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I
Adolf Hitler exata- Pelo PASTOR MARTIN NIEMOELLER a 5 de janeiro de 1934, se realizou
mente três vezes na minha a nossa memorável entrevista.
ENCONTREI
vida. (Narração feita ao Dr. Leo Stein, antigo professor de Desta vez, estava muito diferen-
Á primeira, em janeiro de 1931, leis da Universidade de Berlim). te. Esperei mais de quatro horas na
no Hotel Kaiserhof, Berlim, onde se- Chancelaria do Reich, e, quando fui
tenta pastores protestantes se reu- MAIS UMA VEZ TEMOS OPORTUNIDADE DE PUBLICAR admitido, me fez uma saudação gla-
PALAVRAS DO FAMOSO PASTOR MAR-
niram, no intuito de ouvir a espia- ciai.
TIN NIEMOELLER. OS QUATRO ANOS DE CAMPO
nação de seu programa em torno DE CONCENTRAÇÃO A QUE VEM SENDO "Deseja
falar comigo?", começou,
da Igreja. SUBMETIDO O GRANDE HERÓI DA CRISTANDADE CERMÂNICA, NÃO
CONSEGUIRAM DEMOVI- de pé, com os braços cruzados, co-
Chegou com um grande atraso, LO ÜM MILÍMETRO SEQUER DOS COMPROMISSOS mo Napoleâo.
mas se desculpou com a maior po- QUE ASSUMIRA COM SUA CONCIÊNCIA E
SUA FÉ. REAFIRMA AQUÍ TODAS AS PALAVRAS Dois secretários, numa escrivani-
lidex. QUE PRONUNCIARA HÁ MAIS DE QUATRO-ANOS nha, tomavam nota de tudo que se
Saudou-nos a todos com uma in- DIANTg DO DITADOR DO REICH. A CARTA
"Pedi- COM QUE O PASTOR NIEMOELLER APRESENTA O dizia.
clinação de cabeça, e disse: ARTIGO QUE AQUÍ PUBLICAMOS É UM DOCUMENTO "Sim,
EXPRIME senhor chanceler", repli-
lhes para vir aqui porque desejo, QUE TODA A GRANDEZA DE QUE É "dirigí-me
CAPAZ UMA ALMA HUMANA LIVRE E PURA. PUBLICADOS quei; ao senhor pelo
persuadi-los que eu — tanto como NA REVISTA "LIBERTY", DOS ES muito que me preocupa a Igreja".
os senhores — estou trabalhando TADOS UNIDOS, A CARTA E O ARTIGO OBTIVERAM "O
A MAIS IMPRESSIONANTE DAS RE- que há com a sua Igreja? Não
pela reconstrução moral do povo PERCUSSÕES. "DIRETRIZES" SE ORGULHA DA cumpri todas as minhas promessas?
alemão. Desde a última guerra, a OPORTUNIDADE DE PODER DIVULGAR, EM PRI- Não dei a direção dá Igreja do
Alemanha tem sentido a necessida- MEIRA MÃO, NO BRASIL, ESTE MEMORÁVEL ARTIGO. Reich ao Bispo Mueller? De que se
de de melhores cristãos e mais queixa?".
igrejas; um dique deve ser oposto "Até
hoje, nunca tivemos bispos
i esta onda de ateismo. Precisamos protestantes. Nem houve necessi-
de uma fé íntima mais profunda dade de Ministérios para a Igreja.
para que possamos sobreviver como Prometeu-nos direitos iguais, mas o
povo. Sou católico, mas peço-lhes que fez foi nos transformar num
que me auxiliem na minha grande instrumento do partido.".
obra." "Por
'.-.,. .ájtf£§i-»a '-^"*^^^^^l-fll_l_|[Í__l . que estão os senhores me
Solicitou-nos, então, que propu- ''.. ¦ ¦ i'¦'¦ ¦.- -~ ' - •/-':'y'-dy-':<iíáiüá, causando tantas dificuldades com .... 3
séssemos diversos modos e meios de Jj^^^_^^&-.-. \i___. ^___dlH___hri________i ______jl W^^r^ _*__! aa
¦&Lg|M Wr, ______¦ essa Igreja Confessional?" Hitler co-
^fâ^K-Wí3l'^^íraf ii»*ir:'•i-a,B,i*'Sí»W___| -»'- .,;. -^|JK|g*Bm|jjJB p>"^.'.: ,:,?v". .v .
recíproca cooperação. Prometeu-nos W__-fff9P-TJ^^-^^Í^&íi"-'' ^a aa meçava a exasperar-se e gesticulava.
que, tão cedo estivesse no poder, "Antigamente
os reis prussianos
a Igreja não só teria assegurados os eram os senhores da Igreja. Hoje,
seus direitos, como o Estado -lhe
daria uma maior assistência e mais
"controle"
sobre as escolas. Em re-
sumo, o Governo e a Igreja se com- ¦aa! Ií_il_lf9| -'•''' !_HRN_SS$^9KBt'l^> '''¦'"'':'' t ¦'"- ' \v\ _¦'"•¦' - *^Nl Kta*^^ ¦
sou um rei prussiano para o povo
e para a Igreja, e terá que aceitar
isto como um fato consumado".
Senti-me tonto. Este ex-ajudante
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somente
Deus
eu, sou o Fuehrer.desta na-
me escolheu para este
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ção.
Nã primavera de 1932, tive cargo, o o
a "Só povo me chamou". ¦¦d"
minha segunda palestra com Hitler. a Deus obedeço; não '.'d-m:
¦ .::'»»
a ¦d-'
Nessa ocasião, já estávamos Adolf Hitler". Mais tarde, soube
cer-
tos que c poder dominante na
Ale.- que estas palavras foram responsa-
manha lhe pertenceria. Fui encar veis pela minha prisão. Mas, no
regado pela Associação da momento, ainda tentei um pouco
Igreja
Unida Protestante de fazer-lhe de conciliação.
cer-
»« perguntas definidas, 'áH pJw*. -*Ü K' ^''•'¦1?' "Foi
afim de Ett^ $|J JbW. * /j_BlK^| H também meu interesse pelo
obter compromissos formais. ^^^1 aW«-a Terceiro
^_____Ksf>aV__. Tlk ãotI bk «__£_.- -'""xH _k^_I l_____» Ví' _r J______Hp **^>BBaaaaaaV : Reich que me fez vir até
Com ele estavam Goering, ao senhor".
Hess
e Kosenberg. Hitler ainda gritava. "O senhor
"Vim ^^E
procurá-lo", disse-lhe! |Pnyp#vi^5*r ^1 P*%$' V_- -i*-:-»'' _____ ** __¦ ___ÉÍL-_- se interessa pelo Terceiro Reich? O
porque os jornais nazistas frequen- melhor é deixar isso para mim".
temente teem publicado ataques "Então",
à 1_kN '' .^bbbI 3Kiílf?^_____^Íj^_P^'J''>" i^sãa^ \ s *t ^S. ______ÉtW*-Á^lÍfÍSSI_H__fT^___^
'^*\*m _____ft'_KÍ^Í;*S3**_ __B__^^___i __H retorquí, "sinto muito
Igreja, e porque _c*. __¦ riVS____nMr^___^w^'^yr->-^11^
R3S____?iiHÍi.__F.'. -^;»c-:'¦¦";¦'¦ __k K
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___r Isto o enfureceu ainda mais, e
ventude Hitlerista e nas Trcpas Ju-
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de o que declarou em seguida traiu
Assalto. Demais, nós não --------I ¦__a_y^vflt-3J-!^'^' ^ i-*l_^-------F; 't-^^B^JÊ^gal P^-T^-__-ui_--ÉÍ-----í -_-_-_--Í-P--L*ff^?l W\r
podemos "áfl -F^J-B W^r
todo seu ódio e verdadeiras inten-
compreender os muitos assassínios BR jjaaai _-_--Sff!fJBy >-rff Wfsil J^B HL.-^yH WmTJ^^r'
ções.
cometidos por essas mesmas "Pensei
Tropas wiÊmmmmmÊ^^i^x^mm "T í '1_BBW F_E iHmXH ____B*^ÍB ^Bl_^^ , _a^^__ÍS__l ______r em fazer da Igreja Ale-
de Assalto". ^**^s*Ww^Ê^'-é'
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:^!rfl EÍt_--E ___P^^^ ^''aCíí
mã a mais poderosa do mundo.
"Assassínios?", Pretendia nomear
gritou Hitler. bispos alemães
"Como em todos
pode chamá-los de assassi- os paises que vou conquis-
nios? O que as Tropas de Assalto tar. Queria uma Igreja poderosa.
lesfra ao Conselho da Igreja, que Adclf Hitler, e não Jesus, era o ver- rados em campos de concentração.
estão fazendo é
purgar a Alemanha considerou tudo satisfatório. Mais dadeiro filho de Deus. Nas escolas, Funcionários da Queria unir todas as religiões e igre-
dos comunistas, marxistas, Cestapo escreviam jas no espírito do Nacional Sócia-
judeus e tarde, no entanto, os acontecimen- o Velho Testamento era acusado nossas prédicas, e os
liberais. Isto não é assassinio. padres eram lismo. Pensei em colocar oficiais co-
É tos provaram que éramos tão ingê- como obra judia. As perseguições aprisionados até nos
legítima defesa." púlpitos, mo o senhor à frente dela. Mas to-
"Nunca nuos, quanto cegos. Como Neville contra os judeus varriam o país, e Nessa hora, do maior desespero, dos estão influenciados pelos ju-
permitirei que um mem- Chamberlain, confiei em Hitler, e nossos pastores estavam sendo ati- solicitei uma audiência a Hitler, e, deus. A sua Cristandade
bro de minha Igreja seja molesta- ele me atraiçoou, como também ao é, em sin-
¦HlHalHmi
tese, uma enteada de judeus, eri-
do , disse, indignado. resto do mundo com suas afirma-
gida com fraqueza e sob a inspira-
Subitamente, Hitler ções de paz.
tornou-se ção dessas estúpidas ilusões huma-
macio e conciliador. "Por favor, Na ocasião da última entrevista, nitárias".
o "Se
senhor não quer fazer com antes da minha prisão, as persegui- a Igreja Cristã quiser lutar
que os à Igreja
outros me compreendam? Tenho ções atingiam ao máximo. contra mim, eu a aniquilarei, como
uma tão enorme tarefa à frente, As cruzes nas torres das Igrejas tenho esmagado e esmagarei todos
um trabalho para toda a minha eram substituídas pelas douradas os meus inimigos. Não me importa
vi "swastikas";
da. Às massas não se a Juventude Hitlerista caminhar sobre cadáveres, contanto
pode sempre
servir pão e açúcar; tinha sido educada na idéia de que alcance meus fins. A Cristanda-
precisam tam que
bem de chicote. Tenho de não me é necessária. Todo aque-
que sofrer
e trabalhar, lutar e organizar,
esmagar esta república
para
UMA CARTA le que não quiser obedecer será
que nada destruído, e tome nota disso, o se-
reserva à Cristandadte. Há quatro anos sou prisioneiro de Hitler. num campo de concentração cm Sacltscnluiuseu, i-hor também. É um desertor, e sa-
porque é
uma república de be que para o desertor só há uma
judeus. Quando
for Chanceler e Fuehrer a Igreja perto dc Berlim — morte!".
vi- punição
verá de novo, e livremente. A mandaram-nto trabalhar na mais tarde, em virtude das mi- "Só
Resta- princípio, pedreira; porem, desertei pela Cristandade".
belecerei a cooperação entre
o Co- nhas precárias condições físicas, fui designado para tarefas mais lezrcs e. agora, tenho bastante disse, energicamente — "pola mi-
verno e a Igreja exatamente como tempo para pensar na minha vida passada. nha fé, e estou pronto a aceitar to-
nos tempos do velho Estado do o sofrimento que disso advier".
prus- Xão me arrependo de nada. "Vai
siano. A Igreja representará o arrepender-se". Foram as
prin-
cipal papel no sistema de educação Como chefe da Igreja Confessional Alemã, sinto-me orgulhoso de sofrer, atrás das gra- últimas palavras de Hitler.
nas escolas. Não estou ainda em des, pela minha religião, pela Cristandade. como os Apóstolos por sua fé. Durante os quatro anos de minha
situação de concluir acordos. Po Xão me permitem receber curtas, nem enviar pelo correio coisa alguma a quem quer que prisão ainda não tive motivos de ar-
rem, ao senhor, como um oficial, rependimento. Enquanto tiver minha
"eu seja.
| dou a minha solene palavra de cela para orar, serei mais feliz do
honra" que cumprirei todos os mem Autorizei o Dr. Leo Stein, que esteve internado comigo durante dezoito meses, a publicar
indo isto cm meu nome. que Hitler, o quebrador de promes-
compromissos. Estamos em épocas sas e incorrigivel mentiroso, que
de eleições. A propaganda
poderá Sei que esta publicação tomará minha situação ainda mais difícil, mas considero um dever não ousa sair sozinho de medo que
exceder-se; talvez, haja tiroteios: uma bala o alcance pelas costas.
icligioso revelar a todos a verdadeira opinião de Hitler sobre a Cristandade. e o que pretende
mas prometo que a igreja será res Para todos os povos do mundo
| tabelec-da
em suas prerrogativas." fazer dela em todo o mundo. envio esta mensagem: Conservem a
|
I Relatei o resultado de minha MARTÍX NIEMOELLER. fé!
pa
6/11/941
PAG. 2 DIRETRIZES
EUCLIDES DA CUNHA
veu a respeito da morte trá- pois estava irremediável-
gica de Euclides da Cunha mente enfermo;
E, verdade seja dita, a figu- 17°) Euclides só pensou
ra do adolescente que teve em matá-lo quando a espo-
ES4^*Sp o infelicidade de matar o sa abandonou o lar, à vista
WS%W
grqnde escritor não foi pou- 0 DEPOIMENTO HISTÓRICO DO CORONEL D Li
WjEmfÈ>%
"Jl?, ¦ pada de nenhum jeito pela VA A
maioria dos biógrafos e co-
méntadores da obra do au- (Reporta ge
"Os Sertões".
tor de flf
'•?t%.'":.--VÍ*"-:v- ' . 7~^^H ^H^^9 FRANClScI
Por isso mesmo, com a in-
tenção de expor os aconte- lermando de Assis, ainda te- tánciãs especiais e delicadíssimas,
•¦
ei mentos, de um modo de- fl Bi^s-
¦.'^mwr. ¦ ¦•mmynÊW> fl nente, escrevera um livro <i™ pomos podem compreender
avaliar, determinaram os fatos.
finitivo, o coronel Dilerman- mm mw*--'^^mm-'' ¦ ¦>*¦'*'iTBLtmMtm^&AwBRIjeNBtãwfm*^*
^tm^AmWT ^U^j£ÍXmm^.^íi^^mJ^^lmmmmmmÚWmmmm M
•¦^iÊ^SÊt''-'' '7»fl IJ^fl^M
que conservou inédito a con- E o Sr. foi generoso e procurou,
do de Assis pretendia re-
mmm mWmm]àJi^^mÍí
selho-dé «-Farias Brito. A ma-
quanto possivel, reparar o mal
unir, num salão público, um neira de introdução a esta feito. E b que houve de mal, de.
grupo de escritores e jorna- reportagem, divulgo as pa- que todos sem dúvida muito so-
"A Fi-
listas. Apresentaria, então, T^m| I lavras do filósofo de fretam, foi obra das circunstan-
documentos e testemunhos na lidade do Mundo", na cias, náo da vontade de quem
ainda inéditos, contrariando carta que então dirigiu ao quer que seja. Seja, porem, como
versões tidas como verdadei- jovem militar. for, parece-me que o melhor ê
"Quando me
ras. Descreveria, ele próprio, falou, pela pri- deixar o passado eni silêncio. E
a cena de sangue na Pieda- meira vez, numa defesa escrita, o Sr. para os mais exigentes,
imaginei que se tratava de uma porque não é possivel contentar
de, esclarecendo a uns e res-
defesa para ser junta ao pròces- a todos, fará a sua completa re-
pondendo a outros. so a que estava respondendo, habilitação, náo por qualquer de-
Apesar de absolvido duas Vejo agora que o que tinha em fesa escrita, mas pela correção dt
vezes pelo tribunal popular,
que o eximiu de culpa pe- tm
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ÃO FOI ASSASSINADO
não atravessou também a porta? como Euclides pôde disparar mais
Como fui eu ferido, então? dois tiros; não diz quantos já me
O coronel Dilermando responde acertara, nem onde; não explicou
às suas próprias perguntas: como fui ferido sem que as ba-
— Para o delegado, tudo ficou Ias atravessassem a porta, atrás
l LÍAHDO DE ASSIS, EM ENTREVISTA EXCLUSI-
I dItrizes"
IE A88ÍS BARBOSA)
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grande brasileiro aproveitem essa E somos, eu e meu irmão Dinorah,
minha lembrança... / os principais protagonistas da '
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Há um pequeno silêncio. O co- tragédia. E Euclides, conclue-se _______
tonei Dilermando de Assis tem daí, foi "barbaramente assassina-
muito mais a dizer: do". É o Sr. Eloi Pontes quem se a/^ _•¦'
lí_^^'- '''—ia ^
Não devo silenciar diante da presta a veicular essas inconsis-
____________ _______
Wi$'&'''-:'"'''.-
__________ _V________r .______.'
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insolência de certos indivíduos. tências.
Lê novamente :
_¦_-___ _____________ ____!
' '' ^^M^^^^M R____. ______________ H
Sim, porque ainda há quem pense _____________ ' ____________¦
" . . .prosseguindo
ler sido eu, lalem de parente, cria- afirma o as-
do, educado e protegido pela "mi- pirante ("Dinorah") que o Dr.
nha vítima"... Euclides, atravessando a sala, di-
Repete: rigiu-se para o corredor c, dan-
Minha vítima! Que heresia! do com o pé, abriu ¦ a porta do
Não teria sido vítima também de. quarto de seu irmão, disparando
Pinorah? Baleado por Euclides sobre este o primeiro tiro. Então, W-y; • -"' ¦
irmão, Dinorah agarrou-se com o Dr.
numa das vértebras, meu
Bb"X '$.-y ^^P*- • wW!mr ^^^_
teve de interromper os estudos, Euclides, que'disparou contra ele
tornou-se um homem doente, fi- dois tiros. Efetivamente a túnica
cou inteiramente inutilizado para branca, com que Dinorah estava Depois de absolvido,^ Dileemanelo-ele < Assis voltou à casa da Piedade-afim de. fazer, ele próprio, a
t
o resto da vie_ta. É pungente recor- rtslnto, ucliava-se chamuscada de reeonstituição da tragédia. Acompanhou-o uni amigo, o Di*. Moreira, que aparece nos clichês.
dar a via-crucis de Dinorah após pólvora e trespassada por bala no Conforme o depoimento do cel. Dilermando de Assis, a fotografia acima indica o movimento
a tragédia. braço e na cintura, sobre o bolso de Dilermando, ferido, após o tiro de Euclides, que o apanhou de surpresa; instinti-
já primeiro
do lado direito, cujo forro ras- vãmente, tentou prender o pulso do agressor; este, porem, recua e Dilermando só consegue pe-
(jou em ângulo ao sair. Durante
A TRAGÉDIA DA PIEDADE gar-lho a manga do casaco. Euclides desfere, logo a seguir, o segundo tiro, que foi atingir o
esla luta, que foi travada no cor-
peito de Dilermando.
O Sr. Eloi Pontes não descreve, redor, entre a porta do quarto de
Dilermando, que é o primeiro, e "centro do
no seu livro, a tragédia da Pie- possivel apontiar do e'la qual esqueceu que me havia
dade. Limita-se a tmnscrever o o do seu irmão, que o contíguo, quarto". Mas eu tinha que passar ¦'¦'¦¦¦'-¦'¦"iA '
'' '¦ "entrincheirado". ..
o aspirante do Exército (Diler-
"-.¦'"'
relatório dos autos de inquérito
mando) correu a uma protelei-
por um covarde, apesar dos quatro
ferimentos de bala que, termina- II
_4________!
nl Hé^^"-
B^_Mlf ..
___¦ ll»«W—Ben—l ¦fcv-
Volta a ler o relatório:
"... Já
policial sobre o homicídio de Eu- ____r :l_m •;:« então Dilermando, con-
clides da Cunha, encampando-o e ra sobre a qual
revolver
estava o seu
calibre trinta
ria a luta, apresentam "pela fren- ¦ _______ ^ ira quem Euclides disparara mais
grande de te", sem que esses projetís tives-
emprestando-lhe foros de verda-
e oito (no livro do Sr. Eloi esta
s&rHp _____ _*__¦___¦ ¦_»&. i
lili_____i_________i_yoB
dois liros, se entrincheirara atrás
de. Ocupando-se desse documento, bem trans.fixiado a porta do meu !t£á_0____l! de outra meia porta cerrada do
na primeira parte da sua entre-
oitenta), não podendo, porem, quarto.
^'W_. "____ 9mumW I__¦*'___ ______P__?\_
____________
__>v__MI ¦_ quarto e, através da mesma, (co-
©^^€___^_^^^^__PP^B^'í______E_l_'_iP^_a^l ^Bv
alvejar o Dr. Euclides
vistia, o coronel Dilermando de porque
Continuando a leitura: _p» •¦'.'¦ _3__si__^______P¦ i mo se eu pudesse ver através de
este eslava agarrado com Dino- * MfaSm. • ___.__. "*! __¦ Kjb corpos opacos) disparou o ter-
Assis vai rebatê-io:
rah, sendo que o corpo deste o "...O
É lamentável — disse-me — projétil foi encravar-se ceifo e o quarto tiros, os quais
cobria lodo. Entretanto, Dinorah no quadril direito do Dr. Eucli- atravessaram-na; encravando-se
c;ue um escritor tenha perpetuado
llr ' ' \
numa "coleção conseguiu livrar-se do Dr. Eucli- des. O Dr. Euclides, ferido, vol- uma bala na fechadura da por-
de documentos ^'-*<%. n
des e correu para o seu quarto, lou-se, encaminhando-se para .. _: C 3fc' . . _ y^jM^m^ ., ta que dá acesso da sala de ui-
brasileiros" as inescrupulosas in- [^fe^ií.. 'Ia. im_____H_ .____.*'.
sendo nesta ocasião ferido pelas porta do quarto do aspirante d') silas para o corredor, a outra na
formações de um delegado de po- -'"-. ML,
licia mentiroso e sem brio. A pag.
costas" . Exército, em frente -à..- qual rece- parede da sala. Um desses pro-
_,. Depois da leitura, observa o co- heit:0- segundo tiro, que o atmgiUr- frqasÈÉÈ uLvuisc^*—*^-¦¦' -«--___________.
291, o Sr. Eloi transcreve o se- ^fS^§^>l^s4ai__»v
__^_____ Hk-
4: jelis áinde. feriu o Dr.' Euclides
ronel Dilermando: ! O pillso" . no braço. Sem munição, o Dr.
yuinte (lê o relatório):
"... Medite um instante. Como Euclides, quis sair para a rua.
o Dr. Euclides da Cunha, Comenta novamente:
lindo entrado na sala, sentindo podia Euclides voltar-me as costas — A mentira é fácil de destruir. Dilermando, então, deixando o
as declarações de Dinorah, <lisse, e, perseguindo Dinorah, feri-lo quarto, perseguiu-o. Ele desceu
O laudo dia autópsia descreve to-
com outro tiro, na coluna verte- os três degraus
já de revolver em punho, que dos os ferimentos de Euclides co- precipitadamente
bral, se eu estivesse já armado e (ii porta de saida e já eslava no
[ora at yyiru inalar ou morrer. mo recebidos de frente. Nestas
Sejtt, porem, afirmado, de pas- em condições de o .alvejar livre- pequeno jardim da frente, quan-
condições, como poderia ter sido
sanem, que nada hà que prove a ii.ente? Dinorah continuaria a do o perseguidor chegou a essa
"cobri-lo todo"? Haverá ferido no quadril direito, pelas Dinorah
n; . ,,• . ,
quem de de Assis era um grau- poria, detonando a quinta cáp-
veracidade dessa ai ilude do sua- tostas, estando eu no "centro do ,,.. ;„ „.wi,„. ,, r ., •• Foi ,, . back
, ,
hoa fé aceite essa cantilena? de' jogador de football. sula (sic) de sua arma ao mes-
doso escritor." auarto ? veja-se a planta da casa, ' ... M, ,„,-„,,. » r
fazer a descrição #-.
do li ora togo Ir. (,. e figura mui-
Diz, então, o coronel Dilerman- Quem poderá mo tempo que proferia: — Es-
lopitb, e constate-se o absurdo. |() conhé,idü
do: exata do que se passou, do que e estiinadn I1()S oír_ pera, cachorro" .
por que., se esta.U de costas para culos cspm.Mvos (k.sta tvi,)itai.
