa cantilena? de' jogador de football. sula (sic) de sua arma ao mes-
doso escritor." auarto ? veja-se a planta da casa, ' ... M, ,„,-„,,. » r
fazer a descrição #-.
do li ora togo Ir. (,. e figura mui-
Diz, então, o coronel Dilerman- Quem poderá mo tempo que proferia: — Es-
lopitb, e constate-se o absurdo. |() conhé,idü
do: exata do que se passou, do que e estiinadn I1()S oír_ pera, cachorro" .
por que., se esta.U de costas para culos cspm.Mvos (k.sta tvi,)itai.
?t pensou, do que se resolveu pra- Comenta:
O delegado Oliveira Aleanta- mim, lhe daria eu um tiro no Xfi() M nuii{() tnni)()
ticar? Com que direito Euclides Q 1Jotalo. — É o caso de perguntar-se,
ra, em todo o inquérito, primou e,uadril direito, em vez de o dar g0 i*nttUgUI.ou
procurava assassinar Dinorah pe- 0 VL.[v.úo (l() stni aonde teria ido ter o projétil?
pela falsidude e pela mentira, pe- na cabeça ou no tronco, se é que .mtiiío CI..!L,,.( en)
_ Ias costas quando este corria — "bárbaro as- lllcnaKeni
merecj(la hu. Teria ferido Euclides? Teria eu
I'.» ignorância e pela má fé. Seu queria matá-lo? Um Dinorah con-
• i delegado infame é que informa póstuma. errado a pontaria? Teria sido de
relatório não pode servir de base nassino» não poupa assim sua "vi- ,aVil v!nt,. anos ,,.. i(,.1(k, e f..t._
tal coisa — para o seu quarto? tal natureza que nenhuma teste-
n qualquer juizo honesto e segu- tima". Por que, quando se t.iata (,UCntavâ a Essoln Naval,
Então, constatado tudo isto, tem quando num ha, nem os exames periciais,
ro que se pretenda fazer sobre as da minha atuação, não se esmiu- involiMita: iamenl.. tomou
-.Iguem o direito de dizer que Di- parte a ele se referiram?
verdadeiras ocorrências que leva- cam os acontecimentos em seus de- „., tragédia dn Piedade'. Ferido
uorah foi um "bárbaro lassassi- Volta a ler:
mm à morte o escritor Euclides talhes? Por que se diz simples- por Euclides da Cunha numa das
no"? E o que me cumpria fazer "Xesso momento, ou
da Cunha. Andou muito mal o Sr. mente "em frente à qual recebeu vértebras. afirma o ce*I. Diler- com o in-
i.esto caso, vendo em risco a vida
Eloi Pontes transcrevendo as san- e primeiro tiro, que o atingiu no n:..indo de Assis, em conseqüência mito de tentar um possivel car-
de meu irmão, que, na defesa da
dices e as calúnias nele contidas. pulso"? Que teria feito Euclides do ferimento, teve de abandonar Incho de revolver, ou, o que ê
minha, enfrentava um louco ar-
Aquele "saudoso escritor", acima e* em que posição estaria e«le parn os estudos e* desistir da carreira. mais acreditável, ferido no amor
mado de revolver que queria me
citado, o delegiado não conhecia que eu lhe pudesse dar o segundo Ficou inutilizado para o resto da próprio pelo insulto, o infortu-
matar? Não me lassistiria o di-
nem de nome. Ao chegar a Pieda- tiro nas circunstâncias verificadas vida. na
reito de matar a Euclides, uma (Continua página seguinte)
de, perguntou "se o Dr. Euclides
vez que meu irmão não tinha res
era deputado..." Seu relatório
"à ponsabilidade alguma pela situa- '
está cheio de tolices assim: í %_ r . .
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rão, muito menos pelo fato de sua ^^
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altura de 50 c*tms., a medir de
esposa ter ido abrigar-se ,em mi- ______________ i r__.>r_r .. W _______»__ Fí*. ¦ __*___¦-. ¦ J
baixo para cima", como se de ci- _______ *- í* ¦ ¦¦ ¦ •¦• y-^síl^3mmãf ^.WlMmmCÂ*., i V-- _._$.__. v *
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« A casa n." 214 da Estrada Real dc Santa Cruz, cm Piedade, onde se desenrolou a tragédia brutal.
*2?l-t+,fo ií/ff ns, Ctff^, ir-?*. *7*«X >*» A*^G* f~%~*. dtr
Veem-se Dinorah de Assis no portão e Solon à janela. Solon era o filho mais velho de Euclides da
tí;': ^£m
Cunha. A fotografia foi tirada em agosto dc 1909. dias ant o da cena de sangue.
*, Jí*
§8»á' &1 &+*>
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"Fac-simile" da carta
de Farias Brito Dilermando dc Assis, citada em parte como introdução a esta reportagem.
(Continuação da pág. «terior) fendia a vida de terceiros, de- também a descoberto? Não seria - A verdade é bem outra. Meu mento Euclides
nado escritor voltou-se de peito ^-dia a minha própria dignida- o caso de "entrincheirar-me" no- revolver foi apreendido contendo Quando já havia «ido
ele recebeu esse ferimen'
a descoberto para o seu perse- de, dentro de minha casa invadi- vãmente atrás de uma porta? Por seis estojos vazios em suas
cã- to mortal o do sexto tiro na
flmídor, e este o alvejou mais fir- da por um desvairado. Se se vol- que esaa afirmativa de «peito des- irarás. Fiz, portanto, seis dispa porta
do corredor próximo a men
memenfe do alto para baixo, dis- mesmo que não tivesse essa coberto"? Para por em foco e re- ros. Destes, apenas um projétil quarto, recuava encostado à n.re
' ¦ Jasse,
Ki
parando o tiro que o fez cair intenção, assistia-me o direito de alçar a coragem do «infortunado ficou em seu corpo, o «causa de, alvejando-me ainda e com õ
mortalmente ferido». matá-lo por nao poder adivinlmr escritor"? Por que escrever «e mortis". Dos cinco
restantes fo- busto inclinado pana a frente. Seu
Aí termina o relatório policial, »te «onde levaria ele o seu pro- este o alvejou mais firmemente ram encontrados
os impactos nas flanço esquerdo auoiava se X na
traMcrito quase na íntegra e sem Posito homicids. Assim o autori- do alto para baixo"? Acaso será paredes do corredor
e d. aula de rede e, por isto reVebeu os feri"
comentários pelo Sr Eloi Pontes, «m o Código Penei e a Jurispru- mais segura a pontaria que se faz visitas. Pela
quase equidistância mentos no flanco direito q« ti-
O coronel Dilermando de Assis «.encia de todo o mundo. Era, de cima par. baixo? As melhores desses vestígios, tem-se
a impres- cava mais exposto 0 disoaro ho
mais uma vez o rebate: pois, um direito que eu exercia, linhas de tiro, como nas casas ba- kSo ,„ n„ °S t."^ ,lz«„tTl '"f"»
' * **WÊ£-' - Analisemos detidamente es- se assim de fato houvesse n,rf„ltn *? "»"" i«níin "^ k ™
proce- Hsticss, são as horizontais. O de- Ç* *
e • foram de fato, em ^om ™JT° TP°
sas tristes conclusões, frutos da dido. Voltar-se, depois de estar legado nunca estudou balística. B?ce88Í;oi8 *?Jl
"n^V*mien'eri %~
a l nha me<"»
fantasia e da indignidade. Antes fora de casa, simplesmente por Sr. Eloi Pontes também... Tam- "»e- ÉinacrediUvel uma solução £°
«»«»¦"•«• «"« o quinto * "^«f
de mais nsd», que quererá diser ter recebido um insulto, admita- hem nunca foram campeões de d° do
-com o Intuito de tentar
um pos- „,os que verdadeiro 8exto dl8Paro8' do ">"**<>* «« g 'rtrajetoria in*erior intlr «/"P°deri»
7h'
*^Sm%WÈmWÊÊÈtt&'&v'~
• 'WmaW---f-' eé possível
possível tiro...
jardim. ° E mais inacredit-vel -In. Pa-"«*er o prolongamento de um
llBia-
¦'¦ -
•-;
«i-«i ,-.v. -. ^ .
.n.p.Mi..,°^ut.T. .alu. zssjs;^ zzz;
_y«aaaeiro,
a verdaoe e> bem * - -»»»•*»»«. «**. ^v- ¦*««»-^ T
'" 'U° ° '"'i",» • «*- •«- b°"° '~t0- " "rt,Ml*
m MU. « ho..„„
,« rol- «b.ndo-.. ,.. .." Terin,.^ OUTRA «S 1""*°.° ""," *
tado, é preciso sdmitir também mortal foi no pulmão é ainda mZ « tos náo 8e tornaram conhecidos, «_ ,"' T^v**'*,*™* />arte'
"l *" P,ri™elra PSrte 8Da ba,a8' Ê faIso' POÍ8' '« e° dispa- t,ro de cima para
uê^ia do perigo, um. ve, que fui agora, essa minha coragem de et '°# *
¦ ^jSmmmmBÊBmW&fi*"^-"--
dec,ara Peremptória- rado quando cheguei à ^dx°oWUm
o agredido e defendi, meu Ur, de-
I M frentá-Io de *r^
peito
•« descoberto entreFl*ta'
uckvwuhi, mente:
sala, mesmo porque nesse
porta da
mo- (CONTINUA NAS PÁGS. 14 E 15)
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i'" -: -~- - -~- . -
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1. 6/11/^1 DiRETltlZES PAG. 5
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6/11/941
DI R ETRIZES
bre a ilusão de que a Alemanha
LV.Íar assembléia de astrólogos'. seria aniquilada em poucos"dura- me»
'¦
%-:i-y- >¦
reunidos, cm Londres, em volta acs. Seguttdq ele, a guerra
wl^ ¦¦"-'¦¦
Bk*'. : "entre tres5á cinco anos'% ou
i dr uma mesa dc almoço, fez prog- ria
SS**-.- •"---¦' -¦¦
nóslicos muito precisos sobre a seja, para fixar um termo prova-
WmZíyy-' . evolução futura da guerra; Era vel, até 1943, mais ou menos.
tres pij quatro meses anuncia- Esfò predição partia. da vhjpóte-
tam] eles, Mussolini será elimina-
- do. Dentro de" sete meses, ou seja
*
"V- se de que a guerra v-seria .uma
guerra de esgotamento, e que o
em maio; próximo, e regime 'hi-
tlerista desmoronará. E em 1D43
•' 1943, ANÒ ; bloqueio viria a ser. um fatqr es-
tratégico de primeira ordem. Por-
• paz será concluída, uma. paz RICHARI3 LEWINSON (Exclusivo de DIRETRIZES) que a guerra de 14 havia durado
Por até que os alemães.
naturalmente, vitoriosa para a
crata Rathenau queria organizar .^^ anos
quatro
aque-
. IngIntcTrá c seus aliados. •¦-* comparáveis aos "polis" que o lêem o futuro nos astros e «levante em massa
"levante!;.em ¦¦¦<.*.=¦- -.-
cm Iu- -** esgotados „<..„ privaçôe8
les que o lêem nas estatísticas um
um devidas ao bloqueio, supunha-se
Dr. Gallup organiza jniza com tanta tanta les
OS ASTRÓLOGOS E A de aviões, estão in- gar de desta vez serj.a
OPINIÃO PÚBLICA habilidade nos Estados Unidos, da produção
e ou- E ^«g ^ dcsla em Londres que
K»**i-'-:
Também elas exprimem os pen- teiramente de acordo. Uns possível\|He^a necessário um espaço de tempo
adores do
S»f*í^ Quanto a.mini, não sou uni as- samentos e as esperanças dá opi- tros apontam o ano de 1943 como vez, a queda dos^di inutilizar a resistén-
trólogo praticante, nem mesmo o vitória ou,-segundo xo nao signifique ainda o fim da . . „
-.¦.;¦¦..¦¦.
