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Caso prático 1

1) os sujeitos da relação jurídico procedimental são de um lado Adão e Berta nos termos do
65º/1/b) pois estão legitimados nos termos do artigo 68º/1 pelo facto de serem titulares de um
direito de propriedade sobre o imóvel. De outro lado temos o órgão camarário responsável pelo
urbanismo nos termos do 65º/1/a) pois é o órgão competente sendo que a iniciativa depende
deles.

Correção: 68º/1/1ªparte,

Para ambos a base legal e 65º para a legitimidade que é a competência, para particulares 68º, para
a AP salta-se para a lei de habilitação que confere a norma de competência.

Distinção entre sujeitos e interessados

67º/1: capacidade procedimental, deve-se indicar em prova,

2) objeto do procedimento: pedido de varias licenças e autorizações por parte da AP

Correção: emissão da licença, ato administrativo que e consubstanciado pela licença

Produção de todos os atos preparatórios tendentes ao ato final

3) sim esta sujeito a todas as partes porque nos termos do artigo 2º/1 trata-se no nosso caso da
conduta de uma entidade adotada no exercício de poderes públicos ( a camara que emite a
licença) logo aplicam-se as partes 1 3 e 4, e nos termos do nº2 e 4/b) deste artigo aplica-se
também a parte 2.

Correção: o CPA aqui aplica-se de forma supletiva,

- o artigo 2º deve ser aplicado por ordem ,

Critérios materiais: 1º critério do nº1 do artigo 2º, levava a que se aplica-se as partes I,III,IV

Confirmamos se se aplica a parte II ou não, combinamos o nº2 com o 4.

Nota: o nº3 so se aplica em válvula de escape quando se esta em gestão privada.

Relevante aplicar este nº, quando quiséssemos aplicar o nº1 e não conseguíamos porque nenhum
dos critérios estava preenchido, mas o 3 servia para se aplicar nas situações em que mesmo que
pareça que não e vai aplicar o cpa a parte de normas e preceitos constitucionais vai ser aplicável.

Isto acontece nas situações opostas ao nosso caso pratico .

- o âmbito de aplicação é do CPA ao procedimento

Nota : PO caso pratico sem lei especial so e resolvido por CPA, ou a lei especial esta no enunciado
e tem que ser articulada com o CPA.

4) sim pode nos termos do 68º/2/b), porque a associação pretende proteger o urbanismo do
Chiado.
Correção: neste caso não era necessário o 267º/5

Metodologia do 68º: 4 tipos de legitimidades, a legitimidade e forma de aferir se certo sujeito


jurídico tem ligação com o objeto do procedimento

- legitimidade direta e pessoal : critério clássico, eu consigo demonstrar no OJ uma norma cujo
exercício conforma o objeto em dado procedimento

-coletiva: 68º: qualquer pessoa com PJ ativa ou passiva na 1ª parte, na 2ª parte temos a
legitimidade coletiva a PJ e entregue a pessoa pela circunstancia desta ser parte da associação.

A NJ que prevê a PJ prevê para pessoas jurídicas individualmente consideradas, e também para
pessoas jurídicas coletivas

-difusa : nº2 do 68º, interesses difusos, que sujeitos jurídicos têm conexão ao procedimento. Os
interesses difusos recortam uma legitimidade objetiva, esta legitimidade esta recortada em função
de objetos. O problema desta é que se tem que demonstrar uma conexão possível com um dos
objetos. So e necessário demonstrar que com o objeto do procedimento vai haver prejuízo.

No nosso caso pode haver prejuízo ao bem pelas obras ?

Bem difuso: todo o bem cuja fruição não e exclusivamente consumida, posso fruir o património
cultural sem o consumir exclusivamente.

E duvidoso ser a associação parte legitima neste caso.

Correção:

Nem os associados nem ela própria diz que a associação tem CJ para intervir.

Legitimidade coletiva própria: o objeto da associação permite estar-lhe no procedimento, a


pretensão da associação tem ligação com o seu objeto social.

Difusa: possivelmente se o objeto social seria o urbanismo ou o património cultural.

