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tf»00 DEPOIMENTO HISTÓRICO DÔ


COQOHEL DILERMAHDO DE ASSIS
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N° 72 — Novembro. 6. TQ.il Ria ri» iQ-_A«r-.
¦**-.

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-•*.
V

O QUE HITLER ME DISSE DA CRISTANDADE fim

I
Adolf Hitler exata- Pelo PASTOR MARTIN NIEMOELLER a 5 de janeiro de 1934, se realizou
mente três vezes na minha a nossa memorável entrevista.
ENCONTREI
vida. (Narração feita ao Dr. Leo Stein, antigo professor de Desta vez, estava muito diferen-
Á primeira, em janeiro de 1931, leis da Universidade de Berlim). te. Esperei mais de quatro horas na
no Hotel Kaiserhof, Berlim, onde se- Chancelaria do Reich, e, quando fui
tenta pastores protestantes se reu- MAIS UMA VEZ TEMOS OPORTUNIDADE DE PUBLICAR admitido, me fez uma saudação gla-
PALAVRAS DO FAMOSO PASTOR MAR-
niram, no intuito de ouvir a espia- ciai.
TIN NIEMOELLER. OS QUATRO ANOS DE CAMPO
nação de seu programa em torno DE CONCENTRAÇÃO A QUE VEM SENDO "Deseja
falar comigo?", começou,
da Igreja. SUBMETIDO O GRANDE HERÓI DA CRISTANDADE CERMÂNICA, NÃO
CONSEGUIRAM DEMOVI- de pé, com os braços cruzados, co-
Chegou com um grande atraso, LO ÜM MILÍMETRO SEQUER DOS COMPROMISSOS mo Napoleâo.
mas se desculpou com a maior po- QUE ASSUMIRA COM SUA CONCIÊNCIA E
SUA FÉ. REAFIRMA AQUÍ TODAS AS PALAVRAS Dois secretários, numa escrivani-
lidex. QUE PRONUNCIARA HÁ MAIS DE QUATRO-ANOS nha, tomavam nota de tudo que se
Saudou-nos a todos com uma in- DIANTg DO DITADOR DO REICH. A CARTA
"Pedi- COM QUE O PASTOR NIEMOELLER APRESENTA O dizia.
clinação de cabeça, e disse: ARTIGO QUE AQUÍ PUBLICAMOS É UM DOCUMENTO "Sim,
EXPRIME senhor chanceler", repli-
lhes para vir aqui porque desejo, QUE TODA A GRANDEZA DE QUE É "dirigí-me
CAPAZ UMA ALMA HUMANA LIVRE E PURA. PUBLICADOS quei; ao senhor pelo
persuadi-los que eu — tanto como NA REVISTA "LIBERTY", DOS ES muito que me preocupa a Igreja".
os senhores — estou trabalhando TADOS UNIDOS, A CARTA E O ARTIGO OBTIVERAM "O
A MAIS IMPRESSIONANTE DAS RE- que há com a sua Igreja? Não
pela reconstrução moral do povo PERCUSSÕES. "DIRETRIZES" SE ORGULHA DA cumpri todas as minhas promessas?
alemão. Desde a última guerra, a OPORTUNIDADE DE PODER DIVULGAR, EM PRI- Não dei a direção dá Igreja do
Alemanha tem sentido a necessida- MEIRA MÃO, NO BRASIL, ESTE MEMORÁVEL ARTIGO. Reich ao Bispo Mueller? De que se
de de melhores cristãos e mais queixa?".
igrejas; um dique deve ser oposto "Até
hoje, nunca tivemos bispos
i esta onda de ateismo. Precisamos protestantes. Nem houve necessi-
de uma fé íntima mais profunda dade de Ministérios para a Igreja.
para que possamos sobreviver como Prometeu-nos direitos iguais, mas o
povo. Sou católico, mas peço-lhes que fez foi nos transformar num
que me auxiliem na minha grande instrumento do partido.".
obra." "Por
'.-.,. .ájtf£§i-»a '-^"*^^^^^l-fll_l_|[Í__l . que estão os senhores me
Solicitou-nos, então, que propu- ''.. ¦ ¦ i'¦'¦ ¦.- -~ ' - •/-':'y'-dy-':<iíáiüá, causando tantas dificuldades com .... 3
séssemos diversos modos e meios de Jj^^^_^^&-.-. \i___. ^___dlH___hri________i ______jl W^^r^ _*__! aa
¦&Lg|M Wr, ______¦ essa Igreja Confessional?" Hitler co-
^fâ^K-Wí3l'^^íraf ii»*ir:'•i-a,B,i*'Sí»W___| -»'- .,;. -^|JK|g*Bm|jjJB p>"^.'.: ,:,?v". .v .
recíproca cooperação. Prometeu-nos W__-fff9P-TJ^^-^^Í^&íi"-'' ^a aa meçava a exasperar-se e gesticulava.
que, tão cedo estivesse no poder, "Antigamente
os reis prussianos
a Igreja não só teria assegurados os eram os senhores da Igreja. Hoje,
seus direitos, como o Estado -lhe
daria uma maior assistência e mais
"controle"
sobre as escolas. Em re-
sumo, o Governo e a Igreja se com- ¦aa! Ií_il_lf9| -'•''' !_HRN_SS$^9KBt'l^> '''¦'"'':'' t ¦'"- ' \v\ _¦'"•¦' - *^Nl Kta*^^ ¦
sou um rei prussiano para o povo
e para a Igreja, e terá que aceitar
isto como um fato consumado".
Senti-me tonto. Este ex-ajudante
1 4

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preenderiam melhor do que nos __P^ £''''~Jf' ¦ WymM __frl;i^ ¦ *ÊÈ Èaml&tW&M *m de pintor dissera realmente: "Hoje,
tempos da República de Weimar. eu sou um rei prussiano".
Confesso que tivemos todas uma "Nós não
queremos causar-lhe di-
impressão muito favorável da ma- ficuldades, senhor chanceler", ex-
neira modesta por que Hitler fala- "Mas
pliquei. estou aqui na quali-
va, e percebi que, dai em diante, dade de representante da fé pro-
poderia contar com o apoio da maio- testante. Seu governo ordenou me-
ria do clero protestante na Alemã- didas que mais cedo ou mais tarde -J.

nha. destruirão nossa Igreja e os funda-


Lego após seu discurso, dirigiu- ¦W«^y::'! . --_í"ii_j.P^^^^J ________ _______ - '' d.-d' MyM ¦ •á"88JKk*-*yv ¦¦ D»*^»-¦ '-tièèífifdy''- mentos da nossa fé. Não podemos
se a mim, e disse: — "Que permanecer inativos, enquanto o
prazer mLtèsZí\w-', d>i-:,y~
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vê-lo aqui, senhor capitão-tenente". IBIw^^Kvíj;';:. ' ,»&U Ea£tM ¦___B^___I ¦_____L--* .¦<-,?¦ By m . i^èx-í^^^í^ _fl______r aalfl bbw^-^vw--
"' ~'<M governo der tais oredns. O senhor
"Não Laat-^V^-*^
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sou mais oficial", respondi. ^H ^B a:*;?*¦. \1_^bbbbb1 Mk*|H
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_^_______F ___^_______________r - ^í*SI nos prometeu a liberdade da Igre-
"Agora, aaaaaV
sou pastor". ja, e não sua supressão".
"De
homens como o senhor", ex 19 Km __r^__l W\ ^mm mm^^fX^k'''^-^1'^'-'^^B^d^^mmmm ^^bbbV - ______! Hitler ficou completamente alu-
clamou, "que do submarino vieram cinado. Gritava como um louco.
diretamente para o púlpito é
nova Alemanha precisa! A Cristan-
que a mm
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senhor, como oficial, apren- m
deu a obedecer. Tem que obede-
dade necessita dos heróis da última cer! Somente eu determino o que
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guerra.".^ - '!____É(-I_a" ¦ _t-¦ -^ MdâM mW?:y:í-y*yiWm\ |% é e o que não é cristão. Eu deter-
*>^e"'í"me c,8u'hosò de íiua apre- mino o que a Igreja deve fazer. Eu,
t_-Íi_^_B ________J^Í"^4_i______k;''*::J_B -.'- •'- .^ Kri^ufl
v» minhas
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e nele depositei todas is
esperanças. ^e*" r_
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somente
Deus
eu, sou o Fuehrer.desta na-
me escolheu para este
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ção.
Nã primavera de 1932, tive cargo, o o
a "Só povo me chamou". ¦¦d"
minha segunda palestra com Hitler. a Deus obedeço; não '.'d-m:
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a ¦d-'
Nessa ocasião, já estávamos Adolf Hitler". Mais tarde, soube
cer-
tos que c poder dominante na
Ale.- que estas palavras foram responsa-
manha lhe pertenceria. Fui encar veis pela minha prisão. Mas, no
regado pela Associação da momento, ainda tentei um pouco
Igreja
Unida Protestante de fazer-lhe de conciliação.
cer-
»« perguntas definidas, 'áH pJw*. -*Ü K' ^''•'¦1?' "Foi
afim de Ett^ $|J JbW. * /j_BlK^| H também meu interesse pelo
obter compromissos formais. ^^^1 aW«-a Terceiro
^_____Ksf>aV__. Tlk ãotI bk «__£_.- -'""xH _k^_I l_____» Ví' _r J______Hp **^>BBaaaaaaV : Reich que me fez vir até
Com ele estavam Goering, ao senhor".
Hess
e Kosenberg. Hitler ainda gritava. "O senhor
"Vim ^^E
procurá-lo", disse-lhe! |Pnyp#vi^5*r ^1 P*%$' V_- -i*-:-»'' _____ ** __¦ ___ÉÍL-_- se interessa pelo Terceiro Reich? O
porque os jornais nazistas frequen- melhor é deixar isso para mim".
temente teem publicado ataques "Então",
à 1_kN '' .^bbbI 3Kiílf?^_____^Íj^_P^'J''>" i^sãa^ \ s *t ^S. ______ÉtW*-Á^lÍfÍSSI_H__fT^___^
'^*\*m _____ft'_KÍ^Í;*S3**_ __B__^^___i __H retorquí, "sinto muito
Igreja, e porque _c*. __¦ riVS____nMr^___^w^'^yr->-^11^
R3S____?iiHÍi.__F.'. -^;»c-:'¦¦";¦'¦ __k K
a-n^ ^__i _______4J? 7-^»W_"__1StííbM __BIwC' *^k***^_____I __H
_____&v^MÍSÍS.W __*5&-^r'^M _¦
já não se encontra ^_-_-----WfflHBgl!iiT*»t(H»aB-.'.-.- -- -bbbI bbbbV<_L tlíl
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__k»^___Í&£^ bb^KPbI K^Jwjfl
-' .^BãaaaaaaT-*-_t---KM _íbt ¦ ter vindo".
facilmente o espírito cristão na __¦ __MWÍ-T_B¥ TlllKW i iTT-P^TI i
*aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaak*7,\'<aaaaTB^ _^_-_F j^Bb
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Bbbt
___r Isto o enfureceu ainda mais, e
ventude Hitlerista e nas Trcpas Ju-
áaai BSfft>5n Battfò5i»*flHBÍ^ilfe.IÍ''.Jr'_M _-_----¦ ik -flaai Í^S^^bÍ b™^J________I ____^^
de o que declarou em seguida traiu
Assalto. Demais, nós não --------I ¦__a_y^vflt-3J-!^'^' ^ i-*l_^-------F; 't-^^B^JÊ^gal P^-T^-__-ui_--ÉÍ-----í -_-_-_--Í-P--L*ff^?l W\r
podemos "áfl -F^J-B W^r
todo seu ódio e verdadeiras inten-
compreender os muitos assassínios BR jjaaai _-_--Sff!fJBy >-rff Wfsil J^B HL.-^yH WmTJ^^r'
ções.
cometidos por essas mesmas "Pensei
Tropas wiÊmmmmmÊ^^i^x^mm "T í '1_BBW F_E iHmXH ____B*^ÍB ^Bl_^^ , _a^^__ÍS__l ______r em fazer da Igreja Ale-
de Assalto". ^**^s*Ww^Ê^'-é'
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_W jÉÉBfe-^Tfjg¦"** Br'
:^!rfl EÍt_--E ___P^^^ ^''aCíí
mã a mais poderosa do mundo.
"Assassínios?", Pretendia nomear
gritou Hitler. bispos alemães
"Como em todos
pode chamá-los de assassi- os paises que vou conquis-
nios? O que as Tropas de Assalto tar. Queria uma Igreja poderosa.
lesfra ao Conselho da Igreja, que Adclf Hitler, e não Jesus, era o ver- rados em campos de concentração.
estão fazendo é
purgar a Alemanha considerou tudo satisfatório. Mais dadeiro filho de Deus. Nas escolas, Funcionários da Queria unir todas as religiões e igre-
dos comunistas, marxistas, Cestapo escreviam jas no espírito do Nacional Sócia-
judeus e tarde, no entanto, os acontecimen- o Velho Testamento era acusado nossas prédicas, e os
liberais. Isto não é assassinio. padres eram lismo. Pensei em colocar oficiais co-
É tos provaram que éramos tão ingê- como obra judia. As perseguições aprisionados até nos
legítima defesa." púlpitos, mo o senhor à frente dela. Mas to-
"Nunca nuos, quanto cegos. Como Neville contra os judeus varriam o país, e Nessa hora, do maior desespero, dos estão influenciados pelos ju-
permitirei que um mem- Chamberlain, confiei em Hitler, e nossos pastores estavam sendo ati- solicitei uma audiência a Hitler, e, deus. A sua Cristandade
bro de minha Igreja seja molesta- ele me atraiçoou, como também ao é, em sin-

¦HlHalHmi
tese, uma enteada de judeus, eri-
do , disse, indignado. resto do mundo com suas afirma-
gida com fraqueza e sob a inspira-
Subitamente, Hitler ções de paz.
tornou-se ção dessas estúpidas ilusões huma-
macio e conciliador. "Por favor, Na ocasião da última entrevista, nitárias".
o "Se
senhor não quer fazer com antes da minha prisão, as persegui- a Igreja Cristã quiser lutar
que os à Igreja
outros me compreendam? Tenho ções atingiam ao máximo. contra mim, eu a aniquilarei, como
uma tão enorme tarefa à frente, As cruzes nas torres das Igrejas tenho esmagado e esmagarei todos
um trabalho para toda a minha eram substituídas pelas douradas os meus inimigos. Não me importa
vi "swastikas";
da. Às massas não se a Juventude Hitlerista caminhar sobre cadáveres, contanto
pode sempre
servir pão e açúcar; tinha sido educada na idéia de que alcance meus fins. A Cristanda-
precisam tam que
bem de chicote. Tenho de não me é necessária. Todo aque-
que sofrer
e trabalhar, lutar e organizar,
esmagar esta república
para
UMA CARTA le que não quiser obedecer será
que nada destruído, e tome nota disso, o se-
reserva à Cristandadte. Há quatro anos sou prisioneiro de Hitler. num campo de concentração cm Sacltscnluiuseu, i-hor também. É um desertor, e sa-
porque é
uma república de be que para o desertor só há uma
judeus. Quando
for Chanceler e Fuehrer a Igreja perto dc Berlim — morte!".
vi- punição
verá de novo, e livremente. A mandaram-nto trabalhar na mais tarde, em virtude das mi- "Só
Resta- princípio, pedreira; porem, desertei pela Cristandade".
belecerei a cooperação entre
o Co- nhas precárias condições físicas, fui designado para tarefas mais lezrcs e. agora, tenho bastante disse, energicamente — "pola mi-
verno e a Igreja exatamente como tempo para pensar na minha vida passada. nha fé, e estou pronto a aceitar to-
nos tempos do velho Estado do o sofrimento que disso advier".
prus- Xão me arrependo de nada. "Vai
siano. A Igreja representará o arrepender-se". Foram as
prin-
cipal papel no sistema de educação Como chefe da Igreja Confessional Alemã, sinto-me orgulhoso de sofrer, atrás das gra- últimas palavras de Hitler.
nas escolas. Não estou ainda em des, pela minha religião, pela Cristandade. como os Apóstolos por sua fé. Durante os quatro anos de minha
situação de concluir acordos. Po Xão me permitem receber curtas, nem enviar pelo correio coisa alguma a quem quer que prisão ainda não tive motivos de ar-
rem, ao senhor, como um oficial, rependimento. Enquanto tiver minha
"eu seja.
| dou a minha solene palavra de cela para orar, serei mais feliz do
honra" que cumprirei todos os mem Autorizei o Dr. Leo Stein, que esteve internado comigo durante dezoito meses, a publicar
indo isto cm meu nome. que Hitler, o quebrador de promes-
compromissos. Estamos em épocas sas e incorrigivel mentiroso, que
de eleições. A propaganda
poderá Sei que esta publicação tomará minha situação ainda mais difícil, mas considero um dever não ousa sair sozinho de medo que
exceder-se; talvez, haja tiroteios: uma bala o alcance pelas costas.
icligioso revelar a todos a verdadeira opinião de Hitler sobre a Cristandade. e o que pretende
mas prometo que a igreja será res Para todos os povos do mundo
| tabelec-da
em suas prerrogativas." fazer dela em todo o mundo. envio esta mensagem: Conservem a
|
I Relatei o resultado de minha MARTÍX NIEMOELLER. fé!
pa
6/11/941
PAG. 2 DIRETRIZES

Muita coisa já se escre- rava um "caso perdido''..

EUCLIDES DA CUNHA
veu a respeito da morte trá- pois estava irremediável-
gica de Euclides da Cunha mente enfermo;
E, verdade seja dita, a figu- 17°) Euclides só pensou
ra do adolescente que teve em matá-lo quando a espo-
ES4^*Sp o infelicidade de matar o sa abandonou o lar, à vista
WS%W
grqnde escritor não foi pou- 0 DEPOIMENTO HISTÓRICO DO CORONEL D Li
WjEmfÈ>%
"Jl?, ¦ pada de nenhum jeito pela VA A
maioria dos biógrafos e co-
méntadores da obra do au- (Reporta ge
"Os Sertões".
tor de flf
'•?t%.'":.--VÍ*"-:v- ' . 7~^^H ^H^^9 FRANClScI
Por isso mesmo, com a in-
tenção de expor os aconte- lermando de Assis, ainda te- tánciãs especiais e delicadíssimas,
•¦
ei mentos, de um modo de- fl Bi^s-
¦.'^mwr. ¦ ¦•mmynÊW> fl nente, escrevera um livro <i™ pomos podem compreender
avaliar, determinaram os fatos.
finitivo, o coronel Dilerman- mm mw*--'^^mm-'' ¦ ¦>*¦'*'iTBLtmMtm^&AwBRIjeNBtãwfm*^*
^tm^AmWT ^U^j£ÍXmm^.^íi^^mJ^^lmmmmmmÚWmmmm M
•¦^iÊ^SÊt''-'' '7»fl IJ^fl^M
que conservou inédito a con- E o Sr. foi generoso e procurou,
do de Assis pretendia re-
mmm mWmm]àJi^^mÍí
selho-dé «-Farias Brito. A ma-
quanto possivel, reparar o mal
unir, num salão público, um neira de introdução a esta feito. E b que houve de mal, de.
grupo de escritores e jorna- reportagem, divulgo as pa- que todos sem dúvida muito so-
"A Fi-
listas. Apresentaria, então, T^m| I lavras do filósofo de fretam, foi obra das circunstan-
documentos e testemunhos na lidade do Mundo", na cias, náo da vontade de quem
ainda inéditos, contrariando carta que então dirigiu ao quer que seja. Seja, porem, como
versões tidas como verdadei- jovem militar. for, parece-me que o melhor ê
"Quando me
ras. Descreveria, ele próprio, falou, pela pri- deixar o passado eni silêncio. E
a cena de sangue na Pieda- meira vez, numa defesa escrita, o Sr. para os mais exigentes,
imaginei que se tratava de uma porque não é possivel contentar
de, esclarecendo a uns e res-
defesa para ser junta ao pròces- a todos, fará a sua completa re-
pondendo a outros. so a que estava respondendo, habilitação, náo por qualquer de-
Apesar de absolvido duas Vejo agora que o que tinha em fesa escrita, mas pela correção dt
vezes pelo tribunal popular,
que o eximiu de culpa pe- tm
^¦-..
¦'.". :¦§/* -'•:;-'

V ¦''¦•-.¦'*"..':.;
¦**«." '.y.,\

;¦ • ¦ vista era escrever um trabalho sua conduta. É o que o Sr tem


mia

no intuito de' rehabilitar o seu feito de falo".


rante a sociedade, o Coronel
Dilermando de Assis deseja,
¦ ¦ ¦'¦%'¦--:
.
¦¦¦.,¦ U.-J^LmW nome no juizo dos seus filhos e
fl
das pessoas que o consideram. A
0 tenente Dilermando não
'%*¦-' '.>*#:>>!. •'..¦¦ 9 o livro. E tratou de
contudo, salvaguardar, alem
fl '*
idéia ê muito digna. Mas não me. publicou
' -uu W^ seguir os conselhos de Fa-
do seu, o nome de outras II 7 W^:^ . I
parece que lhe seja isto necessá-
Agora, trinta e
a his- rio. Todo o mundo que acampa- rias Brito.
ho juizo que
pessoas nhou o seu caso, se for impar- dois anos após a tragédia, o
tória vai formar sobre a mor- ^tj WrtLm mar Sj^H ciai e justo, há de reconhecer Coronel Dilermando de As-
te de Euclides da Cunha.
que, dado o grande valor de Eu- sis vem a pÚbÜCO prestar Ufll
Foi assim que, sabendo do clides da Cunha, a conta cm que depoimento, CUJO Valor his-
- ^ ;-.' ^-¦"^mW*^^N/^^^^mm^m-'^mW.* ¦ JmmW
seu propósito, procurei o Co- era tido e o número que tinha de tóricO ninguém poderá ne-
ronel Dilermando de Assis omigos e admiradores — o Sr. pQJS como fQZ sentjr 0
'¦-¦¦}&& ^^k±. mmW '
para ouvi-lo, em nome de ^^^^^. Amm B^iii,7
mm t^..''^Omm\m
- ^^^H.^H Ám tmmj^a
A\\\\
não seria de modo algum absol- ^
entrevistado a injusti-
DIRETRIZES, antecipando o vido, '•...se náo , estivessem inteira- ., u+:«..««, «
•-• 'JQ
^a! Kilkfk. fl l^fl ...
, a justiça „ „ ça e a ca unia
<*"?.,. L
continuam a
seu depoimento aos intelc- .7^Pfl WRá -'jmmTm mente do sen lado . .
7# mmÊ^ fústiga-lo a todo pretexto
lei. O que se deu com o Sr. foi
tuais brasileiros. My * fl rr-
¦ *^|L.^~~' ^1 Lu*s^r>*í-'fl?*^H^^HI.^I
tf i4tIi
^1 iim <•«««, não de maldade, mas por que se invoque o nome
Em resumo, o Coronel Di- .'JSflfcír, -fl BlM^Ha wfl I de grande infelicidade. Circüns- de Euclides.
lermando de Assis declarou- •¦ -flB
Á\ W k. ^B
U^T^I ij^^^^H ^E'-'*-' !&•¦ *' Mmm
me : 'i j5SB@TB?!r******K
JWIP E fl B - ^F^c^M m^&t aI fl^B |
'^í Começa a entrevista
Io) Não era parente nem ^A WêV
amigo de Euclides; --aSãaMBKaii^. V*"-v:V flfl
' flfl ijj^^L.^flfl^^l ^Bi^ii^^PI Passemos à entrevista, ou me- Euclides, homem de bem, altivo e
¦JÊm-—^^^^. i^BkT-^fljH Bl^H ^fl
fl ^^1 fl lhor. às entrevistas, pois o que independente, general da reserva
2o) Euclides nunca foi seu
se vai ler é o resultado de inú- do Exército, a alusão não podia
protetor e jamais custeou c
i;-ciias e demoradas palestras que ter mais direta,
sua educação; 'É bem
*-*¦ ^mmmWfâíJ&âmmm 'j-mm mmW
m\ Vfll
mM
^H
mm mantive com q coronel Dilerman- possi Mil — escreveu o-
3o) Só veio a conhecer do de Assis no silêncio do seu ga- Sr Eloi Pontes
— que pensas-
Euclides em 1905; hinete de trabalho. se em comprar escravos, pois, sò
4o) Não morou, em tem- O coronel Dilermando tem hoje o trabalho seroil prevalecia iut
BfcÈiS^H mm wJ
po algum, sob o mesmo teto fl H^kL fl mm flj cinqüenta e três anos e o seu comarca. Xáo se encontravam
"aplomb" ainda recorda, apesar trabalhadores libertos. .\s senza-
que Euclides;
5o) Segundo o pai de Eu- dos cabelos brancos, o jovem atle- Ias eram <ts col meias de todos ou
clides, este deixava muito a ta c*« Escola de Guerra, campeão fazendeiros. As colmeias e, em
de tiro e de esgrima. Estou dian- inúmeros casos, os serralhos... As
desejar como chefe de fa-
- homem que me vai fa- senzalas desforravam-se com os
m I tezer deumaum longa
v* -'
mília;
6o) A esposa de Euclides büi i 1 I e penosa narrativa. pagens e as mitcamas, descendên-
— Há mais de trinta anos — cia bastarda dos iòiòs que os se-
foi vítima do temperamento diz — tenho suportado em silên- nhores territoriais
tinham que
dns fu-
anormal do marido; cio toda a sorte de calúnias para incluir no " segundo plano
7o) A Sra. Euclides da evitar que sobre a memória do milias. ..
Cunha, de acordo com o tes- autor de "Os Sertões" recaisBe Afinal, pergunto eu, que inte-
¦f^ :".."""""-j-l
' resse há na "vida dramática" do
temunho de pessoa da inti- 11 ftfj I qualquer sombra menos digna. A
midade do casal, em 1894, r Evaristo de Moraes, que foi meu füho a conduta prhtida
do pai,
como está
fora sempre esposa e mãe ¦L .. ¦
'-M m fl advogado, pedi e recomendei pou- oue o próprio Euclides,
nas 15 e 297, acusa-
Mk . aM fl fl
passe, com sacrifício de minha lembrado pgs.
exemplar; vi-
própria defesa, a vida íntima de va de ter enterrado a esposa
8o) Euclides menospreza- Pj*!^\kV-^flB lamentável, por
^H ^1^1 Euclides, sua conduta como cida- va? Tudo isso é
Kt-
va o tratamento carinhoso Tcfíkv-údM fl 1 dão e esposo, para não dizer co- certo. Mas quem vem
trazer essas
da esposa; mo chefe de família. Diante do misérias à publicidade?
A respos-
9o) Assim, a Euclides da discí-
meu silêncio, porem,, os agresso- dt é pronta: Os chamados
Euclides
Cunha não teria faltado o res se tornam mais animados e pulos e continuadores de
amor da companheira, se ele t - ferozes. ainda vá. da Cunha. Francamente, urge aca-
No passado,
não ator-
o quisesse; flfl PWr?^-al ^fl- ..v*.-!» M^lMÉl^a^lH Hoje, é preciso que reconheçam os bar com a indústria:
H^ffPSCTl^W ;•' *-(-* ^^fl ^^k 'ív íV-d^Ú^^fll ^H
sou um chefe. mentem mais os vivos e deixem
10°) A incompatibilidade! Ba.jH fl
íoeUB demfetos,
do casal Euclides da Cunha .flj I'ertenço a uma classe fechada cs mortos em paz.
K^B^-^I^^B
teve início no ano do casa- aos que não sabem defender a Continua no mesmo tom:
— A começar pela maneira es-
mento, isto é, em 1890; BH feia I
honra. Já se foi o tempo em que
eu não passava de um simples as- julhafatosa como foi exposto à
11°) Não foi, portanto do
pirante a oficial. Que me relevem, venda, não creio que o livro
o causador da infelicidade possua alguma
pois, todos os amigos que julgam Sr. Eloi Pontes
conjugai do escritor; desnecessáriias minha reação e utilidade. Para despertar a aten-
12°) Tambem não foi, em Aos 20 anos, o cadete Dilermando de Assis, aluno da Escola de meu desmentido. ção dos que passavam na rua do
obsoluto, um sedutor; Guerra, em Por lo Alegre E com a mesma voz clara e Ouvidor, o livreiro José Olímpio
-- 13°) Já em 1905 Eucli- pausada: exibiu a carteira varada pela bala
recusar o seu pe- 20°) Que agiu em legiti-
des tivera pleno conheci men- do marido — .O livro do Sr. Eloi Pontes, que ocasionou a morte de Eucli-
legal defesa, e de ter- do
te do fato que, quatro anos dido de separação pelo ma própria por exemplo. É leviano, falso, ca- des da Cunha e a fotografia
"Os
um cadáver do autor de Sertõesn
depois, veio a aparecer co- desquite; ceiros; lunioso, mal documentado,
18°) O relatório do dele- 21°) Que só depois de \erdadeiro desastre. O autor, na mesa do necrotério. Já que ágio
mo tendo motivado a sua "dramati- assim, o escandaloso negociante
gado Oliveira Alcântara agiedido e ferido é que per>- preocupado em tudo
atitude; até com Eucli- não devia ter esquecido um outro
um documento eivado de ca- SOU em matar Euclides dr, ™n, foi perverso
14°) Euclidesr durante 1/lunias, • _. Cn^n-
--unna, drs. Maldade maior cometeu, ain- tiofeu interessante para a sua vi-
22°) Çue, finalmente, Eu- dV° " Tl^.^l:.!!.8."!" tnm: a túnica brancade e
longo tempo, tolerou a con- ensan-
19°) Dinorah de Ass.s, "as- valhos em que se transformavam guentada, queimada pólvora.
duta da esposa; falsamente apontado como clides da Cunha não foi ns senzalas, ao tempo da infância três vezes fumda a bala, do as-
15°) Por isso Euclides re- cúmplice no tragédia da Pie- sassinado"
do biografado. Feriu deliberada- pirante de Marinha Dinorah de
agiu, tardiamente aliás, por dade, ficou inutilizado pelo r-.ente a memória respeitável do Assis, vítima das "balas assassi-
outros circunstâncias e nâo resto da vida, em consequen UMA CARTA DE FARIAS
velho Manoel Rodrigues Pimenta nas" de Euclides. Não estranha-
de honra; cia BRITO
por questões do ferimento que então da Cunha. Por outro lado, para rei. depois do macabro cabotonis-
16°) Pouco antes da tra- recebera de Euclides da Sobre O morte de Euclideô, nqueles que não ignoram a exis- mo do Sr. Eloi Pontes, que os fu-
é interessante registrar, Di- lência de um irmão paterno de turos romanceadores da vida do
cedia, Euclides se conside- Cunha;
m
_

6/11/941 DIRETRIZES PÁG. 3 . assim


'¦¦*.-*><83_
pela autópsia? Por que o projétil em branca nuvem. Não esclareceu ¦:'S'ÍMmm

ÃO FOI ASSASSINADO
não atravessou também a porta? como Euclides pôde disparar mais
Como fui eu ferido, então? dois tiros; não diz quantos já me
O coronel Dilermando responde acertara, nem onde; não explicou
às suas próprias perguntas: como fui ferido sem que as ba-
— Para o delegado, tudo ficou Ias atravessassem a porta, atrás
l LÍAHDO DE ASSIS, EM ENTREVISTA EXCLUSI-
I dItrizes"
IE A88ÍS BARBOSA)
^Bf ^^H __________________ ___
grande brasileiro aproveitem essa E somos, eu e meu irmão Dinorah,
minha lembrança... / os principais protagonistas da '
¦ _____> " • . - '-*
_¦____¦ .mm\jM
Há um pequeno silêncio. O co- tragédia. E Euclides, conclue-se _______
tonei Dilermando de Assis tem daí, foi "barbaramente assassina-
muito mais a dizer: do". É o Sr. Eloi Pontes quem se a/^ _•¦'
lí_^^'- '''—ia ^
Não devo silenciar diante da presta a veicular essas inconsis-
____________ _______
Wi$'&'''-:'"'''.-
__________ _V________r .______.'
:. ,"' __________________________ ___________
insolência de certos indivíduos. tências.
Lê novamente :
_¦_-___ _____________ ____!
' '' ^^M^^^^M R____. ______________ H
Sim, porque ainda há quem pense _____________ ' ____________¦
" . . .prosseguindo
ler sido eu, lalem de parente, cria- afirma o as-
do, educado e protegido pela "mi- pirante ("Dinorah") que o Dr.
nha vítima"... Euclides, atravessando a sala, di-
Repete: rigiu-se para o corredor c, dan-
Minha vítima! Que heresia! do com o pé, abriu ¦ a porta do
Não teria sido vítima também de. quarto de seu irmão, disparando
Pinorah? Baleado por Euclides sobre este o primeiro tiro. Então, W-y; • -"' ¦
irmão, Dinorah agarrou-se com o Dr.
numa das vértebras, meu
Bb"X '$.-y ^^P*- • wW!mr ^^^_
teve de interromper os estudos, Euclides, que'disparou contra ele
tornou-se um homem doente, fi- dois tiros. Efetivamente a túnica
cou inteiramente inutilizado para branca, com que Dinorah estava Depois de absolvido,^ Dileemanelo-ele < Assis voltou à casa da Piedade-afim de. fazer, ele próprio, a
t
o resto da vie_ta. É pungente recor- rtslnto, ucliava-se chamuscada de reeonstituição da tragédia. Acompanhou-o uni amigo, o Di*. Moreira, que aparece nos clichês.
dar a via-crucis de Dinorah após pólvora e trespassada por bala no Conforme o depoimento do cel. Dilermando de Assis, a fotografia acima indica o movimento
a tragédia. braço e na cintura, sobre o bolso de Dilermando, ferido, após o tiro de Euclides, que o apanhou de surpresa; instinti-
já primeiro
do lado direito, cujo forro ras- vãmente, tentou prender o pulso do agressor; este, porem, recua e Dilermando só consegue pe-
(jou em ângulo ao sair. Durante
A TRAGÉDIA DA PIEDADE gar-lho a manga do casaco. Euclides desfere, logo a seguir, o segundo tiro, que foi atingir o
esla luta, que foi travada no cor-
peito de Dilermando.
O Sr. Eloi Pontes não descreve, redor, entre a porta do quarto de
Dilermando, que é o primeiro, e "centro do
no seu livro, a tragédia da Pie- possivel apontiar do e'la qual esqueceu que me havia
dade. Limita-se a tmnscrever o o do seu irmão, que o contíguo, quarto". Mas eu tinha que passar ¦'¦'¦¦¦'-¦'¦"iA '
'' '¦ "entrincheirado". ..
o aspirante do Exército (Diler-
"-.¦'"'
relatório dos autos de inquérito
mando) correu a uma protelei-
por um covarde, apesar dos quatro
ferimentos de bala que, termina- II
_4________!
nl Hé^^"-
B^_Mlf ..
___¦ ll»«W—Ben—l ¦fcv-
Volta a ler o relatório:
"... Já
policial sobre o homicídio de Eu- ____r :l_m •;:« então Dilermando, con-
clides da Cunha, encampando-o e ra sobre a qual
revolver
estava o seu
calibre trinta
ria a luta, apresentam "pela fren- ¦ _______ ^ ira quem Euclides disparara mais
grande de te", sem que esses projetís tives-
emprestando-lhe foros de verda-
e oito (no livro do Sr. Eloi esta
s&rHp _____ _*__¦___¦ ¦_»&. i
lili_____i_________i_yoB
dois liros, se entrincheirara atrás
de. Ocupando-se desse documento, bem trans.fixiado a porta do meu !t£á_0____l! de outra meia porta cerrada do
na primeira parte da sua entre-
oitenta), não podendo, porem, quarto.
^'W_. "____ 9mumW I__¦*'___ ______P__?\_
____________
__>v__MI ¦_ quarto e, através da mesma, (co-
©^^€___^_^^^^__PP^B^'í______E_l_'_iP^_a^l ^Bv
alvejar o Dr. Euclides
vistia, o coronel Dilermando de porque
Continuando a leitura: _p» •¦'.'¦ _3__si__^______P¦ i mo se eu pudesse ver através de
este eslava agarrado com Dino- * MfaSm. • ___.__. "*! __¦ Kjb corpos opacos) disparou o ter-
Assis vai rebatê-io:
rah, sendo que o corpo deste o "...O
É lamentável — disse-me — projétil foi encravar-se ceifo e o quarto tiros, os quais
cobria lodo. Entretanto, Dinorah no quadril direito do Dr. Eucli- atravessaram-na; encravando-se
c;ue um escritor tenha perpetuado
llr ' ' \
numa "coleção conseguiu livrar-se do Dr. Eucli- des. O Dr. Euclides, ferido, vol- uma bala na fechadura da por-
de documentos ^'-*<%. n
des e correu para o seu quarto, lou-se, encaminhando-se para .. _: C 3fc' . . _ y^jM^m^ ., ta que dá acesso da sala de ui-
brasileiros" as inescrupulosas in- [^fe^ií.. 'Ia. im_____H_ .____.*'.
sendo nesta ocasião ferido pelas porta do quarto do aspirante d') silas para o corredor, a outra na
formações de um delegado de po- -'"-. ML,
licia mentiroso e sem brio. A pag.
costas" . Exército, em frente -à..- qual rece- parede da sala. Um desses pro-
_,. Depois da leitura, observa o co- heit:0- segundo tiro, que o atmgiUr- frqasÈÉÈ uLvuisc^*—*^-¦¦' -«--___________.
291, o Sr. Eloi transcreve o se- ^fS^§^>l^s4ai__»v
__^_____ Hk-
4: jelis áinde. feriu o Dr.' Euclides
ronel Dilermando: ! O pillso" . no braço. Sem munição, o Dr.
yuinte (lê o relatório):
"... Medite um instante. Como Euclides, quis sair para a rua.
o Dr. Euclides da Cunha, Comenta novamente:
lindo entrado na sala, sentindo podia Euclides voltar-me as costas — A mentira é fácil de destruir. Dilermando, então, deixando o
as declarações de Dinorah, <lisse, e, perseguindo Dinorah, feri-lo quarto, perseguiu-o. Ele desceu
O laudo dia autópsia descreve to-
com outro tiro, na coluna verte- os três degraus
já de revolver em punho, que dos os ferimentos de Euclides co- precipitadamente
bral, se eu estivesse já armado e (ii porta de saida e já eslava no
[ora at yyiru inalar ou morrer. mo recebidos de frente. Nestas
Sejtt, porem, afirmado, de pas- em condições de o .alvejar livre- pequeno jardim da frente, quan-
condições, como poderia ter sido
sanem, que nada hà que prove a ii.ente? Dinorah continuaria a do o perseguidor chegou a essa
"cobri-lo todo"? Haverá ferido no quadril direito, pelas Dinorah
n; . ,,• . ,
quem de de Assis era um grau- poria, detonando a quinta cáp-
veracidade dessa ai ilude do sua- tostas, estando eu no "centro do ,,.. ;„ „.wi,„. ,, r ., •• Foi ,, . back
, ,
hoa fé aceite essa cantilena? de' jogador de football. sula (sic) de sua arma ao mes-
doso escritor." auarto ? veja-se a planta da casa, ' ... M, ,„,-„,,. » r
fazer a descrição #-.
do li ora togo Ir. (,. e figura mui-
Diz, então, o coronel Dilerman- Quem poderá mo tempo que proferia: — Es-
lopitb, e constate-se o absurdo. |() conhé,idü
do: exata do que se passou, do que e estiinadn I1()S oír_ pera, cachorro" .
por que., se esta.U de costas para culos cspm.Mvos (k.sta tvi,)itai.
?t pensou, do que se resolveu pra- Comenta:
O delegado Oliveira Aleanta- mim, lhe daria eu um tiro no Xfi() M nuii{() tnni)()
ticar? Com que direito Euclides Q 1Jotalo. — É o caso de perguntar-se,
ra, em todo o inquérito, primou e,uadril direito, em vez de o dar g0 i*nttUgUI.ou
procurava assassinar Dinorah pe- 0 VL.[v.úo (l() stni aonde teria ido ter o projétil?
pela falsidude e pela mentira, pe- na cabeça ou no tronco, se é que .mtiiío CI..!L,,.( en)
_ Ias costas quando este corria — "bárbaro as- lllcnaKeni
merecj(la hu. Teria ferido Euclides? Teria eu
I'.» ignorância e pela má fé. Seu queria matá-lo? Um Dinorah con-
• i delegado infame é que informa póstuma. errado a pontaria? Teria sido de
relatório não pode servir de base nassino» não poupa assim sua "vi- ,aVil v!nt,. anos ,,.. i(,.1(k, e f..t._
tal coisa — para o seu quarto? tal natureza que nenhuma teste-
n qualquer juizo honesto e segu- tima". Por que, quando se t.iata (,UCntavâ a Essoln Naval,
Então, constatado tudo isto, tem quando num ha, nem os exames periciais,
ro que se pretenda fazer sobre as da minha atuação, não se esmiu- involiMita: iamenl.. tomou
-.Iguem o direito de dizer que Di- parte a ele se referiram?
verdadeiras ocorrências que leva- cam os acontecimentos em seus de- „., tragédia dn Piedade'. Ferido
uorah foi um "bárbaro lassassi- Volta a ler:
mm à morte o escritor Euclides talhes? Por que se diz simples- por Euclides da Cunha numa das
no"? E o que me cumpria fazer "Xesso momento, ou
da Cunha. Andou muito mal o Sr. mente "em frente à qual recebeu vértebras. afirma o ce*I. Diler- com o in-
i.esto caso, vendo em risco a vida
Eloi Pontes transcrevendo as san- e primeiro tiro, que o atingiu no n:..indo de Assis, em conseqüência mito de tentar um possivel car-
de meu irmão, que, na defesa da
dices e as calúnias nele contidas. pulso"? Que teria feito Euclides do ferimento, teve de abandonar Incho de revolver, ou, o que ê
minha, enfrentava um louco ar-
Aquele "saudoso escritor", acima e* em que posição estaria e«le parn os estudos e* desistir da carreira. mais acreditável, ferido no amor
mado de revolver que queria me
citado, o delegiado não conhecia que eu lhe pudesse dar o segundo Ficou inutilizado para o resto da próprio pelo insulto, o infortu-
matar? Não me lassistiria o di-
nem de nome. Ao chegar a Pieda- tiro nas circunstâncias verificadas vida. na
reito de matar a Euclides, uma (Continua página seguinte)
de, perguntou "se o Dr. Euclides
vez que meu irmão não tinha res
era deputado..." Seu relatório
"à ponsabilidade alguma pela situa- '
está cheio de tolices assim: í %_ r . .
}
<*.;¦, :,. _'
_ ;, .;¦ :¦•"-.->

1
rão, muito menos pelo fato de sua ^^
'. *'*í **• -.'. v: - ¦ ¦''^_íí_ *
altura de 50 c*tms., a medir de
esposa ter ido abrigar-se ,em mi- ______________ i r__.>r_r .. W _______»__ Fí*. ¦ __*___¦-. ¦ J
baixo para cima", como se de ci- _______ *- í* ¦ ¦¦ ¦ •¦• y-^síl^3mmãf ^.WlMmmCÂ*., i V-- _._$.__. v *
"I

nha casa? — E as demais vidas ^k ., ¦ j

ma para liiixo a medida não fos-


que só a mim cumpria defender?
se a mesma; "quando Euclides e
O coronel Dilermando de Assis, p^ "^—^—W Emí _j____^" _______•______________!
Dinorah "monologavam" na sa-
no mesmo tempo que lê, respon-

____^' **^^ ^v^^^ I


Ia"; "detonando a quinta cápsu-
de ao relatório policial. Lê agora
Ia"; "com o intuito de tentar um
o seguinte:
1
possivel cartucho de revolver", "... ao mesmo tempo que via _____________! ____^ " _P^^ BiàâH
etc, etc. Dinorah fechar após si a porta do ''• SmWÊÊ ^
E depois de uma pausa: aposento, o Dr. Euclides, já en- _T
Em resumo, Euclides cogita tão sô, no meio do corredor, ou-
"pratos limpos" viu o primeiro tiro do revolver
de por tudo em
desde a véspera. Vai à casa de de Dilermando, que, do centro lo
"do centro
parentes para armar-se de um quarto, 'veja bem :
revolver embalado. Segue de trem do quarto") o alvejava pela Hjk
' ~''2&yE*mm\r~''- ' mm\ ^^ -j_9Ȓ.
IHii^k - ___i __É .;..¦ Tr^ipy
para Piedade, nervoso, à procura meia porta aberta".
éi minha residência. Entra em E comentando:
________________________________________________________________________________________ ______H _r.
minha casa armado e fere-me Pelo exame da planta da __________ __ ^' mr^m* -¦:'¦•¦¦ WkWmW^r^'
m\\ ___¦_____¦ W
sem reação imediata de minha casa, constata-se que, para alvejar ^mmm ^Smm% mW
mmmWi?Sfc~"' -_^-'*_S__*"' '.--'•'¦'¦ -1W,

Atira e fere pelas costas Euclides, colocado no corredor,


parte.
o meu irmão Dinorah. Depois de i diante do quarto de Dinorah,- se-
"na- ria preciso que eu chegasse à por- Esta segunda fotografia demonstra que se Dilermando respondesse ao primeiro tiro de Eu-
tudo isto, o delegado escreve elieies com outro, teria ferido o escritor na cabeça, o que não aconteceu. atacado de
Foi
da há que prove a veracidade des- ta e colocasse, pelo menos a ca- surpresa, eiiz Dilermando. Estava, pois, desarmado quando recebeu os dois primeiros tiros
sa atitude do saudoso escritor". beca e o braço de fora, sendo im- — de Euclides da Cunha —

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-PAG. 4 DIR ET RI ZES 6/11/941

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^-t..w
« A casa n." 214 da Estrada Real dc Santa Cruz, cm Piedade, onde se desenrolou a tragédia brutal.
*2?l-t+,fo ií/ff ns, Ctff^, ir-?*. *7*«X >*» A*^G* f~%~*. dtr
Veem-se Dinorah de Assis no portão e Solon à janela. Solon era o filho mais velho de Euclides da
tí;': ^£m
Cunha. A fotografia foi tirada em agosto dc 1909. dias ant o da cena de sangue.