?t pensou, do que se resolveu pra- Comenta:
O delegado Oliveira Aleanta- mim, lhe daria eu um tiro no Xfi() M nuii{() tnni)()
ticar? Com que direito Euclides Q 1Jotalo. — É o caso de perguntar-se,
ra, em todo o inquérito, primou e,uadril direito, em vez de o dar g0 i*nttUgUI.ou
procurava assassinar Dinorah pe- 0 VL.[v.úo (l() stni aonde teria ido ter o projétil?
pela falsidude e pela mentira, pe- na cabeça ou no tronco, se é que .mtiiío CI..!L,,.( en)
_ Ias costas quando este corria — "bárbaro as- lllcnaKeni
merecj(la hu. Teria ferido Euclides? Teria eu
I'.» ignorância e pela má fé. Seu queria matá-lo? Um Dinorah con-
• i delegado infame é que informa póstuma. errado a pontaria? Teria sido de
relatório não pode servir de base nassino» não poupa assim sua "vi- ,aVil v!nt,. anos ,,.. i(,.1(k, e f..t._
tal coisa — para o seu quarto? tal natureza que nenhuma teste-
n qualquer juizo honesto e segu- tima". Por que, quando se t.iata (,UCntavâ a Essoln Naval,
Então, constatado tudo isto, tem quando num ha, nem os exames periciais,
ro que se pretenda fazer sobre as da minha atuação, não se esmiu- involiMita: iamenl.. tomou
-.Iguem o direito de dizer que Di- parte a ele se referiram?
verdadeiras ocorrências que leva- cam os acontecimentos em seus de- „., tragédia dn Piedade'. Ferido
uorah foi um "bárbaro lassassi- Volta a ler:
mm à morte o escritor Euclides talhes? Por que se diz simples- por Euclides da Cunha numa das
no"? E o que me cumpria fazer "Xesso momento, ou
da Cunha. Andou muito mal o Sr. mente "em frente à qual recebeu vértebras. afirma o ce*I. Diler- com o in-
i.esto caso, vendo em risco a vida
Eloi Pontes transcrevendo as san- e primeiro tiro, que o atingiu no n:..indo de Assis, em conseqüência mito de tentar um possivel car-
de meu irmão, que, na defesa da
dices e as calúnias nele contidas. pulso"? Que teria feito Euclides do ferimento, teve de abandonar Incho de revolver, ou, o que ê
minha, enfrentava um louco ar-
Aquele "saudoso escritor", acima e* em que posição estaria e«le parn os estudos e* desistir da carreira. mais acreditável, ferido no amor
mado de revolver que queria me
citado, o delegiado não conhecia que eu lhe pudesse dar o segundo Ficou inutilizado para o resto da próprio pelo insulto, o infortu-
matar? Não me lassistiria o di-
nem de nome. Ao chegar a Pieda- tiro nas circunstâncias verificadas vida. na
reito de matar a Euclides, uma (Continua página seguinte)
de, perguntou "se o Dr. Euclides
vez que meu irmão não tinha res
era deputado..." Seu relatório
"à ponsabilidade alguma pela situa- '
está cheio de tolices assim: í %_ r . .
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rão, muito menos pelo fato de sua ^^
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altura de 50 c*tms., a medir de
esposa ter ido abrigar-se ,em mi- ______________ i r__.>r_r .. W _______»__ Fí*. ¦ __*___¦-. ¦ J
baixo para cima", como se de ci- _______ *- í* ¦ ¦¦ ¦ •¦• y-^síl^3mmãf ^.WlMmmCÂ*., i V-- _._$.__. v *
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« A casa n." 214 da Estrada Real dc Santa Cruz, cm Piedade, onde se desenrolou a tragédia brutal.
*2?l-t+,fo ií/ff ns, Ctff^, ir-?*. *7*«X >*» A*^G* f~%~*. dtr
Veem-se Dinorah de Assis no portão e Solon à janela. Solon era o filho mais velho de Euclides da
tí;': ^£m
Cunha. A fotografia foi tirada em agosto dc 1909. dias ant o da cena de sangue.
*, Jí*
§8»á' &1 &+*>
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"Fac-simile" da carta
de Farias Brito Dilermando dc Assis, citada em parte como introdução a esta reportagem.
(Continuação da pág. «terior) fendia a vida de terceiros, de- também a descoberto? Não seria - A verdade é bem outra. Meu mento Euclides
nado escritor voltou-se de peito ^-dia a minha própria dignida- o caso de "entrincheirar-me" no- revolver foi apreendido contendo Quando já havia «ido
ele recebeu esse ferimen'
a descoberto para o seu perse- de, dentro de minha casa invadi- vãmente atrás de uma porta? Por seis estojos vazios em suas
cã- to mortal o do sexto tiro na
flmídor, e este o alvejou mais fir- da por um desvairado. Se se vol- que esaa afirmativa de «peito des- irarás. Fiz, portanto, seis dispa porta
do corredor próximo a men
memenfe do alto para baixo, dis- mesmo que não tivesse essa coberto"? Para por em foco e re- ros. Destes, apenas um projétil quarto, recuava encostado à n.re
' ¦ Jasse,
Ki
parando o tiro que o fez cair intenção, assistia-me o direito de alçar a coragem do «infortunado ficou em seu corpo, o «causa de, alvejando-me ainda e com õ
mortalmente ferido». matá-lo por nao poder adivinlmr escritor"? Por que escrever «e mortis". Dos cinco
restantes fo- busto inclinado pana a frente. Seu
Aí termina o relatório policial, »te «onde levaria ele o seu pro- este o alvejou mais firmemente ram encontrados
os impactos nas flanço esquerdo auoiava se X na
traMcrito quase na íntegra e sem Posito homicids. Assim o autori- do alto para baixo"? Acaso será paredes do corredor
e d. aula de rede e, por isto reVebeu os feri"
comentários pelo Sr Eloi Pontes, «m o Código Penei e a Jurispru- mais segura a pontaria que se faz visitas. Pela
quase equidistância mentos no flanco direito q« ti-
O coronel Dilermando de Assis «.encia de todo o mundo. Era, de cima par. baixo? As melhores desses vestígios, tem-se
a impres- cava mais exposto 0 disoaro ho
mais uma vez o rebate: pois, um direito que eu exercia, linhas de tiro, como nas casas ba- kSo ,„ n„ °S t."^ ,lz«„tTl '"f"»
' * **WÊ£-' - Analisemos detidamente es- se assim de fato houvesse n,rf„ltn *? "»"" i«níin "^ k ™
proce- Hsticss, são as horizontais. O de- Ç* *
e • foram de fato, em ^om ™JT° TP°
sas tristes conclusões, frutos da dido. Voltar-se, depois de estar legado nunca estudou balística. B?ce88Í;oi8 *?Jl
"n^V*mien'eri %~
a l nha me<"»
fantasia e da indignidade. Antes fora de casa, simplesmente por Sr. Eloi Pontes também... Tam- "»e- ÉinacrediUvel uma solução £°
«»«»¦"•«• «"« o quinto * "^«f
de mais nsd», que quererá diser ter recebido um insulto, admita- hem nunca foram campeões de d° do
-com o Intuito de tentar
um pos- „,os que verdadeiro 8exto dl8Paro8' do ">"**<>* «« g 'rtrajetoria in*erior intlr «/"P°deri»
7h'
*^Sm%WÈmWÊÊÈtt&'&v'~
• 'WmaW---f-' eé possível
possível tiro...
jardim. ° E mais inacredit-vel -In. Pa-"«*er o prolongamento de um
llBia-
¦'¦ -
•-;
«i-«i ,-.v. -. ^ .
.n.p.Mi..,°^ut.T. .alu. zssjs;^ zzz;
_y«aaaeiro,
a verdaoe e> bem * - -»»»•*»»«. «**. ^v- ¦*««»-^ T
'" 'U° ° '"'i",» • «*- •«- b°"° '~t0- " "rt,Ml*
m MU. « ho..„„
,« rol- «b.ndo-.. ,.. .." Terin,.^ OUTRA «S 1""*°.° ""," *
tado, é preciso sdmitir também mortal foi no pulmão é ainda mZ « tos náo 8e tornaram conhecidos, «_ ,"' T^v**'*,*™* />arte'
"l *" P,ri™elra PSrte 8Da ba,a8' Ê faIso' POÍ8' '« e° dispa- t,ro de cima para
uê^ia do perigo, um. ve, que fui agora, essa minha coragem de et '°# *
¦ ^jSmmmmBÊBmW&fi*"^-"--
dec,ara Peremptória- rado quando cheguei à ^dx°oWUm
o agredido e defendi, meu Ur, de-
I M frentá-Io de *r^
peito
•« descoberto entreFl*ta'
uckvwuhi, mente:
sala, mesmo porque nesse
porta da
mo- (CONTINUA NAS PÁGS. 14 E 15)
"
i'" -: -~- - -~- . -
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-H^ ^-:- -VV'" V|
___MllÉÍÍIÍ';'* ';:__r:'
1. 6/11/^1 DiRETltlZES PAG. 5
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6/11/941
DI R ETRIZES
bre a ilusão de que a Alemanha
LV.Íar assembléia de astrólogos'. seria aniquilada em poucos"dura- me»
'¦
%-:i-y- >¦
reunidos, cm Londres, em volta acs. Seguttdq ele, a guerra
wl^ ¦¦"-'¦¦
Bk*'. : "entre tres5á cinco anos'% ou
i dr uma mesa dc almoço, fez prog- ria
SS**-.- •"---¦' -¦¦
nóslicos muito precisos sobre a seja, para fixar um termo prova-
WmZíyy-' . evolução futura da guerra; Era vel, até 1943, mais ou menos.
tres pij quatro meses anuncia- Esfò predição partia. da vhjpóte-
tam] eles, Mussolini será elimina-
- do. Dentro de" sete meses, ou seja
*
"V- se de que a guerra v-seria .uma
guerra de esgotamento, e que o
em maio; próximo, e regime 'hi-
tlerista desmoronará. E em 1D43
•' 1943, ANÒ ; bloqueio viria a ser. um fatqr es-
tratégico de primeira ordem. Por-
• paz será concluída, uma. paz RICHARI3 LEWINSON (Exclusivo de DIRETRIZES) que a guerra de 14 havia durado
Por até que os alemães.
naturalmente, vitoriosa para a
crata Rathenau queria organizar .^^ anos
quatro
aque-
. IngIntcTrá c seus aliados. •¦-* comparáveis aos "polis" que o lêem o futuro nos astros e «levante em massa
"levante!;.em ¦¦¦<.*.=¦- -.-
cm Iu- -** esgotados „<..„ privaçôe8
les que o lêem nas estatísticas um
um devidas ao bloqueio, supunha-se
Dr. Gallup organiza jniza com tanta tanta les
OS ASTRÓLOGOS E A de aviões, estão in- gar de desta vez serj.a
OPINIÃO PÚBLICA habilidade nos Estados Unidos, da produção
e ou- E ^«g ^ dcsla em Londres que
K»**i-'-:
Também elas exprimem os pen- teiramente de acordo. Uns possível\|He^a necessário um espaço de tempo
adores do
S»f*í^ Quanto a.mini, não sou uni as- samentos e as esperanças dá opi- tros apontam o ano de 1943 como vez, a queda dos^di inutilizar a resistén-
trólogo praticante, nem mesmo o vitória ou,-segundo xo nao signifique ainda o fim da . . „
-.¦.;¦¦..¦¦.
Censo e continuou a sua marcha cm seguida os dois oiham disse: ele já reconstituía estátuas pelo
heróica.
para um — Aliás eu nunca fui John. Sou telefone. Dai ser a sua morte dânco da manteiga, principalmen-
canto qualquer e ficam tristes. Wladislav V, rei da Polônia, Ilun- nma coisa muito triste, te'na Alemanha de hoje. Na Fran-
SEXTA-FEIRA, 3? Ambos pensam cm Maria de Jc-jus. ça também de hoje é comum ser
gria e Boêmia. Andava incógnito. TFRCA-FEIRA 4
lí. G. Wells fez 75 anos dç ida- £' uma velha história. Mario de servida nos restaurantes carne de
O amigo agradeceu a informa-
de. De manhã cedo o* seus amigos Oliveira, conheceu Maria de Je- Geraldino Ferreira dos Santos gato. O cidadão que mastiga tal
ção e disse que ia fazer a neces- um admirador de Pcrez carne
foram ao seu apartamento, num sus antes de conhecer Maria He- ;árl, f,irrií€!H!a na 8lIa cndcrncta é grande em absoluto está almoçan-
^m\\%W£''' Escrich. A principio ele lia os li- do faisão ou vitela, mas apenas
'.~amVET,'.~ grande grupo, e começaram a co- lena. Vai não vai, Mario começou de endercçoB#
memorar o acontecimento. II. G. a andar muito com Maria de Je- «_-,...._. vros de Escrich, quando voltava t«m sucedâneo. Geralmente o su-
eeiBA •»
Wells recebeu todos muito bem. rub e acabou *e complicando. Ago- aEGUNDA-rÉIKA, do emprego, e ninguém tinha na- cedânco é uma coisa muito triste.
Faleceu em Roma, na idade de da com isso. Estirava-se na "pre- Veja-se o caso do marechal Pé-
Recebeu também os presentes, ar- ra ele quer se ver livre dela e não
40 anos, o Dr. Ropíú. 0 Dr. Rochi -.uiçoau" e lia, lia até chegar a tain, sucedâneo do herói francês.
rumou-os na cama e veio para a pode, porque mulher quando gru-
'.^SS-àf'»" ¦.
,
mKsíi*^'-'-
-í ' • -'3mm*%tmWí
PÀG. 7
6/11/941 DIR ETRIZES
com cinco »»»»»»»•*'.
diam e o major não queria dar e Marlene lado esquerdo foi jog*
M
dinheiro a ela para viajar, Mar- sinho do
d. Republica A vida
f;"e. quafido tiSha precisamente da na Praça a ser ama í»
13 anos de idade, esperou pela de Marlene começou
«•«.»«»¦»»«»«";
madrugada e fugiu.
um
de trem.
pedaço
como
e
tel.
Ouando o trem parou, no fim da andava pelas ruas
desalento,
Sem
e
dormindo
frios
c.ieia de_ fome
nos bane.
dos J»Mij.s.
m
grande para chegar em S. José de incômodos tossezinha qua nunc»
UM ITINERÁRIO ESQUISITO: SAO JOSÉ •» ,E»^*< t*^K^&5É
SENHORITA DA FAJE£ACON laraopcba. Mas o espírito de Veio uma ^1
DO CABO E ALEXANDRIA. _ DE COMO UMA aventura já estava nascendo deu- mais lhe deixou.
UM MEDICO D.
SEGUIU BEBER CHAMPAGNE EM CAPETOWN ^ NAMORAR tro de Marlene, de maneira que
ela não teve dúvidas: meteu as
Um dia, quando estava já ultra
desesperada, encontrou-se cOnt rlÍ f
ÍNSKEDERON. - O SAMBA "ABRASILEIRO INFLAMA'^IJSJ.*
«MmIJUUT
** S" '°A° canelas no tempo 'e foi a pé até uma criatura na Gamboa. As du?»
BOMBAS SOBRE MARLENE. GUERRA, *£^ S. José de Paraopeba. Chegou começaram a conversar e Marle-
"NOME: MARLENE MARGOT REIS. — PROFISSÃO: MARÍTIMA noite alta. Estará tão feliz em ne contou a su^história toda. Ho
teve
princípio ao fim. A criatura
muita pena dela e convidou:
— Eu moro num barracão de
iB»iaBBt**>T-**''X*"*"v'*"v"v Mangueira. Venha morar comis«.
Era o céu que se abria dian'e
de Marlene. E Marlene não ia di-
zer que não queria o céu. Foi pr»
Mangueira.
EMPREGOS E DESEMPREG03
¦fl" ¦; ,
""'•'\'"v:*X-"-'*"'S!"X**v.,.w
Í-X-X-. . '.¦ys.-y-'^y,\\-y.\4Pfmm}y. •''•mmmmmmf-'--'.'.-'¦''.-
'•?¦¦¦ Marlene tinha dezesseis ano»-,
f'.*^-*--?-
morava na Mangueira, quando co-
- :^»'"-'-::;-:.
mWm-mmmm'MMmm:MWmy ítlteceu Dagoberto. Dagoberto ven-
--¦;¦-¦-¦
;.-.'¦¦¦:
:¦••: :'¦"¦.¦'¦¦.:'
'¦':'•'
'
-tv-.wi-.
^pBWBl-*-:-'
*>''•'**^âc^i«««v'Sfílll
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í«^«1 ««^r
«¦¦I»«k*'X''.''^^B ¦ -
«^K^Ev'-'t«««B«l
-i«i-'«««l ««('Xjif^BSl '¦¦ ¦
joo» »»«¦«¦*'¦¦>•«¦¦ L«««^JoõjH6«1
Alem
filha,
disso,
precisava
Dagoberto
prestar
tinha
mais ateu-
unia
-n
i** 1*^^ ¦ 36B ¦¦¦."Xrí^B ««VVáJ««« ««b ¦•¦ ^^BBRa^^rjj-çX^S Bb»««1 B«t.»«v.:x> *''xj ção à filha.
^¦^j^l ¦¦¦(•'
Um dia Marlene desceu o mor-
ro e foi para a Santa Casa. Teve
um pneumonia muito forte que
' &?m m-'.' ' Í'X"\''-:-x**JH virou num pleuriz. Passou dias
fc"" twtt^^ ^l««««««««««WWr*^^'''' ' ' »1^»----------">»"*M»»-"M»l-»Mt^1°,^1*MI""^"^ tristíssimos na casa velha da riia
Santa Luzia, os olhos mortos es-
•
ao lado do "Ela petados no forro sujo do hospital.
vemos: Margot de propaganda que dizia: encontrou «eus primos'... Pensava na vida — o que faria,
^m^^^stal '«-a^íri quando saisse dali?
,.„,:,i,i moi,,,,,,™,,mtê o «iu. es,«w«,i»:/«».»»«- fe ¦« Kà&it ru."/«\«*«:°r«"»"".. t". Uma coisa ela já havia acerta-
do.: não procuraria mais Dago*'
berto. Dito e feito: saiu do ho»-
.•lll 111 /VAI flf/IÍÍO. C IIIII ««.liuiiii"" f^ ,
e rizonte. respondeu. Bateu novamente. A e não Dagoberto.
-o/n aquela simpatia dos turcas em geral, prin- pitai procurou
l^^n TEMPO AZUL porta foi se abrindo devagar e
InllS/ ííis /iimi*. -Vós -lemos por aqui, perdidos
nas nossas
em Belo apareceu uma velha desdentada. Queria, era um emprego. Com seu
Os primeiros tempos tios. jeitlnhò elegante, não tardou a
Iíorizonte foram uma delícia. Tu- Marlene perguntou pelos conseguir uma colocação num«
COli"'ÍÍ^'Marlene do azul. A família do major era Quais tios? eia
Paclui Mohammed poi-nenhum Meus sou Marlene. casa de família. Mas quando
diz que não troca um encanto de família. Marlene tios. Eu a famil A
estava já conquistando
teve os primeiros vestidos dignos, A velha fez uma cara triste e suas amizades, vi-
toda, fazendo
^''''ísrim^o O sol fuisca "perfume teve saptftos, um"Tentação", fra&qiiinho de informou*. nlia a tosse e atrapalhava tnJ».
Jlolfl pMaiJÁ ali na Lapa. Calor. marca ajei- Seus tios faleceram.
uma empregada
J-t-Z..**
mariene caiu num choro
Marlene iniim medo mt-u..- Nineuem queria
i-»»»»»"-"»» i»
tou as sobrancelhas, ganhou uni tossindo, por causa das criança»,
enfraque-
livro cheio de figuras, para apren- nho. Chorou tanto que aí come-
der a ler. ceu e teve febre. E
Mas ,W«r/ei.e < « doç««r« em pessoa : fazia luar, ela ^a o rosário de doença, de Mar-
NOVOS MUNDOS
^SSLt«WSÍ^««';
- nao^ I,. De nouV, quando
O ' «laia dois
Durante meses fi-
com a família do major, no au- Iene.
*.. _.. ll.....«. mAUitU fl*
~IJei,e disso, Chiquilá. fotografo
Sempre que estava empregada •
"ainda "demorou tinha um diiiheirinho desocupa*
««/¦•»«; meses na do. Marlene se meti. no cinema,
e felicidade era tanta que Mar quatro
pára os lados dalurqyia \ ^<nbiefíte de Marlene. A
do cid.dezinha tomando conhecimento de no-
liado pela gente ^^^^^ '^f, SjggJfuleira, o pássaro, Une nem se lembrava mais chega outra
Foi
saúda- vos mundos, que estavam para Ia
q"'0 os tios, S. José de Pa- * então que
Dai o pseudônimo de U««"'^ n \t<.nrie corpo gordinlw. passado: da barra, muito de paisagens d,-
raopeba, a mãe morta, o pai de- de: saudade de Belo Horizonte, lerentes e coisas belas. Um secrete
saparecido, tudo pareciam coisa» Sem niquel no bolso, Marlene
a língua com-
a sandá' de um tempo muito distante e que realiza sua segunda fuga. Amla desejo de aprender
Iene fazia entrava para de treni em trem, comendo pouco plicada que falava a gente Uo«
SAO JOSÉ DE PARAOPEBA Ha binetra, de salto grosso. Ago- não voltaria mais.
ali. dor- films e de singrar aqueles mar^s
nada
Outra coisa que merece duvida: ra ela mostra algumas manchas SAUDADES DE MARLENE íquí, não comendo
distantes: foi nascendo dentro üe
. nome de Marlene. Diz
ela que
corpo, saudades dolorosas do Mas um dia Marlene ficou abor- mindo na rua. Mas, entrementes, Marlene. Quando ela saia d»
Reis e pelo o major Messias já tinha manda-
fci» chama Marlene Margot tempo em qúe morou com
os tios. recida con» tanta felicidade ^Poeira» dà rua Lar... I. di^en-
nasceu em Silo José de. Paraopeba, morre a tm --
2V3* ludo de mais
ma lluíorV^;aoor diz
cla a„m;ro^u^r,M7r.e,neV""'Ê qünnZ,
Eis que de repente morrer de do com os botões de madreperola
no Estado de Minas, há dezenovee «!e Marlene. que, afinal, de contas, ei *** está quase p.ra .1
do seu vestido azul:
..ALiiiiLt «'/ÍIM
dela começou a relembrar o fome, é encontrada.
•nos passados. A carinha era tão ruim. Sozinha nas Então,
O jeito não
carinha de dezenove arírts. aí é que ela co-
«,ela, apesar de envernizado pelo mãos dos tios, mesmo de verda-
meçou a Mifrer
s..l e pela paisagem, dos países co,- de Foi .sofrendo,
g sofrendo, ate
distantes,s, ainda tem qualquer
q«»l«l«« ^'oí Jogé de Parao
Mas ««« «^''t'^,
sa de Sã«o José de Paraopeba. nao peba o major,!"«",,-,„ Messias de Mene- Mene
o nome de Marlene e quCj
do In- mor' iSxtiSQwsyS&t' ¦•¦¦'.¦¦"¦'•;"'•>/ -¦'¦ ~+^mmm%iH, t*j* tpiihú^'^^mwÉmwk>.-
pode ser nome de mineiro nome IDA A BELO HORIZONTE
lerior. Vê-se logo que o Mene7.es
O major Messias .de
veio depois. Foi nome que
ranjou em Capetown ou
ela ar-
no Cairo. ,,ão foi a S. José de, Paraopeba
'¦¦ ." :r'"•••. -. ^"^
.|'K yy fi; •
por desfastio nem apenas para
Pelo menos no Leblon.- so-
passear. Foi fazer sindicâncias ha-
Insistimos: • bre um crime muito feio que
Diga seu .nome direito, Mar- via sucedido lá...Por coincidência,
tes-
Iene. um dos tios de Marlene fora
Ela apenas responde: ^ este: tom unha do crime. De maneira
Meu nome direito e
que, uma manhã, o major de Mar-
Messias y^m.^^-/m^.y . v | ¦% ^* A i< a r JT""*y-- •!**"'•'•¦'••¦¦¦•
Marlene Margot Reis.^
bateu na porta da casa. - **^«%i»ta¦ *. <^ v v\' 'm mml¦*¦¦ : #1 '
Você nesceu assim. Iene procurando pelo tio
dela v" - s- ¥
Foi. ' ,'¦¦'¦•.
nos 0 tio apareceu
e o major iníor-
»*¦•;>¦ ''<&l-mt¦ ? :? i ~mi '. i. <+***. y-A*rl.\ >vr^$h%m
F. há tanta impassividade s m-é 1 ¦ :^Jx5f*iA *
ele tinha que ficar jun- _^_^^^^ au|i£. ímt <J
in- mou que as t a < 111»1 jml
sius olhoi. que não é possível to dele o tempo todo, ate queOra.
tiistir mais. ...
come- sindicâncias terminassem.
do ^¦^^^^^^^^^'•^¦¦««¦«¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦^^áLi^ * »m* t* !¦*.._.!•! ^^<M«y*<íi»«ft»JI»W«» \íl*~-
Em vista disso, podemos Marlene não vivia longe
Reis nasceu como a ConVivor
ç,r: Marlene Margot . um ti», passou também -achan- Slt?Í ^^^<>^te»»««r^>*»»»>»»««s»«M»pjpw^^^ » »^ps»l|a«««a-^! 4
„, São José de Paraopeba, 0 com o rnijor, O major foi - ' "a* >«VV ^^^^^^^^^^^^»*»R»«t«««lllÉÍBÍÉÉ^^^^^^,i»^w^
Gerais. e. multo
lugar/inho de Minas ho- ,-o-a.muito simpática #'"¦-••.. • y^^^^^mmmmmmm^$y::y
"'
rifiyS»\1
*?««*=; 1
rífC-í»' *
, ,l
¦M^-'-i»|13a»«a-^jMiB^^^ ' ¦
íi.
pode-se
* - ¦
junho de 1940 começaram"5 esta- Contestação banal e.tplica ho en- tos alemã diiniiiuiii, por falta de i'izer que os aslrõlogos teem as
fcelecer uni programa de arma- tanto a atitude paciente do gover- liòes de libras, ou seja quase as matérias primas e íYião de obra.