Para haver legitimidade coletiva reflexa a associação tem que ter capacidade estatutária para
representar os seus associados ex: sindicatos

5) sim se nos termos do 44º/1 houver lei habilitante

Correção: não

55º: responsável pela direção do procedimento

Há regras na parte III, sobre enquadramento do procedimento, figura do 55º e nova na código de
2015.

Quem faz a parte mais importante do procedimento, a instrução, é alguém encarregue pelo
decisor ou numa chefia intermedia, normalmente são técnicos superiores, o responsável pela
direção e quem tem que conduzir o processo até ao ato de decisão. Integra-se no AA todo o
trabalho trazido ate ao decisor.
Ate 2015 tínhamos pessoas responsáveis mas não havia tratamento jurídico desta figura, no nº5
do 55º.

A notificação do nº5 e importante porque indica ao particular a pessoa com quem tem que
comunicar no processo.

Se a iniciativa for do particular este tem que requerer a identidade do responsável do


procedimento.

A doutrina entende que a delegação do 55º/2 não e o mesmo regime que a delegação
convencional, este artigo obriga a que haja uma delegação.

Há uma presunção de delegação aqui.

A resposta aqui seria que não há nada que impeça, o 55º/2 tem o único problema do titulo
habilitante de delegação, mas há margem para defender que existe este titulo.

Por delegação de poderes seria o diretor do departamento do urbanismo, cargo abaixo dos
vereadores.

Portanto aqui podia pois era inferior hierárquico e nada impedia legalmente nos termos do 55º/2.

6) sim nos termos do 59º há um dever de celeridade, mas para os interessados a sua audiência
deve ser feita ao mesmo tempo que a conferencia procedimental nos termos do artigo 80º/1.

Correção:

- na parte III há um conjunto de regras comum a todos os procedimentos, e mais afrente surgem
regras especificas de cada tipo de procedimento. Na parte comum as normas uteis são:

Na criação do calendário instrutório e plano: este é a manifestação do principio da adequação


procedimental no 56º. Este cria uma norma que e de meios fins, qualquer meio e aceitável desde
que não viole o fim ou seja apto a criar o fim.

Por isso neste caso EVA esta a exercer este principio do 56º

Prestação de informações pela associação:

Chamar a associação é apto ao fim desta? Em principio esta justificado

Peritagem das fundações do imóvel também é justificável.

7) 10 dias nos termos do artigo 86º/1 , começará a contar no dia seguinte a AP requerer o
documento nos termos do artigo 87º/b)

Caso prático 2
1) Contrato solicitado por A e B : em relação ao desenrolar do procedimento nos termos do artigo
57º/1 podiam A e B fixar termos do desenrolar mas não fixar a informação apreciada, senão seria
contraditório ao principio da legalidade.
Nos termos do 57º/3 podia a possibilidade de instalação do elevador fazer parte do ato
administrativo a praticar no termo do procedimento, ou seja o próprio conteúdo da decisão.
Correção:
Temos as duas modalidades de acordo endoprocedimental:
- a primeira é válida, pedem para fixar o desenrolar do procedimento e a informação que deve ser
apreciada pela camara. Não limitando a informação que devem apreciar mas sim escolher a mais
apropriada. A e B querem transformar a discricionariedade de pedido de informação num
contexto especifico.
- a segunda tem de ser justificada pelo caso concreto.
O 57º/3 serve para antecipar a decisão, e de entre as opções da AP tome imediatamente a
decisão. Mas na hipótese tanto pode a camara instalar ou não, e A e B querem que instale
forçosamente. So se a própria analise da camara permitir a instalação e que não há violaçao do
principio da legalidade. Senão o contrato seria ilegal.
Logo o sentido que A e B querem que o contrato seja celebrado não é possível.
Cumprimento licito do contrato vs cumprimento ilícito.
Se celebrado o acordo endoprocedimental apercebe-se que este é contra uma norma jurídica,
haverá um incumprimento do contrato.
Eva não poderia celebrar o acordo, era incompetência relativa 55º/2
2) auxilio administrativo 66º/1/c)
-quem pode pedir: o órgão competente para a decisão final

Eva representa o orgão responsável para a decisão final

- a quem pode pedir: órgãos das alíneas do nº4 do artigo 2º, quaisquer órgãos do nº1 do artigo 2º
posição de Rui Lanceiro pois está o auxilio na parte III.