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/t&H~<ar - -<+*<s0

/??£*--? P *-< <£ &m+rt S *¦&*" —

"Fac-simile" da carta
de Farias Brito Dilermando dc Assis, citada em parte como introdução a esta reportagem.
(Continuação da pág. «terior) fendia a vida de terceiros, de- também a descoberto? Não seria - A verdade é bem outra. Meu mento Euclides
nado escritor voltou-se de peito ^-dia a minha própria dignida- o caso de "entrincheirar-me" no- revolver foi apreendido contendo Quando já havia «ido
ele recebeu esse ferimen'
a descoberto para o seu perse- de, dentro de minha casa invadi- vãmente atrás de uma porta? Por seis estojos vazios em suas
cã- to mortal o do sexto tiro na
flmídor, e este o alvejou mais fir- da por um desvairado. Se se vol- que esaa afirmativa de «peito des- irarás. Fiz, portanto, seis dispa porta
do corredor próximo a men
memenfe do alto para baixo, dis- mesmo que não tivesse essa coberto"? Para por em foco e re- ros. Destes, apenas um projétil quarto, recuava encostado à n.re
' ¦ Jasse,
Ki
parando o tiro que o fez cair intenção, assistia-me o direito de alçar a coragem do «infortunado ficou em seu corpo, o «causa de, alvejando-me ainda e com õ
mortalmente ferido». matá-lo por nao poder adivinlmr escritor"? Por que escrever «e mortis". Dos cinco
restantes fo- busto inclinado pana a frente. Seu
Aí termina o relatório policial, »te «onde levaria ele o seu pro- este o alvejou mais firmemente ram encontrados
os impactos nas flanço esquerdo auoiava se X na
traMcrito quase na íntegra e sem Posito homicids. Assim o autori- do alto para baixo"? Acaso será paredes do corredor
e d. aula de rede e, por isto reVebeu os feri"
comentários pelo Sr Eloi Pontes, «m o Código Penei e a Jurispru- mais segura a pontaria que se faz visitas. Pela
quase equidistância mentos no flanco direito q« ti-
O coronel Dilermando de Assis «.encia de todo o mundo. Era, de cima par. baixo? As melhores desses vestígios, tem-se
a impres- cava mais exposto 0 disoaro ho
mais uma vez o rebate: pois, um direito que eu exercia, linhas de tiro, como nas casas ba- kSo ,„ n„ °S t."^ ,lz«„tTl '"f"»
' * **WÊ£-' - Analisemos detidamente es- se assim de fato houvesse n,rf„ltn *? "»"" i«níin "^ k ™
proce- Hsticss, são as horizontais. O de- Ç* *
e • foram de fato, em ^om ™JT° TP°
sas tristes conclusões, frutos da dido. Voltar-se, depois de estar legado nunca estudou balística. B?ce88Í;oi8 *?Jl
"n^V*mien'eri %~
a l nha me<"»
fantasia e da indignidade. Antes fora de casa, simplesmente por Sr. Eloi Pontes também... Tam- "»e- ÉinacrediUvel uma solução £°
«»«»¦"•«• «"« o quinto * "^«f
de mais nsd», que quererá diser ter recebido um insulto, admita- hem nunca foram campeões de d° do
-com o Intuito de tentar
um pos- „,os que verdadeiro 8exto dl8Paro8' do ">"**<>* «« g 'rtrajetoria in*erior intlr «/"P°deri»
7h'
*^Sm%WÈmWÊÊÈtt&'&v'~
• 'WmaW---f-' eé possível
possível tiro...
jardim. ° E mais inacredit-vel -In. Pa-"«*er o prolongamento de um
llBia-
¦'¦ -
•-;
«i-«i ,-.v. -. ^ .
.n.p.Mi..,°^ut.T. .alu. zssjs;^ zzz;
_y«aaaeiro,
a verdaoe e> bem * - -»»»•*»»«. «**. ^v- ¦*««»-^ T
'" 'U° ° '"'i",» • «*- •«- b°"° '~t0- " "rt,Ml*
m MU. « ho..„„
,« rol- «b.ndo-.. ,.. .." Terin,.^ OUTRA «S 1""*°.° ""," *
tado, é preciso sdmitir também mortal foi no pulmão é ainda mZ « tos náo 8e tornaram conhecidos, «_ ,"' T^v**'*,*™* />arte'
"l *" P,ri™elra PSrte 8Da ba,a8' Ê faIso' POÍ8' '« e° dispa- t,ro de cima para
uê^ia do perigo, um. ve, que fui agora, essa minha coragem de et '°# *
¦ ^jSmmmmBÊBmW&fi*"^-"--
dec,ara Peremptória- rado quando cheguei à ^dx°oWUm
o agredido e defendi, meu Ur, de-
I M frentá-Io de *r^
peito
•« descoberto entreFl*ta'
uckvwuhi, mente:
sala, mesmo porque nesse
porta da
mo- (CONTINUA NAS PÁGS. 14 E 15)
"
i'" -: -~- - -~- . -
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1. 6/11/^1 DiRETltlZES PAG. 5
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Otttem visitamos
__^H_isiSf__í^^;:' -
a-..império OÍÍD2 01 QUÁIHO CANTOS DE UM IMPÉRIO SE ENCOMT1AM — CANADENSES. AUSTRÁLIA- to lio Atlântico Sul já encontra*
.Britânico. Passamos lá. uma boa- NOS. SULAFUICANOS. INGLESES — O CÜIEMA "FORWARD^E UM PADEIRO FLORISTA. — UM ram algum submarino alemão t
BE-^-l-l; meia hora. tomamos çbá, ouvi- O comandante permaneceu iaa*
MU-IDO INDEPENDENTE DE '"' IDS AS. HOMENS E FERRO SOBRE O ATLÂNTICO SUL — E SE A
H mos Um pouco de música, con-'
ITAT.IA FOSSE UM PAÍS DEMOCRÁTICO... passível. Qualquer referência A,
sbHH ' versamos com ii»;;l.se_. de toda».
f__________-.:¦

movimentação do seu navio lha


M___MJII . as partes da COiiiiHouweaiÜi; dei-- é vedada.
IHp. _,„,
xamo-nos absorver por. histórias-
ocorrida» cm todos os
curiosas ocorridas -todos Os l;|§$píi---Í
_ Como explica, comandante»*
¦raͧ. curiosas que um submarino alemão possa
cantos do mundo..-rimos com as chegar até as nossas costas?
I_»j___r5|-^' ¦ ¦:¦: ítU MMmXi-.---.:-: >:.::o:ã-_-i ff-SüIM MM^y.^w.<í-&y>:-:-<s9K'!saseSStSSS I Partindo de Dakar ou sen-
.*»'_» anedotas contadas; com típico hu- Vy/jm BK W' -¦¦::.'c_--l -_-__^_8jj^«^_TOW_3a_w8--8S-i ran Mi
mor britânico X-fA-ígUns minutos do abastecido por alguns desses
depois apeiiaTnpsVa ;*mãõ de nos- >v.-Í v.-^| __F^_^II ___E'^®SS^'*"*^^_______I _______c*_^_i_il_&*'v^ÍiÇ_SS^^*^^^ navios corsários de quem os Srs.
so gui«:t, -'inn^rhnenlamos a sen- ouvem falar com tanta frequên-
tinela e'descíamos no Bio, ainda cia.- - }:
excitados e. deslumbrados coir. '— Mas será
que os alemães
tudo que acába-mos de ouvir e possuem mesmo bases em Dakar?
?ei cm 'plc^wvi.nipério Britânico. - '¦— Não sei, não. Quanto aos
Estamos .títMos, leitor, que se iiovios-tanques, posso'assegurar-
lhe contaritáis: tudo isso, sem lhe què, se os alemães confiam
ina.ores exjjJSfcraçôcs, sem descre- só nesse recurso, correm muito
ver como ptme.nos ir e voltar do perigo.
Império IJ.-itànico em meia ho ?'í;i'^:i>^| O comandante tinha razão. O
IBr Bk| |^^*^^^??''-¦?"'¦'¦.¦;
ra. julgará que estamos sonhan- exemplo do "Graff Spee" pulou
d<< ou mentindo. Vamos, pois, às k nossa vista com todas as cores m
explicações e '-.-digamos depois se vermelhas dc sua grande deno-
té mentira
-
ou verdade
ba ni os d _¦ narra c_ x?
'
o que a.:i ta. Quanto às bases em Dakar o
comandante nada quis dizer.
m
Em torno de uma mesa do mo- :^j» 56_I?jÍ8::5--I ^88_^--ÍIk_íjS8^^» -_PI:ij¥:v§í::!^:: xS.':!.'':-! Mas mais alto que o seu silêncio
derno cruzador, inglês "Birmin- falam os torpedeamentos recen-
gbahi" achaiii-sé alguns homens. tes do "I. C. White" e outros
O único brasileiro presente era navios neutros em águas ameri-
\
o modesto escriba destas lin fias canas.
que ali ingressara graças a uma E os italianos, comandante»
licença especial conseguida após já teve algum encontro com eles
explicar que trabalhava para iiiin em alto mar ? Que pensa dc sua
semanário e portanto dispunha marinha ?
de mais tempo que os jorna's Antes de responder à nossa
para o seu trabolliòv pergunta, explicou o comandante
As chicaias de chá subiam c que tinha estado na Itália diver-
(lesciain, os tabletes de açúcar sas vezes. «
pulavam do açuçarciro para as Boa gente, os italianos, disse
colheres, os que já haviam ter- ele. Eles estão na guerra contra
minado de beber, fumavam ci- a sua vontade. Sc a Itália fosse
garros ingleses e assim se pas- um pais democrático, jamais cs-
saram alguns fugazes segundos. taria ao lado de Hitler. Os ita-
Ao nosso lado o comandante W. lianos são católicos cm sua gran-
1*. »Mc Cartliy servia de introdu- de maioria, por isso desprezam
tor diplo-múlico. Observando a os nazistas do fundo do coração.
manifesta diferença dos traços O bispo de Hong Kong é italiano.
*
fisionômicos daquele grupo dc Mais de uma vez ouvi-o falar do
oficioís; perguntamos-lhc : ódio que o povo italiano senta
São todos ingleses? pelos que o arrastaram à gucr*>
Sim, todos eram naturalmente ra contra os povos democráticos
ingleses, mas, acrescentou o co- do mundo.
mandante, nem todos tinham Acrescente a isso, falou ou-
nascido na Inglaterra. tro oficial, o fato dos italianos
Como assim ? terem sido nossos aliados na
Aquele ali, disse ele apon- Ao lad:> da simbólico MV" incrustado na torre de unia dos canhões, o pelotão de marinheiros presta guerra anterior.
tando para o mais jovom dos ofi- continências ao almirante II. Pegran e almirante Vieira de Mello, chefe do Estado Maior da Ar- É verdade, respondeu o com.
ciais; c irlandês do Sul. Como mada brasileira Mc Carthy. Tenho um irmão cujo
cie existem há bordo muitos ou- rar no "Birniinghan", ele lutou meçou eu me achava na China, deve saber uma boa navio foi ^Pcdeado na guerra
parte das
tros irlandeses. na frente norueguesa, onde seu contou o coin. Mc Carthy. tripulações dos navios de guerra em P'e^° Mediterrâneo,
O oficial irlandês interrompeu navio foi torpedeado e afunda- _ Conheceu Chiaug-Kai-Shek? ingleses é constituída por volun- Pois bcm» e,c foi salvo cntSo Por
para acrescentar, enquanto seus do. A bordo do nosso navio cn- _ É um dos niais encantadores **"<»• Operários, lavradores, tra- um um ,,av,°
navio "»•'»»<»
italiano <IU<N »'ia*
«ajjiinhos mais azues que o céu contra-se uma boa meia dúzia de i,omens escoltado por dois na-
que já vi em minha vida. balhadores das cidades, artistas achava-se
da Irlanda brilhavam irônica- oficiais e mais de uma viiiteua Conheci-o em Chunching. JaP(>ncscs«
Fala estudantes saem de todas as par- v,os *""'" ''""'
mente : de marinheiros veteranos da pri- um \ni\è% corretíssimo. tes do Império para os navios ° fal° descrito pcl%coinandan-
"
E depois ainda dizem que o meira ,e despertou novo!» comentário»
guerra mundial. A Bata- O povo chinês é amante da de sua armada. Pois bem, mui- da
povo irlandês é neutro.- lha da Jutlãndia foi a mais forte tas vezes dá-se o fato de um ofi- oficialidade sobre os contras-
O comandante continuou : paz, mas sabe lutar como pou- da 8ucrra aluaI c (1» anterior,
experiência que vivi na guerra ciai encontrar-se com uma màri- tes.
Aqueles dois, lá no canto passada. Aquele meu colega, con- cos, acrescentou outro oficial, que nheiro ° <*ae cnc»"l» "¦»*» ncsse»
também fora surpreendido que tinha sido antes seu Mas
' pela
da mesa, são africanos do sul. O tinuou o comandante apontado companheiro de banca na Uni- díabos de ™&™™ é o espirito
centro, é canaden- invasão da Polônia, quando se com que encaram tudo.
outro, mais ao para outro oficial, participou da achava na China. versidade ou de um professor esportivo E sobre o valor combativo X
se. Ao seu lado está ura austra- Ikitalha de Folkland. prestar continência a um seu ex-
liano conversando com um cole- — E hoje, qual foi eni sua opi- Muitas vezes, prosseguiu o dos italianos ?
aluno, agora oficial.
é com. Mc Carthy, os japoneses O comandante respondeu: -'•':•'
ga nascido em Londres. Pena nião a batalha mais perigosa eu E os voluntários também
no moineii- Ju,«am tcr ccrcado conipletamer. Os italianos são bons marl
que não estejam aqui frentada pela esquadra britânica? teem oportunidade de promoção?
to os dois oficiais poloneses e o te um determinado exército chi- nheiros. Mas ninguém consegue
— Pergunte isso ao oficial-na Claro. Quando qualquer uni
oficial francês-livre que servem vegador. Ele lhe informará me- nés, mas quando avançam verifi- ser valente quando luta contra a
desapareceu deles mostra qualidades especiais
conosco. Assim estaria completo lhor o que foi o inferno de fogo cam que o inimigo vontade. Em alguns navios ita-
o quadro. como por encanto, furando C imediatamente selecionado e lianos afundados por nós encon- XL,
sobre as águas que banham as bloqueio com um heroísmo e uma encaminhado para centros de ins- traram-se oficiais alemães. Mais :'M
'¦.__

íi verdade, comentamos, o costas da Noruega. Aviões, sub-


obstinação que os deixa ator- Irução acelerada. Muitos oficiais unia prova de que a Itália acha- .'»X
Império inglês acha-se hoje marinos, navios de todos os tipos {'e nossa marinha são cx-cnman- se qUasc completamente subme-
doados. Assisti os bombardeios
acrescido — bem que têmpora- • dc Cantão e Changai. Foi um cs- dantes da marinha mercante, que tida a0 seu a|jado, ou melhor,
riaiuentc — com as esperanças uma ^^"•**írj[^»^^?!^™S'r^wi5:*^_"^í_S
violência incrível. Creio que
petáculo que jamais poderei cs- J« faziam parte da nossa reser- ao invasor germânico.
e os homens de todos os povos esta foi a batalha mais séria até "líer-
quecer. Estou certo dc que o va naval. A corveta O comandante refere-se com
invadidos e subjugados pela Ale- hoje por nós enfrentada. Japão não ganhará a guerra. gamlb" que passou recentemente cerla melancolia a esses faloa.*
manha. Um jovem oficial que acabara - Qual é a sua reação, per- p<?,° ,Uo' é comandada Por um Nota-se que ele gosta sincera-
A conversa tomou alento. To- de ouvir a referência à primeira da rcserva- M"s' "a 1,0_ra ««ente dos italianos e lamenta
após ter "tlc|a|
das as nações do grande império guerra mundial, aproximou mais guntamos-lhe, quando, ' mcu caro' ,odos sao profundamente as circunstâncias
estado cm quase todos os cantos a
acham-se ali representadas e to- a sua cadeira da nossa c disse: Combatem _com o ardor quc os ,ançaram contra os scu,
do inundo, encontra subitamente Iguais'
dos se" esforçavam para tornar o Minha mais permanente re- a „ordo do scu navío um compa- que hoil,cns concicntcs dc sua antigos aliados.
mais agradável possível a visita obrigação de defesa da pátria
cordação da primeira guerra é a nheiro que já lutara ao scu lado O CINEMA FORWARD E A
do jornalista, cm cuja terra ami- sabem possuir.
cena em que eu me achava dc- há vinte e cinco anos atras ?
ga vinham acolher-se por vinte
baixo dc uma mesa, dentro dc E o "Birmingham** já se PADARIA BURMINCHAM
e quatro horas. O com. Mc Carthy trocou um Será dificil visitar o navio?
nossa casa completamente às cs- sorriso cqm o mais velho oficial viu envolvido cm muitos comba- —
Ê a primeira guerra de que perguntamos ao comandante.
curas, escondendo-me de um tesT Pois não. Vamos subir.
participa ? — perguntamos ao "Zcppelin" da mesa. Com ele» se dera um
".'•'. -''':- que bombardeava incidente igual. Não, somente participamos 1. o passeio pelos 575 pés de
«com. Mc Carthy.
Este foi o primeiro ato
Não, respondeu ele. Venho Londres. — Naturalmente é um senti- de alguns de menor importância. comprimcnto do navio começou.
heróico de minha vida... "a* sempre estivemos nas vizi-
t da guerra de 1914. Aquele oficial mento agradável. Mas a bordo jjm espetáculo como nunca vi-
Todos riram. E cada qual con- de um navio de guerra aconte- nbanças dos grandes combates n,os. Aqui são máquinas eno»r-
navegador que se acha à nossa
. frente também veio da tou o scu caso. cem coisas muilo diferentes que "avais que até agora se feriram. mes c complicadas entregues aos
guerra
* .*; V.
anterior. Agora, anlcs de vir pa- — Quaudo a guerra aluai co- cm qualquer outra pátio. Como — E durante scu patrulharam- (CONTINUA NA PÁGINA 24)

¦MU-tB paíÉ(tS!'_Si™*... '¦¦.",_- -¦_---;,«"",--'¦!,*.¦ xF ;- v.X.- *_.«." ¦"- -¦"'-- ^5_"T.___,_._ á«*mMBÈt& ^^mè^»mWSS*W»W*Wi>mm»mm
6/11/941
DI R ETRIZES
bre a ilusão de que a Alemanha
LV.Íar assembléia de astrólogos'. seria aniquilada em poucos"dura- me»

%-:i-y- >¦
reunidos, cm Londres, em volta acs. Seguttdq ele, a guerra
wl^ ¦¦"-'¦¦
Bk*'. : "entre tres5á cinco anos'% ou
i dr uma mesa dc almoço, fez prog- ria
SS**-.- •"---¦' -¦¦
nóslicos muito precisos sobre a seja, para fixar um termo prova-
WmZíyy-' . evolução futura da guerra; Era vel, até 1943, mais ou menos.
tres pij quatro meses anuncia- Esfò predição partia. da vhjpóte-
tam] eles, Mussolini será elimina-
- do. Dentro de" sete meses, ou seja
*
"V- se de que a guerra v-seria .uma
guerra de esgotamento, e que o
em maio; próximo, e regime 'hi-
tlerista desmoronará. E em 1D43
•' 1943, ANÒ ; bloqueio viria a ser. um fatqr es-
tratégico de primeira ordem. Por-
• paz será concluída, uma. paz RICHARI3 LEWINSON (Exclusivo de DIRETRIZES) que a guerra de 14 havia durado
Por até que os alemães.
naturalmente, vitoriosa para a
crata Rathenau queria organizar .^^ anos
quatro
aque-
. IngIntcTrá c seus aliados. •¦-* comparáveis aos "polis" que o lêem o futuro nos astros e «levante em massa
"levante!;.em ¦¦¦<.*.=¦- -.-
cm Iu- -** esgotados „<..„ privaçôe8
les que o lêem nas estatísticas um
um devidas ao bloqueio, supunha-se
Dr. Gallup organiza jniza com tanta tanta les
OS ASTRÓLOGOS E A de aviões, estão in- gar de desta vez serj.a
OPINIÃO PÚBLICA habilidade nos Estados Unidos, da produção
e ou- E ^«g ^ dcsla em Londres que
K»**i-'-:
Também elas exprimem os pen- teiramente de acordo. Uns possível\|He^a necessário um espaço de tempo
adores do
S»f*í^ Quanto a.mini, não sou uni as- samentos e as esperanças dá opi- tros apontam o ano de 1943 como vez, a queda dos^di inutilizar a resistén-
trólogo praticante, nem mesmo o vitória ou,-segundo xo nao signifique ainda o fim da . . „
-.¦.;¦¦..¦¦.

""Se . nião pública,, mim dado momento. ano do cia do Reicb.


um crente d«a astrologia. as
Nãò é certamente umíi ^abreviação em moda, como guerra. Os intervalos que os Naturalmente, os exércitos alia-
por
ações futuras dos homens estão, coincidência Vue os mesmos profano "V". Só que, até 1943, mui- trólogos prevêem entre a que- ^ ^ ^ ^Q qucplnin ficar
sp*?-'- na verdade, escritas nos movi- um da dos ditadores e a conciusao completam<,nte
gnósticos feitos pelos astrólogó*- jto tem ainda que passar para inatiVos durante
— o que é bem dc Londres sc repetem, atualmen- povo que se encontra há dois paz, correspondem exatamente as ^^
ir.enlòs dos astros Mag os cslados-
'¦ -relações entre o do passaqo. cm maiores ^
possível — as te, nos discursos è. artigos os anos cm plena guerra, como os experiências francfis e :-ngIés cstaVam
íaacrpcosmo e, o nosso misçra- mais sérios, Nà.üUinm semana, ingleses. fez-se 1870 - 71 a. -gggff U£ de
Recentemente, f™*™^ acordo - um dobrar os. pon-
Vel microcosmo parecem ainda encontrei, cm íqfuatro despacho» preceder na
muito mal conheci dns. Em todos dc fig^ |ttteir«hientc difereii- «Y» da letra ^Q", o que quer durante mais cinco meses, e nove dadeiramentc de ;acordo - em
os casos ós astról ogos profissio- j£T i "Qnick Victory" - vitória meses passaram antes da assina- ncnhuma
mesm^afirmação:'de;.qué a dizer ^-. empMende^m
nais fizeram nes les últimos anos, gucrm termifíarí em'1943.. Dois lápida.
"to tura da paz. Em 1917-1», a guer- ^^ ^_ ofensiva antes que
mW- ¦""'. ." ''¦"-.¦.:"
à politico,ISlUHIIIMia
lH.--.lCa ,,„„,„. i»i„^„™^. íomh»mwm-
«..«...¦*»,«.« ufa ,. ft*
w- nstrólocos. ;**--, uma «ente ama- ra germano-russa durou ainda __as
J|li forças pão tivessem atingi-
prognósticos terrivelmente fal- llham ác Londres, mas foram pu-vel, não querem fazer o público nove meses após a abdicação ao ^ o "equilíbrio de armamento"
sos.. Errarre humanum est. Os blicados antes dareunião dós as-- esperar muito tempo. Prometem tzar, e até o tratado de paz de com as forcas alemãs, e este,
homens de Estado mais lúcidos -rpi0gos. héfcriom-seà discussão já algumas vitórias num futuro Brest-Litovsk passou mesmo um equilíbrio nâo era possivel, se-
muitas vezes se enganam sobre ||a càmara dos Comuns sobre muito próximo: — no inicio do ano.
gundo eles, arrtes da primavera de
futuro. Mas o direito de se enga- af,s-stencia à Rússia e concluíam ano de 1942 Mussolini desapare- EQUILÍBRIO DE AR? 1941 )41.
nar é um privilégio dos políticos que seria ajnda prematuro ten- cera da cena política e, alguns *--V MAMTgjypQ Or Ora, tratavá*se de um cálculo
e dos jornalistas. Os astrólogos, tar U|na mvasão do Continente meses mais tarde, Hitler. Alem _ puramente teórico, feito sobre o
Os técnicos^ que e»*-*^™ V1" .
não-podem reclamar para si cate europcu. Mas em 1943 » Ingla- disso, haverá uma revolução na | A realidade era bem ou-
/ 1943 não excluem P.
privilégio, pois seu melier e sue terra estará pronto para o golpe França. Ora, a guerra não será tória _a
«M&gg; "ob"d--, c?°"- rs"""^t %W'M$tsâ &¦*-*-•»- m*i*m..
¦ * " ** para
1.-I..1-.1.. .*•. que os países up • ^ ^^ anlM quc 0 cqui-
razão dc ser são precisamente o (jecisivo os
convulsões ---'«o Pudesse ser estabelecido,
aútes, convulsões
antes,
de nunca se enganarem ou enga- Os outros telegramas são da nuará após a queda do fascismo Eixo sofram,
narciri-se menos do que os ou- América do Norte. Um deles re-, e do nazismo, eté que os suces- interiores.- Mas eles nao baseiam
exército francês. Todos os pro-
tios mortais... sume um artigo do engenheiro sores dos ditadòre* italiano seu cálculo sobre outras frágeis é
Seu pro- gnósticos foram desmentidos,
Malgrado meu ceticismo quanto Wrigth, antigo diretor da Curtiss-; germânico sejam batidos e ani- conjeturas e analogias hoje evidente que a Ingl-iterra so-
às profecias .astrológicas, as Wright,Corporation, a ma.ior em- quitados, gnÓsUcÔ"se\poia"sobre ó plano
"n ---nha. mesmo com a assistência
emanações ou cálculos dos as presa aeronáutica dos Estados Para se fazer tais armamento "7"
de .............. anglo-americano,
a „ de todos os dominios e colônias,
¦*í^' '
^suposições M. nos caiemos apa-
trólogos sobre a política me p<i- Unidos. O artigo, publicado na não é necessário consultar os as- Certamente, atingir o cqüilibrio de
recem sempre intere,santcs. Não revista
-Ayioçáo" e escrito tam- tros. Encontram-se analogias rchtomcnte os mais racionais, se
%+*•¦£ )-'i.-r
mais ou ^^^ &m g^ e nos &£
myy, comp índice do futuro, mas como bem antes da-manifestação dos também nos livros de história confundem elementos
^ Alemanha
¦— que domina e
relativa- menos sentimentais, lembranças,
p% Índice do presente; Os astrólogos astrólogos dc Londres,termina as mesmo
"A supremacia aérea que mente recente. Eni 1870, após
num passado
analogias históricas — sc se tra-
^^ r, ^ distpUÒS in(lus.
.
•¦
profissióhais são em geral uma sim: £• ^../-^ eur0peu,'com
como os do ln»
si'-. gente prudente. Raramente ou- os aliados estão conquistando, queda dc Napoleão III, o-republl- ta de problemas O equilíbrio
ano de 1J-1J -_^ ^ ¦ ^ Rússia
sam predizer coisas que irritem com o auxilio dos Estados Uni- cano Gambctta continuou a luta. da guerra mundial. O ^ ^^ ^j-^ com
-'
Eni 1917, após a queda do tza- teve, desde o inicio da guerra, um 1
ou entristeçam o grande público, dos, é dc molde a garantir-lhes '• ^ ^.^ «_ Unídos
Bons psicólogos, sabem perfeita- vitória final, a nosso ver, rismó, os democratas e os social-r papel quase mágico nas prcdiçocs ^
que,
mente o que o público deseja ou- deve registrar-se possivelmente icvolucionários, sob a direção de sobre a duração do conflito.
O PROGRAMA AMERICA-
vir, e lhe dão o-que pede. Por em 1943". -^ Kercnshy, também recusaram dc- Churchill, então primeiro lord do NO EV DECISIVO
esta razão, «profecias dos as- PREDIÇÔES E HISTÓRIA por as armas, e"em 1918, após Almirantado, teve a coragem de Os prognósticos para o fim vi-
trólogos são, de um certo modo, Como '.se- Vê, bs hortichü|í que colapso' dc LundendoBff, d demo- advertir o público britânico
so- (CONTINUA NA PAG. á)
hora do jantar. Depois do jantar,
QUaHTA-FEIRÂ, 30 v.;
ACONTECEU NESTA SEMANA
continuava a ler.
Uma aventura estranha aconce- Idas ultimamente Geraldino ado-
cen com José Santos, agente do tou uma mnncira muito esquisita
Censo Social em Mato Grosso. Jo-- de• fazer Buas leituras: lê alto '_,e
»e Santos ia por uma estrada, bem sala tocar música; Depois de tocar era médico, mas antes „. de mais martelando , sua .,,esposa. „„ Chega cm
? . .
fazia
mata virgem matogrossense, muita música, até a hora" do' ai- nada, era nm artista. Ele
sa casa, apanha uni cinturão deso-
Incluindo' no. Censo tudo que en- moçoa II. G^ Welhi pediu a pala- uma operação como um pintor
cupado, ebre o livro de Pcrez' Es-
centrava, quando, de repente, foi vra e disse que nada daquilo cs- pinta uma tela ou um compositor crich e chama a mulher para per-
obrigado a parar. Tarou porque na tnva certo: Que aquilo' era uma do café Nice faz um samba: com
to. Quando é apenas um conto ou
¦na frente estava localizada uma, coisa sem razão de ser*. Aliás, ele muito cuidado e muito amor. "
uma crônica, a mulher de' Geral-
onça. A onça olhou para José San- .disse assim: ."Sc considerais como Quando um cavalheiro' quebrava
dino não «ofre muito — leva ape-
tos com olhos muito admirados, uma coisa trágica os acontecimen- uma perna, o Dr. Róchi não se
nas alguns raspões. Mas quando
eem qualquer intenção má. Ape- *°s ocorridos no mondo, então c limitava a endireitar o desastre.
Geraldino entende de ler um ro-
Começava a dormir no assunto,
nas tinha acabado de almoçar e vergonhoso ylrdcs aqui celebrar o mance-folhetim, como "Os Após-
São esfava com nenhuma preten- aniversário de um ancião, trazen* aperfeiçoando, lustrando, até que
tolos", a mulher fica tão dolorida
são carnívora. Mas José Santos, do grinaldas antes que ele tenha o sucedâneo ficasse melhor do que
que vni para a cama.
em toda sua vida, sempre apren- morrido. Espero que não seja feita o original. Ora, mas para isso não
Como a mulher de Geraldino
deu que onça é um animal indig- qualquer publicação a este respei- há anestesia que chegue — os do-
acha que esta não é uma maneira
no e que, ao se nos deparar com to, quer neste pai», quer na Ame- entes gemiam muito c o artista se
decente de fazer cultura, foi recla-
nma delas, *ó nos resta uma solu- rica, pois não tem graça nenhuma impacientava.
da não larga com facilidade. Alem mar na policia. -
cão: tirar, d revolver do bolso e dizer ao mundo que nos achamos Um dia o Dr. Rochi anunciou
disso, Maria de Jesus é de opinião
que não operaria maia ninguém QUARTA-FEIRA,
5
distribuir pelo seu corpo todas an em avançada idade", introme- Houve uma festa . na
Maria Helena i uma grande
balas disponíveis. Ma* José San- Os amigos dé Wells acharam que vivo. Sé operaria estátuas, pois "Sociedade
Letras
tida. Já informou isso a Mario de de Homens de
tos não e o coronel Roosevelt, é logo que ele tinha razão. Conferi- estava cansado dos gemido* hu-
Oliveira, mas Mario de Oliveira é n-nnos. No. mundo das estátuas, o do Brasil" pana comemorar qual-
apenas um agente do Censo «em saram até que estavam encabula- data que nos passou desper-
apenas um homem apaixonado. Dr. Rochi eitava no seu verdadei- quer
revolver e sem pontaria. Apesar díssimon. E para consertar o de-
Ontem as duas Marias se en- ro rebida. Durante a solenidade dis-
disso, José Santos acha que esta «astre, dois dele» pediram a pa- contraram na ambiente. Sem ser incomodado,
?-•"! praça Serzedelo Cor- o doutor cursaram sobre assuntos vários os
vida é uma delicia e tem planos lavra e começaram a espinafrar a passou a ser am grande
reia, em Copacabana. Maria Hele- seguintes homens de letras: Adal-
de viver, pelo menos, mais de- Alemanha.' técnico. Fazia milagres. Um pes-
na, que é magrinha, está no Hos- giza Bittencourt, Rachel Pindo e
aessetc snos. Foi pensando no* c . _ . -.^ -. ; :;-• qnisador descobria, por exemplo,
pitai Miguel Couto. Maria de Je- um A llce de Carvalho.
anos futuros que:Jose Santos en- * pedaço de dedo no* desertos
. . .,' * m Mario ¦*-»de «"ycira,
Oliveira o» da ruar«« u« do HUrt> mais gorda, está no Distrito.
ío ,„.... .
eontroa um belo expediente: fun- • -»-•*"*¦ £gn0 e mandava para o dou
L*»v«-«---, «d* noivo de Maria He- DOMINGO. tor Rochi. O Dr. Rochi pegava na Um cavalheiro de nome J. An-
eionoa seus fortíssimo* pulmões
M«rití- Ma- Ne condado tonio Marque* leu numa crônica
de cearense e soltou um berro me- k'n**« de S5° Jo**° do de Cherkenwelt, na pedrinha, se trancava dentro do
«en* -» **n°8- Qoando ingiaterra, um cidadão de nome laboratório * quando saia, a es- de Alvnro Moreyra à palavra
donho. A onça viu logo que aquele rla H«l«n* Mersatzn e manda
*Uia para ela Jonn acordou perguntar o
rapas não era um rapaz normal — M*»1"!*» de Oliveira e telefonou para um tátua estava pronta, com todas
e só é. For uma feliz coincidência
deu meia volta e sumiu-se dentro fica cheio de felicidade pen- amigo próximo, informando dc sua* curvas, só faltando falar. A que
*n no dia do casamento. E' lógico nós sabemos o significado da pa-
da mata. que não era mais John. O amigo perícia do Dr. Rochi chegou e "ersatz'*
que não podem ser outro* os pen- perguntou por quc. Ir.vra: é sucedâneo. For
José Santos incluiu a onça no O cidadão nm tal ponto que, ultimamente,
samentos de Maria Helena. Mas fxempio, a margarina é um suce-
¦¦¦¦:

Censo e continuou a sua marcha cm seguida os dois oiham disse: ele já reconstituía estátuas pelo
heróica.
para um — Aliás eu nunca fui John. Sou telefone. Dai ser a sua morte dânco da manteiga, principalmen-
canto qualquer e ficam tristes. Wladislav V, rei da Polônia, Ilun- nma coisa muito triste, te'na Alemanha de hoje. Na Fran-
SEXTA-FEIRA, 3? Ambos pensam cm Maria de Jc-jus. ça também de hoje é comum ser
gria e Boêmia. Andava incógnito. TFRCA-FEIRA 4
lí. G. Wells fez 75 anos dç ida- £' uma velha história. Mario de servida nos restaurantes carne de
O amigo agradeceu a informa-
de. De manhã cedo o* seus amigos Oliveira, conheceu Maria de Je- Geraldino Ferreira dos Santos gato. O cidadão que mastiga tal
ção e disse que ia fazer a neces- um admirador de Pcrez carne
foram ao seu apartamento, num sus antes de conhecer Maria He- ;árl, f,irrií€!H!a na 8lIa cndcrncta é grande em absoluto está almoçan-
^m\\%W£''' Escrich. A principio ele lia os li- do faisão ou vitela, mas apenas
'.~amVET,'.~ grande grupo, e começaram a co- lena. Vai não vai, Mario começou de endercçoB#
memorar o acontecimento. II. G. a andar muito com Maria de Je- «_-,...._. vros de Escrich, quando voltava t«m sucedâneo. Geralmente o su-
eeiBA •»
Wells recebeu todos muito bem. rub e acabou *e complicando. Ago- aEGUNDA-rÉIKA, do emprego, e ninguém tinha na- cedânco é uma coisa muito triste.
Faleceu em Roma, na idade de da com isso. Estirava-se na "pre- Veja-se o caso do marechal Pé-
Recebeu também os presentes, ar- ra ele quer se ver livre dela e não
40 anos, o Dr. Ropíú. 0 Dr. Rochi -.uiçoau" e lia, lia até chegar a tain, sucedâneo do herói francês.
rumou-os na cama e veio para a pode, porque mulher quando gru-
'.^SS-àf'»" ¦.
,

mKsíi*^'-'-
-í ' • -'3mm*%tmWí

-.¦ í^iá^*.¦'£T.1.v'í;í'ÍÍ;'.-"'..i--¦^•&ÊMà%^%&t-JP'^&&P SÔiíífSmKjíSiSiSSÍ-" ¦ ¦¦ ¦ lr%tímwam*%%*** jua*i)i^iw' iai ifi'..*»i» »«**;¦


¦' '*'; >¦.¦;¦-'-:i- -..^-mfi! '¦¦*-''..'• '¦'.- ' "~"íí$'r -:^í#f*-'?
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^ * * Tív^-"'?'''^'--'' ;* r.^sMiiÃ**^-:''--:;''' f" -'--- " " "•
^^^.^^^^^^»^^^?*>,'-'ir.^f' ¦" :.•:¦':'¦-'¦' -'">-

PÀG. 7
6/11/941 DIR ETRIZES
com cinco »»»»»»»•*'.
diam e o major não queria dar e Marlene lado esquerdo foi jog*

M
dinheiro a ela para viajar, Mar- sinho do
d. Republica A vida
f;"e. quafido tiSha precisamente da na Praça a ser ama í»
13 anos de idade, esperou pela de Marlene começou
«•«.»«»¦»»«»«";
madrugada e fugiu.

linha, faltava ainda


Fugiu

um
de trem.

pedaço
como

e
tel.
Ouando o trem parou, no fim da andava pelas ruas
desalento,
Sem

e
dormindo
frios
c.ieia de_ fome
nos bane.
dos J»Mij.s.
m
grande para chegar em S. José de incômodos tossezinha qua nunc»
UM ITINERÁRIO ESQUISITO: SAO JOSÉ •» ,E»^*< t*^K^&5É
SENHORITA DA FAJE£ACON laraopcba. Mas o espírito de Veio uma ^1
DO CABO E ALEXANDRIA. _ DE COMO UMA aventura já estava nascendo deu- mais lhe deixou.
UM MEDICO D.
SEGUIU BEBER CHAMPAGNE EM CAPETOWN ^ NAMORAR tro de Marlene, de maneira que
ela não teve dúvidas: meteu as
Um dia, quando estava já ultra
desesperada, encontrou-se cOnt rlÍ f
ÍNSKEDERON. - O SAMBA "ABRASILEIRO INFLAMA'^IJSJ.*
«MmIJUUT
** S" '°A° canelas no tempo 'e foi a pé até uma criatura na Gamboa. As du?»
BOMBAS SOBRE MARLENE. GUERRA, *£^ S. José de Paraopeba. Chegou começaram a conversar e Marle-
"NOME: MARLENE MARGOT REIS. — PROFISSÃO: MARÍTIMA noite alta. Estará tão feliz em ne contou a su^história toda. Ho
teve
princípio ao fim. A criatura
muita pena dela e convidou:
— Eu moro num barracão de
iB»iaBBt**>T-**''X*"*"v'*"v"v Mangueira. Venha morar comis«.
Era o céu que se abria dian'e
de Marlene. E Marlene não ia di-
zer que não queria o céu. Foi pr»
Mangueira.

EMPREGOS E DESEMPREG03
¦fl" ¦; ,
""'•'\'"v:*X-"-'*"'S!"X**v.,.w
Í-X-X-. . '.¦ys.-y-'^y,\\-y.\4Pfmm}y. •''•mmmmmmf-'--'.'.-'¦''.-
'•?¦¦¦ Marlene tinha dezesseis ano»-,
f'.*^-*--?-
morava na Mangueira, quando co-
- :^»'"-'-::;-:.
mWm-mmmm'MMmm:MWmy ítlteceu Dagoberto. Dagoberto ven-
--¦;¦-¦-¦

;.-.'¦¦¦:
:¦••: :'¦"¦.¦'¦¦.:'
'¦':'•'

dia cebolas na feira. Os dois co-


y"'*^âí '¦ meçaram a namorar. Pouco tem*
-"'•' '^fe''-'•»'¦¦¦¦ »B8»::.-^Xvx:x*x'->.^»«T
•:•:•:•:•:¦.:«S
»B«f ^^^««««p.*i^
:: :> l^HL>>K%: :::: >t^K:^: :::-vi>x:' V'-~:¦
' .áhfc:::.:.:>:•: :-:-» «Kfc*¥í::::::::í::»
Kffi¥:-:--.-:-:-:-:-xPJl
po depois Marlene estava instala-
«Jp-:-;-a«J«:-:ífi->:'v:-:*:-:««
yXv.- ;.;1»«M «¦fc''i-xJ-»»«««vX**^,S.-:-:':-:<v*-:^B ¦k-iv «iii*«T-:-.:-\i«y:«««fc-x xm-x- .->*>*«¦¦ BiravX-XyX-.JB da num barracão só dela e Dago-,
*!$£«:$:&i»*iP»J|V berto, que custa 30$000 por mês.
Foi um tempo bom. Só não foi
melhor, porque a tossezinha, que
xx''x>'x-^ ela havia apanhado nos dias do
fome, voltou mais violenta e per-
EaW:: Í ¦"¦¦' T&^^mF^ÊÊÈÊÊammmmiik i flí^»?:3ÍIre-SxiflBFS
. tinazl Dagoberto lutava como um
- [MM», JWkJ «¦Éii 1 - • - -*vUv'^»^»««««K^«WK4«««V««««n herói para não faltar nada a Mar-
t S x^BPJKS BlL ::WkFmw4R3mImm Iene. Vestido novo, sapato, até
¦ M«W«W««r ít* «Hr tmIM
'¦'a-M».»!'!'.-/,-.-¦¦ * *-X4k««««^««B «¦«ntií»«««««ai,v*'v.-ljfl «bBiSsbbbkHbbb) uma bolsa de crocodilo, imitação,
mas muito bonitinha. Ora, mas a
Bv *.' viu
-x-xvi^M
¦¦ÍP «I Í«l«a«H m tosse não parava. Marlene
' X;X;JH mmy^ommY--'
-'--•MWmmmm\.-^mW<- que aquilo não estava direito;
mmiM HtWí Dagoberto não era o pai deia.

'
-tv-.wi-.
^pBWBl-*-:-'
*>''•'**^âc^i«««v'Sfílll
'^3?*
xwi*- ^kUFflH
í«^«1 ««^r
«¦¦I»«k*'X''.''^^B ¦ -
«^K^Ev'-'t«««B«l
-i«i-'«««l ««('Xjif^BSl '¦¦ ¦
joo» »»«¦«¦*'¦¦>•«¦¦ L«««^JoõjH6«1
Alem
filha,
disso,
precisava
Dagoberto
prestar
tinha
mais ateu-
unia
-n
i** 1*^^ ¦ 36B ¦¦¦."Xrí^B ««VVáJ««« ««b ¦•¦ ^^BBRa^^rjj-çX^S Bb»««1 B«t.»«v.:x> *''xj ção à filha.
^¦^j^l ¦¦¦(•'
Um dia Marlene desceu o mor-
ro e foi para a Santa Casa. Teve
um pneumonia muito forte que
' &?m m-'.' ' Í'X"\''-:-x**JH virou num pleuriz. Passou dias
fc"" twtt^^ ^l««««««««««WWr*^^'''' ' ' »1^»----------">»"*M»»-"M»l-»Mt^1°,^1*MI""^"^ tristíssimos na casa velha da riia
Santa Luzia, os olhos mortos es-

ao lado do "Ela petados no forro sujo do hospital.
vemos: Margot de propaganda que dizia: encontrou «eus primos'... Pensava na vida — o que faria,
^m^^^stal '«-a^íri quando saisse dali?
,.„,:,i,i moi,,,,,,™,,mtê o «iu. es,«w«,i»:/«».»»«- fe ¦« Kà&it ru."/«\«*«:°r«"»"".. t". Uma coisa ela já havia acerta-
do.: não procuraria mais Dago*'
berto. Dito e feito: saiu do ho»-
.•lll 111 /VAI flf/IÍÍO. C IIIII ««.liuiiii"" f^ ,
e rizonte. respondeu. Bateu novamente. A e não Dagoberto.
-o/n aquela simpatia dos turcas em geral, prin- pitai procurou
l^^n TEMPO AZUL porta foi se abrindo devagar e
InllS/ ííis /iimi*. -Vós -lemos por aqui, perdidos
nas nossas
em Belo apareceu uma velha desdentada. Queria, era um emprego. Com seu
Os primeiros tempos tios. jeitlnhò elegante, não tardou a
Iíorizonte foram uma delícia. Tu- Marlene perguntou pelos conseguir uma colocação num«
COli"'ÍÍ^'Marlene do azul. A família do major era Quais tios? eia
Paclui Mohammed poi-nenhum Meus sou Marlene. casa de família. Mas quando
diz que não troca um encanto de família. Marlene tios. Eu a famil A
estava já conquistando
teve os primeiros vestidos dignos, A velha fez uma cara triste e suas amizades, vi-
toda, fazendo
^''''ísrim^o O sol fuisca "perfume teve saptftos, um"Tentação", fra&qiiinho de informou*. nlia a tosse e atrapalhava tnJ».
Jlolfl pMaiJÁ ali na Lapa. Calor. marca ajei- Seus tios faleceram.
uma empregada
J-t-Z..**
mariene caiu num choro
Marlene iniim medo mt-u..- Nineuem queria
i-»»»»»"-"»» i»
tou as sobrancelhas, ganhou uni tossindo, por causa das criança»,
enfraque-
livro cheio de figuras, para apren- nho. Chorou tanto que aí come-
der a ler. ceu e teve febre. E
Mas ,W«r/ei.e < « doç««r« em pessoa : fazia luar, ela ^a o rosário de doença, de Mar-
NOVOS MUNDOS
^SSLt«WSÍ^««';
- nao^ I,. De nouV, quando
O ' «laia dois
Durante meses fi-
com a família do major, no au- Iene.
*.. _.. ll.....«. mAUitU fl*
~IJei,e disso, Chiquilá. fotografo
Sempre que estava empregada •
"ainda "demorou tinha um diiiheirinho desocupa*
««/¦•»«; meses na do. Marlene se meti. no cinema,
e felicidade era tanta que Mar quatro
pára os lados dalurqyia \ ^<nbiefíte de Marlene. A
do cid.dezinha tomando conhecimento de no-
liado pela gente ^^^^^ '^f, SjggJfuleira, o pássaro, Une nem se lembrava mais chega outra
Foi
saúda- vos mundos, que estavam para Ia
q"'0 os tios, S. José de Pa- * então que
Dai o pseudônimo de U««"'^ n \t<.nrie corpo gordinlw. passado: da barra, muito de paisagens d,-
raopeba, a mãe morta, o pai de- de: saudade de Belo Horizonte, lerentes e coisas belas. Um secrete
saparecido, tudo pareciam coisa» Sem niquel no bolso, Marlene
a língua com-
a sandá' de um tempo muito distante e que realiza sua segunda fuga. Amla desejo de aprender
Iene fazia entrava para de treni em trem, comendo pouco plicada que falava a gente Uo«
SAO JOSÉ DE PARAOPEBA Ha binetra, de salto grosso. Ago- não voltaria mais.
ali. dor- films e de singrar aqueles mar^s
nada
Outra coisa que merece duvida: ra ela mostra algumas manchas SAUDADES DE MARLENE íquí, não comendo
distantes: foi nascendo dentro üe
. nome de Marlene. Diz
ela que
corpo, saudades dolorosas do Mas um dia Marlene ficou abor- mindo na rua. Mas, entrementes, Marlene. Quando ela saia d»
Reis e pelo o major Messias já tinha manda-
fci» chama Marlene Margot tempo em qúe morou com
os tios. recida con» tanta felicidade ^Poeira» dà rua Lar... I. di^en-
nasceu em Silo José de. Paraopeba, morre a tm --
2V3* ludo de mais
ma lluíorV^;aoor diz
cla a„m;ro^u^r,M7r.e,neV""'Ê qünnZ,
Eis que de repente morrer de do com os botões de madreperola
no Estado de Minas, há dezenovee «!e Marlene. que, afinal, de contas, ei *** está quase p.ra .1
do seu vestido azul:
..ALiiiiLt «'/ÍIM
dela começou a relembrar o fome, é encontrada.
•nos passados. A carinha era tão ruim. Sozinha nas Então,
O jeito não
carinha de dezenove arírts. aí é que ela co-
«,ela, apesar de envernizado pelo mãos dos tios, mesmo de verda-
meçou a Mifrer
s..l e pela paisagem, dos países co,- de Foi .sofrendo,
g sofrendo, ate
distantes,s, ainda tem qualquer
q«»l«l«« ^'oí Jogé de Parao
Mas ««« «^''t'^,
sa de Sã«o José de Paraopeba. nao peba o major,!"«",,-,„ Messias de Mene- Mene
o nome de Marlene e quCj
do In- mor' iSxtiSQwsyS&t' ¦•¦¦'.¦¦"¦'•;"'•>/ -¦'¦ ~+^mmm%iH, t*j* tpiihú^'^^mwÉmwk>.-
pode ser nome de mineiro nome IDA A BELO HORIZONTE
lerior. Vê-se logo que o Mene7.es
O major Messias .de
veio depois. Foi nome que
ranjou em Capetown ou
ela ar-
no Cairo. ,,ão foi a S. José de, Paraopeba
'¦¦ ." :r'"•••. -. ^"^
.|'K yy fi; •
por desfastio nem apenas para
Pelo menos no Leblon.- so-
passear. Foi fazer sindicâncias ha-
Insistimos: • bre um crime muito feio que
Diga seu .nome direito, Mar- via sucedido lá...Por coincidência,
tes-
Iene. um dos tios de Marlene fora
Ela apenas responde: ^ este: tom unha do crime. De maneira
Meu nome direito e
que, uma manhã, o major de Mar-
Messias y^m.^^-/m^.y . v | ¦% ^* A i< a r JT""*y-- •!**"'•'•¦'••¦¦¦•
Marlene Margot Reis.^
bateu na porta da casa. - **^«%i»ta¦ *. <^ v v\' 'm mml¦*¦¦ : #1 '
Você nesceu assim. Iene procurando pelo tio
dela v" - s- ¥
Foi. ' ,'¦¦'¦•.
nos 0 tio apareceu
e o major iníor-
»*¦•;>¦ ''<&l-mt¦ ? :? i ~mi '. i. <+***. y-A*rl.\ >vr^$h%m
F. há tanta impassividade s m-é 1 ¦ :^Jx5f*iA *
ele tinha que ficar jun- _^_^^^^ au|i£. ímt <J
in- mou que as t a < 111»1 jml
sius olhoi. que não é possível to dele o tempo todo, ate queOra.
tiistir mais. ...
come- sindicâncias terminassem.
do ^¦^^^^^^^^^'•^¦¦««¦«¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦^^áLi^ * »m* t* !¦*.._.!•! ^^<M«y*<íi»«ft»JI»W«» \íl*~-
Em vista disso, podemos Marlene não vivia longe
Reis nasceu como a ConVivor
ç,r: Marlene Margot . um ti», passou também -achan- Slt?Í ^^^<>^te»»««r^>*»»»>»»««s»«M»pjpw^^^ » »^ps»l|a«««a-^! 4
„, São José de Paraopeba, 0 com o rnijor, O major foi - ' "a* >«VV ^^^^^^^^^^^^»*»R»«t«««lllÉÍBÍÉÉ^^^^^^,i»^w^
Gerais. e. multo
lugar/inho de Minas ho- ,-o-a.muito simpática #'"¦-••.. • y^^^^^mmmmmmm^$y::y

nal de Marlene não era um


Perguntava todos •» >..' ¦¦¦¦¦¦':*¦'*" .i-y ' ^jl^^
exp .ca atenciosa.
Iien.de muita dignidade .tres dias: !«M««Í^«JB««*»^«jP*g^»r»»j»yywMi 'f^^r—-y- ~ vw? ^.nMnnifuammmmmmwmmt^^».* i 'l»«w"«»J«j»^'ggJ>MJ
ela. Viveu em casa durante _ Quantos anos voe.» tem.
anos. Mas um
i,.„e ficou multo doente.
dia a mae de Mar-
Passou Sete.
Pois já parece uma moca
3hééé««»»íw«^»^^
,a cama hastante tempo, quase de o haver abandonado, este navio-hospitai foi tor-
se levantou, era 0 major dizia isso querendo Navio cm i,u<» se hospitalizou. Pouco depois
«m ano. Qnando a se referir aos seus modos. Quan- peadezdo
uma mulher inútil: P"d«a as ¦•¦^l«*n™*»| "RCEIRA FUGA DE MARLENE — Um dia eu trato disso.
de Mar ene do terminaram ,** I(i,„Hdo: COmo estariam os tios!
fal. e « luiso- O pai »«'J« ,najor fe, uma proposta r«t«»'
a «st «»s Ora, mas não era possível viver
então, d,u o fora. &***»- ^J"faVer e|eg di/en(lo que * que- ' ' e levada nova- asaim, de emprego em emprego,
mais ela teve ,|e Marlene. A proposta l visita a S. José df É* encontrada
ai. mas nunca me em- Jrm Iger luma Mas entrando e saindo. Era preciso ar-
por Os senhores querem ^ ^ respon mente para Belo Horizonte.
noticia do seu P«ra<'c,,r°T.,. menina? *¦¦ p -.,. coisa nova estava crês- runjar uma coisa mais segura e
nrpstsr esla escreveu novamenti Ki»uma
DOIS TIOS E UMA TIA "'O.
ílos q»e estavam doidinhos deram. LI ela ia endo dentro de Marlene — ela mais demorada. Foi quando o do-
morreu tios. neris. Quando
Mas pouco tempo depois ela fo. tM.r isso, li?m pensaram mais. Em- vez, o nv viu logo que nunca mais seria no do bar
"Anglo-Americano", na
Marlene. Então o major. 1 rever pela terceira
. mãe de Mauá. vendo seu jeitinho es-
e uma tia. purraram Marlene para Messias aconselhou: feliz em Belo Horizonte. Adeus o praça
ntorar com d«.is tios F»« Pode levar. . tios li ¦n«"
Agora estava tudo pigado, convidou-a para vender ri-
idade^ Deixe seus tempo azul.
Tinha cinco anos de Mas antes de ir Marlene ol.ri- no estabelecimento. Era
«^"•'«JJ? de lão, menina. Você nãi
.UO
marron diante dos seus olhos. Tu- garros
precisamente com a sofrer. Alias, c„u os tios a prometerem que. do da sua cor.
novamente o céu.
Marlene romeçou visita- bem aqui? "Anglo-.Vme-
xez em quando, ela viria Mas Marlene explic"' liie sau- Marlene ficou no
ela explica ao repórter:
em S. José de Paraopeba O< nedonha, E uma noite, noite de muitas dois anos. Só saiu
_ S,.u -.ma caixa de sofrimen- los acharim o pedido justo. Dis- dade era uma cois
a ir em- estrelas alias,
estrelas, aliás, ela realizou ua »u- su. ricano" durante q
¦tos —
tios quando aparecia euf' »
grande fuga em re menor, u irem «•
em... #^^
tios nao seram: „ ,
Sofria muito porque os
Nem se discute Quando wce bora
ra ua
âo respon- varou oa caminhos desconhecidos (Continua na pagina seguinte)
educados e pa- l|M
eram cavalheiros Mar- quiser vir, é só tomar
o trem.
cientes: qualquer coisa que

"'
rifiyS»\1

*?««*=; 1
rífC-í»' *

, ,l
¦M^-'-i»|13a»«a-^jMiB^^^ ' ¦
íi.

_rfi_Sí__s_*''SX^v* -¦-."- ¦¦¦'¦:.-". V PAG.^r DIRETRIZES 6/11/94!