¦despesas do budget britânico du- melhores chances de ver confir-
mentos adaptado ás dimensões da no dc Washington em* face dos' re- Acontecerá a mesma -coisa desta madas suas predições pelos cons-
guerra. O primeiro ano do pro- rentes incidentes- militares na rante lodo um ano. Mas, até o vez? Quanto às matérias-primas, trulores.de- armas, pois, segundo
grama foi inevitavelmente ahsor- zona da Islândia. Por . ai -expli- fim dc. setembro, sobre estes 13 sem dúvida alguma foram baslan-
cam-se lambem as hesitações do biliões de dólares,, somente mer- eyles. as potências ânglo-saxoni-
te- subestimadas as possibilidades
radoriás no valor- de 324.563.749 cas estarão, em 1943, bastante for-
governo de Londres quanto a uma dn Iteich na primeira fase-da
intervenção no continente euro- dólares serão -efetivamnte forne- tes para vencer.
guerra. A Alemanha possue car-
¦[IJ^Írata peu. Compreende-se que a produ-
ção de armamentos dos Estados
cidas. Apenas 925 milhões sobre
13 biliões, ou seja 2,5 % da soma
vão e, desde que pode explorar à
sjia vontade as minas da Suécia,
Unidos é destinada, em primeiro acordada. d* França e agora da Ucrânia,
lugar, à defesa do próprio pais. Os outros 97,5 % seráo entre- possue ferro em quantidades ili-
Eduardo Pinto
das diversas possessões norteame- gues, seguramente. Mas a Ingla
licãnas e do Hemisfério ociden- terra deve orientar sua politica
miladas. A campanha da Rússia
demonstrou que os alemães dis-
da Fonseca
tal. As remessas de material para atuai segundo-o material que dis- põem, desde que se apossaram do IMPORTADOR
Mm ^H^H ^H ^M§ ^mvmwM
Grande tteck 3 'Inglaterra tcem - aumentado, nõc hoje e não segundo o que po- petróleo da llumânia de quantida- «•»' ¦ — 1 9 a— .--
ds tolhares •- mas ainda sáo modestas em com- dera possuir amanhã oa..depois des apreciáveis da essência. Se
«wlsot. 7 •*._!«* De cevada, lúpulo, carameles
diferentes Fo- pa ração com as necessidades da de amanhã. conseguirem conquistar os cam- e mais a maravilhosa
briecçõo e van-
da exclusivas- de guerra européia. O ARMAMENTO ALEMÃO pos petrolíferos do norte do Cau- Cera... TABLETI.NA para
» O próprio governo amciicano Estas faltas são, repetimos, caso, em Maikop e Grosny, dos assoalhes .
acaba de publicar a este- respeito temporárias. Diminuem todos es quais náo -estão muito distantes, »»»»,,
MAPPiN & WEBB plgomas cifras muito instrutivas. dias. A máquina de guerra ame- conseguirão es alemães petróleo 166 RÜA CAMERINO — 166
End. Tel.: "EDUARDO"
A Inglaterra obteve, \rà seis me- ricana trabalha prontamente e ra- fKira toda uma. longa guerra fa-
ownoc* 100 — mo DE JANEMO i«s, peto Lcad-Leaae Act, ata ist» pulamcute. Em 1943, e mais tas- tura.
Tel. 43-1962
_í:~
DE BELEZAt PERFEIÇÃO
lati* de ter sido mobiliza- ingleses, [''alam um pouco de
pel»'como
simples soldado. Prò- francês e de flamengo. Você de-
du
cucava atrair a atenção dos su- vc ensiná-los a ficarem caladoç.
<|ue os
sa-
ob-
c»»ns- „., fechadura,
_____z_
a poria abrir-se, tes de salsichas, manleiga. doces',
1 zila menti».
Ds alemães cstã4» ativamente
empenhados em descobrir essas
da. R soube mais tarde que de organizações secretas. Quando
eu
mestre-
ter a colaboração deles na conversar comigo no pois de al:,'.««,,,s >,*ma<,:.s ...anda eslava CIM C.halon. um
VOZCS ásperas; e depois o estalo Costumava volta à Alemanha,
•truçào da iiova Furopa. ele. ram-nó de escola fi»i preso em companhia
de um chicote na carne ou o ba pátio. Um dia dirigi-me a
Fis que* de repente, como por frente de ontroVe pedi-lhe más uo caminho ele conseguiu
co- rulho abalad»» de socos. Km se na dc sua esposa. Sua casa foi vi-
encanto; o feroz Neuukirsch de um trem ein moviuien*
de «ovo e que )'nè desse licença para m»U- saltar
meçou a tornar-se macio;-diante
guidã, a chave.rodava (.» e fugir novamente. 15sse ho- giada. Km Ires noite, os ale-
os passos desapareciam mt cor- dar úm telegrama.
dc u«»ss<»s próprios olhos. É que Para ouile ? li vem disse-me: mães prenderam oo/.c soldados
das redor. As vitimas eram geral-
tivera uma súbita revelação Para Washington. — Íim julho do ano passado, ingleses que chegavam com car-
mente homens trançado* em >4»-
delicias da corruptibilidade. A Ií a quem ? l»s dc a presen l ação. A 1(1 de ju-
lilárias: muitas vezes, eram leva- depois da imssa derrota, os ale-
se .vendeu foi lt<»osevclt.
primeira vez que dos para longe', durante a noite.
A4» presidente
ler-nos conquistado |ho. a filha do prefeito dc Di-
dè um modo especialmente doei-: Quero pedir-lhe que não faça mães podiam
vi- 0 melhor prnpagandi.sU nazi ,4.4 ^«c,., W M pjjjj^gr «gr;^
i-nia deliciosa, francesinba con ^t_nm .IA i.»e ii, s,u ** «,..,
m»ss4» guar-
(U.ii-o para um passeio, afim
de que encontrei íoi um em liberdade. ter-nos feito declarar guerra a
para o da chamado Balir, que tinha si- r«««
Ficou ihuito contente com a pi- Inglaterra. Kslavamos profuoda-
obter Irai a mento especial
uuma do chefe de policia numa cida- . .. ,,,ente desiludidos de nós mesmos Quando em deixei, a Fiam,*.
. ... éuuhadü que estava preso, %Tí_,»
complicada. Dai "> dcziõha da Silésia. Procurou scr e da causa democrática. Os _ ale- havia pouca sabotagem. A opi-
situação" os
<»s Algum dia úm livro
.li. escreverei um ..
tal qual os franceses, embora
lal ^^ ^
*M*mmm.-i-¦ *- «- «¦>"< "s.,;;:";cx;;::;:':
Neuukirsch não parou
"
diante
mais; e com mil trancos daqui, ,„t ::«1««..f»» *«.« . «.»»». a «,«.».
„. ,,„s. d. prí.«. r»™«..m»m *™%*£,$^'%_',, a,i./.tó . «içi*.;- é .erri-c.. M„s ... íl.tmM .cj»-
- quinhentos dali; foi perdendo
1-ia nha f« «a «l« ««•* ,...,„ .
decência.
severo, e desagra- mandava a linha do partido, Ago- tecimentos dem.onslr.m qae O
aquele olhar "'" " "'- ¦£#-
flavel; t.reio que os outros, que ""'•" '¦ •"¦«*"
Í.JL: l™. »«>.««.».--W». * P»«. 4.-...C0. uáa „ deixa aUa.cr.
soa*. _*£. _J_
Iram ítmdameHlalmenU houcs-
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PAG. I© DIRETRIZES 6/11/941
"DIRETRIZES** E O DE-
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Comentários nacionais POXMENTO HISTÓRICO DO
*t*l, PATRONO OA CULTURA
"Dia
CORONEL DILERMANDO
tscolheu-se o dota do nascimento de Rui Barbosa
para celebrar-se o
da Cultura Nacionar. Rui foi um Jibera! e a cultura gosta do clima liberal. Ou DE ASSIS
melfeòr, só num clima democrático a cultura poderá desenvolver-se a
tornar um bem para todos. ponto de se
Para publicar na integra, em uma única edição. • depoi-
A pesquisa dos fenômenos, a apresentação e discussão de hipóteses e idéias, mento de relevante valor histórico -de Coronel Dilermande de
o amor à verdade, tudo isso é <jue constitue o instrumento àa cultura. E Assis sobre a «norte de Euclides da Cunha, DIRETRIZES vê-ec
tudo isso é necessário liberdade. Tudo isso não faz mal ao Brasil mas, oo para con- aa contingência de suprimir, em seu número de hoje. algumas
traria, serve ao Brasil. de suas habituais sécçõee. Preferimoe. contudo, eeee aacritfcio
Certamente, existem por aí muitos aventureiros, "gangsters" da inteligência a iet de dividir, em fascícules euceaaivos aquela reportagem.
tou "gangsters"
sem inteligência?) que não amam a liberdade de pesquisa, nem Nessas condições, ae secçõee suprimidas em nossa número
de idéias, nem de debate, porque não sobem pesquisar, nem
«em teem nada a debater. A missão deles é viver burromente bem. possuem idéios, de hoje. a que voltara» *» figurar na'próxima «emana, eão ac
Essa seguintes:
tem horror a Rui Barbosa, porque Rui é uma força moral, uma tradição degente to-
lerancia, de cordura, de respeito ao labor intelectual, às doutrinas e ao
mento humono. Inimigos de Rui, porque Rui representa a liberdade e a cultura.pensa- A SEMANA NAS ARTES PLÁSTICAS A S2MANA MUSICAL
; . A SEMANA NAS REVISTAS ESTRANGEIRAS — A NOVELA
O dia da cultura, por isso mesmo, devia ser um dia de debate do
problema
da liberdade, de luta contra os "gangsters" intelectuais. Um dia de afirmação
SEMANAL A SEMANA NO RADIO A SEMANA ESPORTIVA
de A SEMANA ECONÔMICA — A SEMANA TRABALHISTA
amor à ciência e à verdade como a melhor maneira de servir oo Brasil.
O MUNDO EM TODOS SETORES FRONT LITERÁRIO
SECÇÃO DE GRAFOLOGIA
A GUERRA E A MORAL £' o seguinte o sumário do próximo edição «le
*Jm jornalista ilustre, e Sr. J. E: de Macedo Soam, escreveu domingo iitime
o seguinte: DIRETRIZES:
•O Bmail carece ateie momento
malta maio «a inteligência da aue da agitação eaeecrática ae da CESARIO DE MELO — O PADRE CÍCERO DO SERTÃO
retlair das armas. Precisa ene .aa Inteligência se ilamiae, «ae aaa caavicçãe
ee ferme nela pa- CARIOCA — reportagem de Joel Silveira.
lavm escrita e filada." O joraalista eateade qae iaso é indispensável,
moral — -o governo no tempo de guerra deve ser a resultante
por*ue a guerra é uma ceisa GAGO COUTINHO E AS SEREIAS — omplo reportagem
da vontade nacional no pedestal de Edmar Morei, o único
de inabaláveis e defiaitiva. convicções do espírito, isto é. aa sua verdadeira biógrafo autorixodo
atitude mor.1". do Almirante Gago Coutinho.
Sem dúvida a Sr. I. E. de Macedo Soares tem maita razão, ti necessária
aue a convicção mi- O GONGO SALVA OS CALOUROS — completa reporta-
etoaal ae forme, «ae cada am saiba os seus deveres
para consigo, para com o Brasil c para cam a
humanidade. Sá assim ê paasivet formar-se uma convicção nacional,
que é uma espécie de desço- g«m «obte as horas dos calouros nos estações
feerts da verdade. Certamente, é esae am problema moral,
*ae não interessa de imediato a todee. de rádio.
For leee mesmo, ele deve ser debatido amplamente "pela
palavra escrita e falada". Debatido livre- MÉDICOS QUE PAGAM PARA SALVAR DOENTES —
mente, pois sem liberdade nãe c passivel escolher entre e bem o reportagem sobre o problema dos hospitais do
mal. Mazzini dizia, com bastant
vazão: "Sem liberdade, nãe existe a moral." Rio de Janeiro,
COMÉRCIO E INDÚSTRIA f U LUTEI CONTRA HITLER NA ALEMANHA — narro-
.Anuacia-sc aue a Departamento Nacional de Indústria e Comércio,
do Ministério 4o Trabalha, tivo emocionante de um fugitivo da Gestapo.
vai aer reformado e para caidar disso foi nomeada uma comissão A RESISTÊNCIA CHINESA E OS BARÕES DO MIKADO
A providência é apertona ti aa-
hído aue o problema trabalhista absorveu de tal forma o Ministério — grande entrevista exclusiva de S. Excio. o
do Trabalha «ae ati aingaem
levou em coata ene ele é também do Comércio e da Indústria.
Resultado disso é «ne outro, orgãee Ministro do China no Brasil. Dr. Shao Hwo Tou,
tomam a si tarefas que deviam ser executadas
pelo Ministério ei» apreço. detalhando todo o desenrolar dos quatro anos
O Brasil inegavelmente vem progredindo industrialmente nos
últimos tempos. O Cato ae com- de guerra sino-japonesa.
imtm a alho aá. Mas o Departamento de Indústria do Minietério
do Trabalho, se qaiser prová-lo aãa OS ESTUDANTES FALAM DE LITERATURA — continuo-
pode. rorqae aãa existe ali am serviço de estatística industrial
perfeita. E a estatística é a base
para aaalquer prova nesse seatída. ção desta oportuna enquête.
A aaséacia de tal servida poderá até levar estudiosos do as»«nte BRANDÃO ENTRE O MAR E O AMOR — continuação
a equívocos perigosas, qaaa-
de esses estadiesos, impaciente*, tentam a elaboração de audaciosas
estatísticas próprias. Também do novela coletiva de José Lins do Rego, Rachel
nesse terreao, poderá verificar-se e engano em de Queiroz, Anibal Machado e Grociliano Ramos.
que incorremos quanto à população do pais, que, feito
• ceaso de 194«, receou de 45 pare 41 milhões de habitantes. .. MEMÓRIAS DO MAIOR CRONISTA ESPORTIVO DO
PTJ*m?.*9l?a4ÍmV ' ref,,,m" E,«.« n5« ¦* oportaaa, «as BRASIL — segunda porte dos revelações de
inaispeaaavel. E que seja e«e-
catada cam vistas largas ! .-^^Orv» .."'ÍS*^;»^'?.-.' "^:i>*NK.ãt^'^.» 4. ,'-**!-*«i(S«r-.ei Mario Filho.
COMÉRCIO, PRODUTOS E LATIFÚNDIO
O Brasil exporta ainda m.itoa
tamente, «em a sua economia nem o
asais am pa.s s.mple. produtor de
gêner- «e ^bremeaa: café, ««aa, laranja, banana. Mae, aer-
seu comércio se baliam .pena» ai™. Com efeito, não
sobremos.. No. último, tempo. a. sobremesa, teem
somos
perdido
EXPEDIENTE
terreao em favor de outros genêios
Ao fim do terceiro trimestre
alimeaticioe e sobretudo das matériaa primas
deste a-, .« cifrw do comercia exterior revelam o aeg.iate:
DIRETRIZES
qHe "" f'Ual Perí<M,# * "¦• »-*• "«««"««« — ** %, figuram ago- Propriedade da
Zra rDêr8Y„"m:_TT
apenas com 45.6 % «o
passo que as matéria, prima. ..biram de 42,* % EMPRESA EDITORA DIRETRIZES LTDA
liem melhorado bastante a contribuição das manufaturas, par. Si.5 %, tendo Um- DIREÇÃO de Mauricio Goulart e Samuel Waiher
pois dè 2,« % se elevou a 3 9 % *
SECRETARIA de: Augusto Rodrigues
tador do Brasil e t.p.camente de sobremesa, ti o ..«a velho « ub.ro.. café que eqaivale a 28 4 Sf,2?5ÍSA»feAfranio de FreiUs Hvuzxí
- Carreiro de Oliveira
•-r°">""'""}*"
PUBLICIDADE
ZT£J T rtM"'"—¦ • ','°4U'- "-•• ~«»«í 2 c- », %,
REDAÇÃO
d» «*•«*•*« brasileira a. carne. • o cacau, o. ^"^^75.^ MaIrl,Ih".lResRO' A,varo
Unem *2\£V
tíZ .Prodnt°':<:hef-
com 12,3 %, sao gêneros alimentícios. quais contri- Moreyra, Franci*,o
ae Assis Barbosa e Joel Silveira — Redatoft»
° ,,lo«ím m*ior "Unificação encarado de um D'Horta - Movimento
ponte de vista maia ampla, pois todos «««.
•redutos se ba.eiam, trate-se de lavoura oa cri.çãa, m.j. o. menos Carloa Cavalcanti — Artes PlásticasTrabalhista.
£r,,£!501^P'<l.r0,M,
¦«««*
no latifúndio .. Marqaes Rebello — Discoteca.
PENSEMOS NA VIDA.. Marillo de Carvalha — Música.
*U """"f* •- —•"¦ N~ ""•»«¦*• «~ ** «* ~ S-e eej. e*e Nassara — Rádio.
m.ada^^rjrr" Z Heitor Cunha — Mando em todos es setores.
R. Magalhães Jaaiar — Cinema.
DUAS MODALIDADES DE ESTU l~*í)I sem dúvida extraordinário o interesse despertado por nosso esforço, no sentido de apre-
" cnquête". Aliás, o interesse — Quais as suas leituras
DANTE y.r
£ sentar, ao público, a estudante brasileiro, através de uma alem dos livros didáticos: Pre-
Depois de alguns telefonemas, não se restringe ao público, mas se estende ao próprio estudante, à grande classe estudantil, fere jornal, revista ou livro ?
o repórter consegue localizar Ea- que, como é natural, não poderia estar a par da cultura e dos problemas de cada um de seus mém-. — Qual a sua opinião so-
bre a literatura nacional em
clides Aranha, 2." anista da Facul- mbros cm particular. A repercussão alcançada por nossa primeira reportagem, foi verdadeira- face da literatura universal?
dade Nacional de Direito, que nos. e de certa maneira inesperada: Bra nossa intenção, desenvolver sobre cada
recebe em seu escritório e nos mente surpreendente — Está ao par da literata-
convida a sentar. Explicamos a assunto, escolhido, dos vários setores da vida do estudante, uma única reportagem. A primeira, ra nacional moderna? Qual o
finalidade de nossa visita e ele como se sabe, foi sobre o estudante e a literatura. Esta que hoje apresentamos, focalizaria* vulto que mais destaca?
observa que não tivemos sorte ern Miis o súbito interesse despert ado, junto ao público e 4 — Na literatura moderna
pois, outro, aspecto da vida do estudante. nacional há algum escritor do
escolhê-lo para responder às nos-
sas questões. ò classe estudiosa, por nossas questões de literatura, animou-nos a insistir no mesmo tema. S-uge- nivel de Machado de Assis e
¦— Por que ? indaga o repórter riram-nos que 7iiuitos outros estudantes deveriam ser. ouvidos. Aquiescemos. Outros estudantes fo- Euclydes da Cunha?
Eu explico,-diz . Euclides — ram ouvidos: Apresentamo-los, hoje, aos nossos leitores. — Qual o livro nacional ou
Vocês devem procurar o verdadei- estrangeiro que lhe deixou
Ai' verdade, todavia, que não nos será possivcl, em nossas futuras conclusões; chegar aos ri- impressão até hoje?
ro estudante dos dias modernos. ' maior
Aquele que trabalha e que estuda (jures da estatística. Isto caberá ao Censo Universitário. Mas teremos sem dúvida, no final de — Qual foi a literatura es-
às próprias expensas, com esfor- nossas indagações, um interessantíssimo bosquejo, cs cru pulo sam ente honesto e sincero. trangeira, mais rica? E na
Co e vontade. Ajas embora dividin- atualidade?
do o seu tempo entre o trabalho uns.. ________ — rode a guerra influir
e o estudo, os jovens de hoje fa-
____________ sobre os escritores nacionais?.
zem muito e vocês concordarão tt- Qual a sua opinião so-
ao fim, com o resultado deste in- bre a coleção das moças?
quérito. Por isso, eu não posso fa- — A literatura infantil no
lar.por esses que... j_f ¦'.V''-'«qoyvy-.
'.w.. mfS&ICf- ^3«8&. «¦
v•••*•¦• jTqol K».-
B___t____f_. tMí****'
.•*^^_____-_pi
^**-
afr *
w'" Brasil já alcançou os seus ver-
Mas, interrompe o repórter ^> -'¦&.-'.
-S» i*_sSs?- g_r%. dadeiros objetivos?
o que nós queremos é que você 10 — Qual o maior poeta na-
respondia às nossas questões, indi- -dfflSBfh ; '>$? shHp' t &».°:"r"*' '^tfl__9§£ cional de todos os tempos?
vidualmente, sem representar nin- 11 — Que livro de poesias
üuem, que não seja o estudante nacional poderia ser incluído
que você é. na literatura universal?
Euclides procura ainda, fugir às 12 — Os cinco maiores livros
nossas perguntas mas o repórter da literatura universal?
insiste e ele afinal concorda:
Pois bem, no que se refere a
literatura nacional, encontro um to de romancista, é Jorge Amado»
valor extraordinário neste curto
% por seu processo panfletário.
espaço de 400 anos. Pelo ponto em —i É capaz de encontrar, pergua-
que nos encontramos atualmente tamos, em nossa moderna litera-
a projeção que conquistamos, tu- .s!. :^| tura, algum escritor capaz de so
do o que possui mos, é deveras si B?^^^^*tBI _P^^^*^í_íar ^__l P^^^^^^^B ___________^__.^^'^._^í^í ____H£|PQ_n_j( igualar a Euclides ou Machado?
gnificativo. Poucos povos pode- Encontro sociólogos tão bona
'^mM KJSyffiHHJgffi
riam apresentar tanto, em tãn < - - ^;'-:^^Brv^x^B Br .^B jÉfcee^*''" ^_______B _/***_«-*_. w- - ^^B
?/-i
^^BgaflBKx'
como Euclides. Mas quanto a Ma-
¦*» i_ pouco tempo. - ' '¦' '______________. •':'•'¦ ''"S?.^-„ *'}'*l_t. chado, é possível encontrar escri-
E a moderna literatura nu ffl 1» ¦ Ji___»**'______l ________ Bfc.."'^''¦ 4. tores mais nacionalistas, mas quo
cional? perguntamos. '-¦''%- *^>^ '^tSft-.r^ **x 'y~ não conseguem superá-lo na for-
Sem dúvida verifica-se uma JSêV «______ _________________! ______________ -^mW wSxFÜm-^ íy . à
ma.
acentuada influência do meio. Ve Qual a literatura estrangeira
nos o homem do norte descrever Hi_i_R-V-*.*!*'*•'•* -*-'•_»"-'-.*. mwCimvfysl-y.- ¦ '•*0_)_____trS*->X-.*_*I..M H#W5'^ _____M _________-n^___________________^Wp*' _____P_____r>^^*Ok mais rica no passado?
o ambiente do norte. Entre estes $888... í ____./ ^tó_, >__í ¦ '•' '____!____? -___l _K'vl__ l-Síf ;»%____í \ Francesa, tanto no passado
vemos José Lins do Rego, Jorge como na atualidade. E André Gide,
jSj_^^33^'X'*v^%''*4^j||_fli_^r^ ¦'• __________ _____¦ J-B ¦___^*'*'*'*^'Ív^^%?y^^__WB^-lfotf' •¦'¦'•^^^L'
Amado, etc. Outros há, entretan é na minha opinião a maior figa-
to, que enveredam por outros ca-. ra contemporânea.
minhos, tornism-se científicos, fa- Acha que a guerra exercerá
zem monografias, como Ovidio da influência sobre a literatura?
Cunha, que escreve sem a noção Sim. De todos os modos.
precisa e científica dos detalhes Principalmente, determinando •
confundindo RUter com Ratzel 1 ¦tív'''':'"'''''i% ¦;.;••-. _a_JJ_B _-BcBBPM-É-_ÉÉÍ------J'.:/1.---S-. *•"¦£&..
*¦'<__________!
_____ufW %^Ê _____K-'V^
'"'£¦'
aparecimento de novas corrente»
' ou-
etc. _HI _b8_1s^'**x"&" í>^ ¦ ^IB ______!^'^_9*!^*^__i___i __________¦____________ ^^^¦yBffi^^S BH&*-"*"' literárias, algumas ridículas,
Alem dos livros didáticos, o * *^&m^hH ____________^__________________i________B trás de vulto, como sucedeu n»
-j_L__i _______?S*^&* •'¦"¦.-'¦'.* . •*"' ____________¦._______. ________________________! _íÍb______________í_______- - -
que lê de preferência? pergunta- guerra passada.
mos. ^^^^^Wl _____ÉÍ___________D
-*¦ E diga, o que acha.da litera- i .
Leio tudo, responde Euclides. ^R _______nB%K!_____B ________________i!_^ _Bc tura feminina no Brasil?
mas, quase sempre, só até a meta- F,u acho que devia tomar no-
de... «¦ B^v.*
'¦•''')'¦
. * - * va orientação. Orientação maio
Qual o livro que lhe deixou ^________! ________ç%________! ___¦
realista, mais humana, como tesa
maior impressão até hoje? feito Raquel Queiroz, atualmente.