Censo e continuou a sua marcha cm seguida os dois oiham disse: ele já reconstituía estátuas pelo
heróica.
para um — Aliás eu nunca fui John. Sou telefone. Dai ser a sua morte dânco da manteiga, principalmen-
canto qualquer e ficam tristes. Wladislav V, rei da Polônia, Ilun- nma coisa muito triste, te'na Alemanha de hoje. Na Fran-
SEXTA-FEIRA, 3? Ambos pensam cm Maria de Jc-jus. ça também de hoje é comum ser
gria e Boêmia. Andava incógnito. TFRCA-FEIRA 4
lí. G. Wells fez 75 anos dç ida- £' uma velha história. Mario de servida nos restaurantes carne de
O amigo agradeceu a informa-
de. De manhã cedo o* seus amigos Oliveira, conheceu Maria de Je- Geraldino Ferreira dos Santos gato. O cidadão que mastiga tal
ção e disse que ia fazer a neces- um admirador de Pcrez carne
foram ao seu apartamento, num sus antes de conhecer Maria He- ;árl, f,irrií€!H!a na 8lIa cndcrncta é grande em absoluto está almoçan-
^m\\%W£''' Escrich. A principio ele lia os li- do faisão ou vitela, mas apenas
'.~amVET,'.~ grande grupo, e começaram a co- lena. Vai não vai, Mario começou de endercçoB#
memorar o acontecimento. II. G. a andar muito com Maria de Je- «_-,...._. vros de Escrich, quando voltava t«m sucedâneo. Geralmente o su-
eeiBA •»
Wells recebeu todos muito bem. rub e acabou *e complicando. Ago- aEGUNDA-rÉIKA, do emprego, e ninguém tinha na- cedânco é uma coisa muito triste.
Faleceu em Roma, na idade de da com isso. Estirava-se na "pre- Veja-se o caso do marechal Pé-
Recebeu também os presentes, ar- ra ele quer se ver livre dela e não
40 anos, o Dr. Ropíú. 0 Dr. Rochi -.uiçoau" e lia, lia até chegar a tain, sucedâneo do herói francês.
rumou-os na cama e veio para a pode, porque mulher quando gru-
'.^SS-àf'»" ¦.
,
mKsíi*^'-'-
-í ' • -'3mm*%tmWí
PÀG. 7
6/11/941 DIR ETRIZES
com cinco »»»»»»»•*'.
diam e o major não queria dar e Marlene lado esquerdo foi jog*
M
dinheiro a ela para viajar, Mar- sinho do
d. Republica A vida
f;"e. quafido tiSha precisamente da na Praça a ser ama í»
13 anos de idade, esperou pela de Marlene começou
«•«.»«»¦»»«»«";
madrugada e fugiu.
um
de trem.
pedaço
como
e
tel.
Ouando o trem parou, no fim da andava pelas ruas
desalento,
Sem
e
dormindo
frios
c.ieia de_ fome
nos bane.
dos J»Mij.s.
m
grande para chegar em S. José de incômodos tossezinha qua nunc»
UM ITINERÁRIO ESQUISITO: SAO JOSÉ •» ,E»^*< t*^K^&5É
SENHORITA DA FAJE£ACON laraopcba. Mas o espírito de Veio uma ^1
DO CABO E ALEXANDRIA. _ DE COMO UMA aventura já estava nascendo deu- mais lhe deixou.
UM MEDICO D.
SEGUIU BEBER CHAMPAGNE EM CAPETOWN ^ NAMORAR tro de Marlene, de maneira que
ela não teve dúvidas: meteu as
Um dia, quando estava já ultra
desesperada, encontrou-se cOnt rlÍ f
ÍNSKEDERON. - O SAMBA "ABRASILEIRO INFLAMA'^IJSJ.*
«MmIJUUT
** S" '°A° canelas no tempo 'e foi a pé até uma criatura na Gamboa. As du?»
BOMBAS SOBRE MARLENE. GUERRA, *£^ S. José de Paraopeba. Chegou começaram a conversar e Marle-
"NOME: MARLENE MARGOT REIS. — PROFISSÃO: MARÍTIMA noite alta. Estará tão feliz em ne contou a su^história toda. Ho
teve
princípio ao fim. A criatura
muita pena dela e convidou:
— Eu moro num barracão de
iB»iaBBt**>T-**''X*"*"v'*"v"v Mangueira. Venha morar comis«.
Era o céu que se abria dian'e
de Marlene. E Marlene não ia di-
zer que não queria o céu. Foi pr»
Mangueira.
EMPREGOS E DESEMPREG03
¦fl" ¦; ,
""'•'\'"v:*X-"-'*"'S!"X**v.,.w
Í-X-X-. . '.¦ys.-y-'^y,\\-y.\4Pfmm}y. •''•mmmmmmf-'--'.'.-'¦''.-
'•?¦¦¦ Marlene tinha dezesseis ano»-,
f'.*^-*--?-
morava na Mangueira, quando co-
- :^»'"-'-::;-:.
mWm-mmmm'MMmm:MWmy ítlteceu Dagoberto. Dagoberto ven-
--¦;¦-¦-¦
;.-.'¦¦¦:
:¦••: :'¦"¦.¦'¦¦.:'
'¦':'•'
'
-tv-.wi-.
^pBWBl-*-:-'
*>''•'**^âc^i«««v'Sfílll
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«¦¦I»«k*'X''.''^^B ¦ -
«^K^Ev'-'t«««B«l
-i«i-'«««l ««('Xjif^BSl '¦¦ ¦
joo» »»«¦«¦*'¦¦>•«¦¦ L«««^JoõjH6«1
Alem
filha,
disso,
precisava
Dagoberto
prestar
tinha
mais ateu-
unia
-n
i** 1*^^ ¦ 36B ¦¦¦."Xrí^B ««VVáJ««« ««b ¦•¦ ^^BBRa^^rjj-çX^S Bb»««1 B«t.»«v.:x> *''xj ção à filha.
^¦^j^l ¦¦¦(•'
Um dia Marlene desceu o mor-
ro e foi para a Santa Casa. Teve
um pneumonia muito forte que
' &?m m-'.' ' Í'X"\''-:-x**JH virou num pleuriz. Passou dias
fc"" twtt^^ ^l««««««««««WWr*^^'''' ' ' »1^»----------">»"*M»»-"M»l-»Mt^1°,^1*MI""^"^ tristíssimos na casa velha da riia
Santa Luzia, os olhos mortos es-
•
ao lado do "Ela petados no forro sujo do hospital.
vemos: Margot de propaganda que dizia: encontrou «eus primos'... Pensava na vida — o que faria,
^m^^^stal '«-a^íri quando saisse dali?
,.„,:,i,i moi,,,,,,™,,mtê o «iu. es,«w«,i»:/«».»»«- fe ¦« Kà&it ru."/«\«*«:°r«"»"".. t". Uma coisa ela já havia acerta-
do.: não procuraria mais Dago*'
berto. Dito e feito: saiu do ho»-
.•lll 111 /VAI flf/IÍÍO. C IIIII ««.liuiiii"" f^ ,
e rizonte. respondeu. Bateu novamente. A e não Dagoberto.
-o/n aquela simpatia dos turcas em geral, prin- pitai procurou
l^^n TEMPO AZUL porta foi se abrindo devagar e
InllS/ ííis /iimi*. -Vós -lemos por aqui, perdidos
nas nossas
em Belo apareceu uma velha desdentada. Queria, era um emprego. Com seu
Os primeiros tempos tios. jeitlnhò elegante, não tardou a
Iíorizonte foram uma delícia. Tu- Marlene perguntou pelos conseguir uma colocação num«
COli"'ÍÍ^'Marlene do azul. A família do major era Quais tios? eia
Paclui Mohammed poi-nenhum Meus sou Marlene. casa de família. Mas quando
diz que não troca um encanto de família. Marlene tios. Eu a famil A
estava já conquistando
teve os primeiros vestidos dignos, A velha fez uma cara triste e suas amizades, vi-
toda, fazendo
^''''ísrim^o O sol fuisca "perfume teve saptftos, um"Tentação", fra&qiiinho de informou*. nlia a tosse e atrapalhava tnJ».
Jlolfl pMaiJÁ ali na Lapa. Calor. marca ajei- Seus tios faleceram.
uma empregada
J-t-Z..**
mariene caiu num choro
Marlene iniim medo mt-u..- Nineuem queria
i-»»»»»"-"»» i»
tou as sobrancelhas, ganhou uni tossindo, por causa das criança»,
enfraque-
livro cheio de figuras, para apren- nho. Chorou tanto que aí come-
der a ler. ceu e teve febre. E
Mas ,W«r/ei.e < « doç««r« em pessoa : fazia luar, ela ^a o rosário de doença, de Mar-
NOVOS MUNDOS
^SSLt«WSÍ^««';
- nao^ I,. De nouV, quando
O ' «laia dois
Durante meses fi-
com a família do major, no au- Iene.