O Conselho de administração da Turismo de Lisboa ( empresa municipal ), não se enquadra em


nenhuma das alíneas do nº4 do artigo 2º, mas entra no disposto no nº1 pois as empresas
municipais são reguladas de modo especifico por disposições de direito administrativo: a lei
nº50/2012 que aprova o regime jurídico da atividade empresarial local e das participações locais.

Em relação a isto, na primeira teoria não poderia haver aqui pedido, já na segunda sim pelas
razoes ditas anteriormente e ao prestar os documentos estaria a atuar nos termos do nº1 do
artigo 2º.

66º/3: pode haver uma presunção de dever de auxílio, se se verificarem os pressupostos de um


pedido concreto.

O turismo de lisboa devia responder ao pedido a não ser que demonstre que não tem condições
para prestar. Prima facie deve sempre auxiliar.

Dever de quem pede é facultativo, a lei quando quer prescreve as situações em que um órgão
deve ajudar outro.

Dever de quem é obrigado a auxiliar não é facultativo.


- como se pede: a entidade com competência para pedir o auxilio pede-o

Eva solicitou ao Conselho de administração da Turismo de Lisboa ajuda técnica para a análise de
documentos: temos uma proposta do responsável do procedimento. Não tinha competência para
tal.

Ratificação pelo órgão com competência para tal.

Logo o órgão não teria que responder ao pedido.

-como se resolve o conflito : os órgãos indicados no 66º/3

Não temos nenhum conflito.

3) Conferencias procedimentais

Nos termos do artigo 79º/1 e 2, a conferencia procedimental pode ter lugar por iniciativa
particular. Logo o pedido é admissível.

Correção: as CP têm o mecanismo muito interessante de atribuir o direito potestativo ao particular


para a sua realização.

4) Nos termos do artigo 78º/1 só será possível a realização da CP se houver previsão especifica em
lei, regulamento, contrato interadministrativo entre a Camara e a DGPC, ou por acordo entre
estes. Logo é valida pois temos uma previsão para tal em regulamento.

5 ) Nos termos do artigo 78º/3/b) e 79º/5 a DGPC tem o dever de participar na conferencia mas
não uma obrigação pois pode faltar nos termos do artigo 79º/6.

A comunicação por escrito da DGPC corresponde à invocação de um justo impedimento, logo se


for feita no prazo de 8 dias após a conferencia o pedido não será deferido.

Correção: 79º/6 e 7, o facto de não estar presente tem o prazo para a justificação
independentemente de o órgão ter competência consultiva ou não.

Problema da vinculação: e obrigada a comparecer porque faz parte da instituição da conferencia.


Uma das consequências desta instituição é que as que estão vinculadas por esta têm o dever
comparecer.

Indeferimento tácito: perante o silencio da AP, a lei substituía-se e o silêncio era ou deferimento
ou indeferimento tácito. A regra era indeferimento tácito até 2015, a partir daqui aplica-se o 129º.

Em relação à DGPC exercer competência consultiva não relevava para a pergunta: e irrelevante se
emitiu parecer favorável ou não, oral ou escrito, porque não esteve presente. Ao não estar
presente esta em violaçao do 79º e a única solução é justificar porque não esteve lá, e o ato será
praticado mais tarde. Não justificando o ato é praticado sem ela.

Questão diferente: a DGPC tinha ido a reunião mas tinha dito que não estava em condições de
apresentar por escrito o parecer, 79º/7 aplica-se o parecer escrito será junto no prazo de 8 dias.

Aqui mesmo se o parecer é vinculativo, se o órgão não está presente, o conteúdo do seu parecer
vinculativo vai ser deliberado sem ele.
6) Parecer: exercício de uma competência auxiliar preparatória

Conhecem 2 classificações:

-obrigatoriedade: é obrigatoriedade de solicitação por um órgão e emissão por outro. Em regra se


nada for dito no procedimento em concreto ou em lei especial são obrigatórios 91º/2. Este artigo
liga-se ao 92º/5. Como não são vinculativos são meros atos preparatórios.