Dois, que eu me recordo: ™ ' •'.¦'¦'-* Finalmente encerrando a entre-
*"Canãan" e "Memórias Póstu ^^^JflWíwjWj^PWJJSSÍÍW^ffl?^ •mmWm\\ m%wt-'
"enqnête' de DIRETRIZES: "Os Estudantes vista, Augusto Freire Belém opina
mas de Braz Cubas", e isto, sem Os universitários cariocas acolheram com entusiasmo a sobre as grandes obras da litera-
intenção de ser nacionalista. . e a Literatura Universal" tura universal. Escolhe entre^ aa
Qual a literatura estrangei- Acho que tem um valor re- literatura infantil norteamericana. A pergunta é difícil para obras que conhece, o "Candide",
ra mais rica no passado? lativo, porque, hoje em du,imu- E esta não tem fins educativos, mim. mesmo porque um estudan- de foltaire. "Hamlet", de Shakes-
A inglesa, incluindo nela, to- homem nos cos- na minha opinião. te do pré-médico, não pode «star neare, os "Os Maias", de Eça,
lher se .iguala ao "O faleci-
dos os povos da língua inglesa. lumes e a sua literatura, portan- Qual o livro estrangeiro que ao par de questões de poesia. Mas "Fausto", de Goethe, e
E na atualidade? lhe deixou maior impressão em arredito Casimiro de .Abreu do Mathias Pascal", de Plrandello,
Agora, mais do que nunca, a to, quase não oferece diferença. que
Qual o livro que lhe causou sua vida? seja o maior poeta brasileiro. A seguir o repórter se apresen-
inglesa. Só a América do Norte é mais profunda impressão? A "Divina Comédia",de Dan- Quais as cinco maiores obras ta à senhorita Lyllian-Mary da
uma verdadeira fábrica, e conta "Madame Curie" de Era Cu te Alighieri. da literatura universal? I.ocha, aluna do Instituto da A.
com mais de 600 obras, sobre Qual a literatura estrangeira Na minha opinião, só a Fran- C. M. do Rio de Janeiro.
rie.
questões de guerra, nestes dois — E qual a literatura mais rica mais rica no passado? ça, poderia açambarcar os cinco Lylliam-Mary explica ao repor-
anos. do passado.? A francesa, seguida da por- primeiros lugares, na literatura ter que em geral, procura muito
E acha que a guerra possa in- A francesa e a inglesa. Na tuguesa. Na atualidade, continua a universal. l*elo menos do que eu pouco a literatura nacional. Lê de
fluir sobre os escritores nacio- atualidade, a francesa ainda se francesa. ja li. preferência, livros estrangeiros n«
nais? mostra a mais ri«.., embora a Qual o maior poeta nacional? E a guerra, poderá influir na original, para o que dispõe de cer-
Sem dúvida. Como exemplo, Me parece que é Fagundes literatura? to conhecimento de línguas.
americana tenha sofrido grande
O "Saga", de Krico Veríssimo. evolução. \ ardia. Lógico. As guerras, provocan- O livro que maior impressão lho
Acha que a literatura infan- E sobre a poesia? pergunta- Acha que a guerra possa in- do grandes transformações sociais, rnusou, foi o famoso "Litle We-
til, no Brasil, já alcançou os seus mos. fluir na literatura? acrescidas dos fatores econômicos, men" da literatura norteamerica-
verdadeiros objetivos ? Qual o maior poeta nacional Sem dúvida. Se a guerra in- influem profundamente, incenti- na. Considera a literatura francesa
É assunto remoto... Creio de todoB os tempos? flue na liberdade do pensamento vando o surgimento de novos es- a mais rica no passado e a ame-
entretanto que não. No Brasil ex- Considero Castro Alves o v da palavra, por certo há dc in- tudos histórico» e fazendo apare- ricana. no presente, acompanhada
cetuando-se Monteiro Lobato, pro- Aprecio (iuir na literatura. cer, também, os sentimentalistas da alemã. Dá à literatura femini-
maior poeta nacional.
cura-se unicamente distrair, sem Guerra Junqueiro. Quais as cinco maiores obras cm geral. na. o único mérito de ser maia
também,
qualquer preocupação educativa. Das grandes obras da literatura da literatura universal? O repórter faz ainda uma per- sentimental i ...
E sobre a poesia? universal, Jenny Coelho "A Souza só São tantas... Mas as maiores, gunta, e o entrevistado responde „.:,.__'¦
PÁ&32 iVv
DI.R.E TR I ZES <V/U/«)41
(ÍSí* ¦*-¦--
_BSH--i:
IR 68 •
(Continuação da pág. anterior) escritor capaz de se hombrear, '§¥&%&* ou cão que se vem fazendo neste .en- "La bete humaíne", de Zola, Eu acho que está começando
«^ de Filosofia. Atualmente, ^ *í^^*e|?f*í «f* *fc tido.
r*\"~~ E sobre diz Carlos Paes Barreto. a se desenvolver com Monteiro Lo-
.«•rn; continua ela, «osais letras 2W* £* £u.*h-? Perguntamos, poesia ? :j; '10-- — "Madame Boyary", de Flau- bato, diz Carlos Paes Barreto.
' *'"«-
.£••». passaram po* grandes t ransforma- V_£|"£ PffÉP *m »-»«<¦« * Considero Castro Alve..''© bert, termina Nilza do Couto. Eu estou de acordo, diz Nilza.
d« m>l Áelhor d. í4sP^£;-e.ponde: . ; nosso maior poeta e entre as gran- i —.. a literatura mais rica, Qual o maior poeta nacional?
..'»» p>r. e- '*." " Qual
"' * des obras da poesia, universal-co- i.. passado, perguntamos. —
melhor para otimamente bem. De- li!".!. "" > "Obras completas de Cas perguntamos e respondem todos
pois, por outro lado, «literatura £lJZ l*l°ItAé-* «¦'"'^ .e8cr,tor. *P°* '**«> *f Itet-pondem todos: — A francesa, a uma voz:
ou tro.
dò Velho Mundo, sofre am decli- SíJL^ÍSÍV T» * '_," .A,v*8 • «¦* »»*»¦¦« *-1«« E no Oriente, emenda Nilza __ Castro Alves.''. .
ni« acentuado, em favor da ame- SKS^^S ?^ ?*, P°et,Ca ?"?.encerra- P»»8"* « WW do Couto Soutinho: a japonesa." — Existe alguma, poesia nacio-
ricaa* e podem*, dizer mesmo.' ^L- SSaiUi**J* ¦ ™*™ *****»*«? d. »"ocid-de
•m fivor di mcioMl rempa,
u» estudo serio J&™^* de sua pelos «agrados princípios abolido- E fique sabendo que a japonesa, nal, capaz de ser incluída na ii-
"J*"*" *' "^ tem coisas extraordinárias. l«*ratura universal?
€««• Mlf d- no^a modem. Í^^E*0 ?S ^^^^^»"^*^ E na atualidade? — Acho qué nãõ, diz Teimo!
literatura, possa apontar Éricc. Sg£iSfe'^ÈÍ! ?M reivindicações sociais Na atualidade, diz Teimo, me —_ Navio Negréiro, opinam José
nestas T?0'
condições, !raut°
V..!,..,..
veríssimo. contemporâneo
•- »-__.._. »**»»«* »__.___ „s_ jt •_ _,s.„i _•_de __ sua época.
_•-¦'*' '-•_ difícil destacar uma litera- Taro e Carlos Paes Barreto.
- É eapax de encontrar um es- P^vel saber ain- — Quais as cinco grandes obra* parece
%* tura; Otfras Completas de Castro
eritor da nossa moderna literatu- da literatura, universal ? 'termina
_ E - — "Os- Sertões". "O homem Idem, diz José Faro. Alves., Nilza.
C°m tinh* causado "Saiam- Eu acho que continua a fran- Quais as cinco maiores obras
ll^VWl Fe„ofide°s,?Parar
ou Euchdes? eio em profunda- Impres-
-£ desconhecido" de Carrel, "
chado de v». bô" de Flaubert, "Os Miseráveis" cesa, diz Carlos Paes Barreto. da N* .ratura universal?
É dificil comparar escritores. * quaIq|Ier "Eurico,
da? de Vitor Hugo e o pres- Nilza hesita, mas depois concor- Todos respondem ao mesmo
e, principalmente, escritores como tempo, e afinal, depois de passada
~ Não me recordo. Há certa» bitero", de Alexandre He reu.'uno. da com Carlos.
Machado de Assis. Talvez, em po- "—
espécies de -— E o que lê de preferencia, E o Oriente na atualidade, » confusão:
pularidade, eu pudesse citar Alva- calar fundo literatura, que podem alem dos livros a Nilza? — Teimo Pereira: — "Lusia-
ro Moreyra. em determinados in- didáticos ?. perguntamos "Fausto", "Don
Qual o livro que maior im diyiduos. No meu caso, não tenho . — Eu não sou mascarado... Pre Agora a literatura indú, so» das", Quixote",
"Crime e castigo" e' "Mãe", este
lhe causou? idéia de um determinado, livro que firo mesmo a revista. brepujou a japonesa.
"pressão — Foi "Judeus sem dinheiro" ten ha atingido profundamente
' Aproxima-se a senhorita Luiza Acham que a guerra possa in- último de Gorki.
minha sensibilidade. Gulkis, colega de turma de Virgi- cluir s.bre a literatura? José Faro: — "Fausto", "Wer-
de Michael Gold. ' ther", "Don "Lusíadas"
w Perguntamos agora â senhorita ; É qual a literatura estrangei- lio, que nos apresenta. Teimo Pereira é de opinião que Quixote",
Fanny sobre a literatura infantil ra mais rica em sua opinião? A senhorita Luiza acede em res- inllue decisivamente, como em * obras de Shakespeàre
Aí está uma pergnnta difi- ponder nossas perguntas e come- 1.14-18, com E. M. Remarque. Carlos Paes Barreto: — "Don
no Brasil e a nossa entrevistada ;-"-^.. "Pigmalião", "Lusia-
chama sua'irmã. Clara - Malin, de cil dè responder. Seria árduo es- •ça dizendo que aprecia de prefe- Jot>é Faro está de acordo e Car- Quixote". "Besta Humana" e "Fans-
«nze'ãnos~de idade"e repete nossa Pécificàí•. às literaturas mais ricas, «ência um bom livro que fale um los acha que até agora, a influên- das",
°8 P°*os» de acordo com o. Pouco da realidade da vida. Acha cia tem sido enorme, com o gran- to".
pergunta. po'8 Nilza do Couto Soutinho: — "A
Clara é uma menina viva e res- «etis grandes períodos, teem pro- tambem que os nossos escritores de número de obras que surgiram
grandes realizações li terá- „teem bastante mérito, mas reco- bobre o assunto. Divina Comédia", "Eneida", "llia-
pon d- prontamente: duzido e "Odisséa", "Fausto
-£u acho que já alcançamo. Tt*8' Assim, o grande período nhece que lhe falta tempo para es- Nilza .acredita que influirá fa- da" <• "Ta-
objetivo-, porque hoje a criança francês, como exemplo. ia»" suficientemente ao par da zendo decrescer a produção literá- »"aizo Perdido'^ de Milton
aprende a respeitar os pais, ser Neste momento Ayrton Diniz «ossa literatura, a ponto de poder ria e aumentando o número de as- Agradecemos e convidamos a
corajosa, patriota, aprende a ter volta a tempo de ouvir o nosso opinar seguramente sobre a suntos. otudante de música Ida Esposei,
confiança em si mesma,' a vencer entrevistado responder k nossa mesma. O que acham da literatura fe- que durante todo o tempo, perma-
es obstáculos na vida, etc última pergunta. Dá mais valor, todavia, aos nos- niinina? neceu junto aos nossos entrevista-
agradece e faz nova — Sobre as cinco grandes obra» sos antigos escritores. Acha que dos. ¦¦»•
O repórter Teimo: — Fraca.
a Fanny, responde: da literatura universal, eu prefi- atualmente os homens de letras — Ah! sorri ela. Não quero não.
pergunta que José: Desconheç>a
t — Na minha opinião, Castro Al- ro responder por autores. São os "áo são literatos. Escrevem sem- Mas, por que? — pergunta-
seguintes: Carlos: — Não leio..".
ves é o nosso maior poeta, e en- Shakespeàre, Camões, Pre sobre o mesmo assunto. Nilza: — mos.
Dante, Machado e Eçn O livro que mais lhe impressio- vido Em época remota, de-
tre as grandes obras da literatura "Obras "Uma vida", de Maupa.- a preconceitos tolos, a mu- Ora, eu não sei responder a
universal só caberiam as nou, foi isso...
lher era relegada a um plano in-
completas de Castro Alves". O DINHEIRO COMO FATOR DA sant. E no passado a literatura Modéstia, modéstia... A se-
Depois nossa entrevistada enu- PRODUÇÃO LITERÁRIA mais rica foi a inglesa, ao pusso KSjS* pJor T° nS* tÍnha P°88Í"
b'h lfd.e deudemon8íw 8»as ca" nhorita possue uma testa que re-
. mera as" cinco maiores "Nada obras da que na atualidade não está a™par
dos últimos movimentos V*Z„ receQnte™en*e' *»ar vela inteligência extraordinária.
. literatura universal: de Ayrton Diniz senta-se à nossa literários. li.?**
..novo na frente ocidental" e "Cri
'"D»;-
frente e fala: Acha que a literatura feminina é "<*" vu,to.8 co™°IS°Ph,f GfrBI"- Ida Esposei sorri, e retruca:
indispensável, "*• Mme. de Stael, Sevigne, etc. Isto é só tamanho..^ Eu não
, pois" de É. M. Remarque, — Sobre a própria origem, a como complemento
» a, educação dos pais" E mes- Jnna. "vo u-çao f«"«8a • esplen- conheço nada dá literatura nacio- .._
. me e castigo" de Dostoyewsky, tidssa literatura conseguiu absor- para dor d0B,8a.,0fs parisienses; prosse- nal, nem da estrangeira.
"A
_»___' _ • _
divina comédia"
_ ___ J_ _1 • _ fl J'
dè
W^_- __ 4 -_
Dante _.
ver o romantismo francês e a li- _ mo há uma época para tudo. Sobre Posso
"Don Ia Mancha" de I-ratura a literatura infantil, acredita *uf *Vo,"'ndo « «oJ« '"» *» no. considerar Stefan Zweig o maior
*?& Quixote de épica portuguesa. que Estados Unidos a literatura femi- escritor da literatura estrangeira
Cervantes, e finalmente um livro
'cientifico1, Isto indicava que alguma cousa já está se definindo no Brasil nina .e apresenta com alto
£_-.__. a '"'Astronomia —
popu- de completo «urgiria. E realmen-,Qual . o maior poeta nacional? de desenvolvimento.graunal.
~~
e Erico Veríssimo o maior nacio-
O livro que mais pie impres-
lar"'dé Flamarion."pedimos te alguma cousa original nós pos- p*£*u.n,. Acham que a literatura
Agradecemos e a Fan- suimos. — Coelho Netto, xT°* responde, e não no sionou foi "Qlhai os lírios do
reconhece alguma nacional, Brasil, já alcançou seu. verdade!- campo", e mesmo nao me lembra
ry que nos chame Mario Trigo Sobre-a: moderna literatura na- capaz de figurar poesia
«?e Loureiro, o ocupadíssimo dire entre ap grandes ros objetivos? Está em embrião,
de outro. ' ...
tor de publicidade do Diretório da «JSí'iS _ nôL«*?'?2™t¦"'*' *?'.*"»»¦ d* literatura uni.,^.o«.. responde
f«»«c c_r.u_.__a moderna.».-!_
Sobre
T , p.p„:*„ literatura na-
luculd.de de Odontologia, fc te. ^Tninião « «síStÔ õiínt°o IS" ^°^ W entrevistada ,*'.... ç-lõiiAl nada sèi. Poeta, o maior,
ftoiireiro e diretor tíe football d.. S&Jf '"•""*'• as cinco maiores obras Jobc Faro e de opinião que em- scho que é Bilac.
ürte^*««?--?£ 1™ *m da literatura univerwl: " LUsía- hora não
r. A. E.. IS!:?8,.;,PfreCe",nf nivel relativamente igual. 5ue.*8tao se possa ainda citar A verdade é qué eu'pouco leio
"Divina Comédia", "Enei- grandes
No Diretório Central de Estu - • - romancistas d.s", obras, temos todavia, Meu irmão é que compra livros ê
dantes, ^Os são frutos, da" dC Virgílio. "A Besta Huma- autores em Monteiro Lo- tem uma grande biblioteca. Ma.
trabalha-se ativamente
' Estudantes de todas as Faculdades são reflexos . da nossa litera- na* de Zola e "Os Miseráveis" dé grandes bato • Veríssimo. „„ quase n5o vou lá. É é só...
tura Creio, portanto, que Victor Hugo.
«• Escolas Superiores, passam não épassada. possível estabelecer compa-
i apressados, máquinas de .escrever ração com
. salpicara ruidos para todos os Ia- •n
. dos, telefones tilintam, estridiilam
campainha, -toda . atividade tó^Ç^àSlÊ^^SíSS
. de uma multidão jovem e ipquie
os atuais. Alem disso,
estudante brasileiro luta contra
OPINIÕES
"tod»»tM
*r° c»ni«nt°- SãoP"«
DIVERGENTES
Agora o repórter convida qua-
eles:
mm® ELEINÊ ROSAV
responderem
Teimo Pe
?.,
m",s 1L7.Í°H#ocuP*r-»« «!« ,,t'r*tMr^„ ,3.qM em
tas. Em uma sala próxima, alguns ., reira, da Escola de Belas Artes;
Fazemos uma pergunta e "Rati- Jogé
Fáro, tambem de Belas Ar-
. «-.tudantes ensaiam uma peca tea- «ho responde: teB. CarIo„ p.eè| Barreto>
i trai, que o repórter procura ou- *
de Quí.
Vir.-Mas eis que chega Mario';:Tri- rica .i.Tm mie*< e Nil» dò Cout« Soutinho.
foi a iW francesa. 4er*t^r*_t___"f_U
Na atualidade. ^ Filosofia
••:¦'¦¦¦
1
E continua: .—*—:.Tèmosperguntamos. .*.'A,-..-•
— Temos valores ' apreciáveis e Buffon já dizia que o estiloi éó
homem. Logo... ..'•*, h pontos fortes, diz"Téí-
de f(no quilate. Você me pede um mo Pereira, mas não podemos es-
vulto da moderna literatura na- Alem disso, é irrecusável que o
individuo escreve de acordo-com labclecer paralelos •:(cOm a univer-
cional, "seu" repórter. A respos- •> •;..
ta é dificil, porque você, natural ambiente e as circunstâncias ex- tal. \, %¦
teriores è interiores. José Faro não concorda: ••'..£''
mente, quer o maior. Pois bem, Acha que a literatura infan- ——Eu acho que a nossa litera-í
respondo temeroso, de estar fa- ti! no Brasil tura nada deixa
xendo uma injustiça: Érico Veris» seus já tenha alcançado trás literaturas. a desejar às oa-
verdadeiros objetivos ? — Pode dizer, emenda Cario.
«imo. E', na minha opinião, i- Não. Por mais que se faça
maior contemporâneo. Paes Barreto, que, embora esteja
Qual o livro que lhe causou neste sentido, sempre haveremos em franco progresso, a nossa lite-
m maior impressão? perguntamos.
Até hoje, o "Luxuria" de .'.
de achar que ainda há o que fazer.
ratura náo pode estar ao pé das
outras literaturas mais antigas.
Kessel, na tradução de Gastão CASTRO ALVES, O ARAUTO Nilza acha dificil dar opinião
Cruls. 8übre a nossa literatura.
Acha que a guerra possa ter DAS REIVINDICAÇÕES SOCIAIS •— Mesmo
porque, diz. ela, ain-
Influência sobre a literatura? A seguir, ouvimos Virgílio Pires da estamos em princípio, o que
De duas maneiras. Primeiro. de Sá, do A."
'»or- ano da Faculdade (orna dificil um paralelo rigoroso.
estlo; segundo, no conteúdo Nacional de Direito *e : t — Estão ao par da moderna li-
•tomo fator psicológico. presidente
—- Qual ò maior poeta da nossa da Federação Atlética de Estu- fé'— ratura nacional ? perguntamos
dantes Nào, responde imediatamen-
literatura? — Em face da literatura uniyèr- te T^lmo Pereira.
* — É dificil -¦¦..Tào pouco eu, responde José
is». ¦-..- dizer. Temos gran- sa), começa ele, nossas letras
de. poetas, mas variam todos'eles. representam um ^ro, nao estou muito ao par. Mas
esforço
no estilo. Mas Bilac no seu gene- atendendo às dificuldades colossal
de toda Ç08*? destacar um vulto em Lins
ro é .grande. ordem, como sejam, o meip, a do R*e? e Ri»e,r<» Couto, ineistin-
—— Quais os cinco maiores livro* nosra nouca idade, etc. Quanto • d°'
«mb.orO; em que não sou gran
da literatura universal?""" à moderna de *dmir«dor da moderúa litera-
"A divina comédia", "Os literatura nacional,'eu,
Lusíadas", "Luxuria", de'Kessel. mas
francamente, não estou ao par tura nacional
posso apontar Erico Verissi- Carlos Paes Barreto tambem
"Contraponto" de Ilúxléy não está
••Werther" de Goethe. e n.o, como Um vulto. Por isso mes- ao par da moderna lite-
mo, concordando com o meu des- ratura nacional, embora encontre
..Mario Trigo se levanta. Tem mil conhecimento da
coisas a fazer. moderna Iitem- em —Não Lins do Rego um vulto.
tura nacional, me é impossível en- admiro muito a literatu
Convidamos Ayrton Diniz, o po- contrar ra nacional, diz Nilza. Por isso não
"Ratinho" quem se iguale a Macha-
poular dos meios espor- do de Assis ou Euclidès. a procuro muito. Nela só se en-
E sou
MaS Ayrt°" eatâ «PreèT.dor^de" EuclTdê-Ttend contram frases soltas, sem subs- •^
íÍn?.ut8iadantÍ8J
ensaiando e pede-nos para espe- 8eu "Sertões" o o tância.
rar. • sido o livro que São capazes de encontrar na
mais funda impressão me deixou,
Enquanto esperamos, resolve até hoje. moderna literatura nacional algum
mos abordar o estudante de Di- Como maior literatura no pas- escritor capaz de se igualar ou
reito, Carlos Aoberto de Aguiar, ~ado
e tambem no presente, esta superar Machado de Assis oa Eu-
que gentilmente nos atende: fora de dúvida que é a francesa clides da Cunha ?
f>,i*. '.-: * • — Ê com prazer, começa Náo, não —respondem todos.
ÜK,; ele —Acha que a guerra possa in
" lite*minn "«cional Inir na literatura? — Nova pergunta e responde
2_Jf«„|Vfm08
adquirir pergunta Teimo:
mente nacionalista.
da nona prosa
om aspecto
moderna,
acentuada- mos.
Como vulto Sim. E a prova é o
grande Lembro-me mais de autores continua o sucesso de
posso número de obras que se vem pu- que mais me impressionaram: na
apontar Gilberto Amado, não tan- blicando
ío pelo autor, mas por seu livro
"Inocente,
e Culpados".
a respeito.
E • literatura infantil,
já ai
literatura estrangeira, Panait Is-
««-ti; na nacional, Euclidès GRANDE OTHELO e LINDA BATISTA
ob*«- - A mim, o livro
— É capaz de encontra, na mo-
derna literatura nacional, algum
vlTi: B»"l ,Verdadeiros
?L 5im Sim, devido 5Í.M
grande evolu- foi a , Pr«-8ao
"MemórUi
de um mediei"
me causou, diz José Faro
no GRILL DA URCA
que maior im-
\m%J
BE """- ss_s^í_B-í_w_a_»«iK_.
I
_L I II
lUuLIUlò -_ .
l''lll'L m
^^ ^^»^^ fmmm^SMmem ^Sss\\W
DA CUNHA NAO FO '^______l ' 'IV ^B^àmmW ^___________^_r ___M Q
n
rapaz honesto".
após • sea primeiro julgamento
no tribunal do júri, o tenente Di- Interrompe a leitura para infor
lermando casou-se com a viuva do mor que o beleguim é Aldroalde
_______N^___1 ____¦*¦*•* v'']1* ¦o-^y_wt*rJHBw_-------R _M|Wl3^lB^^^^^BB3333^IBÍl33Tfci^ZTT^^I----í^----------í Solon, cunhado dc Euclides. Cou
escritor. Só mesmo o propósito de
^^^^^B^|B^M_5»^BkI1I^ ¦¦--•'^Ste>-tf1'.^ B desfazer a mentira, confessa-me. tinua a ler:
fc^lgv^-.Wt'?'. "Estou
obriga-o a assunto tão delicado. bem certo de que o meu
*_______! ______ví-C^ir%iT'*V-:?*^3 velha amigo o general Solon con-
Uma pergunta logo se impõe:
siderar-me-á sempre como mere-
Euclides teria sido o autor da
pfe- _B*??B B própria infelicidade conjugai ? ço; mais conhecedor desta vida
&'
ii • Ouçamos a resposta:
e mais experimentado, ele aqui-
ij^l ^^t^^^^l ____B lotará melhor acerca destas coi-
Euclides da Cunha — disse
sas.
me o coronel Dilermando de Assis
em vitima .do seu temperameri- Não veja nestas linhas o mi-
nimo traço de rancor; escrevo-as IP
____fl ____B ¦ . to anormal, que o arrebatava aos
-,j extremos do bem perfeitamente sereno; a minha
e do mal. Em sã conciência, tão agitada às vezes,
conciência, não se poderá afirmar
está neste momento perfeitamen-
iH que ele tenha sido um bom ma te lúcida.
rido. Seu procedimento com a es-
_ ^1^1 Depois da triste desilusão
poBa não permite tal suposição que í( :-*"•...
sofri só tenho uma ambição:
Insultava-o, vexava-a diante de e»-
afastar-me, perder-me na obs-
tranhos, afugentava-a de si, es-
çuridade a mais profunda e fa-
#Í* quecia-a em troca de suas pre- zer todo o possivel para
ocupações intelectuais, abandona- que os
J|l que tanto me magoam; esqueçam-
1 va-a longamente. Foi ele quem
desgraçadamente, lançou-a na des-
me, como eu os esqueço .1 •>¦;.¦..'