"champa conheceu a amiga mais .íon.to que
(Continuação de pág.- anterior) - meira vez que bebia
vida — uma mocinha
Vitória; com uma amiga chamada goe", bebida que reputa excelente. ela teve na Pijuna, filha de françe-
Adeusa. Ora, quando Marlene tre- Uma noite um cidodãp -do elegante chamada
disse-lhe qpc erã gerente fCjty ses.' E coifhêceu em Iskènderón o
pou so navio e o navio começou,
a balançar, ela viu logo que en- Hal), o melhor ciiíema de Cape- homem que mais. amou —. um cir
centrara Seü verdadeiro' ambiente:' town, e que queria contratá-la. dadão de sobrancelhas, espessas e
Era uma mulher do mar; Perder Marlene só não aceitou por causa médico. Na f otografíá do cavai hei -
wPonce";!teve
dos ntarirthejrds do ro de Iskendero.n. que Marlene traz
os olhos nas águas sem.fim, no sempre consigo, liá escrita, nas
céu sem fim — ers para ela. De pena de abandoná-los.
MAIS VIAGENS costas, a seguinte confissão-: "Eu
volta, quando saltou no armazém &!&SMmtyXí:'l>.it->>i&>Vj
14, estava mais'convicta de que Mas como e felicidade nào é ornei este homem". Em. Iskende-
tinha que voltar para o mar. Ke- eterna, o navio levantou ferros de ron ela conheceu também um ca-
petiu novamente- para . os botões Capetown para Aden .^ Afetes, Mar- murada muito gordo, chamado
de madrepérela: W9fM E__. __. A-_-_--^-^r1^l11ffl___M---y:..^M«ilCT&^ Iene deu um pulinho em Jóhnsbur- Fouad. que lhe presenteou com
Vou' tratar disso. —TyÁ^^inWMMH^T.v: y..y.0^3SSSmHlaS»fí!*<fr>. :*: -.-v->ú>
¦<;.,. •*•:•>; > ^-^oflpsy¦^.^¦jKy^iwwiiii:-:?- •»v. .v.->%«*y*\y^fjywp>§Bpyjfcyy:fe_->^:-:
, % ¦:¦.'¦> \*->:< fcffSHKaa****.*- po, para conhecer. É preciso tan-- um. passarinho exótico, precisa-
GRANDE AVENTURA DE
-\*'?'->>' N%_3M_S^_____MN^:w.4ktf-
bem informar que, em Capetown. mente Pachá Moharned que virou
a convite'de uma empresa de lu- Chiquiuit.
: MARLENE rismo, Marlene foi fotografada Outras cidades que Marlene co-
Marlene tinha agora, dezoito
anes. Um dia ia passando pelo ¦* ¦'•¦': , .-¦¦¦¦.» r^^S_P»'í_«;Ã*'-; y'y>.'•.¦*^*,%t^.s' í ¥*-,:<» \. "<¦¦"•'. vf*fí t+te^MMrAb junte a um casal de zulús mais ou nheceu: Smyrna, Scutari e Porte
cais, bem por defronte do navio $*.$*£.# y v ¦'• -.' >' ^x" vv :"f*i-> >XV' ; 3 v3£S| AS menos despido. Em baixo da foto- Faraó. Depois foi a volta,. Nova-
"Pence", empresa botou uma le- mente Suez, Port-Said, Cairo, Ale-
grafia, a "Uma
quando, escutou uma vex •'•¦•¦ •••••> *A 3á|NpyT 'i :' genda: visita aos primos xándria, Aden, Durban" e Cape-
em inglês: yy\&#-$:•¦£¦•>'. grT * v": ^^- v-X-^^V^^x*:^1BEmM MWwM mYmvy^. ?R
distantes". town'.
Come here. Aos poucos o sonho ia terminnn-
De Ospetown para Aden o na-
Mralene virou-se e viu unia por- *''>.<ixÊMMry3SScXm?&:'''-- x*%_Sr.-. ¦'¦'.:•'¦: *.v.^«*SfjCvCfiM ^KdflftÉJ^^ vio levou 17 dias. . De Aden era do. O navio levantou âncoras de
Cão de marinheiros, no tombadi- ^ffli M88^v^"<:£::*aMWaÃ:¦.• '^' ^'^m^^ÊSmWS^WÊ mm^^^Mt Mm
diante, passando pele mar Ver- Capetown, entrou pelo oceano e
lho, acenando pára ela. melho, o navio começou a frequen- - um dia amanheceu no Recife. No
'•mMm
•mmt ¦tt&ii^* h9^Ei£^''^~'* ^'^KJnV^ HP''""'* '¦' Wmy^^SMMZ-^MM
Ela não teve dúvidas: entrou no tar a zona perigosa. Em Suez os Recife Marlene teve que descer.
navio e começou a almoçar com primeiros sinais da guerra apa- Ficou na Polícia ^Itagihn" Marítima uns
es marinheiros. O navio saía dali receram.. As noites eram vasculha- dias, embarcou no " ' sal-
IfflPa» a poucas horas. Marlene. viu logo das pelos faróis dos refletores. As tou no armazém 13.
' que era a aua grande oportuní- w}. ¦¦Mm. y&ÊÊ&Êàfcir^mi __r5 $_____. baterias anti-áéreas matraqueavam Antes, quando sè despediu da
IPi- ft ¦-¦'
dade. Quando acabou de almoçar, contra, es aviões. tripulação do "Ponc.e'%. os mari-
fei.disfarçando e disse que ia em- Logo que chegou a Suez, Mar- nheiros e os oficiais . lhe presen-
hora. Mas não foi. Entrou na dis- ^Mrs&ákt'*'' '• '•' -^Píx^;-.
'^^Ssi_- ''^P*'*"- Iene caiu doente. Todo mundo a tea ram com 206 dellars. É desse
WÊ pensa, se escondeu'por entre as
A]dÍmmw^Mmm _______________^_<Z^V^Bt($'-'-Í^^B^'?*^lyV
bordo ficou como louco. Disseram dinheiro que Marlene entá viven-
caixas, caixões e sacos. Esperou ^p!*.i Ã*i>^^
'V9^^^^M^ffí^mtMwy-'.'.^'ty,^MMM^i^mr. '¦' que era apendicite. Outros diziam do. Diz ela que já gastou SM$ft)«.
wt ".•'¦'¦.•<.'!•'. •*•>.o;•.".*.
<•'•-''•-:' . ¦¦
qne e navio saísse. O navio <levan- V'^::^::V:r: :*-- ' ' : *-, y-,::í ^\ que era febre dos trópicos. "Pon- Mar. E que vai providencinr seus do-
teu âncoras,, cruzou .a barra,, ga- ^ >;.;.¦;¦ êm* Iene, então, fei removida do "Aba", cunientos para embarcar nova-
aheu e alto mar. Quando fei de Ceme homenagem ae ses deWe primitive, Marget batizes esse ce" para o navio-hospital mente em maio, quando o "Pon-
tardezinha, um marinheiro entrou páaaare cem, e neme de Mahemed Pachá inglês, que também se achava em ce" passar per aqui.
aa dispensa. Ela então gritou' lá Começou a ser muito divertido, a SAMBA, -CHAMPAGNE- Suez. Passou lá quatro dias, cumu MARLENE RECLAMA
de cima des sacos, ende se en- borde. Ele ia aprendendo e seu E CINEMA lada de gentilezas e regalias. Mas Mas depois de correr tanta tec-
centrava: inglesinhe e contando, através ée o navie "Aba" fei chemado para ra, de andar por tento mar, de-
Oh! irmâe. Mario, asa vids e ceisss de Bra- Quando se soube em Capetown outra parte, para recolher feridoe. pois de quase ser comprada'
O marinheiro elheu para cima sil. De noite, entãe, que chegara, uma brasileira pele e Marlene veltea para a Pence". um chefe zulú da União Sul Afri- por
e ficou admiradíssimo em inglês. luz, era ema maravilha: quando fazia "Pence", fei ume alegria. Tede
es ma ri- mundo Aliás, fei em tempo, porque trêa cana, depois de ter bebido Mcham-
Começou a fazer perguntas a Mar- nheiros vinham
para e° tombadi- Mas Marlene queria ver come era ela. dias depois e "Aba" foi bombar- pagne" em Capetown e palestrado
Iene. Marlene pescou alguma «oi- lho e cantavam até cansar. não podia descer de deede ne Mediterrâneo. com • chefe de policia do Cairo,
sa. O marinheiro foi chamar e ca- Mas tede e munde, vivia mais ceies navio porque era clandestina. Uai* Quando e navie atravessou o ca- depois disso tudo, uma eoirn mttito
pitãe. O capitão veio, fez mais ou menea sob ressaltado cem mede triste. Tão triste que ele não nal, com destine e Port-Said, é triste veio acontecer a Marlene
perguntas, cocou s cabeça e foi de submarinos. A zeea era peri- agüentou. Esperou que anoitecesse que Marlene pôde ver mesmo e aqui no Rio.
chamar o imediato. O imediato, gosa, muito barco havia afunda- e"caaaret". fugia de navie. Fei pars um que era a guerra: sé ne canal ha- Diz ela qué foi fazer uma ligeira
que era mais alegre do sue e ea- do per ali. Mas es dias passavam Sensação. O lecuter viam sido afundados cinco navios. refeição no Café Veneza, na Ave-
pilio, achou muita graça e' per- e não aparecia submarino. O que anunciou que se encontrava ne re- Os campos de aterrissagem, aos .nida com Teófilo Otoni, e não
gunteu a ela: apareceu foi ema tempestade. cinte uma brasileira legítima que lados,, estavam revolvidos pelas conseguiu. Não conseguiu
porque
r— Você sabe para ende nós va- Uma manhã es marinheiros esta- ia prepercienar à assistência ai- bombas. Quando e "Ponce" che- e proprietário do café espinafrou-
nãos? iram lavando o convés- quando ce- gamas demonstrações de verdadei- gea a Pert-Said a cidade acabara, lhe mais eu menos nos seguintes
E* lógico que não era para Ni- meçou s soprar um vento muito ro samba brasileiro. Marlene caiu de ser bombardeada. E de noite termos:

Mrói. forte. O vento foi aumentando e ne aealhe encerado, dançou ceme logo que e sol se escondeu, es r—Você é preta e nós não éér-
Vamos para Capetown. Na viren uma tempestade horrível. nunca dançara. Sucesso! Os inglc- aviões alemães e italianos volta- vimos n negros !
África. Um mastro foi pelos ares ceme ses ses e es africanos filhos de ingle- mm e começaram a despejar bom- Marlene é scirsivél e esfá cho-
, Marlene pensou consigo que a Vm palito. As máquinas pararam. gritavam: ba*. cada com o sucedido. Ela per-
rota poderia ser melhor, mas não De repente e maqeinistá. anunciou — Wonderful ! Marlene diz que a guerra, de gunta:
havia de ser nada. uma coisa ainda mais triste: fal- noite, parece ama . noite de São' — Ora, fui (rafada ..muito bem.
' -O *Ponce"
era um navio do Pa- ta de combustível. Entãe, a gente mon Veio um "cérnera-man" e fll-
Marlene' dançando. Os jerne- João. É uma coisa muito bonita., por onde andei, terras que nunca
pamá. A tripulsçãe ers toda de do navio começou a meter tudo mas muito terrível. tí. Por que aqui, na minha terra,
americanos. O foguista era brasi- na fornalha: cadeiras, moveis, sa- listas pedirem entrevistes c ela ALEXANDRIA E CAIRO eu não posso ser tratada da mes-
feiro e chamava-se Mario. foi fotografada várias vezes.
ces de arroz, papel, tudo. Mas De Port-Said, com os oficiais do. ma forma ?
TEMPESTADE E CAPETOWN nada do navio querer andar. A > Mas quando estava ne melhor navio, Marlene visitou Alexandria Quando e repórter foi entrevia-
Marinheiro não gosta de ver tempestade passou e e navio da festa, chegou unia autoridade e e Caire. Andou nele deserto, via tá-Ia, ne Hotel Primavera, ela pe-
para-,
mulher a borde de seu barco. Mas do. Ficou parado precisamente 4es . prendeu Marlene. Ela era clandes- as pirâmides e a Esfinge. Informa din que sua reclamação constasse
Marlene, cem sea jéitinho, /ei dias. Mas uma manhã as máqui- tina, não pedia "cana". descer de navie. que e Esfinge já eatá cem e reste da reportagem. * • que fazemos
conquistando todos, um por nm. nas resolveram temar pressão e m Marlene foi em
""neVameVtVV* Mas sein todo roí d* pele tempo. equi e nãe precisa esclarecer que
Pence tempo depois, questão mes- baíeT"com'mf *•*»• g*f1** /esgatada >*l. «pi- Ne Caire, num "eabaret" gran- estamos inteiramente solidários
sae de horas, era irmã de todos mever. Peuces dias depois chega- . *"^ & "**ate ce*tca ãf^i&ias • fine, mestres ceme ae dançava 4 cem Marlene.
8S& ¦. : eles. ra em Cfcpetewn. Antes, Marlene »f*»«*aae. samba brasileiro. O chefe de Pe- E ceme final,, eis aqui ceme
E e navio começou a navegar. chorava muito pensando que ia aer Ne eutre dia, já tripulante. Mar- *: licia,
que estava presente, ficew. Marlene se apresenta .ns registra
Mas e mais mar. Nes deis primei- entregue às autoridades. Mas e Iene começou a gozar de todas a* muito amigo dela e perguntou se de Hotel Primavera:
BSpy xes dias, Marlene enjoou um ho- capitão prometeu: ¦.." .-'"^g^lias. Ofereceram um banquete «_ Brasil ficava aa América "Nome: Marlene Marget
Heis.
eade. A comida não parava ne «s- — Comporte-se direito que ea à ele e hoave "champagne". Mar- Central. Estado civil: Viuva.
tômage. Até que se acostumou. não entrego. J, Iene explica, agora, que era a
pri- tia Turquia, em Alcxandrete. Profissão: Marítima.".
(CONTINUAÇÃO DA PAGINA C) A falta de mão de obra será
torioso da guerra dependem, por provavelmente mais dura para
conseguinte, do ritmo do arma- eles do que a iusuficièiicia dc cer-
vido sobretudo.pela construção de tlitò dc 7 biliões de dólares para *'ar, tudo estará terminado. Não Ias matérias primas. Atualmente
mento americano. Certamente, e -ss compras de material de guerra
usinas. A fabricação de anuas há; razões para dúvidas. uma grande parte de operários de
armamento ainda não é tudo. Um -' Ora, mas uma 'armamento
numa vasta escala só começou em c de vi veies aos Estados Unidos. questão se apre- se encontra nos cam-
fraude efetivo é igualmente in-
junho de 1941. O .montante foi rapidamente ulili- senta. O governo americano pu-
dispensável, e o moral das tro- pos de batalha da Rússia. Pode-
Depois, o armamento dos Esta- xado por contratos assinados pelo blicou, com «ma franqueza sem
pas e da população é também de rão eles voltar, no ano próximo,
dos 1'nidos fez progressos rápi- governo inglês com os fornecedo- paralelo, os detalhes de seu pro- is suas usinas? Serã possivel nti-
alta importância. E ainda há ou-
dos. Em certos setores, cm par- res americanos. O presidente grama de armamento. Nas esta- Kyar uma parle dos prisioneiros
tros fatores incalculáveis, tais o
ticular na construção aeronáutica, r.oosevell e o Congresso ameri- IJsticas. oficiais de Washington,
gênio ou a mediocridade dos che- iüssos e dos operários das zonas
a indústria americana uitrapas- cano não hesitaram em aumentar percebe-se o crescimento continuo
fes, os erros estratégicos e táticos ircenlemente ocupadas para o ar-
sou mesmo o ritmo previsto. Â o crédito, entregando à Inglater- do material, semana por semana,
e ainda numerosos outros elemen- ta seis biliões de dólares a mais. mês por mês. Mas que fuzem e ma mento do Reich? De qualquer
parte o programa naval, que se
tos. Mas a base de tudo — sobre desenvolverá até o ano de 1945, A Inglaterra .poderá portanto, oue farão,.entremcnte.s'c até 1943, maneira, não se deve considerar
«ste ponto as divergências de opi- «>« fornecimentos totais contrata- encomendar armas na América os alemães? Sua produção cresce- o armamento americano como um
niões não são mais possíveis apôs dos até aqui devem estar regula- num total de 13 biliões de dóia- rá também em.grandes proporções processo dinâmico e o alemão
a evolução da guerra até o dia de riscados até '.1,943. res, juntamente com matérias pri- e chegará â atingir seu ponto cui- como uma coisa éslática, -muita-
hoje — é a quantidade e a «lu.tli- Mas, com' ãs armas que estarão mas e outras mercadorias. É uma minante? Eis a questão. vel. É nm erro de método què -le-
dade do armamento. disponíveis em 1942 ou em 194.'}, cifra impressionante, uma cifra ^e conduzir a ilusões.
Quando foi do • fim da outra-
I Os Estados Unidos somente em não se pode atirar em* 194.1. Esta gigantesca. Calculada em moeda
inglesa, representa mais de 3 bi-
guerra/ a produção, de arma men- Dentro desta reserva,
I

pode-se
* - ¦

junho de 1940 começaram"5 esta- Contestação banal e.tplica ho en- tos alemã diiniiiuiii, por falta de i'izer que os aslrõlogos teem as
fcelecer uni programa de arma- tanto a atitude paciente do gover- liòes de libras, ou seja quase as matérias primas e íYião de obra.
¦despesas do budget britânico du- melhores chances de ver confir-
mentos adaptado ás dimensões da no dc Washington em* face dos' re- Acontecerá a mesma -coisa desta madas suas predições pelos cons-
guerra. O primeiro ano do pro- rentes incidentes- militares na rante lodo um ano. Mas, até o vez? Quanto às matérias-primas, trulores.de- armas, pois, segundo
grama foi inevitavelmente ahsor- zona da Islândia. Por . ai -expli- fim dc. setembro, sobre estes 13 sem dúvida alguma foram baslan-
cam-se lambem as hesitações do biliões de dólares,, somente mer- eyles. as potências ânglo-saxoni-
te- subestimadas as possibilidades
radoriás no valor- de 324.563.749 cas estarão, em 1943, bastante for-
governo de Londres quanto a uma dn Iteich na primeira fase-da
intervenção no continente euro- dólares serão -efetivamnte forne- tes para vencer.
guerra. A Alemanha possue car-
¦[IJ^Írata peu. Compreende-se que a produ-
ção de armamentos dos Estados
cidas. Apenas 925 milhões sobre
13 biliões, ou seja 2,5 % da soma
vão e, desde que pode explorar à
sjia vontade as minas da Suécia,
Unidos é destinada, em primeiro acordada. d* França e agora da Ucrânia,
lugar, à defesa do próprio pais. Os outros 97,5 % seráo entre- possue ferro em quantidades ili-
Eduardo Pinto
das diversas possessões norteame- gues, seguramente. Mas a Ingla
licãnas e do Hemisfério ociden- terra deve orientar sua politica
miladas. A campanha da Rússia
demonstrou que os alemães dis-
da Fonseca
tal. As remessas de material para atuai segundo-o material que dis- põem, desde que se apossaram do IMPORTADOR
Mm ^H^H ^H ^M§ ^mvmwM
Grande tteck 3 'Inglaterra tcem - aumentado, nõc hoje e não segundo o que po- petróleo da llumânia de quantida- «•»' ¦ — 1 9 a— .--
ds tolhares •- mas ainda sáo modestas em com- dera possuir amanhã oa..depois des apreciáveis da essência. Se
«wlsot. 7 •*._!«* De cevada, lúpulo, carameles
diferentes Fo- pa ração com as necessidades da de amanhã. conseguirem conquistar os cam- e mais a maravilhosa
briecçõo e van-
da exclusivas- de guerra européia. O ARMAMENTO ALEMÃO pos petrolíferos do norte do Cau- Cera... TABLETI.NA para
» O próprio governo amciicano Estas faltas são, repetimos, caso, em Maikop e Grosny, dos assoalhes .
acaba de publicar a este- respeito temporárias. Diminuem todos es quais náo -estão muito distantes, »»»»,,

MAPPiN & WEBB plgomas cifras muito instrutivas. dias. A máquina de guerra ame- conseguirão es alemães petróleo 166 RÜA CAMERINO — 166
End. Tel.: "EDUARDO"
A Inglaterra obteve, \rà seis me- ricana trabalha prontamente e ra- fKira toda uma. longa guerra fa-
ownoc* 100 — mo DE JANEMO i«s, peto Lcad-Leaae Act, ata ist» pulamcute. Em 1943, e mais tas- tura.
Tel. 43-1962
_í:~

"™Bi^*^^t w ": ''¦¦mMiíM*^^ ;-í.~


-^:->-.
y ;&:'¦¦;-._....-;-._
r». i-- PÁC. 9
6/11/941 •¦¦/.
DIRETRIZES
-quando a máquina de ^u....» es- IÍS
........ i, ^.vh-* - . -*.-.-/-.¦ -
tá em movimento é que eles pa- i

NOVA Vork, setembro *^- I*»i~


raólé ' todos òs mèSes" que passei'"
HEROÍSMO DO POVO FRANCÊS recem ter essas qualidades. V»s-
tos de perto, são mais con
«o que uós janwts fomos,mai*
-.apto»

como "hospede" de lliller nãò paralizados ainda peta burocra-


tive uim.^ -.momento aborrecido...
Porque, embora-o regime fosse
•o que. descrevi- cm» artigos aole-
NA LUTA CONTRA 0 INVASOR cia administrativa. Por baixo da
uma aparência dc boas maneiras, -,
vcmô-los tais como eles são, cou-
qui st adores, pilhando a- França.
> riores. sempre havia recursos pa-
ra. amenizá-lo. Ás autoridades."da •
ALGUNS TIPOS DE CARCEREIROS NAZISTAS Perderam a grande oportunidada
deixando dc libertar os prisionei-
no*sa prisão e a
"Kommandam
- tur" de (Ihaloiv levavam a sério
COMPANHEIROS DE PRISÃO ros franceses nos dois primeiro»
meses. Agora, essa-enorme massa
a linha da propaganda nazi su* Por JÂY ALtEN —|tepyãglit. tl« piRiETRIZKS para tocto o Brasil) de prisioneiros é furiosamenta
bre- «• conciliação dos- franceses. mas tinham aproveitado a lição. auti-alemã.
-.que o
governo dc tos ficaram encantados de vè-lo . Vi Balir ameaçar dc violência
i: a cada passo X^X . .- fisica um guarda aduaneiro que Não há exagero em dizer que Uü Lembro-me lambem de um \é-
Vuliy dava no sentido de se apro- trouxe à uma por.cento de todos os que eu cn-
¦ ¦ ximacdu- Alemanha, aumentava • Jo>cph era cheio de conlradi- uma noite prisão lho cura de aldeia, de li anos»
de mau.humor, era. mãe copii- nina...criança ao colo, contrai eram apaixonadamente 'linha
t, tendência para uns tratarem* ções. Um-dia, Mas não os sido preso por levar e tra-
capaz de berrar contra os,'-mal- que tentara atravessar a liuha. de anti-germànicos.
melhor. Mas a central de Dijon •;¦- chamavam -«boches". Diziam zer cartas passando pela linha d»
ditos judeus" e espancar, o pri-, demarcação.
contrariava' permanentemente es- "ces . messieurs", ou então "nos demarcação. Ficou três mesea
• meiro que encontrasse; e no din * - _AMcí» Gott. rúgiu ele, esti
sa tendência.¦•• ' *»vUcsV. li às vezes, também
'ni- seguiote, esquecer ludo e ter pc- pesando que isto é jardim ^ "l-ritz".-mas ua prisão. Não acredito que le*
iVeiSnitíaiii-nos mandar" vir. dos-ilUiklu.U -«>lts- todo nesse caso era pre-
quenas .tenções. para.-algum ? (fora), uha se emendado.
mula de -fora * Depois dá inspe- ci^o cuidado porque -o* alemães
judeus que: l,avia entre »ó.s. „„„ulo /
çf..» de'Dijon,'cessou essa rega- 'Tinha um fraco - especial pelos «f *•*«¦»* (ttf ser-chamado, as- Lombro-me.dos meninos — lo-
Havia espancamentos impiedó- dos de 1(» anos, e. tão franzinos
Ira. Ií quando l>í.joi*> falava'; Chá- - m««. :• •
'--por sos, naturalmente. Na prisã4»de franceses feridos-que eram vete- — que tinham vindo dc tSrest e
Irtií tremia; uns três dias.
e mais-frequen- r:,m»s da guerra pa.sada. Co.«ig<, Lembro-me 4.cm de , um ¦ dos ^^
cfticial de (Ihalóíi C;halou,-àS-vezeS, ^ ^
Quando algum"reprimenda ¦
do altb*, temen.eem Drjon. costumávamos ca amável. GouV éi.cec a-se^ue ^«veu, -^^^^"^V^ée )cCostuinavaH1 Gaulle quando foram apa-
recebia uma -ouvir, ú noite, passos no-cone- heich estava fazendo esUreo, oi,c,a« francês 1
es^a • reprimenda tinha conse- ^^fugido ,etcber
'P.la demonstrar :Çl:_^^^^^J^^^^
do,,yr:ram os homeu.da (iesta-
.q-uèueia .sobre os guardas e sol/ri;
ama- .apanhado ao le r a », cartas de casa, contando os des-
po que vinhan» ao en:oot,o da t-nidon que os nazis sao ^úo™ bombardeios, .^^ britânico,
¦ huha para a tranca «*<0 ^^ ocupa
vitima- Ouvíamos a clmve rodar veis. Deu-me pequenos preseo- ^,. ^ ^..^
Ií depois,durante algumas se-
les !
manas." fomos submetidos a uma
cuiopAnha 'pôr parte de um na- fljX*f Lembro-me de outros, que ett
zista ardente iuas frustrado, um não posso identificar absoluta-

MODELOS QIE SAO ^ 10DEL0


cabo chamado Neuukirsch. Ti- mente, e que vieram a mim um
dia, mostrando dois recem-che-
i*ha sido investigador de |»t>lièia
civil, ' c sofria
Y_ gados e dizendo:
"São soldados
qilaodo ua vida

DE BELEZAt PERFEIÇÃO
lati* de ter sido mobiliza- ingleses, [''alam um pouco de
pel»'como
simples soldado. Prò- francês e de flamengo. Você de-
du
cucava atrair a atenção dos su- vc ensiná-los a ficarem caladoç.

A nova série "liampeões da /\r"I y


• aplicando aos ocupai»- Ds alemães não os descobrira»
períores
tes d« prisão de Chulo» ò trata-
% se..." K, durante várias sema-
incnlo rigoroso tine recebiam os símbolo nas", trabalhamos por Iodos 0*
Hi 43 Anos, a marca RCA Victor c um meios para que os soldados iu-
prisioneiros politicos na Alemã- de qualidade. Há 43 >»»«» ° P"blico de tod.°'* "glcses fossem
nha. Por t-i-cs semanas pavorosas postos em liberda-
niundo consaSra, ano após ano, a superioridade de. como flamengos. Houve ou-
foi cie o manda-chuva. Ofendia, Victor apresentada
dos seus produtos. Agora, RCA "Campeões
e espancava os pre- do Ar . leais casos assim. Falhamos riu
' c-1opurrava tua última creação: a nova série
dois deles. l'm. de certo r:i|»ax
s,,s _ tuili» com grande destro-
prática dò São 25 modelos diferentes? 2> modelos que que. tinha
"(iotl save the King**
za, demnnstrandi» ate à
*-métier". ?Io desde o radio miniatura de 450$ apenas, (atuado no nitte-hraço. e outro
luxuosa c imponente rádio-cletrola, que encantara _*____&, Wi de um çscossès cujo sotaque dm
Fsse homem lenloil impor a oi- aos mais ementes possuidores; E, em todo»
ele»,
absi»lula-
francês nái* convencia
dem germânica. Fez uma revi»- encontrará a perícia, o acabamento, a» linha»...
1 mente.-
l.ução¦' n»ü horários e conseguiu de modelas que: $m modelo dc belez* e perfeito
estabelecer uma confusão com- líntre os presos cuja moral era
mais elevada, vinham em pri-
plcta. Depois," resolveu decretar
-. íim sistema de .--'completa igual- meiro lugar os holandeses; cid
dade", segundo o qual os prisio— »5S - IM segundo, os belgas, e em terceiro
1C» ttCTOl IMSIIEW». MC*. - Ivwdís MU Ht«M. os franceses dó norte. Mas, de»-
ncirós que tinham dinheiro i»ãi»
A podiam íuaiidur vir -coisas dc
fora* Isto foi trágico para os
^ JB-,r W^k__\'-:'^ sus três nacionalidades, a Imuu-
ça era a mais atingida pelo fogo
da propaganda nazi. li no enlao-*
guardas, que, sem atentar cou-
lleich, po- lo, os franceses estão de pé coll-
tra a segurança do
¦• —mmimmmmmMm tra o regime alchlfin e contra um
. dum ser amáveis conosco e ga-
• ,,...--.
y governo francês que, especial-
nhar algum dinliein». Mas Neun- m___________________f9mm^_m___m
'¦¦:m Ba m><-N
^7->_\ m mente na zona ocupada, não sfl
Ivírsch era membro do r.arlidi» na-
?i«!a. cnin
"relações", e os ou- mm_mr'--''m II ffW |m*^J
__wí___E:l_y.y^_____m___m__imE_^ *¦'_] m
distingue dos nazistas.
tros linham medo dele. ^Z-iX-íX '-mm mmW^^Ê mm_iÊ_^_^:__\__T_ mmK.'' '-'•-*"*;*>:**fi':-'*:-^H
Soube casos maravilhosos da
B|h!8h ¦ '¦- -%*>%H heroísmo na zona ocupada, onda
Cl único membro do partido ¦'•'^i^B H"*'^H i^K-.^ :*^-;-!v*.-'*:-.:]^H
organizações ilegais de france-
nazista, alem de NcunUirsch, era ses, escondem e muitas vezes
o sargento .loseph, da llcuáiiia,
Conseguem salvar soldados brita-
que pesava mais de cem quilos, ¦ hicos. 15m Vlchy encontrei uma
era peitei lamente quadrado, e an- H 'sa H^H B ¦¦• :-':':\B mocinha de Ui anos. de tradicio-
^B^flt E^v .
dava tài» duro quanto o mc»ns- nal familia francesa, que fazia
___*'•" '.'i-av.-TVa^:Í^->:'-^< -'•-,''-!•¦¦ HranH s^i^V^m HB' A'V'A^H
tro l?rmiken.stei.il. Joseplj, nazis- BJ ll\ii''ÍH'v^v-^''^''-''"Bl i^s^^sl BktoÜ^wH I- ''¦•¦'"^Bb
era média uma viagem por aema»
ta dc primeira hora, eslava in- na, dc l.ille, atravessando a li-
a espancar
teirameiVte habituado ^pl|B mML\ WÊÊ m ¦' v Ofcí-^^B^^itóB nha de demarcação, e conduzindo
judeus,
democratas,
socialistas,
católicos:
comunistas,
e outros
.^191^^
mS^mímm&itíSMfim
mm m_^___W Hs Tr^
K^al íW&mflIl 43 anos. \\
grupos dc oito a dez.soldados iu*
glcses. Chamava-os
"os meni-
>'¦¦ • -mm __\\__Tx_J_
— de mm___¥___m_W:'-'
k^B^BhB^ÜA:'B IIBi(!l!i^o mW^^yfJl '''*m'"Á'
jl
\a
ii.imigos da humanidade «- """*'* \%\ nos". Quem é descoberto oo
absolutamente impessoal, ^M^BMpy^^iqg^^BBBBM ¦^i^É»3>*>'^ )///// ' < • •"!<{"!< \\\ exercício dessas atividades arris-
modo mW^ ^x^xjmm_7MmKmÊmr^y
de certo, pois era bom sujeito. ca-se a enfrentar o pelotão de Fu-
Levava a disciplina
a sérÍ4», agora como
do
antes,
l»ia que t<»da a questão consistia
cm pri»v:a- aos franceses
alemães são humanos, para
partido
e

<|ue os
sa-

ob-
c»»ns- „., fechadura,
_____z_
a poria abrir-se, tes de salsichas, manleiga. doces',
1 zila menti».
Ds alemães cstã4» ativamente
empenhados em descobrir essas
da. R soube mais tarde que de organizações secretas. Quando
eu
mestre-
ter a colaboração deles na conversar comigo no pois de al:,'.««,,,s >,*ma<,:.s ...anda eslava CIM C.halon. um
VOZCS ásperas; e depois o estalo Costumava volta à Alemanha,
•truçào da iiova Furopa. ele. ram-nó de escola fi»i preso em companhia
de um chicote na carne ou o ba pátio. Um dia dirigi-me a
Fis que* de repente, como por frente de ontroVe pedi-lhe más uo caminho ele conseguiu
co- rulho abalad»» de socos. Km se na dc sua esposa. Sua casa foi vi-
encanto; o feroz Neuukirsch de um trem ein moviuien*
de «ovo e que )'nè desse licença para m»U- saltar
meçou a tornar-se macio;-diante
guidã, a chave.rodava (.» e fugir novamente. 15sse ho- giada. Km Ires noite, os ale-
os passos desapareciam mt cor- dar úm telegrama.
dc u«»ss<»s próprios olhos. É que Para ouile ? li vem disse-me: mães prenderam oo/.c soldados
das redor. As vitimas eram geral-
tivera uma súbita revelação Para Washington. — Íim julho do ano passado, ingleses que chegavam com car-
mente homens trançado* em >4»-
delicias da corruptibilidade. A Ií a quem ? l»s dc a presen l ação. A 1(1 de ju-
lilárias: muitas vezes, eram leva- depois da imssa derrota, os ale-
se .vendeu foi lt<»osevclt.
primeira vez que dos para longe', durante a noite.
A4» presidente
ler-nos conquistado |ho. a filha do prefeito dc Di-
dè um modo especialmente doei-: Quero pedir-lhe que não faça mães podiam
vi- 0 melhor prnpagandi.sU nazi ,4.4 ^«c,., W M pjjjj^gr «gr;^
i-nia deliciosa, francesinba con ^t_nm .IA i.»e ii, s,u ** «,..,
m»ss4» guar-
(U.ii-o para um passeio, afim
de que encontrei íoi um em liberdade. ter-nos feito declarar guerra a
para o da chamado Balir, que tinha si- r«««
Ficou ihuito contente com a pi- Inglaterra. Kslavamos profuoda-
obter Irai a mento especial
uuma do chefe de policia numa cida- . .. ,,,ente desiludidos de nós mesmos Quando em deixei, a Fiam,*.
. ... éuuhadü que estava preso, %Tí_,»
complicada. Dai "> dcziõha da Silésia. Procurou scr e da causa democrática. Os _ ale- havia pouca sabotagem. A opi-
situação" os
<»s Algum dia úm livro
.li. escreverei um ..
tal qual os franceses, embora
lal ^^ ^
*M*mmm.-i-¦ *- «- «¦>"< "s.,;;:";cx;;::;:':
Neuukirsch não parou
"
diante
mais; e com mil trancos daqui, ,„t ::«1««..f»» *«.« . «.»»». a «,«.».
„. ,,„s. d. prí.«. r»™«..m»m *™%*£,$^'%_',, a,i./.tó . «içi*.;- é .erri-c.. M„s ... íl.tmM .cj»-
- quinhentos dali; foi perdendo
1-ia nha f« «a «l« ««•* ,...,„ .
decência.
severo, e desagra- mandava a linha do partido, Ago- tecimentos dem.onslr.m qae O
aquele olhar "'" " "'- ¦£#-
flavel; t.reio que os outros, que ""'•" '¦ •"¦«*"
Í.JL: l™. »«>.««.».--W». * P»«. 4.-...C0. uáa „ deixa aUa.cr.
soa*. _*£. _J_
Iram ítmdameHlalmenU houcs-

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PAG. I© DIRETRIZES 6/11/941

"DIRETRIZES** E O DE-
%y
Comentários nacionais POXMENTO HISTÓRICO DO
*t*l, PATRONO OA CULTURA
"Dia
CORONEL DILERMANDO
tscolheu-se o dota do nascimento de Rui Barbosa
para celebrar-se o
da Cultura Nacionar. Rui foi um Jibera! e a cultura gosta do clima liberal. Ou DE ASSIS
melfeòr, só num clima democrático a cultura poderá desenvolver-se a
tornar um bem para todos. ponto de se
Para publicar na integra, em uma única edição. • depoi-
A pesquisa dos fenômenos, a apresentação e discussão de hipóteses e idéias, mento de relevante valor histórico -de Coronel Dilermande de
o amor à verdade, tudo isso é <jue constitue o instrumento àa cultura. E Assis sobre a «norte de Euclides da Cunha, DIRETRIZES vê-ec
tudo isso é necessário liberdade. Tudo isso não faz mal ao Brasil mas, oo para con- aa contingência de suprimir, em seu número de hoje. algumas
traria, serve ao Brasil. de suas habituais sécçõee. Preferimoe. contudo, eeee aacritfcio
Certamente, existem por aí muitos aventureiros, "gangsters" da inteligência a iet de dividir, em fascícules euceaaivos aquela reportagem.
tou "gangsters"
sem inteligência?) que não amam a liberdade de pesquisa, nem Nessas condições, ae secçõee suprimidas em nossa número
de idéias, nem de debate, porque não sobem pesquisar, nem
«em teem nada a debater. A missão deles é viver burromente bem. possuem idéios, de hoje. a que voltara» *» figurar na'próxima «emana, eão ac
Essa seguintes:
tem horror a Rui Barbosa, porque Rui é uma força moral, uma tradição degente to-
lerancia, de cordura, de respeito ao labor intelectual, às doutrinas e ao
mento humono. Inimigos de Rui, porque Rui representa a liberdade e a cultura.pensa- A SEMANA NAS ARTES PLÁSTICAS A S2MANA MUSICAL
; . A SEMANA NAS REVISTAS ESTRANGEIRAS — A NOVELA
O dia da cultura, por isso mesmo, devia ser um dia de debate do
problema
da liberdade, de luta contra os "gangsters" intelectuais. Um dia de afirmação
SEMANAL A SEMANA NO RADIO A SEMANA ESPORTIVA
de A SEMANA ECONÔMICA — A SEMANA TRABALHISTA
amor à ciência e à verdade como a melhor maneira de servir oo Brasil.
O MUNDO EM TODOS SETORES FRONT LITERÁRIO
SECÇÃO DE GRAFOLOGIA
A GUERRA E A MORAL £' o seguinte o sumário do próximo edição «le
*Jm jornalista ilustre, e Sr. J. E: de Macedo Soam, escreveu domingo iitime
o seguinte: DIRETRIZES:
•O Bmail carece ateie momento
malta maio «a inteligência da aue da agitação eaeecrática ae da CESARIO DE MELO — O PADRE CÍCERO DO SERTÃO
retlair das armas. Precisa ene .aa Inteligência se ilamiae, «ae aaa caavicçãe
ee ferme nela pa- CARIOCA — reportagem de Joel Silveira.
lavm escrita e filada." O joraalista eateade qae iaso é indispensável,
moral — -o governo no tempo de guerra deve ser a resultante
por*ue a guerra é uma ceisa GAGO COUTINHO E AS SEREIAS — omplo reportagem
da vontade nacional no pedestal de Edmar Morei, o único
de inabaláveis e defiaitiva. convicções do espírito, isto é. aa sua verdadeira biógrafo autorixodo
atitude mor.1". do Almirante Gago Coutinho.
Sem dúvida a Sr. I. E. de Macedo Soares tem maita razão, ti necessária
aue a convicção mi- O GONGO SALVA OS CALOUROS — completa reporta-
etoaal ae forme, «ae cada am saiba os seus deveres
para consigo, para com o Brasil c para cam a
humanidade. Sá assim ê paasivet formar-se uma convicção nacional,
que é uma espécie de desço- g«m «obte as horas dos calouros nos estações
feerts da verdade. Certamente, é esae am problema moral,
*ae não interessa de imediato a todee. de rádio.
For leee mesmo, ele deve ser debatido amplamente "pela
palavra escrita e falada". Debatido livre- MÉDICOS QUE PAGAM PARA SALVAR DOENTES —
mente, pois sem liberdade nãe c passivel escolher entre e bem o reportagem sobre o problema dos hospitais do
mal. Mazzini dizia, com bastant
vazão: "Sem liberdade, nãe existe a moral." Rio de Janeiro,
COMÉRCIO E INDÚSTRIA f U LUTEI CONTRA HITLER NA ALEMANHA — narro-
.Anuacia-sc aue a Departamento Nacional de Indústria e Comércio,
do Ministério 4o Trabalha, tivo emocionante de um fugitivo da Gestapo.
vai aer reformado e para caidar disso foi nomeada uma comissão A RESISTÊNCIA CHINESA E OS BARÕES DO MIKADO
A providência é apertona ti aa-
hído aue o problema trabalhista absorveu de tal forma o Ministério — grande entrevista exclusiva de S. Excio. o
do Trabalha «ae ati aingaem
levou em coata ene ele é também do Comércio e da Indústria.
Resultado disso é «ne outro, orgãee Ministro do China no Brasil. Dr. Shao Hwo Tou,
tomam a si tarefas que deviam ser executadas
pelo Ministério ei» apreço. detalhando todo o desenrolar dos quatro anos
O Brasil inegavelmente vem progredindo industrialmente nos
últimos tempos. O Cato ae com- de guerra sino-japonesa.
imtm a alho aá. Mas o Departamento de Indústria do Minietério
do Trabalho, se qaiser prová-lo aãa OS ESTUDANTES FALAM DE LITERATURA — continuo-
pode. rorqae aãa existe ali am serviço de estatística industrial
perfeita. E a estatística é a base
para aaalquer prova nesse seatída. ção desta oportuna enquête.
A aaséacia de tal servida poderá até levar estudiosos do as»«nte BRANDÃO ENTRE O MAR E O AMOR — continuação
a equívocos perigosas, qaaa-
de esses estadiesos, impaciente*, tentam a elaboração de audaciosas
estatísticas próprias. Também do novela coletiva de José Lins do Rego, Rachel
nesse terreao, poderá verificar-se e engano em de Queiroz, Anibal Machado e Grociliano Ramos.
que incorremos quanto à população do pais, que, feito
• ceaso de 194«, receou de 45 pare 41 milhões de habitantes. .. MEMÓRIAS DO MAIOR CRONISTA ESPORTIVO DO
PTJ*m?.*9l?a4ÍmV ' ref,,,m" E,«.« n5« ¦* oportaaa, «as BRASIL — segunda porte dos revelações de
inaispeaaavel. E que seja e«e-
catada cam vistas largas ! .-^^Orv» .."'ÍS*^;»^'?.-.' "^:i>*NK.ãt^'^.» 4. ,'-**!-*«i(S«r-.ei Mario Filho.
COMÉRCIO, PRODUTOS E LATIFÚNDIO
O Brasil exporta ainda m.itoa
tamente, «em a sua economia nem o
asais am pa.s s.mple. produtor de
gêner- «e ^bremeaa: café, ««aa, laranja, banana. Mae, aer-
seu comércio se baliam .pena» ai™. Com efeito, não
sobremos.. No. último, tempo. a. sobremesa, teem
somos
perdido
EXPEDIENTE
terreao em favor de outros genêios
Ao fim do terceiro trimestre
alimeaticioe e sobretudo das matériaa primas
deste a-, .« cifrw do comercia exterior revelam o aeg.iate:
DIRETRIZES
qHe "" f'Ual Perí<M,# * "¦• »-*• "«««"««« — ** %, figuram ago- Propriedade da
Zra rDêr8Y„"m:_TT
apenas com 45.6 % «o
passo que as matéria, prima. ..biram de 42,* % EMPRESA EDITORA DIRETRIZES LTDA
liem melhorado bastante a contribuição das manufaturas, par. Si.5 %, tendo Um- DIREÇÃO de Mauricio Goulart e Samuel Waiher
pois dè 2,« % se elevou a 3 9 % *
SECRETARIA de: Augusto Rodrigues
tador do Brasil e t.p.camente de sobremesa, ti o ..«a velho « ub.ro.. café que eqaivale a 28 4 Sf,2?5ÍSA»feAfranio de FreiUs Hvuzxí
- Carreiro de Oliveira
•-r°">""'""}*"
PUBLICIDADE
ZT£J T rtM"'"—¦ • ','°4U'- "-•• ~«»«í 2 c- », %,
REDAÇÃO
d» «*•«*•*« brasileira a. carne. • o cacau, o. ^"^^75.^ MaIrl,Ih".lResRO' A,varo
Unem *2\£V
tíZ .Prodnt°':<:hef-
com 12,3 %, sao gêneros alimentícios. quais contri- Moreyra, Franci*,o
ae Assis Barbosa e Joel Silveira — Redatoft»
° ,,lo«ím m*ior "Unificação encarado de um D'Horta - Movimento
ponte de vista maia ampla, pois todos «««.
•redutos se ba.eiam, trate-se de lavoura oa cri.çãa, m.j. o. menos Carloa Cavalcanti — Artes PlásticasTrabalhista.
£r,,£!501^P'<l.r0,M,
¦«««*
no latifúndio .. Marqaes Rebello — Discoteca.
PENSEMOS NA VIDA.. Marillo de Carvalha — Música.
*U """"f* •- —•"¦ N~ ""•»«¦*• «~ ** «* ~ S-e eej. e*e Nassara — Rádio.
m.ada^^rjrr" Z Heitor Cunha — Mando em todos es setores.
R. Magalhães Jaaiar — Cinema.

szsr.rs££%£*" "e""- - —* •* *.'¦• ——


eomo deve— viver. Deviam.. pe„8ar .obretado ao. m.rta. mai. r^ente. Rachel de Queiras — Crítica Estrangeira.
« «ni. distante.- «a «.« Richard Lewinsofca — Guerra sem mistérios.
Teefita de Anérade — Economia e Finanças. *
Pagina.ão de: Augusto Rodrigues.
lTCM# "ÍT'n,0'0"d« ™ tr*" * »•*- -'•"•' *-tre Ilustração de: Irene • Arteobels.
a liberd^e . . morte. Olhe-
me* £-17*1 com Cbos de homem. O reti.ir das armas
TJT
«ee W™»^, é um toque triste • paté- COLABORAÇÃO
que, neste instante. ..sombra o mundo. Mas ele na. alerta
ae»U a morte. El. deve ao. dar ânimo par. . luta contra tado q«« Zt Af°!,8°. *$T ** "&» *•'•¦«». Afonso
par. defender a vida . . liberdade áoíiSE ^ÜJ
Schmidt, Aadre.FVtM'
Carrawoni, Anibal Machado. Antônio Bento
'rí"1" ^^ ^^ h*J* *m di" * u— MMá*d* -*•'- -«vo. Aparlel. TereN. Ari.teu Achilles, Armando d'Alme"ia
a «eJ^-liãÍ0! r7U," "' P°"Sa "°" t0rnãr f*Uae'- S* C— - *™ c—-«•»•' Mr .«E Ramo. Augusto Frederico Schmidt, Austreresilo ArtJÍ
de At ha vi
l^e ..Tleícid^e ti í Beaj.mia Soares C.bello. Carlos Scli.r. C?1Z
ZrZ
eie ato ae
4e viver.
rlJ, SÍT. ÍtXt™:?
Condenemee
">""•" de,"d« * '«««!*•*• f««d.ment.l
a escravidão ou o naziamo. que é a morte
TRADIÇÃO REPUBLICANA
I
qee decorre E"*^
Wae Ç«.i...
da Cast^ Danton Jobim. Danton Vaianré va~1? r
lheiro Edgard de Castro lAS^^^
Erice Veríssimo. Gastio Cruls. Genolino Amado.
tnlaasMaVai
Ricarda. CelM Kelly, Clovte R^JÍbeí
* i
Uma opinião de Manoel Bomfim, no "O Brasil", Gracih.no Ramos. G.ílherme Figueiredo, Gilberto f"Í(
pida. 299- Lima. Horácio Cartier, Hildefo.,. Falcão. Heitor LImã «J^«!.
B-"fI '""*• *'"lOU ^ ¦" ** lr-,«i- Joio de c"n..l J^í »
W*««"¦. Mesmo a nome
ale
rio é ZSèJT1*1* !
referido, a. aspirações «s^nciais vão par. a realiaação democrática radical ' qM.de

O PADRE CÍCERO DO SER!ÃO CARIOCA Redação e Administração:


F A GRANDE REPORTAGEM RUA PRIMEIRO DE MARÇO, 7
"DIRETRIZES" QUE («• and.)
(fcntrada pelo Beco dos Barbeiros)
Telefones: — 43-8570 e 43-85S8

PUBLI- Difeçao e Redação — 43-857»


Gerência e Publicidade — 43-8598
PREÇOS
CARA' NA PRÓXIMA QUINTA-FEIRA Náatero avulso
JSumero atrasado . . . . #
í$Mç
2$GS0
Assinatera anual 5«$«M
Aseinatura semestral . . . 2S$ÕtO
6/11/941 DIRETRIZES PAG.'II

0$ estudantes brasileiros e a literatura universal


"CASTRO ALVES, TALVEZ O CÍNICO GÊNIO NA MO-
QUE ESTA TERRAPRODUZIU'!...-^ E' CAPAZ DE DESTACAR UM VULTO —
DERNA LITERATURA NACIONAL? ^4 "NÃO. NÃO CONHEÇO UM VULTO". — A POPULARIDADE DE DANTE AL1GHIERI
"AQUi, AS MULHERES AINDA SÃO MULHERES". . . — ANDRÉ' GIDE, A MAIOR FIGURA CONTEMPORÂNEA — "ASTRONOMIA
POPULAR" DE FLAMARIÒN AO LADO DE "DON QUIXOTE" —"NÃO SOU MASCARADO .. PREFIRO MESMO A REVISTA" ,—
"POETA" NACIONAL
COELHO NETTO, O MAIOR J>