*.. _.. ll.....«. mAUitU fl*
~IJei,e disso, Chiquilá. fotografo
Sempre que estava empregada •
"ainda "demorou tinha um diiiheirinho desocupa*
««/¦•»«; meses na do. Marlene se meti. no cinema,
e felicidade era tanta que Mar quatro
pára os lados dalurqyia \ ^<nbiefíte de Marlene. A
do cid.dezinha tomando conhecimento de no-
liado pela gente ^^^^^ '^f, SjggJfuleira, o pássaro, Une nem se lembrava mais chega outra
Foi
saúda- vos mundos, que estavam para Ia
q"'0 os tios, S. José de Pa- * então que
Dai o pseudônimo de U««"'^ n \t<.nrie corpo gordinlw. passado: da barra, muito de paisagens d,-
raopeba, a mãe morta, o pai de- de: saudade de Belo Horizonte, lerentes e coisas belas. Um secrete
saparecido, tudo pareciam coisa» Sem niquel no bolso, Marlene
a língua com-
a sandá' de um tempo muito distante e que realiza sua segunda fuga. Amla desejo de aprender
Iene fazia entrava para de treni em trem, comendo pouco plicada que falava a gente Uo«
SAO JOSÉ DE PARAOPEBA Ha binetra, de salto grosso. Ago- não voltaria mais.
ali. dor- films e de singrar aqueles mar^s
nada
Outra coisa que merece duvida: ra ela mostra algumas manchas SAUDADES DE MARLENE íquí, não comendo
distantes: foi nascendo dentro üe
. nome de Marlene. Diz
ela que
corpo, saudades dolorosas do Mas um dia Marlene ficou abor- mindo na rua. Mas, entrementes, Marlene. Quando ela saia d»
Reis e pelo o major Messias já tinha manda-
fci» chama Marlene Margot tempo em qúe morou com
os tios. recida con» tanta felicidade ^Poeira» dà rua Lar... I. di^en-
nasceu em Silo José de. Paraopeba, morre a tm --
2V3* ludo de mais
ma lluíorV^;aoor diz
cla a„m;ro^u^r,M7r.e,neV""'Ê qünnZ,
Eis que de repente morrer de do com os botões de madreperola
no Estado de Minas, há dezenovee «!e Marlene. que, afinal, de contas, ei *** está quase p.ra .1
do seu vestido azul:
..ALiiiiLt «'/ÍIM
dela começou a relembrar o fome, é encontrada.
•nos passados. A carinha era tão ruim. Sozinha nas Então,
O jeito não
carinha de dezenove arírts. aí é que ela co-
«,ela, apesar de envernizado pelo mãos dos tios, mesmo de verda-
meçou a Mifrer
s..l e pela paisagem, dos países co,- de Foi .sofrendo,
g sofrendo, ate
distantes,s, ainda tem qualquer
q«»l«l«« ^'oí Jogé de Parao
Mas ««« «^''t'^,
sa de Sã«o José de Paraopeba. nao peba o major,!"«",,-,„ Messias de Mene- Mene
o nome de Marlene e quCj
do In- mor' iSxtiSQwsyS&t' ¦•¦¦'.¦¦"¦'•;"'•>/ -¦'¦ ~+^mmm%iH, t*j* tpiihú^'^^mwÉmwk>.-
pode ser nome de mineiro nome IDA A BELO HORIZONTE
lerior. Vê-se logo que o Mene7.es
O major Messias .de
veio depois. Foi nome que
ranjou em Capetown ou
ela ar-
no Cairo. ,,ão foi a S. José de, Paraopeba
'¦¦ ." :r'"•••. -. ^"^
.|'K yy fi; •
por desfastio nem apenas para
Pelo menos no Leblon.- so-
passear. Foi fazer sindicâncias ha-
Insistimos: • bre um crime muito feio que
Diga seu .nome direito, Mar- via sucedido lá...Por coincidência,
tes-
Iene. um dos tios de Marlene fora
Ela apenas responde: ^ este: tom unha do crime. De maneira
Meu nome direito e
que, uma manhã, o major de Mar-
Messias y^m.^^-/m^.y . v | ¦% ^* A i< a r JT""*y-- •!**"'•'•¦'••¦¦¦•
Marlene Margot Reis.^
bateu na porta da casa. - **^«%i»ta¦ *. <^ v v\' 'm mml¦*¦¦ : #1 '
Você nesceu assim. Iene procurando pelo tio
dela v" - s- ¥
Foi. ' ,'¦¦'¦•.
nos 0 tio apareceu
e o major iníor-
»*¦•;>¦ ''<&l-mt¦ ? :? i ~mi '. i. <+***. y-A*rl.\ >vr^$h%m
F. há tanta impassividade s m-é 1 ¦ :^Jx5f*iA *
ele tinha que ficar jun- _^_^^^^ au|i£. ímt <J
in- mou que as t a < 111»1 jml
sius olhoi. que não é possível to dele o tempo todo, ate queOra.
tiistir mais. ...
come- sindicâncias terminassem.
do ^¦^^^^^^^^^'•^¦¦««¦«¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦^^áLi^ * »m* t* !¦*.._.!•! ^^<M«y*<íi»«ft»JI»W«» \íl*~-
Em vista disso, podemos Marlene não vivia longe
Reis nasceu como a ConVivor
ç,r: Marlene Margot . um ti», passou também -achan- Slt?Í ^^^<>^te»»««r^>*»»»>»»««s»«M»pjpw^^^ » »^ps»l|a«««a-^! 4
„, São José de Paraopeba, 0 com o rnijor, O major foi - ' "a* >«VV ^^^^^^^^^^^^»*»R»«t«««lllÉÍBÍÉÉ^^^^^^,i»^w^
Gerais. e. multo
lugar/inho de Minas ho- ,-o-a.muito simpática #'"¦-••.. • y^^^^^mmmmmmm^$y::y
"'
rifiyS»\1
*?««*=; 1
rífC-í»' *
, ,l
¦M^-'-i»|13a»«a-^jMiB^^^ ' ¦
íi.
pode-se
* - ¦
junho de 1940 começaram"5 esta- Contestação banal e.tplica ho en- tos alemã diiniiiuiii, por falta de i'izer que os aslrõlogos teem as
fcelecer uni programa de arma- tanto a atitude paciente do gover- liòes de libras, ou seja quase as matérias primas e íYião de obra.
¦despesas do budget britânico du- melhores chances de ver confir-
mentos adaptado ás dimensões da no dc Washington em* face dos' re- Acontecerá a mesma -coisa desta madas suas predições pelos cons-
guerra. O primeiro ano do pro- rentes incidentes- militares na rante lodo um ano. Mas, até o vez? Quanto às matérias-primas, trulores.de- armas, pois, segundo
grama foi inevitavelmente ahsor- zona da Islândia. Por . ai -expli- fim dc. setembro, sobre estes 13 sem dúvida alguma foram baslan-
cam-se lambem as hesitações do biliões de dólares,, somente mer- eyles. as potências ânglo-saxoni-
te- subestimadas as possibilidades
radoriás no valor- de 324.563.749 cas estarão, em 1943, bastante for-
governo de Londres quanto a uma dn Iteich na primeira fase-da
intervenção no continente euro- dólares serão -efetivamnte forne- tes para vencer.
guerra. A Alemanha possue car-
¦[IJ^Írata peu. Compreende-se que a produ-
ção de armamentos dos Estados
cidas. Apenas 925 milhões sobre
13 biliões, ou seja 2,5 % da soma
vão e, desde que pode explorar à
sjia vontade as minas da Suécia,
Unidos é destinada, em primeiro acordada. d* França e agora da Ucrânia,
lugar, à defesa do próprio pais. Os outros 97,5 % seráo entre- possue ferro em quantidades ili-
Eduardo Pinto
das diversas possessões norteame- gues, seguramente. Mas a Ingla
licãnas e do Hemisfério ociden- terra deve orientar sua politica
miladas. A campanha da Rússia
demonstrou que os alemães dis-
da Fonseca
tal. As remessas de material para atuai segundo-o material que dis- põem, desde que se apossaram do IMPORTADOR
Mm ^H^H ^H ^M§ ^mvmwM
Grande tteck 3 'Inglaterra tcem - aumentado, nõc hoje e não segundo o que po- petróleo da llumânia de quantida- «•»' ¦ — 1 9 a— .--
ds tolhares •- mas ainda sáo modestas em com- dera possuir amanhã oa..depois des apreciáveis da essência. Se
«wlsot. 7 •*._!«* De cevada, lúpulo, carameles
diferentes Fo- pa ração com as necessidades da de amanhã. conseguirem conquistar os cam- e mais a maravilhosa
briecçõo e van-
da exclusivas- de guerra européia. O ARMAMENTO ALEMÃO pos petrolíferos do norte do Cau- Cera... TABLETI.NA para
» O próprio governo amciicano Estas faltas são, repetimos, caso, em Maikop e Grosny, dos assoalhes .
acaba de publicar a este- respeito temporárias. Diminuem todos es quais náo -estão muito distantes, »»»»,,
MAPPiN & WEBB plgomas cifras muito instrutivas. dias. A máquina de guerra ame- conseguirão es alemães petróleo 166 RÜA CAMERINO — 166
End. Tel.: "EDUARDO"
A Inglaterra obteve, \rà seis me- ricana trabalha prontamente e ra- fKira toda uma. longa guerra fa-
ownoc* 100 — mo DE JANEMO i«s, peto Lcad-Leaae Act, ata ist» pulamcute. Em 1943, e mais tas- tura.
Tel. 43-1962
_í:~
DE BELEZAt PERFEIÇÃO
lati* de ter sido mobiliza- ingleses, [''alam um pouco de
pel»'como
simples soldado. Prò- francês e de flamengo. Você de-
du
cucava atrair a atenção dos su- vc ensiná-los a ficarem caladoç.
<|ue os
sa-
ob-
c»»ns- „., fechadura,
_____z_
a poria abrir-se, tes de salsichas, manleiga. doces',
1 zila menti».
Ds alemães cstã4» ativamente
empenhados em descobrir essas
da. R soube mais tarde que de organizações secretas. Quando
eu
mestre-
ter a colaboração deles na conversar comigo no pois de al:,'.««,,,s >,*ma<,:.s ...anda eslava CIM C.halon. um
VOZCS ásperas; e depois o estalo Costumava volta à Alemanha,
•truçào da iiova Furopa. ele. ram-nó de escola fi»i preso em companhia
de um chicote na carne ou o ba pátio. Um dia dirigi-me a
Fis que* de repente, como por frente de ontroVe pedi-lhe más uo caminho ele conseguiu
co- rulho abalad»» de socos. Km se na dc sua esposa. Sua casa foi vi-
encanto; o feroz Neuukirsch de um trem ein moviuien*
de «ovo e que )'nè desse licença para m»U- saltar
meçou a tornar-se macio;-diante
guidã, a chave.rodava (.» e fugir novamente. 15sse ho- giada. Km Ires noite, os ale-
os passos desapareciam mt cor- dar úm telegrama.
dc u«»ss<»s próprios olhos. É que Para ouile ? li vem disse-me: mães prenderam oo/.c soldados
das redor. As vitimas eram geral-
tivera uma súbita revelação Para Washington. — Íim julho do ano passado, ingleses que chegavam com car-
mente homens trançado* em >4»-
delicias da corruptibilidade. A Ií a quem ? l»s dc a presen l ação. A 1(1 de ju-
lilárias: muitas vezes, eram leva- depois da imssa derrota, os ale-
se .vendeu foi lt<»osevclt.
primeira vez que dos para longe', durante a noite.
A4» presidente
ler-nos conquistado |ho. a filha do prefeito dc Di-
dè um modo especialmente doei-: Quero pedir-lhe que não faça mães podiam
vi- 0 melhor prnpagandi.sU nazi ,4.4 ^«c,., W M pjjjj^gr «gr;^
i-nia deliciosa, francesinba con ^t_nm .IA i.»e ii, s,u ** «,..,
m»ss4» guar-
(U.ii-o para um passeio, afim
de que encontrei íoi um em liberdade. ter-nos feito declarar guerra a
para o da chamado Balir, que tinha si- r«««
Ficou ihuito contente com a pi- Inglaterra. Kslavamos profuoda-
obter Irai a mento especial
uuma do chefe de policia numa cida- . .. ,,,ente desiludidos de nós mesmos Quando em deixei, a Fiam,*.