J
_iPv'-
podia concluir de outra forma.
«ife-
**:~..~—,¦ iiasi '¦ '¦'•<= ¦
*>£ .Li.-.*-- ÍL ,c. , i¦ imiiiIiii ¦«ummfiiiwaapa—mmia>'"uuuL\í**ím. ^a^a*a*a*assBasj*i*g3 Sn*fl Bsi
*«t_H itttiUie,^.'piTi:rT^".,;i,«jiTj_ _i_. jjtjssnuaSJBBBsasnsnS—Bff*t<BJ3g,'lllf*lll,B,Bja*^l',*',''a'aSBBBBaBBmB>*^
B^EOftjagflfjVG ' ** *¦' " "'••^?-jaaUBSB<slataa***aSa'aMBMSSBfc ,
w^ÊmÊm^ê.
JBafl l^"?*7****' ¦aá/pasaia i'i iiia> ,, . ..
rinho, de zelo, de dedicação, o tido com os. homens inteligente*. '-üvímU*<-« .""''¦"í.^áÊSfsBBsr^;
*s£*m~Cm *£t. 4*4s%M*Mss. » S-*
aconselhava,, o advertia, o arre- /^^m.
nesta terra, «sr viagens que tens
^
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í* ;
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'ycs-ãv*.
0 a^uí
dade, cena que nos enche de pa- noel Rodrigues Pimenta da Cunha
nor e de imensa comiseruçáo,-mas A verdade é que, em face desses
que seria inevitável, falai, dados testemunhos insuspeitos,
*4S*J <y^C 4**^»* «^«fc ^^ J.Jt. mm
rs precedentes que a determina- tem-se f^C«^- ^
de concluir que D. Ana era esposa
r.im".
e mãe exemplar. Era ela quem ma
§s
A seguir, o coronel Dilermando tricufeva os filhos nos colégios A a^éíyi^^. OU. ^*^ua. CLc£ Ct. /t^mÁ^e-c*. '
lê outro trecho do depoimento dc quer em São Paulo, quer no Rio.
Júlio Bueno: '.y^íl... . e jamais acompanhada do marido
"Nesse
tempo, 1895, conheci a Vejamos o que diz o pni de Eu
esposa do malogrado moço. Era c lides numa outra carta, escrita *9 VumJ~ é&U*, £*£* l^ l^c^m . Á-<* X t-u*. à/Z s*
ft*4.
verdadeira dona de casa. Exercia em Trindade, no dia 16 de í:*. &£ ¦ . .
julho **<*-e ***. ~*^t ¦**ruJm2
eia, felizmente para a felicidade de 1905. fi£k&j/L.«,/6 rimvr a-^i<^r, Jí*?
,do lar, nm grande ascendente so- Lê: *ÍL*A^a^0*
br* o marido, aconselhando-o, "Como
te mandei dizer, a Ani-
procurando arredâ-lo das bancas nha veio aqui com os meninos e A*V*-^ **U. a
de jogo, visto lhe conhecer o gê- regressou ho dia dez do corrente Jr?*.
nio arrebatado, o seu . tempera- */<-*^0 ts*-0
para Sao Paulo e Rio. Esteve %*1*U*U. Z*4st^
mento de impulsivo". aqui dezoito dias e fui com ela
E a coronel Dilermando asse- olé São Carlos, onde esteve com 0 IrW £*tt~-~T^a*- CjC-C JL*à
vera: tua irmã. Eu aconselhei-a a se-
•**,.;í
— É o depoimento de um inti- yuir para a companhia do José
mo do casal e não o de qualque* na tinia, onde estará muito bem
flBBK*3flpS*^*^S3^^^^g]*^
\\\\\ MmWtjXat-*-l£jL'\
'JbBBsI BSBBbV 'V* ¦ *)*S&MMM\mW*Zf^SL*Tíl'VJCTbstbmbW^
I pOt-^^^f^u*
^Á^pt^C^V. At->Aac Çt^
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.¦..'.'•'•'.- . *r ? .í^&í»-'1'*'¦•'''"*'
Hi&AiMÍial a v*JaaUaM., . .^BnnnnnnaT-^'IfíMswSIlSSS Sis«bwH •í •
jgy.fc>afl flrfl PÜ^*- ¦ fl Rt)Ú!£ llvâ A Cm*. ** <-—_2c <y ^T. -^ ^jt, t^r*-*--,^l''*^^-->
C+l-a-^n.J^*^.
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*' tasal BsTj^BW^rBBHTrl!H! -BPlj '*ev^ffibíWiflH
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B^s^CT^fl gBSs ** *• *ussnl bBt^^^Í
"""Ír*" ¦&''jsir**Í^^W
BBBs! BH^BU-^BsI MMmr**\ilkm'* ^P W»
*"V/V a^B^aC^i^ÍI BBBBBBBbI BBBBV^'?hsn9B^BBH
bbEsí- t&*"£" '¦> ¦ *^*^5WBFi-Viff•'vTywB Hr^Ba-i L-ssflilíSS W
¦u*àv*Ê* >'^^twB Ia' • ' rT-,*^.*^K üECJaB
- í*' a4?3a-J tCiAst f-<*^C4^*+-~- 4*^*t*<M^-> - * CL+-*. <-*<U4^at
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y*^, /á*t Z^-vA. a^oyí <^pW-^ <^ V""*-*
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atais na pensão de Madame Mo
aat e sim na rua Humaitá, que
passei a visitar aoa sábados, ate
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liei ralo tio licncrat José 1'acheeo de Assis, tio i>:ti..-i-> ao l.oiu-
MK»3W___H8wflB Sk'<--
-twrgunlou o seu marido se ela, *Pr***nt*v+™. claras e Insofisma-
informante, havia
seu corpo, ao que eja respondeu,
diante da pergunta,
«profanado
que havia
o veIs da 8Ua infldelídàde. '
Logo a seguir, acrescenta:
— Dos encontros posteriores que
que a Escola de Guerra terminou
nel Dilermando de Assis. Foi ele quem matriculou o sobrinho profanado só o espirito;" tive com Euclides, nas férias de
a sua transferência, para Porto "...
na t-scols de Guerra. Dilcriiuirlo, alem desse tio, que era tam- que o acusado deixou, 1P08 e no primeiro semestre do
Alegre. Parti em março, quase
liem seu padrinho, teve outros que auxiliaram a sua educação. então, de residir na casa dela, in- «no seguinte, embora não mais
três meses após a chegada de Eu-
Joaquim Nicolau 1'atto e João Carlos Ratto, negociantes em formante, recolhendo-se á Escola trocássemos cumprimentos, jamaia
clides. Santos e José Affonso Ratto, lii-uiem dc fortuna, residente em Militar onde era aluno, indo á rMUltou de sua
Fas uma pausa e prossegue: Uberaba, Minas parte a menor ma-
tua casa aos domingos e em vi- BifegUçio
— O que se passou, então, en- agre8Blva , minku p8ft.
mentos, e disponha dos poucos ali estudara, a expensas de sua sila rerimoniosa; que como o sea ^^ E e|e tivera conhecimento da
tre esposos e que muito revehi- mãe, nos anos de 1898 a 1903. Ou- "|"r'^- «/»««"' de tratar o denun- ^ue> tm 190g
prâslimos do fora ea ,coni
Tia da energia e da dignidade de tros documentos (recibos e car- "««>*«** quando ia a sua casa, nhando D# Ana> lnternar 0 fliho
'lllll/t F- « _-_ • _-_!__. _k BK *_r_H. -.-__.__._.- _____
posta é simples: hâ grande ab- verdade, nem o conhecia, quan Joaquim Nicolau Ratto, de San- c de uma senhora, hóspede de iminente. -Mas achegiindo-se à
toluto^engano no que imagina, do em setembro de 1903 travei as ton, que aplicou o restante da pe- sua casa, de nome Zntmirn, D. Ana, passando funto a mim. a
A qucèlao è muito outra - e vo- malfadadas relações com sua es- queua lie_anSa _ue noa couòera cunhada do ccí-j.cío Maximiano'' *1
lContinu, na página seguinte)
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§§lPi$H. -S~:V.V'.:._-.'-
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¦í-Wi. '¦''¦
-
6/11/94.1 DIRETRIZES PAG. 17
(Continuação da pág. anterior) Revela, a seguir, um detalhe im-
•oiè passos de distância, come ae portante: • -.
•ião tomasse conhecimento da mi- — Diversos livros, lido» e ene-
''ea-
nha pessoa, ficou ao lado dá tados, nessa época, alguns encon-
f.osa em palestra que mais tarde Irados ainda, à sua mesa de cabe-
-e tornou agitada*. Eu me afastei teira, mostraram as derradeiras
:.ntes disso. A certa distância, po- preocupações de Euc lides — aa -. ''V-Wjx"*
________i^!-í:''- '""• -
^H__1*p^-'--'-'": DIRETRIZES
6/ri./_m
^H__f__^u-:-v'-'*''*.
* - PAG. 18
> fe.- - ." *
BaUá*.SS< »-¦-«-;- seEV ¦ <* monstruoso. A falta <._¦'i.'..,....» ju-
¦HBS__s_í____rSíS .-^'.' ¦¦ í>-)?" - - (Continuação cia pág. anterior) vulgo João Luso, tem. atirado con- O .coronel Üi ter mando, reteman- que o autor tem vista é trisar lados deu motivo a mais esse
____________£&r l degradação, a miserabilidade de adiamento. Lá esteve o réu entre-
_____«II^pS^' '•'•• tra mim. lil incrível que este ho- do o fio da palestra, nos dix:
Assis explica como e porque foi n,em mantenha,, coneiente e deli — Minha defesa jamaia foi acei rreio de que precedia o cadáver dt tanto — audaciosa jt cínico-, «
tão caluniada. "Contra o te Euclides: «m alcoace, possível \-uspir os seus olhares de escárneo
HE^."'-"-.-.•¦" , ,. beradamente. fugindo a compro ta pela imprensa.
»nd»* sobre a multidão que o espreita-
— Minha situação — diz — não missas assumidos, a infâmia de nente Dilermando, tudo. A favor. mente infecto e sórdido, ca como um ente desprezível e
existiam tarimbas cobertas de pe- asqueroso ".
ê o resattade ée um -crime sofri- ter sido eu manutenido por Eucli nada. Nem que nos pague contos
rei unas, vermelhas e pobres..
iB-__SaS,-.-..
-"..'' velmeate arquitetada, mas a con- des,. quando ele tera a certeza da .de réis'*, declarou um jornalista a ças E depois da leitura:
Btyh^i ¦'¦'"" - •" •; ¦seqüência fatal de três elementos falsidade. dessa imputação. incor- um amigo. Álvaro .Moutinho da — Era como a imprensa me tra-
MEsã**1**'''-'-' de direito, que O AMIGO E O IMMÍGO
«ne «e ergueram contra mim: um forada, com * sua criminosa tole- Cesta, hr-je jaix Uva. Bem sei que é ela *uem
râncía, uma edição de "Contras- lhe apresentara um artigo defen
delegado inescrupuloso, a campa- a governa a opinião. Se quisesse,
_____!_Sí~v-i
ch. difamatória da imprensa e » tes e Confrontos" dendo-me. O coronel Dilermando de As.«s poderia me ter transformado num
fala-nos, agora, do seguinte:
santo eu num herói. Mas o caso
— No hospital, onde fiquei in-
é que Euclides era parte sua, ele-
ternado cerca de um mês, após a
mento de destaque no jornalismo»,
primeira tragédia, um jornalista ao o exatamente
passo que eu
perverso, alterando a verdade e «posto. Ele, o
gênio, o igual, o ir-
visando provocar centra mim
mão de letras. Eu, 6 asno, o mi-
maior antipatia, divulgara pelo
seravel, o inimigo. Ele era o egren-
seu jornal a noticia de ter eu de-
so da farda, que a estigmatizou
clarado que "havia de substituir
com os mais candentes períodns,
1'uclides da Cunha e que era um «»ii
o civilista, portanto. Eu,
militar de destaque, sem competi " época, ia
joão-ninguem". Nessa
dor entre os colegas". Jsmai*?
no mais aceso a campanha políii-
pensei um absurdo desses, uma
tolice dessas. "A Tribuna" de ca contra a candidatura* do Ma-
iechal Hermes da Fonseca. A quem
Santos, mais tarde, divulgou o
acusar? A mim, por força. A quem
meu desmentido, que reproduzo
defender? A do seu partido, é
de memória:
"Em claro.
suma, vos afirmo, em pri-
meiro lugar, que nunca e a quem O Coronel Dilermando de Assis
quer que seja. eu tenha declara- cita mais um documento:
do, "cinicamente — "ó tempo de Manaus, escre-
presunçoso",
pretender rivalizar com o autor véu, uma vez, com razão (lendo):
de "Os Sertões". Xunca. Isso "Toda essa deplorável tragédia
não passa de mero embuste com • não passaria de um fato banal —¦
______£& que, indivíduos sedentos de vin- da mulher qüe engana o marido
dança, quiseram mais me enxovu- — se o autor de "Os Sertões"
ií*'
itfc
'•.-¦
AS OBRAS DO ENGENHEIRO lhar, não trepidando em indigna- não fosse um instrumento passi-
mente adulterarem estas minhas vo de uma campanha politica di-
Alem do quartel de Hagé, que aparece no clichê, outra* obras de engenharia realizou o coronel palavras famatória contra o Exército pro-
e cons- — Reconheço a grande perda vacando lula de classe, explorada
Ditermando de Assis, entre as quais se destacam as seguintes: reconstrução de uma parte
tração de três novos pavilhões do Hospital Militar, em Bagé; construção do Instituto Zoolécnico que acarretei à pátria. Condena- peta soberba vethacaria dos mag-
trecho do, utilidade nenhuma terei uo natas da politica".
_.*• Bagê; projeto, armamento * ioleumento da Vila Alegre; levantamento de um grande pais. Solto, como soldado, para ¦ . .
em Fio- ...
do rio Negro {Rio Crande do Sul); reconstrução de um pavilhão uh quartel do 14.» B. C, o que tenho grande disposição. ° Coronel Dilermando recorda,
Construção
ri ano polis; construção de uma grande tinha de tiro (diversos pavilhões) em Curitiba; pois, sempre me distingui entre ainda, a violenta campanha <te
TB. dc três pavilhões e outras obras de menor vulto no quartel do 6.*R. C. /., em Alegrete; instala- os meus colegas de classe como imprensa que sofreu, por ocasião
no mesmo quartel; construção de apreciador dos nrsieres da vida
____»''"'í tão'de águas e esgotos, com o melhoramento da rede-existente, da tragédia da Piedade e da ssu.i
-fias»""'-! militar, esforçar-me-ei para, em
bela Vista Grosso); cons-
uma estrada ligando o quartel m inventada do 10." R. C. I., em (Mato parle, sanar a falta que o seu repetição, no Fornm, quando per-
¦'
casa oficial e diversos chulets de madeira para guardas, na mesma cidade; ins- passamento acarretou ao pais, deu a vida o aspirante de Mari-
Wy truçã» de Uma para
reconstrução da linha de tiro da mesma cidade (bela Vista); di- servindo-o com ardor. nha Euclides da Cunha Filho.
talação de serraria a vapor e
Grande do Sul; reforma do Teatro Coliseu em Queria, portanto, dizer que im- — Não se disse que. eu fui ata-
versos projetos e orçamentos para quurtcis no Rio pondo-me um esforço do que o
de residenciais — assinala — e
Bagé; urbanização e locação do liairro Jardim-I.eblon, no Rio; construção prédios que poria em prática se tal não rado de surpresa
rodoviário tio listado de São Paulo, no governo do general Waldo- se desse, afim de ser o mais
iW5 nesta capital; elaborou o plano pos- que eu fui gravemente, ferido noa
ÍÀ'.. da da cidade de Castro; pfojeto de águas e esgotos sivel aproveitável à sociedade, fígado e dia-
miro Castilho de Lima; levantamento planta pleuras,
resgataria, em parte, a falta acar- pulmões,
para Castro e muitas outras. realizações. retada. fragma, só depois repelindo o
m
"selvanem brutalidade", apontan «K»
emocionou, e me acabrunhou lan
'.
¦'
IS.. to. Aquilo ludo deve ficar em -do-me como "nm dos grandes cri-
«/» túmulo. E não procuremos minosos de sangne qne humilham QsãMfi n/e ttet&t em *tyám/a dom mm *á» <^&í
abrir esse túmulo.
O Sr. está absolvido e ê um
homem limpo diante da lei. De-
a espécie".
E depois de uma pansa:
• 8-
'\;é%«6»,.iA~í
•OUUCL.,./ 4% JrírM-J-*- .' #;
.¦'•¦¦¦.
importância acima corresponde à última retirada do depósito bancário referente â herança que
tos, mentiras e calúnias qae até gata Lopes da Cruz, à porta do receberam us Irmãos Assis pcl i morte de D. Joaquina Carolina. Essa herança; conforme balan-
estrangeire. Armando Erse, Club Naval. cetc, a que alude esta reportagem, serviu para cublear a educ:t«;ão de Dilermando e Dinorah.
fltaiiirr ""'~""v'~'i^
'' ~w..-jimüi ~'- mal iiiiiaeaMBaaPPg^aiibJ i aj "^P^^^S
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J assssV
"E "Tudo isso é muito rápido. Cai- trava o meu agressor, pois minha "Sigo-o.
A TRAGÉDIA OA PIEDADE enquanto este retornava à Precavida me nle, lemeit»
sala de visitas ("A"), fui ao meu do à poria do meu quarto ("C"), intenção era de amedrontar Eucli- do uma possivel emboscada, pe-
Depois dc absolvido pelo Júri, quarto ("C"), afim de vestir mi- tudo rodava à minha volta. des' mostrando-lhe que estava em netro na sala de visilas ("A").
"Vendo-me em
o lenente Dilermando de Assis nha túnica. perigo, Dinorah condições de reagir. Chego até à porta e vejo Euclides
voltou à casa n. 214 da Estrada "Adiantando-se dc meu irmão, tenta desarmar Euclides, que dis- "À detonação,
Euclides volta caído, junto à escada, acionando
R«al de Santa Cruz. em Piedade. que lhe abriu o portão do jardim para contra meu irmão. Desarma- pelo corredor ("B"), em direção desesperada men te a tecla do ga-
Acompanhou-o um amigo, Dr. Mo- e a porta da sala de visitas ("A"), do, este corre pelo corredor("B") à sala de visitas ("A"). tilho e a pronunciar pnlavras,,con-
reira, o mesmo que aparece nas Euclides da Cunha entrou préci- e ao aproximar-se da porta do seu "Coutra minha fusas:
espectativa, Eu-
fotografias divulgadas por DIRE- pitadamente em minha casa de- quarto ("D"), Euclides acerta-lhe clides retoma o ataque. Surpreeu- — "Bandidos... Odeio...
TRIZES em seu número anterior. clarando: um tiro na coluna vertebral, inu- Honra...
dido, disparo pela segunda vez, "No momento
Valendo-se dos indícios que en- "Vim para inalar ou morrer. tilizando meu desventurado irmão da luta, — ter-
"No interior do meu sem alvejá-lo. Ele insiste. Disparo mina o Coronel Dilermando, — é
cmilroii. tratem de reconstituir quarto para o resto da vida. pela terceira vez, procurando ain-
"Euclides ouve os evidente i\ue não sabíamos o nú-
matematicamente a trajetória dos ("C"), ou\í distintamente apenas gritos de
p sete tiros de Euclides e dos seis as palavras "matar ou morrer". D. Aua e dos meninos, escondi-
da desarmá-lo, alvejando o seu re-
volver. Fui infeliz, porem. Num
mero de tiros que ha\ íamos tro*-a-
A porta se abre com um ponla-pé. dos na dispensa ("F") e caminha do. O sexto tiro de Euclides, ve-
que disparou em represália, como movimento rápido, Euclides le-
se vê no clicé. São "ponlilhados" E de súbito vejo Euclides que me até à sa Ia de jantar (E"). O que vanta a nulo, procurando, dc no-
rifiquei-o depois, feriu-me mis
aponta o revolver. costelas.
os tiros de Euclides, note-se. pretendia ele? vo, alvejar-me. A bala, como de-
"(Jue é isso, doutor?! — per- "Caido à "Em
De acordo com o depoimento porta do meu quarto pois revelou a autópsia, fere-o no suma, a autópsia acusou
histórico do Coronel Dilermando gunlei-lhe. ("C") levantei-me como pude. Sa- em Euclides os seguintes ferimen-
"Ele responde: . pulso, embora sem dcsarmá-ln.
de Assis, a tragédia se desen ro- bia que meu irmão eslava ferido. "Euclides está agora tos: no flanco direito, no húme-
"Bandido!.., Corja de ban- no inicio ros, no pulso e no pulmão direito,
rou as%im: Eu vi Euclides atirar em Dinorah
"Era domingo, Seriam dez ho- do corredor (B"), junto à sala,
didos! pelas costas. Temia, por outro la- causa mortis.
"Atirando contra mim, atirando contra mim, encostado à
ras da manhã. Tomávamos café — quase a do, a sorte de I). Ana e «los me- Dinorah foi ferido por Euclides
D. Ana. Selou. Dinornh, o pequeno parede. Digo-lhe ainda:
queima roupa. ninos. Olhando para o corredor
"Embora ferido, — "Fuja, doutor, que náo lhe na coluna vertebral, jmilo da
Luiz e eu, na sala de jantar ("E"). procuro tomar- ("B"), vi Dinorah ca ido e vi tam- nuca.
MDinorah vai até a sala de .'isi- l»em Euclides. de revolver em pu- quero matar!...
lhe a arma. Avanço com a mão
Ias (A"') buscar cigarros e volta, esquerda. Euclides recua o braço nho, mo>endo agitadamente a ca- "Ele não me ouve. Fere-me, Quanio a mim, de acordo com o
logo depois, comunicando que o direito e eu só consigo agarrar a beca, como que à procura do lo- mais uma ve2. Eu ai tamhem ati- exame médico, sai da luta com
Dr. Euclides estava á porta e que- manga do seu casaco. Recebo, en- ea! de onde partiam os gritos. rei contra Euclides. Este ainda no quatro ferimentos, recebidos de
"Foi
ria f a Ia r-me. tão, um segundo tiro. Caio. Desta quandnapanhei o meu re- corredor ("B"), recua de costas e frente, na virilha, no pulmão di-
— "Que entrasse, disse a ineu vez, estou ferido no peito. Dói-me volver. Desferi o primeiro tiro na desaperece pela sala de vistas reito, nu pulso e sobre u»»a c«>*-
Irmão. horrivelmente. direção oposta em que se encon- (A"j a fora. tela.
1
'-.¦ "mi-Jz• s£\'~ ¦ ¦¦: .,-' •'* ... "**''''/¦'¦ -'<
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6/11/941 m
PÀG. 20 DIRETRIZES
i__na sem Não será nunca -ci.ii» .justiça''
(Continaaçãe da psg. anterior) Ei» porque o . adultério, . mais. se achava ausente, eni- parageic ¦ nossa estática social, é quase
_ar*-4^ se rompem «ue se dirá de um homem coma.
vão era um bom esposo.-na opi* das vezes, fica «o quadro do que longínquas, sem mesmo-• ser -tem <re pela violência que lHIermando que é um miserável.,
'cha-. • brado sequer
wião de uuein, tão de perto, co- os ' criminalistas' italianos por inanimada io o* laços que ele dá. vida das nações, tom»»
mau» de passiva, isto é, que a so- logra fia." tiuantos os que de bi» Daí o crime e -a tragédia ne to- lantt» na
nltcccu aquele Ur infeliz. Da i«h- de Assis na dos homens, por maiores que,
Kier,. cm torno de quem houve ciedade tem maior culpa do que a fé, seguros • de si mesmo, o-apè- tios os dias iliierinando seus erros, é JusU a
criminosa, que é sempre uma vi rIVejarão ? em plena adolescência, teve <i«e .vejam os
essa sucessão de desgraças, é tam- defesa, a mais desesperada; se *e
lima também. Não. quer isto di- Depois as cenas de sangue fie- t»£«ter-se contra esta coisa cega é
bem impossível um julgamento dos tem, com» certo que. fraqúeá-la
seguro.! Aceito o que disse Júlio zer que nego a liberdade tio meti ram como conseqüências de pre- que traz em si a sabedoria fez Dileimand»,
víduo e aceite as conclusões ma- conceitos sociais, os mais terri- siculos. A pedra ia esmagá-lo., morrer. Foi o que
Kueno, dela e do marido, o que sacudiu-a ao dc Assis. Só Jesus Cristo se dei-_
de mais jnsto se poderá induzir, Icrialistas da escola chamada po- vois que nos jugulain. E e-preci- hilou, íle»viou-a, e xou matar sem mm protesto --.
so notar eu nâo os condeno. jWismo. t-uclides-da Cunha, ape-
transcendentalmente, porque cai- sitiva. Não. O' que é admissível é que coragem de ordem .