DUAS MODALIDADES DE ESTU l~*í)I sem dúvida extraordinário o interesse despertado por nosso esforço, no sentido de apre-
" cnquête". Aliás, o interesse — Quais as suas leituras
DANTE y.r
£ sentar, ao público, a estudante brasileiro, através de uma alem dos livros didáticos: Pre-
Depois de alguns telefonemas, não se restringe ao público, mas se estende ao próprio estudante, à grande classe estudantil, fere jornal, revista ou livro ?
o repórter consegue localizar Ea- que, como é natural, não poderia estar a par da cultura e dos problemas de cada um de seus mém-. — Qual a sua opinião so-
bre a literatura nacional em
clides Aranha, 2." anista da Facul- mbros cm particular. A repercussão alcançada por nossa primeira reportagem, foi verdadeira- face da literatura universal?
dade Nacional de Direito, que nos. e de certa maneira inesperada: Bra nossa intenção, desenvolver sobre cada
recebe em seu escritório e nos mente surpreendente — Está ao par da literata-
convida a sentar. Explicamos a assunto, escolhido, dos vários setores da vida do estudante, uma única reportagem. A primeira, ra nacional moderna? Qual o
finalidade de nossa visita e ele como se sabe, foi sobre o estudante e a literatura. Esta que hoje apresentamos, focalizaria* vulto que mais destaca?
observa que não tivemos sorte ern Miis o súbito interesse despert ado, junto ao público e 4 — Na literatura moderna
pois, outro, aspecto da vida do estudante. nacional há algum escritor do
escolhê-lo para responder às nos-
sas questões. ò classe estudiosa, por nossas questões de literatura, animou-nos a insistir no mesmo tema. S-uge- nivel de Machado de Assis e
¦— Por que ? indaga o repórter riram-nos que 7iiuitos outros estudantes deveriam ser. ouvidos. Aquiescemos. Outros estudantes fo- Euclydes da Cunha?
Eu explico,-diz . Euclides — ram ouvidos: Apresentamo-los, hoje, aos nossos leitores. — Qual o livro nacional ou
Vocês devem procurar o verdadei- estrangeiro que lhe deixou
Ai' verdade, todavia, que não nos será possivcl, em nossas futuras conclusões; chegar aos ri- impressão até hoje?
ro estudante dos dias modernos. ' maior
Aquele que trabalha e que estuda (jures da estatística. Isto caberá ao Censo Universitário. Mas teremos sem dúvida, no final de — Qual foi a literatura es-
às próprias expensas, com esfor- nossas indagações, um interessantíssimo bosquejo, cs cru pulo sam ente honesto e sincero. trangeira, mais rica? E na
Co e vontade. Ajas embora dividin- atualidade?
do o seu tempo entre o trabalho uns.. ________ — rode a guerra influir
e o estudo, os jovens de hoje fa-
____________ sobre os escritores nacionais?.
zem muito e vocês concordarão tt- Qual a sua opinião so-
ao fim, com o resultado deste in- bre a coleção das moças?
quérito. Por isso, eu não posso fa- — A literatura infantil no
lar.por esses que... j_f ¦'.V''-'«qoyvy-.
'.w.. mfS&ICf- ^3«8&. «¦
v•••*•¦• jTqol K».-
B___t____f_. tMí****'
.•*^^_____-_pi
^**-
afr *
w'" Brasil já alcançou os seus ver-
Mas, interrompe o repórter ^> -'¦&.-'.
-S» i*_sSs?- g_r%. dadeiros objetivos?
o que nós queremos é que você 10 — Qual o maior poeta na-
respondia às nossas questões, indi- -dfflSBfh ; '>$? shHp' t &».°:"r"*' '^tfl__9§£ cional de todos os tempos?
vidualmente, sem representar nin- 11 — Que livro de poesias
üuem, que não seja o estudante nacional poderia ser incluído
que você é. na literatura universal?
Euclides procura ainda, fugir às 12 — Os cinco maiores livros
nossas perguntas mas o repórter da literatura universal?
insiste e ele afinal concorda:
Pois bem, no que se refere a
literatura nacional, encontro um to de romancista, é Jorge Amado»
valor extraordinário neste curto
% por seu processo panfletário.
espaço de 400 anos. Pelo ponto em —i É capaz de encontrar, pergua-
que nos encontramos atualmente tamos, em nossa moderna litera-
a projeção que conquistamos, tu- .s!. :^| tura, algum escritor capaz de so
do o que possui mos, é deveras si B?^^^^*tBI _P^^^*^í_íar ^__l P^^^^^^^B ___________^__.^^'^._^í^í ____H£|PQ_n_j( igualar a Euclides ou Machado?
gnificativo. Poucos povos pode- Encontro sociólogos tão bona
'^mM KJSyffiHHJgffi
riam apresentar tanto, em tãn < - - ^;'-:^^Brv^x^B Br .^B jÉfcee^*''" ^_______B _/***_«-*_. w- - ^^B
?/-i
^^BgaflBKx'
como Euclides. Mas quanto a Ma-
¦*» i_ pouco tempo. - ' '¦' '______________. •':'•'¦ ''"S?.^-„ *'}'*l_t. chado, é possível encontrar escri-
E a moderna literatura nu ffl 1» ¦ Ji___»**'______l ________ Bfc.."'^''¦ 4. tores mais nacionalistas, mas quo
cional? perguntamos. '-¦''%- *^>^ '^tSft-.r^ **x 'y~ não conseguem superá-lo na for-
Sem dúvida verifica-se uma JSêV «______ _________________! ______________ -^mW wSxFÜm-^ íy . à
ma.
acentuada influência do meio. Ve Qual a literatura estrangeira
nos o homem do norte descrever Hi_i_R-V-*.*!*'*•'•* -*-'•_»"-'-.*. mwCimvfysl-y.- ¦ '•*0_)_____trS*->X-.*_*I..M H#W5'^ _____M _________-n^___________________^Wp*' _____P_____r>^^*Ok mais rica no passado?
o ambiente do norte. Entre estes $888... í ____./ ^tó_, >__í ¦ '•' '____!____? -___l _K'vl__ l-Síf ;»%____í \ Francesa, tanto no passado
vemos José Lins do Rego, Jorge como na atualidade. E André Gide,
jSj_^^33^'X'*v^%''*4^j||_fli_^r^ ¦'• __________ _____¦ J-B ¦___^*'*'*'*^'Ív^^%?y^^__WB^-lfotf' •¦'¦'•^^^L'
Amado, etc. Outros há, entretan é na minha opinião a maior figa-
to, que enveredam por outros ca-. ra contemporânea.
minhos, tornism-se científicos, fa- Acha que a guerra exercerá
zem monografias, como Ovidio da influência sobre a literatura?
Cunha, que escreve sem a noção Sim. De todos os modos.
precisa e científica dos detalhes Principalmente, determinando •
confundindo RUter com Ratzel 1 ¦tív'''':'"'''''i% ¦;.;••-. _a_JJ_B _-BcBBPM-É-_ÉÉÍ------J'.:/1.---S-. *•"¦£&..
*¦'<__________!
_____ufW %^Ê _____K-'V^
'"'£¦'
aparecimento de novas corrente»
' ou-
etc. _HI _b8_1s^'**x"&" í>^ ¦ ^IB ______!^'^_9*!^*^__i___i __________¦____________ ^^^¦yBffi^^S BH&*-"*"' literárias, algumas ridículas,
Alem dos livros didáticos, o * *^&m^hH ____________^__________________i________B trás de vulto, como sucedeu n»
-j_L__i _______?S*^&* •'¦"¦.-'¦'.* . •*"' ____________¦._______. ________________________! _íÍb______________í_______- - -
que lê de preferência? pergunta- guerra passada.
mos. ^^^^^Wl _____ÉÍ___________D
-*¦ E diga, o que acha.da litera- i .
Leio tudo, responde Euclides. ^R _______nB%K!_____B ________________i!_^ _Bc tura feminina no Brasil?
mas, quase sempre, só até a meta- F,u acho que devia tomar no-
de... «¦ B^v.*
'¦•''')'¦
. * - * va orientação. Orientação maio
Qual o livro que lhe deixou ^________! ________ç%________! ___¦
realista, mais humana, como tesa
maior impressão até hoje? feito Raquel Queiroz, atualmente.
Dois, que eu me recordo: ™ ' •'.¦'¦'-* Finalmente encerrando a entre-
*"Canãan" e "Memórias Póstu ^^^JflWíwjWj^PWJJSSÍÍW^ffl?^ •mmWm\\ m%wt-'
"enqnête' de DIRETRIZES: "Os Estudantes vista, Augusto Freire Belém opina
mas de Braz Cubas", e isto, sem Os universitários cariocas acolheram com entusiasmo a sobre as grandes obras da litera-
intenção de ser nacionalista. . e a Literatura Universal" tura universal. Escolhe entre^ aa
Qual a literatura estrangei- Acho que tem um valor re- literatura infantil norteamericana. A pergunta é difícil para obras que conhece, o "Candide",
ra mais rica no passado? lativo, porque, hoje em du,imu- E esta não tem fins educativos, mim. mesmo porque um estudan- de foltaire. "Hamlet", de Shakes-
A inglesa, incluindo nela, to- homem nos cos- na minha opinião. te do pré-médico, não pode «star neare, os "Os Maias", de Eça,
lher se .iguala ao "O faleci-
dos os povos da língua inglesa. lumes e a sua literatura, portan- Qual o livro estrangeiro que ao par de questões de poesia. Mas "Fausto", de Goethe, e
E na atualidade? lhe deixou maior impressão em arredito Casimiro de .Abreu do Mathias Pascal", de Plrandello,
Agora, mais do que nunca, a to, quase não oferece diferença. que
Qual o livro que lhe causou sua vida? seja o maior poeta brasileiro. A seguir o repórter se apresen-
inglesa. Só a América do Norte é mais profunda impressão? A "Divina Comédia",de Dan- Quais as cinco maiores obras ta à senhorita Lyllian-Mary da
uma verdadeira fábrica, e conta "Madame Curie" de Era Cu te Alighieri. da literatura universal? I.ocha, aluna do Instituto da A.
com mais de 600 obras, sobre Qual a literatura estrangeira Na minha opinião, só a Fran- C. M. do Rio de Janeiro.
rie.
questões de guerra, nestes dois — E qual a literatura mais rica mais rica no passado? ça, poderia açambarcar os cinco Lylliam-Mary explica ao repor-
anos. do passado.? A francesa, seguida da por- primeiros lugares, na literatura ter que em geral, procura muito
E acha que a guerra possa in- A francesa e a inglesa. Na tuguesa. Na atualidade, continua a universal. l*elo menos do que eu pouco a literatura nacional. Lê de
fluir sobre os escritores nacio- atualidade, a francesa ainda se francesa. ja li. preferência, livros estrangeiros n«
nais? mostra a mais ri«.., embora a Qual o maior poeta nacional? E a guerra, poderá influir na original, para o que dispõe de cer-
Sem dúvida. Como exemplo, Me parece que é Fagundes literatura? to conhecimento de línguas.
americana tenha sofrido grande
O "Saga", de Krico Veríssimo. evolução. \ ardia. Lógico. As guerras, provocan- O livro que maior impressão lho
Acha que a literatura infan- E sobre a poesia? pergunta- Acha que a guerra possa in- do grandes transformações sociais, rnusou, foi o famoso "Litle We-
til, no Brasil, já alcançou os seus mos. fluir na literatura? acrescidas dos fatores econômicos, men" da literatura norteamerica-
verdadeiros objetivos ? Qual o maior poeta nacional Sem dúvida. Se a guerra in- influem profundamente, incenti- na. Considera a literatura francesa
É assunto remoto... Creio de todoB os tempos? flue na liberdade do pensamento vando o surgimento de novos es- a mais rica no passado e a ame-
entretanto que não. No Brasil ex- Considero Castro Alves o v da palavra, por certo há dc in- tudos histórico» e fazendo apare- ricana. no presente, acompanhada
cetuando-se Monteiro Lobato, pro- Aprecio (iuir na literatura. cer, também, os sentimentalistas da alemã. Dá à literatura femini-
maior poeta nacional.
cura-se unicamente distrair, sem Guerra Junqueiro. Quais as cinco maiores obras cm geral. na. o único mérito de ser maia
também,
qualquer preocupação educativa. Das grandes obras da literatura da literatura universal? O repórter faz ainda uma per- sentimental i ...
E sobre a poesia? universal, Jenny Coelho "A Souza só São tantas... Mas as maiores, gunta, e o entrevistado responde „.:,.__'¦

Como na prosa, o. meu inte- "Os Miseráveis" Sorrindo: NA ESCOLA NACIONAL DE


pôde enumerar quatro: Divina eu creio que são:
resse é mais despertado para a Comédia" de Dante. "Romeu e dp Victor Hugo, "Don Quixote de Tenho lido pouco sobre a li- EDUCAÇÃO FÍSICA
nossa poesia antiga. Considero Julieta" de Shakespuare. "Os Mi- Ia Mancha", de Cervantes, "A Di- feminina no Brasil, o que
"Os teratura
Castro Alves o nosso maior poeta, seráveis" de Victor Hugo e a vina Comédia", de Dante. me faz supor, que quase nada pos- Adahyl Valença. está no 2.* an»
e talvez o único gênio que esta "Besta "Oteld", de Educação Física e con-
Humana" de Zola. Sertões", de Euclides, e mi i mos no assunto. Na verdade, superior
terra já produziu... de Shakespeare. meu amigo. aqui. as mulheres ain- fessa francamente, que não está ao
Agradecemos a Jenny e ouvi- da literatura nacional, e não
um colega de da são mulheres. .. par
NA ESCOLA NACIONAL DE mos, em seguida, AQUI. AS MULHERES AINDA se sente capaz de falar a esto
turma de Jenny. o estudante Elias
AGRONOMIA Nachef que disse ler de preferên- SAO MULHERES... SOCIÓLOGOS TÀO BONS COMO respeito.
cia e. nestes, só os assun- EUCLIDES DA CUNHA O livro que causou maior im-
Jenn.v Coelho Souza. 2a anista tos jornais de gucriu. Quanto à nossa li- O jovem José Augusto Barros pressão a Adahyl, foi "...E o vento
do complementar de Agronomia, teratura, Elias é de opinião, que Guimarães toma um café no bar — Eu penso que somente agora, levou..." de Margareth Mitchell»
confessa que não está muito a ela tem caminhado em ritmo maia do Colégio Universitário. O repor a nossa literatura está apresen- Considera a literatura francesa co-
par da nosua literatura mas tem acelerado do que a universal. ter se apresenta e ele imediata- tando algo de original, diz Augus- mo a mais rica no passado. Per-
confiança em nossas letras, por- E sobre a moderna literatura mente atende. to Freire Belém, 2." anista da Fa- guntamos a Adahyl, qual o nosso
que acredita serem de um povo nacional? perguntamos. Sobre a literatura nacional? culdade de Direito do Rio de Ja- maior poeta e ele responde quo
em formação. — eu acho neiro. — Antigamente, continua nào é capaz de apontar o maior
Na atualidade, os autores na- pergunta José Augusto.
_. capaz de destacar algum vul- os pornô- que é relativamente fraca. Está Belém, a literatura no Brasil, na- poeta, mesmo por que não os apre-
to na moderna literatura nacio cionais preferidos são iniciando seus primeiros passos. da mais era do que um reflexo de cia...
nal p,r-uni.timos. e e.a— responde gráficos, os amorais. à moderna literatura na- outras literaturas. Machado de
depois de refletir É capaz de destacar algum Quanto Mas em seu livros, deixa transpa-
cional, sei muito pouco. pos- Assis A GÍRIA CHAMA DK
Não. Não conheço um vulto vulto da moderna literatura na .«o destacar como vulto. José Lins tecer essa influência. E somente "MOLEZA"...
E alguein capaz de se igualar cional? do Rego. hoje. com o néo-nacionalismo con-
-— Afranio Peixoto. t .%_
a Machado de Assis ou Euclides da E o que acha da literatura E qual a literatura estrangei- t#«mporâneo, é que vemos nossa li- — A literatura nacional passara
Cunha? ra mais rica no passado? teratura adquirir uma pcrsonalida- por um estado qne nó se pode ex-
Não. Coino já disse, não co- Feminina? Decididamente, a francesa. d« própria. "moleza", co-
a moderna litera- Ainda não é uma literatura primir pelo termo
nheço bastante à situação atual, a Na moderna literatura nacional, mo se diz em linguagem popular,
uma literatura Mas devido
tura nacional, para encontrar vul- definida. K, ainda, americana tem aparecido, embora temos grandes nomes, como Jor- dix a senhorita Fanny Malin, 1.*
tos do quilate de Machado e Eu de bolso. Qual a sua opinião, sobre a sincronizada pelo cinema. ge Amado. Graciliano Ramos. En- anjsta q> matemática, da Facalda-
clides. E qual o maior poeta nacio- co Veríssimo, etc. De todos, porem,
E o que acha da literatura literatum infantil no Brasil? o que me parece ler maior instia- (Continua aa página seguinte)
—- Acho que ela se espalha na i.al.
feminina? .
Pi ¦'--_Í»

PÁ&32 iVv
DI.R.E TR I ZES <V/U/«)41
(ÍSí* ¦*-¦--
_BSH--i:
IR 68 •
(Continuação da pág. anterior) escritor capaz de se hombrear, '§¥&%&* ou cão que se vem fazendo neste .en- "La bete humaíne", de Zola, Eu acho que está começando
«^ de Filosofia. Atualmente, ^ *í^^*e|?f*í «f* *fc tido.
r*\"~~ E sobre diz Carlos Paes Barreto. a se desenvolver com Monteiro Lo-
.«•rn; continua ela, «osais letras 2W* £* £u.*h-? Perguntamos, poesia ? :j; '10-- — "Madame Boyary", de Flau- bato, diz Carlos Paes Barreto.
' *'"«-
.£••». passaram po* grandes t ransforma- V_£|"£ PffÉP *m »-»«<¦« * Considero Castro Alve..''© bert, termina Nilza do Couto. Eu estou de acordo, diz Nilza.
d« m>l Áelhor d. í4sP^£;-e.ponde: . ; nosso maior poeta e entre as gran- i —.. a literatura mais rica, Qual o maior poeta nacional?
..'»» p>r. e- '*." " Qual
"' * des obras da poesia, universal-co- i.. passado, perguntamos. —
melhor para otimamente bem. De- li!".!. "" > "Obras completas de Cas perguntamos e respondem todos
pois, por outro lado, «literatura £lJZ l*l°ItAé-* «¦'"'^ .e8cr,tor. *P°* '**«> *f Itet-pondem todos: — A francesa, a uma voz:
ou tro.
dò Velho Mundo, sofre am decli- SíJL^ÍSÍV T» * '_," .A,v*8 • «¦* »»*»¦¦« *-1«« E no Oriente, emenda Nilza __ Castro Alves.''. .
ni« acentuado, em favor da ame- SKS^^S ?^ ?*, P°et,Ca ?"?.encerra- P»»8"* « WW do Couto Soutinho: a japonesa." — Existe alguma, poesia nacio-
ricaa* e podem*, dizer mesmo.' ^L- SSaiUi**J* ¦ ™*™ *****»*«? d. »"ocid-de
•m fivor di mcioMl rempa,
u» estudo serio J&™^* de sua pelos «agrados princípios abolido- E fique sabendo que a japonesa, nal, capaz de ser incluída na ii-
"J*"*" *' "^ tem coisas extraordinárias. l«*ratura universal?
€««• Mlf d- no^a modem. Í^^E*0 ?S ^^^^^»"^*^ E na atualidade? — Acho qué nãõ, diz Teimo!
literatura, possa apontar Éricc. Sg£iSfe'^ÈÍ! ?M reivindicações sociais Na atualidade, diz Teimo, me —_ Navio Negréiro, opinam José
nestas T?0'
condições, !raut°
V..!,..,..
veríssimo. contemporâneo
•- »-__.._. »**»»«* »__.___ „s_ jt •_ _,s.„i _•_de __ sua época.
_•-¦'*' '-•_ difícil destacar uma litera- Taro e Carlos Paes Barreto.
- É eapax de encontrar um es- P^vel saber ain- — Quais as cinco grandes obra* parece
%* tura; Otfras Completas de Castro
eritor da nossa moderna literatu- da literatura, universal ? 'termina
_ E - — "Os- Sertões". "O homem Idem, diz José Faro. Alves., Nilza.
C°m tinh* causado "Saiam- Eu acho que continua a fran- Quais as cinco maiores obras
ll^VWl Fe„ofide°s,?Parar
ou Euchdes? eio em profunda- Impres-
-£ desconhecido" de Carrel, "
chado de v». bô" de Flaubert, "Os Miseráveis" cesa, diz Carlos Paes Barreto. da N* .ratura universal?
É dificil comparar escritores. * quaIq|Ier "Eurico,
da? de Vitor Hugo e o pres- Nilza hesita, mas depois concor- Todos respondem ao mesmo
e, principalmente, escritores como tempo, e afinal, depois de passada
~ Não me recordo. Há certa» bitero", de Alexandre He reu.'uno. da com Carlos.
Machado de Assis. Talvez, em po- "—
espécies de -— E o que lê de preferencia, E o Oriente na atualidade, » confusão:
pularidade, eu pudesse citar Alva- calar fundo literatura, que podem alem dos livros a Nilza? — Teimo Pereira: — "Lusia-
ro Moreyra. em determinados in- didáticos ?. perguntamos "Fausto", "Don
Qual o livro que maior im diyiduos. No meu caso, não tenho . — Eu não sou mascarado... Pre Agora a literatura indú, so» das", Quixote",
"Crime e castigo" e' "Mãe", este
lhe causou? idéia de um determinado, livro que firo mesmo a revista. brepujou a japonesa.
"pressão — Foi "Judeus sem dinheiro" ten ha atingido profundamente
' Aproxima-se a senhorita Luiza Acham que a guerra possa in- último de Gorki.
minha sensibilidade. Gulkis, colega de turma de Virgi- cluir s.bre a literatura? José Faro: — "Fausto", "Wer-
de Michael Gold. ' ther", "Don "Lusíadas"
w Perguntamos agora â senhorita ; É qual a literatura estrangei- lio, que nos apresenta. Teimo Pereira é de opinião que Quixote",
Fanny sobre a literatura infantil ra mais rica em sua opinião? A senhorita Luiza acede em res- inllue decisivamente, como em * obras de Shakespeàre
Aí está uma pergnnta difi- ponder nossas perguntas e come- 1.14-18, com E. M. Remarque. Carlos Paes Barreto: — "Don
no Brasil e a nossa entrevistada ;-"-^.. "Pigmalião", "Lusia-
chama sua'irmã. Clara - Malin, de cil dè responder. Seria árduo es- •ça dizendo que aprecia de prefe- Jot>é Faro está de acordo e Car- Quixote". "Besta Humana" e "Fans-
«nze'ãnos~de idade"e repete nossa Pécificàí•. às literaturas mais ricas, «ência um bom livro que fale um los acha que até agora, a influên- das",
°8 P°*os» de acordo com o. Pouco da realidade da vida. Acha cia tem sido enorme, com o gran- to".
pergunta. po'8 Nilza do Couto Soutinho: — "A
Clara é uma menina viva e res- «etis grandes períodos, teem pro- tambem que os nossos escritores de número de obras que surgiram
grandes realizações li terá- „teem bastante mérito, mas reco- bobre o assunto. Divina Comédia", "Eneida", "llia-
pon d- prontamente: duzido e "Odisséa", "Fausto
-£u acho que já alcançamo. Tt*8' Assim, o grande período nhece que lhe falta tempo para es- Nilza .acredita que influirá fa- da" <• "Ta-
objetivo-, porque hoje a criança francês, como exemplo. ia»" suficientemente ao par da zendo decrescer a produção literá- »"aizo Perdido'^ de Milton
aprende a respeitar os pais, ser Neste momento Ayrton Diniz «ossa literatura, a ponto de poder ria e aumentando o número de as- Agradecemos e convidamos a
corajosa, patriota, aprende a ter volta a tempo de ouvir o nosso opinar seguramente sobre a suntos. otudante de música Ida Esposei,
confiança em si mesma,' a vencer entrevistado responder k nossa mesma. O que acham da literatura fe- que durante todo o tempo, perma-
es obstáculos na vida, etc última pergunta. Dá mais valor, todavia, aos nos- niinina? neceu junto aos nossos entrevista-
agradece e faz nova — Sobre as cinco grandes obra» sos antigos escritores. Acha que dos. ¦¦»•
O repórter Teimo: — Fraca.
a Fanny, responde: da literatura universal, eu prefi- atualmente os homens de letras — Ah! sorri ela. Não quero não.
pergunta que José: Desconheç>a
t — Na minha opinião, Castro Al- ro responder por autores. São os "áo são literatos. Escrevem sem- Mas, por que? — pergunta-
seguintes: Carlos: — Não leio..".
ves é o nosso maior poeta, e en- Shakespeàre, Camões, Pre sobre o mesmo assunto. Nilza: — mos.
Dante, Machado e Eçn O livro que mais lhe impressio- vido Em época remota, de-
tre as grandes obras da literatura "Obras "Uma vida", de Maupa.- a preconceitos tolos, a mu- Ora, eu não sei responder a
universal só caberiam as nou, foi isso...
lher era relegada a um plano in-
completas de Castro Alves". O DINHEIRO COMO FATOR DA sant. E no passado a literatura Modéstia, modéstia... A se-
Depois nossa entrevistada enu- PRODUÇÃO LITERÁRIA mais rica foi a inglesa, ao pusso KSjS* pJor T° nS* tÍnha P°88Í"
b'h lfd.e deudemon8íw 8»as ca" nhorita possue uma testa que re-
. mera as" cinco maiores "Nada obras da que na atualidade não está a™par
dos últimos movimentos V*Z„ receQnte™en*e' *»ar vela inteligência extraordinária.
. literatura universal: de Ayrton Diniz senta-se à nossa literários. li.?**
..novo na frente ocidental" e "Cri
'"D»;-
frente e fala: Acha que a literatura feminina é "<*" vu,to.8 co™°IS°Ph,f GfrBI"- Ida Esposei sorri, e retruca:
indispensável, "*• Mme. de Stael, Sevigne, etc. Isto é só tamanho..^ Eu não
, pois" de É. M. Remarque, — Sobre a própria origem, a como complemento
» a, educação dos pais" E mes- Jnna. "vo u-çao f«"«8a • esplen- conheço nada dá literatura nacio- .._
. me e castigo" de Dostoyewsky, tidssa literatura conseguiu absor- para dor d0B,8a.,0fs parisienses; prosse- nal, nem da estrangeira.
"A
_»___' _ • _
divina comédia"
_ ___ J_ _1 • _ fl J'

W^_- __ 4 -_
Dante _.
ver o romantismo francês e a li- _ mo há uma época para tudo. Sobre Posso
"Don Ia Mancha" de I-ratura a literatura infantil, acredita *uf *Vo,"'ndo « «oJ« '"» *» no. considerar Stefan Zweig o maior
*?& Quixote de épica portuguesa. que Estados Unidos a literatura femi- escritor da literatura estrangeira
Cervantes, e finalmente um livro
'cientifico1, Isto indicava que alguma cousa já está se definindo no Brasil nina .e apresenta com alto
£_-.__. a '"'Astronomia —
popu- de completo «urgiria. E realmen-,Qual . o maior poeta nacional? de desenvolvimento.graunal.
~~
e Erico Veríssimo o maior nacio-
O livro que mais pie impres-
lar"'dé Flamarion."pedimos te alguma cousa original nós pos- p*£*u.n,. Acham que a literatura
Agradecemos e a Fan- suimos. — Coelho Netto, xT°* responde, e não no sionou foi "Qlhai os lírios do
reconhece alguma nacional, Brasil, já alcançou seu. verdade!- campo", e mesmo nao me lembra
ry que nos chame Mario Trigo Sobre-a: moderna literatura na- capaz de figurar poesia
«?e Loureiro, o ocupadíssimo dire entre ap grandes ros objetivos? Está em embrião,
de outro. ' ...
tor de publicidade do Diretório da «JSí'iS _ nôL«*?'?2™t¦"'*' *?'.*"»»¦ d* literatura uni.,^.o«.. responde
f«»«c c_r.u_.__a moderna.».-!_
Sobre
T , p.p„:*„ literatura na-
luculd.de de Odontologia, fc te. ^Tninião « «síStÔ õiínt°o IS" ^°^ W entrevistada ,*'.... ç-lõiiAl nada sèi. Poeta, o maior,
ftoiireiro e diretor tíe football d.. S&Jf '"•""*'• as cinco maiores obras Jobc Faro e de opinião que em- scho que é Bilac.
ürte^*««?--?£ 1™ *m da literatura univerwl: " LUsía- hora não
r. A. E.. IS!:?8,.;,PfreCe",nf nivel relativamente igual. 5ue.*8tao se possa ainda citar A verdade é qué eu'pouco leio
"Divina Comédia", "Enei- grandes
No Diretório Central de Estu - • - romancistas d.s", obras, temos todavia, Meu irmão é que compra livros ê
dantes, ^Os são frutos, da" dC Virgílio. "A Besta Huma- autores em Monteiro Lo- tem uma grande biblioteca. Ma.
trabalha-se ativamente
' Estudantes de todas as Faculdades são reflexos . da nossa litera- na* de Zola e "Os Miseráveis" dé grandes bato • Veríssimo. „„ quase n5o vou lá. É é só...
tura Creio, portanto, que Victor Hugo.
«• Escolas Superiores, passam não épassada. possível estabelecer compa-
i apressados, máquinas de .escrever ração com
. salpicara ruidos para todos os Ia- •n
. dos, telefones tilintam, estridiilam
campainha, -toda . atividade tó^Ç^àSlÊ^^SíSS
. de uma multidão jovem e ipquie
os atuais. Alem disso,
estudante brasileiro luta contra
OPINIÕES

"tod»»tM
*r° c»ni«nt°- SãoP"«
DIVERGENTES
Agora o repórter convida qua-

eles:
mm® ELEINÊ ROSAV
responderem
Teimo Pe
?.,
m",s 1L7.Í°H#ocuP*r-»« «!« ,,t'r*tMr^„ ,3.qM em
tas. Em uma sala próxima, alguns ., reira, da Escola de Belas Artes;
Fazemos uma pergunta e "Rati- Jogé
Fáro, tambem de Belas Ar-
. «-.tudantes ensaiam uma peca tea- «ho responde: teB. CarIo„ p.eè| Barreto>
i trai, que o repórter procura ou- *
de Quí.
Vir.-Mas eis que chega Mario';:Tri- rica .i.Tm mie*< e Nil» dò Cout« Soutinho.
foi a iW francesa. 4er*t^r*_t___"f_U
Na atualidade. ^ Filosofia
••:¦'¦¦¦

. eo. ....;,¦ .. . ó dinheiro funciona como fator de .


fe
„•
"«unem-se " todos ...
produção literária. O pais mais a volta do re
IfcMQS QUALIDADE, FALTA- "«o f" a Vl-drip^
NOS lNTENSinAnr.' . ^a%g$ «m meratura
„ i7.tnV. neve deve ser,ser poi..,ool." '- P°rf*'
_„_.,. «™
o pais mais rico em dinheiro. gunta:
..i..»_»..*« m- • t •'K°'.-ffern" - t ~ E *cn* 1ue * guerra possa in- , Teimo Pereira diz ler obra. de
&\ f,uir 8»br« os escritores? arte principalmente.
rf«;:9ia Tm«
do-se nossa moderna 7 literatu- _ Tem q„e lnflllirf ,té no éRti; Qs. outros lêem livros em geral
ra. —. Sobre a literatura nacional ?
lo. A guerra modifica o homem e

1
E continua: .—*—:.Tèmosperguntamos. .*.'A,-..-•
— Temos valores ' apreciáveis e Buffon já dizia que o estiloi éó
homem. Logo... ..'•*, h pontos fortes, diz"Téí-
de f(no quilate. Você me pede um mo Pereira, mas não podemos es-
vulto da moderna literatura na- Alem disso, é irrecusável que o
individuo escreve de acordo-com labclecer paralelos •:(cOm a univer-
cional, "seu" repórter. A respos- •> •;..
ta é dificil, porque você, natural ambiente e as circunstâncias ex- tal. \, %¦
teriores è interiores. José Faro não concorda: ••'..£''
mente, quer o maior. Pois bem, Acha que a literatura infan- ——Eu acho que a nossa litera-í
respondo temeroso, de estar fa- ti! no Brasil tura nada deixa
xendo uma injustiça: Érico Veris» seus já tenha alcançado trás literaturas. a desejar às oa-
verdadeiros objetivos ? — Pode dizer, emenda Cario.
«imo. E', na minha opinião, i- Não. Por mais que se faça
maior contemporâneo. Paes Barreto, que, embora esteja
Qual o livro que lhe causou neste sentido, sempre haveremos em franco progresso, a nossa lite-
m maior impressão? perguntamos.
Até hoje, o "Luxuria" de .'.
de achar que ainda há o que fazer.
ratura náo pode estar ao pé das
outras literaturas mais antigas.
Kessel, na tradução de Gastão CASTRO ALVES, O ARAUTO Nilza acha dificil dar opinião
Cruls. 8übre a nossa literatura.
Acha que a guerra possa ter DAS REIVINDICAÇÕES SOCIAIS •— Mesmo
porque, diz. ela, ain-
Influência sobre a literatura? A seguir, ouvimos Virgílio Pires da estamos em princípio, o que
De duas maneiras. Primeiro. de Sá, do A."
'»or- ano da Faculdade (orna dificil um paralelo rigoroso.
estlo; segundo, no conteúdo Nacional de Direito *e : t — Estão ao par da moderna li-
•tomo fator psicológico. presidente
—- Qual ò maior poeta da nossa da Federação Atlética de Estu- fé'— ratura nacional ? perguntamos
dantes Nào, responde imediatamen-
literatura? — Em face da literatura uniyèr- te T^lmo Pereira.
* — É dificil -¦¦..Tào pouco eu, responde José
is». ¦-..- dizer. Temos gran- sa), começa ele, nossas letras
de. poetas, mas variam todos'eles. representam um ^ro, nao estou muito ao par. Mas
esforço
no estilo. Mas Bilac no seu gene- atendendo às dificuldades colossal
de toda Ç08*? destacar um vulto em Lins
ro é .grande. ordem, como sejam, o meip, a do R*e? e Ri»e,r<» Couto, ineistin-
—— Quais os cinco maiores livro* nosra nouca idade, etc. Quanto • d°'
«mb.orO; em que não sou gran
da literatura universal?""" à moderna de *dmir«dor da moderúa litera-
"A divina comédia", "Os literatura nacional,'eu,
Lusíadas", "Luxuria", de'Kessel. mas
francamente, não estou ao par tura nacional
posso apontar Erico Verissi- Carlos Paes Barreto tambem
"Contraponto" de Ilúxléy não está
••Werther" de Goethe. e n.o, como Um vulto. Por isso mes- ao par da moderna lite-
mo, concordando com o meu des- ratura nacional, embora encontre
..Mario Trigo se levanta. Tem mil conhecimento da
coisas a fazer. moderna Iitem- em —Não Lins do Rego um vulto.
tura nacional, me é impossível en- admiro muito a literatu
Convidamos Ayrton Diniz, o po- contrar ra nacional, diz Nilza. Por isso não
"Ratinho" quem se iguale a Macha-
poular dos meios espor- do de Assis ou Euclidès. a procuro muito. Nela só se en-
E sou
MaS Ayrt°" eatâ «PreèT.dor^de" EuclTdê-Ttend contram frases soltas, sem subs- •^
íÍn?.ut8iadantÍ8J
ensaiando e pede-nos para espe- 8eu "Sertões" o o tância.
rar. • sido o livro que São capazes de encontrar na
mais funda impressão me deixou,
Enquanto esperamos, resolve até hoje. moderna literatura nacional algum
mos abordar o estudante de Di- Como maior literatura no pas- escritor capaz de se igualar ou
reito, Carlos Aoberto de Aguiar, ~ado
e tambem no presente, esta superar Machado de Assis oa Eu-
que gentilmente nos atende: fora de dúvida que é a francesa clides da Cunha ?
f>,i*. '.-: * • — Ê com prazer, começa Náo, não —respondem todos.
ÜK,; ele —Acha que a guerra possa in
" lite*minn "«cional Inir na literatura? — Nova pergunta e responde
2_Jf«„|Vfm08
adquirir pergunta Teimo:
mente nacionalista.
da nona prosa
om aspecto

moderna,
acentuada- mos.
Como vulto Sim. E a prova é o
grande Lembro-me mais de autores continua o sucesso de
posso número de obras que se vem pu- que mais me impressionaram: na
apontar Gilberto Amado, não tan- blicando
ío pelo autor, mas por seu livro
"Inocente,
e Culpados".
a respeito.
E • literatura infantil,
já ai
literatura estrangeira, Panait Is-
««-ti; na nacional, Euclidès GRANDE OTHELO e LINDA BATISTA
ob*«- - A mim, o livro
— É capaz de encontra, na mo-
derna literatura nacional, algum
vlTi: B»"l ,Verdadeiros
?L 5im Sim, devido 5Í.M
grande evolu- foi a , Pr«-8ao
"MemórUi
de um mediei"
me causou, diz José Faro
no GRILL DA URCA
que maior im-

\m%J
BE """- ss_s^í_B-í_w_a_»«iK_.

-,-^fi^^t^^V;;^-v;v--2 :-r- .-¦ ;-,*; x;rí ps^*J5$


"xx.^'-'
':'.-. asssgg
..-" -. ;. 22:
tf/n/94i D IR ETRIZES P4G. 15

O HOMEM D A MSTA iMPlESfAiA


Seria desnecessário . observai - ÁDÉIÍNQ PÉREÍHA, LAVOS. NOM RESTAURANTE DA aPRAIA DE S. CRISTÓVÃO. CONTA A, Llj- tho quando uma-tais-a,. vniii-i ,.dS)
mos que. ps õltiqs
"mundo' humanos, des- , TÓRIA DE SUA ESTRANHA OPERAÇÃO. ^- A CÓRNEA DE'UM MARINHEIRO PARÁ O OLHO DE uma chaminé, me caiu no olho*
de quç p è mundo, cons- " Não-dei- grande importância ao
tituirom sempre ujm tema de con- UM OPERÁRIO.
"'.'...'". £? A: FAÍSCA E Ò DESASTRE. V--; DEUS SEM AURÉOLA NEM TÚNICA. •— UM Caso. Mas. durante o resto dn
sagração universal, A virtude, a ÇÀpmiLÓ DIFERENTE NA VIDA DE^ UM HOMEM PACATO
¦ .¦ • .-,--_..,,-*¦¦_-« i ¦• tarde, o olho começou, a lf» •.i-_«-
'nícjar e- a cocar. Meti as unhas.
.maldade,, a malícia, ps bons e os
maus sentimentos.-— toda a hie-, No outro dia, a vista csqjcrd** cs-
rarquia do nosso mundo emo- tava inflamada, dolorida e qu-:se
cional sempre tcye sua prof.un- que eu- não podia ver nada. Dal
da radiografa, suo. sincera ou para uma infecção total foi qu_*s-
fingida .manifestação, .através tão de tempo. Uma nianhA ea
desses .focos de .sensibilidade que. me levantei inteiramente cego do
so encravam sob. pupilas delica- olho esquerdo. •
das, e, às vezes, traiçoeiras...
Onde houver, pois, ausência dos V OS DIAS NO HOSPITAL
olhos, a vido como. que perde a
sua razão, dc ser, e o amor e ò Adelino foi licenciado na Com-»
ó.liô apelam, na sua exterioriza- panhia onde trabalhava. Come-»
ção súbita, para os gestos mudos çou a passar dias terríveis no
c. frios; o encontro insatisfeito hospital. Sozinho, sem ninguém,
das sensibilidades-que se tocam, era um homem sem esperanças.
mas não se .conhecem, longe do Alguma coisa lhe dizia que nun-
sol c da paisagem, do mundo. ea mais voltaria a ficar bom da
vista esquerda. Delialde Irmã
PERSONAGEM PARA UMA Berta tranquilizava-o :
- . .HISTÓRIA
— Paciência. Deus sabe o que
A filosofia ai de cima pede- faz. Urn milagre acontecer... Pa-
n pernas um person«*íem para'uma ciência. --rlâ
história. Sei» milhões de cegos Um milagre ? A vida havia si-
vivem no.mundo. .Alguns nasce- rio má para Adelino; nunca um
ram assim., Até hoje, vagando milagre acontecera no seu caiu -
adultos por. um mundo de som- nho. Ele diz isso agora, na mvr.a
bras, pada sabem ctos claridade* do café da Praia, enquanto mas-
terrenos: a luz do sol, o sorriso tiga o seu opulento jantar, c per-
das mulheres, os olhos das crian-
ças. Outros, por uma fatalidade iiffl SI II gunta :
cruel, viram-se um dia expulsos
do reino claro dos que veem.
111 wè m — Como
em milagre ?
podia eu acreditar

Imersos nas pesadas sombras, DEUS DIANTE Dl? ADELINO


levam consigo o peso de uma
treva injustificável e inimiga. Vinte c três dias depois que
Mos a ciência, que aos poucos estava no hospital açoite eu
vai invadiu lo os latifúndios de . uma coisa diferente na v'n':\ de
I).*us, não descansa. Sua curiosi- Graças ao milagroso olho que lhe foi devolvido, ele pode, hoje, brincar com os canários...
Adelino: Deus veio ao seu en-
dade peneira nos'segredos mais
'
invioláveis. Suas mãos aflitos, dias ele faz as refeições equi. afirmando uma coisa muito sole- . Seu Adelino ? Um homem. .contrp. Não surgia com aiireda
Um dia*come sardinha com-pi- ne: > bom.., . ¦. . , . na cabeça nem vinha vesfdo *l'4!
inquietas como mãos' infantis.,
révo.lvem os privilégios divinos.e rão, outro dia, bacalhau coinplc- — ii Verdade. Trabalhando há um tempo numa túnica branca. Trazia í*j>s-
os transformam cm conquistas to, outro dia, peixe à moda» da grande na Companhia União, for- uas um. avental alvo de médico.
casa. Não suporta é feijoada. -água •
para os na- EBrasil se chamava Dr. Nelson Moura
human.is. UMA FAÍSCA E UM DESASTRE ricccdora dc do Amaral. O Dr. Moura
Um dio um homem disse: Seu Antônio Alves di? mais vios, grangeou • entro seus com
dc trabalho uma co- {^1 ^J^»:ÍOJV^n..?í' ns pa-
— Posso dar luz aos cegos. que o prato predileto de Adelino Adelino já sofreu muito. Teve paiií.eiros lavraS —.......-*•
do Nazareno:
Outro homem dissera o mes- é . o' bacalhau. li1 ção grande de amigos devotados'.;
i
— O senhor sabe que o. .haca- que enfrentar a vida dura e a Nunca, negou-s» a- prestar.um fa- Vou dar vista ao seu olho
mo, há dois mil anos passados, vida deixou na sua fisionomia vor- um auxilio.. Dal a tristeza cego. .
nus areias da Galiléia. Mas o lliau aumentou horrivelmente dc meio trisie o'traço- de sua pas- de todos quando, no dia fatídico,
primeiro homem era um sun.o. preço No entanto, continuamos sagem. No entanto, todos os dis- o desastre aconteceu a Adelino. Seria o milagre da.irmã R-*; Inf
um'emissário''dc Deus, c d.ispu- a cobrar o mesmo a seu Adeli sabores não conseguiram cnferrti- Ele conta como foi, na sua voz Adelino não tinha esperanças.
nha apeiiás de poderes divinos, no. Ele que diga jar seu coração. Ü um homem Mas o Dr. Moura BrasM p. >co
sem o sotaque português. ligou a sua descrença. Disse:
O segundo homem, quase dois Adelino Pereira Lima Lavos ba- bom. Todos na Praia afirmam quase
repetia a mes- — Eu. estava cm pleno traba- Vou trocar sua cornéia |>or
"*""¦ mil .anos depois, nada tinha de
lança a cabeça, com se estivesse isso: •„.
ma..coisa, mas outra.
suiito. Seus poderes eram ape- Era, então, companheiro de
nas poderes humanos. E é bem awr_3E.i
quarto dc Adelino, uo hosp:!fll,
p'».ssivel que cg ceRos curados por um inaquinista dc navio; ('tio
Jesus Cristo vissem tão bem a lu* / urn dos olhos num i:.i-
..,,.. (j,o.sf>l quanto ,os., cegos,, eu lados ;. perdera
"ente.
X;-:*X2' ¦Si. '¦>:'Wm Pois foi a cornéia do r-a»
•«TiW .¦"í:%;X*it.- 2 mfnc.ro qaé o Dr; -Motira
-cego
íí.At-r
I
' ' - *"'' '•-£Í'ÍP'r^__-
X.."
¦-*'?•;'.~>,''t~-^~3?--i- f*-í«'
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¦..,-*¦'Í2
_.-«*'>.'?.:hI.
•¦«.':'.
.. ... ,
¦ ¦ ^SWmfír*
il enxertou no olho de
'.""•. s» ,¦'•,' '
^Adelino. Até hoje o marin.ir-.r»
'*."••!•'-'".-vtfmji .,*'í/''-v:'.••' --:"üi>;'¦¦:?.'".?'-••¦ ¦' não sabe disso.* Ele perdeu uma
.nossa reportagem ante»
?.;^riq.v;ro-iÍií!axla com o Dr. Moura dns vistos, rnas não sabe qu" i*m
dos. seus olhos está com A'.*ü-
j^XltKaisil, .tivemos oportunidade' de".. no. uma pessoa estranha que ele
.^^désvendar esta coisa surprèèwr-
;W'.. dente: existem dez homens no
Rio com olhos n{ip eram., ÒS'
nunca conhecera. Adelino tam-
bem não o conhece pessoal men- 1
'" seus t Citamos que te. Sabe apenas qué fora ele -.ou
exemplos : um,
com um olho dc mulher, outro, salvador porque, na mesa dc o;ie- i
com um olho emprestado. :Fa.á- rações, ouvira comentários a ic*s-
mos dos milagres da queratóplas- peito. Mos çonhecc-o de vista.
t?a, trazendo para a humanidade \ lim dia apertará a s.iiij nião, n:;ra-
imersa em sombras uma nova au- decido — é o que ele diz.a:» re-
rom c uma nova vida. Partindo, ¦d. -¦,.??¦. por ter:
do lado cientifico, onde a téc- Porque ele merece. Embora
iijca~e os conhecimentos do nosso sem saber,, me restituiu a tr.-in-
entrevistado levaram até o leitor quilidade c me transformou de
nma explicação sucinta dos mé- novo num homem são.
todos e sucessos da queratqplás- Esta é, pois. a história de Ado-
tia, chegamos à parle pitoresca, lino Pereira Lavos, o homem «ine
com a citação daqueles exemplos.
K lógico que uma coisa assim
nasceu no província dc Lcir a,
que veio para o Brasil e que há a
N tão extraordinária, contada em mais de trinta anos olha para os
forma de reportagem, poderia encantos da pátria nova. Come-
despertar no leitor o diabo da çou a olhar com seus próprios
incredulidade. Mais uma ver. o olhos. Continua hoje olhando tu-
sensacionalismo jornalístico I No do, mas um dos olhos já não é o
entanto, voltamos hoje ao assun- seu. 0 Dr. Moura Brasil suh.s- - :x
to e voltamos definitivamente. tituiu-o por nutro, pelo o!ho do
um estranho. Ibimem de v''-a -' '*V'i
NUM RESTAURANTE DA PRAIA simples. Adelino tem agora esta
DE S. CRISTÓVÃO coisa surpreendente para contar
nos amigos c nos: conhecidos :
Entre as pessoas operadas pe- Não estão vendo este olho
Jo Dr. Moura Brasil está Adelino esquerdo 1 Pois não é meu.
Pereira La vos. Ele nasceu há 5» Para Adelino a humanidade e X;
anos passados, na província de constituída somente dc criatui. s-
Leiria, cm Portugal. Veio para o boas c distintas. Daí o apelido
Brasil com 20 anos de idade, a ca-, cjue lhe deram: Adelino. Boa
lieça cheia fie planos. A sua histó- Boca...
ria, que ele conta lio Café da
Praia, restaurante no número 37 Um dia Adelino foi atied.do
da Praia dc São Cristóvão, não ó pelo único inimigo que tinha na
muito diferente de dezenas de vida. Ficou cego. Mas o Dr. Mou-
outras já escutadas pelo repor- ra Brüsil deu-lhe novam-*r • a
ter. visão, aproveitando para isso
a cornéia do seu próprio in : - ...
Um dia a vida em minha
terra ficou muito ruim. Resolvi continua oferecendo seus sorvíços e assir-^ncia técnica. V^""> Na Praia de Sâo Cristóvão, eu-
.migrar. Vim para o Brasil num tre suas ambições pequenas e
porão de navio. Cheguei aqui há cJculo de experiência. Produç-ij e reservas de ^.y.róleo cru sei3 s.-us casais de pombos, vive Adc-
Trio, o homem que vê co**i rtlhoi
trinta onos. Há vinte e quatro
q "• não são o*» s*?'js.
que moro em São Cristóvão.
O Sr. Anlonio Alves, proprie-
paiseõ das Atricricas e sjís do Oriente.
tário do Café da Praia, informa I W PARA 03 CASULOS 1
ao repórter : v
"Seu" Adelino é o nosso Corviço Técnico x^
iv,,rtl,___r
mais. velho freguês. Mais velho
mesmo do que minha senhora.
E explica.: ANGLO-MEXICAN PETROLEUM C2 LTD..\ii IISEJEiKAO HÜDE
— Eu me casei há dez anos.
E seu Adelino há quatorze quo »--gaaa_8-_SLa_--i .¦__--^.._..^-i-2d-.^-.,.i . * -Vrtife.-r^^'-«,^-.-,'^iri>-i-v ----X ¦¦ , a*mmmaamm\\mmli
freqüenta meu café. Todos os
'*
¦¦'¦"..¦-'
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-- A-—-:A:
- feâfçalsSti^spps
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¦-,, ¦:-... ".'/-¦:• A:.--- A'-- ¦ :¦¦-.,..;¦:¦'.-• fe-- .
Avfe-.fe-fe.--'AA:-fe;''fe/;.fefe . ' ¦ ' '•
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^^ ^^»^^ fmmm^SMmem ^Sss\\W
DA CUNHA NAO FO '^______l ' 'IV ^B^àmmW ^___________^_r ___M Q
n

0 depoimento histórica do coronel Dilermando |ttii^ii^|piÊlüsi s


fe-fe ^^^^^^^^^___ fe- V
Os que me atacaram ? Os que me
transformaram num "bárbaro as
Reportagem de FRANClSijh
minha mulher, entendo fazer es-
______! ü_w^i^_3__Í ______¦
sassino "? Fugiriam sem defender
ta pariicipoção. Faço-a por es-
sua casa ? Deixariam Euclides ma-
cri to, porque não a posso fazei
tar outras pessoas que ali se en- "feAj
a viva voz, impossibilitado co-
IIJBB^-fo^^i^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^ESiwl^ contravam e nada tinham com a
«io estou de entrar numa casa
¦
¦
_f_f-t^'-'i__fl
Sy_r^__?___l
mH-^í^í
8__lre_ft_S i_t3wll<l Btl
. história ? Permitiriam o sssassi-
cm que se me fez a mais dolorosa
Ti^B__,^B.i3333333333333BB.T_--ffi!re^................. , nio da esposa do escritor ?
IR íí_n_i-li !(^^ injustiça e onde se ouvni com-
A posição da Sra. Euclides ds
inocentemente as calúnias lança-
- B lllgj F11P11 a
Cunha é o ponto fundamental d»
segunda entrevista. Uma semana
das por um beltguim sobre uni À-fe-

rapaz honesto".
após • sea primeiro julgamento
no tribunal do júri, o tenente Di- Interrompe a leitura para infor
lermando casou-se com a viuva do mor que o beleguim é Aldroalde
_______N^___1 ____¦*¦*•* v'']1* ¦o-^y_wt*rJHBw_-------R _M|Wl3^lB^^^^^BB3333^IBÍl33Tfci^ZTT^^I----í^----------í Solon, cunhado dc Euclides. Cou
escritor. Só mesmo o propósito de
^^^^^B^|B^M_5»^BkI1I^ ¦¦--•'^Ste>-tf1'.^ B desfazer a mentira, confessa-me. tinua a ler:
fc^lgv^-.Wt'?'. "Estou
obriga-o a assunto tão delicado. bem certo de que o meu
*_______! ______ví-C^ir%iT'*V-:?*^3 velha amigo o general Solon con-
Uma pergunta logo se impõe:
siderar-me-á sempre como mere-
Euclides teria sido o autor da
pfe- _B*??B B própria infelicidade conjugai ? ço; mais conhecedor desta vida
&'
ii • Ouçamos a resposta:
e mais experimentado, ele aqui-
ij^l ^^t^^^^l ____B lotará melhor acerca destas coi-
Euclides da Cunha — disse
sas.
me o coronel Dilermando de Assis
em vitima .do seu temperameri- Não veja nestas linhas o mi-
nimo traço de rancor; escrevo-as IP
____fl ____B ¦ . to anormal, que o arrebatava aos
-,j extremos do bem perfeitamente sereno; a minha
e do mal. Em sã conciência, tão agitada às vezes,
conciência, não se poderá afirmar
está neste momento perfeitamen-
iH que ele tenha sido um bom ma te lúcida.
rido. Seu procedimento com a es-
_ ^1^1 Depois da triste desilusão
poBa não permite tal suposição que í( :-*"•...
sofri só tenho uma ambição:
Insultava-o, vexava-a diante de e»-
afastar-me, perder-me na obs-
tranhos, afugentava-a de si, es-
çuridade a mais profunda e fa-
#Í* quecia-a em troca de suas pre- zer todo o possivel para
ocupações intelectuais, abandona- que os
J|l que tanto me magoam; esqueçam-
1 va-a longamente. Foi ele quem
desgraçadamente, lançou-a na des-
me, como eu os esqueço .1 •>¦;.¦..'