- vinculatividade: o ato administrativo final fica dependente do exercício da competência


consultiva, é parte no ato final, a competência é decisória final. Temos atos em co-autoria.

O parecer pode ser obrigatório na emissão, mas não ser vinculativo. Quando é vinculativo o órgão
decisor final não tem margem de liberdade decisória.

No caso: ver 91º e 92º/6, 92º/2

O nº6 transformou os pareceres vinculativos em não-vinculativos. No incumprimento definitivo o


órgão decisor passa a poder decidir sem o parecer vinculativo.

Caso prático nº3


1) na primeira fase, é necessário desencadear o procedimento do ato administrativo, que poderá
ser feito por iniciativa do particular ou da própria AP nos termos do artigo 53º do CPA. Neste caso
teria que ser por iniciativa dos particulares pois estes queriam uma licença de instalação e
exploração do hostel.
Para tal nos termos do artigo 102º/1 Adão e Berta teriam de requerer as licenças, sendo que
ambas podiam resultar do mesmo requerimento por estarem conexas 102º/2. O requerimento
terá de ser apresentado no serviço da Turismo de Portugal IP nos termos do artigo 103º/1. Quanto
à forma de apresentação do requerimento esta podia ser eletrónica, de forma a minimizar a
intervenção, nos termos do artigo 104º/1/c) e d), mas teria que respeitar os termos do artigo
104º/5. Sendo o requerimento eletrónico Adão e Berta recebiam automaticamente o recibo
comprovativo da entrega nos termos do artigo 106º/3.
2) a segunda fase será a fase de instrução que se destina a averiguar os factos que interessem à
decisão final (arts. 115º a 120º do CPA) e que se rege pelo princípio do inquisitório, isto é, fase em
que a administração pública, sem a dependência da vontade dos interessados, requer factos e
esclarecimentos que mais facilmente levem à tomada da melhor decisão. (artigo 58ºCPA).
A direção do procedimento cabe ao órgão competente para a decisão final, pelo que o CPA prevê
três hipóteses distintas (artigo 55º nº 1 CPA):
  o órgão competente só dirige a instrução quando uma disposição legal assim o ditar;
  fora os casos acima mencionados, a lei obriga o orgão competente a delegar um
subalterno;
 o diretor do procedimento pode incumbir um subalterno a delegar apenas determinadas
diligências instrutórias especificas.