¦SflP esla liberdade pode deparar- A vida. .humana ê um • mistério sar do seu gênio,- foi ali como mas era isto
mos i\o domínio infinito das coii- que nossa nalu-
se com maior ou menor número inexplicáveli As sociedades são i»ma ped»a desprendida do alto .'ivina. A miséria da
jeeturas, è o caso comum das Ia cego. ia reza vê no Calvário o ideal s«»-.
de circunstâncias, que a dimi- sistemas de equilíbrio à beira do oa montanha social.
adúlteras pela força do abandono e mor premo; mas do que o podímr»
em que se vêem. miam.. E eis porque'muitas've- abismo que rodeamos desde js matar, feriu, despedaçou •julgar de nós mesmos, nunca--pn-
fatalidade instin-
zcs um ato livre .pouco reprova- nossas origens;; Quem salie o que ivu, porque a.
do deremos condenar que o maior
vel -pode ler- conseqüências tunes- criou tal t- tal preconceito? Quem tiva, o instinto de conservação conserve em si > que
¦ tas,: pois, -'determinando uma mu- nos dirá que os males causados por homem, a .mesma que e«iste em criminoso
DESPERTE A BiUS dança, pequena que seja. no muu- eles não são menores do que os iodos nó*,
era superior ao si u é fatal em todo homem,
amor por esta vida tão triste.
isto é, o
do exterior,-réfleür-se-á mais cia- que nos assaltariam se não nos desvario. „¦_;.:
DO SEU FÍGADO lamente o estado depressivo em protegêssemos com a aparência
¦•acaba absurda desses mesmos preço"-"- morto o pobre
Na ou»»a cena, em cpie saiu No caso de Oilermando de. A*- -
rapaz insuflado sis, o crime foi um produto
.'•:«
Smi Cslsml—_-E SaKaré da Cama que acaso estamos, c-isto a objetiva-
tantos ventos maus, a figura In tal idade social qiie
Disposta Fará Tado por não pos deixar forças pava ceitos ? Eu, quando os julgo com l»or à mesma ção da sua vontade. l> livro que
resistir, às tentações maiores • A serenidade tenho sempre em men ds Oilermando obedece é a . e.iposição'
' 'ine fatalidade, ao mesmo instinto de acaba de publicar
Seu ligado «leve aetra-aa-, ttia*iant_n.»,
poesia adivinhando©- a-i couclu- te a palavra de Pascal — dc <iue antecederam a«
¦o estornai», uaa litro de bilii. Se a biliaaae
sõ.es da ciência jã o dizia pela pe- •*a natureza ê cmineulem:*nU* defesa, o mais justo, somente vi- deis fatos de-,
corre Hvremeate, — altmeatóe »a» -•• d»-
velho Hugo: • dogmática". O maior sábio de \ if içado em sua pessoa por uma duas cenas dot(»rosas. c a ^ua
«eridoe • apodrecem. Oa gaaea tacha-a • na do festa,'- das muitas acusações in-
«•tomai». Sobrev.aa a pci.a» d* veatra.
Nunca insulteis uma mulher caida . ciência é incapaz de dizer por- coragem t»cimo do comum. vitima. • Kircca
- Vocfi aente-at abatida « cama què e»ve»»>
impe- 4|ue ela é assim. Só Deus-o sabe Nos dois atos sangrentos, Oi- lames de que foi
a
aado. Tudo é amargo e a rida É um martírio. Ninguém sabe qué peso
'; • ' [liu... na sua maior sabedoria, e só n<»s lfrinarido.de Assis matou defen- impassível que haja quem desics-
Uma limplea evacuaclo al» tocará a cau* • a desgraça: Mas lio seu. .aso
aa. Nada há com» aa famoaaa Püulaa CAR-
;'- cabe sof ri-la .com dignidade, que dendo-se, e. por sua vez caiu eu pcüe se tez »ã»» . Vi»'dênti».
TERS para • Fígado, para uma açlo certa. Quanto a Dijermando de Assis. esta ê a maior grandeza do ser s.toguentãdo; banhado no seu pró- « desrespeito
dia, não crei( q»io
É1P%'.:' Fazem correr lirremente éme litro de bilia,
ou a que se reduz tudo que dele |u:nsante, e é o que conStitu. a prio sangue, pagando assim quase .tfiie, -boje-em
Na» os àui«- »s,
¦ roce lente-i. diapoato para tudo.
e contudo _*o ma crime "é ter sua liberdade. com a vida um erro comi que ou- exista quem. serenados
eauaam dano; tá» auavee se disse é que seu •Entretanto, como o precoocei- tros passeiam em ostentação de vii* s<; revolte - «'<»utr* tanta ni-
ravilhowi para fa.er a biüi correr Hvrem.it.
i» Fl. amado, aos 17 anos, uma mulher
te Peça aa Pílulaa CARTE3S r par» 'Í«M
T<^^1• to ' uma fórmula enigmática da luso e cinismo. justiça"
¦ada. Nao aceite imit'c"'' casada, cujo marido não conhecia
TODOS OS ESPORTES
•¦
Y
YWÍfm ':,;•
A Federação Atlética de Estudantes promoverá, aíwda este
mês, sob o patrocínio de DIRETRIZES, um campeonato
rio de atletismo que mercará, per todos, os motivos, um aconteça
mente esportivo da maior significação. É um espetáculo que reunira
universitá- ¦
I -*-i_;Ttt-"" *
^"^ _T_ii(^
— *—* ^s_B __F__y\ _^__P^_____i .
I
___
feita, pessoalmente, pelo embaixador da Inglaterra no
Após os
UMA FESTA NA F. A. E.
jogos atléticos de 11 • 13. que
acontecimento do sport universitário para 1941.
Brasil.
marcarão o maior
a Federação Atle-
aos concorrentes, uma
•IdfííS- ¦ tica de Estudantes oferecerá em sua sede,
reunião de estudantes que
festa de confraternização. E durante essa"Taça
Universidade do Bra-
o embaixador inglês fará a entrega da
da Educação,
_Hr''1'' ' ** sil" ã escola vitoriosa. Serio convidados o ministro Carragando-o eom /
' ^^*~
Sr. Leitão da l / \^J \-
mm:, Sr Gustavo Capanema, o reitor
todos
da
os
Universidade,
estudantes das nossas esco
mV^^ /***"4Z 7 \
Cunha, autoridade, mestre e W W^ Carregando o botão ^k / "Oul-in-fronl-grip"
\\ *^B- num braço. ^\^^ ^^r
a^____*vt-- Ia. superiores. m y^ prtliminar.
^ ^^ ^ C0NC0RRENT£S a frente
Noturno Poste paro
Os atletas das escolas que disputarão o Campeonato respectiva pegada.
intensivo de treina-
de Atletismo vêem reahxando um programa
define bem o .Me- USTE sport teve sua origem nas universidades inglezas de
.&' mento par. os jogos d. 11 • 13. Esse preparo ¦— Rugby, Eaton e Winchester. Muito differente do foot-baU
Taça Universidade
Mm resse com que os estudantes que concorrerão a
______! as competições. Nao ha duvida da Association, permiate ao jogador apoderar-se do balão oval e
va|£__. do Brasil" aguardam próximas
se apresentarão em condições técnicas de correr, com elle, usar os pés e as mãos para o arremesso e agarrar-
_______&-*-
___-H*c ¦ que todas as equipes
•""""VÍÊVÂNTAMENTO se ao adversário para impedir-lhe a passagem. Requer grande
DO SPORT UNIVERSITÁRIO robustez e intelligencia, sendo considerado, nos Estados Unidos,
. Com as suas últimas realizações, a Federação Atlética de Es uma excellente escola para a formação de um caracter enérgico
de sport
tudantes oferece a sua contribuição para o reerguimento Modo d» cahir .eguran- e sadio. É um sport violento, que exige dos jogadores medidas
Virgílio P.
Sai?"! universitário. O presidente da entidade, o acadêmico 4- o balão.
especiaes de protecção contra fracturas e outros accidentes.
res de Sá, declara que não está longe a época em que as competi-
ções esportivas entre estudantes
alcançarão, aqui. a importância Medidas de protecção especiaes são também necessárias, ao fa- •
entre os quais poderá citar a Ingla-
I
smV9k* - -
J-_^H__H * que já teem em muitos países, zer a barba, contra infecções facei» de contrahir quando não
terra o os Estados Unidos. se usa uma navalha pessoal. A mais acertada protecção nesse
. Nesses dois paises — dix-nos o acadêmico Virgílio Pires sentido é fazer a barba em casa com lâminas Gillette Azul,
espetáculo
a38È»o!»* ¦ 4t Si 0 sport universitári» mobiliza multidões. É um as únicas rigorosamente ~ -
de grande interesse público. Nio há motivo nenhum para que nio
Dando >im aseptteas. Não se exponha -__ía-^V
se verifique aqui o mesmo êxito nos jogos atléticos de estudantes. "placakick" Y^^<i **V__r*____„
—
muito nítido: o de dar V. S. ao perigo! Passe a
Os esforços da F. A. E. tem um objetivo
^Bl____K_>-!:'' ¦
¦B-asf"-'
a quo ele merece. Isso está fazer a barba em casa,
ao sport universitário a importância"Prova
muito longe de ser impossível. A das Américas" deu bem com Gillette. E mais prati-
atléticos real- co, hygienico e conomico.
Gillette
uma medida das possibilidades de todos os programas
não foi somente um
mente bem organizados. O público apareceu e
Noturno marcará rá — '*R^!_íí_l,______. ---ãníatffa» yJBtSSB-9 *&\!^í
¦____FK?f ¦*¦ público-de estudantes. O próximo Campeonato vk
ettou absolutamente certo — um êxito sem precedentes. Sinto i bem
mvmmwB!i\
'
a expectativa da cidade. No meio universitário, o interesse, o- en- - Caixa Postal 1797 - Rio de Janeiro
- rusiasmo. «âe podiam ser maiores. *
IA-417
. SmY-'-
¦ —*¦ i
.Já não.se .manuseia livro novo delido^ t,r uns formar-sr...;_{<_,_{.,. cris-
Sitia, primeiro inquirir. das ten* lalizou, e o arcabouço do mundo
dências .UterArias do autor. Por novo, que se delineia, que se
isso, operário deste, rude mister, condensa enlre nebulosas. Am-
tendo -exposto .no mercado .meia bos se conf lindem nas suas linhas
dúzia de obras de minha fábrica gerais, mas para o âmago se lor-
e-..que, sem¦-corneleanle pregão, nam adversos t, è proporção gue
desapareceram logo dos arma- A propôs.fo da reportagem ." lm caboclo paulista .escreve para as crianças., do Brasil?, o. nosso se intèrpenelrum, entram em eon-
rios- -dos- livreiros, cabe-me dizer companheiro Maurício Goulart recebeu a seguinte carta do intelec uai paulista Afonso Scimiídt. fliló. ' ...
um.pouco desta oficina, ãe como MEU CARO GOULART. ACABO DE LER. NA ," DIRETRIZES".. O APELO QUE VOCÊ FAZ A CQN- Já não pode haver homem ';UÍ_
'"l_*
componha e aprimoro escritos. CIÊNCIA DOS ESCRITORES BRASILEIROS PARA QUE. NUMA HORA TRÁGICA COMO ESTA, assâs eordulo para viver em paz
Aproveito para tanto o mais min- VOLTEM OS OLHOS PARA O SOFRIMENTO DO MUNDO. NO QUAL A MORTE NÃO É O QUE com os outros e consigo nie sino.
guado e desunido de -meus tra- MAIS DEVEMOS TEMER. A TÍTULO DE CURIOSIDADE. E TAMBÉM PARA MOSTRAR QUE ESTOU Todas as vezes que erguemos o
bai lios. — ESPIRITUALMENTE COM VOCÊ; Al VAI O PREFACIO DO MEU INFELIZ LIVRO "O DRAGÃO E
AS VIRGENS". B4PRESSO MAS NAO* DIVULGADO EM 1926. SE QUISER. PODE PUBUCA-LO. pé para dar um passo, encon ha-
Xào sou fui ti ris Ia, nem Iam- FICA AO SEU DISPOR AFONSO mo-nos diante de vários comi-
pouco daqueles que hoje se picam SCHMIDT nlios. Viver é julgar com rapidez,
ttti 'passadismas. É qne esles * clareza e valentia; quem hesita,
desse à minha prosa punhos en- laranja. Por isso, respiand,eseeu montes, as toneladas, soldadinhos
aqueles, inteligências- de- primei- mele mn paralelepipeda no ai for-
de homens qué de chumbo.
ra água. -parecem-me éstruoià- gomados e os' náo-me-lòques dos ,un punhado je, e sentirá para sempre o peso
salta patinhas literários, jamais ntgahtinhám o poder econômico De outro lado, por?.»,' a hiiiiia- *. _ ,
dos do humano sentir, vitalisan- da hesitação. •¦...•
chegaria com esta oferta de ideal e com èle todas as áttàs é belas nidade,' que hão cessa úin sô ins-
tio: egrégoras- cerebrais de pnra Acho, portanto, ingênuo rV/or-
ri maiujedoura rústica, onde há manifestações do espirilo hunia- lajüe de criar, continuou nas max. .uma arlç nas $n,as-.,e.vtej-i»i i-
feMearia-, -à custa- de palavras
um Cristo jieqiienino, odo-mecido "°- & história é feita dè réis, suas atividades, durante o lar-
dispostas, às vezes, rom • elegán- dades, deixando inlaçJa lodo o
entre hervas. príncii>es, generais'e senhores de go periodo dè esquecimento em s*'ii sistema endurecido
cia- capurO, mas nunca emacia- pela «r-
Devo engrossar Unhas e.%«?°- Xo. e'>liíil,°_ o homem que viveu, coinò as espigas mais
t'a*s pela'dolorida realidade quo- .as. do tério-esctèros*. Xão devemos nos
lidiana: ¦•¦¦¦• desenho, tomar os pensamentos que .fez tmlb ò *-"* ve"w{ e »>'«» ^ram logo colhidas pela se-
fireácúpar eüih os seus kUiinox, VI
Por -temperamento, não com- palpáveis e.upelilesos como fm- qlie P*"*41»10* **. aparece hòs au- leção atenta, a obra fez-se ainda mojt. com", o pensamento qae a
de fé' ihiminados Pe,° clarão mais anônima dà que « silencio- anima. .l'ma concepção
preendo- a* arte pela-arte, jogo de ias, criar "sobreum. esqueleto de. sonho '°S neva- «ri-
ele f°Vlleiras: Quando sobre sãobreíra. Ha séculos; todos'os
paciência,'-para mandarins; pala- para plasmar a greda das giráexpressões novas e a li ant-
vias- entradas.- Suponho sempre snngiiinaienta da realidade, on e^"r< /,u/»»n'<'<MÍ« desabrbehav* que mergulham na ehusma; vol- formação sé fará por si mesma,
flor de beÍe^a mi de.™te}}~ Um "lónít™ * superfície; encon- ca mo q fisionomia d», cidade do
que quem • fala ou escreve tem então, como faz o lavrador'com '""*
eolhiani-na apressada- iram lá em baixo um mundo no- ano
um pensamento ¦ «- comunicar, lerras. em pousio, atirar man- !,éneia' para ano, de século pana sê-
uma emoção a transmitir. A ma- • cheias de idéias, inda que não se- mitnle' P^ra a estufa do sêu mun- "o, esplêndida « ameaçador:.. E eiilò, mercê da iluminação, dos
alé hoje todas as obras tle arte veículos,
neira como se desobriga da tare- jám as da futura safra, para en- ""' D<?""**' P°rU"Uo>. "'»« »«'«- de Indo quanto, o ho-
lernecer '""
ção cuidadosa «•e* #"f«"«»«««»-.
*"""»«".". prolongada. qae
*"* ficaram
/.«„„«, teem
.r™ cheia
caera «cia*
átid*
fa é questão de engenho: tanto corações esvaziados de "elite" aP°-
"clile" mem faz para melhorar a vida.
*K melhor, se dá mostras de hubi- iodo pela vida.
Foi assim
Wí,s/m..«"« que a
f
apo- de
ilt í,Mer
suor humano.
*«'»«««• llâ momentos em que essa ré-
Iidoso e o faz por meio inespera- Aceitaria jubiloso nova orieu- ,h'ron'se deroii-sê dn da terra>
terra, ",as mas Perdeu perdeu Xa escuridão e no mal-estar forma que, por ai uai se tòvna ri-
i0nl*icl0 com a humanidade, que dos bairros pobres, inteligências dictila; é atuindo vemos as após-
dr e atraente. Compreendendo tação artística desde que ela cor-
' * ¦ - * f°nte rf« v,da rf» espirito. sem nome, reunindo grãos
que o vendedor^ ambulante de respondesse ao instante, que è de tolos da expressão moderna cam-
'
»ininquilhàrias exiba jim lagarto rí/m alvorecer de almas anopi- ° **"* mentalii{a<ie' como água uréia, construíram sistemas no- parem de guardiões da vida arii-
úftarr transeuntes insúb- <mas. Hasta olhar em redor. re"}poçat?a que Pe,de coinunicação vesj cheios 4e lógica e beleza, fitial .qne ainda levamos hoje,
para \ Xes- '°'H
ihisso£#ue-:the?nãò prestam ou- te momento, a fé, a ciência, a fi- °* »<isceiites, estagnou, apo- mas incompreensíveis p4ira os como cidadão* fossilizados, de
vidçs às aféngas, mas lenho que cem um periodo de tnrbacão cor- eolfriu-se de monstros que se emparedaram por suas um inundo que já não existe,
ftcw' quo
*> ftíii do esefitar não è mostrar vem um "l,eroseól*'t0s- Sea coração mir- próprias mãos. ,Lnm ossaturá gi^ morreu em 1.91,4. Quem auer ser m
' período de tu reação cor- ¦*___.____> ¦ . C__ m >_____•__ I_ _•__. -¦».____. __.'_____! ___: _.' - :__.-.- __. . j _? . * *
respondentè à hora eiicarvoada roa. Seu cérebro perdeu a elasti- ganlesca, de aço, ergueu-se sabre domador de morcegos, ao eoiilrá-
*" _ _'¦ _'_ r ¦*•-
bicrn_rü'cos, é •¦-¦ desdobrar um
**..-'--: ••*_., • arco- - ¦.'•'asi
¦ ¦ j; '
$b£V- ¦:;.ci'/£,..:•-•rv cidade, encoscoron, transformou- a sociedade antiga,
"^¦-..y ?v. gue antecede a manhã. ytomó um ar- rio, traia de habituá-los "' ao sport :íM__i
fÍÍjb;irpor exemplo, assentei que se em matriz de lerra-cola, onde co-iris. De cada tada qúe se olhe', de encarar o soL
Depois do paganismo, «noite-
a matéria prima do pensamento, emerge um botarei, luminoso. Estamos numa época em que
men^ato ê espalhar um pensa- ceu para os homens. A teoria
men tio, que me deslumbrou, fu- das "eliies", que arrefecendo, recebia sempre as Ò instante quê vivemos é de %dos sabem ''0 que ê
fez um trajeto mesmas formas. Os filósofos li- preciso di-
lisnd}^ a gentes a quem o trato de ciclone desequilíbrio, é o paul* em fl"* rer. Qüepi silencia,
durada existência embolo»: m da direi- rece. Já não há mais o inniil,
jtrai; desapa- ' "I
" "rra:"«*
ugiidesatla percepção. Sei que se Mo meto,
J>i> Z- como' S?
se r & Xuremberg: recebiam o tn para -a esquerda, eentre nm há apenas o prejudicial; ê tudo
. ¦ ¦'' ' .v- fosse uma n.etal candente e expeliam aos universo artificial que, mm pa-
SE*-?! 'Marins (CONTINI... NA PAGINA 24)
SYI.ViO" RABELLd ~
Brillo eu, t*/u« uvent,ur£ do espi-
rito — José .Olímpio. -,
Já foi 'observado e registrado
O LIVRO NACIONAL Farias' Brito ê objeto de atençá*
de cerlq grupo de católicos e «íe
certa ala de. políticos da direito,
.1
que Portugal, pais através do ALCEU MARINHO REGO et>mo ** ^tivessem irmanados*
3_i___.
qual reçebçniosj^em herança, as y(MÈi
muioresj^ases materiais e psico- » ív_.VÍi._.i__.. ^** \- *^*iero, prevê um ém feismo que e velho lugar comum propósitos {.'in e outro* /«.» rXePnB
"possivel
lógicas ]de Sititta cultura
nacional, jamais contou, na vid-i inleliuéncia nacional, já então or- ^^^ **,*"
"»e *f "»'*»>»* * '»-,-,«
rói SlaZid^toZsZ ^ Zble
mlõ sen pensamento com a figu-
ru de iiin filósofo. O Brasil mun- nn lerra de Iracema, aquele que apenas ainda náo Toda conciliação e filósofo que de certo modo pre-
iene essa tradição de omissão, passou e por è uni oto de violência inniil por parará uma
ocuparia unia vaga marcada eom isso nao contamos palitict» direitista
apesar do grande número de pen- ainda com ser feita à margem da uida'\ sem ter intencionalmente
lenço. ,.;• ' todas us soluções.- ' dirigi!
mido res que se preocupou com. o ».-'"'.
Amo nos certas do o seu, , ¦¦ií.
Farias llritlo lomou-se, sem podemos poupar ' pensamento neste sen-
estudo da filosofia, Xenhiun de- O caso de Farias Britlo, porem, transcrições devemos lido", ., ...:
dificuldade, nm dos porque
les foi capaz..de uma Contribui- mitos de ê. o caso dtimir "chanláge" que dproveitar Lm eclético, possuído de dúvi-
compensação e mito que nào de- ésiiera ser desmascarada, e • os resumos do autor,
çào pessoal, qne mesmo remota- en- que, fazendo acompanhar o seü das e fraquezas, é o que foi Fa-
morou em ser snrripiado por contra em "Uma Aventura do
mente pudesse significar o esbo- livro duma completa bibliogra- rias fírifo. Sua obra semelha a
mãos adestradas. Xvs altares do Espirito" a sita oportunidade.
t»» de um sistema filosófico. "Passando ao fia sobre Faria Brito, demonstra etses pedaços de rocha d* com-
catolicismo profano Farias Bril- quadro do Brasil haver realizado, com seu ensaio, posição vária que podem iludir
Duas principtiis Jiloso.ias mar-
to passou a estrela de primeira — diz o autor em
ca ram, até o advento da Bepú- prefácio, em o trabalha cchansliva e definilivo « primeira vista mas não resiste
grandeza, cuja luz própria era seguida às primeiras palavras —
blica, -o.s* rumos das elites intelec- daqui por diante, « "'" exame mais delido. "Fa-
habilmente alimentada por ai- tào necessárias sáo as correntes que permitirá,
tnais brasileiras: a escoláslica e a situação exata do filósofo eea- rias Brito ou "Uma Aventura »/o
guns refletores de certa potência. que se definem pela vanguarda r«wi..e na tábua dos
a positivista. Os seus seguidores valores na- Espirilo" ê o livro que espelh«
gurgarejaram, em público, as 0 livro que o Sr. Sylvio Ra- como as que se definem peta Ira- cionais. fiel men le a imagem de uma fi-
bello vem de publicar pode, sem dição: ontem, escravocratas e "Permaneceu o
idéias e palavras que lhe. manda- filósofo brasi- losofia incompleta, insubslancial,
Vúm os livros e conselhos dalem- esforço, ser classificado enlre os abolicionistas, monarquislas e Itiro numa posição de equilíbrio que por um desses milagres do
mar. Nenhuma insubordinação, melhores ensaios aparecidos nos republicanos, românticos e natu- instável — idealista por tempera- ataso conseguiu impor o nome dê
nesses gruiHts, nenhuma ingitie- úl limos dez anos. Sem usar a i ai islãs; hoje, conservadores e mento e realista, por lógica, um estudioso à admiração de um ••'_S
tação maior chegou a produzir linguagem cabaiistica lão ao gos- liberais, di rei I islãs e esqnerdis- Aproveitou do realismo os seus público para o qual a referida >ría
sequer iiinn discrepância de sei- lo dos que falam de filosofia, tas, passadistas e modernistas. fundamentos para chegar a nm filosofia é totalmente desconhe-
ti). A tendência muito nacional violando a impenelrabilidade e a Tão necessário um Tobias liar idealismo de boa vontade que ex- cida. ¦
de se distanciar, quando não está treua dos assuntos filosóficos relo e um Sivio Itomero como um plica todas as coisas com um Ainda reclamam lugar aqui os
ttc acordo, encontrou ainda nes- um uma poderosa "flosh-light", Soriano de'Souza e um Carlos de simplismo confortador. E p,,r palavras com que o Sr. ¦ Sijlvio
«•* terreno a sua regular aplica- consegue o autor, exprimindo-se l.ael; um Benjamin Constant isso procurou identificar' ó éspi- Babelht rem-aht o seu excelente
im unia linguagem de excelente um Buy Barbosa, como um Ouro rito com a matéria e ú idenlifi- trabalha.-""" - "
çttõ. E ela se revelou .#.«. flagrou-
temente qiie, dentro dn próprio plasticidade; realizar um traba- Pretç* nm Joaquim Xnbtieo; um caí. Deus çàm a mundo".. "A filosofia de Farias Brito
lho critico dos mais iiiiportanfes Mdrio de A ml rude e um Manuel Vagabundo insatisfeito nos ca- nãoleni janelas para a paisagem
positivismo, não houve, a hein
dizer, lugar pura o cisma ja exis- pehi Siia significação, por isso Bandeira como :tlm Afonso Ari- minhas q.ne julgava conduzir nalural nem parjtt a paisagemi hu-
lente na Europa: o filosofia po- que re.<lilue à obra tfe Farias nos e um Casemira de Abreu. En- verdade, sem deus e- religião d«- mqna: alguma claridade que /_4 ¦--ir
txiliva, que aqui se introduziu Biillo' tt sua expressão original- ire esses homens .que se definem finidos apesar dos óleos espiri- ueta vem do alta, das telhas de
«través ilo pensamento tíe l.ufittc, mente autêntica. p0r mija das duas posições pos- Iautistas com que se vitghi, apure- vidro. — A sua ubra de concilia- •.