Quando se terminar a agitação


^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^HHBBBBH___HHilH-__BI ventura e fomentou á sua infelici
.da nossa terra, eu realizarei ain-
dade. Vou dizer porque.
Retrato de D. Joaquina Carolina de Assis, mãe "" tía melhor este objetivo, pro-
do Coronel Diler-
mando de Assis. Viuva e UMA CARTA DE curando nm recanto
saití ¦'
"' pobre, foi ela, entretanto, que, com güatt/uer dos
lutas e sacrifícios, custeou a educação dos filhos nossos sertões. É uma coisa de-
EUCLIDES
liberada, visto como convenci-
; (CONTINUAÇÃO DA PAG. <) ta dentro, da sua casa, dentro do O coronel Dilermando inicia a
£jjT-"""« , i,*^fe--
me de que a dignidade é toda
IP' • E afirma:
— 86 mesmo a ignorância
seu quarto de dormir, • asmltan-
sua exposição, dizendo o seguinte;
Em -dezembro de 1904,
Eucli-
sensibilidade mesmo dos
que
q
vi-
pro- te inesperado que o pretende aba- vem constantemente
curaria no sigue-zague doa proje- des da Cunha partiu para o Acre preocupados
Bis®*' ' ter e o fere de morte; o homem da própria honra, são,-tüt nossa y» -
fi-.-i-.ii_:-...'.
' .'
tis de arma de foro nos tecidos em comissão do Ministério das
te a que, depois de ferido gravemente, sociedade, coisas perigosas,
ergânieos a prova da inclinação e Relações Exteriores — levanta- que
repele o agressor na defesa da vi levam ao. mar tir io.A -;..¦-
.,*• .dj^ecão daa reepectivae -ftnje- mérito do Alto Pu-rús. Deixou a
da^:de4e_x«Jrós;ri**-rf«rindo o seu Os meus amigos, que
tórias antes de tocar o corpo hu- ®&kll^JktS^^ princí- u feliz men
sacrifício A comodidade da fuga
,fe' e ..
"* ffe-. ir.ano. É conhecidissimo o capri- no
Pio, Còsme Velho. Pouco de-'
deshonrosa, esse homem não de-
IS cho de tais trajetórias. Mas o de- ve ser acoimado de "assassino". pois seguiu ela para São Paulo Terminando esías^linhas acre-
$'_.....' legado Alcântara nio queria e não r.fim dè matricular os filhos num
Será, quando muito, um homicida dite que á Sra, jtísiificaria mi-

J
_iPv'-
podia concluir de outra forma.

rio, o coronel Dilermando de Assis


eventual. Assassino é quem mats
Terminando © exame do relato- *! rom agravantes,
roubar, quem
quem mata para
mata a traição,
colégio, só retornando ao Rio em
setembro do ano seguinte. Foi mo-
rar, então, no número 14 da rua
nha ausência enquanto
persistir
sobre mim o juizo ofensivamen-
te dúbio que fez de mim
Senador Vergueiro, na casa de cô e ao
Ai:--. fala-me assim: qual absolutamente repilo.
quem mata com premedltação. As- Eu
¦— O caso é modos de Madame Monat. Aí foi
que, ao receber Eu- sassino teria sido Euclides se lo- compreendo qué me odeiem,
mus
A#
clides, Dinorah não suspeitara das ter, fazendo-lhe companhia, minha eu hão compreendo
grasse o seu intuito, tal e quai qué; tenUm
luas intenções assassinas, extern- Oa Iaucin._ta _^ aiiillar-mé;j Maii umaA. vez/
seu filho, anos mais tarde, quan
A-: mantinha velhas relações. Vindo jdevi)
«oráneas e tardiamente delibera- do me agrediu. De sorte que, ab- dizer que mé: testa a consolação
das. Não entra na cabeça de nin- de São Paulo, f-ü poíUdor de am de, ¦ acreditar :gúVp venerando
f-olvido por não ser criminoso, se-
nlbum de músicas i tia Lucindà
@?"
guem qae dois jovens robustos,
bons atiradores, prevenidos, se
gundo a letra do Código Penal, é
uma calúnia chamar-me de "as-
Tinhn«eu 17 anos quando isso
amipo, çajo nóniè dei áo ente
mais estimo; cujo nome
qúe
pois ou
¦
KffjS?' . deixassem ferir sem mais aquela. nconteceu. desejaria por isso mesmo ver
sassino". bas-
Dominariam facilmente a Euclides _.»z uma pausa para observar: tante elevado, que o meu
II sopro
da Cunha, homem fraco e doente, Quando vi a esposa em suma me fará
£ muito simples • gabinete de de Eu- justiça. E 9e
se suspeitassem dos seus propó- trabalho do coronel clides, pela primeira vez, contava tal não se der, então é
Dilermando porque
sitea. Tivéssemos a intenção de eu 11 anos. Era aluno do Liceu de vai muito adiantada
de Assis. Devo descrever, embora já a surda t
eliminá-lo e ele nem sequer trans- Art^ e Ofícios de São Paulo. Mi traiçoeira conspiração
ligeiramente, a pequena sala de que pres-
poria • portão do jardim, qae cstulos, onde estive mais de ams nha mãe fora visitar-me e a meu sinto em torno de mim, testou-
Dinorah fói abrir e onde deixara iimão Dinorah juntamente com do-me permanecer nutn
vez para ouvir a depoimento do silêncio
dependurado o guarda-chuva so- ela. Seis anos depois desse rápide altivo e sobranceiro.
homem que matou Euclides da
mente e não também o capote, eo- encontro via, pela segunda vea, Terminando, devo pedir á
Cunha. a Sra.
mo falsamente relata «a Sr. Eloi Sra. Euclides da Cunha. Data de um último e grande
Junto à secretária, a meziaha da favor; qae a
-Pontes, à pag. 291. Ali me*mo te- então a minha participação na tra meu nome não se ia mais
máquina de escrever. Encontro li- pronun
ila caldo morto, com uma bala gédia que D . Ana há muito come ciado na sua sala; desejo
vróse papéis numa deturrumação ser 4n-
entre os olhos, se. o quiséssemos «.ara a viver. £ preciso, leiramente esquecido.
que só quem lê e anota o que les pois, acen
confirmando, então, as falsas le- luar què não fui eu o. autor Desculpe-me a ex tenção
é capaz de conseguir. Pastas en- . ds desta
tendas dos clichês das paga. 40 e infelicidade conjugai do escritor explicação..
treabertas denunciam o cuidado d*
272, mas contrariando os faturo* Na verdade, o casal nunca se Seu genro respeitador
manipulação das fichas. Oito vo- en
Interesses mercantis do livrei™ tendeu bem. Se fôssemos fa.) Euclides da Cunho"
: ...fe - Inmes de capa vermelha chamam procurai
José Olímpio, pois este não teria.
a minha atenção. São as aulas de o inicio dessa incompatibilidade. O DEPOIMENTO DE JUUO .&&_&•'
•rpm, a carteira varada teríamos de remontar ao ano
pelo pro- general Chadebec De Lavailade. de BUENO
Jetil homicida e qae tão bem se antigo chefe da Missão Mílitai casamento, 1890, época em Após a leitura da carta, o «oro
que eu
-•• prestos para isca des seus fre- Francesa no Brasil, no curso de tinha deis anos de idade. Vou nei Dilermando de Assis disse:
lh«
gueses desprevenidos. alto comando que professou há mostrar um documente importan- •— Um outro documente
Impor-
O coronel Dilermando, então tempos na Escola do Estado Maior te a respeito dessas desavenças tante sobre a mesma época
não
nos declara: domésticas. deve ser esquecido: Escrevea-a
do Exército. Na parede fronteira, Ju
— £ uma inverdade o Ho Bueno, jornalista e
-v. qae fos quatro fotografias recordam pes- O coronel Dilermando de Assis professei
d'to pelo delegado Oliveira Alcan soas queridas — «os pais, om tio e lê ama carta que Euclides mineiro, poucos dias depois
d» ds
¦*»•¦* •»ra e endossado pelo Sr. Elei o Irmão do meu entrevistado. Uma Cunha dirigira á sogra, morte de Euclides. fullenta
3.
quatro • de
Pontes, às pags. 291 e 292. Outra estante de livros e am taboleiro anos após o casamento. £ f.en-e-1-din.e-.to que sempre existia
Inverdade: Euclides não foi "as- a ae-
de Madres. £ (tinte: entre marido e mulher «
que «I»
aassinado**. Um intelectual cerne Voltando à eoaversa, depois da "JMo, pôde constatar ne tempo «m
7-1-1894. . qs«
ae apresenta o Sr. Eloi Pontes. conviveu eom os deis, em Campa
penosa narrativa, o coronel Diler- "D.
«H-tadando a vida dos mortos, não Túlio. nha, onde o autor de "Os Sertões"
mando dé Assis me pergunta:
Fui a São Paulo « trouxe
pode esnfnndir . "homicídio" * — Cerne agiria o Sr. Elói Pontes <j fora, em 1895, adaptar « Velho _p*é Essas t,iés fotografias são dol CT
"aesaeeínle ". Soninha « o filhinho. f.%t»0
O homem que ma- om meu lugar 7 O Sr. João Luso ? em dia da Santa Casa lomí mostrando es inúmeros .ferim-lni lt.
Palmeiras. A Sea., como pnra eo-
&,-.'¦,
mãe <fc aerna de d.- Regimeu-to de Ouiha Filho, na sua tragéilia^N^
Cava- 2>0jet -luairo J-alas ao cor&ij di

«ife-
**:~..~—,¦ iiasi '¦ '¦'•<= ¦
*>£ .Li.-.*-- ÍL ,c. , i¦ imiiiIiii ¦«ummfiiiwaapa—mmia>'"uuuL\í**ím. ^a^a*a*a*assBasj*i*g3 Sn*fl Bsi
*«t_H itttiUie,^.'piTi:rT^".,;i,«jiTj_ _i_. jjtjssnuaSJBBBsasnsnS—Bff*t<BJ3g,'lllf*lll,B,Bja*^l',*',''a'aSBBBBaBBmB>*^
B^EOftjagflfjVG ' ** *¦' " "'••^?-jaaUBSB<slataa***aSa'aMBMSSBfc ,

w^ÊmÊm^ê.
JBafl l^"?*7****' ¦aá/pasaia i'i iiia> ,, . ..

: '¦¦' J "'-' ^'íf^SSS^^wl^SS^^-'-5' "''-''¦^''"¦SS^^ImI^Bs^^SÍ^^^S!*5-?1--'¦'" "V-:^--"'¦"¦VS^*'-


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J.%'¦'.. .¦¦'ta"Çfeí •' Jb,í« JR»?"* denuncia -cera
*V."?*1'^l,ei?te M^0^^llJ^t0Í d<
¦iwpõ&a nityntm jetttei-r&i*- dal *-*^a-
• nolvidavel escritor
M^jcs^dimteH ttj^i éx~ ç&tf&fiiàdo, Um ¦*¦... V-
brasileiro. --' ¦'"¦'^ tfUL+4+~>-€^ . 43. </,V/7 - f4/£*f*.Z^S,^, ?.ft>
^ll^m''''!! '/*;'n«lvi<laver;eBcritor.;»ra-gileiro.
-Li:!' ú :-H -£ £ kwvf £itfp &,;pj)ii:jii's*«r,: ^/m« lamBem •£? <~'.
.... it» .'|
" :!
%'
*¦'" • •-**¦*•• "5 • *-• •*£' IÚhifjdríina^estranha como Ira- % 3.
...- erwé abandono ntòrqi du pasíttí^ Mulher | fUho-t*,*sobre-
companheirtjtghqpela-qüe, cheia Mudo á Soiov, ayquèm'mais esti- '*~*Í+ '**
4U*^
de sustos, cheia de afeto, de ca- :no. Pensei que o trato que tens }

rinho, de zelo, de dedicação, o tido com os. homens inteligente*. '-üvímU*<-« .""''¦"í.^áÊSfsBBsr^;
*s£*m~Cm *£t. 4*4s%M*Mss. » S-*
aconselhava,, o advertia, o arre- /^^m.
nesta terra, «sr viagens que tens

SI 31 DIRETRIZES dava dos- per ia os. procurando cer-


cá-lo de Mima atmosfera de cal
ma e de repouso. Porem, o gran-
de homem, por uma fatalidade
feitor* sobretudo os- meus con-
sclhos tivessem modificado -o
tua maneira de viver, mas "en-
¦*****¦+-. y/«^«.

^
2±¥±L"
~
''**ürjZÍ
í* ;
¦\ i ¦
'ycs-ãv*.
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*^*£<Cp-«/ . *-*£ *<a*~w*£*. *^» ~«,mj£ZLm,, t~mm


j
-^Lt*^*. - 6éma* e*H**/tá*

Np DE ASSIS BARBOSA idiosincrásiea, correspondia mal a


eontrei os mesmos destemperos,
***<f^- *& *** '^^f
1 <*' £*^ -Wi^, iaJuÚÍ *^^J
•í mesma desordem de outrora" f+u±~m
essas disposições da esposa. Dai O coronel Dilermando. então J*t*
<**+^-£y*A. /üt^i^ . e^i<^í, Ar-n K^«~j£y* s^«vj»<<./í*.'I
a tragédia que durou tantos anos cr-meníia:
a ser representada, tendo o seu — Não eram, por certo, sem fun- ¦^rtK.*
desfecho fatal na cena da Pie- «lamentos as queixas do velho Ma * **¦

dade, cena que nos enche de pa- noel Rodrigues Pimenta da Cunha
nor e de imensa comiseruçáo,-mas A verdade é que, em face desses
que seria inevitável, falai, dados testemunhos insuspeitos,
*4S*J <y^C 4**^»* «^«fc ^^ J.Jt. mm
rs precedentes que a determina- tem-se f^C«^- ^
de concluir que D. Ana era esposa
r.im".
e mãe exemplar. Era ela quem ma
§s
A seguir, o coronel Dilermando tricufeva os filhos nos colégios A a^éíyi^^. OU. ^*^ua. CLc£ Ct. /t^mÁ^e-c*. '
lê outro trecho do depoimento dc quer em São Paulo, quer no Rio.
Júlio Bueno: '.y^íl... . e jamais acompanhada do marido
"Nesse
tempo, 1895, conheci a Vejamos o que diz o pni de Eu
esposa do malogrado moço. Era c lides numa outra carta, escrita *9 VumJ~ é&U*, £*£* l^ l^c^m . Á-<* X t-u*. à/Z s*
ft*4.
verdadeira dona de casa. Exercia em Trindade, no dia 16 de í:*. &£ ¦ . .
julho **<*-e ***. ~*^t ¦**ruJm2
eia, felizmente para a felicidade de 1905. fi£k&j/L.«,/6 rimvr a-^i<^r, Jí*?
,do lar, nm grande ascendente so- Lê: *ÍL*A^a^0*
br* o marido, aconselhando-o, "Como
te mandei dizer, a Ani-
procurando arredâ-lo das bancas nha veio aqui com os meninos e A*V*-^ **U. a
de jogo, visto lhe conhecer o gê- regressou ho dia dez do corrente Jr?*.
nio arrebatado, o seu . tempera- */<-*^0 ts*-0
para Sao Paulo e Rio. Esteve %*1*U*U. Z*4st^
mento de impulsivo". aqui dezoito dias e fui com ela
E a coronel Dilermando asse- olé São Carlos, onde esteve com 0 IrW £*tt~-~T^a*- CjC-C JL*à
vera: tua irmã. Eu aconselhei-a a se-
•**,.;í
— É o depoimento de um inti- yuir para a companhia do José
mo do casal e não o de qualque* na tinia, onde estará muito bem

flBBK*3flpS*^*^S3^^^^g]*^

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Dilermando de Assis, aos 14 «nos, no tempo


em vrn cs-
tudante dc preparatórios no Seminário em SãoquePaulo Â****C*tjkUm- m\- Jz'fL**<. i)*K^àLm Jf
Sr. Elói Pontes, que nunca privou e os meninos poderão ter um bom w"s!"i-
rom a família Euclides da Cunhs. BBSH
colégio. Penso que ela irá em ' "'J-SatS»

AS CARTAS DO PAI DE agosto, segundo combinamos e lá ~


m
EUCLIDES esperará o teu regresso. Pare-
a»aa**L
•'-¦'í^as
'.-ãTaflgf
O coronel Dilermando de Assis ceu-nr^e assim a melhor solução, y+^r
fala-noB, agora, sobre outros do-
rumentoB ainda mais importantes
visto ser-me quase impossível
lê-la aqui, não só porque me em- **£"¦! *>C\ A.4. tf .¦•!••!• -.. . m
— as cartas do pai de Euclides.
— São inúmeras as que o velho
baraçaria muito em sair daqui,
,
pura tratar dos meus negócios,
M
Manoel Rodrigues Pimenta da . como porque teria de ficar longe *>K>tr*
Cunha dirigia ao filho recriminan- dos meninos, que seriam coloca-
do o tratamento dispensado à no- ilos ém algum colégio' de São
ra, mostrando-se apreensivo quan Pauto, igual ou pior que o de .. -**-*"--y >* '' '^'' Is*
to i edncacão dos netos. Citemos Lorena.
'.•.'í.^*t;' "Não deves,
sem escolha, o trecho de uma portanto, preo- "Fac-similc"
V'*.%M^" dessas cartas, datada de 1905. ciipar-te mais com islo, pois, alem da caria de Jacksonde Figueiredo a Dilermando
do
Assis.
No texto, transcrevemos parte mais importante
Passa a ler o seguinte: dé tildo, compreendi que a Aninha desse
"Não tens sido tem bastante expediente ptira ur- documentq ; ',
franco nem leal te, não foi o que aconteceu. É trla-
comigo. Temos eslmlo juntos ai- rumar a sua vida. Ela veio sozi- Ia do "quebra-Iampeão". Mora-
nha do Hio com os meninos e te recordar esse fato. Verdade
gamas vezes; eu ai estive ulti- «a, então, com meu tio e sudri-
voltou dá mesma maneira, tendo beja dita, Euclides se transportara
mamente e até retirei-me bem nho, irmão de meu pai, major
en verificado que os meninos es- com tal ansiedade para a sua mia-
aborrecido e até hoje não conhe- José Pacheco de Àesis, na Forta-
lavam bem vestidos e tratados Rão que até se esquecera de deiiar
ço nada dos teus recuisos. &V/ lejm de São Joio. Era natural
convenientemente". recursos para a manutenção da
apeitHs que tens quantia não pe- que voltasse à rua Senador Ver-
familia, que teve de valer-se do
quena em nm banco de Manaus, A PARTIDA PARA O ACRE guelre para visitar minha tia.
Sr. Fonseca, proprietário do "Ba-
T*J^mk - e, entretanto, se eu tivesse co- O coronel Dilermando de Aboís
\f'-ía a falar sobre a partida ck yar América", na rua Uruguaiana.
Tia Lueirida é D. Ana lembraram
nhecimento pleno da tua vida, que eu devia ficar também hos-
ser-me-ia fae.il e até agradável Luclidcs rora o Acre:
E retomando o fio da exnosi- peÇtado na pensão de Madama "*"•¦

d*sr uma direção vantajosa « — O Sr. Elói Pontes mente ¦

vão: Monat, afim de faser-lhes


ctses recursos, pois, para isso, so- quando escreveu no seu livro que çoua-
— Com a anistia, eu voltar» a
do|ltmenie Dikrmando de Assis, bm-me experiência. Euclides da Cunha "em dezem- ia nhia. Aceitei o convite. Kol
"Nada me tíissesle, eu bro. (1904) instala a mulher é «a freqüentar a Escola de Guerra,
imu pios-que recebeu de Euclides'da compre- quando nasceu a intimidade, quo
ia^to Coronel Dilermando teni, emlt somente que havia falta de filhos, asas enormes saudades, e da qual tinha sMu excluído em depois se transformou em amor.
do pai e Uuns do filão confinai,*», mus, mino esta não se segue para Manaus". Infeliasaen- 19*4 ner ter-me metido aa revol-
.(Continua aa pagina *eg»tnte.

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<-• ê-V-

PAG. 16 DÍR ETRIZ ES 6/1Í/941

(Continuação da pág. anterior) .pé/& inteiramente estranho


msm
ela. posa,; dá^luáis me advieram tan- na edj|^a^ó;:^èii..sobrinhos, Nos
^yv^r».
"'de''te a"tira-
*
*?tr?
entre i ' 'W4 a
"' -
° vJ0^1» ' Yej?< ° inconveniente
cadet*.r_*m
ijísv d^h^À* Tudo isso ficou. nutos-||f#^fÉrim^^triftfi^i*» figo- C0RRI6ERlD/ft
?• 4?*.'« rem deduções deduções"de de atos e palavras D_í_aorarí_i__a_ -a^ orovado
aliás, aVbejaniente provado ao ra o itttócetevia. .tóff_M4-8. des--
ra '^•^^^^^^?^^^^^^.-!.'4:^ NA PAGINA 3. TEHCEIRJÍÍíS-
<ía Êscó-a Militar^ Alem
;„.' isoladas. Alem disso, apesar de jfirocésfi^^tòmo no livro que pu- pesas,'da nósas' educafcão LUNA. LINHAS 38 E 39. QH-ÍE
Interrompe o curso de súá nar- tragédia de JoaquimNicolau Ratto, não "EM FRENTE A OVAL
qbarjêçido^por umi*. semnúmero *¦.--__
biiqüei^^^èa segunda
'__.<__ 'v^ SE LÊ.
lativa para ílser:' de_»__? contrariedades,_'-_*j!__1---_i-.__--. _.:•'"'" .'•_i:_._!_£,>v.::i_L.*_ .._.'_."_._i__;.. ¦__._._.___:'_.;,.._.-.-___._-.___
nos faltou o auxílio carinhoso de <l_»
RECEBEU O PRIMEIRO T-flÔ*'.
julgo que não «á
.. .— Não .estou revelando ... ae- o tratei mal*. .A'a sua' idade' nun- outros tios: João Carlos Ratto. LEIA-SE "EM.FRENTE A QJTÁL
Nessa altura da entrevista, o RECEBEU O SEGUNDO Ttltáf.
ahum _egredo. A polícia e a im- ça .se ê:um nómém baixo. Não como o nosso, tutor, morava
coronel..iJilermando de Assis exi- que,
&y prensa, os advogados e até os creia que lhe houvesse feito' uma cm Santos: José: Affonso Ratto.
be-nòa papéis e documentos,
amigos' de Euclides da Cunha tal injustiça. À minha casa con- homem rico, residente em Ube Martins, olhando paia ei.tffigor-
mostrando a quem/deve o custeio
Vasculharam .os mais íntimos re- tinuà aberta sempre aos que são rnba, ou José Pacheco de Assis mante, disse: "Olhe para'a cara
Wm. cantos da minha vida privada dignos ê bons. Não poderá fe- ds
não
sua;
se.
educação.
pode negar
E, realmente
a evidência de
a quem já me referi nesta entre- daquela mulher, que estáfpmo ,
nessa ocasião. Não calculei char-se para' você^ Quando sou- vista, para não citar o nome de quem se desprende do enfMdqu*
tal documentação.
que pudesse acontecer aceitando ber a razão do mèuaborrecimen- outros parentes, que não nos mais.ama".
aquele convite. Em principio, _a to, avaliará a injustiça que fez Tive nas mãos os atestados do tíeixariam ao desamparo. Neste Continua a falar: *
sugestão de morar em Senador « si próprio e a mim. Até sá- Colégio Arquidiocesano e do Li- sentid0f a documentação è farta —• Há mais. A 11 de julho de
Vergueiro me livrava do rigoro- /"ido. Estude, seja sempre o çeu. de Artes e Ofícios de São É coisa maia do que proyada que 1906 nascia, a termo, o menino
So horário dos escaleres que to- mesmo rapaz de nobres senti- Paulo, declarando que Dilermando nenj,um favor de tal natureza fi- Mauro, que morreu com sete-dias
das as noites me levavam de rol- quei a dever a Euclides da de vida, sendo o seu enterro :fei-
ta da .Praia de Botafogo à resi WmrnM
'.«-'.•'¦'.•'.•'.''.''••'d'
to, "iÍ8;:'ácuI-
Cunha. tanto quanto possível,
ip-,';-
'¦Al>:<'<::r>::d^<:
',**•.*. '
dencia de meu padrinho e lhes ..... : /.^t^^^^mê^^^^.^^M¥ tas. Euclides registrou a criança
facultava ter uma companhia A ATITUDE DE D. ANA como seu filho, chamando para
para suas digressões.
de Madame Monat
A pensão
era, para . ¦ dm
. ..f:.x"íífíf .7*:**.....

ds-mW O coronel Dilermando de Assis


testemunhas um umigo intimo
seu confidente, o Dr. Oandidi» de
mim, a casa de uma narenta e refere-se, agora, a um dos as- Siqueira Campello,' e o caiXeiro
„_§fe amiga de minha, mãe e nunca a pectos mais delicados de todo o dfr um arma;(!em próximo, dé nome
KlVv ••'-
SSÍ.*-!^: drama que viveu: Francisco
do Dr. Euclides da Cunha, pes- Alves. A tragédia do-
aoa a quem não conhecia nem .''*:-:•:$:•:$:.:>-:£*$¥
— Já em 1905, Euclides tivera mestiça, que se desenrolou, duran-
sequer por uma fotografia e cujo ,lM Wffl&se*--'----------'-- pleno conhecimento de que a es- te a curta existência de Mauro,
aome nem ouvia pronunciar. posa o trairá. Ela mesma, since- rão deve ser recordada, mas lhe
..'_.í:

ra mente, confessou-lhe a verda- garanto, que D. Ana a suportou í


NAO MORAVA COM de, e com iguai destemor o de como verdadeira heroina. ."-d
EUCLIDES •"'• ::-::....:.:::;.j;;g clara va, mais tarde, perante a
polícia. O DESESPERO DE
Relata-me, a seguir, o seu pri- Passa a ler alguns tópicos das EUCLIDES ;:*;,*|
meiro contacto com Euclides: declarações de D. Ana ao de-
— Em janeiro de 1006. Eucli O interesse da narrativa segue
l-MliS __^<^'*&%^'V^P! WÊ-. H legado:
des regressava do Acre, depois rum crescendo. 0 corone. Diler-
"...
do seu memorável trabalho. Sem que no dia 1 de janeiro mando de Assis prossegue:..
outro qualquer comunicado ante de 1906, ela, informante, recebeu — Eu, no Sul. ignorava tudo, ou
riór, telegrafa a D. Ana ao che da Casa Fonseca da rua Vru-
tudo, que se passava aqui.
•indiana, "Bazar América", cor- quase
-í^ gar aó Rio, ainda dentro do na Em coUteços de 1937, vim ao Rio.
?io: "Estou bam bordo "Tenny respondente da informante, um
em gozo de férias. Só então me
son". Mande-me buscar.** O tele telegrama comunicando que seu
inteirei do que ocorrem após o
' marido se achava d, bordo de um
grama é dirigido' aos cuidados nascimento e a morte imediata de
dó Sr. Fonseca, aquele mesmo do vapor chegado ao porto desta "ca-
* Mauro. Silencio sobre esse triste
''Bazar América**, pois "ignora- ívSíi.H _¦___* <_.__» ¦* piial, de volta do Acre;"
'é episódio. Encontrei-me com. Eu-
•»•' â residência da esposa". Foi .'.... que elâ, infõnrvmle, nes- clides em um bonde. Com surpre-
^m^^^ mWSmXmV^tmmi^'- sa data escreveu tima carta o seu sa
quando vim a conhecê-lo.' sendo
"filho pi nyn^* marido, dizendo que,., como ¦ se cumprimenta,', convidando-mè
para mim,, ele cordialmente mo
lhe apresentado como um.
da irmã da sua comadre. Ange-
lica Ratto". Um compromisso dt*
honra obrigou-me a esse vexame
_¦ ______________Bb^#v^ julgasse indigna dele, por havi- aparecer em sua residência, na rua
Io traido espiritualmente na au- Uumaitá
sência dele, não sabendo se pelo
bém; ,e.síar.4quèJ. ttnlia livre dós
n. 67. Minha surpresa
não pedia ser maior. De volts a
a

Retirar-me naquele instante, ten-


Wm-y.m mi%muè~?>sx\ <¦'¦¦•'¦ . 'tratos Porto Alegre, recebi em novembro
do .permanecido em companhia ¦''¦ ______;__________________________________________________________________________*B_^**rB^^-^^^s,K "' vV^LÍÍf.vS -x\ _;-'*x maus' e pela falta de cari-
?¦ iil:
K|0_<. a participação do nascimento da
de sua mulher, durante tantos
meses, seria denunciar o extremo
HI fe nhoçpm que ele' ti tratava, acha-
va, que ele devia prolongar a se-
Lúix, também meu filho, o meni-
no que, segundo divulgou Medei-
a - quo chegaram nossas relações j^HvA^I ^If .*'*'-** mt*.mm\M' '*>____________ paração, já que ele era um ho-
'SmmWPft ios é Albuquerque, o escritor cha-
Eu tive que o fazer, para evitar
_JBá_^_____i mmr '-' ¦'¦'''¦¦'¦•'• mWmmm\m\\
mem de grande talento e estu-.
man "espiga de milho no meio i
mat maior. Errei ? Não errei ? d/tt cifintificos, conhecia.a jwcojn-,» ¦ , ,„ .
. Quem poderá dizê-lo ? O maiot 7-V.f.Mlidade de gênios'entre ^^^^^^¥^^mi
informante, ? ele, seu .marido, ou fe -°*
erro já estaVá consumado. O cer- ^Í^^?^?^
dcma,,, «»«•«» «*E«cIide*: more-
to é que sofri bastante. Contudo __. « SsS ___¦* _-_H __íl^-i^ por meio de. uma nova comis- nM' de »w<>» ^uros. e.beloá ue-
..*••"
julguei que assim' deveria prece- «^raa_
der. Era um mal, não há dúvida. < :•; :-^^-M
mi¦ _¦¦**_¦
;>*¦ W^v-^**J R:;^H™wl.r;:;:;:;
wmWÈÈ BP^^ V* R- MmWmLm^'^^-'^ mmL&kk^Z.¦'¦ v:-?:-75?S_-.:
.-«o ou pelo divórcio; que essa
carta, ela, informante, entregou *TOH e ,Í8°8' Eí* "bUl' ^t«&-M*
•r seu marido no dia de sua c/i^ QOe huix nSo era 8eu WW™ f0'
porem, que visava produzir um.
cada ft à noite; que, chamando-a ,anto' còntinuòu ¦ viv« c«m • «¦"
;.¦*¦.

?*.-¦•¦ bem, evitando mal maior oa a


Já não morávamos depois de entregue a carta, lh- P°M» *De8ar da» PróTas qüe se
catástrofe.
_•*_

!1
•*_t-:i'í <
atais na pensão de Madame Mo
aat e sim na rua Humaitá, que
passei a visitar aoa sábados, ate
__^_^________________-____________niii
• • ''-*am aWSmm mWs.mW

liei ralo tio licncrat José 1'acheeo de Assis, tio i>:ti..-i-> ao l.oiu-
MK»3W___H8wflB Sk'<--
-twrgunlou o seu marido se ela, *Pr***nt*v+™. claras e Insofisma-
informante, havia
seu corpo, ao que eja respondeu,
diante da pergunta,
«profanado

que havia
o veIs da 8Ua infldelídàde. '
Logo a seguir, acrescenta:
— Dos encontros posteriores que
que a Escola de Guerra terminou
nel Dilermando de Assis. Foi ele quem matriculou o sobrinho profanado só o espirito;" tive com Euclides, nas férias de
a sua transferência, para Porto "...
na t-scols de Guerra. Dilcriiuirlo, alem desse tio, que era tam- que o acusado deixou, 1P08 e no primeiro semestre do
Alegre. Parti em março, quase
liem seu padrinho, teve outros que auxiliaram a sua educação. então, de residir na casa dela, in- «no seguinte, embora não mais
três meses após a chegada de Eu-
Joaquim Nicolau 1'atto e João Carlos Ratto, negociantes em formante, recolhendo-se á Escola trocássemos cumprimentos, jamaia
clides. Santos e José Affonso Ratto, lii-uiem dc fortuna, residente em Militar onde era aluno, indo á rMUltou de sua
Fas uma pausa e prossegue: Uberaba, Minas parte a menor ma-
tua casa aos domingos e em vi- BifegUçio
— O que se passou, então, en- agre8Blva , minku p8ft.
mentos, e disponha dos poucos ali estudara, a expensas de sua sila rerimoniosa; que como o sea ^^ E e|e tivera conhecimento da
tre esposos e que muito revehi- mãe, nos anos de 1898 a 1903. Ou- "|"r'^- «/»««"' de tratar o denun- ^ue> tm 190g
prâslimos do fora ea ,coni
Tia da energia e da dignidade de tros documentos (recibos e car- "««>*«** quando ia a sua casa, nhando D# Ana> lnternar 0 fliho
'lllll/t F- « _-_ • _-_!__. _k BK *_r_H. -.-__.__._.- _____

D. Ana. nesse transe, são fatos am., crdo. obr.


(a.) Euclides da Cunha". t«s assinados por Alberto Saraiva 'favasse discussões com ela, in- mmis Te,ho So|on no CoIégio ^
que não precisam ser relatados da Fonseca, Edmundo-Machado fumante, ao ponto de romper is chieU em Friburgo
em todas as suas cruéis minúcias R & rir.
Fala com emoção: Isidoro Marx, correspondentes de r""fs f "'«""> Ç»rneç<isse a sus- D Ana em m|nhj| compai|hl eM
Seria deselegante e mesmo des- — Era uma belu lição de moral Joaquim Nicolau Ratto, mostram t}e'lur do se« estado de gravidez.
necessário, pois constam dos au- plena rua. Humaitá...
que eu recebia. Fiquei profunda que outros, nio EucWd.s, nos anos " inf°rm(*nte aconselhou ão
toa. Em todo caso, não esquecen mente chocado com e..:.a carta de 1904
Cita um outro fato: •
a 1999, se interessavam an,sa(!o' Que ale então ignoravn — Em julho de 1909, depois da
do que muitos deles tiveram de Senti
qué auo andava bem. Mns, pela sorte do m.u entrevistado "* Cena* q"e se Pn*sat'<"n «"tre a nomeação para a cadeira. de Ló-
rir a público, á força das cir- Voltemos, depoia dessa explicação inl(trmanle e s<?" mat ido. que não gica, no Colégio Pedro If,
' que fazer naquela contingência graças
cunatúnciás, devo dizer-lhe que Tinha
_.& que ficar catado; do con- necesoária, ao depoimento do Co """* "ollnsse a ^'a casa, o que •o pedido de sua mulher ao.
....
logo nos primeiros dias de sua . , ,
trario, cie fez, continuando ela, infor- pre-
seria pior ronel Dilermando de Assis. sidente Nilo Peçanha, Euclides
chegada do Acre, Euclides já des- mante, à vê-lo na rua e em pas- da
E num outro tom de voz: — Perdi meu pai aos quatro Cunha envia a esposa e o filho So-
confiava de tudo. Não faltou — De qualquer forma, essa anos de idade — conta-me. Depois
seios, cessando, desde a chegada
• mesmo quem anonimamente o de seu marido, ' as* relações inli- lon para São Paulo, afim de tra-
. ' ________-. _______ carta de Euclides da Cunha prova da morte do "•-¦¦"-"?
marido, *«"
em 1892*<>*'. mi mi- _•/In/,n , zer o velho pai á sua companhia.
denunciasse a ele. Depois de um» " nm, que con| 0 0Clísa(/0»
W ett nao rC8ld,a na BUa casa nha müe veio para São Paulo e com Nada de extraordinário ocorria,
das minhas costumeiras visitas que, rm rwirço rfo mesmo
Nunca residi com Euclides, como eacrifício tratou de educar-me e ano, o acusado retirou-se portanto, que o levasse ao entre-
à rua Humaitá, notei-lhe que para o
,ça. Meus ir- P"™ersa * falsamente escre/eu a meu irmão Dinorah. Com .1- ,.;.s,,|í/f) ,,.., desespero. E a prova está ua
traía essa desconfiança rfo Rio fímn(le rff) (/<? mo
E,of l'»nt*»' Nem ™«-am<> fre" Rum dinheiro que trouxera do „/(/o à transferência para alt da IPÍ385° qae confiar» • ***»**.
H_ refletidos 17 anos fizeram com Sr-
que lhe dirigisse um • carta, cuj. f«uentel
OB

Be<»uer
rua
T,*aitel
Copacabana,
a 8U,Í Rio
.enda
Grande
de
do »««.
propriedades
Produto da Escola M,hu,r que curS(Wa fen_ E continua:
naquele ífí)_se d(.spetiido de setl nmrido
à
resposta aliás não se fez espe- *«d«*»cl«. - D«s antes do trágico 15 de
última re-iiJ.n .'a do escritor. Isso Estado, minha mae custeava familia por meio de um cartão; agosto de 1909, Euclides viu-me
rar. A a seguinte (lê):
uão passa de uma mentira mise- r.ossa edu;,„ão. Comprou um (jue ,,„, informnnfe> estnn((n „ba. com sua esposa.'Solou e Luiz. à
«f>í/erm«Htío. «vel que vem re.uzer outra terreno em São Pauto e a3sim ia /,,,„ no dfa
tfm que se retiram pa. meia noite, no largo da Carioca.
Não querendo demorar a res- maior: a de ter arJo eu protegi vivendo, tendo ainda os 92 mil ra o Rio Grande do Sul o acusa- Prosseguindo em direção ao T-a-
posta à sua carta d* ontem, es- do, criado, educado e alimentado reis mensais do soldo de meu do e devido à situação em que es- tro Lírico, no momento ém que
crevo-lhe neste papel, certo de por Euclides, e também a de ser pai. Quando morreu, em 1904. (,wn colocada, o seu marido. Dr terminava o espetáculo, delxei-o
que me desculpará. A minha res- parente ou am.go do escr.tor. Na ficamos sob s tut.la de um tio. Euclides, na presença dos criados aproximar-se, certo do escândalo
__¦*•.

posta é simples: hâ grande ab- verdade, nem o conhecia, quan Joaquim Nicolau Ratto, de San- c de uma senhora, hóspede de iminente. -Mas achegiindo-se à
toluto^engano no que imagina, do em setembro de 1903 travei as ton, que aplicou o restante da pe- sua casa, de nome Zntmirn, D. Ana, passando funto a mim. a
A qucèlao è muito outra - e vo- malfadadas relações com sua es- queua lie_anSa _ue noa couòera cunhada do ccí-j.cío Maximiano'' *1
lContinu, na página seguinte)

-' .r

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_-__-__-_-Í__Í_f_M__--_-*}rF*
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6/11/94.1 DIRETRIZES PAG. 17
(Continuação da pág. anterior) Revela, a seguir, um detalhe im-
•oiè passos de distância, come ae portante: • -.
•ião tomasse conhecimento da mi- — Diversos livros, lido» e ene-
''ea-
nha pessoa, ficou ao lado dá tados, nessa época, alguns encon-
f.osa em palestra que mais tarde Irados ainda, à sua mesa de cabe-
-e tornou agitada*. Eu me afastei teira, mostraram as derradeiras
:.ntes disso. A certa distância, po- preocupações de Euc lides — aa -. ''V-Wjx"*

rem, percebi que Euclidea se alie- responsabilidades pelo' crime de 9n


rava com ela e com o filho mais norte. Eu, só maia tarde é que
\elho. Vim a saber depois que vim a saber dessas coisas, mesma»
iTuçlides, abandona ndo-os, sairá porque não me convencera de que
minha procura, declarando ir des- ele, realmente, quisesse tirar-me a '-m
0y
1
Oitear-me. Mas no meio do povo, vida. Concluo, por outro lado, que ¦ t n:
que deixava o Lírico, perdea-me esse estudo fosse feito quando lhe
de vista. ocorrera matar oa membros da
x£*
O coronel Dilermando de Assis bane*» examinadora do concurso de
-'¦fÉ
está para concluir a sua argnmen Lógica. As obras consultadas e as
(ação: numerosas anotações feitas a lápis
— Por tudo isso, jamais espera- vermelho autorizam tal suposição.
va que Euclides da Cunha, ciente O coronel Dilermando de Assis
há longo tempo do que se passa- termina a segundo parte da sua
va entre mim e sua esposa, pro- entrevista declarando:
curasse tirar-me a vida sem mais — Desconhecendo quase todos
preâmbulos depois que ela o aban- esses pormenores, prontifiquei-me
donou " se recusou a voltar ao lar. a receber Euclides da Cunha em
E e pensava assim ? Kes- minha casa na manhã de 15 de
po j com outras perguntas: 1.*) agosto de 1909, certo de que ele
por que não me matou quando rão ia m.e matar, sem poder ima-
nasceu o primeiro filho, seis me- ginar, nem por sombra, que me
ses após o seu regresso do Acre / visse forçado a reagir enérgica-
W
fl 2.*) por que não o fez quando mente em defesa de terceiros e da
nasceu o segundo, a "espiga de minha própria pessoa, como dolo-
H
milho* ? 3.") que direito lhe as- rosamente e a contragosto acon-
sistia para matar-me, se eu não teceu,
fora buscar-lhe a esposa, com jij
1
quem, poucos dias antes, me en- A longa entrevista continua,
:!»
contrara, â meia noite, no largo Após a reconstituirão da morte de
da Carioca? 4.*) por que ce limi- Euclides da Cunha, "no clarão de
tara, então, a discutir com a mu- escândalo impiedoso de uma tra-
lher, passandu-me ao largo, dan- gédia que empalideçe, às vezes as
ío tempo a que me afastasse do de.Esquilo qu Dante, Shakespcure 9P
local? 5.*) por que me foi pro- ou Ibsen" . (essas palavras são do
curar no meio da multidão, quan- Sr. Francisco Yenancio Filho),
do podia tirar a desforra minutos ouvimos, a exposição de fatos in-
antes? '.,:'¦- times da. vida do autor de "Oa
; Refere-se, mais uma vez, ao li- Sertões'', através de cartas e .tes-
vro do Sr.. Elói Pontes: temunhos. inéditos. Resta, agora,
— O Sr. Elói. Pontes mente * terceira e,última parte da entre-
quando diz que fora minha tia vista.. ,
primeira à revelar tudo o que es- Jackpon de Figueiredo escrevera
tava acontecendo havia quase qua-
uma vez a Dilermando de Assis,
tro anos. "Acabo de saber toda a
reprovando-o por haver desvenda-
verdade" — declarou, então, Eu-
do um "incidente doloroso e té-
clides da Cunha, através da ima-
tricô". Jackeon - desconhecia, en-
ginação rasteira do seu deshones- tão,
que não fora Dilermando •
tn biógrafo. Mentira! Pura -menti-
primeiro a tocar nessas terríveis
ra! Os fatos passaram-se de for-
CwpUyó. Uilcrjnando. de Assis. ..lá; én '.ào possuía o grau de engen hejrq^iitar recordações. A carta de Jacksoa
que ticou, com iríea- ma bem diversa. •.'. -
honrosa em 1918 é expressiva e, como a de Farias
•4tj: -•• ção
mmm ijí&síà*^^ . =pa«sa a > Brito/Vale' a WÊ
mm
;.*-.
A VIDA MILITAR DO CEL. DILERMANDO IP
"*¦ 'descrever
ASSIS o' desespero de Eucli-
ta: '•
'
pena de ser transcrt-
:' v- ¦'¦ "" •'i •¦ ¦-¦'•¦ ¦ ^r.\
des:
.£ ff iSeguinte a carreira mililar dè engenharia. Ê* louvado pelos revel(fdíisi..naahgmliosày^tíuà^àfs "Quero dizer-lhe, em
'—' Três d.Ms. antes da tragédia, .particular,
doco/onei Dilervumdo de Assis: "importantíssimos serviços pres- cm '¦¦qij^^ofi aéojitecimetitòs ~<* cot. .
Euclides chama > esposa ¦ de ." pes- o que não disse de público, —¦ es-
. - .^\:,~, Nascimento, em Porto' taitos ao 1.* R. C." "lt()nra o creveu o autor das "Afirmações*
¦ ^/W?.. Exército Brasileiro. .soa de toda ii confiança", em car-
.........:.*. .. Honraria tánta jfybxeza i^galhardi^^y^^ — porque o Sr. deve ser poupa-
ta ao seu cunhado. jOctaviano;
a \02*>— Morte do pai, tenente qtialqntr Exército". 19Í6 — Concilie o curso de Es- nessa mesma carta,: ajude à sua dn nas menores, coisas, por quem
dç cavalaria,.João Cândido de As- 1917 —'Promovido a l.o te- ;t<uJib-\fmor. Serve tenha um pouco de coração, dada
% »/.<í, em .Santa Vitória do Palmar nenle. '- '" " '¦-^¦/:>-:^nom^'.h*S^yM^
^^pfe^úM*^^^ oretfnic*:*:* adiantando:
:C"^Í>n\*tV^ de acordar a maneira miserável com que se
(Rio Grande do Sul). 1918 — Diploma-se com dis
o tem tratado no Rio. Ao meu ver, \'0?
1897 — Primeiros estudos, em linçáo no curso dc engenharia, yWíj:^ Xo Q. G, de:Curitiba, com febre". A 12 de agosto, por-
o Sr. devia ter excluído d« sua de-
Vbe?abà, Minas', áos cuidados dc 1." lugat da turma de engenharia. ^¦^^^ío ^fl<)f serviços ÀJÍ'en- tanto, tudo corria bem, pelo me
genharia que ai prestou fesa. qualquer acusação, e o epi-
fim' irmão de sua' mãe, ai feres nos aparentemente. No dia se _.
•Rodo.'" ' 1919 — Serve cm Bagé. É elo- sódio do "intruso" (Mauro) nãe
1929 — .Vo (]. G. de Juiz de Riiinte, em casa da sogra, no Cam-
• -1898•— 'Volta giado pelas obras de engenharia deveria ter aparecido naquelaa
a Sáo Paulo. Alé F.orq. po de São Cristóvão, discute com
que realizou na 3." Brigada tle •19.'10 páginas. Para quê? Euclides da
V.WX freqüenta o Colégio•"• Arqiií- Cavalaria e no 8.° R. — .Assume sozinho o co- a mulher, procurando conven-
'diocesano e' o Liceu dè Artes e C\ I Cunha foi somente menos infelia
cê-la de que. deve voltar ao lar e
1920 — ATo «Serpfçò Regional de 1m"ul° da Q- <?. do Ministério da do que o Sr., mas a suia desgraça
Ofícios.' ¦•¦ Engenharia, reconciliar-se com ela. Vacilava.
em Porto Alegre, Guerra, em nóhis dos chefes re- também merece compaixão.
190.1 -1- Matricula-se nu Escola presta valiosos serviços na exe- volucionários e ai mantém a or- Nos momentos de rancor invoca "E agora escute:
'Preparatória va a indignidade da adúltera que o Sr. ha de
do Realengo, no Rio. cução dos projetos e orçamentos dem em 24 de outubro. concordar que este mundo é hor-
VM)i — Morte da mãe, li. Joti- pura construção de novos quar- WM — Pro7iionido a major. permanece sob o mesmo teto.
'qitinu ri vel, é triste, é tristíssimo' mes- ¦':'í
Càròlinà de Assis, em Sáo leis, na gestão Calógeras. Serve no 5." R. C. D., em Castro. Noutros, insinuava uma acomoda- mo. Para
que afeiá-lo com mais
J'liulò. É excluído da Escola, no 1921 — Construção do Q. G.' 1932' — Na Revolução de Sáo ção. O casal não se concilia, po- este ou aquele
rem. Euclides retira-se declaran-. caso monstruoso,
fim do ahò, por ler-se metido no. de Ragè. Levanta o Prêmio th Paulo, combate no destacamento "O espirito desta mulher su- verdadeiro ou não, se não conse-
tf boi ta" do 'Quèbra-Lampeào, so- Honra no Concurso de Tiro cnlre Silva Jjinior, sendo elogiado. Ser- dò: vir à luz
guiu que já ilumina tão
lldário coAi os seus colegas da oficiais da Regiáo, — ií/jm espa1- ve "<' Divisão de Cavalaria {Rio). planta-me, esmaga-me." Positiva- flores
mente, estava perturbado. poucas sobre a terra? O
Praia Vermelha. da oferecida em nome do presi- 19."!.'} -^- Exerce o cargo'de Se* que e da lama, deixe-se ná la-
- "• '1-99.V— Anistia. Retorna à Es- dente da Republica. ¦ •«• ci etário da Viação e (Hnas Pú- E mais adiante, em continuação:
ma... e que desapareça na la-
tola4.- •' ' ' 1922 — Promovido a capitão, llicas; na inlervcnloria • Waldo- — Sua fadiga cerebral; seu de-
ma .
• : \'M)Cr — 'Segue
pura Porlo Ale- Classifica-se cm primeiro lugar m iro lima, em Sáo Paulo. Elu> f><'Qui,í,>»o orgânico e moral, con
Assim escrevia o grande Ja-
gre, cor.i a transferência da mes- no prova de tiro de fuzil,, na bora o Plano Rodoviário,- cons- *equente da luta travada no famo-
•ma para a capital gaúcha. •o concurso de Lógica; sua de- ck8on f ü'>«mando d« Assis, em
inauguração do Estádio Militar. tante no mapa do clichê acima.
-'•-'1909 — Aspirante a oficial. Paz o curso da E. A. <)., alcan- da 8ua cas* de Weatphalfc.
19^4 — Serve no Estado Maior. pressão nervosa por ter sido no- m1'
Mí»'* de "Um Conse-
Apresenta-se ão l.c i?.4»V. Mat ri- condo o primeiro lugar entre os 1936 — Fiscal da Escofa Técni- meado à força dè pedidos e de d'p?Í8 da
•eula-se na Escola de Artilharia e da sua arma. d* Guerra", livro que Diler-
co do Exército. Chefe do S. E. influências estranhas, em derrl- ,ho
•Engenharia.- 1923 — Inicia o curso da Es- M. da Inspetoria do 1." grupo de mento do candidato classificado man?l0 P»b,!«on *m 1916, após a
1!)11 — Promovido- a 2.' tenen cola do Estado Maior. Conquista Regiões Militares. Serve no 10? em primeiro lugar. Farias Brito; fi**und» tragédia,
lc. Serve no 51 B. C, em Suo a medalha de honra e o titulo de R. C. /., em Bela Vista. Recebe e, acima de tudo, a "débacle" da — Acontece, porem, —
justifica
Joáo Del Rei. Grande Campeão de Tiro do Bra- a Medalha Militar de Ouro. tuberculose; todas essas causas le- ° coronel Dilermando — que o
» 1913 — Serve no Q. G. da l.« sil. 1937 — Promovido a lenenle- .^aram-no ao apogeu do paroxismo equívoco tremendo perdura há
P-iiguda de Cavalaria, em S. Luiz 1924 Comanda o Regimento coronel por merecimento. Co- quando a esposa se ausentou de m«'s de 30 anos..E o Sr. Elói Pon-
t(as Missões, Rio Grande do Sul. Provisório "Diteimando", na co- manda o 6.* R. C. /., de Alegrete, «sa, disposta à separação pelo '*¦> ao tratar da morte de Eucli-
1914 — Verve no 1> R. C, luna de operações no Sul, duran- 1939 — Promovido a coronel, desquite. O escritor, nesses últl- £es, se limita a transcrever pura
(/{«'«). . lc a revolta. O general Azevedo Serve na D. C, Rio, e na 5.» mos d.iis, confessava aos amigos, e simplesmente o relatório do de-
1915 — Apresenta oficialmente Costa, comandante da coluna, Brigada dc Cavalaria, em Sáo cm cartas que não são inéditas: legado de policia. Não posso, pois,
e aparelho de sua invenção para se referiu ao capitão Dilermando Gttbriel. "já dei tudo o
que tinha de dar"; rermitir que o mea nome conti-
r.tercicios dc tiro com "agradeço — "o
pistola assim: a esse bravo 1940 .Vo Q. G. de Bagc. À dis- médico, Dr. Cunha Cruz, ga- nue a ser menosprezado cemo •
"Parabellum", denominado valoroso oficial os inestimáveis posição do E. M. E. ranliu-me que seria esforço inútil, <*e um assassino vulgar,
* banco de 1941 — Nomeado
prova e mesa de pon- serviços prestados à legalidade por decreto porque eu não chegaria a São Na sua terceira e última entre-
taria". louvo-o com muito prazer pelas do presidente Vargas comissário raulo". Ele próprio me reconhece
vista, o coronel Dilermando de
1916 — Matricula-se no curso admiráveis qualidades de caráter miliUu da "~---g~=--v-= rede «.• 1 i£. t\ wlSV.
C. B.) liquidado jContinua „ . .
na pag. seguinte)
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^H__1*p^-'--'-'": DIRETRIZES
6/ri./_m
^H__f__^u-:-v'-'*''*.
* - PAG. 18
> fe.- - ." *
BaUá*.SS< »-¦-«-;- seEV ¦ <* monstruoso. A falta <._¦'i.'..,....» ju-
¦HBS__s_í____rSíS .-^'.' ¦¦ í>-)?" - - (Continuação cia pág. anterior) vulgo João Luso, tem. atirado con- O .coronel Üi ter mando, reteman- que o autor tem vista é trisar lados deu motivo a mais esse
____________£&r l degradação, a miserabilidade de adiamento. Lá esteve o réu entre-
_____«II^pS^' '•'•• tra mim. lil incrível que este ho- do o fio da palestra, nos dix:
Assis explica como e porque foi n,em mantenha,, coneiente e deli — Minha defesa jamaia foi acei rreio de que precedia o cadáver dt tanto — audaciosa jt cínico-, «
tão caluniada. "Contra o te Euclides: «m alcoace, possível \-uspir os seus olhares de escárneo
HE^."'-"-.-.•¦" , ,. beradamente. fugindo a compro ta pela imprensa.
»nd»* sobre a multidão que o espreita-
— Minha situação — diz — não missas assumidos, a infâmia de nente Dilermando, tudo. A favor. mente infecto e sórdido, ca como um ente desprezível e
existiam tarimbas cobertas de pe- asqueroso ".
ê o resattade ée um -crime sofri- ter sido eu manutenido por Eucli nada. Nem que nos pague contos
rei unas, vermelhas e pobres..
iB-__SaS,-.-..
-"..'' velmeate arquitetada, mas a con- des,. quando ele tera a certeza da .de réis'*, declarou um jornalista a ças E depois da leitura:
Btyh^i ¦'¦'"" - •" •; ¦seqüência fatal de três elementos falsidade. dessa imputação. incor- um amigo. Álvaro .Moutinho da — Era como a imprensa me tra-
MEsã**1**'''-'-' de direito, que O AMIGO E O IMMÍGO
«ne «e ergueram contra mim: um forada, com * sua criminosa tole- Cesta, hr-je jaix Uva. Bem sei que é ela *uem
râncía, uma edição de "Contras- lhe apresentara um artigo defen
delegado inescrupuloso, a campa- a governa a opinião. Se quisesse,
_____!_Sí~v-i
ch. difamatória da imprensa e » tes e Confrontos" dendo-me. O coronel Dilermando de As.«s poderia me ter transformado num
fala-nos, agora, do seguinte:
santo eu num herói. Mas o caso
— No hospital, onde fiquei in-
é que Euclides era parte sua, ele-
ternado cerca de um mês, após a
mento de destaque no jornalismo»,
primeira tragédia, um jornalista ao o exatamente
passo que eu
perverso, alterando a verdade e «posto. Ele, o
gênio, o igual, o ir-
visando provocar centra mim
mão de letras. Eu, 6 asno, o mi-
maior antipatia, divulgara pelo
seravel, o inimigo. Ele era o egren-
seu jornal a noticia de ter eu de-
so da farda, que a estigmatizou
clarado que "havia de substituir
com os mais candentes períodns,
1'uclides da Cunha e que era um «»ii
o civilista, portanto. Eu,
militar de destaque, sem competi " época, ia
joão-ninguem". Nessa
dor entre os colegas". Jsmai*?
no mais aceso a campanha políii-
pensei um absurdo desses, uma
tolice dessas. "A Tribuna" de ca contra a candidatura* do Ma-
iechal Hermes da Fonseca. A quem
Santos, mais tarde, divulgou o
acusar? A mim, por força. A quem
meu desmentido, que reproduzo
defender? A do seu partido, é
de memória:
"Em claro.
suma, vos afirmo, em pri-
meiro lugar, que nunca e a quem O Coronel Dilermando de Assis
quer que seja. eu tenha declara- cita mais um documento:
do, "cinicamente — "ó tempo de Manaus, escre-
presunçoso",
pretender rivalizar com o autor véu, uma vez, com razão (lendo):
de "Os Sertões". Xunca. Isso "Toda essa deplorável tragédia
não passa de mero embuste com • não passaria de um fato banal —¦
______£& que, indivíduos sedentos de vin- da mulher qüe engana o marido
dança, quiseram mais me enxovu- — se o autor de "Os Sertões"
ií*'
itfc
'•.-¦
AS OBRAS DO ENGENHEIRO lhar, não trepidando em indigna- não fosse um instrumento passi-
mente adulterarem estas minhas vo de uma campanha politica di-
Alem do quartel de Hagé, que aparece no clichê, outra* obras de engenharia realizou o coronel palavras famatória contra o Exército pro-
e cons- — Reconheço a grande perda vacando lula de classe, explorada
Ditermando de Assis, entre as quais se destacam as seguintes: reconstrução de uma parte
tração de três novos pavilhões do Hospital Militar, em Bagé; construção do Instituto Zoolécnico que acarretei à pátria. Condena- peta soberba vethacaria dos mag-
trecho do, utilidade nenhuma terei uo natas da politica".
_.*• Bagê; projeto, armamento * ioleumento da Vila Alegre; levantamento de um grande pais. Solto, como soldado, para ¦ . .
em Fio- ...
do rio Negro {Rio Crande do Sul); reconstrução de um pavilhão uh quartel do 14.» B. C, o que tenho grande disposição. ° Coronel Dilermando recorda,
Construção
ri ano polis; construção de uma grande tinha de tiro (diversos pavilhões) em Curitiba; pois, sempre me distingui entre ainda, a violenta campanha <te
TB. dc três pavilhões e outras obras de menor vulto no quartel do 6.*R. C. /., em Alegrete; instala- os meus colegas de classe como imprensa que sofreu, por ocasião
no mesmo quartel; construção de apreciador dos nrsieres da vida
____»''"'í tão'de águas e esgotos, com o melhoramento da rede-existente, da tragédia da Piedade e da ssu.i
-fias»""'-! militar, esforçar-me-ei para, em
bela Vista Grosso); cons-
uma estrada ligando o quartel m inventada do 10." R. C. I., em (Mato parle, sanar a falta que o seu repetição, no Fornm, quando per-
¦'
casa oficial e diversos chulets de madeira para guardas, na mesma cidade; ins- passamento acarretou ao pais, deu a vida o aspirante de Mari-
Wy truçã» de Uma para
reconstrução da linha de tiro da mesma cidade (bela Vista); di- servindo-o com ardor. nha Euclides da Cunha Filho.
talação de serraria a vapor e
Grande do Sul; reforma do Teatro Coliseu em Queria, portanto, dizer que im- — Não se disse que. eu fui ata-
versos projetos e orçamentos para quurtcis no Rio pondo-me um esforço do que o
de residenciais — assinala — e
Bagé; urbanização e locação do liairro Jardim-I.eblon, no Rio; construção prédios que poria em prática se tal não rado de surpresa
rodoviário tio listado de São Paulo, no governo do general Waldo- se desse, afim de ser o mais
iW5 nesta capital; elaborou o plano pos- que eu fui gravemente, ferido noa
ÍÀ'.. da da cidade de Castro; pfojeto de águas e esgotos sivel aproveitável à sociedade, fígado e dia-
miro Castilho de Lima; levantamento planta pleuras,
resgataria, em parte, a falta acar- pulmões,
para Castro e muitas outras. realizações. retada. fragma, só depois repelindo o