3) Adão e Berta podem ser levados a ter que participar, nomeadamente na prova dos feitos que
tenham alegado nos termos do artigo 116º. Porem esta intervenção pode ser mais ou menos
importante pois nos termos do nº1 os interessados têm de provar os factos enquanto que nos
termos do nº2 podem ser levados simplesmente a identificar os elementos de prova quando estes
estiverem em poder da AP.
Também nos termos do artigo 117º , os interessados podem ter que ser levados a apresentar
provas mediante solicitação do responsável pela direção do procedimento.
4)
122º/1 e 123º: podia ser de viva voz
124º/f) : so neste caso poderia haver dispensa da audiência dos interessados e avançar-se para a
decisão imediata
Licenciamento com condições: tem de haver audiência previa
Licenciamento normal: poderia haver dispensa
5) art 121º/1: tinha de haver audiência previa pois adao e berta queriam ser ouvidos no fim do
procedimento
Exceçoes do 124º:
123º/2 : so apresentando justificação
123º/3: a nova audiência deveria ser marcada 20 dias depois portanto não podia ser um mês
depois
124º/1/b): poderia dispensar-se audiência
Correção: se alguém pode participar mesmo quando a AP entende que não deve, o particular
participar na audiência?
Nada obsta a que o particular faça um requerimento, para poder ser ouvido à mesma, mas nada
obriga a AP a aceitar esse requerimento.
Logo para exigência, tinha de se presumir que os particulares iam saber da não-realização da
audiência antes da decisão do ato administrativo, para elaborarem este requerimento. A AP pode
aceitar em alguns casos, pois o particular pode trazer alguma informação que seja favorável ao
caso.
O 124º: é uma faculdade da AP, esta não é obrigada a dispensar, há discricionariedade
Caso prático 4
1) De acordo com o artigo 95º: há aqui uma impossibilidade superveniente, o objeto do
procedimento torna-se impossível, logo o procedimento pode considerar-se extinto nos termos do
artigo 93º.
Correção: não obstante a verificação objetiva da causa de extinção esta tem que ser declarada no
procedimento, pelo dever de fundamentação do 152º
Ate o desaparecimento temporário do objeto permite aplicar a impossibilidade superveniente, a
não ser que o objeto fique impossível num curto espaço de tempo por entendimento do tribunal.
2) há incumprimento do dever de decisão nos termos do artigo 129º , ou então haveria
deferimento tácito nos termos do artigo 130º/1.
Correção: so se aplica o 130º se se demonstrar no ordenamento que há uma regra que permite
afastar o 129º, em principio não haverá diferimento tácito
3)Sim nos termos do 127º, A AP tem liberdade contratual, e não há nada que impeça que mesmo
tendo o procedimento começado por um ato não possa acabar em contrato.
Correção: temos de ver se a norma legal que habilita a AP permite que haja esta substituição. Mas
sendo o procedimento bastante discricionário, a AP dentro da sua margem de discricionariedade
nada impeça a que a AP faça contratos.
4) nos termos do artigo 134º, a comunicação previa substitui o procedimento administrativo e
corresponde a uma modalidade de controlo prévio de uma atividade privada, na qual a
Administração não pratica um ato permissivo, limitando-se a exercer, durante ou não um prazo,
um poder de veto antes de o particular se encontrar em condições de realizar a atividade
comunicada à Administração.
Correção: a meio do procedimento percebemos que este é desnecessário, comunicamos à AP que
havia um erro, comunicávamos a AP sendo o procedimento extinto por inaplicabilidade, sendo
este procedimento substituído por uma comunicação previa. Esta substituição e permitida porque
há algo que existe entre o procedimento e a lei, que não há no procedimento.
5) nos termos do artigo 134º/3, não há diferimento tácito, podem Adão e Berta desenvolver a
atividade pretendida, estando sujeitos aos poderes de fiscalização da AP e os meios adequados à
defesa da legalidade.
Correção: não estando perante um procedimento, o simples facto de a AP poder vir impedir a
produção de efeitos, esta intervenção não equivale a que haja um procedimento administrativo, e
um mecanismo de controlo da produção de efeitos pelo particular
Caso prático nº5
1) Nos termos do artigo 138º/1 nas normas conflituantes deve prevalecer o regulamento da
Autoridade nacional de proteção civil, pois esta é dotada de autonomia regulamentar e configura
normas especiais de segurança nos termos do D/L 45/2019 orgânica da Proteção civil que no
artigo 4º/2/j) diz que a proteção civil deve proceder à regulamentação e assegurar a aplicação do
regime jurídico da segurança contra incêndios em edifícios. Nas restantes onde não haja conflito
será aplicado o regulamento Camarário
Correção: regulamentos governamentais são do governo só.
Regras de conflitos entre regulamentos em que está em objeto regulamentos governamentais está