Imjn. descambou pura o comlísmo Abrimos nm parèntesis pura siveis é que aparece a figura de ceu Farias Brito' conto liiola cen- ção filosófica foi uma aventura
incondicional'"que não demorou uma pergunta: merecerá ainda Paria*? Brito a perturbar as for- Irai do "brilismo", que ê como — uma'avenlUra- da espirilo. B
em sufocar o hifittismo, inuugii- filosofia o debate das inleligên- ças em canflilo. O manifesto qut o Sr. Sylvio Babelío denomina como aventura, mais arrojada
rondo 'o regime da unaniiniduile cias que se' ocupam, pieferenlc- ele trouxe aos homens è um ma- "unia- certa exaltação #/«> ^espiri- lalvez do que a que exploradores
Cf.ttformada. mente;' da homem em relação nifeslo de /taz — de falsa puz tautismo de Farias Brito — exul- em todos os temjios 4eem empre-
'
natureza c ao próprio homem, em seguida: "E sua filosofia, que tação promovida ainda ao tempo endido à regiões ainda virgens
Furtos Brillo. cearense que ma-
ntjóu certos conceitos filosóficos sem iHsiir essas relações dos véus tm Iodos os tempos foi unia for- de Jackson de Figueiredo .reto* dos pés humanos. A .região que
e "publicou affimi* livros, erigiu- que sempre prejudicaram, nos do- ma desprezível de filosofia". E, associados do Centro II.- Vital".-¦ Farias llr ilo praciiMu toda sua
sé. ile repente^ ...; niejlior, foi de iiiiilies' da filosofia, a clareza 'e cm seguid: "E- sua filosofia, que Demonstra à autor, no en- nnht era misteriosa demais piift
ré-penté erigido no filósofo na- objelividádes da observação é essa filosofia que promete tanto, que apenas o pinçamenlo ser desiifiul.nl,! petos olhos da
'que
cional que si[pria nnuf inf criar i- Creio devemos' responder pe- Ivirmonia do mundo e a pacifi- cuidadoso de " expressões e Ire- razão. Sênhjuma vez chegou m
dade contra a qual sè revoltairam Ia negativa, quando chegamos qã caçào: dos espíritos? Essa filoso- chás isolados áo filósofo podem dizer que'a niú: siirair das som- *¦
_
os brios-aalriõticos. Xa afirma- ptmlt^ue-padfT definir a fitos»-' fm é uma combinação de siste- criar a falsa impressão de qu* bras do seu mistério, assegure-se
çá*t de q%ê Apreciamos de filõso- fia como loâ* especulação reali- mas. MU retalho de idealismo, Párias .Brito pro pendeu jMra apta' certamente gire foi em sonha. Om
fm* hstmiHH.tèpénTiÀammle. Jyq*ir Z'ula-f*ra do sajxpo? cientifico, «atro retalho dc naturalismo sa- doutrina reacionária. Apesar ..que "•'¦> « um « foi iádo ila-
litl-ijl, citado pelo Sr. Sylvio Ra- bre e fx.ite de fundo de um pan- disso, "curioso
para uma grave preocupação: € i ressaltar cw/uo sêaj*
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-,-Í.t, .
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yyytyjy.c-:
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m- 6/11/941
PAG. 22 DIRETRIZES
siasmo
*'"•
AràUldo
dez contos. Mas receber
^nsui^árJo;
co de 500$
uma
o
proposta
OJTerejceraii|-m«,
seguinte "furo": Rey
queria
a ,*r«h 4V-.* * '.íf' ¦'« ¦
Mario Filho afirma—
DEPOIS ?
'
¦',< i\ r\\ V*-..''* ' •'-.;'-
"'-'•'.' ***
basean*
' ' ***
/;
J
"topando
Pedimos desculpas pela nossa posta Guinle, Afranio Coèta o Antônio último álmnlou Restar contratado pela C. B.".'.Di-' por 20 d'o'-sé em súa? longa experiência '"
Ignorância do assunto, mas não Avelar para elaborar o regulamen- o negócio, mas denunciou o -club contos". Respondi que se a his- — que o Brasil perdeu muitas ve- caso
tínhamos idéia de como seriam to da nova entidade dirigente do ao diretor de football de seu tóriá fosse1 verdadeira, valia mais1 zes por falta dé entusiasmo, noa.
esses redutos.; que se pro- e a questão acabou na 4» Delegacia até que a quantia pedida. No en- I.rélios internacionais. Lembra . a
football profissional, "Globo"
—- Naquele tempo os jogadores jetava. A comissão tinha o apoio Auxiliar, tanto, pedi ao diretor do exemplo de 1934.
do América e São Cristóvão reu- do Fluminense, Vasco e América. que não assumisse compromisso AC. B. D., apesar da cisão,
\AA' niam-se no Café Pálace, esquina Flamengo e Botafogo, mantinham- E O "CASO FLORIANO? enquanto eu não tivesse, falado conseguiu formar um bom scratch*
de : Gonçalves; Dias, com Ouvidor. »e na oposição. Estava decidida a com Rey. Fui a Sáo Januário e Vinhaes,.o mexmotéçqico que diri»
-chás o E Floriano? Não se vendeu- na^ faléí com ó crack. Ele confessou- gira a campanha triunfal eni Mon-
Hoje há ali elegantes, mas criação da entidade com ou sem
de reu- tan- quele jogo Vasco x América, que me tudo. Recebera a proposta .e tevidéu, dois anos antes, foi «on-
em 28 e 29 era o ponto apoio da fração oposicionista, a vitória do Vasco já tinha embolsado o dinheiro vidado
a reali- terminou com
nião dos « racks. Aliás, será opor- to que estava em estudos
> para assumir a chefia da
túlio jabrir um parentesis aqui. zação de um torneio Rio-São Pau- por 5x0? > Disse-lhe então que., sua carreira direção técnica. Contrastando tom.'
O reporter tinha ouvido falar estava liquidada, que não podia
Muita gente, não encontrará mo- Io entre equipes profissionais na assunto eó'trazia contar mais comigo. Então ele fi* o desinteresse
demonstrado du- u
tivo algum- de atração em um . temporada de 1933, E foi assim vagamente do rante o do scratch que foi
para esclare- cou assustado: "Não há uma ina- ao Uruguai preparo
centro de reunião don jogadores que surgiram a Liga Carioca de à baila, justamente o público acompanhou,
tão comentado'. neira de se dar úm jeito nisso?"
do. América e São Cristóvão. De- Football e Liga Paulista, no Rio e cer esse caso passo a passo a organização do
vo esclarcrerlque o Fla-Flú nesha em São Paulo. Foi o advento do — De -fato todos viram' Joel (o Há — respondi-lhe — devolva.-o novo selecionado e compareceu'ao'
época iilo tinha o prestígio de profissionalismo no football bra- goatkecpér do América) pedir pa- dinheiro u C. B. D. Ele meteu a cais em masa quando o navio se-
hoje. O clássico mais importante sileiro e também o advento da ra sair um momento-do campo e mão no bolso e puxou notas no guiu para a Europa levando á bor-
era justamente o do Vasco x Amé- cisão e a formação de duas cor- depois diante da tribuna de só- valor de 19:500$. Os quinhentos do os nossos scratchmen. Natural-
rica,, finalistas do campeonato de que se bate- cios e da bancada de imprensa, ele mil réis restantes tinham sido
"redu- rentes antagônicas seus mente, Vinhaes procurou repetir
e Jay- destinados ao intermediário. O di- aquele "passe-"- tão bem sucedido
192*. Mas voltando aos ram na defesa de princípios agarrar o braço de De Paiva "Tirem o nheiro foi entregue ao Sr. Victor
tos". Havia- também o M ou ri «to, de Í933 a 1937. me Barcellos e gritar: na capital do Uruguai, mas na Eu-
que se tornou o reduto dos rubros Floriano do team. Tirem o Fio- de Moraes, presidente do Vasco ropa a "mágica" não surtiu efei-
em 1929. Meia hora depois do "ESPECIALIZADAS" x C. B. D. riano, senão eu não jogo mais!" e estava tudo combinado — in-
to. Os jogadores já estavam muito
niéio dia, • apareciam por lá os E no segundo tempo Floriano não c.llisive avisado o fotógrafo — pa- sabidos. E processos idênticos —¦'.
campeões dé 28 para bater um Devo esclarecer antes de tudo aparecia mais. Foi a nota triste r.t se obter o flagrante fotográ- se é que foram experimentados —
papo e falar das novidades do oue não fui o primeiro a desço- do grande clássico. Russinho che- fico da devolução do dinheiro.
não surtiram efeito em outras- oca-
dia, do próximo jogo, etc. Tam- brir a necessidade, da implantação rou a dizer que nâo sentira tanto Mas eu não estava de todo tran- siões, como as últimas disputas in-
bem ali se formava uma roda de do profissionalismo em nosso a vitória por causa desse inciden- quilo e a prova é que avisei à di-
ternacionais contra.a Argentina O..
samba. Quebr quisesse ouvir com meio. Antes diversas pessoas ha- te. No.dia seguinte, um matutino retoria do Vasco, que prendesse b Uruguai. Nunca mais — a não
apreciável -antecedência o maior viam se manifestado sobre o as- publicava uma entrevista com o ri o clab o jogador. Não foram to-
ser no sulamericanov de 3t»-e na •
ífS sucesso do Carnaval futuro.e ao sunto, mas eram esforços espo- presidente do América lia qual o' madás precauções é o pessoal da "Copa do Mundo" — os nossos,
mesmo tempo conhecer ás dispo-, ;radico* e inoperantes-, Meu únipo paredrõ rubro dizia não. poder res- C. B. D. pode agarrar novamente
si ções dos.
"play era" antes de mérito foi o de ter iniciado uma ponder se Floriano continuava a o jogador. Rey assinara o contra- jogadores voltaram a empenhar-se' "Copa Rio-
cora o entusiasmo da
uma peleja'de responsabilidade, campanha sistemática até o fim. merecer confiança ou não do club; te! Dei início então à campanha Branco" de 19.12.
bastava ciar um salto- ali'- «o ou *eja a.realização do regime pY.o- "Antes do jogo-eu era o homem contra o goleiro. Três dias depois
"jVIourisco"' depois do aliúoçh. O fissional como medida moraliza- de confiança do América;' quaren- ele mandou chamár-me. E'ó ne*íó-
DE TELEFONE POS
Rio Branco; foi sempre o reduto dora do nosso football. ta minutos depois eu. era o ve.i\di- cjo foi desfeito com a C, B, D 40 CONTOS REPORTAGEM • -
e depois, o_ Nice Por houve .oposição do amargamente o Pouco tempo depois o Vasco ni- UMA
do Flamengo que do'"! Queixava-se
tnrrtou—se d ponto de reunião dos Botafogo é Flamengo? f.imoso 4,-enter-half. Pessoalmente gressava na C. B. D. Rey encon-
elementos de todos os clubs. En- Porque não convinha a esses não acreditei nem acredito agora trou-se comigo na avenida e se la- Se hoje uma notícia de esportes
tre dois cafés pequenos e a fu- cluhs o novo regime. O Botafogo que Floriano tivesse se vendido. ir.entou: "veja o que o senhor ocupa com freqüência a primeira
maça doa cigarros em uma mesa sagrara-se campeão em 39 e em 32 V. quem acompanhou as campanhas fez comigo "seu" Mario. Perdi 20 página e em determinadas ocasiões
do Pálace, Mourisco, Rio Branco voltou a repetir o feito. Tinha já de 28 e 29 do América estará comi- contos por sua causa, sem necos- chega a relegar a um segundo pia-
nu Nice consegui algumas das en- o seu team formado; o mesmo go. Floriano agiu sempre com de-, sidade"... Confesso que depois no o noticiário internacional, isso '
lrevistas mais sensacionais. acontecia com o Flamengo, vence- d.icação e entusiasmo na defesa da desse caso resolvi não mais me- se deve a Mario Filho*. Ele deu úm
dor do returno, ao passo que <T camisa rubra. Diversas vezes exi- ter-me com a vida dòs jogadores. novo sentido â crônica esportiva
A CÉLEBRE ENTREVISTA cronistas e noticiário — elevan-
» Fluminense, Vasco e outros clubs giu dinheiro para jogar, isso sim,
DE RUSSO sentiam necessidade de reformar mas nunca aceitou dinheiro para O MAIOR'FEITO DO FOOTBALL do sua categoria eonsideravelmen-
us suas equipes. Dentro do ama- entregar o seu team.. Chegou até a BRASILEIRO te na hierarquia de um jornal. Um
' . Ainda hoje essa entrevista é dorismo isso não seria possivel, tntrar em campo com uma ferida fato curioso que serve para defi-
com emoção. Para se a mes- andar do nir a importância atingida pelo
lembrada pois havia a lei do estágio, em cima da vista e proibido pelo Estávamos no quarto
ter uma idéia de sua repercussão, ma que forçou Domingos a per- medico de atuar e mereceu o "cog- edifício Pernambuco, sentados em sport, como motivo jornalí'/ico
basta dizer que foi — vamos em- manecer um ano no segundo team nome" de "Marechal das Vitó- uma confortável poltrona do es- era nosso meio, é o custo"Copa das re-
pregar agora uma imagem abso- do Vasco em 1932. A princípio não rias". • escritório de «Mario Rodri- portagens feitas com a do
"rastilho paçoso
lutam eu te original — o se falava em "Especializadas", o gues Filho. Geraldo Romualdo, Mundo" em 193J.
de pólvora" que provocou o ad- pretexto para a cisão era exclusi- COMO SE FAZ UM "CRACK" rquele cronista que escreveu apóji — Só de tcléione — conta-nos
" "O Globo" despen-
cm \amente o profissionalismo x ama- a última disputa da "Copa Rcca" Mario Filho —
•.V
vento do profissionalismo
nosso football. dorismo. Mas esse argumento deixa- A entrevista prosseguia. mas i m Buenos Aires uma série de re- deu 40 contos. Na véspera de cada
Li Os jogadores tinham con- ria de ter força mais tarde, pois sem que houvesse preocupação de portagens sobre os "Escândalos match em que interveio o Brasil
fiança em mim — principia o quando houve necessidade de for- registrar a sucessão dos fatos do football brasileiro"; tànibem eu ia à ltadiobras e falava pelo
nosso entrevistado. Eles vinham mar o scratch brasileiro, o Bota- pela ordem cronológica. Mario Fi- catava presente. Falava-se de foot- telefone internacional com todoa
a mim e faziam toda espécie de fogo que era o esteio da C. B. D. lho ia falando e nós tomávamos l.all internacional e foi rté o Ge- os jogadores do scratch.'Corria de-
confidencias, mjitas vezes sem a não hesitou cm abdicar de seus nota de algumas de suas recorda- ruído lAuein aersuntou dt» -Marity (Continua m pig- 24)
5*.:J5È*$-j.*-
itJEi^' ' '
6/11/9A1 pvo °3
pi DIRETRIZES
G | N E" MA i.m
DE QUINTA EM QUINTA ;
R. MAGALHÃES JÚNIOR
COMPANHIA
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O cinema nacional deu um ar de sua gra^a, há coisa de duas semanas, com a
exibição, em primeira mão, no Colonial, juntamente Com a peça de Genésio Arruda
"Minha sogra é a.tal do balqcubaco", do "Sedução do
film da Cinedia intitulado
garimpo'/.,, que há cerca de dois anos vinha sendo anunciado nas páginas sofistica-
das da revista " Cinearte". Triste destino o dessa película, em que ò nome do Gran- 1 I ITALO-BRASILEtRA 1 .-¦•¦¦;.¦-
de O tel o,, num papel pífio, serviu como atrativo no cartas, num tamanho colossal,
i
DE SEGUROS GERAIS
...
enquanto,/j-ue q. nome da película aparecia ¦ pequenininho e do da Cinedia quase in-
•* - j ....*.
lectual brasileiro, segundo "Diretrizes", que pode, sem dizer besteira, depor sobre o Capital realizado: • •';*
¦m
Cinema brasileiro, por ter estado cm contacto direto com o mesmo. Nada melhor do
que isso. Com o
"Canário", devia ter-se dado o mesmo,
ficando Ary Barroso, que Rs. 5.000;000$000 : (TH
tanto esteve ao.lado do bicho, :om o único direito de dizer se ele era burro ou sá- íÈk
bio. Assim, não teria havido tanta confusão, com prejuízo do público, infelizmente Reservas: K
hoje inclinado a uma incredulidade absurda com respeito aos dons supra-muares do
bicho. "Sedução do garimpo" levou dois anos nas latas, antes de vir a público, mas
ISs. U.841:669|400 -¦¦•ti
esse caso não é o único. Sucedeu também com o film "Carioca maravilhosa" ("re-
cord"' de dois dias no Broadway), com o film "Eterna esperança" ("record'' de Sinistros pagos desde a
três dias no Rex) e está acontecendo com o film "Entra na farra", do mesmo pro-
autor dè " O circo chegou", que foi feito para o carnaval do ano passado e até hoje
sua fundação em 1921
não foi exibido (será mais sinistrinho do que "Vamos cantar" f). Essa película, mais de Rs. 50.600:000X000.
* Entra na
farra", chegou a ser anunciada no Palácio Teatro, há dias, mas o Sr.
Luiz Severiano Ribeiro, aquele sertanejo formidável, só de malvado fechou o Pa-
lúcio pára reforma (cadeiras estofadas, refrigerações, matança das pulgas, etc). SEGUROS DE VIDA, .-.iüiwHg'
Atitude perfeitamente impatriótica, de boicotagem do cinema nacional, em que to-
' dos nós devemos crer, FOGO, TRANSPORTES, m
'"-WftseL
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***
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* *
E DOENÇAS.
A Atlâtttida Film promete inaugurar, dentro de breves tempos, as, suas ativi-
dades cinematográficas, sob a orientação do Dr. Paulo Baurle, um capitalista que DIRETORIA:
I vem se interessando pelo negócio cinematogrú) ico e que pretende inverter grandes
capitais 'nò nosso cinema. Há várias personalidades prestigiando essa iniciativa e Dr. Edgard de Azevedo Soares
&
uma das pessoas que teem se mostrado mais interessadas nela é o diretor de uma
Presidente*
grande firma, paulista. O Sr. Paulo Burle pretende inaugurar no Brasil a predução
em série e inicialmente acha que todo o sistema de industrialização da cinematogra- Dr. Alfredo Egydio de Souza Aranha
fia até aqui tentado no nosso país está fundamentalmente errado. E' uma mentatt- Vice-presidente
¦hi§
dade nova que surge no meio. Será que, dessa vez, será o cinema nacional arran-
Cado à mediocridade e ao marasmo ? Dr. José Ermirio de Moraes m
* *
Os escritores austríacos Stefan Zwcig e Paid Frischaucr estão estudando a vida Egidio Bianchi
da marquesa de Santos, afim de escrever, sobre essa singular figura da nossa his-
tona. o argumento de um film, que será rodado pela Metro-Goldwyn-Mayer, pro-
Dr. José da Silva Gordo.
vavelmente com a atriz Norma Shearer na protagonista. Ambos estão convencidos
de que o material romanesco ê excelente e estèo tomando como roteiros dos seus
"D. Pedro I e a marquesa
FILIAIS E AGÊNCIAS <
<
trabalhos as indicações históricas de Alberto Rangel, em <
de Santos" e cm "Textos e pretextos". Dada a fama dos dois escritores, que alem EM TODO O BRASIL <
<
de biógiafçs são lambem dramaturgos de grandes méritos, é de se esperar que o *
\ -
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sPPSiSi
hoii& m 14
Meiahoraem pleno Império Britânico Reva Reyes 31a !.-»£siã*9S
fms-
do Cassino Atlântico
(CONTINUAÇÃO DA PAGINA â) O comandante leva-nos * nttia automático., tudo sminucioso. Só
cuidados de dois pu. três mari- •sala^ànfes .de) responder. '..*.---.¦- ': saem qtfaqdo a batalha ceíssa • -Sii» J
cheiros; acolá o canhão multi- _ Divertimo-nOs muito, a bor- »n\» bon\Í\a inimiga aceita <yii..;
NO MESMO '?SMOW O*
pio ^Purep^Pump?' que dispara do, ^clieió o' alvo. alguns só sairão
quatvo granadas de uma Vez.
flia eié. Aqui" liesta sala ite-
mos um cinema e um teatro. : dali CÒTMICOS CARR BROS
para o íiintln do már. Mas
melhor arma anti-aérea atual de Vemos estendido sobre o chão 03 outro* continuam, duplicam o»
curta distância. Agora estamos o pano que faz o papel de cor- seus esforços. Os numerosos "V"
'A^
¦a ponte de comando. Microfo- tina. Bem alto acha-se um gran- desenhados nas paredes incitam
«y"
$mtgMÊÊ^»:\ .h i1 " *>v" *:\ J$&Ml
aes elétricos. Tubos e mais tu- de cercado por um circulo, à luta. As ordens veem pelos
bos. Bússolas, agulhas, telescó- Un» pouco mais baixo o nomedo microfones. "Ai, ai; sir, ai. ai"
fpios. Tudo em duplicata. .. cinema "Forward". Alguns.de- é a resposta. Tudo em duplica-
~~ A diferença entre um navio $cni,os e anúncios '¦ ¦ ¦$¦ '
pitorescos, ta. Um canhão paralisado sig- *V_M?J?^' Âm Kf ^ IlI < iX 'm*sJ:M
de guerra e um mercante é esta* "Be Glamorous — ase
dia o comandante. Num navio de quality perfume". "Compre na de vencer.
"Foo". uifica um inimigo ne iminência t : r PÉ ^S
guerra tudo tem que ser dupli- padaria Burninghan", a me- Finalmente o ar livre c-puro do
' "^ ' ' ^Jl
eado, pois quando uma peça fa- lhor". E outros anúncios espiri- tombadilho nos saúda. A multi-
^ VR Ws
i& >4KH ^8ll»
lha, a outra deve funcionar.
Descemos mais um pouco e
tuosos.
'—
:. ..dão lá em baixo no cães- perma-
Amanhã comemoraremos o nece estática. Sae um, mas che-
RlVl-
quase batetnos com a cabeça nas "Dia da Colheita", explica o ofi- gam dois. O comandante narra
asas de um grande avião. O co- ciai. Improvisamos um altar que pouco antes a banda musi-
7.->
mandante, continua explicando. nvair porque virá oficiar aqui o cal de bordo executara o hino
— Temos dois como este a bor- Superior do Mosteiro de S. Bento. inglês, alguns hinos das nações
do. Muito bons. Veja, equi es- A que horas, comandante ? aliadas, e, finalmente, o hino
ms' tão seguros debaixo da iiacelle O povo prorrompeu
-.:>;¦•M mWmsWSmsW^Mm^mW: Jmmrm m -
Âs sete, poucos minutos .an- brasileiro. <•'•'• Mm mmmW^ÊKSS&9m^^'.^^íSm\\^mmmm\ HS^I^^^^SlH mmmW
Reva Reyes
marinheiro limpando qualquer tado pianista ao mesmo tempo. rinheiros entram em forma, a
coisa lá em baixo. Parece um Como é estranha a vida de um |lítIuJa executa uma marcha. É o Toda gente chie recebeu com alegria a estréia de Reva Reyes, a
anãozinho quando olhamos pela marinheiro. E como sabem se a;mjrante h. Pregam que chega. cintilante artista que empolgou Paris e que, durante quase seis anos. no
"Casanova", se tornou a figura mais querida de príncipes, milionários,
abertura. Canta uma canção ne- satisfazer esses heróicos herdei- 0 coniam|ante Mc Carthy perma-
..¦.m^iM
•>,>'•¦
erlandesa. O cheiro do pão ros de Nelson com os seus in- nece aiguns segundos em posição artistas, etc.