Ev máxima diferença social e cultu- A CAMPANHA infame E voltando


Elói
a referir-se
Pontes:
ao voln- Como vê, penitenciava-me; não meu agressor.
me proclamava uma glória nacio- diz apenas o seguinte: "muna tro-
O Sr. Elói Pontes
me do Sr.
ral que nos colocava nos extremos
O coronel Dilermando de Assis — A campanha infame prosse- nal e muito menos o fiz em meu ca de tiros com o autor da morte
de «ma escada ascencienal, na depoimento."
o de- faia-me, a seguir, da campanha gue até hoje. A pag. 285, o aator de pai..." eu "numa troca de ti-
qual eu demandava primeiro Em' — insiste o Coro- ros.com o
sofreu: de "A Vida Dramática de Eucli- parte padrasto..."
C-ráu e Euclides da Cunha ultra- que nei Dilermando — eu devia ter
—- Comecemos pelo • delegado. A des da Çunh%" . njiQ, 8£.,ye£p_\ de Refere-se, agora, a seu irmão
passava ò último. Forçosamente "um razão. Seria improfiquo abando- Dinorah:
r.utoridade policial sujeitou-se a fantasiar pequeno fardo, fei-
havia de ser batido. A conciência
não di- todos os papéis. Tudo deturpou e to de cobertor reuno (certamente, nar-me à desgraça ou entregar- —Euclides, estando eu caído à
dos justos e dos sensatos me à morte. Ao menos, hoje, pou-
tudo deformou. para alcançar o o notável escritor qaix dizer porta de meu quarto, volta sua
rá o contrário. E a de meus ad-
.eu objetivo: enchafurdar-me nv "reiano", no sentido de coisa ia- so me defender das calúnias que arma centra Dinorah, que preten-
?ersários há-de reconhecer que
Eu- ferior, de carregação, de soldado), impunemente atiram contra arai- dia socorrer-me. Não podendo sub-
ainda nãe son um mentecapto lama para elevar o nome de nha pessoa alguns "euclideanos".
.lides. Obter a minhu_ condenação vermelha e pobre. É o oadaver de jugá-ló, corre'a seu quarto, talvcx
•em um desfibrado. Conta-me ainda:
para salvação de sua memória. Euclides da Cunha". No entanto, em busca de um revolver. Eucli-
O coronel Dilermando de Assis Da segunda vez que compa-
Não precisava ter agido assim. tratava-se de um acolchoado. de des persegue-o e meie-lhe o chum-
mostra-me uma carta do general rei-í a julgamento, a "Folha do
Acredito que o delegado Alcanta- r.m edredon. Não seria tão fino. be na espinha, próximo à região
Moreira Guimarães e observa: Dia", de 3 de maio de 191... in- cervical,
— Este também me atacou. De- ra, nos seus poucos momentos de como usam os ricos. Não era, po- determinando-lhe de mo-
consigo mes rem, tão ordinário e desprezive* sultou-ine desta forma (lê): mento o fenômeno de paralisia
independência, só,
pois se arrependeu do qne disse. "— "reiunos", "Mais uma vez. compareceu,
mo, haviot de dizer: A minha como os que muita motora e o estado de "shoock \
Mas achou, como vários dos meu* ontem, a barra do júri, Dilcrmun-
alma é bem mesquinha. Tudo vi. \ez se transformam em mortalhas do de Assis, o assassino de Eu- embora passageiro. Resultado: o
agressores o acham agora, que eu
Tudo sei. Estou convencido de quo de heróis nos campos de batalha. clides da Cunha. Mais uma vez aspirante de Marinha é preso e
(K>V devia permanecer em silencio. Es-
ainda ficou adiado esse julga-
•creveu-me orna vez nesse tom iste rapaz não é criminoso, como Reiuno deve ter sido o qne, por mento tão imperiosamente recta- maltratado pelo delegado de po-
"carta): o não são todos quantos defendem muito tempo, na Escola Militar, lida. banido do meio social, es-
(Passa a ler a mado pela cor pública, para isa-
"Rio de Janeiro, 2S de junho a sua propriedade e a sua vida. usou Euclides da Cunha. Mas o iisfação a sociedade de um delito (Continua na pag. seguinte)
K;'
de tíM-I. Devo protestar contra o falso jui-
Sr. Dilermando: >o que se vai formando em torno
Acabo de receber a carta que. do seu nome. Devo, ao menos
tne endereçou de São João d*El
apontar a verdade". Pobre delega
__P Rei, aos 17 do mês fluente. Li-a ' i.**i, «. ;•»

1- ruidadosamente, e — ao cabo da do! Se pensou essas coisas, eu não


leitura — fiquei satisfeito, por- sei. O certo, porem, é que sempre
que verifiquei que é imensa a sua ti ve na sua frente o. pavor da im- B
sensibilidade de homem. At ias,
o medo do Barão do Rio
c
fo'¦
í quando tive a noticia de seu rasa- prensa, St
mento, compreendi que a sua at- Branco, a perspectiva de perder o
-l-----~---r_**>-W^*tr^*'*'****^ .'Symví^'^I_aL__._ ¦__T*<*',~*' __~**^*T'*~_I
tua era generosa e boa. emprego. Que fez o infeliz? Teve ¦dsM^s-_------Ms----fi5-Mg---s_-_M t m\õIÜÜlA
Mas o que escrevi, ao tempo da a desfaçatez de classificar meu
VUfi dMui
1 ^ morte de. Euclides, há de ler a
impressão daquele trágica nto- ato de legitima e dupla defesa.
» <qm* J*ta tnÁ_au* «w*
°- BjJL
CftJUJUxo
mento. E como eu poderia escre- para não avançar muito dizendo fi} e* Q7M. IS^vOtJtnrV^CU-JW'
ver coisa diferente daquilo ? t.nintupla, de "desnecessário ¦ de- «O i <néet*Hd«\ _/j_ ?i|? ^A^clJjV^O
Esqueçamos, entretanto, a dn- fesa", de "feróda inútil", de yfo* irjw.nmx
lorasa tragédia, que tanto me

m
"selvanem brutalidade", apontan «K»
emocionou, e me acabrunhou lan
'.

¦'

IS.. to. Aquilo ludo deve ficar em -do-me como "nm dos grandes cri-
«/» túmulo. E não procuremos minosos de sangne qne humilham QsãMfi n/e ttet&t em *tyám/a dom mm *á» <^&í
abrir esse túmulo.
O Sr. está absolvido e ê um
homem limpo diante da lei. De-
a espécie".
E depois de uma pansa:
• 8-
'\;é%«6»,.iA~í
•OUUCL.,./ 4% JrírM-J-*- .' #;

pnis, acha-se casado e deve co- — O desgraçado meirinho, que


filar da sua e da felicidade de tBcrèveu essas estúpidas palavras,
W- ^i^JtAA^ Ra. 1,,?
m\j ^,?O0
Ml ÜÜ fe UUA BB BBAIL «1 ___«,
sua esposa. O passado... fique
se de fato foi ele quem as escre-
#ie passado e o Sr. prossiga na
limpo e ien, devia primeiro saber o que é
ommtsta* *&Y*f>, Ra. d. Piro .etfpaMtao,
sua carreira de homem
honrado. espécie e depois vir dizer quais * 62i/efraiitmirna
E sempre camarada, afetuoso e são os atos humanos que a humi Rs.
agradecido
lham, especialmente tendo em vis-
c
**¦'':
.
(a.) Moreira Guimarães" .
— Ê preciso convir
• coronel Dilermando


continua tn a coragem e a cobardia. Devo
que só recordar, aqui. à guiza de infor
<
& qZ£/:. msÊÈÉÈ
nm santo ou um mártir suportaria mação, que esse mesmo Oliveira • !4
*_r' ¦
*¦•-:¦. estoicamente em silêncio todos os Alcântara foi indigitado cúmplice Recibo da agência do Banco do Brasil, cm Santos, passado ao tutor de Dilermando dc Assis. A
insultos que tenho sofrido. Insul- do assassinato do capitão de fra-
'

.¦'•¦¦¦.

importância acima corresponde à última retirada do depósito bancário referente â herança que
tos, mentiras e calúnias qae até gata Lopes da Cruz, à porta do receberam us Irmãos Assis pcl i morte de D. Joaquina Carolina. Essa herança; conforme balan-
estrangeire. Armando Erse, Club Naval. cetc, a que alude esta reportagem, serviu para cublear a educ:t«;ão de Dilermando e Dinorah.
fltaiiirr ""'~""v'~'i^
'' ~w..-jimüi ~'- mal iiiiiaeaMBaaPPg^aiibJ i aj "^P^^^S
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J assssV

6/11/941 DIRETRIZES PÁG. 19


(Continuação da pág. anterior)
Corraçado, desfeiteado. Seu úui-
Ias costas, sem a menor adver- mulher do grande escritor, este terminando sempre
tência, ferido a tiros várias vezes, encheu-se de ciúmes e passou a pando forte e sem se despedir.
por sair pi- jornalismo desta capital. Porque -IP
até o próprio Barão de Werthe»
ce crime foi procurar, desarmado para só reagir quando já sem sen- detrator vizinho. Tomou-lhe ''xTSíI
o Uma vez que prendi suaa tá- teve por si um jornal que de-
« surpreso, num gesto de supre- tidos, sob a ação do suh-concien- particular ©jeriza e, nas referên- bolas no canto extremo do tabo- monstrou claramente o
ma coragem e renúncia, defender procedi-
te. E' dado como morto, tal a na- cias menosprezivas que lhe faxia, leiro, fechando todas as casas des- mento miserável dos ¦';¦¦ ' ViSuBEe
o irmão mais velho. E só pòr. isso que deixa*
tureza e o número dos ferimen- chamava-o pejorativamente de .se lado, o moço,
transfigurado, ram absolutamente impunes oe
-denunciado como cúmplice de as- "barbeirinho", ¦ «Èm
tos recebidos. Descrentes do éxi- quando não o mi- levanta-se e intima
que deixasse responsáveis pela sua morte. Di-
aassinate... to, cirurgiões de nomeada abrem- moseava com epiteto mais reb.tr- uma aberta por onde
pudessem ler mando de Assis só teve em re-
A seguir, fala-me sobre o que lhe o ventre, retiram-lhe o san- bativo. Tempos depois, o vizinho sair as suas. Eu com a maior cal- dor de si a curiosidade infernal
aconteceu cem Euclides da Cunha gue coagulado, soiuram-lhe o fi- morre de varíola. Euclides começa ma retorquí: dos que "xí
procuravam rebaixá-la
Filhe: gado, defendem-lhe o diafragmn, a vê-lo por toda parte. Quando Mas, Dr. Euclides, isso náo im meio da tragédia monstruosa,
-— Vejamos o reverso da meda- também transfixado por bala, ex- algum objeto ou qualquer apon- é permitido. Do contrário,
perde- duas vezes representada. E da úl-
lha. O filho de Euclides, já ao- traem-lhe três projétis, dos quais tamento lhe desaparecia (em re- ria todo o interesse a batalha. tima vez sabe Deus quais foras»
•mem feito, maior, também aspi- dois lhe atravessaram as pleuraa «*«. escrevia por pedaços, naa fo-
rante de Marinha (Dinorah era e os pulmões. Depois de tudo isso lha* ^» branco dos livros, nos
Bramou ele:
Eu não sou escravo de regri-
os encenadores.
m
Seria longo analisar os motivo*
«inda menor; tinha 29 anos ape- se diz' displicentemente: "numa punhos engomados quando em nhas de
jogo, ouviu? Isto é mera da campanha injusta de que ele
nas, quando se deu a primeira tra- troca de tiros..." viagem,'nos papéis de embrulho), convenção.
foi alvo constante. Um de-
gédia), ataca covardemente, «elas O Coronel Dilermando de Assis Euclides se exasperava. Apanh.i- Fica para nós estabelecido que les, porem, e o mais nobre, foi
costas, seu superior hierárquico, remata: ram-uo, certa ocasião, dentro de «•ão
se deve bloquear o adversa- a popularidade de qiie gozava o
distraído na leitura de uns autos, — Eu «ão tenho nenhuma car- casa, descalço e de fraque, arre- rio, inutilizande-e,
deixando-e na anlor de "Os Sertões", populari-
«f malfadados autos do inventa- teira varada por bala de Euclides messando livros centra um ad- atitede vexatória de nm inativo. dade que nos honra, pois é a de-
rio ds escritor. Fere-o graventen- da Cunha ou de sèu filho. Tenho, versári© invisível, a quem dirigia Compreendendo o que desejava monstração de que, pelo menos,
te. Prostra-o. E morre. Resultado: ainda, quatro baias cravadas no »» piores insultos e palavrões, e«- o meu adversário, asseati na ado- de vez em quando,
"Barbeirinho de já se opera, ril'ã
é enterrado com honras nsupetio- meu corpo, duas do pai e duas tr* •* quais: de mais uma regrs neva ne entre nós, o milagre de estimar-
"Vem, ção
res. de guarda-marinha, e acom- do filho, que talvez interessem aos ««*»• ««a", e desafiava: —¦ mais velho dos jogos. Disse-lhe mos seriamente o que é nosso, o
panttameate de ministros de Eh- que, sob s pretexto de escrever barbeirinho duma figa! Pula prá simplesmente : que é caracteristicamente brasi-
tado, enquando o "bandido do histórias, vêem explorar depois ««««". ««« *« q«e*'o arrebentar a Seja assim leiro. Mas a verdade é que essa
assassino" é hospitalizado e pre- ignorância dos desprevenidos com cara!- Vem!" E passava rasteiras, O Dr. Euclides ganhou a par- admiração por Euclides da Cunha
so, embora ae achasse moribundo. os seródios troféus remanesceu- «tirava de encontro às paredes »u- tida. Então, levantou-ae muito não devia ter incidido com o ódio
Faz um paralelo entre o seu e encontrava ao alcance das
m o caso de Euclides Filho:
tes das tragédias. Estou pronto do que
lixá-las, se quiserem. Será pos- »»ãos. Outro episódio, não menus me :
ufano, muito radiante, dizendo- a um moço, de altas qualidades,
impelido tragicamente para a
— Outra: quando Euclides da si vel que não tenham outro as- eloqüente da sua profunda desor- Você vá aprender para jo- maior desgraça que temos presen-
Cunha tentou matar-me e morreu, sunto para porem à mostra sua ganização psíquica, é o de querer, Kar comigo. Fique sabendo qae eu ciado nestes últimos anos. Creio
eu havia recentemente atingido a literatiee? Haverá necessidade de a todo o transe, poucos dias antes sou invencível no gamíe". que ninguém mais admira Eucli-
maioridade, isto é, tinha apenas tais exumações? Porque essa ne- da tragédia, que sua mulher be- Depois da leitura, o coronel Di- des da Cunha do que eu próprio,
t 21 anos. Fui tratado como um ma- crofília? besse o sangue de uma hemoptise Urinando de Assis fecha a pasta mas o meu «mor pela sua obra me
chacaz, um brutamontes, um fa- DOIS EPISÓDIOS recente, contido numa bacia de que encerra as suas amargas re- impõe o dever de acautelar-me
rosto, "para lhe tinha contra
cinoroso lombrosiano. Quando o Dois episódios da vida do autor provar que tordações e diz: mim mesmo e não lem o
seu filhe, também já maior, me d* "Os Sertões" passa a contar o amor"... — Não é preciso dizer mais. O poder de impedir o que julgo de
acometeu pelas costas, ferinde-me meu entrevistado. D primeiro é O Coronel Dilermando de Assis Sr. Eloi Pentes tirou da folhinha justiça com relação ao tenente
a traição, com um revolver maior ainda contrariando um tópico do relata-nos mais um episódio, o do um pensamento de Swift: "A vida Dilermando de Assis, mesmo por-
do que o meu, "preto e grande*, livro do Sr. Eloi Pontes: jogo de gamâo. vulgarizado já por é uma comédia para aqueles que que deve cessar a ação dc toda
e, em conseqüência, morreu, ru — Ao contrário dos passeios Júlio Bueno que, como se disse pensam e uma tragédia para aque- admiração de ordem literária ou
continuei a ser fera e monstro, e brinquedos na praia que apare- na segunda parte desta entrevista, les que sentem". De nós deis... não quando está em jogo o que
ele (coitadinho!) o menino, o jo- cem na página 264, figura nos conviveu com Euclides na cidade |j^| DOCUMENTO de mais alto devemos a nós mes-
vem desditoso, o herói, vítima do autos o constante desentendimen- mineira de Campanha: mos e aos nossos semelhantes —
—O episódio, note bem, é de
BRASILEIRO
mtru caráter, vingando a morte do to entre o pai e os filhos, ha- Essa reportagem que é o amor à verdade.
"Para pretende ser,
pai... Pobre criança! E por isso vendo mesmo alusão até ao lan- 1895. (Lê): provar que a a rigor, apenas um documentário. No primeiro ato da tragédia de
levaram-na para o céu com toda comento de moveis pelas janelas neurastenia já nessa ocasião co- Por isso mesmo não
quero termi- que fez parte Dilermando, vemos
a pompa, como se fosse um an- da casa de Copacabana sobre es- meçava a minar latente o orga- ná-la sem transcrever o artigo de dois personagens mais: Euclides
jinho. Até honras militares supe- tea. A propósito do Eucliden-áo- nismo vihratil de Euclides da Jnckson de Figueiredo sobre o li- da Cunha e sua esposa. Podere-
rior**, como se tivesse sido pro- mestiço conheço um episódio' ca- Cunha, vou relatar uma feição ça- vio de Dilermando de Assis, "Um mos julgar com justiça o que foi
movido por ato de bravura (quan- racteristieo do seu temperamento racteristica do seu temperamento conselho de Guerra", publicado Euclides da Cunha como esposo,
ta gente não via tal coisa na mi- anormal. Um vizinho seu, na rua nervoso, do seu espírito agitado. na revista "Brasilis", em maio e se, na verdade, concorreu para
nha eliminação!), o governo de Humaitá, por mera questão de Vizinhávamos e era raro o dia de 1917. t o seguinte: o estado deplorável do seu lar ?
então mandou render-lhe. Eu, pt»- gentileza, que devia cativar e pro- em qae não jogássemos uma par- Não. Entretanto, é necessário
bre de mim, fiquei no hospital vocar reconhecimento, prontificou- tida de inocente gamão. Dentre UM CONSELHO
lembrar o que um seu amigo in-
recebendo oa insultos dos homens se, un\a vez a aparar os cabelos em breve compreendi que tinha
de letras e des jornalistas que, do caçula de Euclides, como o fa- diante de mim um doente. A prin-
DE GUERRA
timo, Júlio Bueno, caráter ada-
mantino e inteligência de escol.
pelo telefone, pediam a minha zia.aoq seu* filhinhoa. Não havia cípio, eu fasia o meu jogo, em- (DEFESA DO TENENTE D1LER- disse de público. As suas preo-
morte..;> nada de mais nesse oferecimento, penhado em ganhar a partida. P«- MANDO DE ASSIS) cupações intelectuais...
Conclue: Sua esposa era amiga da de En- rem, como isso sucedesse várias O tenente Dilermando de Assis Afinal, fosse o que fosse, a ver-
— Um desgraçado incauto, in- didos. Em face das conversas pro- vezes seguidas, percebi que Eucli- foi talvez o único personagem da dade é
que Euclides da Cunha
ti mini<> pela Justiça, é atacado p?- tocolares entre esse senhor e a des ficava exarcebado, trêmulo, tragédia que não fez partido no
(Continua na pag. seguinte)

^^ ^^"» .. ^epsar^- "^^^^W t^BssVr5a*^^Va^MWV»G^^t^uassna


B *v |BBT j^ügL^ngu ¦ eaV •se^m»- ^^^ ^

"E "Tudo isso é muito rápido. Cai- trava o meu agressor, pois minha "Sigo-o.
A TRAGÉDIA OA PIEDADE enquanto este retornava à Precavida me nle, lemeit»
sala de visitas ("A"), fui ao meu do à poria do meu quarto ("C"), intenção era de amedrontar Eucli- do uma possivel emboscada, pe-
Depois dc absolvido pelo Júri, quarto ("C"), afim de vestir mi- tudo rodava à minha volta. des' mostrando-lhe que estava em netro na sala de visilas ("A").
"Vendo-me em
o lenente Dilermando de Assis nha túnica. perigo, Dinorah condições de reagir. Chego até à porta e vejo Euclides
voltou à casa n. 214 da Estrada "Adiantando-se dc meu irmão, tenta desarmar Euclides, que dis- "À detonação,
Euclides volta caído, junto à escada, acionando
R«al de Santa Cruz. em Piedade. que lhe abriu o portão do jardim para contra meu irmão. Desarma- pelo corredor ("B"), em direção desesperada men te a tecla do ga-
Acompanhou-o um amigo, Dr. Mo- e a porta da sala de visitas ("A"), do, este corre pelo corredor("B") à sala de visitas ("A"). tilho e a pronunciar pnlavras,,con-
reira, o mesmo que aparece nas Euclides da Cunha entrou préci- e ao aproximar-se da porta do seu "Coutra minha fusas:
espectativa, Eu-
fotografias divulgadas por DIRE- pitadamente em minha casa de- quarto ("D"), Euclides acerta-lhe clides retoma o ataque. Surpreeu- — "Bandidos... Odeio...
TRIZES em seu número anterior. clarando: um tiro na coluna vertebral, inu- Honra...
dido, disparo pela segunda vez, "No momento
Valendo-se dos indícios que en- "Vim para inalar ou morrer. tilizando meu desventurado irmão da luta, — ter-
"No interior do meu sem alvejá-lo. Ele insiste. Disparo mina o Coronel Dilermando, — é
cmilroii. tratem de reconstituir quarto para o resto da vida. pela terceira vez, procurando ain-
"Euclides ouve os evidente i\ue não sabíamos o nú-
matematicamente a trajetória dos ("C"), ou\í distintamente apenas gritos de
p sete tiros de Euclides e dos seis as palavras "matar ou morrer". D. Aua e dos meninos, escondi-
da desarmá-lo, alvejando o seu re-
volver. Fui infeliz, porem. Num
mero de tiros que ha\ íamos tro*-a-
A porta se abre com um ponla-pé. dos na dispensa ("F") e caminha do. O sexto tiro de Euclides, ve-
que disparou em represália, como movimento rápido, Euclides le-
se vê no clicé. São "ponlilhados" E de súbito vejo Euclides que me até à sa Ia de jantar (E"). O que vanta a nulo, procurando, dc no-
rifiquei-o depois, feriu-me mis
aponta o revolver. costelas.
os tiros de Euclides, note-se. pretendia ele? vo, alvejar-me. A bala, como de-
"(Jue é isso, doutor?! — per- "Caido à "Em
De acordo com o depoimento porta do meu quarto pois revelou a autópsia, fere-o no suma, a autópsia acusou
histórico do Coronel Dilermando gunlei-lhe. ("C") levantei-me como pude. Sa- em Euclides os seguintes ferimen-
"Ele responde: . pulso, embora sem dcsarmá-ln.
de Assis, a tragédia se desen ro- bia que meu irmão eslava ferido. "Euclides está agora tos: no flanco direito, no húme-
"Bandido!.., Corja de ban- no inicio ros, no pulso e no pulmão direito,
rou as%im: Eu vi Euclides atirar em Dinorah
"Era domingo, Seriam dez ho- do corredor (B"), junto à sala,
didos! pelas costas. Temia, por outro la- causa mortis.
"Atirando contra mim, atirando contra mim, encostado à
ras da manhã. Tomávamos café — quase a do, a sorte de I). Ana e «los me- Dinorah foi ferido por Euclides
D. Ana. Selou. Dinornh, o pequeno parede. Digo-lhe ainda:
queima roupa. ninos. Olhando para o corredor
"Embora ferido, — "Fuja, doutor, que náo lhe na coluna vertebral, jmilo da
Luiz e eu, na sala de jantar ("E"). procuro tomar- ("B"), vi Dinorah ca ido e vi tam- nuca.
MDinorah vai até a sala de .'isi- l»em Euclides. de revolver em pu- quero matar!...
lhe a arma. Avanço com a mão
Ias (A"') buscar cigarros e volta, esquerda. Euclides recua o braço nho, mo>endo agitadamente a ca- "Ele não me ouve. Fere-me, Quanio a mim, de acordo com o
logo depois, comunicando que o direito e eu só consigo agarrar a beca, como que à procura do lo- mais uma ve2. Eu ai tamhem ati- exame médico, sai da luta com
Dr. Euclides estava á porta e que- manga do seu casaco. Recebo, en- ea! de onde partiam os gritos. rei contra Euclides. Este ainda no quatro ferimentos, recebidos de
"Foi
ria f a Ia r-me. tão, um segundo tiro. Caio. Desta quandnapanhei o meu re- corredor ("B"), recua de costas e frente, na virilha, no pulmão di-
— "Que entrasse, disse a ineu vez, estou ferido no peito. Dói-me volver. Desferi o primeiro tiro na desaperece pela sala de vistas reito, nu pulso e sobre u»»a c«>*-
Irmão. horrivelmente. direção oposta em que se encon- (A"j a fora. tela.

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6/11/941 m
PÀG. 20 DIRETRIZES
i__na sem Não será nunca -ci.ii» .justiça''
(Continaaçãe da psg. anterior) Ei» porque o . adultério, . mais. se achava ausente, eni- parageic ¦ nossa estática social, é quase
_ar*-4^ se rompem «ue se dirá de um homem coma.
vão era um bom esposo.-na opi* das vezes, fica «o quadro do que longínquas, sem mesmo-• ser -tem <re pela violência que lHIermando que é um miserável.,
'cha-. • brado sequer
wião de uuein, tão de perto, co- os ' criminalistas' italianos por inanimada io o* laços que ele dá. vida das nações, tom»»
mau» de passiva, isto é, que a so- logra fia." tiuantos os que de bi» Daí o crime e -a tragédia ne to- lantt» na
nltcccu aquele Ur infeliz. Da i«h- de Assis na dos homens, por maiores que,
Kier,. cm torno de quem houve ciedade tem maior culpa do que a fé, seguros • de si mesmo, o-apè- tios os dias iliierinando seus erros, é JusU a
criminosa, que é sempre uma vi rIVejarão ? em plena adolescência, teve <i«e .vejam os
essa sucessão de desgraças, é tam- defesa, a mais desesperada; se *e
lima também. Não. quer isto di- Depois as cenas de sangue fie- t»£«ter-se contra esta coisa cega é
bem impossível um julgamento dos tem, com» certo que. fraqúeá-la
seguro.! Aceito o que disse Júlio zer que nego a liberdade tio meti ram como conseqüências de pre- que traz em si a sabedoria fez Dileimand»,
víduo e aceite as conclusões ma- conceitos sociais, os mais terri- siculos. A pedra ia esmagá-lo., morrer. Foi o que
Kueno, dela e do marido, o que sacudiu-a ao dc Assis. Só Jesus Cristo se dei-_
de mais jnsto se poderá induzir, Icrialistas da escola chamada po- vois que nos jugulain. E e-preci- hilou, íle»viou-a, e xou matar sem mm protesto --.
so notar eu nâo os condeno. jWismo. t-uclides-da Cunha, ape-
transcendentalmente, porque cai- sitiva. Não. O' que é admissível é que coragem de ordem .
¦SflP esla liberdade pode deparar- A vida. .humana ê um • mistério sar do seu gênio,- foi ali como mas era isto
mos i\o domínio infinito das coii- que nossa nalu-
se com maior ou menor número inexplicáveli As sociedades são i»ma ped»a desprendida do alto .'ivina. A miséria da
jeeturas, è o caso comum das Ia cego. ia reza vê no Calvário o ideal s«»-.
de circunstâncias, que a dimi- sistemas de equilíbrio à beira do oa montanha social.
adúlteras pela força do abandono e mor premo; mas do que o podímr»
em que se vêem. miam.. E eis porque'muitas've- abismo que rodeamos desde js matar, feriu, despedaçou •julgar de nós mesmos, nunca--pn-
fatalidade instin-
zcs um ato livre .pouco reprova- nossas origens;; Quem salie o que ivu, porque a.
do deremos condenar que o maior
vel -pode ler- conseqüências tunes- criou tal t- tal preconceito? Quem tiva, o instinto de conservação conserve em si > que
¦ tas,: pois, -'determinando uma mu- nos dirá que os males causados por homem, a .mesma que e«iste em criminoso
DESPERTE A BiUS dança, pequena que seja. no muu- eles não são menores do que os iodos nó*,
era superior ao si u é fatal em todo homem,
amor por esta vida tão triste.
isto é, o

do exterior,-réfleür-se-á mais cia- que nos assaltariam se não nos desvario. „¦_;.:
DO SEU FÍGADO lamente o estado depressivo em protegêssemos com a aparência
¦•acaba absurda desses mesmos preço"-"- morto o pobre
Na ou»»a cena, em cpie saiu No caso de Oilermando de. A*- -
rapaz insuflado sis, o crime foi um produto
.'•:«
Smi Cslsml—_-E SaKaré da Cama que acaso estamos, c-isto a objetiva-
tantos ventos maus, a figura In tal idade social qiie
Disposta Fará Tado por não pos deixar forças pava ceitos ? Eu, quando os julgo com l»or à mesma ção da sua vontade. l> livro que
resistir, às tentações maiores • A serenidade tenho sempre em men ds Oilermando obedece é a . e.iposição'
' 'ine fatalidade, ao mesmo instinto de acaba de publicar
Seu ligado «leve aetra-aa-, ttia*iant_n.»,
poesia adivinhando©- a-i couclu- te a palavra de Pascal — dc <iue antecederam a«
¦o estornai», uaa litro de bilii. Se a biliaaae
sõ.es da ciência jã o dizia pela pe- •*a natureza ê cmineulem:*nU* defesa, o mais justo, somente vi- deis fatos de-,
corre Hvremeate, — altmeatóe »a» -•• d»-
velho Hugo: • dogmática". O maior sábio de \ if içado em sua pessoa por uma duas cenas dot(»rosas. c a ^ua
«eridoe • apodrecem. Oa gaaea tacha-a • na do festa,'- das muitas acusações in-
«•tomai». Sobrev.aa a pci.a» d* veatra.
Nunca insulteis uma mulher caida . ciência é incapaz de dizer por- coragem t»cimo do comum. vitima. • Kircca
- Vocfi aente-at abatida « cama què e»ve»»>
impe- 4|ue ela é assim. Só Deus-o sabe Nos dois atos sangrentos, Oi- lames de que foi
a
aado. Tudo é amargo e a rida É um martírio. Ninguém sabe qué peso
'; • ' [liu... na sua maior sabedoria, e só n<»s lfrinarido.de Assis matou defen- impassível que haja quem desics-
Uma limplea evacuaclo al» tocará a cau* • a desgraça: Mas lio seu. .aso
aa. Nada há com» aa famoaaa Püulaa CAR-
;'- cabe sof ri-la .com dignidade, que dendo-se, e. por sua vez caiu eu pcüe se tez »ã»» . Vi»'dênti».
TERS para • Fígado, para uma açlo certa. Quanto a Dijermando de Assis. esta ê a maior grandeza do ser s.toguentãdo; banhado no seu pró- « desrespeito
dia, não crei( q»io
É1P%'.:' Fazem correr lirremente éme litro de bilia,
ou a que se reduz tudo que dele |u:nsante, e é o que conStitu. a prio sangue, pagando assim quase .tfiie, -boje-em
Na» os àui«- »s,
¦ roce lente-i. diapoato para tudo.
e contudo _*o ma crime "é ter sua liberdade. com a vida um erro comi que ou- exista quem. serenados
eauaam dano; tá» auavee se disse é que seu •Entretanto, como o precoocei- tros passeiam em ostentação de vii* s<; revolte - «'<»utr* tanta ni-
ravilhowi para fa.er a biüi correr Hvrem.it.
i» Fl. amado, aos 17 anos, uma mulher
te Peça aa Pílulaa CARTE3S r par» 'Í«M
T<^^1• to ' uma fórmula enigmática da luso e cinismo. justiça"
¦ada. Nao aceite imit'c"'' casada, cujo marido não conhecia

TODOS OS ESPORTES
•¦
Y

Sob o patrocínio de DIRETRIZES,


m um grande campeonato uni-
~
versitário de atletismo
NAS DATAS DE 11 E 13, AS PROVAS DO CERTA-
ME — A LUZ DOS REFLETORES — INSTITUI-
IP DA A "TAÇA UNIVERSIDADE DO BRASIL"

YWÍfm ':,;•
A Federação Atlética de Estudantes promoverá, aíwda este
mês, sob o patrocínio de DIRETRIZES, um campeonato
rio de atletismo que mercará, per todos, os motivos, um aconteça
mente esportivo da maior significação. É um espetáculo que reunira
universitá- ¦

I -*-i_;Ttt-"" *
^"^ _T_ii(^
— *—* ^s_B __F__y\ _^__P^_____i .

as equipes de todas as escolas da Universidade do Brasil e que, pelo


aspectos técnicos
preparo • entusiasme dos concorrentes, eferecerá
de excepcional importância. A F. A. E. já ÍUou as .datas do formi-
w davel certame -que
teresse sem precedentes;
está despertando,
assim os
nos
jogos
meios
atléticos
estudantis,
serio
um in-
disputados
entre 11 o 13 de novembro.
CAMPEONATO NOTURNO .
A entidade que tantos e tio decisivos serviços vem prestando
ne-
W ao sport universitário coordena, neste momento, as providências
As teráo lugar
cestarias para o pleno êxito de campeonato. provas
à noite, à lu* dos refletores, circunstância qus permitirá o compa-
corres-
recimento do maior pública pessivel, ao mesmo tempo que
universitários. Vj
ponde às conveniências dos atletas
"TAÇA UNIVERSIDADE DO BRASIL" 1 a d. lra/-t, do \a«o
Ji- ^r dlTalão. o jog-d.r WI
"The British Council", oferecendo a sua contribuição para o
recebeu
sucesso da iniciativa da F. A. E., instituiu uma taça que
"Universidade do Brasil". A posse desse troféu
a denominação de
ou três
caberá à escola que conquistar duas vitórias consecutivas
disputa será
alternadas. A entrega da taça, ao vencedor da primeira

I
___
feita, pessoalmente, pelo embaixador da Inglaterra no

Após os
UMA FESTA NA F. A. E.
jogos atléticos de 11 • 13. que
acontecimento do sport universitário para 1941.
Brasil.

marcarão o maior
a Federação Atle-
aos concorrentes, uma
•IdfííS- ¦ tica de Estudantes oferecerá em sua sede,
reunião de estudantes que
festa de confraternização. E durante essa"Taça
Universidade do Bra-
o embaixador inglês fará a entrega da
da Educação,
_Hr''1'' ' ** sil" ã escola vitoriosa. Serio convidados o ministro Carragando-o eom /
' ^^*~
Sr. Leitão da l / \^J \-
mm:, Sr Gustavo Capanema, o reitor
todos
da
os
Universidade,
estudantes das nossas esco
mV^^ /***"4Z 7 \
Cunha, autoridade, mestre e W W^ Carregando o botão ^k / "Oul-in-fronl-grip"
\\ *^B- num braço. ^\^^ ^^r
a^____*vt-- Ia. superiores. m y^ prtliminar.
^ ^^ ^ C0NC0RRENT£S a frente
Noturno Poste paro
Os atletas das escolas que disputarão o Campeonato respectiva pegada.
intensivo de treina-
de Atletismo vêem reahxando um programa
define bem o .Me- USTE sport teve sua origem nas universidades inglezas de
.&' mento par. os jogos d. 11 • 13. Esse preparo ¦— Rugby, Eaton e Winchester. Muito differente do foot-baU
Taça Universidade
Mm resse com que os estudantes que concorrerão a
______! as competições. Nao ha duvida da Association, permiate ao jogador apoderar-se do balão oval e
va|£__. do Brasil" aguardam próximas
se apresentarão em condições técnicas de correr, com elle, usar os pés e as mãos para o arremesso e agarrar-
_______&-*-
___-H*c ¦ que todas as equipes
•""""VÍÊVÂNTAMENTO se ao adversário para impedir-lhe a passagem. Requer grande
DO SPORT UNIVERSITÁRIO robustez e intelligencia, sendo considerado, nos Estados Unidos,
. Com as suas últimas realizações, a Federação Atlética de Es uma excellente escola para a formação de um caracter enérgico
de sport
tudantes oferece a sua contribuição para o reerguimento Modo d» cahir .eguran- e sadio. É um sport violento, que exige dos jogadores medidas
Virgílio P.
Sai?"! universitário. O presidente da entidade, o acadêmico 4- o balão.
especiaes de protecção contra fracturas e outros accidentes.
res de Sá, declara que não está longe a época em que as competi-
ções esportivas entre estudantes
alcançarão, aqui. a importância Medidas de protecção especiaes são também necessárias, ao fa- •
entre os quais poderá citar a Ingla-

I
smV9k* - -
J-_^H__H * que já teem em muitos países, zer a barba, contra infecções facei» de contrahir quando não
terra o os Estados Unidos. se usa uma navalha pessoal. A mais acertada protecção nesse
. Nesses dois paises — dix-nos o acadêmico Virgílio Pires sentido é fazer a barba em casa com lâminas Gillette Azul,
espetáculo
a38È»o!»* ¦ 4t Si 0 sport universitári» mobiliza multidões. É um as únicas rigorosamente ~ -
de grande interesse público. Nio há motivo nenhum para que nio
Dando >im aseptteas. Não se exponha -__ía-^V
se verifique aqui o mesmo êxito nos jogos atléticos de estudantes. "placakick" Y^^<i **V__r*____„


muito nítido: o de dar V. S. ao perigo! Passe a
Os esforços da F. A. E. tem um objetivo
^Bl____K_>-!:'' ¦
¦B-asf"-'
a quo ele merece. Isso está fazer a barba em casa,
ao sport universitário a importância"Prova
muito longe de ser impossível. A das Américas" deu bem com Gillette. E mais prati-
atléticos real- co, hygienico e conomico.