. ... éuuhadü que estava preso, %Tí_,»
complicada. Dai "> dcziõha da Silésia. Procurou scr e da causa democrática. Os _ ale- havia pouca sabotagem. A opi-
situação" os
<»s Algum dia úm livro
.li. escreverei um ..
tal qual os franceses, embora
lal ^^ ^
*M*mmm.-i-¦ *- «- «¦>"< "s.,;;:";cx;;::;:':
Neuukirsch não parou
"
diante
mais; e com mil trancos daqui, ,„t ::«1««..f»» *«.« . «.»»». a «,«.».
„. ,,„s. d. prí.«. r»™«..m»m *™%*£,$^'%_',, a,i./.tó . «içi*.;- é .erri-c.. M„s ... íl.tmM .cj»-
- quinhentos dali; foi perdendo
1-ia nha f« «a «l« ««•* ,...,„ .
decência.
severo, e desagra- mandava a linha do partido, Ago- tecimentos dem.onslr.m qae O
aquele olhar "'" " "'- ¦£#-
flavel; t.reio que os outros, que ""'•" '¦ •"¦«*"
Í.JL: l™. »«>.««.».--W». * P»«. 4.-...C0. uáa „ deixa aUa.cr.
soa*. _*£. _J_
Iram ítmdameHlalmenU houcs-
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PAG. I© DIRETRIZES 6/11/941
"DIRETRIZES** E O DE-
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Comentários nacionais POXMENTO HISTÓRICO DO
*t*l, PATRONO OA CULTURA
"Dia
CORONEL DILERMANDO
tscolheu-se o dota do nascimento de Rui Barbosa
para celebrar-se o
da Cultura Nacionar. Rui foi um Jibera! e a cultura gosta do clima liberal. Ou DE ASSIS
melfeòr, só num clima democrático a cultura poderá desenvolver-se a
tornar um bem para todos. ponto de se
Para publicar na integra, em uma única edição. • depoi-
A pesquisa dos fenômenos, a apresentação e discussão de hipóteses e idéias, mento de relevante valor histórico -de Coronel Dilermande de
o amor à verdade, tudo isso é <jue constitue o instrumento àa cultura. E Assis sobre a «norte de Euclides da Cunha, DIRETRIZES vê-ec
tudo isso é necessário liberdade. Tudo isso não faz mal ao Brasil mas, oo para con- aa contingência de suprimir, em seu número de hoje. algumas
traria, serve ao Brasil. de suas habituais sécçõee. Preferimoe. contudo, eeee aacritfcio
Certamente, existem por aí muitos aventureiros, "gangsters" da inteligência a iet de dividir, em fascícules euceaaivos aquela reportagem.
tou "gangsters"
sem inteligência?) que não amam a liberdade de pesquisa, nem Nessas condições, ae secçõee suprimidas em nossa número
de idéias, nem de debate, porque não sobem pesquisar, nem
«em teem nada a debater. A missão deles é viver burromente bem. possuem idéios, de hoje. a que voltara» *» figurar na'próxima «emana, eão ac
Essa seguintes:
tem horror a Rui Barbosa, porque Rui é uma força moral, uma tradição degente to-
lerancia, de cordura, de respeito ao labor intelectual, às doutrinas e ao
mento humono. Inimigos de Rui, porque Rui representa a liberdade e a cultura.pensa- A SEMANA NAS ARTES PLÁSTICAS A S2MANA MUSICAL
; . A SEMANA NAS REVISTAS ESTRANGEIRAS — A NOVELA
O dia da cultura, por isso mesmo, devia ser um dia de debate do
problema
da liberdade, de luta contra os "gangsters" intelectuais. Um dia de afirmação
SEMANAL A SEMANA NO RADIO A SEMANA ESPORTIVA
de A SEMANA ECONÔMICA — A SEMANA TRABALHISTA
amor à ciência e à verdade como a melhor maneira de servir oo Brasil.
O MUNDO EM TODOS SETORES FRONT LITERÁRIO
SECÇÃO DE GRAFOLOGIA
A GUERRA E A MORAL £' o seguinte o sumário do próximo edição «le
*Jm jornalista ilustre, e Sr. J. E: de Macedo Soam, escreveu domingo iitime
o seguinte: DIRETRIZES:
•O Bmail carece ateie momento
malta maio «a inteligência da aue da agitação eaeecrática ae da CESARIO DE MELO — O PADRE CÍCERO DO SERTÃO
retlair das armas. Precisa ene .aa Inteligência se ilamiae, «ae aaa caavicçãe
ee ferme nela pa- CARIOCA — reportagem de Joel Silveira.
lavm escrita e filada." O joraalista eateade qae iaso é indispensável,
moral — -o governo no tempo de guerra deve ser a resultante
por*ue a guerra é uma ceisa GAGO COUTINHO E AS SEREIAS — omplo reportagem
da vontade nacional no pedestal de Edmar Morei, o único
de inabaláveis e defiaitiva. convicções do espírito, isto é. aa sua verdadeira biógrafo autorixodo
atitude mor.1". do Almirante Gago Coutinho.
Sem dúvida a Sr. I. E. de Macedo Soares tem maita razão, ti necessária
aue a convicção mi- O GONGO SALVA OS CALOUROS — completa reporta-
etoaal ae forme, «ae cada am saiba os seus deveres
para consigo, para com o Brasil c para cam a
humanidade. Sá assim ê paasivet formar-se uma convicção nacional,
que é uma espécie de desço- g«m «obte as horas dos calouros nos estações
feerts da verdade. Certamente, é esae am problema moral,
*ae não interessa de imediato a todee. de rádio.
For leee mesmo, ele deve ser debatido amplamente "pela
palavra escrita e falada". Debatido livre- MÉDICOS QUE PAGAM PARA SALVAR DOENTES —
mente, pois sem liberdade nãe c passivel escolher entre e bem o reportagem sobre o problema dos hospitais do
mal. Mazzini dizia, com bastant
vazão: "Sem liberdade, nãe existe a moral." Rio de Janeiro,
COMÉRCIO E INDÚSTRIA f U LUTEI CONTRA HITLER NA ALEMANHA — narro-
.Anuacia-sc aue a Departamento Nacional de Indústria e Comércio,
do Ministério 4o Trabalha, tivo emocionante de um fugitivo da Gestapo.
vai aer reformado e para caidar disso foi nomeada uma comissão A RESISTÊNCIA CHINESA E OS BARÕES DO MIKADO
A providência é apertona ti aa-
hído aue o problema trabalhista absorveu de tal forma o Ministério — grande entrevista exclusiva de S. Excio. o
do Trabalha «ae ati aingaem
levou em coata ene ele é também do Comércio e da Indústria.
Resultado disso é «ne outro, orgãee Ministro do China no Brasil. Dr. Shao Hwo Tou,
tomam a si tarefas que deviam ser executadas
pelo Ministério ei» apreço. detalhando todo o desenrolar dos quatro anos
O Brasil inegavelmente vem progredindo industrialmente nos
últimos tempos. O Cato ae com- de guerra sino-japonesa.
imtm a alho aá. Mas o Departamento de Indústria do Minietério
do Trabalho, se qaiser prová-lo aãa OS ESTUDANTES FALAM DE LITERATURA — continuo-
pode. rorqae aãa existe ali am serviço de estatística industrial
perfeita. E a estatística é a base
para aaalquer prova nesse seatída. ção desta oportuna enquête.
A aaséacia de tal servida poderá até levar estudiosos do as»«nte BRANDÃO ENTRE O MAR E O AMOR — continuação
a equívocos perigosas, qaaa-
de esses estadiesos, impaciente*, tentam a elaboração de audaciosas
estatísticas próprias. Também do novela coletiva de José Lins do Rego, Rachel
nesse terreao, poderá verificar-se e engano em de Queiroz, Anibal Machado e Grociliano Ramos.
que incorremos quanto à população do pais, que, feito
• ceaso de 194«, receou de 45 pare 41 milhões de habitantes. .. MEMÓRIAS DO MAIOR CRONISTA ESPORTIVO DO
PTJ*m?.*9l?a4ÍmV ' ref,,,m" E,«.« n5« ¦* oportaaa, «as BRASIL — segunda porte dos revelações de
inaispeaaavel. E que seja e«e-
catada cam vistas largas ! .-^^Orv» .."'ÍS*^;»^'?.-.' "^:i>*NK.ãt^'^.» 4. ,'-**!-*«i(S«r-.ei Mario Filho.
COMÉRCIO, PRODUTOS E LATIFÚNDIO
O Brasil exporta ainda m.itoa
tamente, «em a sua economia nem o
asais am pa.s s.mple. produtor de
gêner- «e ^bremeaa: café, ««aa, laranja, banana. Mae, aer-
seu comércio se baliam .pena» ai™. Com efeito, não
sobremos.. No. último, tempo. a. sobremesa, teem
somos
perdido
EXPEDIENTE
terreao em favor de outros genêios
Ao fim do terceiro trimestre
alimeaticioe e sobretudo das matériaa primas
deste a-, .« cifrw do comercia exterior revelam o aeg.iate:
DIRETRIZES
qHe "" f'Ual Perí<M,# * "¦• »-*• "«««"««« — ** %, figuram ago- Propriedade da
Zra rDêr8Y„"m:_TT
apenas com 45.6 % «o
passo que as matéria, prima. ..biram de 42,* % EMPRESA EDITORA DIRETRIZES LTDA
liem melhorado bastante a contribuição das manufaturas, par. Si.5 %, tendo Um- DIREÇÃO de Mauricio Goulart e Samuel Waiher
pois dè 2,« % se elevou a 3 9 % *
SECRETARIA de: Augusto Rodrigues
tador do Brasil e t.p.camente de sobremesa, ti o ..«a velho « ub.ro.. café que eqaivale a 28 4 Sf,2?5ÍSA»feAfranio de FreiUs Hvuzxí
- Carreiro de Oliveira
•-r°">""'""}*"
PUBLICIDADE
ZT£J T rtM"'"—¦ • ','°4U'- "-•• ~«»«í 2 c- », %,
REDAÇÃO
d» «*•«*•*« brasileira a. carne. • o cacau, o. ^"^^75.^ MaIrl,Ih".lResRO' A,varo
Unem *2\£V
tíZ .Prodnt°':<:hef-
com 12,3 %, sao gêneros alimentícios. quais contri- Moreyra, Franci*,o
ae Assis Barbosa e Joel Silveira — Redatoft»
° ,,lo«ím m*ior "Unificação encarado de um D'Horta - Movimento
ponte de vista maia ampla, pois todos «««.
•redutos se ba.eiam, trate-se de lavoura oa cri.çãa, m.j. o. menos Carloa Cavalcanti — Artes PlásticasTrabalhista.
£r,,£!501^P'<l.r0,M,
¦«««*
no latifúndio .. Marqaes Rebello — Discoteca.