em causa o governo.
O nº1 é de colisão entre regulamentos do governo e outros órgãos da administração direta.
O regulamento da proteção civil, é administração direta do estado e tinha autonomia
regulamentar, o regulamento é do estado, e um regulamento camarário. Há conflito normativo
entre os dois regulamentos.
Aplicamos as regras gerais de resolução de conflitos hierarquia, especialidade, lex posteriori, ou
regras especiais como o 138º.
No nosso caso, o nº1 pressupõe que o conflito é entre regulamentos governamentais e outros.
O nº2 é entre regulamentos autárquicos, não se aplica. O nº3 também não se aplica.
Pelas regras gerais, não há hierarquia, relação de especialidade ( ex: pesca à truta, há normas que
regulam a pesca sobre quando se pode fazer as espécies etc, ao lado há um conjunto normativo
que so se aplica à truta. Há uma relação de especialidade, pois esta relação é entre previsão de
normas logo se há 6 critérios do regulamento normal e 7 do regulamento da truta o 7º
pressuposto é de especialidade, aplicando-se o regulamento especial ) aqui não há esta relação.
Logo so sobra a prevalência de normas pela data o regulamento mais recente prevalece.
Não há revogação do regulamento preterido. Este torna-se inaplicável.
A hipótese não diz qual o regulamento mais recente.
Os conflitos normativos podem não necessariamente levar a invalidade.
Ex: conflito entre normas do DG, e Ministro, logo há um problema de hierarquia, em que
prevalece o do Ministro e há também um problema de validade da norma do subordinado que vai
ser inválida.
Enquanto vigora o regulamento aplicável, o que se torna não aplicável pode vigorar se o aplicável
por alguma razão deixar de vigorar.
Já no caso da invalidade, o regulamento inválido não se poderá aplicar mesmo se o aplicável
deixar de vigorar.
2) nos termos do artigo 143º/1 , as normas acrescentadas ao regulamento após a audiência prévia
ou seja sem o Conhecimento de Adão e Berta, são desconformes com o artigo 121º/1 do CPA e
violam o principio da boa-fé sendo portanto inválidas. Nos termos do artigo 163º/1 a Invalidade
será a anulabilidade pois a situação não se enquadra em nenhuma das alíneas do artigo 161º/2.
Podem adão e Berta nos termos do artigo 147º/1 solicitar a modificação, suspensão, revogação ou
declaração de invalidade do regulamento.
Correção : o vicio é de ilegalidade, para qualificar teoria dos 5 vícios: pré-qualificamos os vícios
Vícios materiais: não e um vicio que significa que foi violada a norma jurídica, tem a ver com o
conteúdo prescritivo
Ex: norma legal que diz que não se pode pescar trutas em março e abril, e depois vem um
regulamento que diz que se pode e aqui há um vicio material pela segunda prescrição
Vícios procedimentais ou formais: não e o conteúdo do regulamento que esta a violar o conteúdo
de uma lei, foi o processo de tramitação e requisitos formais que foram violados.
No nosso caso não seria vicio material, pois nem tínhamos o conteúdo das normas, pelo contrario
parece ser um vicio procedimental pois não posso acrescentar normas a um regulamento sem
voltar a fazer uma audiência prévia.
É importante distinguir estes vícios por causa dos prazos: nos materiais pode ser invocada a
invalidade a qualquer momento, já nos vícios formais e procedimentais há um prazo de 6 meses
fixo.
Tendo em conta que estamos perante uma invalidade do 144º/2, há uma anulabilidade atípica e
não sabemos o que se pode fazer pois não temos indicação do prazo: ou passaram 6 meses e não
se pode fazer nada ou então não passaram e posso impugnar o regulamento.
3) 146º/1 podia o órgão produtor do regulamento revogá-lo.
Perante a omissão de novo regulamento, se este não for emitido no prazo de 90 dias de acordo
com o 137º/1, podem A e B nos termos do artigo 137º/2 requerer a emissão do regulamento ao
órgão competente ou recorrer à tutela jurisdicional.
Correção: houve revogação sem termos tido conhecimento, é a eliminação dos efeitos da norma
por vontade de o órgão sem que haja qualquer vicio nessa norma. Se for ilegal a AP vai anulá-lo.
Pode um órgão administrativo perante um regulamento ilegal pode revogá-lo em vez de o declarar
inválido.
Problema a seguir da repristinação, porque se revogar não se vai aplicar a regra da repristinação
do 144º mas a norma do 146º/3 vai se aplicar pelo principio da continuidade dos regulamentos, ou
seja vai vigorar o regulamento revogado até à vigência do novo regulamento.
A decisão de revogação presume que não há invalidade, aqui temos dúvidas sobre a legalidade por
isso manter o regulamento pressupõe o regulamento passar por um procedimento de invalidade.
Havendo declarava a invalidade ou revogava substituindo, revogando e não substituindo o
particular tinha de ir a tribunal pedir declaração de invalidade.