Gillette
uma medida das possibilidades de todos os programas
não foi somente um
mente bem organizados. O público apareceu e
Noturno marcará rá — '*R^!_íí_l,______. ---ãníatffa» yJBtSSB-9 *&\!^í
¦____FK?f ¦*¦ público-de estudantes. O próximo Campeonato vk
ettou absolutamente certo — um êxito sem precedentes. Sinto i bem
mvmmwB!i\
'
a expectativa da cidade. No meio universitário, o interesse, o- en- - Caixa Postal 1797 - Rio de Janeiro
- rusiasmo. «âe podiam ser maiores. *
IA-417

. SmY-'-

¦ —*¦ i
.Já não.se .manuseia livro novo delido^ t,r uns formar-sr...;_{<_,_{.,. cris-
Sitia, primeiro inquirir. das ten* lalizou, e o arcabouço do mundo
dências .UterArias do autor. Por novo, que se delineia, que se
isso, operário deste, rude mister, condensa enlre nebulosas. Am-
tendo -exposto .no mercado .meia bos se conf lindem nas suas linhas
dúzia de obras de minha fábrica gerais, mas para o âmago se lor-
e-..que, sem¦-corneleanle pregão, nam adversos t, è proporção gue
desapareceram logo dos arma- A propôs.fo da reportagem ." lm caboclo paulista .escreve para as crianças., do Brasil?, o. nosso se intèrpenelrum, entram em eon-
rios- -dos- livreiros, cabe-me dizer companheiro Maurício Goulart recebeu a seguinte carta do intelec uai paulista Afonso Scimiídt. fliló. ' ...
um.pouco desta oficina, ãe como MEU CARO GOULART. ACABO DE LER. NA ," DIRETRIZES".. O APELO QUE VOCÊ FAZ A CQN- Já não pode haver homem ';UÍ_
'"l_*
componha e aprimoro escritos. CIÊNCIA DOS ESCRITORES BRASILEIROS PARA QUE. NUMA HORA TRÁGICA COMO ESTA, assâs eordulo para viver em paz
Aproveito para tanto o mais min- VOLTEM OS OLHOS PARA O SOFRIMENTO DO MUNDO. NO QUAL A MORTE NÃO É O QUE com os outros e consigo nie sino.
guado e desunido de -meus tra- MAIS DEVEMOS TEMER. A TÍTULO DE CURIOSIDADE. E TAMBÉM PARA MOSTRAR QUE ESTOU Todas as vezes que erguemos o
bai lios. — ESPIRITUALMENTE COM VOCÊ; Al VAI O PREFACIO DO MEU INFELIZ LIVRO "O DRAGÃO E
AS VIRGENS". B4PRESSO MAS NAO* DIVULGADO EM 1926. SE QUISER. PODE PUBUCA-LO. pé para dar um passo, encon ha-
Xào sou fui ti ris Ia, nem Iam- FICA AO SEU DISPOR AFONSO mo-nos diante de vários comi-
pouco daqueles que hoje se picam SCHMIDT nlios. Viver é julgar com rapidez,
ttti 'passadismas. É qne esles * clareza e valentia; quem hesita,
desse à minha prosa punhos en- laranja. Por isso, respiand,eseeu montes, as toneladas, soldadinhos
aqueles, inteligências- de- primei- mele mn paralelepipeda no ai for-
de homens qué de chumbo.
ra água. -parecem-me éstruoià- gomados e os' náo-me-lòques dos ,un punhado je, e sentirá para sempre o peso
salta patinhas literários, jamais ntgahtinhám o poder econômico De outro lado, por?.»,' a hiiiiia- *. _ ,
dos do humano sentir, vitalisan- da hesitação. •¦...•
chegaria com esta oferta de ideal e com èle todas as áttàs é belas nidade,' que hão cessa úin sô ins-
tio: egrégoras- cerebrais de pnra Acho, portanto, ingênuo rV/or-
ri maiujedoura rústica, onde há manifestações do espirilo hunia- lajüe de criar, continuou nas max. .uma arlç nas $n,as-.,e.vtej-i»i i-
feMearia-, -à custa- de palavras
um Cristo jieqiienino, odo-mecido "°- & história é feita dè réis, suas atividades, durante o lar-
dispostas, às vezes, rom • elegán- dades, deixando inlaçJa lodo o
entre hervas. príncii>es, generais'e senhores de go periodo dè esquecimento em s*'ii sistema endurecido
cia- capurO, mas nunca emacia- pela «r-
Devo engrossar Unhas e.%«?°- Xo. e'>liíil,°_ o homem que viveu, coinò as espigas mais
t'a*s pela'dolorida realidade quo- .as. do tério-esctèros*. Xão devemos nos
lidiana: ¦•¦¦¦• desenho, tomar os pensamentos que .fez tmlb ò *-"* ve"w{ e »>'«» ^ram logo colhidas pela se-
fireácúpar eüih os seus kUiinox, VI
Por -temperamento, não com- palpáveis e.upelilesos como fm- qlie P*"*41»10* **. aparece hòs au- leção atenta, a obra fez-se ainda mojt. com", o pensamento qae a
de fé' ihiminados Pe,° clarão mais anônima dà que « silencio- anima. .l'ma concepção
preendo- a* arte pela-arte, jogo de ias, criar "sobreum. esqueleto de. sonho '°S neva- «ri-
ele f°Vlleiras: Quando sobre sãobreíra. Ha séculos; todos'os
paciência,'-para mandarins; pala- para plasmar a greda das giráexpressões novas e a li ant-
vias- entradas.- Suponho sempre snngiiinaienta da realidade, on e^"r< /,u/»»n'<'<MÍ« desabrbehav* que mergulham na ehusma; vol- formação sé fará por si mesma,
flor de beÍe^a mi de.™te}}~ Um "lónít™ * superfície; encon- ca mo q fisionomia d», cidade do
que quem • fala ou escreve tem então, como faz o lavrador'com '""*
eolhiani-na apressada- iram lá em baixo um mundo no- ano
um pensamento ¦ «- comunicar, lerras. em pousio, atirar man- !,éneia' para ano, de século pana sê-
uma emoção a transmitir. A ma- • cheias de idéias, inda que não se- mitnle' P^ra a estufa do sêu mun- "o, esplêndida « ameaçador:.. E eiilò, mercê da iluminação, dos
alé hoje todas as obras tle arte veículos,
neira como se desobriga da tare- jám as da futura safra, para en- ""' D<?""**' P°rU"Uo>. "'»« »«'«- de Indo quanto, o ho-
lernecer '""
ção cuidadosa «•e* #"f«"«»«««»-.
*"""»«".". prolongada. qae
*"* ficaram
/.«„„«, teem
.r™ cheia
caera «cia*
átid*
fa é questão de engenho: tanto corações esvaziados de "elite" aP°-
"clile" mem faz para melhorar a vida.
*K melhor, se dá mostras de hubi- iodo pela vida.
Foi assim
Wí,s/m..«"« que a
f
apo- de
ilt í,Mer
suor humano.
*«'»«««• llâ momentos em que essa ré-
Iidoso e o faz por meio inespera- Aceitaria jubiloso nova orieu- ,h'ron'se deroii-sê dn da terra>
terra, ",as mas Perdeu perdeu Xa escuridão e no mal-estar forma que, por ai uai se tòvna ri-
i0nl*icl0 com a humanidade, que dos bairros pobres, inteligências dictila; é atuindo vemos as após-
dr e atraente. Compreendendo tação artística desde que ela cor-
' * ¦ - * f°nte rf« v,da rf» espirito. sem nome, reunindo grãos
que o vendedor^ ambulante de respondesse ao instante, que è de tolos da expressão moderna cam-
'
»ininquilhàrias exiba jim lagarto rí/m alvorecer de almas anopi- ° **"* mentalii{a<ie' como água uréia, construíram sistemas no- parem de guardiões da vida arii-
úftarr transeuntes insúb- <mas. Hasta olhar em redor. re"}poçat?a que Pe,de coinunicação vesj cheios 4e lógica e beleza, fitial .qne ainda levamos hoje,
para \ Xes- '°'H
ihisso£#ue-:the?nãò prestam ou- te momento, a fé, a ciência, a fi- °* »<isceiites, estagnou, apo- mas incompreensíveis p4ira os como cidadão* fossilizados, de
vidçs às aféngas, mas lenho que cem um periodo de tnrbacão cor- eolfriu-se de monstros que se emparedaram por suas um inundo que já não existe,
ftcw' quo
*> ftíii do esefitar não è mostrar vem um "l,eroseól*'t0s- Sea coração mir- próprias mãos. ,Lnm ossaturá gi^ morreu em 1.91,4. Quem auer ser m
' período de tu reação cor- ¦*___.____> ¦ . C__ m >_____•__ I_ _•__. -¦».____. __.'_____! ___: _.' - :__.-.- __. . j _? . * *
respondentè à hora eiicarvoada roa. Seu cérebro perdeu a elasti- ganlesca, de aço, ergueu-se sabre domador de morcegos, ao eoiilrá-
*" _ _'¦ _'_ r ¦*•-
bicrn_rü'cos, é •¦-¦ desdobrar um
**..-'--: ••*_., • arco- - ¦.'•'asi
¦ ¦ j; '
$b£V- ¦:;.ci'/£,..:•-•rv cidade, encoscoron, transformou- a sociedade antiga,
"^¦-..y ?v. gue antecede a manhã. ytomó um ar- rio, traia de habituá-los "' ao sport :íM__i
fÍÍjb;irpor exemplo, assentei que se em matriz de lerra-cola, onde co-iris. De cada tada qúe se olhe', de encarar o soL
Depois do paganismo, «noite-
a matéria prima do pensamento, emerge um botarei, luminoso. Estamos numa época em que
men^ato ê espalhar um pensa- ceu para os homens. A teoria
men tio, que me deslumbrou, fu- das "eliies", que arrefecendo, recebia sempre as Ò instante quê vivemos é de %dos sabem ''0 que ê
fez um trajeto mesmas formas. Os filósofos li- preciso di-
lisnd}^ a gentes a quem o trato de ciclone desequilíbrio, é o paul* em fl"* rer. Qüepi silencia,
durada existência embolo»: m da direi- rece. Já não há mais o inniil,
jtrai; desapa- ' "I
" "rra:"«*
ugiidesatla percepção. Sei que se Mo meto,
J>i> Z- como' S?
se r & Xuremberg: recebiam o tn para -a esquerda, eentre nm há apenas o prejudicial; ê tudo
. ¦ ¦'' ' .v- fosse uma n.etal candente e expeliam aos universo artificial que, mm pa-
SE*-?! 'Marins (CONTINI... NA PAGINA 24)
SYI.ViO" RABELLd ~
Brillo eu, t*/u« uvent,ur£ do espi-
rito — José .Olímpio. -,
Já foi 'observado e registrado
O LIVRO NACIONAL Farias' Brito ê objeto de atençá*
de cerlq grupo de católicos e «íe
certa ala de. políticos da direito,
.1
que Portugal, pais através do ALCEU MARINHO REGO et>mo ** ^tivessem irmanados*
3_i___.
qual reçebçniosj^em herança, as y(MÈi
muioresj^ases materiais e psico- » ív_.VÍi._.i__.. ^** \- *^*iero, prevê um ém feismo que e velho lugar comum propósitos {.'in e outro* /«.» rXePnB
"possivel
lógicas ]de Sititta cultura
nacional, jamais contou, na vid-i inleliuéncia nacional, já então or- ^^^ **,*"
"»e *f "»'*»>»* * '»-,-,«
rói SlaZid^toZsZ ^ Zble
mlõ sen pensamento com a figu-
ru de iiin filósofo. O Brasil mun- nn lerra de Iracema, aquele que apenas ainda náo Toda conciliação e filósofo que de certo modo pre-
iene essa tradição de omissão, passou e por è uni oto de violência inniil por parará uma
ocuparia unia vaga marcada eom isso nao contamos palitict» direitista
apesar do grande número de pen- ainda com ser feita à margem da uida'\ sem ter intencionalmente
lenço. ,.;• ' todas us soluções.- ' dirigi!
mido res que se preocupou com. o ».-'"'.
Amo nos certas do o seu, , ¦¦ií.
Farias llritlo lomou-se, sem podemos poupar ' pensamento neste sen-
estudo da filosofia, Xenhiun de- O caso de Farias Britlo, porem, transcrições devemos lido", ., ...:
dificuldade, nm dos porque
les foi capaz..de uma Contribui- mitos de ê. o caso dtimir "chanláge" que dproveitar Lm eclético, possuído de dúvi-
compensação e mito que nào de- ésiiera ser desmascarada, e • os resumos do autor,
çào pessoal, qne mesmo remota- en- que, fazendo acompanhar o seü das e fraquezas, é o que foi Fa-
morou em ser snrripiado por contra em "Uma Aventura do
mente pudesse significar o esbo- livro duma completa bibliogra- rias fírifo. Sua obra semelha a
mãos adestradas. Xvs altares do Espirito" a sita oportunidade.
t»» de um sistema filosófico. "Passando ao fia sobre Faria Brito, demonstra etses pedaços de rocha d* com-
catolicismo profano Farias Bril- quadro do Brasil haver realizado, com seu ensaio, posição vária que podem iludir
Duas principtiis Jiloso.ias mar-
to passou a estrela de primeira — diz o autor em
ca ram, até o advento da Bepú- prefácio, em o trabalha cchansliva e definilivo « primeira vista mas não resiste
grandeza, cuja luz própria era seguida às primeiras palavras —
blica, -o.s* rumos das elites intelec- daqui por diante, « "'" exame mais delido. "Fa-
habilmente alimentada por ai- tào necessárias sáo as correntes que permitirá,
tnais brasileiras: a escoláslica e a situação exata do filósofo eea- rias Brito ou "Uma Aventura »/o
guns refletores de certa potência. que se definem pela vanguarda r«wi..e na tábua dos
a positivista. Os seus seguidores valores na- Espirilo" ê o livro que espelh«
gurgarejaram, em público, as 0 livro que o Sr. Sylvio Ra- como as que se definem peta Ira- cionais. fiel men le a imagem de uma fi-
bello vem de publicar pode, sem dição: ontem, escravocratas e "Permaneceu o
idéias e palavras que lhe. manda- filósofo brasi- losofia incompleta, insubslancial,
Vúm os livros e conselhos dalem- esforço, ser classificado enlre os abolicionistas, monarquislas e Itiro numa posição de equilíbrio que por um desses milagres do
mar. Nenhuma insubordinação, melhores ensaios aparecidos nos republicanos, românticos e natu- instável — idealista por tempera- ataso conseguiu impor o nome dê
nesses gruiHts, nenhuma ingitie- úl limos dez anos. Sem usar a i ai islãs; hoje, conservadores e mento e realista, por lógica, um estudioso à admiração de um ••'_S

tação maior chegou a produzir linguagem cabaiistica lão ao gos- liberais, di rei I islãs e esqnerdis- Aproveitou do realismo os seus público para o qual a referida >ría

sequer iiinn discrepância de sei- lo dos que falam de filosofia, tas, passadistas e modernistas. fundamentos para chegar a nm filosofia é totalmente desconhe-
ti). A tendência muito nacional violando a impenelrabilidade e a Tão necessário um Tobias liar idealismo de boa vontade que ex- cida. ¦
de se distanciar, quando não está treua dos assuntos filosóficos relo e um Sivio Itomero como um plica todas as coisas com um Ainda reclamam lugar aqui os
ttc acordo, encontrou ainda nes- um uma poderosa "flosh-light", Soriano de'Souza e um Carlos de simplismo confortador. E p,,r palavras com que o Sr. ¦ Sijlvio
«•* terreno a sua regular aplica- consegue o autor, exprimindo-se l.ael; um Benjamin Constant isso procurou identificar' ó éspi- Babelht rem-aht o seu excelente
im unia linguagem de excelente um Buy Barbosa, como um Ouro rito com a matéria e ú idenlifi- trabalha.-""" - "
çttõ. E ela se revelou .#.«. flagrou-
temente qiie, dentro dn próprio plasticidade; realizar um traba- Pretç* nm Joaquim Xnbtieo; um caí. Deus çàm a mundo".. "A filosofia de Farias Brito
lho critico dos mais iiiiportanfes Mdrio de A ml rude e um Manuel Vagabundo insatisfeito nos ca- nãoleni janelas para a paisagem
positivismo, não houve, a hein
dizer, lugar pura o cisma ja exis- pehi Siia significação, por isso Bandeira como :tlm Afonso Ari- minhas q.ne julgava conduzir nalural nem parjtt a paisagemi hu-
lente na Europa: o filosofia po- que re.<lilue à obra tfe Farias nos e um Casemira de Abreu. En- verdade, sem deus e- religião d«- mqna: alguma claridade que /_4 ¦--ir
txiliva, que aqui se introduziu Biillo' tt sua expressão original- ire esses homens .que se definem finidos apesar dos óleos espiri- ueta vem do alta, das telhas de
«través ilo pensamento tíe l.ufittc, mente autêntica. p0r mija das duas posições pos- Iautistas com que se vitghi, apure- vidro. — A sua ubra de concilia- •.
Imjn. descambou pura o comlísmo Abrimos nm parèntesis pura siveis é que aparece a figura de ceu Farias Brito' conto liiola cen- ção filosófica foi uma aventura
incondicional'"que não demorou uma pergunta: merecerá ainda Paria*? Brito a perturbar as for- Irai do "brilismo", que ê como — uma'avenlUra- da espirilo. B
em sufocar o hifittismo, inuugii- filosofia o debate das inleligên- ças em canflilo. O manifesto qut o Sr. Sylvio Babelío denomina como aventura, mais arrojada
rondo 'o regime da unaniiniduile cias que se' ocupam, pieferenlc- ele trouxe aos homens è um ma- "unia- certa exaltação #/«> ^espiri- lalvez do que a que exploradores
Cf.ttformada. mente;' da homem em relação nifeslo de /taz — de falsa puz tautismo de Farias Brito — exul- em todos os temjios 4eem empre-
'
natureza c ao próprio homem, em seguida: "E sua filosofia, que tação promovida ainda ao tempo endido à regiões ainda virgens
Furtos Brillo. cearense que ma-
ntjóu certos conceitos filosóficos sem iHsiir essas relações dos véus tm Iodos os tempos foi unia for- de Jackson de Figueiredo .reto* dos pés humanos. A .região que
e "publicou affimi* livros, erigiu- que sempre prejudicaram, nos do- ma desprezível de filosofia". E, associados do Centro II.- Vital".-¦ Farias llr ilo praciiMu toda sua
sé. ile repente^ ...; niejlior, foi de iiiiilies' da filosofia, a clareza 'e cm seguid: "E- sua filosofia, que Demonstra à autor, no en- nnht era misteriosa demais piift
ré-penté erigido no filósofo na- objelividádes da observação é essa filosofia que promete tanto, que apenas o pinçamenlo ser desiifiul.nl,! petos olhos da
'que
cional que si[pria nnuf inf criar i- Creio devemos' responder pe- Ivirmonia do mundo e a pacifi- cuidadoso de " expressões e Ire- razão. Sênhjuma vez chegou m
dade contra a qual sè revoltairam Ia negativa, quando chegamos qã caçào: dos espíritos? Essa filoso- chás isolados áo filósofo podem dizer que'a niú: siirair das som- *¦
_

os brios-aalriõticos. Xa afirma- ptmlt^ue-padfT definir a fitos»-' fm é uma combinação de siste- criar a falsa impressão de qu* bras do seu mistério, assegure-se
çá*t de q%ê Apreciamos de filõso- fia como loâ* especulação reali- mas. MU retalho de idealismo, Párias .Brito pro pendeu jMra apta' certamente gire foi em sonha. Om
fm* hstmiHH.tèpénTiÀammle. Jyq*ir Z'ula-f*ra do sajxpo? cientifico, «atro retalho dc naturalismo sa- doutrina reacionária. Apesar ..que "•'¦> « um « foi iádo ila-
litl-ijl, citado pelo Sr. Sylvio Ra- bre e fx.ite de fundo de um pan- disso, "curioso
para uma grave preocupação: € i ressaltar cw/uo sêaj*

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m- 6/11/941
PAG. 22 DIRETRIZES

s memórias o maior cronista esportivo brasileiro tinha sido o maior feito do


' da 27) mínima relação com o football princípios amadoristas para con- ções mais interessantes. Aliás di- qual
(Continuação página não havia football brasileiro.
qualquer outro em sua especiali- Casos amorosos, questões de fa- tratar os "Especializadas" jogadores da facão opôs- ga-se de passagem, que e se dei- Em minha opinião, a t opa
íuilia, brigas entre amigos, etc. ta. As vieram nenhuma desinteressante 1932.
:a~ dade no Brasil, mas podemos-as-
E. A. xsmos de incluir uma grande par- Rio Branco",
de
segurar que pelo menos nos cabe Também falavam de football é naturalmente. Como a A. M. E Mario Filho explica porque.
Metropolitana de te nesta reportagem é devido ex-- oa
a primazia de proporcionar ao claro/ Quando achavam que po- (Associação à carência do es- Tratava-se de enfrentar "casa*.
a? neminiscênciaá desse diam se comprometer, então me Esportes Atléticos) dirigia diver- clusivamente do mundo em
público campeões
"leader" da crônica esportiva nos pediam para não publicar nada. E sas modalidades, a corrente pró- paço.
necessidade uma his- Para variar o nosos football esta-
¦eus treze anos de atividades. eu não publicava. Um dia Rusbi- profissionalismo teve Depois ele nos contou va mais uma vez cindido. S. Paulo
Mas minha experiência vai liho — aquele do Vasco — fez de criar entidades especializadas tòria já passada em pleno regime resolvera não fornecer um.soele-
a na- do profissionalismo. Ela guarda e
alem de treze anos — explica-no» algumas declarações sensacionais. para o football, depois para mento paia o scratch. E então
Mario Filho. Você já ouviu falar 1'erguntei-lhe se podia publica- tsçâo, remo, atletismo, basketball «•«•ria analogia com o esforço do formado um scratch carioca para
Foi "Cidadão Kano" que queria fazer
no incidente ocorrido na final do las e ele não opôs a mínima ob- e todas as demais modalidades. da representar o nosso pais. A falar
na do o benefício uma artista
campeonato brasileiro em .1927. jeção. Ele falava questão aí que se constatou a sua esposa grande a verdade, ninguém esperava tos-
Pois bem ."isso foi antes de mie de- /•Bicho", quantia dada para con- .especialização. Esportes que vi- lírica, mesmo sendo ela uma ne- da delegara*
tão. Ao embarque
cidir a ser cronista esportivo. riução e jantar, que as vezes atin- viam até então no mais absoluto uação inata para a ópera. compareceu meia dúzia de pes-
E a insistentes pedidos nossos, gia a importância de cem e du- marasmo, passaram a adquirir O próprio Mario Filho cita o soas inclusive eu. Era um dia frio
Mario Filho conta o caso detalha- zentos mil réis. inesperada projeção. E o pretex- caso com bom humor. Desânimo completo.
damente. •— Se é para condução — dizia tu
para o prosseguimento passou — Cismei que Sinhô, um centcr- e chuvoso. esperar de uma se-
— é muito. Se é para gra- a ser a luta da especialização con- forward procedente da Ilha do Go- Oue se podia
A disputa era entre os sele- o crack lêção feita às pressas reunindo
e carioca, no tificação ou pagamento é pouco. ira o ecletismo, defendido pelas vernador, deveria ser incluído no que exclusivamente garo-
cionados "serei
paulistas E fazia a pergunta: profis- hostes cebedenses. Diga-se de pas- scratch carioca. Iniciei a campa- quase Em Montevidéu Vinhaes per-
atadium do Fluminense. Na tri- tos?
sional ou amador"? Depois decla- sagem que a rivalidade existente iiha. Entrevistas, clichês, coinen- cebeu que só podia conseguir ai-
buna de honra, junto cnm as au- rou: "Não sou
profissional, mas serviu para impulsionar extraordi- tários. uma publicidade louca. No entu-
toridades esportivas, encontrava- lambem não sou amador, não so- nariamente todos os sports no tim o homem é escalado e... guma coisa se explorasse o es-
se o Sr. Washington Luiz, presi- mos amadores nós os jogadores". Brasil. siasmo dos seus meninos. E
Ficou consagrado? no preparo psicológico
dente da República. Há uma sé- O assunto provocou debates du- Muito longe disso. Enterrou merou-se
tia divergência entre os adversa- do team. Todo dia eram palestras,
rante muito tempo. '— NAO HA SUBORNO NOS SPORTS o team em grande forma.
aários no decorrer da peleja, e oh hinos patrióticos, etc. No dia do
não — Enquanto isso prossegue faltando poucos minutos
paulistas resolvem prosse- — nossos Insensivelmente o reporter sen- REY DEIXOU DE GANHAR 20 jogo, Vinhaes
é suspen- Mario Filho os jogado- o inicio da peleja,
gnir atuando. É o jogo canchas tiu-se envolvido em um ambiente para
so. Dejgostoso; com o fato, o Sr. res iam em levas para as CONTOS... reuniu todos os seus pupilos e fa-
a: Luiz manda um aju- da Itália. São Paulo . exportou de sensacionalismo. Se qualquer
lou em tom comovido. Muito longa
' Washington Do Rio, segui- Arranca Toco x Quebra Cane-
dante.;de ordens procurar o capi- quase um scratch.
e
jogo
deveria ha- O caso de Sinhô é um dos ra- daquele campo, a milhares de qui-
ram dois, ambos do Fluminense ias desperta paixões, ros em que Mario Filho não acer- lômetros, lá na pátria distante, .
tão do scratch paulista e dizer- volumosa bagagem das re- tou. O maioria
"o também ambos center-halves: \cr na dos jogadores que esposas, irmãs, brasileiro*
lhe de sua parte que presiden-. E fo- rordações de Mario Filho, um des- alcançaram sua simpatia, fizeram- mães, estavam com a atenção vol-
te da República ordenava que o Fernando e Demosthenes. enfim,
excepcionais a ses "casos" que são comentados se à sua custa. Houve um tempo tada
scratch paulista prosseguisse o ram feitas ofertas Leônidas e durante meses e que ocupam os em para Montevidéu. As palavra*
Domingos e Martim, que o famoso cronista deli- não são textuais, mas foram" mais
jogo". São Paulo ia perder caheçalhos dos jornais durante se-
E o jogo prosseguiu? Canali. E
e fe- nha tanta força que os jogadores ou menos assim. E Vinhais conti-
Qual nada! O ajudante de Feitiço, Petronilho, Tuffy, Vanni manas, provocando celeumas sentiam que sem' o seu apoio ja- nuava apelando para o espirito
ordens transmitiu o recado fiel- e outros. rozes controvérsias da parte das mais subir. Não há me-, ter mi»
torrentes Sondamos o poderiam patriótico dos jogadores, "A
mente, mas sabe qual foi a ros- partidárias. lhor caso para definir esse pres- nando de forma patética: pá-
de Feitiço? E ASSIM TEVE INÍCIO A CAM- nosso entrevistado: quais haviam tigio aquele em que esteve espera cada um de \'o---'
posta "casos" mais escândalo- que tria que
—-Feitiço era o capitão do team PANI1.V DO PROFISSIONALISMO sido os envolvido Rey. Recordam-se? ces saiba honrá-la!" E ao m.esnv» .
bandeirante —• Apenas, isso:
"di- sos do football? Pedimos que nos Não? Então vamos dar a palavra tempo desfraldou o Pavilhão Na-
ga'a'o\"seuM
-presidente que ele Antes da entrevista de Russi- contasse algo de suborno. a Mario Filho. cional. Foi um instante prOfuu--
sabia-se da existência do
ittanda; é lá no'palácio; aqui quem uho "marron". Em seus Eu não acredito em suborno — Meu ponto nessa época era damente dramático. Muitos joga-
manda sou eu!" Só sei dizer que amadorismo sports — respondeu-nos. lugar dores choravam cOmò crianças,
livros de contia, os clubs tinham nos o Café Nice, próximo ao
depois disso o presidente Was-
despesas feitas com Ficamos algo decepcionados. onde trabalhava. Ali marcava en- Todos sentiam-se comovidos e es-,
registradas as de È de-
hington Luiz retirou-se do sta- "amadores". "
. Então nunca houve um caso contros com os jogadores. Este* tavam dispostos a dar tudo.'
diunv:é não voltou mais á assistir os em nosso football? lnsis- sabiam a hora em que eu me cn- ram tudo. Foi uma partida merno-.
Mas foi Russo o primeiro a ar- subornocomo campeões do
partidas de football.
rançar a máscara. Depois disso limo» que tentando reavivar contraria sentado, tendo diante de ravel, em que os
o movimento alguma coisa escondida entre as
mim um cafésinho. E chegavam- mundo foram vencidos pelo entu-
vitorioso
OS REDUTOS: DOS JOGADORES estava do cronista. de uma rapaziaja jovem o
¦

siasmo
*'"•

ex-pre- reminiscêpcias um a um. ás vezes em grupos


profissionalismo. Ante» o — Eu acompanhei um caso de '

Diariamente formava-se uma briosa. No final o placard assi-
Oscar d»
Mesmo-para um repórter: é.in- sidente do Fluminense, "abandonaria suborno. Um escândalo pavoroso grande roda. No dia seguinte a ralava: Brasil 2 x Uruguai 0. L oa
leressãnte conhecer os processos Costa, dissera que o profis- na véspera da
"negra" entre o
pagina estava cheia de"O entrevis- scratchmen patrícios
ainda reali-
adotados por .um "furos". famoso colega os sports se adviesse a decisão Globo-' zaram mais duas exibições na ea-
Mario sionaliamo". Mas abandonou o Vasco e o América para tas. Basti dizer que
vence-
,'* para obter seus campeonato, de 1929. O pro- chegou a reservar uma verba para pitai uruguaia sagrando-se
exclusividade de toda* mu propósito após a entrevista do acusado "despesas Essa
tinha era de repor- dores em ambas. jornada
Filho A campanha não so- prielário de um café café, como
as entrevistas sensacionais ¦ con- de-Russinho. de continuida- de haver tentado subornar Joel, tagem". A C. B. D. estava pro- marca a consagração definitiva de
mais solução
cedidas pelos jogadores de foot- freu um ano enfrentando Sobral e Pennaforte.
No final de curando formar o scratch que iria Domingos, Leônidas e outro*
bali. mesmo no início de sua car- de. Durou o tal portu- representar, o Brasil no Campeo- cracks que intervieram no coteja
reira. toda sorte de obstáculos, mas afi- tudo. verificou-se qúe uma vítima de uruguaios.
Promovi guês era apenas nato do Mundo de 1934. Uma noi- com os
-— Eu descobri os redutos dos nal sagrou-se vitoriosa.
"enquêtes" com jogadores, pare- um ex-investigador, que lhe-que- te recebo em casa um telefonema
cracks — explicou-nos o nosso
dros, torcedores- • • • • ria passar um conto do vigário de de Roberto Marinho. "Acabo 'e ' de POR QUE FRACASSAMOS
interlocutor. E os redutos eram a o ex-inveBtigador
minha grande fonte de informa-
&è£* . y
Formou-se
¦»**"&, e^úf**- minadas" Co*i«Íf £ fef?fâífi2 *
dos
uma
"spottsmen"^
comissão de.no-

AràUldo
dez contos. Mas receber
^nsui^árJo;
co de 500$
uma

o
proposta
OJTerejceraii|-m«,
seguinte "furo": Rey
queria
a ,*r«h 4V-.* * '.íf' ¦'« ¦
Mario Filho afirma—
DEPOIS ?
'
¦',< i\ r\\ V*-..''* ' •'-.;'-
"'-'•'.' ***
basean*
' ' ***

/;
J
"topando
Pedimos desculpas pela nossa posta Guinle, Afranio Coèta o Antônio último álmnlou Restar contratado pela C. B.".'.Di-' por 20 d'o'-sé em súa? longa experiência '"
Ignorância do assunto, mas não Avelar para elaborar o regulamen- o negócio, mas denunciou o -club contos". Respondi que se a his- — que o Brasil perdeu muitas ve- caso
tínhamos idéia de como seriam to da nova entidade dirigente do ao diretor de football de seu tóriá fosse1 verdadeira, valia mais1 zes por falta dé entusiasmo, noa.
esses redutos.; que se pro- e a questão acabou na 4» Delegacia até que a quantia pedida. No en- I.rélios internacionais. Lembra . a
football profissional, "Globo"
—- Naquele tempo os jogadores jetava. A comissão tinha o apoio Auxiliar, tanto, pedi ao diretor do exemplo de 1934.
do América e São Cristóvão reu- do Fluminense, Vasco e América. que não assumisse compromisso AC. B. D., apesar da cisão,
\AA' niam-se no Café Pálace, esquina Flamengo e Botafogo, mantinham- E O "CASO FLORIANO? enquanto eu não tivesse, falado conseguiu formar um bom scratch*
de : Gonçalves; Dias, com Ouvidor. »e na oposição. Estava decidida a com Rey. Fui a Sáo Januário e Vinhaes,.o mexmotéçqico que diri»
-chás o E Floriano? Não se vendeu- na^ faléí com ó crack. Ele confessou- gira a campanha triunfal eni Mon-
Hoje há ali elegantes, mas criação da entidade com ou sem
de reu- tan- quele jogo Vasco x América, que me tudo. Recebera a proposta .e tevidéu, dois anos antes, foi «on-
em 28 e 29 era o ponto apoio da fração oposicionista, a vitória do Vasco já tinha embolsado o dinheiro vidado
a reali- terminou com
nião dos « racks. Aliás, será opor- to que estava em estudos
> para assumir a chefia da
túlio jabrir um parentesis aqui. zação de um torneio Rio-São Pau- por 5x0? > Disse-lhe então que., sua carreira direção técnica. Contrastando tom.'
O reporter tinha ouvido falar estava liquidada, que não podia
Muita gente, não encontrará mo- Io entre equipes profissionais na assunto eó'trazia contar mais comigo. Então ele fi* o desinteresse
demonstrado du- u
tivo algum- de atração em um . temporada de 1933, E foi assim vagamente do rante o do scratch que foi
para esclare- cou assustado: "Não há uma ina- ao Uruguai preparo
centro de reunião don jogadores que surgiram a Liga Carioca de à baila, justamente o público acompanhou,
tão comentado'. neira de se dar úm jeito nisso?"
do. América e São Cristóvão. De- Football e Liga Paulista, no Rio e cer esse caso passo a passo a organização do
vo esclarcrerlque o Fla-Flú nesha em São Paulo. Foi o advento do — De -fato todos viram' Joel (o Há — respondi-lhe — devolva.-o novo selecionado e compareceu'ao'
época iilo tinha o prestígio de profissionalismo no football bra- goatkecpér do América) pedir pa- dinheiro u C. B. D. Ele meteu a cais em masa quando o navio se-
hoje. O clássico mais importante sileiro e também o advento da ra sair um momento-do campo e mão no bolso e puxou notas no guiu para a Europa levando á bor-
era justamente o do Vasco x Amé- cisão e a formação de duas cor- depois diante da tribuna de só- valor de 19:500$. Os quinhentos do os nossos scratchmen. Natural-
rica,, finalistas do campeonato de que se bate- cios e da bancada de imprensa, ele mil réis restantes tinham sido
"redu- rentes antagônicas seus mente, Vinhaes procurou repetir
e Jay- destinados ao intermediário. O di- aquele "passe-"- tão bem sucedido
192*. Mas voltando aos ram na defesa de princípios agarrar o braço de De Paiva "Tirem o nheiro foi entregue ao Sr. Victor
tos". Havia- também o M ou ri «to, de Í933 a 1937. me Barcellos e gritar: na capital do Uruguai, mas na Eu-
que se tornou o reduto dos rubros Floriano do team. Tirem o Fio- de Moraes, presidente do Vasco ropa a "mágica" não surtiu efei-
em 1929. Meia hora depois do "ESPECIALIZADAS" x C. B. D. riano, senão eu não jogo mais!" e estava tudo combinado — in-
to. Os jogadores já estavam muito
niéio dia, • apareciam por lá os E no segundo tempo Floriano não c.llisive avisado o fotógrafo — pa- sabidos. E processos idênticos —¦'.
campeões dé 28 para bater um Devo esclarecer antes de tudo aparecia mais. Foi a nota triste r.t se obter o flagrante fotográ- se é que foram experimentados —
papo e falar das novidades do oue não fui o primeiro a desço- do grande clássico. Russinho che- fico da devolução do dinheiro.
não surtiram efeito em outras- oca-
dia, do próximo jogo, etc. Tam- brir a necessidade, da implantação rou a dizer que nâo sentira tanto Mas eu não estava de todo tran- siões, como as últimas disputas in-
bem ali se formava uma roda de do profissionalismo em nosso a vitória por causa desse inciden- quilo e a prova é que avisei à di-
ternacionais contra.a Argentina O..
samba. Quebr quisesse ouvir com meio. Antes diversas pessoas ha- te. No.dia seguinte, um matutino retoria do Vasco, que prendesse b Uruguai. Nunca mais — a não
apreciável -antecedência o maior viam se manifestado sobre o as- publicava uma entrevista com o ri o clab o jogador. Não foram to-
ser no sulamericanov de 3t»-e na •
ífS sucesso do Carnaval futuro.e ao sunto, mas eram esforços espo- presidente do América lia qual o' madás precauções é o pessoal da "Copa do Mundo" — os nossos,
mesmo tempo conhecer ás dispo-, ;radico* e inoperantes-, Meu únipo paredrõ rubro dizia não. poder res- C. B. D. pode agarrar novamente
si ções dos.
"play era" antes de mérito foi o de ter iniciado uma ponder se Floriano continuava a o jogador. Rey assinara o contra- jogadores voltaram a empenhar-se' "Copa Rio-
cora o entusiasmo da
uma peleja'de responsabilidade, campanha sistemática até o fim. merecer confiança ou não do club; te! Dei início então à campanha Branco" de 19.12.
bastava ciar um salto- ali'- «o ou *eja a.realização do regime pY.o- "Antes do jogo-eu era o homem contra o goleiro. Três dias depois
"jVIourisco"' depois do aliúoçh. O fissional como medida moraliza- de confiança do América;' quaren- ele mandou chamár-me. E'ó ne*íó-
DE TELEFONE POS
Rio Branco; foi sempre o reduto dora do nosso football. ta minutos depois eu. era o ve.i\di- cjo foi desfeito com a C, B, D 40 CONTOS REPORTAGEM • -
e depois, o_ Nice Por houve .oposição do amargamente o Pouco tempo depois o Vasco ni- UMA
do Flamengo que do'"! Queixava-se
tnrrtou—se d ponto de reunião dos Botafogo é Flamengo? f.imoso 4,-enter-half. Pessoalmente gressava na C. B. D. Rey encon-
elementos de todos os clubs. En- Porque não convinha a esses não acreditei nem acredito agora trou-se comigo na avenida e se la- Se hoje uma notícia de esportes
tre dois cafés pequenos e a fu- cluhs o novo regime. O Botafogo que Floriano tivesse se vendido. ir.entou: "veja o que o senhor ocupa com freqüência a primeira
maça doa cigarros em uma mesa sagrara-se campeão em 39 e em 32 V. quem acompanhou as campanhas fez comigo "seu" Mario. Perdi 20 página e em determinadas ocasiões
do Pálace, Mourisco, Rio Branco voltou a repetir o feito. Tinha já de 28 e 29 do América estará comi- contos por sua causa, sem necos- chega a relegar a um segundo pia-
nu Nice consegui algumas das en- o seu team formado; o mesmo go. Floriano agiu sempre com de-, sidade"... Confesso que depois no o noticiário internacional, isso '
lrevistas mais sensacionais. acontecia com o Flamengo, vence- d.icação e entusiasmo na defesa da desse caso resolvi não mais me- se deve a Mario Filho*. Ele deu úm
dor do returno, ao passo que <T camisa rubra. Diversas vezes exi- ter-me com a vida dòs jogadores. novo sentido â crônica esportiva
A CÉLEBRE ENTREVISTA cronistas e noticiário — elevan-
» Fluminense, Vasco e outros clubs giu dinheiro para jogar, isso sim,
DE RUSSO sentiam necessidade de reformar mas nunca aceitou dinheiro para O MAIOR'FEITO DO FOOTBALL do sua categoria eonsideravelmen-
us suas equipes. Dentro do ama- entregar o seu team.. Chegou até a BRASILEIRO te na hierarquia de um jornal. Um
' . Ainda hoje essa entrevista é dorismo isso não seria possivel, tntrar em campo com uma ferida fato curioso que serve para defi-
com emoção. Para se a mes- andar do nir a importância atingida pelo
lembrada pois havia a lei do estágio, em cima da vista e proibido pelo Estávamos no quarto
ter uma idéia de sua repercussão, ma que forçou Domingos a per- medico de atuar e mereceu o "cog- edifício Pernambuco, sentados em sport, como motivo jornalí'/ico
basta dizer que foi — vamos em- manecer um ano no segundo team nome" de "Marechal das Vitó- uma confortável poltrona do es- era nosso meio, é o custo"Copa das re-
pregar agora uma imagem abso- do Vasco em 1932. A princípio não rias". • escritório de «Mario Rodri- portagens feitas com a do
"rastilho paçoso
lutam eu te original — o se falava em "Especializadas", o gues Filho. Geraldo Romualdo, Mundo" em 193J.
de pólvora" que provocou o ad- pretexto para a cisão era exclusi- COMO SE FAZ UM "CRACK" rquele cronista que escreveu apóji — Só de tcléione — conta-nos
" "O Globo" despen-
cm \amente o profissionalismo x ama- a última disputa da "Copa Rcca" Mario Filho —
•.V
vento do profissionalismo
nosso football. dorismo. Mas esse argumento deixa- A entrevista prosseguia. mas i m Buenos Aires uma série de re- deu 40 contos. Na véspera de cada
Li Os jogadores tinham con- ria de ter força mais tarde, pois sem que houvesse preocupação de portagens sobre os "Escândalos match em que interveio o Brasil
fiança em mim — principia o quando houve necessidade de for- registrar a sucessão dos fatos do football brasileiro"; tànibem eu ia à ltadiobras e falava pelo
nosso entrevistado. Eles vinham mar o scratch brasileiro, o Bota- pela ordem cronológica. Mario Fi- catava presente. Falava-se de foot- telefone internacional com todoa
a mim e faziam toda espécie de fogo que era o esteio da C. B. D. lho ia falando e nós tomávamos l.all internacional e foi rté o Ge- os jogadores do scratch.'Corria de-
confidencias, mjitas vezes sem a não hesitou cm abdicar de seus nota de algumas de suas recorda- ruído lAuein aersuntou dt» -Marity (Continua m pig- 24)

5*.:J5È*$-j.*-
itJEi^' ' '
6/11/9A1 pvo °3
pi DIRETRIZES

G | N E" MA i.m

DE QUINTA EM QUINTA ;
R. MAGALHÃES JÚNIOR
COMPANHIA
"¦ -^ ¦.•**¦
~i i'- -• : r t

IH
O cinema nacional deu um ar de sua gra^a, há coisa de duas semanas, com a
exibição, em primeira mão, no Colonial, juntamente Com a peça de Genésio Arruda
"Minha sogra é a.tal do balqcubaco", do "Sedução do
film da Cinedia intitulado
garimpo'/.,, que há cerca de dois anos vinha sendo anunciado nas páginas sofistica-
das da revista " Cinearte". Triste destino o dessa película, em que ò nome do Gran- 1 I ITALO-BRASILEtRA 1 .-¦•¦¦;.¦-

de O tel o,, num papel pífio, serviu como atrativo no cartas, num tamanho colossal,
i
DE SEGUROS GERAIS
...
enquanto,/j-ue q. nome da película aparecia ¦ pequenininho e do da Cinedia quase in-
•* - j ....*.

visível... A intenção dos Irmãos Ponce, sempre inteligentes na arie de captar o


interesse das platéias esquivai, teria sido a de. criar inna confusão no espírito do
público, afim de que os zé-pagantes comparecessem, pensando que iam ver o crioulo
"in
persona"? Talvez... O que eu quero dizer é que não vi o film. A Cinedia mes-
Organização Nacional *
¦y-A

tno se encarregou de julgá-lo, atirando-o no Colonial, que é um segundo e terceiro


exibidor, em programas de palco e tela. Isso mostra que não houve outro cartaz mais
a jeito para colocá-lo. E, também, para que verf Quando a Cinedia lança uma fita
Sede: RUA DIREITA N.49
em quatro cinemas, a gente vai vez, e é um "24 horas de sonho". Para que ir ao
Colonial? Inútil. Aceitemos o julgamento da C média, que talvez seja tão.bom quan- SAO PAULO
to o do meu amigo, o muito admirado romancista José Lins do Rego, o único inte- ¦1Á,%

lectual brasileiro, segundo "Diretrizes", que pode, sem dizer besteira, depor sobre o Capital realizado: • •';*
¦m

Cinema brasileiro, por ter estado cm contacto direto com o mesmo. Nada melhor do
que isso. Com o
"Canário", devia ter-se dado o mesmo,
ficando Ary Barroso, que Rs. 5.000;000$000 : (TH

tanto esteve ao.lado do bicho, :om o único direito de dizer se ele era burro ou sá- íÈk
bio. Assim, não teria havido tanta confusão, com prejuízo do público, infelizmente Reservas: K
hoje inclinado a uma incredulidade absurda com respeito aos dons supra-muares do
bicho. "Sedução do garimpo" levou dois anos nas latas, antes de vir a público, mas
ISs. U.841:669|400 -¦¦•ti

esse caso não é o único. Sucedeu também com o film "Carioca maravilhosa" ("re-
cord"' de dois dias no Broadway), com o film "Eterna esperança" ("record'' de Sinistros pagos desde a
três dias no Rex) e está acontecendo com o film "Entra na farra", do mesmo pro-
autor dè " O circo chegou", que foi feito para o carnaval do ano passado e até hoje
sua fundação em 1921
não foi exibido (será mais sinistrinho do que "Vamos cantar" f). Essa película, mais de Rs. 50.600:000X000.
* Entra na
farra", chegou a ser anunciada no Palácio Teatro, há dias, mas o Sr.
Luiz Severiano Ribeiro, aquele sertanejo formidável, só de malvado fechou o Pa-
lúcio pára reforma (cadeiras estofadas, refrigerações, matança das pulgas, etc). SEGUROS DE VIDA, .-.iüiwHg'
Atitude perfeitamente impatriótica, de boicotagem do cinema nacional, em que to-
' dos nós devemos crer, FOGO, TRANSPORTES, m
'"-WftseL

porque, afinal de contas, bem, nem é bom falar... Evidente- Mm-


MM

mente, ndo és?á direito. 5# à'!$r Luiz. Severfano-Ribeiro è um cavalheiro de\. pjala- I «\—.1 ACIDENTES PESSOAIS, 'Jfr
' - yimt<
¦ ,V*vl
vrá\ segundo' se afirmá.frogramòu^àfilnt, deve mantê-lo na programação, porque
Hão é decente alijar um compromisso desse jeito, sobretudo com um film dessa cias- RESPONSABILIDADE
se., a que se pôde dar o nome de " peltculas-conhaquc", que só vêem ao mercado de- ¦Mm
pois de curtidas durante dois anor
CIVIL, FIDELIDADE
""';.-

. .'
.'•
'
\
• .;-
***
.- *• • v
• *

'¦*
* *
E DOENÇAS.
A Atlâtttida Film promete inaugurar, dentro de breves tempos, as, suas ativi-
dades cinematográficas, sob a orientação do Dr. Paulo Baurle, um capitalista que DIRETORIA:
I vem se interessando pelo negócio cinematogrú) ico e que pretende inverter grandes
capitais 'nò nosso cinema. Há várias personalidades prestigiando essa iniciativa e Dr. Edgard de Azevedo Soares
&

uma das pessoas que teem se mostrado mais interessadas nela é o diretor de uma
Presidente*
grande firma, paulista. O Sr. Paulo Burle pretende inaugurar no Brasil a predução
em série e inicialmente acha que todo o sistema de industrialização da cinematogra- Dr. Alfredo Egydio de Souza Aranha
fia até aqui tentado no nosso país está fundamentalmente errado. E' uma mentatt- Vice-presidente
¦hi§

dade nova que surge no meio. Será que, dessa vez, será o cinema nacional arran-
Cado à mediocridade e ao marasmo ? Dr. José Ermirio de Moraes m
* *

Os escritores austríacos Stefan Zwcig e Paid Frischaucr estão estudando a vida Egidio Bianchi
da marquesa de Santos, afim de escrever, sobre essa singular figura da nossa his-
tona. o argumento de um film, que será rodado pela Metro-Goldwyn-Mayer, pro-
Dr. José da Silva Gordo.
vavelmente com a atriz Norma Shearer na protagonista. Ambos estão convencidos
de que o material romanesco ê excelente e estèo tomando como roteiros dos seus
"D. Pedro I e a marquesa
FILIAIS E AGÊNCIAS <
<
trabalhos as indicações históricas de Alberto Rangel, em <

de Santos" e cm "Textos e pretextos". Dada a fama dos dois escritores, que alem EM TODO O BRASIL <

<
de biógiafçs são lambem dramaturgos de grandes méritos, é de se esperar que o *

"jeript" seja um IraM.ho de alto valor.


* ?
TELEFONES:
"Clima", de São Paido, tributou a Watl Disney uma homenagem
A revista
"Pan- 3-4592, 3-4593, 3 4594,
¦ excepcional, dedicando-lhc um número especial, em que só se fala do film
"
lasia". Fala-se contra e fala-se a favor, com igual veemência. E os rapazes de Cli- 3-4595, 3-4596 e 3-4597
via" são tão inteligentes que deixam o leitor tonto, sem saber se concordar com os
é
que sentam o pau na fita ou com os que a glonficam. O que é curioso, porem, que
muitos confrontam
"Fantasia" com "O cidadão Kane", o que, evidentemente, é um ENDEREÇolÜGRJfflCO: <.
<.