PENSEMOS NA VIDA.. Marillo de Carvalha — Música.
*U """"f* •- —•"¦ N~ ""•»«¦*• «~ ** «* ~ S-e eej. e*e Nassara — Rádio.
m.ada^^rjrr" Z Heitor Cunha — Mando em todos es setores.
R. Magalhães Jaaiar — Cinema.
DUAS MODALIDADES DE ESTU l~*í)I sem dúvida extraordinário o interesse despertado por nosso esforço, no sentido de apre-
" cnquête". Aliás, o interesse — Quais as suas leituras
DANTE y.r
£ sentar, ao público, a estudante brasileiro, através de uma alem dos livros didáticos: Pre-
Depois de alguns telefonemas, não se restringe ao público, mas se estende ao próprio estudante, à grande classe estudantil, fere jornal, revista ou livro ?
o repórter consegue localizar Ea- que, como é natural, não poderia estar a par da cultura e dos problemas de cada um de seus mém-. — Qual a sua opinião so-
bre a literatura nacional em
clides Aranha, 2." anista da Facul- mbros cm particular. A repercussão alcançada por nossa primeira reportagem, foi verdadeira- face da literatura universal?
dade Nacional de Direito, que nos. e de certa maneira inesperada: Bra nossa intenção, desenvolver sobre cada
recebe em seu escritório e nos mente surpreendente — Está ao par da literata-
convida a sentar. Explicamos a assunto, escolhido, dos vários setores da vida do estudante, uma única reportagem. A primeira, ra nacional moderna? Qual o
finalidade de nossa visita e ele como se sabe, foi sobre o estudante e a literatura. Esta que hoje apresentamos, focalizaria* vulto que mais destaca?
observa que não tivemos sorte ern Miis o súbito interesse despert ado, junto ao público e 4 — Na literatura moderna
pois, outro, aspecto da vida do estudante. nacional há algum escritor do
escolhê-lo para responder às nos-
sas questões. ò classe estudiosa, por nossas questões de literatura, animou-nos a insistir no mesmo tema. S-uge- nivel de Machado de Assis e
¦— Por que ? indaga o repórter riram-nos que 7iiuitos outros estudantes deveriam ser. ouvidos. Aquiescemos. Outros estudantes fo- Euclydes da Cunha?
Eu explico,-diz . Euclides — ram ouvidos: Apresentamo-los, hoje, aos nossos leitores. — Qual o livro nacional ou
Vocês devem procurar o verdadei- estrangeiro que lhe deixou
Ai' verdade, todavia, que não nos será possivcl, em nossas futuras conclusões; chegar aos ri- impressão até hoje?
ro estudante dos dias modernos. ' maior
Aquele que trabalha e que estuda (jures da estatística. Isto caberá ao Censo Universitário. Mas teremos sem dúvida, no final de — Qual foi a literatura es-
às próprias expensas, com esfor- nossas indagações, um interessantíssimo bosquejo, cs cru pulo sam ente honesto e sincero. trangeira, mais rica? E na
Co e vontade. Ajas embora dividin- atualidade?
do o seu tempo entre o trabalho uns.. ________ — rode a guerra influir
e o estudo, os jovens de hoje fa-
____________ sobre os escritores nacionais?.
zem muito e vocês concordarão tt- Qual a sua opinião so-
ao fim, com o resultado deste in- bre a coleção das moças?
quérito. Por isso, eu não posso fa- — A literatura infantil no
lar.por esses que... j_f ¦'.V''-'«qoyvy-.
'.w.. mfS&ICf- ^3«8&. «¦
v•••*•¦• jTqol K».-
B___t____f_. tMí****'
.•*^^_____-_pi
^**-
afr *
w'" Brasil já alcançou os seus ver-
Mas, interrompe o repórter ^> -'¦&.-'.
-S» i*_sSs?- g_r%. dadeiros objetivos?
o que nós queremos é que você 10 — Qual o maior poeta na-
respondia às nossas questões, indi- -dfflSBfh ; '>$? shHp' t &».°:"r"*' '^tfl__9§£ cional de todos os tempos?
vidualmente, sem representar nin- 11 — Que livro de poesias
üuem, que não seja o estudante nacional poderia ser incluído
que você é. na literatura universal?
Euclides procura ainda, fugir às 12 — Os cinco maiores livros
nossas perguntas mas o repórter da literatura universal?
insiste e ele afinal concorda:
Pois bem, no que se refere a
literatura nacional, encontro um to de romancista, é Jorge Amado»
valor extraordinário neste curto
% por seu processo panfletário.
espaço de 400 anos. Pelo ponto em —i É capaz de encontrar, pergua-
que nos encontramos atualmente tamos, em nossa moderna litera-
a projeção que conquistamos, tu- .s!. :^| tura, algum escritor capaz de so
do o que possui mos, é deveras si B?^^^^*tBI _P^^^*^í_íar ^__l P^^^^^^^B ___________^__.^^'^._^í^í ____H£|PQ_n_j( igualar a Euclides ou Machado?
gnificativo. Poucos povos pode- Encontro sociólogos tão bona
'^mM KJSyffiHHJgffi
riam apresentar tanto, em tãn < - - ^;'-:^^Brv^x^B Br .^B jÉfcee^*''" ^_______B _/***_«-*_. w- - ^^B
?/-i
^^BgaflBKx'
como Euclides. Mas quanto a Ma-
¦*» i_ pouco tempo. - ' '¦' '______________. •':'•'¦ ''"S?.^-„ *'}'*l_t. chado, é possível encontrar escri-
E a moderna literatura nu ffl 1» ¦ Ji___»**'______l ________ Bfc.."'^''¦ 4. tores mais nacionalistas, mas quo
cional? perguntamos. '-¦''%- *^>^ '^tSft-.r^ **x 'y~ não conseguem superá-lo na for-
Sem dúvida verifica-se uma JSêV «______ _________________! ______________ -^mW wSxFÜm-^ íy . à
ma.
acentuada influência do meio. Ve Qual a literatura estrangeira
nos o homem do norte descrever Hi_i_R-V-*.*!*'*•'•* -*-'•_»"-'-.*. mwCimvfysl-y.- ¦ '•*0_)_____trS*->X-.*_*I..M H#W5'^ _____M _________-n^___________________^Wp*' _____P_____r>^^*Ok mais rica no passado?
o ambiente do norte. Entre estes $888... í ____./ ^tó_, >__í ¦ '•' '____!____? -___l _K'vl__ l-Síf ;»%____í \ Francesa, tanto no passado
vemos José Lins do Rego, Jorge como na atualidade. E André Gide,
jSj_^^33^'X'*v^%''*4^j||_fli_^r^ ¦'• __________ _____¦ J-B ¦___^*'*'*'*^'Ív^^%?y^^__WB^-lfotf' •¦'¦'•^^^L'
Amado, etc. Outros há, entretan é na minha opinião a maior figa-
to, que enveredam por outros ca-. ra contemporânea.
minhos, tornism-se científicos, fa- Acha que a guerra exercerá
zem monografias, como Ovidio da influência sobre a literatura?
Cunha, que escreve sem a noção Sim. De todos os modos.
precisa e científica dos detalhes Principalmente, determinando •
confundindo RUter com Ratzel 1 ¦tív'''':'"'''''i% ¦;.;••-. _a_JJ_B _-BcBBPM-É-_ÉÉÍ------J'.:/1.---S-. *•"¦£&..
*¦'<__________!
_____ufW %^Ê _____K-'V^
'"'£¦'
aparecimento de novas corrente»
' ou-
etc. _HI _b8_1s^'**x"&" í>^ ¦ ^IB ______!^'^_9*!^*^__i___i __________¦____________ ^^^¦yBffi^^S BH&*-"*"' literárias, algumas ridículas,
Alem dos livros didáticos, o * *^&m^hH ____________^__________________i________B trás de vulto, como sucedeu n»
-j_L__i _______?S*^&* •'¦"¦.-'¦'.* . •*"' ____________¦._______. ________________________! _íÍb______________í_______- - -
que lê de preferência? pergunta- guerra passada.
mos. ^^^^^Wl _____ÉÍ___________D
-*¦ E diga, o que acha.da litera- i .
Leio tudo, responde Euclides. ^R _______nB%K!_____B ________________i!_^ _Bc tura feminina no Brasil?
mas, quase sempre, só até a meta- F,u acho que devia tomar no-
de... «¦ B^v.*
'¦•''')'¦
. * - * va orientação. Orientação maio
Qual o livro que lhe deixou ^________! ________ç%________! ___¦
realista, mais humana, como tesa
maior impressão até hoje? feito Raquel Queiroz, atualmente.
Dois, que eu me recordo: ™ ' •'.¦'¦'-* Finalmente encerrando a entre-
*"Canãan" e "Memórias Póstu ^^^JflWíwjWj^PWJJSSÍÍW^ffl?^ •mmWm\\ m%wt-'
"enqnête' de DIRETRIZES: "Os Estudantes vista, Augusto Freire Belém opina
mas de Braz Cubas", e isto, sem Os universitários cariocas acolheram com entusiasmo a sobre as grandes obras da litera-
intenção de ser nacionalista. . e a Literatura Universal" tura universal. Escolhe entre^ aa
Qual a literatura estrangei- Acho que tem um valor re- literatura infantil norteamericana. A pergunta é difícil para obras que conhece, o "Candide",
ra mais rica no passado? lativo, porque, hoje em du,imu- E esta não tem fins educativos, mim. mesmo porque um estudan- de foltaire. "Hamlet", de Shakes-
A inglesa, incluindo nela, to- homem nos cos- na minha opinião. te do pré-médico, não pode «star neare, os "Os Maias", de Eça,
lher se .iguala ao "O faleci-
dos os povos da língua inglesa. lumes e a sua literatura, portan- Qual o livro estrangeiro que ao par de questões de poesia. Mas "Fausto", de Goethe, e
E na atualidade? lhe deixou maior impressão em arredito Casimiro de .Abreu do Mathias Pascal", de Plrandello,
Agora, mais do que nunca, a to, quase não oferece diferença. que
Qual o livro que lhe causou sua vida? seja o maior poeta brasileiro. A seguir o repórter se apresen-
inglesa. Só a América do Norte é mais profunda impressão? A "Divina Comédia",de Dan- Quais as cinco maiores obras ta à senhorita Lyllian-Mary da
uma verdadeira fábrica, e conta "Madame Curie" de Era Cu te Alighieri. da literatura universal? I.ocha, aluna do Instituto da A.
com mais de 600 obras, sobre Qual a literatura estrangeira Na minha opinião, só a Fran- C. M. do Rio de Janeiro.
rie.