Depois de grave acidente que sofreu durante um dos"Marrocos", bombardeios ¦^$W^m
substituído por um odor de re- gênuos e honesto» divertimentos. dc CQntinénci<l, imJ)assivel, duro, paT^wgüiu^Vrã no a
«istãdbrÜnTdo^ondíatuou
«tédio. É o hospital do navio. Mas de repente pulamos de um imovel. Temos a impressão que tradieioi;a| 5ub dos milionários americanos, consagrando-se definitivo-
tem operamos aqui um ma- polo a outro, A saída da sala de se naqueie momento outra bom- meBte „a América,
iro atacado de apendicite". diversões para entrar numa_tor- ba ince„diária caisse ao seu ia- Ansiosa por conhecer o Brasil, aceitou o contrato què lhe foi ofe- . '""-tJ
:J"STinarcha,prossegue, mais apres- rede um dos formidáveis canhões 'boite" elegante vem atuando
do c,c nâo d.(1.i;l um passo para feeid# peio Cassino Atlântico, em cuja
"show" figuram ainda o» admiráveis acróbatas cômicos Cai
sada.? Todos os compartimeiítos que estSo incrustados nõ tomba- sair' da posição. A religião da No meimo
estão ligados entre si. O obser- dilho, é suficiente para deslocar disciplina para nos principais centros americanos.
para um marinheiro é Bros, conhecidíssimos
lá no alto um a calma de qualquer um. Nova- certamcnte a mais ortodoxa.
vador descobre
avião inimigo. Ao mesmo tem- mente a mecânica e os homens . « 0 jftniirante H. Pegram desa-
po todos os aparelhos de obser- O comandante manda que um sub- parece peia escada abaixo. O pe-
Literatura e inconciêttcia
.. DA PAGINA 20 ricas sobre o velo áspero da pro-
-'-; vação do cruzador dirigem-se oficial artüheiro execute algu- queno pelotão de marinheiros (CONTINUAÇÃO
o que perverte, toma espaço, ab- su comum. Quando a operação
para o mesmo lugar. O calor au- mas manobras para nós. Aperta 0i,edCcc à ordem do oficial, des-
indevidas. acaba, a balêa resplandesce.
menta cada vez mais. Aproxi- um botão, aqui, calca outro aco- cansa armas, perfila-se nova- some enetgias
Não me sobra temj>o mra São há mister de inspiração.
mamo-nos das caldeiras. Que lá, uma potinhola que se abre, mente> dá meia volta e etraves-
calor l Mas depois um cenário outra que se fecha. Espiamos sa Q tombadilho. Parecem um só convívio agradável dos poetai. Para escrever, basta arregaçar
mangas. A observação seca o
campestre. Ê o deposito de ver- pelo orifício de um dos longos corpo> embora os tipos faciais se Alem disso, são criaturas muito as
consegui es- direta desce por si mesma ao
duras e alimentos vegetais. Cai- tubos de aço. Lá no fim uma diferenciam fundamentalmente. suscetíveis. Nunca
xotes com marcas de bebidas nesga de céu e nada mais. E di- i„gieseSt irlandeses, sulafrima- tar inteiramente às boas com bico da pena; a arte, está em
todas as idades, conservar-lhe a frescura, como a
acumulam-se num canto. O nome ga-se que por aquele tudo ino- no3f canadenses, australianos, esse moços, de
de alguns estabelecimentos do cente são vomitadas toneladas de neerlandeses. Por isso, nos dias de festa, em um ramal de rosas, em conser-
o tra- var-lhe a vibratibilidade de um
llio vai correr mares. O navio é ferro e fogo, toneladas capazes de
"Bis- 0 comandante sorri e aperta- que fico em casa, prefiro
um mundo independente. Tudo mandar ao fundo um to dos manuais que ensinam, feixe de músculos despidos da
nos a m5o 0 pelotão desápare . .
ae faz ali dentro, conserta-se, rc- mareie". Quando a batalha co- C<J por detrás da grande torre do m,n,a í'»3""fl?m efrã, as profis- própria pele.
para-se, cura-se, fabricom-se pe- meça as portinholas de ferro se canhào "Simon", um orgulhoso sões humildes, porque nas suas Deste desejo fiz minha arte. Se
«as e alimentos. Nada falta, tudo fecham automaticamente. Lá ca<> policlal masCOte do
"Bir- folha* encontro, como em veio nada consegui, resta-me o con-
completo. dentro da torre alguns homens niingham» Corre ao nosso encon- f«rlo> extreme da zanga literária solo de o ter desejado. Daria
— E divertimentos, comandan- ficam completamente isolados, «"« ceaa ° acume da palavra tudo para atingir a ultima sim-
* tr0 Q comandante explica-nos
te, como passam os dias em alto comunicando-se com o exterior sep eJe de purjssima
ssima origem ger-
ger loIda <* transparência da expres- plicidade, de modo a exprimir
mar apenas pelos microfones. Tudo mâ„ica A satisfação denotada *ão> «1uele sedimento aurifero de coisas pensadas em palavras vi-
bilhares de anos de trabalho vidas; enxaguar a prosa até po-
pdoTão alemão é juste. Trata-
se no fim de contas de um cão miséria: Escrever assim ê ga- der falar ao tecelao com a fluen-
livre rimpar. É ir decantando águas cia do fio mercenzado que escor-
c ,. _ i»:»«- ^.üK ou „„ 11 rc nos teares, ao ir e vir, azei-
E, agora, leitor, acredita c|ona| valor. De_ °'das
de ""* tan<aaeira*>
lançadeiras- «à maruja,maru ja.
não que estivemos meia hora em pol. e!e p.„. para back do pri- ""
visita ao Império Britânico ? ao pensamento tal como
melro team. Aí o América resolveu ^'tndo
adquirir o seu concurso. Ofereceu- os grumetes grimpam pelos en-
As memórias do maior lhe am emprego de 500$000 por frechates das enxarcias até o. ces-
mês. O jogador era obrigado a ir /o da gáoea; aos
vescadores, que
todo dia a uma serraria, e sabem . . . .
cronista esportivo bra- par. que? Para rachar lenha! Ma. *«°
homens cor
o famoso Da Guia só permaneceu ceando idéias num picará de dois
de ferro, lan-
AVENIDA SÂO IOÂO N.« 613 - SÃO PAULO Apenteá Domingos come um futu- Paulo»
gueiro. São
BtmmWÈÈÈÊM-
(¦.inte da população no maior aba- ____. ^fcfflH-Wft _______ __K^^Í|____R wbG_r_K"• :£_f
A IDADE NOVA O professor Jayme Cortezão,
atualmente morando aqui, expli- timento.
Há que tempo não se fala na cou à imprensa do Rio o equívoco
Idade Nova ! Pelo menos desde PRECES. __) ^^' "M
do "Diário da Manhã", de Lisboa, R_Km__Bm^ mwMmn^m^'' __TY''
_«^ W' _^_H
que ela começou a existir, tão cha- " órgão da União Nacional" ¦ . . , R '- -_R K_r - ^mT ¦ IR
rara- aumentar a unidade do. po-
r. ada, tão querida ! Estamos em — Um lamentável equívoco. Eu vo alemão e se aproximar dos ca-
plena Idade Nova, sem nenhuma não escrevo para a B. B. C. nem tólicos, Bitler exigiu dos bispos,
... f£3fftfÍf^WM M»w ^^om^m^m^ê
culpa de Santo Tomás de Aquino, fui expulso do meu pais. Tenho que estavam presos e foram soltos,
e os evangelistas, cumprindo a sua um irmão, exilado, por sua pró- organizarem preces públicias para
UM HOMEM definição, mudaram de assunto. vontade, em Londres, que é que ele se conservasse sempre
pria
Alguns, escandalizados. Outros,
ÁLVARO MOREYRA escritor c foi agente geral das Co- moço. A multidão encheu as igre-
com medo. Mas o que todos pre- Fmias cm Portugal. O meu irmão
jas. Os guardas nazistas se espan- V..-R m*** ^R*
. . .que, no começo, custa- Karam, — todos: os profissionais l«-j»balha para o governo inglês. É taram de tamanho fervor. Um
rro. Revoltas absurdas, des- e os amadores, — encheu muitas possivel que ele escreva para a deles perguntou a umia senhora:
^H^v-**' wWm ^^r jH H|
_RI _J___R ___________R ____R________i___fl_F^ *¦ l___-_/^M
vários. . . uma ansiedade a cabeças vazias, e nunca mais, nes- li. H. Ç. Por que reza assim, tão ar- Wi m -
)k_____________R
lugar nem
lhe estremecer os nervos. . . sas cabeças, sobrou Não é? dentemente ? A senhora e todo -,'•'¦ r."5_R R.- 8
___^^H K
Ficava de repente com os para um fósforo...
MAIS EXPLICAÇÕES
esse povo ?
Porque Não me siga, sou casado...
-Ira.
olhos cheios de sangue. . .
Um horror! Mas, o se*
EQUÍVOCO
Estamos
recebemos
suplicando a Deus que
ordens.
Sim, -querido, casado comigo. Wmw
"Diário No Porto, o comandante militar
nhor compreende, nâo se po- O dia Manhã", de Lis- não deixe o Fuehrer ficar velho. Não se lembra? .rÍ__s@sra-_H -tv
"órgão da cidade ofereceu um banquete
de fugir da sina, é a sina boa, da União Nacional",
em honra do general eBpanhol
publicou uma censura contra a
que arranja tudo. Bocado a Alonso. O general Ciro Alon-
B. B. C, de Londres, porque a Ciro .-.
bocado, dia mais dia, fui
B. B. C. estava "utilizando, em so perorou:
ajeitando a sensibilidade à — Se a independência dc Portu-
suas irradiações-destinadas a Por-
existência nova. Ainda sofro a Espanha se
tugial, os serviços do professor gal for ameaçada,
agonias medonhas, que se a defender !
Jcyme Cortezão, ex-alto funciona- levantará para
Explicou que se tratava do agra-
H ^r_| K*__f__| __¦
cravam em mim e me doem rio português, que foi expulso do
WÈ_________________ H^_I_V;' *í____í*_!£__R_P*_reyi__B _H
quase fisicamente. Eu amo decimento sincero da Espanha RR WnmàwFfátffl R
país". _______ _R'_Jl MmmmmuW&^m^l^Mm _H
pelo auxílio que Portugal lhe pres-
¦ri.f
essa mulher com o meu uni-
co amor. Queria que fosse só tou durante a guerna civil.
Enite, muito burra, muito '^_^_R
R ____________________________________«Sa_^J g=' ^l ¦ R -
I
^^m^^m^m^mW.
____R
Piauí, trazia de lá, no baú nha, de Pinda, que rasgou as ULTIMAS EXPLICAÇÕES
e na memória, recomenda- artérias com um caco de co-
____v"^^^w *^ I ¦' -: 4iM_ — <%yíd_i m
It^A. WÍ^*2$:Y,mmÍ H
ções, conselhos, palavras de LISBOA, 25 (A. P.) — 0 Jo*Hal '^___i_^^_ Bfc
po, na manhã em que a po- "À Voz", comentando '«a I ______.-___*__ Sr ¦ .$•
Uídà lha¦.-. depoàowvAàeqii^
_ijejií*|r»^ católico
' ?>"t.í.f .r.-:;'.;if _.'.(; '-...
ÜVifih *H,ff' Ari) Wr^m i"i\ i_ wjm*$.
iSj^OitO^Qr nado...E a Sara, o Lenço novas execuções na França ocupa-
IM L' •¦ ___¦
aKgBWirSSB
fc?!^^^1^ .3 M
BM* :i,-.-''*«sP^ ¦• je\
Si
sêí bacharel, juiz, diplome.- da, diZ:
Encarnado. . . Não sei co- "O que está acontecendo já era ______R«____nH m\\ ^S BB^^Ia^^^lBi^^r-^S _SÍ_Br^__:.fla.M -__¦
ta, deputado, o que conse- mo não acabei ladrão, as- M H_> ^H __k ">a*Kjfl tV- **i_^_^ "¦--¦ _5áia'_i B
Mmm''-* _¦______________________________, ||k ^mMJMPzT^JMm ^H
de eBperar. Os patriotas franceses,
guisse. Não conhecia niri- sassino. .. Adoeci. Passei _. __mi p9/_^l I
guem. A solidão me deso-
rientou. Naquela idade, um
homem não é bom nem é
dois meses no hospital. A
encarregada da minha en-
'.
fermaria era uma freira ita-
exasperados, estão tomando atitu-
des que, afinal, não são passíveis
de crítica. Assim procedendo, en-
tretanto, eles estão provocando a
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meradas, pelas portas do voz mais desgraçada deste ¦M-Bt'"» tetSlr» -m ^^ ' -r'__.
_____r?V-^_K_^R!liS ^__V%_B^^^_i^^__________l
bar : mundo. . . No dia da alta, A ÁFRICA CALUNIADA
Um cigarro ?
junto do adeus, parece que
Olider do partido chamado mW-:
Dei. Alumiou-o. Sorveu deixei nas mãos de I rmã Yo- ...J5
popular, na cidade do Cabo, deci-
uma imensa fumaça. landa o último frangalho da "como uma mW* WWm^MMM^ PE^^____í___MlJ __¦______¦
diu apoiar o nazismo,
Vamos andar? alma primitiva. . . Minha tradição nacional africana". Tens "rouge" na cara, são três horas da madrugada e os
Saimos. mãe morrera. Sem recursos, cinemas terminam à meia-noite.
Mas é que dei uma voltinha de bonde.
Cabeça pendida, uma das me empreguei de repórter A 1'IOR DESGRAÇA
mãos num bolso, a outra num jornal. Desandei a ler.
CASTIGO
com o cigarro, ele seguia Os livros me estragaram. Nas desgraças que estão aconte-
comigo, lento, vergado, co- Convencí-me de que era um cendo à França, Pétain se apre- Os homens -injustos, que opri-
IL ''-»';li-K^l
mo se lhe pesasse o esforço
de mexer os passos:
caso. Ah! doutor! quando
um sujeito se convence de
senta como um mártir... E é mui- mem, não podem ler Charles Di -
to c a p a z de estar convencido ckens. .. Mtr-íMm ___R- -¦ »_IHk*^í___P____fi_. r.____ill *'W'Jm
->¦'
g ¦ ü M ff'3
_________________T"-______________R J*mW _________-?_ ->Rfc-•-¦-' TMjKTjj.5%t*
K-»H^RqR "__¦
Não o incomodo? Acho disso. Ele também não sabe que ^^r R -^k^-Ük ___R
que é um caso, está perdidoí "Depois
Proudhon disse: dos per- FOI A MAIS MOÇA
que não. A dor dos outros Perdí-me. . . Não atino mes-
seguidores, não sei de nada mais ¦-m
distrai. mo como aconteceu aquilo! Um padre do Crato, parente de
odioso do que os mártires."
Sugou o resto do fumo: Foi o meu ar de canalha José Carvalho, contou-lhe que ti-
Nos primeiros tempos, adolescente. . . Foram as
DÈ HEINE nhta perguntado a um dos fiéis da
MM M*&^: y»M^eWM BCO WmmmmT^''i£M n
o meu gozo maior era per- minhas frases de anarquista sua paróquia, qual das pessoas da
_B^9^^B'-''-*Ȓ__B__Ri_i"_B Jl H^]
correr as ruas desordeiras. amador. . . A Sara não per- Qualquer que seja o motivo das Santíssima Trindade, a que mor- m>. ^^H _r* _H"_uü_fli^ ¦¦¦ ,3-
mitiu que eu trabalhasse lágrimas, a gente sempre acaba se reu na cruz por nós. r _____^______P__r^_ill/i ¦'.
BI _____flg_HH_..
- - ¦ •
. . • -
1
PÁG. 26 DIRETRIZES 6/11/941
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A Copa Rio Branco de 1932 foi o maior feito do football brasileiro, na opinião de Mario Filho. O
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clichê acima mostra-nos o "scra tch de 19 anos" entrando em campo no Estádio Centenário.
PRIMEIRA PARTE
"A "A Manhã" do velho Mario Rodrigues. Era na*
Era na primeira Manhã", quero dizer, na "dancing" fúnebre e familial).
quole sobrado da rua Treze d<2 Maio (onde hoje está instalado um
Foi lá que apareceu Mario Filho, o maior cronista esportivo do Brasil. Eu sei que não há
" nada mais frágil, mais falivel ou. ainda, mais irritante do que um titulo tão afirmativo. Quem diz
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' ¦ •' * .' "maior" do
que os outros deve apresentar provas substanciais. Mas no ca..o
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^Kr^' ^-'^ particular de Mario Filho justifica-se excepcionalmente o adjetivo. Pois há 14 anos quo, de uma
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'¦:-"¦' dade líquida e tremenda.
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Bem: ele não começou na redação. A gerência marcou a sua primeira experiência jornalística.
o "homem do vale", situação que me parece de uma importância toda especial. Um secre-
§;'^fl ¦ \-fl Ba-, fl fl Am mfl tário ou redator-chefe pode não representar absolutamente nada. Há secretários que amargam
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fi-'" _B> ^fl _____ ^___ _a flfl m ___¦¦-'¦'¦ desconsiderações, insolências, qu 9 sofrem, enfim, uma série do restrições humilhantes. Mas um
gerente paira numa altura particular : está superiormente acima dessas e de outras contingências. Só
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-. ¦ "3i£t ¦ '*.¦ Jll*».» ^H --Bk flJ__ __fl flaaV fll Har -' ¦ * naufraga com muito pcao ou, ontão, por força de um desfalque feito sem a necessária sutileza e
f'5- ^í a l'.B__a_B___--. as recomendáveis medidas de de jpistamento. E' um cargo tão confortável que o sujeito que já deu,,
fev*. '¦ "fl Hk n Rjj H p já visou vale uma vez, fica morando no emprego e só sai truculentamente.
No seu tempo de gerência, Mario Filho tinha uns 19 ou 20 anos. Idade imprópria, se consi-
dcr_.rmo-, que em qualquer redação há, fatalmente, cavalheiros centenários, profissionais do tem-
po dc Floriano. veteranos da guerra do Paraguai. Mario Filho, com os seus 19 anos, tratava com
03sas relíquias e com outro3 figurões não menos curiosos, não menos fenomenais. Ele estava
sempre de cima. Pois na hora de pleitear um vale de dez, vinto, trinta mil, é alguma coisa de
árduo e de heróico manter um mínimo razoável de compostura. Mesmo as naturezas mais viris
sossobram numa circunstância tão crítica, melhor diríamos tão patética. O redator que aborda o
gerente tem um ar lamentável de humildade. E se o homem resiste, pondera dificuldades — en-
As memoráveis lutas de jiu-ji tsu, realizadas no Rio, foram tão o caso passa a requerer uma humilhação mais grave. Os menos resistentes tornam-se abjectos,
patrocinadas por Mario Filho rebaixam-se, aviltam-se sem saber e sem querer, inventam calamidades domésticas, dão a cada
UM FILHO DE DIRETOR DL isso era palavra um acento comovedor de apelo.
(digamos pleonastica- Nenhuma escola poderia ser mais instrutiva e mais rica em experiência e edificação para
_&__. -&;Ví^-c* JORNAL ¦ mente) literatura. Ele procurava,
acima jge tudo, dar um.v sentido •|_í-*M|f'?Xõ.i.;Filho_ do. .que essa. passa gem pela gerência. Ele aprendeu e. mais do que isso, saturou-se.
Um'filho de diretor de iornal prático-tjfa s»üa atividade no jornal <! Foi justamente a saturação- quo, um dia, fê-lo desistir de ser gerente. Quer dizer, de um momento
l»ude ficar superiormente em ca- do pai, um sentido de utilidade. para outro, perdeu a situação única de quem visa vales, de quem dá dinheiro e, por isso mesmo,
sa, embora recebá--um ordenado Como qualquer filho do diretor, conta com uma subserviência mais ou menos generalizada dentro de um jornal, uma subserviência
ua caixa o ande sempre adianta- tinha a justificada e humana cisiomática, diária, envolvente, irresistível.
"C O R T A LE-
FOOTDALL BRASILEIRO — ¦.
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HHA, DOMINGOS"...
(Reportagem de
A. B. SILVEIRA)
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porfiarão domingo próximo" ou .ua honra em sangue". Porque a
"defrontaram-se- num animado tolha vendia mais.
prélio no domingo próximo pas- " Mas nem". sempre havia essa
sado"... lavagem Desgraçadam ente,
Mas isso não foi tudo. Havia muitos maridos enganados ou não
piores. Por exemplo: as heresias eram truculentos ou desfrutavam
que se perpetravam em matéria uma sólida e confortável ignorân- ¦:-";
para sèV compor um fundo mais constatar essa coisa, tão eviden-
condigno1 e sério, colocava-se um te por si mesma, ou seja um Fia- i
j:.rro de flores, um Pão de Açu- Flu era bem mais importante, •'
car! de cenário mambembe. Quer bem mais sensacional, do que
dizer, pose de foto da rua Cario* umas facadas que um esposo in-
cn ou da riià Larga. Mario Filho troduzisse em sua senhora. Hoje,
rompeu com' esses fotógrafos. E que o esporte absorve tanto es-
começaram a aparecer gravuras paço, parece incrível tamanha
incríveis. Tudo era instantâneo, falta de sagacidade profissional. .
'tudo era movimento. apareceu
Quando Mario Filho
E, de resto, retratos íntimos. com a Hua primeira reportagem
Jogadores de pijamas. Dormindo. esportiva para a primeira pági-
Tomando café. Escovando dentes. na, o secretário teve H.1 este comtn-
Penteando cabelo. Ao lado de uma tário lapidar:
pequena. Dançando. Jogando ba- — Isso aqui não é jornal espor-
Meia dúzia de pessoas acorreram ao cais quando seguiu para Montevidéu a representação brasileir.
ralho. Flagrantes impressionistas, tivo! "I__o que disputou a
"Copa Rio Branco'* de 19.12. Em compensação em M34
quando o
"scratch" nacional
comunicativos, imagens colhidas Foi assim que ele disse: seguiu para a Europa, afim de disputar o campeonato do mundo, uma multidão incalculável a flui n
da intimidade do crack. O inte- aqui." Tornou-se então neces-
à Praça Mauá, como pode ser comprovada pelo aspecto acima
resse despertado por essas repor- sária a intervenção do velho Ma-
tagens gráficas, tão novas, tão rio Rodrigues que tinha olho cli- "moleque" em
ousadas, tão iné- i:5co para enxergar, instantânea- um clichê de um Acontece uma coisa que ni,n- e com carteira profissional. O rc-
palpitantes, tão 4 colunas. ousaria esperar. O diretor e porter de polícia que, numa nota
ditas — foi alguma coisa de espe- mente, o interesse vivo de qual- guem
A reportagem Mas depois (sim, algum tempo o gerente passam a tomar conhe- rie facada, se refere ao "épico do
t.icular e de marcante no jorna- uuer matéria. pou-
acabaram de cimento da existência do cronis- germinal", é outro literato. O re-
lismo brasileiro. De repente, Ma- de sair (ordens são ordens), mas depois) os colegas visor, que delira com Vargas VII-
se- Os diretores de jornal ta. E um sintoma dos mais ex-
rio Filho revelava que o esporte não sem protestos mentais do pensar.
interesse é
ele eretário. Não houve um redator descobriram que uma reportagem pressivos desse súbito Ia, acha que toda a redação é
<ra uma mina. Uma mina que "moleque" Sizenando, um aumento de ordenado.
e começava a explorar que não considerasse o jornal de- sobre o analfabeta. E tudo isso está mui-
citscobrira
(initivnmente degradado. que marcou goals no último jogo, Criam-se salários. O redator «ie fo certo.
intensivamente.
também as enire- Agora uma observação elucida- influe na tiragem. Exgota a folha. foot-ball, que só fazia a barba Só, o homem que faz entrevis-
Apareceram
As entrevistas de Mario tiva. O caso assumiu maiores pro- O drama de conciência dura pou- duas vezes por semana e ganhava tas com Domingos, não pode ter
vistas. O0S. a sua mascara/i nha discreta. Não
co. Parece claro que se deve es- 150 mil réis, passa a fazer
Filho. Ocupavam uma página in- porções porque a tal reportagem l:O0OSO0O mês. O pode animar sua recôndita ilusão
e sub- versava sobre um chute. Simples- tampar a máscara em 1 colunas, Í.00S, 600$, por
teira. Manchettes, títulos torna-se íntimo da ou- literária.
mente um chute que determinado do Srzenando, embora isso signi- .oot-bail
titulos. O crack não dizia apenas, **0 a inacessível e intratável
ao envês de aplicar na iique uma transigência. Mas trora pri-
como àté então o fizera, que jogador, 'AQUI
na canela do adversário. vida é n vida, como me disse, con- meira página. QUEM MANDA SOU EU-*
jogo ia ser duro". Às vezes, até, bola, deu uma fidencialmente, um colega. Natu- Só unia coisa ainda persiste: o
í.ão falava do jogo. Não falava, Como conseqüência, houve
Contava a fratura exposta na perna da vi- ralmente, seiia muito melhor que preconceito contra os possíveis Talvês esta não seja a primei-
tiquer, em foot-ball.
namoros, episó- tima. O fato provocou no local as estivesse, no lugar do Sizenando, tintes literários do cronista es- ra entrevista concedida pelo jor-
tua vida, os seus
Umas vin- a última fotografia de Camões. portivo. l_ interessante. O redator na lista que realizou, provável-
òíob pitorescos e sentimentais, in- ícações mais patéticas. não teria o velho in- bota títulos em telegrama mente, mais entrevistas de
bem te e cinco mil pessoas, que assis- Isso, porem, que que
cidentes numerosos e de um aumento considera-se um esteta. O crítico
..vo interesse humano. Mario Fi- tiam ao jogo, ficaram alucinadas. U-resse. Não produziria"
bem dividi- i-.nhum na venda da folha. de cinema, nem se fala: é gênio (CONTINUA NA PÁGINA 22)
lho romanceava /a biografia com As opiniões estavam todas
agudissi- das; uns pretendiam contra
um senso jornalístico
se tratava de
mo. Sabiu envolver o leitor, sabia ks evidências, que
vencê-lo. üm mero acidente: outros, procla-
E foi assim que o foot-ball en- toavam, aos berros, á deliberação;
tinha
trou, abusivamenite, para- a pri* outros ainda, achavam que uma
Havia também
meira página. Não sem provocar sido pouco.
Sem excitar considerável parte da torcida que
reações profundas.
eescompunha o juiz, embora este ™m\ _^_k vCtát1**' '
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ironias. < De
nada tivesse com o peixe. ' ^^__K^_?___I
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qualquer maneira, a cena edificou J9mw-^yMmT V fl ¦..-. ¦._i.._._. :--____________________¦_¦____________'
UM CHUTE NA IMPRENSA
bastante Mario Filho. Ele perce- _____^______í__S_c_' ém *^____l ___P^______fl _____H
BRASILEIRA
btu que um espetáculo que pro- B__V____B_-___^_r''_____.' í '" _______ ______r_»________ _____U_*^«C- __
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