Wells, a "ITALBRASEG". <.

pouco descabido, mas revela um intuito de prestar homenagem a Orson "Clima",


grande revelação do ano. Este, sim, justificaria a edição especial de pois
o seu trabalho é muito mais significativo e substancial do que o de Disney. Em lodo
caso. não deixa de ser expressivo o interesse que os meios culturais de São Paulo »#f#»»##»#######»####»*^»##e»##»#»#»#»ffe^»»#»########»##»e*
vêem revelando pelo estudo da arte cinematográfica, estudo sério, profundo, bem
dentado, que se impõe ao apreço mesmo dos que, como eu, divergem da orientação
saml^sta qiie os leva o carpir a morte do diurna mudom
'¦JSi

\ -
:y
sPPSiSi

PAG. 24 DIREIRIZES 6/11/941.

hoii& m 14
Meiahoraem pleno Império Britânico Reva Reyes 31a !.-»£siã*9S

fms-
do Cassino Atlântico
(CONTINUAÇÃO DA PAGINA â) O comandante leva-nos * nttia automático., tudo sminucioso. Só
cuidados de dois pu. três mari- •sala^ànfes .de) responder. '..*.---.¦- ': saem qtfaqdo a batalha ceíssa • -Sii» J
cheiros; acolá o canhão multi- _ Divertimo-nOs muito, a bor- »n\» bon\Í\a inimiga aceita <yii..;
NO MESMO '?SMOW O*
pio ^Purep^Pump?' que dispara do, ^clieió o' alvo. alguns só sairão
quatvo granadas de uma Vez.
flia eié. Aqui" liesta sala ite-
mos um cinema e um teatro. : dali CÒTMICOS CARR BROS
para o íiintln do már. Mas
melhor arma anti-aérea atual de Vemos estendido sobre o chão 03 outro* continuam, duplicam o»
curta distância. Agora estamos o pano que faz o papel de cor- seus esforços. Os numerosos "V"
'A^
¦a ponte de comando. Microfo- tina. Bem alto acha-se um gran- desenhados nas paredes incitam
«y"
$mtgMÊÊ^»:\ .h i1 " *>v" *:\ J$&Ml
aes elétricos. Tubos e mais tu- de cercado por um circulo, à luta. As ordens veem pelos
bos. Bússolas, agulhas, telescó- Un» pouco mais baixo o nomedo microfones. "Ai, ai; sir, ai. ai"
fpios. Tudo em duplicata. .. cinema "Forward". Alguns.de- é a resposta. Tudo em duplica-
~~ A diferença entre um navio $cni,os e anúncios '¦ ¦ ¦$¦ '
pitorescos, ta. Um canhão paralisado sig- *V_M?J?^' Âm Kf ^ IlI < iX 'm*sJ:M
de guerra e um mercante é esta* "Be Glamorous — ase
dia o comandante. Num navio de quality perfume". "Compre na de vencer.
"Foo". uifica um inimigo ne iminência t : r PÉ ^S
guerra tudo tem que ser dupli- padaria Burninghan", a me- Finalmente o ar livre c-puro do
' "^ ' ' ^Jl
eado, pois quando uma peça fa- lhor". E outros anúncios espiri- tombadilho nos saúda. A multi-
^ VR Ws
i& >4KH ^8ll»
lha, a outra deve funcionar.
Descemos mais um pouco e
tuosos.
'—
:. ..dão lá em baixo no cães- perma-
Amanhã comemoraremos o nece estática. Sae um, mas che-
RlVl-
quase batetnos com a cabeça nas "Dia da Colheita", explica o ofi- gam dois. O comandante narra
asas de um grande avião. O co- ciai. Improvisamos um altar que pouco antes a banda musi-
7.->
mandante, continua explicando. nvair porque virá oficiar aqui o cal de bordo executara o hino
— Temos dois como este a bor- Superior do Mosteiro de S. Bento. inglês, alguns hinos das nações
do. Muito bons. Veja, equi es- A que horas, comandante ? aliadas, e, finalmente, o hino
ms' tão seguros debaixo da iiacelle O povo prorrompeu
-.:>;¦•M mWmsWSmsW^Mm^mW: Jmmrm m -
Âs sete, poucos minutos .an- brasileiro. <•'•'• Mm mmmW^ÊKSS&9m^^'.^^íSm\\^mmmm\ HS^I^^^^SlH mmmW

os torpedos. Eles podem carregar tes do navio em aplausos, conclui o coman-


partir.
munições mais pesadas ainda. Num canto da sala, Burnin- dante com uma expressão como-
Pt:-*-';
Prosscgu:mos passando pelas
ghan, o chefe da padaria, é ago- vida a dançar-lhe no rosto. Ca- ¦:--:¦¦ mrM^mW?mB^^M>^ÊM,!^i^Lmmk. ¦"¦¦**-*,
ofícinos mecânicas tle reparo. '-: '--.-mm mmmmmmW^SÊÊÊm^m^ít&^M
WR'- -^^fÊÊ R :: .*
ra chefe das ornamentações. E niiuhamos mais ttlguns passos
mm'-
Qualquer desarranjo é conserta- que gosto tem aquele corpulen- pelo tombadilho. £-'M mm&Ss^M W;--: &M
do dentro do próprio navio. De- to — Vô este pequeno buraco ? — y
padeiro, que maneja as flores
pois os lança-torpedos, com ares com a mesma delicadeza com que pergunta o comandante. É o uni-
¦ mÈàss&ÉÊm
H ly^W
Wr
I
de inflamaoas mangueiras de co sinal de luta a bordo. Foi
j^
mr. bombeiro. Entramos pelos corre-
amassa os pães 1 <j¦« mXmW v •¦ • • ^m R
:-'-'---:'
— Ah, o rádio. 0 pessoal apre- causado por uma bomba inceu-
dores. Rifles e revólveres nos ar- diária lançada por um avião
cia muito os irradiações especiais 1 -^f^Wm^Lm^mm^^^ÊfT ^^SSs*k. '
mários em quantidade. Por uma germânico.
da B. B. C. especialmente os
ou outra porta entreaberta dos O buraco no chão não tem mais
dos marinheiros que
camarotes dos oficiais divisamos Programas de tres ou quatro centímetros,
vao para o microfone contar a
livros, retratos c flores. Um in- mas já constitúe urn ponto alto
exerciam antes de
tenso cheio de pão fresco inva- profissão que da história do "Birmingham".
entrar na marinha. Mas temos
de-nos as narinas. Estamos pró- um dos mais modernos cruzado-
&;-•- também os nossos concertos dc
ximos da padaria. Ao seu lado res da Home Flcet.
forne- música- ° nosso caP\tào A- M<íd' '
a cozinha preparada para Novamente um longo silvo
é am reputado pianista, toca
cer alimentos aos 750 marinhei- dcn vem do outro canto do navio.
bem.
IP rose 50 oficiais do navio. Uma admiravelmente
voz rouca soe do fundo. É um Capitão^de um cruzador, repu- da, grita algumas ordens, os ma-
Um oficial desembainha a espa- BK''.-, ?.t*..*:í£±^íJsií«.i*^iS4h^^^-iX^^^i^JÍ-,<*.itii: :-síJ>^>mvmmmmmmm\

Reva Reyes
marinheiro limpando qualquer tado pianista ao mesmo tempo. rinheiros entram em forma, a
coisa lá em baixo. Parece um Como é estranha a vida de um |lítIuJa executa uma marcha. É o Toda gente chie recebeu com alegria a estréia de Reva Reyes, a
anãozinho quando olhamos pela marinheiro. E como sabem se a;mjrante h. Pregam que chega. cintilante artista que empolgou Paris e que, durante quase seis anos. no
"Casanova", se tornou a figura mais querida de príncipes, milionários,
abertura. Canta uma canção ne- satisfazer esses heróicos herdei- 0 coniam|ante Mc Carthy perma-
..¦.m^iM
•>,>'•¦

erlandesa. O cheiro do pão ros de Nelson com os seus in- nece aiguns segundos em posição artistas, etc.
Depois de grave acidente que sofreu durante um dos"Marrocos", bombardeios ¦^$W^m
substituído por um odor de re- gênuos e honesto» divertimentos. dc CQntinénci<l, imJ)assivel, duro, paT^wgüiu^Vrã no a
«istãdbrÜnTdo^ondíatuou
«tédio. É o hospital do navio. Mas de repente pulamos de um imovel. Temos a impressão que tradieioi;a| 5ub dos milionários americanos, consagrando-se definitivo-
tem operamos aqui um ma- polo a outro, A saída da sala de se naqueie momento outra bom- meBte „a América,
iro atacado de apendicite". diversões para entrar numa_tor- ba ince„diária caisse ao seu ia- Ansiosa por conhecer o Brasil, aceitou o contrato què lhe foi ofe- . '""-tJ
:J"STinarcha,prossegue, mais apres- rede um dos formidáveis canhões 'boite" elegante vem atuando
do c,c nâo d.(1.i;l um passo para feeid# peio Cassino Atlântico, em cuja
"show" figuram ainda o» admiráveis acróbatas cômicos Cai
sada.? Todos os compartimeiítos que estSo incrustados nõ tomba- sair' da posição. A religião da No meimo
estão ligados entre si. O obser- dilho, é suficiente para deslocar disciplina para nos principais centros americanos.
para um marinheiro é Bros, conhecidíssimos
lá no alto um a calma de qualquer um. Nova- certamcnte a mais ortodoxa.
vador descobre
avião inimigo. Ao mesmo tem- mente a mecânica e os homens . « 0 jftniirante H. Pegram desa-
po todos os aparelhos de obser- O comandante manda que um sub- parece peia escada abaixo. O pe-
Literatura e inconciêttcia
.. DA PAGINA 20 ricas sobre o velo áspero da pro-
-'-; vação do cruzador dirigem-se oficial artüheiro execute algu- queno pelotão de marinheiros (CONTINUAÇÃO
o que perverte, toma espaço, ab- su comum. Quando a operação
para o mesmo lugar. O calor au- mas manobras para nós. Aperta 0i,edCcc à ordem do oficial, des-
indevidas. acaba, a balêa resplandesce.
menta cada vez mais. Aproxi- um botão, aqui, calca outro aco- cansa armas, perfila-se nova- some enetgias
Não me sobra temj>o mra São há mister de inspiração.
mamo-nos das caldeiras. Que lá, uma potinhola que se abre, mente> dá meia volta e etraves-
calor l Mas depois um cenário outra que se fecha. Espiamos sa Q tombadilho. Parecem um só convívio agradável dos poetai. Para escrever, basta arregaçar
mangas. A observação seca o
campestre. Ê o deposito de ver- pelo orifício de um dos longos corpo> embora os tipos faciais se Alem disso, são criaturas muito as
consegui es- direta desce por si mesma ao
duras e alimentos vegetais. Cai- tubos de aço. Lá no fim uma diferenciam fundamentalmente. suscetíveis. Nunca
xotes com marcas de bebidas nesga de céu e nada mais. E di- i„gieseSt irlandeses, sulafrima- tar inteiramente às boas com bico da pena; a arte, está em
todas as idades, conservar-lhe a frescura, como a
acumulam-se num canto. O nome ga-se que por aquele tudo ino- no3f canadenses, australianos, esse moços, de
de alguns estabelecimentos do cente são vomitadas toneladas de neerlandeses. Por isso, nos dias de festa, em um ramal de rosas, em conser-
o tra- var-lhe a vibratibilidade de um
llio vai correr mares. O navio é ferro e fogo, toneladas capazes de
"Bis- 0 comandante sorri e aperta- que fico em casa, prefiro
um mundo independente. Tudo mandar ao fundo um to dos manuais que ensinam, feixe de músculos despidos da
nos a m5o 0 pelotão desápare . .
ae faz ali dentro, conserta-se, rc- mareie". Quando a batalha co- C<J por detrás da grande torre do m,n,a í'»3""fl?m efrã, as profis- própria pele.
para-se, cura-se, fabricom-se pe- meça as portinholas de ferro se canhào "Simon", um orgulhoso sões humildes, porque nas suas Deste desejo fiz minha arte. Se
«as e alimentos. Nada falta, tudo fecham automaticamente. Lá ca<> policlal masCOte do
"Bir- folha* encontro, como em veio nada consegui, resta-me o con-
completo. dentro da torre alguns homens niingham» Corre ao nosso encon- f«rlo> extreme da zanga literária solo de o ter desejado. Daria
— E divertimentos, comandan- ficam completamente isolados, «"« ceaa ° acume da palavra tudo para atingir a ultima sim-
* tr0 Q comandante explica-nos
te, como passam os dias em alto comunicando-se com o exterior sep eJe de purjssima
ssima origem ger-
ger loIda <* transparência da expres- plicidade, de modo a exprimir
mar apenas pelos microfones. Tudo mâ„ica A satisfação denotada *ão> «1uele sedimento aurifero de coisas pensadas em palavras vi-
bilhares de anos de trabalho vidas; enxaguar a prosa até po-
pdoTão alemão é juste. Trata-
se no fim de contas de um cão miséria: Escrever assim ê ga- der falar ao tecelao com a fluen-
livre rimpar. É ir decantando águas cia do fio mercenzado que escor-
c ,. _ i»:»«- ^.üK ou „„ 11 rc nos teares, ao ir e vir, azei-
E, agora, leitor, acredita c|ona| valor. De_ °'das
de ""* tan<aaeira*>
lançadeiras- «à maruja,maru ja.
não que estivemos meia hora em pol. e!e p.„. para back do pri- ""
visita ao Império Britânico ? ao pensamento tal como
melro team. Aí o América resolveu ^'tndo
adquirir o seu concurso. Ofereceu- os grumetes grimpam pelos en-
As memórias do maior lhe am emprego de 500$000 por frechates das enxarcias até o. ces-
mês. O jogador era obrigado a ir /o da gáoea; aos
vescadores, que
todo dia a uma serraria, e sabem . . . .
cronista esportivo bra- par. que? Para rachar lenha! Ma. *«°
homens cor
o famoso Da Guia só permaneceu ceando idéias num picará de dois
de ferro, lan-

sileiro uma semana no club rubro: de 24 calões, emalhando-as no rebojo,


a 31 de dezembro de 1M1. Um dia conw jxes praíe(ldos enire a
..Jy.«

da pag. 22) "batente


(Continuação •>•
lv»H..n«.^«w H.K. mm, que ele estava no , um
pois para a redação, sentava-me emissário do Vasco ofereceu-lhe chumbada que arrasta na areia
em uma mesa e escrevia, sem pa- cinco contos de réis para ingressar as corliças bem enlralhadas, que

CINELÂNDIA HOTEL rar, 60 lauda, a lápis em menos de


uma hora. Estava feita a edição
extra! Acho que esse foi o acon-
tecimento jornalístico que deu
no club de Sio Januário... sem boiam na arrebentação.
ter que rachar lenha. E Domingo. . . .
nio voltou a empunhar am m.cha- Reivindico a ferraria de meus
do a nio ser por auto-recreaçio. avoengos. A estrela mordida pela
i
.1

(No coração Ja Cinelândia) maia despesas a um jornal na im-


prensa carioca.
Ma. nem o Vasco aproveitou Do- tenaz de mão, chispando no lom-
min ros. Ele tinha que cumprir . _ da. , • _ . . , .
- 65 «CORTA LENHA, DOMINGOS" lei de ctigio par. poder atuar no bo bt9°rna ' À, *ombra dela'
ir Hotel noro, moderno
completos:
Mario Filho fala de política es- primeiro team. Foi então incluído c""llt a oficina em que forjo
apartamentos para portiva, de jogos célebres, entre- uo segundo. E atuando no quadro meus mundos. E sempre que a
solteiro, casal o família - Tele- vista» sen..cionais e de ve. em secundário foi escalado para in- CfnZ(I do desânimo empana o vi-
Si . fone em todos os quartos - Ba- quande entremeia as recordações tegtar o scratch brasileiro, rence- ,,,*,. ,.
com algum caso pitoreeco. O de dor da "Copa Rio Branco". Quan- iral da f°rnalha> mergulho na
nhos quentes e frios - Café pela Domlngo9 foi um dele.. do ele completou o periodo regula- chusma para renascer; que o po-
manhã - Sem refeições - Diária» Eu asaistí à estréia de Do- mentar trocou a camisa preta pela vo é a chegadeira com que a jun-
desde 201000 mingo». Ele atuava come center- eami„ do N.oion.1 de Montevi- to as brauat e 0 espetão com
half do Mgando te.m do Bangu. deu. So em 1934 pôde o Vasco ati- que
r "'-" ' *m*
, .
¦-
O Jogo er» contra o Fluminense, lixar-se d» concurso de grande ta- sanaro ° 'umaréo^
.

AVENIDA SÂO IOÂO N.« 613 - SÃO PAULO Apenteá Domingos come um futu- Paulo»
gueiro. São
BtmmWÈÈÈÊM-

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6/11/941 DIRETRIZES PAG. 25 -' :''.;;?f^S


¦.... ¦ IM. ¦¦¦¦

I PEQUENOS iSEGRE lia S DO MUN _-___,

/tftMcy da. .4H62 ^mwm^^^^0


R

(¦.inte da população no maior aba- ____. ^fcfflH-Wft _______ __K^^Í|____R wbG_r_K"• :£_f
A IDADE NOVA O professor Jayme Cortezão,
atualmente morando aqui, expli- timento.
Há que tempo não se fala na cou à imprensa do Rio o equívoco
Idade Nova ! Pelo menos desde PRECES. __) ^^' "M
do "Diário da Manhã", de Lisboa, R_Km__Bm^ mwMmn^m^'' __TY''
_«^ W' _^_H
que ela começou a existir, tão cha- " órgão da União Nacional" ¦ . . , R '- -_R K_r - ^mT ¦ IR
rara- aumentar a unidade do. po-
r. ada, tão querida ! Estamos em — Um lamentável equívoco. Eu vo alemão e se aproximar dos ca-
plena Idade Nova, sem nenhuma não escrevo para a B. B. C. nem tólicos, Bitler exigiu dos bispos,
... f£3fftfÍf^WM M»w ^^om^m^m^ê

culpa de Santo Tomás de Aquino, fui expulso do meu pais. Tenho que estavam presos e foram soltos,
e os evangelistas, cumprindo a sua um irmão, exilado, por sua pró- organizarem preces públicias para
UM HOMEM definição, mudaram de assunto. vontade, em Londres, que é que ele se conservasse sempre
pria
Alguns, escandalizados. Outros,
ÁLVARO MOREYRA escritor c foi agente geral das Co- moço. A multidão encheu as igre-
com medo. Mas o que todos pre- Fmias cm Portugal. O meu irmão
jas. Os guardas nazistas se espan- V..-R m*** ^R*
. . .que, no começo, custa- Karam, — todos: os profissionais l«-j»balha para o governo inglês. É taram de tamanho fervor. Um
rro. Revoltas absurdas, des- e os amadores, — encheu muitas possivel que ele escreva para a deles perguntou a umia senhora:
^H^v-**' wWm ^^r jH H|
_RI _J___R ___________R ____R________i___fl_F^ *¦ l___-_/^M
vários. . . uma ansiedade a cabeças vazias, e nunca mais, nes- li. H. Ç. Por que reza assim, tão ar- Wi m -
)k_____________R
lugar nem
lhe estremecer os nervos. . . sas cabeças, sobrou Não é? dentemente ? A senhora e todo -,'•'¦ r."5_R R.- 8
___^^H K
Ficava de repente com os para um fósforo...
MAIS EXPLICAÇÕES
esse povo ?
Porque Não me siga, sou casado...
-Ira.
olhos cheios de sangue. . .
Um horror! Mas, o se*
EQUÍVOCO
Estamos
recebemos
suplicando a Deus que
ordens.
Sim, -querido, casado comigo. Wmw
"Diário No Porto, o comandante militar
nhor compreende, nâo se po- O dia Manhã", de Lis- não deixe o Fuehrer ficar velho. Não se lembra? .rÍ__s@sra-_H -tv
"órgão da cidade ofereceu um banquete
de fugir da sina, é a sina boa, da União Nacional",
em honra do general eBpanhol
publicou uma censura contra a
que arranja tudo. Bocado a Alonso. O general Ciro Alon-
B. B. C, de Londres, porque a Ciro .-.
bocado, dia mais dia, fui
B. B. C. estava "utilizando, em so perorou:
ajeitando a sensibilidade à — Se a independência dc Portu-
suas irradiações-destinadas a Por-
existência nova. Ainda sofro a Espanha se
tugial, os serviços do professor gal for ameaçada,
agonias medonhas, que se a defender !
Jcyme Cortezão, ex-alto funciona- levantará para
Explicou que se tratava do agra-
H ^r_| K*__f__| __¦
cravam em mim e me doem rio português, que foi expulso do
WÈ_________________ H^_I_V;' *í____í*_!£__R_P*_reyi__B _H
quase fisicamente. Eu amo decimento sincero da Espanha RR WnmàwFfátffl R
país". _______ _R'_Jl MmmmmuW&^m^l^Mm _H
pelo auxílio que Portugal lhe pres-
¦ri.f
essa mulher com o meu uni-
co amor. Queria que fosse só tou durante a guerna civil.
Enite, muito burra, muito '^_^_R

minha. Quando cheguei do boa, coitada!... A Santi-


Perfeitamente... fA^ jÜ
ms* ^. ^fl-V
_k1Fm
t*-1*

R ____________________________________«Sa_^J g=' ^l ¦ R -
I
^^m^^m^m^mW.
____R

Piauí, trazia de lá, no baú nha, de Pinda, que rasgou as ULTIMAS EXPLICAÇÕES
e na memória, recomenda- artérias com um caco de co-
____v"^^^w *^ I ¦' -: 4iM_ — <%yíd_i m
It^A. WÍ^*2$:Y,mmÍ H
ções, conselhos, palavras de LISBOA, 25 (A. P.) — 0 Jo*Hal '^___i_^^_ Bfc
po, na manhã em que a po- "À Voz", comentando '«a I ______.-___*__ Sr ¦ .$•
Uídà lha¦.-. depoàowvAàeqii^
_ijejií*|r»^ católico
' ?>"t.í.f .r.-:;'.;if _.'.(; '-...
ÜVifih *H,ff' Ari) Wr^m i"i\ i_ wjm*$.
iSj^OitO^Qr nado...E a Sara, o Lenço novas execuções na França ocupa-
IM L' •¦ ___¦
aKgBWirSSB
fc?!^^^1^ .3 M
BM* :i,-.-''*«sP^ ¦• je\
Si
sêí bacharel, juiz, diplome.- da, diZ:
Encarnado. . . Não sei co- "O que está acontecendo já era ______R«____nH m\\ ^S BB^^Ia^^^lBi^^r-^S _SÍ_Br^__:.fla.M -__¦
ta, deputado, o que conse- mo não acabei ladrão, as- M H_> ^H __k ">a*Kjfl tV- **i_^_^ "¦--¦ _5áia'_i B
Mmm''-* _¦______________________________, ||k ^mMJMPzT^JMm ^H
de eBperar. Os patriotas franceses,
guisse. Não conhecia niri- sassino. .. Adoeci. Passei _. __mi p9/_^l I
guem. A solidão me deso-
rientou. Naquela idade, um
homem não é bom nem é
dois meses no hospital. A
encarregada da minha en-
'.
fermaria era uma freira ita-
exasperados, estão tomando atitu-
des que, afinal, não são passíveis
de crítica. Assim procedendo, en-
tretanto, eles estão provocando a
•.BwBf J___H
¦

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R".'4'.' - n^iil
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mau. . . é um homem à es- Irmã


¦ m V' \|_| Kf. i|
liana, Irmã Yolanda. morte de centenaB de pessoas, em RfcVi i ImR *if k_I
pera da vida. . .
Esparramou a vista em
Yolanda!. . . Magra, triste, sua maioríB, provavelmente, ino- I linl SBS_3___l_____I-i_H S_l M-
Kl :>^1 Wrafl
I
contava recordações da sua tentes."
derredor, pelas mesas ágio- terra, falava do céu com a Bom dia, Eca de Queiroz ! Wm |Bí^y[pjlR kw(iI w^i& ¦
..;

¦ 'Y*&
meradas, pelas portas do voz mais desgraçada deste ¦M-Bt'"» tetSlr» -m ^^ ' -r'__.
_____r?V-^_K_^R!liS ^__V%_B^^^_i^^__________l
bar : mundo. . . No dia da alta, A ÁFRICA CALUNIADA
Um cigarro ?
junto do adeus, parece que
Olider do partido chamado mW-:
Dei. Alumiou-o. Sorveu deixei nas mãos de I rmã Yo- ...J5
popular, na cidade do Cabo, deci-
uma imensa fumaça. landa o último frangalho da "como uma mW* WWm^MMM^ PE^^____í___MlJ __¦______¦
diu apoiar o nazismo,
Vamos andar? alma primitiva. . . Minha tradição nacional africana". Tens "rouge" na cara, são três horas da madrugada e os
Saimos. mãe morrera. Sem recursos, cinemas terminam à meia-noite.
Mas é que dei uma voltinha de bonde.
Cabeça pendida, uma das me empreguei de repórter A 1'IOR DESGRAÇA
mãos num bolso, a outra num jornal. Desandei a ler.
CASTIGO
com o cigarro, ele seguia Os livros me estragaram. Nas desgraças que estão aconte-
comigo, lento, vergado, co- Convencí-me de que era um cendo à França, Pétain se apre- Os homens -injustos, que opri-
IL ''-»';li-K^l
mo se lhe pesasse o esforço
de mexer os passos:
caso. Ah! doutor! quando
um sujeito se convence de
senta como um mártir... E é mui- mem, não podem ler Charles Di -
to c a p a z de estar convencido ckens. .. Mtr-íMm ___R- -¦ »_IHk*^í___P____fi_. r.____ill *'W'Jm
->¦'
g ¦ ü M ff'3
_________________T"-______________R J*mW _________-?_ ->Rfc-•-¦-' TMjKTjj.5%t*
K-»H^RqR "__¦
Não o incomodo? Acho disso. Ele também não sabe que ^^r R -^k^-Ük ___R
que é um caso, está perdidoí "Depois
Proudhon disse: dos per- FOI A MAIS MOÇA
que não. A dor dos outros Perdí-me. . . Não atino mes-
seguidores, não sei de nada mais ¦-m
distrai. mo como aconteceu aquilo! Um padre do Crato, parente de
odioso do que os mártires."
Sugou o resto do fumo: Foi o meu ar de canalha José Carvalho, contou-lhe que ti-
Nos primeiros tempos, adolescente. . . Foram as
DÈ HEINE nhta perguntado a um dos fiéis da
MM M*&^: y»M^eWM BCO WmmmmT^''i£M n
o meu gozo maior era per- minhas frases de anarquista sua paróquia, qual das pessoas da
_B^9^^B'-''-*Ȓ__B__Ri_i"_B Jl H^]
correr as ruas desordeiras. amador. . . A Sara não per- Qualquer que seja o motivo das Santíssima Trindade, a que mor- m>. ^^H _r* _H"_uü_fli^ ¦¦¦ ,3-
mitiu que eu trabalhasse lágrimas, a gente sempre acaba se reu na cruz por nós. r _____^______P__r^_ill/i ¦'.

Parava nas esquinas. Entra- •fnew^Mj. v"-''í - _________5r^V Aw^^M*m'-ii


..'j-s-oando. .. — Ora, "seu" vigário, foi a 'wW^
va nos botequins. Fiquei da mais. Protestei. Não adian- WwÊ-^Y' Wm mm
zona. Nunca me esqueço tou. Paixão de mulher man- mais rnoçia, porque macaco velho »;ir^v.i.Bp;".- ' JHll r.
mmu __E_____i______^___-'^''K__r*_^_B>'_^K' - MmmW Wm>$ê&

LEI NOVA não mete a mão em combuca. __l_^__________________rr _¦ fi'Èn\'3


de certas amizades mais ín- da tudo. E depois, não se po- mWBm%'i4MMmWM WmW^mw* víB-'-'" i i¦'¦ wi»W

ti mas. O Cabeça de Bronze, de fugir da sina. .. vSx_K Swmt' M, ^^-JayjJa


A secção feminina do "Boar of : _^R__k^_R_Rny_ui-_L Mm mMM 'V
_R <â____T :ija___pf
Parou. Levantou a cabeça: O AUTOR MAIS LIDO : MmMfrrMmÉi^M^MW M \-w
naval hista de nome, suste n- Education", de Boston, conseguiu
tado por uma tísica, a Titi- — Que noite, heim! Va- fazer votar uma lei que proíbe a Nas livrarias de Paris não há — Ontem meu marido salvou no
ne, de cabelos cortados co- mos tomar um conhaque iá qualquer cidadão de Massachus- mais nenhum romance de Balzac. Municipal a representação da
"T™lata".
mo de menino, sempre ves- em casa. E' perto. A Sara setts contrair mais de quatorze a população abafada lê <v autor da
_--.,-, Como? Cantando?
H -B-Hl tida de preto, e que sabia terá muito prazer em eonhe- casamentos durante-a vida. Essa Comédia Humana", que..conti——
Não. Dando nm tiro no pri-
"cantar cada coisa!. . . A cer o senhor. lei mergulhou uma parte impor- nua, eontinua. meiro tenor.

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. . • -

1
PÁG. 26 DIRETRIZES 6/11/941

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___¦'¦''-"¦ iHI^S. \____F _______ fl__.-'
^^F* _. í' l"'_¦¦ * t' _¦¦__>"¦'-
^__a*K«J ________________________________________________ -
n_-fe?.:!i*j .;¦¦'.,¦':. :.'j__. ¦ ^-IgigK. **fl BB^ _____
A Copa Rio Branco de 1932 foi o maior feito do football brasileiro, na opinião de Mario Filho. O
______________ _É___P_____-_______________- ______^__! __¦ _______F
clichê acima mostra-nos o "scra tch de 19 anos" entrando em campo no Estádio Centenário.
PRIMEIRA PARTE
"A "A Manhã" do velho Mario Rodrigues. Era na*
Era na primeira Manhã", quero dizer, na "dancing" fúnebre e familial).
quole sobrado da rua Treze d<2 Maio (onde hoje está instalado um
Foi lá que apareceu Mario Filho, o maior cronista esportivo do Brasil. Eu sei que não há
" nada mais frágil, mais falivel ou. ainda, mais irritante do que um titulo tão afirmativo. Quem diz
HfI^_________ ____a_M ____Sn____v<^ ^ÜPJ ¦rÉf** -* "¦*£
' ¦ •' * .' "maior" do
que os outros deve apresentar provas substanciais. Mas no ca..o
__Tã^____________IRi ¦_____) '<_B B*-• que um camarada é
Bre^M-áB -_-_-_r^^^Ã^^".J*n<t:aB -_-__r
BP " ' .-.'im
'v'^wB BB^ ^%' v-v --^':*^B ___K^.--
^Kr^' ^-'^ particular de Mario Filho justifica-se excepcionalmente o adjetivo. Pois há 14 anos quo, de uma
E ^r^t^^^'^^__l __r^ ^__BB _m^;* ^B ' BB*^ mm __rfl __¦ maneira quotidiana, de uma maneira sistemática, a sua superioridade se afirma. Uma superiori-
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,:'*4*;X.\V^<,*v^.*+,V

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'¦:-"¦' dade líquida e tremenda.

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Bem: ele não começou na redação. A gerência marcou a sua primeira experiência jornalística.
o "homem do vale", situação que me parece de uma importância toda especial. Um secre-
§;'^fl ¦ \-fl Ba-, fl fl Am mfl tário ou redator-chefe pode não representar absolutamente nada. Há secretários que amargam
^_s' ^S ______ «____. _______¦ ' ______¦
fi-'" _B> ^fl _____ ^___ _a flfl m ___¦¦-'¦'¦ desconsiderações, insolências, qu 9 sofrem, enfim, uma série do restrições humilhantes. Mas um
gerente paira numa altura particular : está superiormente acima dessas e de outras contingências. Só
^a*"^
-. ¦ "3i£t ¦ '*.¦ Jll*».» ^H --Bk flJ__ __fl flaaV fll Har -' ¦ * naufraga com muito pcao ou, ontão, por força de um desfalque feito sem a necessária sutileza e
f'5- ^í a l'.B__a_B___--. as recomendáveis medidas de de jpistamento. E' um cargo tão confortável que o sujeito que já deu,,
fev*. '¦ "fl Hk n Rjj H p já visou vale uma vez, fica morando no emprego e só sai truculentamente.
No seu tempo de gerência, Mario Filho tinha uns 19 ou 20 anos. Idade imprópria, se consi-
dcr_.rmo-, que em qualquer redação há, fatalmente, cavalheiros centenários, profissionais do tem-
po dc Floriano. veteranos da guerra do Paraguai. Mario Filho, com os seus 19 anos, tratava com
03sas relíquias e com outro3 figurões não menos curiosos, não menos fenomenais. Ele estava
sempre de cima. Pois na hora de pleitear um vale de dez, vinto, trinta mil, é alguma coisa de
árduo e de heróico manter um mínimo razoável de compostura. Mesmo as naturezas mais viris
sossobram numa circunstância tão crítica, melhor diríamos tão patética. O redator que aborda o
gerente tem um ar lamentável de humildade. E se o homem resiste, pondera dificuldades — en-
As memoráveis lutas de jiu-ji tsu, realizadas no Rio, foram tão o caso passa a requerer uma humilhação mais grave. Os menos resistentes tornam-se abjectos,
patrocinadas por Mario Filho rebaixam-se, aviltam-se sem saber e sem querer, inventam calamidades domésticas, dão a cada
UM FILHO DE DIRETOR DL isso era palavra um acento comovedor de apelo.
(digamos pleonastica- Nenhuma escola poderia ser mais instrutiva e mais rica em experiência e edificação para
_&__. -&;Ví^-c* JORNAL ¦ mente) literatura. Ele procurava,
acima jge tudo, dar um.v sentido •|_í-*M|f'?Xõ.i.;Filho_ do. .que essa. passa gem pela gerência. Ele aprendeu e. mais do que isso, saturou-se.
Um'filho de diretor de iornal prático-tjfa s»üa atividade no jornal <! Foi justamente a saturação- quo, um dia, fê-lo desistir de ser gerente. Quer dizer, de um momento
l»ude ficar superiormente em ca- do pai, um sentido de utilidade. para outro, perdeu a situação única de quem visa vales, de quem dá dinheiro e, por isso mesmo,
sa, embora recebá--um ordenado Como qualquer filho do diretor, conta com uma subserviência mais ou menos generalizada dentro de um jornal, uma subserviência
ua caixa o ande sempre adianta- tinha a justificada e humana cisiomática, diária, envolvente, irresistível.

As memórias do maior cronista esportivo brasileiro


do. Pode também freqüentar a preocuparão da tiragem. Deixava ê, que "descobriu" a secção es- te analfabeto. Qualquer sintoma, pio: um campeonato mundial de
redação a titulo exclusivo de con- a literatura para depois, para nm portiva. Escrevo "descobriu" pro- ainda que mal caracterizado, de box (Dempsey x Carpentier, Dem-
versa^ fiada ou com o construtivo futuro qualquer, mas antes que- positadamente, porque o que hou- inteligência, comprometia. Havia, psey x Firpo), um sulamericrno
propósito de ler as coleções de ria ver "A Manhã" crescer fan- ve foi uma autêntica descoberta então, formulas imortais de lin- de fout-òall no Brasil ou, então,
jornais. Tudo isso estará muito tasticamente na sua difusão. Sor 0 jornalismo do tempo de Par- jMiagem que não admitiam a nl-
nrto e dentro da lógica da vida. um sucesso internacional de atle-
alguma coisa de sério, de nu.mi- dal Mallet não acreditava, em hi- teração de uma vírgula, no dia las brasileiros. Mas coisas assim
Mas Mario Filho — mesmo de- n.ental, de definitivo no jornal.s- pótese nenhum que um jogo de jogo? O cronista escrevia fa- só ocorriam uma vez na vida.
pois de s-t-ir da gerência — que- mo brasileiro. Sobretudo, porque, rie fool-ball fosse um assunto si- talmente assim: "Realiza-se hoje.
ria trabalhar. E ent<_ó se criou na época, {«0 por cento dos nossos rio, um assunto exploravel. O es- uo aprazível campo da rua Fer-
um problema. Era um desempre- FOOT-BALL NA PRIMEIRA
jornais eram feitos como no tem- porte ocupava uma ou duas co- rer, o prélio em que se digladia-
«ado na redação. E padeceu o dra- PAGINA
po de# Pardal Mallet, do 1." pafro- limas (três no máximo) nos con- rão"... Aliás — diga-se — "dia-
ma de um ex-gerente que quer ser cinio da instituição da vacina ceituadss órgãos da imprensa l»ra- Rladiarão" passava, na época, por Pois bem: Mario Filho achou,
redator. Veio uma página lite- rbrigatória. sileira. E o cronista esportivo era, um requintado bom gosto esti..**»-
rária, na qual ele mesmo esore- precisamente, de ser cronista es-
veu contos, pequenas novelas, fez SURGE l M CRONISTA ESPOR- salvo excepções milagrosas, a úl- tico. Era um termo impressionis- portivo, cargo que, em matéria de
TIVO tima palavra em matéria de insu- ta. Outros cronistas mais intelec-
<-m suma uma série de tentativas. importância intelectual ficava
liciênci*. mental. Escolhia-se, a tualizados permitiam-se umas tan- abaixo do repórter da Assistência.
Kigumas das quais vigorosas. Mas Foi, então, que se lembrou, isto dedo, um camarada "inovações
provaveln.en- tas (aliás raras) e rea- Como filho do diretor, podia es-
giarn contra o lugar comun mu- irever tópicos, artigos, criticas,
BCM __^*'*?_I^^Í_^^^^^S^_^-_S_BHBB_____-_____________________________a^ -'-________________________________&__r3&it_tr_k-_M-a_-n dando o disco da seguinte ma- coisas enfim que teem uma cer-
1 reira: "Porfiarão. amanhã, os re-
i- *.;w*sl Wnr^m nlfnlrTiW r^i fa dignidide mental; ou podia,
¦
_¦_¦_¦___- ¦_£___. _B. :•¦•- --'.fM-aa^ ---V-t*-.'m maagB nomados rivais, Fluminense F. C.
m ¦¦n Wn &__13 Âz^lkySr~SuuL.'A\ B_s$n_B -Br__C?SJa -Et_-_?-i-1 inclusive, náo fazer nada.
e Club de Regatas Flamengo". . Mas náo. resolver o seu
Quis
"desemprego"
«_____________________ fl BBBB^_T BBmW \jaa> _k V' !___. aBm. j__B ___Bl^Jx__B fl. -, *T Hoje, diz-se, com intimidade. problema de es-
^*BB*--BuB___É__B] BM fl __________ '"¦ ¦* _______E-J____T_«___r^_________V%*C'mJfl Wa9? • ^mfl BhX
.__>i_Fa^__r_-HBBi^____________B________________________áfl ________ ________i -
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v Flamengo só Flamengo e nada crevendo esporte.
riais. Mas naquele tempo soleni- No caso, havia ainda uma agra-
zava-se: era preciso dar o nome .ante que a redação em peso não
todo, por extenso (nem abretia- cessou de encarecer: Mario Filho
__ÍJ_™ ___F^J_fB -MT^-Sfl ___^n -L l^^j um I ções se permitiam): Club de Re- sempre fizera literatura; era au-
Ratas do Flamengo. tor de dois livros, ambos escritos
Com a sua estatura mental, o ti- •.a extrema adolescência: "Boné-
___kB B^ã-p-*__._"- 'fm\^*iJ3'- t I Bfi
fl__Paflfl___fl _kil .íí'-'!'-.!»
B a_ag.-3-ti ft____ ____ a I po comum do cronista esportivo cas" e "Senhorita 1950", sendo
Ii_HH|BBhMH ___r^j|_B fl'¦<>?'t_B'<'^sBlS-fl ___-^fl BBfli _______^^^^B-__B B 'f->y linha qualquer coisa de alarn.an- í_ue esse último foi uma tentati-
bbbbI i
le. Ganhava pouco, ganhava um va que impressionou muita gen-
if#fl -L 7_J______________ m\ *^_r -
c*> ifl ____£__m1 K ii ifl _____T* ;> **<-fl **¦
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___a fm. h* ¦-alário de comover as pedras. E, te. Pois bem: e apesar desses an-
BHw _s __Rk.'^___-v>'*v A\ B^_i B2____l ___-~__a Hl^-ím-BE* I_H9 ___t!
l«or conseqüência, andava sempre tecedentes animadores, o homem
com ares famélicos, ternos ense- desandava, ~ò
subitamente. Dava
liados; e muitos, após resistirem que, para todo o mundo, parecia
heroicamente a fomes maciças, marcha-ré.
i-cabavam li rica men te como "La
Desde os seus primeiros dias de
Traviatta" ou seja devorados pe- crônica esportiva,
__________ ___^^^^^^'B ___T-*^^B mQÍ^-fl ____________ _-.BBBBBBBBBBBBBBBP^^^**W^--_HK-M-i "peste Mario Filho
____.^>_i_/^B B'____É B^»^wJ ___Tu ü _-_-vB KíÍl^B k - v» »fi Ia chamada branca".
certo que nessa crônica esportiva
É produziu choques. Primeiro, cho-
quês internos. Começou transfor-
dc outrora surgiam, aqui e ali, niando dramaticamente as dispo-
___»U<_l___^______r- !•¦ r_fl rf"'Jum ifl ____H **-£_%>2__l algumas excepcionalàssimas figu- Mções gráficas da página de es-
_____^__________B*_í-F>'ãH *. *!___i ____.' ______ *~^B HJ__ fÊwSAumiKmvWÊ- ras brilhantes. Mas eram elemeu-
__h________________r_*íJ"^~jB B __¦ _____&__¦ ___p*,1^^^3_-»&-iy!*_i-___-s_si-j_m porte. Um belo dia, lá apareceram
^BBBBE.*' _¦__________! ___________Bn_^_^£Si>^__________. ^^fl h^*-.1^ ¦' tos em trânsito; não se "profis-
-_B v ^v'^mW ' ___H ______^_____B L fl^Maa^^^^ títulos berrantes, manchettes, cli-
sionalizavam": não
^n -y^B ^w
^B _K___I____/ J flfl .P^flflafy --V^JB ___B _________ fWW -MrT' i _jflfl se enterra-
it>* ws ttw^. ^H^^9 ^^^a,__-*i^m E^l chês de jogador em tamanho nn-
/í»-^____B " Bk. «J_B ^fl- ama fl*^^BBBB____T'i fl__E_i __*^_B_____fl ____B___.-fla. _______L_______.' J^^*:- m* C'>:____fl ___H__R'' U
vam num setor tão economicamen- tura!. O Flamengo deixou de ser
W ^¦____e_____. m\ _S Ifl __F"B _K____^___I B^^-^^^BI tm' _PN_____.«_ -R R te desinteressante. Quem aspirasse « solene Club de Regatas do Fia-
___L IIQ a *^^^tB_^1 ______3I __________L-___L *ji ___VTa ^^^^--^^j j__^Tr^S___fJ ___w_- ' permanecer, e fosse esperto, ap**- niengo. Passou a ser, familiar-
'^^Br flR__B-L ^™t'.^;r^_TOL "^ lava para jornal especializado. mente, o Flamengo. O Fluminen-
^> j*r*«3*^'5!^sIp^ BflB^P' '
Fora d.sso — nada feito.
W _I____^____É Vi U se Foot-Ball Club também perdeu
^BJs fl ¦ '-mi ¦ ^^S3j":&*"fl|3 IBJ_E^_|yÍ_HÍ_S"'* "--*•"Bjm' o Foot-Ball Club. Ficou sendo o
'-•*. Algumas vezes os jornais eclé-
«-a_^-- ". ••- -3-_a.1*^^'^iaa---V!' --*y• -^B-iBB^aB6i5g---^-^ AW Bfl^BJ |t*>*»*' y.-ttSf} -; s,/'v*;. ticos abriam colunas para Fluminense.
um
.tcontecimento esportivo. Mas era Não se encontravam mais, nem
í-ecessário pr*a essa reprovável a bacamarte, coisas como sejam:
Á recepção na Embaixada brasileira, em Montevidéu, após a gloriosa vitória sobre os campeõe- « humilhante 4Tealizj|-se.
concessão que o amanhã, no aprazível
do mundo em 1332. mundo viesse abaixo. Por e.vem- campo", "degladiaráo. amanhã"
'-'fi^yyy-y ' . ^^ il,uii....,l.,,....,...Bmmii__________________r_____iZ'-
_____3___n_^____IM_^_^_-_Hai-K____B____Q_i-_____J
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6/11/941 DIRETRIZES PÁG. 27 M


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^ ... .. .. wwt |
MARIO RODRIGUES FILHO CONCEDE SENSA-
CIONAL ENTREVISTA A "DIRETRIZES" — 14
ANOS DE CRÔNICA ESPORTIVA — EM 1927
— O FILHO DO DIRETOR PROVOCA UMA RE- ^|^^tap*ra**M-_^Hr / _P ¦ 9ÉÉ___. K«B_to^*I___-----_____? mmmmmm^^mÊÊr^ ^_Ki _f ^_l P^Vfl|H mr^^MmW^^MW _^_^*B_^_^_b 1 ___________! ___l __________ fli 1
*^________*,*«HP_B_ai»IU-^___-i ^K^Qr
VOLUÇAO HO JORNALISMO : FOOTDALL NA ____¦ ¦r-i!!i__f'''__. ___/^_K____P^_r ___L_9 __l .9 flfll __r_9 11 il

PRIMEIRA PAGINA! — "AQUI QUEM MANDA


SOU EU", - DISSE FEITIÇO, EM RESPOSTA A
UMA ORDEM DO PRESIDENTE WASHINGTON
LUIS — OS CÉLEBRES "REDUTOS" DOS JO-
"NAO SOU PROFISSIONAL, MAS
GADORES —
TAMDEM NAO SOU AMADOR, NAO SOMOS AMA* *__i ___^^_B__^^B ____ ^ im ^" ^^^^^f^
jfl

DORES; NOS OS JOGADORES" — A ENTRE-


VISTA QUE TORHOU VITORIOSA A CAMPAHHA
"ESPECIALIZA-
DO PROFISSIOHALISMO — v*~* ¦' ' — -*** -À ^P-WP^ I %^m& ;-*_<fc•** T\á v
^~>r^^^m\\ \r

DAS" X C. D. D. — NAO HA SUDORHO HOS


____fl_fl __^#^ / H _f4_____l Ro ÁmW
•¦B_R'___L________I _____^___P
'WÊ mmwPr^BÊÈr^ÍF#$f. Wtí^-^''^':'&-jmm^Mmmmmmmmm'^mmmmr^9?' >.____- il '* I -^Jr- ' '***• _____4^ &__._'' '-. 1-.--_*':>1'<____P_____!
gotl^J __K^___H \
____£__«____P!-^-_^_^_V^-£':. *l"*flB>» \ 1^'"-' L^wl_Sl _!_____™^P^___I __K_<_____

"CASO" FLORIANO — COMO


SPORTS — O
SE FAZ UM CRACK — COMO REY DEIXOU DF. -_fl \*^/ f«.f /.' /. / / / t> ¦'/ /_________ __L__ii^ lil V. a*fl _________

GAHHAR 20 COHTOS — O MAIOR FEITO DO J*


^"-3.*:-::';.
' . _r_« ,__iT.
•*¦'::¦¦¦ ,::...¦¦.-.;. ¦¦V*..-*. ::.¦'
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¦¦¦.¦. ¦¦¦;:: .¦*¦¦¦¦ .
*-. - -4~~—-J /.-rg- M+JxQ. • i_fl_i ¦ -~**^ ^_^-M-*^M,yT^S-lr__r^7S_^^7r-_i--_5i5_S5^_p_^-S i

"C O R T A LE-
FOOTDALL BRASILEIRO — ¦.
m

HHA, DOMINGOS"...
(Reportagem de
A. B. SILVEIRA)
¦'¦¦
¦«

'
porfiarão domingo próximo" ou .ua honra em sangue". Porque a
"defrontaram-se- num animado tolha vendia mais.
prélio no domingo próximo pas- " Mas nem". sempre havia essa
sado"... lavagem Desgraçadam ente,
Mas isso não foi tudo. Havia muitos maridos enganados ou não
piores. Por exemplo: as heresias eram truculentos ou desfrutavam
que se perpetravam em matéria uma sólida e confortável ignorân- ¦:-";

ilustração,, Antes, os esporádicos cia. Assim passavam-se têmpora- -


.jetratos frúe os jornais se digna- das inteiras em que não aconte-
vám a publicar apresentavam o cia, absolutamente nada. Nem
jógádor/àelene, hirto, cara amar- uma única calamidade nacional!
rad.a...E; se a pose não fora obti- E nem aí, nem nesses períodos
dá énvvcàmpo. então o negócio de calmaria, de crise, nunca nin-
iigr^vaVa-se mais. O crack apare- guem com bastante visão para ¦•
!
ciaquáfet a rigor: colarinho, gra- enxergar o foot-ball. Para ver os
•vatâ, chapéu, bengala. Às vezes, Leônidas e os Domingos. Para !¦-¦¦¦¦-

para sèV compor um fundo mais constatar essa coisa, tão eviden-
condigno1 e sério, colocava-se um te por si mesma, ou seja um Fia- i

j:.rro de flores, um Pão de Açu- Flu era bem mais importante, •'
car! de cenário mambembe. Quer bem mais sensacional, do que
dizer, pose de foto da rua Cario* umas facadas que um esposo in-
cn ou da riià Larga. Mario Filho troduzisse em sua senhora. Hoje,
rompeu com' esses fotógrafos. E que o esporte absorve tanto es-
começaram a aparecer gravuras paço, parece incrível tamanha
incríveis. Tudo era instantâneo, falta de sagacidade profissional. .
'tudo era movimento. apareceu
Quando Mario Filho
E, de resto, retratos íntimos. com a Hua primeira reportagem
Jogadores de pijamas. Dormindo. esportiva para a primeira pági-
Tomando café. Escovando dentes. na, o secretário teve H.1 este comtn-
Penteando cabelo. Ao lado de uma tário lapidar:
pequena. Dançando. Jogando ba- — Isso aqui não é jornal espor-
Meia dúzia de pessoas acorreram ao cais quando seguiu para Montevidéu a representação brasileir.
ralho. Flagrantes impressionistas, tivo! "I__o que disputou a
"Copa Rio Branco'* de 19.12. Em compensação em M34
quando o
"scratch" nacional
comunicativos, imagens colhidas Foi assim que ele disse: seguiu para a Europa, afim de disputar o campeonato do mundo, uma multidão incalculável a flui n
da intimidade do crack. O inte- aqui." Tornou-se então neces-
à Praça Mauá, como pode ser comprovada pelo aspecto acima
resse despertado por essas repor- sária a intervenção do velho Ma-
tagens gráficas, tão novas, tão rio Rodrigues que tinha olho cli- "moleque" em
ousadas, tão iné- i:5co para enxergar, instantânea- um clichê de um Acontece uma coisa que ni,n- e com carteira profissional. O rc-
palpitantes, tão 4 colunas. ousaria esperar. O diretor e porter de polícia que, numa nota
ditas — foi alguma coisa de espe- mente, o interesse vivo de qual- guem
A reportagem Mas depois (sim, algum tempo o gerente passam a tomar conhe- rie facada, se refere ao "épico do
t.icular e de marcante no jorna- uuer matéria. pou-
acabaram de cimento da existência do cronis- germinal", é outro literato. O re-
lismo brasileiro. De repente, Ma- de sair (ordens são ordens), mas depois) os colegas visor, que delira com Vargas VII-
se- Os diretores de jornal ta. E um sintoma dos mais ex-
rio Filho revelava que o esporte não sem protestos mentais do pensar.
interesse é
ele eretário. Não houve um redator descobriram que uma reportagem pressivos desse súbito Ia, acha que toda a redação é
<ra uma mina. Uma mina que "moleque" Sizenando, um aumento de ordenado.
e começava a explorar que não considerasse o jornal de- sobre o analfabeta. E tudo isso está mui-
citscobrira
(initivnmente degradado. que marcou goals no último jogo, Criam-se salários. O redator «ie fo certo.
intensivamente.
também as enire- Agora uma observação elucida- influe na tiragem. Exgota a folha. foot-ball, que só fazia a barba Só, o homem que faz entrevis-
Apareceram
As entrevistas de Mario tiva. O caso assumiu maiores pro- O drama de conciência dura pou- duas vezes por semana e ganhava tas com Domingos, não pode ter
vistas. O0S. a sua mascara/i nha discreta. Não
co. Parece claro que se deve es- 150 mil réis, passa a fazer
Filho. Ocupavam uma página in- porções porque a tal reportagem l:O0OSO0O mês. O pode animar sua recôndita ilusão
e sub- versava sobre um chute. Simples- tampar a máscara em 1 colunas, Í.00S, 600$, por
teira. Manchettes, títulos torna-se íntimo da ou- literária.
mente um chute que determinado do Srzenando, embora isso signi- .oot-bail
titulos. O crack não dizia apenas, **0 a inacessível e intratável
ao envês de aplicar na iique uma transigência. Mas trora pri-
como àté então o fizera, que jogador, 'AQUI
na canela do adversário. vida é n vida, como me disse, con- meira página. QUEM MANDA SOU EU-*
jogo ia ser duro". Às vezes, até, bola, deu uma fidencialmente, um colega. Natu- Só unia coisa ainda persiste: o
í.ão falava do jogo. Não falava, Como conseqüência, houve
Contava a fratura exposta na perna da vi- ralmente, seiia muito melhor que preconceito contra os possíveis Talvês esta não seja a primei-
tiquer, em foot-ball.
namoros, episó- tima. O fato provocou no local as estivesse, no lugar do Sizenando, tintes literários do cronista es- ra entrevista concedida pelo jor-
tua vida, os seus
Umas vin- a última fotografia de Camões. portivo. l_ interessante. O redator na lista que realizou, provável-
òíob pitorescos e sentimentais, in- ícações mais patéticas. não teria o velho in- bota títulos em telegrama mente, mais entrevistas de
bem te e cinco mil pessoas, que assis- Isso, porem, que que
cidentes numerosos e de um aumento considera-se um esteta. O crítico
..vo interesse humano. Mario Fi- tiam ao jogo, ficaram alucinadas. U-resse. Não produziria"
bem dividi- i-.nhum na venda da folha. de cinema, nem se fala: é gênio (CONTINUA NA PÁGINA 22)
lho romanceava /a biografia com As opiniões estavam todas
agudissi- das; uns pretendiam contra
um senso jornalístico
se tratava de
mo. Sabiu envolver o leitor, sabia ks evidências, que
vencê-lo. üm mero acidente: outros, procla-
E foi assim que o foot-ball en- toavam, aos berros, á deliberação;
tinha
trou, abusivamenite, para- a pri* outros ainda, achavam que uma
Havia também
meira página. Não sem provocar sido pouco.
Sem excitar considerável parte da torcida que
reações profundas.
eescompunha o juiz, embora este ™m\ _^_k vCtát1**' '
________________________________________________________________________F^'_^
ironias. < De
nada tivesse com o peixe. ' ^^__K^_?___I
___F I _¦"'¦'¦¦ '" ** "m\ ____H .____.
qualquer maneira, a cena edificou J9mw-^yMmT V fl ¦..-. ¦._i.._._. :--____________________¦_¦____________'
UM CHUTE NA IMPRENSA
bastante Mario Filho. Ele perce- _____^______í__S_c_' ém *^____l ___P^______fl _____H
BRASILEIRA
btu que um espetáculo que pro- B__V____B_-___^_r''_____.' í '" _______ ______r_»________ _____U_*^«C- __

tiuzia lais reações era muito mais


Aliás, o que é de estranhar no sério do que se pensava. Admirou- Uf M* JS W^r màmmm^m mmW.V^'''
r-dmiri-vel triunfo de Mario Fi- _e de ocorressem ^*B Wif"- _JHfl I
que tais fatos
lho é a cegueira obtusa com que nas bochechas dos jornais sem -(í-3H ___¦¦ Ai ¦ ¦ ^¦fl __E___J__i w
_H_ii_l_H \W<*'mWmV. JH Xm
os profissionais de imprensa nào estes desconfiassem do in-
-«jl ¦^«•E.PMM Ir v~____________ ^__3 lflfl_l&. '
":fl flNN****1'^ --TI _a
o formidável que '
queriam enxergar comparável manancial de interes- ¦-^_S____'<__^^> <________________¦ ______! \m\ mT^^^L m W à -¦ I
interesse jornalístico do foot-ball. __¦__ Hl*^ _r^__. ' ______________________ **_9_r __r ___ ^S«**^__^_áS''*Ml ^H
se que havia ali. E não teve uma fl _fe: _r<___a fl fl ^^ '____T^_H _¦ *_¦*-_. 3**™ **_r¦ _m___________í _ká
Do foot-ball e de outros espeta- vacilação. Levou o chute paia a '- "..*^»--.fl-™âSl
Pois senhores fl - ¦ * <fl_^_fl H nJf •'" «" • T__flF_B
culos esportivos.
nunca deixou dç haver Fla-Flu, primeira página; deu-lhe relevo;
dtu-lhe palpitação; fez entrevis- 1-B««_t^gJWgS*niH
fl
_L' ¦• M^_L
K «__fl
¦-Et _¦ I _& Mil _^^^_^_F_i
~W^ ¦ _^H J3 m ___á
¦ -r*_*A_ _M _^_^_v^ - ^tW -_-l-_-_? -^^SmmWmWàm
'!__^_-_!^__?_______________________________K' JP-feS$5.*_H WkW
nunca deixou de existir essa tara tas com R vítima e família; tirou ___B_ •¦•¦¦.^K m\\\\\\\\\\\\\\vm^m\\V^mm\\m\^^m\mmWmmm\A'
0«* WL 111 '^kmm C.*r-***,r _L*- ¦____i____rrfll ¦*iag|M Víkm\
da multidão pelo foot-ball! _______^ "_3 ______ ^^^m| -___flP^___B
retratos. ^^^B, ^ÊV fl WMm ^_p4*fl ^fc. ^MmW\ \W^
grandes jogos sempre deslocaram, __________ nãfl H'-^__rffl
_____B_e li ^^^^_H _^_k. m
_É_i lJv_j
^^^B gfly' t^^____________r ^'r| _______: '"^_H -™
dc todos os pontos da cidade, EM 1928
_H_H *
altissi- ISSO FOI
massas incalculáveis. E os
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