questões de guerra, nestes dois — E qual a literatura mais rica mais rica no passado? ça, poderia açambarcar os cinco Lylliam-Mary explica ao repor-
anos. do passado.? A francesa, seguida da por- primeiros lugares, na literatura ter que em geral, procura muito
E acha que a guerra possa in- A francesa e a inglesa. Na tuguesa. Na atualidade, continua a universal. l*elo menos do que eu pouco a literatura nacional. Lê de
fluir sobre os escritores nacio- atualidade, a francesa ainda se francesa. ja li. preferência, livros estrangeiros n«
nais? mostra a mais ri«.., embora a Qual o maior poeta nacional? E a guerra, poderá influir na original, para o que dispõe de cer-
Sem dúvida. Como exemplo, Me parece que é Fagundes literatura? to conhecimento de línguas.
americana tenha sofrido grande
O "Saga", de Krico Veríssimo. evolução. \ ardia. Lógico. As guerras, provocan- O livro que maior impressão lho
Acha que a literatura infan- E sobre a poesia? pergunta- Acha que a guerra possa in- do grandes transformações sociais, rnusou, foi o famoso "Litle We-
til, no Brasil, já alcançou os seus mos. fluir na literatura? acrescidas dos fatores econômicos, men" da literatura norteamerica-
verdadeiros objetivos ? Qual o maior poeta nacional Sem dúvida. Se a guerra in- influem profundamente, incenti- na. Considera a literatura francesa
É assunto remoto... Creio de todoB os tempos? flue na liberdade do pensamento vando o surgimento de novos es- a mais rica no passado e a ame-
entretanto que não. No Brasil ex- Considero Castro Alves o v da palavra, por certo há dc in- tudos histórico» e fazendo apare- ricana. no presente, acompanhada
cetuando-se Monteiro Lobato, pro- Aprecio (iuir na literatura. cer, também, os sentimentalistas da alemã. Dá à literatura femini-
maior poeta nacional.
cura-se unicamente distrair, sem Guerra Junqueiro. Quais as cinco maiores obras cm geral. na. o único mérito de ser maia
também,
qualquer preocupação educativa. Das grandes obras da literatura da literatura universal? O repórter faz ainda uma per- sentimental i ...
E sobre a poesia? universal, Jenny Coelho "A Souza só São tantas... Mas as maiores, gunta, e o entrevistado responde „.:,.__'¦
PÁ&32 iVv
DI.R.E TR I ZES <V/U/«)41
(ÍSí* ¦*-¦--
_BSH--i:
IR 68 •
(Continuação da pág. anterior) escritor capaz de se hombrear, '§¥&%&* ou cão que se vem fazendo neste .en- "La bete humaíne", de Zola, Eu acho que está começando
«^ de Filosofia. Atualmente, ^ *í^^*e|?f*í «f* *fc tido.
r*\"~~ E sobre diz Carlos Paes Barreto. a se desenvolver com Monteiro Lo-
.«•rn; continua ela, «osais letras 2W* £* £u.*h-? Perguntamos, poesia ? :j; '10-- — "Madame Boyary", de Flau- bato, diz Carlos Paes Barreto.
' *'"«-
.£••». passaram po* grandes t ransforma- V_£|"£ PffÉP *m »-»«<¦« * Considero Castro Alve..''© bert, termina Nilza do Couto. Eu estou de acordo, diz Nilza.
d« m>l Áelhor d. í4sP^£;-e.ponde: . ; nosso maior poeta e entre as gran- i —.. a literatura mais rica, Qual o maior poeta nacional?
..'»» p>r. e- '*." " Qual
"' * des obras da poesia, universal-co- i.. passado, perguntamos. —
melhor para otimamente bem. De- li!".!. "" > "Obras completas de Cas perguntamos e respondem todos
pois, por outro lado, «literatura £lJZ l*l°ItAé-* «¦'"'^ .e8cr,tor. *P°* '**«> *f Itet-pondem todos: — A francesa, a uma voz:
ou tro.
dò Velho Mundo, sofre am decli- SíJL^ÍSÍV T» * '_," .A,v*8 • «¦* »»*»¦¦« *-1«« E no Oriente, emenda Nilza __ Castro Alves.''. .
ni« acentuado, em favor da ame- SKS^^S ?^ ?*, P°et,Ca ?"?.encerra- P»»8"* « WW do Couto Soutinho: a japonesa." — Existe alguma, poesia nacio-
ricaa* e podem*, dizer mesmo.' ^L- SSaiUi**J* ¦ ™*™ *****»*«? d. »"ocid-de
•m fivor di mcioMl rempa,
u» estudo serio J&™^* de sua pelos «agrados princípios abolido- E fique sabendo que a japonesa, nal, capaz de ser incluída na ii-
"J*"*" *' "^ tem coisas extraordinárias. l«*ratura universal?
€««• Mlf d- no^a modem. Í^^E*0 ?S ^^^^^»"^*^ E na atualidade? — Acho qué nãõ, diz Teimo!
literatura, possa apontar Éricc. Sg£iSfe'^ÈÍ! ?M reivindicações sociais Na atualidade, diz Teimo, me —_ Navio Negréiro, opinam José
nestas T?0'
condições, !raut°
V..!,..,..
veríssimo. contemporâneo
•- »-__.._. »**»»«* »__.___ „s_ jt •_ _,s.„i _•_de __ sua época.
_•-¦'*' '-•_ difícil destacar uma litera- Taro e Carlos Paes Barreto.
- É eapax de encontrar um es- P^vel saber ain- — Quais as cinco grandes obra* parece
%* tura; Otfras Completas de Castro
eritor da nossa moderna literatu- da literatura, universal ? 'termina
_ E - — "Os- Sertões". "O homem Idem, diz José Faro. Alves., Nilza.
C°m tinh* causado "Saiam- Eu acho que continua a fran- Quais as cinco maiores obras
ll^VWl Fe„ofide°s,?Parar
ou Euchdes? eio em profunda- Impres-
-£ desconhecido" de Carrel, "
chado de v». bô" de Flaubert, "Os Miseráveis" cesa, diz Carlos Paes Barreto. da N* .ratura universal?
É dificil comparar escritores. * quaIq|Ier "Eurico,
da? de Vitor Hugo e o pres- Nilza hesita, mas depois concor- Todos respondem ao mesmo
e, principalmente, escritores como tempo, e afinal, depois de passada
~ Não me recordo. Há certa» bitero", de Alexandre He reu.'uno. da com Carlos.
Machado de Assis. Talvez, em po- "—
espécies de -— E o que lê de preferencia, E o Oriente na atualidade, » confusão:
pularidade, eu pudesse citar Alva- calar fundo literatura, que podem alem dos livros a Nilza? — Teimo Pereira: — "Lusia-
ro Moreyra. em determinados in- didáticos ?. perguntamos "Fausto", "Don
Qual o livro que maior im diyiduos. No meu caso, não tenho . — Eu não sou mascarado... Pre Agora a literatura indú, so» das", Quixote",
"Crime e castigo" e' "Mãe", este
lhe causou? idéia de um determinado, livro que firo mesmo a revista. brepujou a japonesa.
"pressão — Foi "Judeus sem dinheiro" ten ha atingido profundamente
' Aproxima-se a senhorita Luiza Acham que a guerra possa in- último de Gorki.
minha sensibilidade. Gulkis, colega de turma de Virgi- cluir s.bre a literatura? José Faro: — "Fausto", "Wer-
de Michael Gold. ' ther", "Don "Lusíadas"
w Perguntamos agora â senhorita ; É qual a literatura estrangei- lio, que nos apresenta. Teimo Pereira é de opinião que Quixote",
Fanny sobre a literatura infantil ra mais rica em sua opinião? A senhorita Luiza acede em res- inllue decisivamente, como em * obras de Shakespeàre
Aí está uma pergnnta difi- ponder nossas perguntas e come- 1.14-18, com E. M. Remarque. Carlos Paes Barreto: — "Don
no Brasil e a nossa entrevistada ;-"-^.. "Pigmalião", "Lusia-
chama sua'irmã. Clara - Malin, de cil dè responder. Seria árduo es- •ça dizendo que aprecia de prefe- Jot>é Faro está de acordo e Car- Quixote". "Besta Humana" e "Fans-
«nze'ãnos~de idade"e repete nossa Pécificàí•. às literaturas mais ricas, «ência um bom livro que fale um los acha que até agora, a influên- das",
°8 P°*os» de acordo com o. Pouco da realidade da vida. Acha cia tem sido enorme, com o gran- to".
pergunta. po'8 Nilza do Couto Soutinho: — "A
Clara é uma menina viva e res- «etis grandes períodos, teem pro- tambem que os nossos escritores de número de obras que surgiram
grandes realizações li terá- „teem bastante mérito, mas reco- bobre o assunto. Divina Comédia", "Eneida", "llia-
pon d- prontamente: duzido e "Odisséa", "Fausto
-£u acho que já alcançamo. Tt*8' Assim, o grande período nhece que lhe falta tempo para es- Nilza .acredita que influirá fa- da" <• "Ta-
objetivo-, porque hoje a criança francês, como exemplo. ia»" suficientemente ao par da zendo decrescer a produção literá- »"aizo Perdido'^ de Milton
aprende a respeitar os pais, ser Neste momento Ayrton Diniz «ossa literatura, a ponto de poder ria e aumentando o número de as- Agradecemos e convidamos a
corajosa, patriota, aprende a ter volta a tempo de ouvir o nosso opinar seguramente sobre a suntos. otudante de música Ida Esposei,
confiança em si mesma,' a vencer entrevistado responder k nossa mesma. O que acham da literatura fe- que durante todo o tempo, perma-
es obstáculos na vida, etc última pergunta. Dá mais valor, todavia, aos nos- niinina? neceu junto aos nossos entrevista-
agradece e faz nova — Sobre as cinco grandes obra» sos antigos escritores. Acha que dos. ¦¦»•
O repórter Teimo: — Fraca.
a Fanny, responde: da literatura universal, eu prefi- atualmente os homens de letras — Ah! sorri ela. Não quero não.
pergunta que José: Desconheç>a
t — Na minha opinião, Castro Al- ro responder por autores. São os "áo são literatos. Escrevem sem- Mas, por que? — pergunta-
seguintes: Carlos: — Não leio..".
ves é o nosso maior poeta, e en- Shakespeàre, Camões, Pre sobre o mesmo assunto. Nilza: — mos.
Dante, Machado e Eçn O livro que mais lhe impressio- vido Em época remota, de-
tre as grandes obras da literatura "Obras "Uma vida", de Maupa.- a preconceitos tolos, a mu- Ora, eu não sei responder a
universal só caberiam as nou, foi isso...
lher era relegada a um plano in-
completas de Castro Alves". O DINHEIRO COMO FATOR DA sant. E no passado a literatura Modéstia, modéstia... A se-
Depois nossa entrevistada enu- PRODUÇÃO LITERÁRIA mais rica foi a inglesa, ao pusso KSjS* pJor T° nS* tÍnha P°88Í"
b'h lfd.e deudemon8íw 8»as ca" nhorita possue uma testa que re-
. mera as" cinco maiores "Nada obras da que na atualidade não está a™par
dos últimos movimentos V*Z„ receQnte™en*e' *»ar vela inteligência extraordinária.
. literatura universal: de Ayrton Diniz senta-se à nossa literários. li.?**
..novo na frente ocidental" e "Cri
'"D»;-
frente e fala: Acha que a literatura feminina é "<*" vu,to.8 co™°IS°Ph,f GfrBI"- Ida Esposei sorri, e retruca:
indispensável, "*• Mme. de Stael, Sevigne, etc. Isto é só tamanho..^ Eu não
, pois" de É. M. Remarque, — Sobre a própria origem, a como complemento
» a, educação dos pais" E mes- Jnna. "vo u-çao f«"«8a • esplen- conheço nada dá literatura nacio- .._
. me e castigo" de Dostoyewsky, tidssa literatura conseguiu absor- para dor d0B,8a.,0fs parisienses; prosse- nal, nem da estrangeira.
"A
_»___' _ • _
divina comédia"
_ ___ J_ _1 • _ fl J'
dè
W^_- __ 4 -_
Dante _.
ver o romantismo francês e a li- _ mo há uma época para tudo. Sobre Posso
"Don Ia Mancha" de I-ratura a literatura infantil, acredita *uf *Vo,"'ndo « «oJ« '"» *» no. considerar Stefan Zweig o maior
*?& Quixote de épica portuguesa. que Estados Unidos a literatura femi- escritor da literatura estrangeira
Cervantes, e finalmente um livro
'cientifico1, Isto indicava que alguma cousa já está se definindo no Brasil nina .e apresenta com alto
£_-.__. a '"'Astronomia —
popu- de completo «urgiria. E realmen-,Qual . o maior poeta nacional? de desenvolvimento.graunal.
~~
e Erico Veríssimo o maior nacio-
O livro que mais pie impres-
lar"'dé Flamarion."pedimos te alguma cousa original nós pos- p*£*u.n,. Acham que a literatura
Agradecemos e a Fan- suimos. — Coelho Netto, xT°* responde, e não no sionou foi "Qlhai os lírios do
reconhece alguma nacional, Brasil, já alcançou seu. verdade!- campo", e mesmo nao me lembra
ry que nos chame Mario Trigo Sobre-a: moderna literatura na- capaz de figurar poesia
«?e Loureiro, o ocupadíssimo dire entre ap grandes ros objetivos? Está em embrião,
de outro. ' ...
tor de publicidade do Diretório da «JSí'iS _ nôL«*?'?2™t¦"'*' *?'.*"»»¦ d* literatura uni.,^.o«.. responde
f«»«c c_r.u_.__a moderna.».-!_
Sobre
T , p.p„:*„ literatura na-
luculd.de de Odontologia, fc te. ^Tninião « «síStÔ õiínt°o IS" ^°^ W entrevistada ,*'.... ç-lõiiAl nada sèi. Poeta, o maior,
ftoiireiro e diretor tíe football d.. S&Jf '"•""*'• as cinco maiores obras Jobc Faro e de opinião que em- scho que é Bilac.
ürte^*««?--?£ 1™ *m da literatura univerwl: " LUsía- hora não
r. A. E.. IS!:?8,.;,PfreCe",nf nivel relativamente igual. 5ue.*8tao se possa ainda citar A verdade é qué eu'pouco leio
"Divina Comédia", "Enei- grandes
No Diretório Central de Estu - • - romancistas d.s", obras, temos todavia, Meu irmão é que compra livros ê
dantes, ^Os são frutos, da" dC Virgílio. "A Besta Huma- autores em Monteiro Lo- tem uma grande biblioteca. Ma.
trabalha-se ativamente
' Estudantes de todas as Faculdades são reflexos . da nossa litera- na* de Zola e "Os Miseráveis" dé grandes bato • Veríssimo. „„ quase n5o vou lá. É é só...
tura Creio, portanto, que Victor Hugo.
«• Escolas Superiores, passam não épassada. possível estabelecer compa-
i apressados, máquinas de .escrever ração com
. salpicara ruidos para todos os Ia- •n
. dos, telefones tilintam, estridiilam
campainha, -toda . atividade tó^Ç^àSlÊ^^SíSS
. de uma multidão jovem e ipquie
os atuais. Alem disso,
estudante brasileiro luta contra
OPINIÕES
"tod»»tM
*r° c»ni«nt°- SãoP"«
DIVERGENTES
Agora o repórter convida qua-
eles:
mm® ELEINÊ ROSAV
responderem
Teimo Pe
?.,
m",s 1L7.ͰH#ocuP*r-»« «!« ,,t'r*tMr^„ ,3.qM em
tas. Em uma sala próxima, alguns ., reira, da Escola de Belas Artes;
Fazemos uma pergunta e "Rati- Jogé
Fáro, tambem de Belas Ar-
. «-.tudantes ensaiam uma peca tea- «ho responde: teB. CarIo„ p.eè| Barreto>
i trai, que o repórter procura ou- *
de Quí.
Vir.-Mas eis que chega Mario';:Tri- rica .i.Tm mie*< e Nil» dò Cout« Soutinho.
foi a iW francesa. 4er*t^r*_t___"f_U
Na atualidade. ^ Filosofia
••:¦'¦¦¦
1
E continua: .—*—:.Tèmosperguntamos. .*.'A,-..-•
— Temos valores ' apreciáveis e Buffon já dizia que o estiloi éó
homem. Logo... ..'•*, h pontos fortes, diz"Téí-
de f(no quilate. Você me pede um mo Pereira, mas não podemos es-
vulto da moderna literatura na- Alem disso, é irrecusável que o
individuo escreve de acordo-com labclecer paralelos •:(cOm a univer-
cional, "seu" repórter. A respos- •> •;..
ta é dificil, porque você, natural ambiente e as circunstâncias ex- tal. \, %¦
teriores è interiores. José Faro não concorda: ••'..£''
mente, quer o maior. Pois bem, Acha que a literatura infan- ——Eu acho que a nossa litera-í
respondo temeroso, de estar fa- ti! no Brasil tura nada deixa
xendo uma injustiça: Érico Veris» seus já tenha alcançado trás literaturas. a desejar às oa-
verdadeiros objetivos ? — Pode dizer, emenda Cario.
«imo. E', na minha opinião, i- Não. Por mais que se faça
maior contemporâneo. Paes Barreto, que, embora esteja
Qual o livro que lhe causou neste sentido, sempre haveremos em franco progresso, a nossa lite-
m maior impressão? perguntamos.
Até hoje, o "Luxuria" de .'.
de achar que ainda há o que fazer.
ratura náo pode estar ao pé das
outras literaturas mais antigas.
Kessel, na tradução de Gastão CASTRO ALVES, O ARAUTO Nilza acha dificil dar opinião
Cruls. 8übre a nossa literatura.
Acha que a guerra possa ter DAS REIVINDICAÇÕES SOCIAIS •— Mesmo
porque, diz. ela, ain-
Influência sobre a literatura? A seguir, ouvimos Virgílio Pires da estamos em princípio, o que
De duas maneiras. Primeiro. de Sá, do A."
'»or- ano da Faculdade (orna dificil um paralelo rigoroso.
estlo; segundo, no conteúdo Nacional de Direito *e : t — Estão ao par da moderna li-
•tomo fator psicológico. presidente
—- Qual ò maior poeta da nossa da Federação Atlética de Estu- fé'— ratura nacional ? perguntamos
dantes Nào, responde imediatamen-
literatura? — Em face da literatura uniyèr- te T^lmo Pereira.
* — É dificil -¦¦..Tào pouco eu, responde José
is». ¦-..- dizer. Temos gran- sa), começa ele, nossas letras
de. poetas, mas variam todos'eles. representam um ^ro, nao estou muito ao par. Mas
esforço
no estilo. Mas Bilac no seu gene- atendendo às dificuldades colossal
de toda Ç08*? destacar um vulto em Lins
ro é .grande. ordem, como sejam, o meip, a do R*e? e Ri»e,r<» Couto, ineistin-
—— Quais os cinco maiores livro* nosra nouca idade, etc. Quanto • d°'
«mb.orO; em que não sou gran
da literatura universal?""" à moderna de *dmir«dor da moderúa litera-
"A divina comédia", "Os literatura nacional,'eu,
Lusíadas", "Luxuria", de'Kessel. mas
francamente, não estou ao par tura nacional
posso apontar Erico Verissi- Carlos Paes Barreto tambem
"Contraponto" de Ilúxléy não está
••Werther" de Goethe. e n.o, como Um vulto. Por isso mes- ao par da moderna lite-
mo, concordando com o meu des- ratura nacional, embora encontre
..Mario Trigo se levanta. Tem mil conhecimento da
coisas a fazer. moderna Iitem- em —Não Lins do Rego um vulto.
tura nacional, me é impossível en- admiro muito a literatu
Convidamos Ayrton Diniz, o po- contrar ra nacional, diz Nilza. Por isso não
"Ratinho" quem se iguale a Macha-
poular dos meios espor- do de Assis ou Euclidès. a procuro muito. Nela só se en-
E sou
MaS Ayrt°" eatâ «PreèT.dor^de" EuclTdê-Ttend contram frases soltas, sem subs- •^
íÍn?.ut8iadantÍ8J
ensaiando e pede-nos para espe- 8eu "Sertões" o o tância.
rar. • sido o livro que São capazes de encontrar na
mais funda impressão me deixou,
Enquanto esperamos, resolve até hoje. moderna literatura nacional algum
mos abordar o estudante de Di- Como maior literatura no pas- escritor capaz de se igualar ou
reito, Carlos Aoberto de Aguiar, ~ado
e tambem no presente, esta superar Machado de Assis oa Eu-
que gentilmente nos atende: fora de dúvida que é a francesa clides da Cunha ?
f>,i*. '.-: * • — Ê com prazer, começa Náo, não —respondem todos.
ÜK,; ele —Acha que a guerra possa in
" lite*minn "«cional Inir na literatura? — Nova pergunta e responde
2_Jf«„|Vfm08
adquirir pergunta Teimo:
mente nacionalista.
da nona prosa
om aspecto
moderna,
acentuada- mos.
Como vulto Sim. E a prova é o
grande Lembro-me mais de autores continua o sucesso de
posso número de obras que se vem pu- que mais me impressionaram: na
apontar Gilberto Amado, não tan- blicando
ío pelo autor, mas por seu livro
"Inocente,
e Culpados".
a respeito.
E • literatura infantil,
já ai
literatura estrangeira, Panait Is-
««-ti; na nacional, Euclidès GRANDE OTHELO e LINDA BATISTA
ob*«- - A mim, o livro
— É capaz de encontra, na mo-
derna literatura nacional, algum
vlTi: B»"l ,Verdadeiros
?L 5im Sim, devido 5Í.M
grande evolu- foi a , Pr«-8ao
"MemórUi
de um mediei"
me causou, diz José Faro
no GRILL DA URCA
que maior im-
\m%J
BE """- ss_s^í_B-í_w_a_»«iK_.
I
_L I II
lUuLIUlò -_ .
l''lll'L m
^^ ^^»^^ fmmm^SMmem ^Sss\\W
DA CUNHA NAO FO '^______l ' 'IV ^B^àmmW ^___________^_r ___M Q
n
rapaz honesto".
após • sea primeiro julgamento
no tribunal do júri, o tenente Di- Interrompe a leitura para infor
lermando casou-se com a viuva do mor que o beleguim é Aldroalde
_______N^___1 ____¦*¦*•* v'']1* ¦o-^y_wt*rJHBw_-------R _M|Wl3^lB^^^^^BB3333^IBÍl33Tfci^ZTT^^I----í^----------í Solon, cunhado dc Euclides. Cou
escritor. Só mesmo o propósito de
^^^^^B^|B^M_5»^BkI1I^ ¦¦--•'^Ste>-tf1'.^ B desfazer a mentira, confessa-me. tinua a ler:
fc^lgv^-.Wt'?'. "Estou
obriga-o a assunto tão delicado. bem certo de que o meu
*_______! ______ví-C^ir%iT'*V-:?*^3 velha amigo o general Solon con-
Uma pergunta logo se impõe:
siderar-me-á sempre como mere-
Euclides teria sido o autor da
pfe- _B*??B B própria infelicidade conjugai ? ço; mais conhecedor desta vida
&'
ii • Ouçamos a resposta:
e mais experimentado, ele aqui-
ij^l ^^t^^^^l ____B lotará melhor acerca destas coi-
Euclides da Cunha — disse
sas.
me o coronel Dilermando de Assis
em vitima .do seu temperameri- Não veja nestas linhas o mi-
nimo traço de rancor; escrevo-as IP
____fl ____B ¦ . to anormal, que o arrebatava aos
-,j extremos do bem perfeitamente sereno; a minha
e do mal. Em sã conciência, tão agitada às vezes,
conciência, não se poderá afirmar
está neste momento perfeitamen-
iH que ele tenha sido um bom ma te lúcida.
rido. Seu procedimento com a es-
_ ^1^1 Depois da triste desilusão
poBa não permite tal suposição que í( :-*"•...
sofri só tenho uma ambição:
Insultava-o, vexava-a diante de e»-
afastar-me, perder-me na obs-
tranhos, afugentava-a de si, es-
çuridade a mais profunda e fa-
#Í* quecia-a em troca de suas pre- zer todo o possivel para
ocupações intelectuais, abandona- que os
J|l que tanto me magoam; esqueçam-
1 va-a longamente. Foi ele quem
desgraçadamente, lançou-a na des-
me, como eu os esqueço .1 •>¦;.¦..'
J
_iPv'-
podia concluir de outra forma.
«ife-
**:~..~—,¦ iiasi '¦ '¦'•<= ¦
*>£ .Li.-.*-- ÍL ,c. , i¦ imiiiIiii ¦«ummfiiiwaapa—mmia>'"uuuL\í**ím. ^a^a*a*a*assBasj*i*g3 Sn*fl Bsi
*«t_H itttiUie,^.'piTi:rT^".,;i,«jiTj_ _i_. jjtjssnuaSJBBBsasnsnS—Bff*t<BJ3g,'lllf*lll,B,Bja*^l',*',''a'aSBBBBaBBmB>*^
B^EOftjagflfjVG ' ** *¦' " "'••^?-jaaUBSB<slataa***aSa'aMBMSSBfc ,
w^ÊmÊm^ê.
JBafl l^"?*7****' ¦aá/pasaia i'i iiia> ,, . ..
rinho, de zelo, de dedicação, o tido com os. homens inteligente*. '-üvímU*<-« .""''¦"í.^áÊSfsBBsr^;
*s£*m~Cm *£t. 4*4s%M*Mss. » S-*
aconselhava,, o advertia, o arre- /^^m.
nesta terra, «sr viagens que tens
^
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'ycs-ãv*.
0 a^uí
dade, cena que nos enche de pa- noel Rodrigues Pimenta da Cunha
nor e de imensa comiseruçáo,-mas A verdade é que, em face desses
que seria inevitável, falai, dados testemunhos insuspeitos,
*4S*J <y^C 4**^»* «^«fc ^^ J.Jt. mm
rs precedentes que a determina- tem-se f^C«^- ^
de concluir que D. Ana era esposa
r.im".
e mãe exemplar. Era ela quem ma
§s
A seguir, o coronel Dilermando tricufeva os filhos nos colégios A a^éíyi^^. OU. ^*^ua. CLc£ Ct. /t^mÁ^e-c*. '
lê outro trecho do depoimento dc quer em São Paulo, quer no Rio.
Júlio Bueno: '.y^íl... . e jamais acompanhada do marido
"Nesse
tempo, 1895, conheci a Vejamos o que diz o pni de Eu
esposa do malogrado moço. Era c lides numa outra carta, escrita *9 VumJ~ é&U*, £*£* l^ l^c^m . Á-<* X t-u*. à/Z s*
ft*4.
verdadeira dona de casa. Exercia em Trindade, no dia 16 de í:*. &£ ¦ . .
julho **<*-e ***. ~*^t ¦**ruJm2
eia, felizmente para a felicidade de 1905. fi£k&j/L.«,/6 rimvr a-^i<^r, Jí*?
,do lar, nm grande ascendente so- Lê: *ÍL*A^a^0*
br* o marido, aconselhando-o, "Como
te mandei dizer, a Ani-
procurando arredâ-lo das bancas nha veio aqui com os meninos e A*V*-^ **U. a
de jogo, visto lhe conhecer o gê- regressou ho dia dez do corrente Jr?*.
nio arrebatado, o seu . tempera- */<-*^0 ts*-0
para Sao Paulo e Rio. Esteve %*1*U*U. Z*4st^
mento de impulsivo". aqui dezoito dias e fui com ela
E a coronel Dilermando asse- olé São Carlos, onde esteve com 0 IrW £*tt~-~T^a*- CjC-C JL*à
vera: tua irmã. Eu aconselhei-a a se-
•**,.;í
— É o depoimento de um inti- yuir para a companhia do José
mo do casal e não o de qualque* na tinia, onde estará muito bem
flBBK*3flpS*^*^S3^^^^g]*^
\\\\\ MmWtjXat-*-l£jL'\
'JbBBsI BSBBbV 'V* ¦ *)*S&MMM\mW*Zf^SL*Tíl'VJCTbstbmbW^
I pOt-^^^f^u*
^Á^pt^C^V. At->Aac Çt^
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.¦..'.'•'•'.- . *r ? .í^&í»-'1'*'¦•'''"*'
Hi&AiMÍial a v*JaaUaM., . .^BnnnnnnaT-^'IfíMswSIlSSS Sis«bwH •í •
jgy.fc>afl flrfl PÜ^*- ¦ fl Rt)Ú!£ llvâ A Cm*. ** <-—_2c <y ^T. -^ ^jt, t^r*-*--,^l''*^^-->
C+l-a-^n.J^*^.
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*' tasal BsTj^BW^rBBHTrl!H! -BPlj '*ev^ffibíWiflH
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B^s^CT^fl gBSs ** *• *ussnl bBt^^^Í
"""Ír*" ¦&''jsir**Í^^W
BBBs! BH^BU-^BsI MMmr**\ilkm'* ^P W»
*"V/V a^B^aC^i^ÍI BBBBBBBbI BBBBV^'?hsn9B^BBH
bbEsí- t&*"£" '¦> ¦ *^*^5WBFi-Viff•'vTywB Hr^Ba-i L-ssflilíSS W
¦u*àv*Ê* >'^^twB Ia' • ' rT-,*^.*^K üECJaB
- í*' a4?3a-J tCiAst f-<*^C4^*+-~- 4*^*t*<M^-> - * CL+-*. <-*<U4^at
¦^B Bssr^^yr /waBsr^Bssssu- JHaai BftttlBnSZwMafl í*-*-4-
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atais na pensão de Madame Mo
aat e sim na rua Humaitá, que
passei a visitar aoa sábados, ate
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liei ralo tio licncrat José 1'acheeo de Assis, tio i>:ti..-i-> ao l.oiu-
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-twrgunlou o seu marido se ela, *Pr***nt*v+™. claras e Insofisma-
informante, havia
seu corpo, ao que eja respondeu,
diante da pergunta,
«profanado
que havia
o veIs da 8Ua infldelídàde. '
Logo a seguir, acrescenta:
— Dos encontros posteriores que
que a Escola de Guerra terminou
nel Dilermando de Assis. Foi ele quem matriculou o sobrinho profanado só o espirito;" tive com Euclides, nas férias de
a sua transferência, para Porto "...
na t-scols de Guerra. Dilcriiuirlo, alem desse tio, que era tam- que o acusado deixou, 1P08 e no primeiro semestre do
Alegre. Parti em março, quase
liem seu padrinho, teve outros que auxiliaram a sua educação. então, de residir na casa dela, in- «no seguinte, embora não mais
três meses após a chegada de Eu-
Joaquim Nicolau 1'atto e João Carlos Ratto, negociantes em formante, recolhendo-se á Escola trocássemos cumprimentos, jamaia
clides. Santos e José Affonso Ratto, lii-uiem dc fortuna, residente em Militar onde era aluno, indo á rMUltou de sua
Fas uma pausa e prossegue: Uberaba, Minas parte a menor ma-
tua casa aos domingos e em vi- BifegUçio
— O que se passou, então, en- agre8Blva , minku p8ft.
mentos, e disponha dos poucos ali estudara, a expensas de sua sila rerimoniosa; que como o sea ^^ E e|e tivera conhecimento da
tre esposos e que muito revehi- mãe, nos anos de 1898 a 1903. Ou- "|"r'^- «/»««"' de tratar o denun- ^ue> tm 190g
prâslimos do fora ea ,coni
Tia da energia e da dignidade de tros documentos (recibos e car- "««>*«** quando ia a sua casa, nhando D# Ana> lnternar 0 fliho
'lllll/t F- « _-_ • _-_!__. _k BK *_r_H. -.-__.__._.- _____
posta é simples: hâ grande ab- verdade, nem o conhecia, quan Joaquim Nicolau Ratto, de San- c de uma senhora, hóspede de iminente. -Mas achegiindo-se à
toluto^engano no que imagina, do em setembro de 1903 travei as ton, que aplicou o restante da pe- sua casa, de nome Zntmirn, D. Ana, passando funto a mim. a
A qucèlao è muito outra - e vo- malfadadas relações com sua es- queua lie_anSa _ue noa couòera cunhada do ccí-j.cío Maximiano'' *1
lContinu, na página seguinte)
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6/11/94.1 DIRETRIZES PAG. 17
(Continuação da pág. anterior) Revela, a seguir, um detalhe im-
•oiè passos de distância, come ae portante: • -.
•ião tomasse conhecimento da mi- — Diversos livros, lido» e ene-
''ea-
nha pessoa, ficou ao lado dá tados, nessa época, alguns encon-
f.osa em palestra que mais tarde Irados ainda, à sua mesa de cabe-
-e tornou agitada*. Eu me afastei teira, mostraram as derradeiras
:.ntes disso. A certa distância, po- preocupações de Euc lides — aa -. ''V-Wjx"*