Caso prático 6
1) não, nos termos do artigo 152º/1/e) havia de facto um dever de fundamentação, e de acordo
com o artigo 153º/1 a fundamentação tem de ser expressa e com a exposição dos fundamentos de
facto e de direito da decisão, sendo que aqui só surge um fundamento de facto, e nos termos do
153º/2 isto equivale à falta de fundamentação pois a insuficiência dos fundamentos não
esclarecem concretamente a motivação para o ato.
Correção: vicio de forma, fundamentação obscura, se fosse praticado o AA, poderia ser impugnado
por não ter sido devidamente informado. A própria comunicação previa viola o 121º e 122º.
A comunicação para audiência previa não é um ato administrativo, mas segue o mesmo regime de
fundamentação dos AA.
2) o prazo para a resposta começa a contar a partir do momento em que o ato administrativo se
torna eficaz, ou seja desde a data em que foi praticado nos termos do artigo 155º/1, e de acordo
com o artigo 155º/2 o ato foi praticado no momento em que A e B são notificados pela Camara
Municipal de Lisboa com a intenção de anular a licença de exploração
Correção: o modo de contar o prazo é o modo geral, começa-se a contar a partir do momento em
que o casal tem conhecimento do facto que gera a resposta.
Problema de contagem de prazos geral: através da regra da oponibilidade, so me é oponível a
partir do momento em que o prazo começa a contar.
3) o ato anulado padece de uma ilegalidade formal, que se reconduz ao vicio de forma. Este vicio
não se enquadra em nenhuma das alíneas do artigo 161º/2, e também não entra nas alíneas do
artigo 163º/5, portanto é anulável nos termos do artigo 163º/1.
Correção: a regra e que os pareceres na AP são vinculativos, portanto há uma formalidade que é
exigida, portanto se for violada é um vicio de forma.
Se tivéssemos indicação de que o parecer era vinculativo, a resposta mudava porque se considera
que os autores do parecer são co-autores do AA, portanto se não integrarem o AA haverá uma
incompetência por não se integrar ou não pedir, seria uma incompetência absoluta.
4) Aqui teríamos uma invalidade por vicio de incompetência absoluta, temos a camara municipal a
praticar uma competência da ASAE. Porém este vicio não se enquadra nas alíneas do 161º/2, mas
entra na alínea c) do 163º/5, porque com o parecer negativo vinculativo da ASAE o ato teria sido
anulado à mesma. Logo há uma alteração para o regime da irregularidade.
Correção: era uma incompetência absoluta, o parecer foi desconsiderado, alguém que tinha co-
autoria do ato final não o fez, com exceção do 92º/6. Logo o ato seria nulo.
5) o ato anulatório vai ser inválido, pois vai padecer do vicio de incompetência absoluta, pois
temos o MP a prosseguir atribuições estranhas à sua cadeia de atribuições. Este vicio enquadra-se
no artigo 161º/2/b) logo o desvalor será a nulidade.
Correção: o ato continua a ser anulável, o MP não pode anular, quem tem competência para
anular AA e o próprio órgão ou o superior hierárquico 169º/3.
Caso 7
1) nos termos do 167º/3 a licença é um ato constitutivo de direitos, e nos termos do artigo
168º/4/a) a licença era anulável no prazo de 5 anos a contar da respetiva emissão.
Correção: problema de anulação 165º/2, ainda estávamos dentro do prazo
Se algo pode ser anulado, temos de ver sempre os prazos do 168º.
2) nos termos do artigo 167º/3 o ato de atribuição de subsídio é um ato constitutivo de direitos,
logo nos termos do artigo 168º/2 o ato de atribuição de subsidio só podia ser anulado no prazo de
1 ano após a sua respetiva emissão, o que não acontecia aqui portanto não podia ser anulado.
Correção: 168º/4/c), podia ser anulado e tem de haver restituição
3) Nos termos do 168/6, não há lugar a indemnização no primeiro caso pois os beneficiários
conheciam com culpa a existência da invalidade, o parecer forjado por Beta, mas já o segundo
caso dava lugar a indemnização nos termos deste artigo pois Adão e Berta tinham feito uso do
subsidio desconhecendo sem culpa a existência de invalidade.
Correção: conjunto de pressupostos do 168º/6:
coloca-se apenas a quem esteja de boa-fé: desconhecer com culpa seria negligência, mas mesmo
esta pode levar à exclusão de culpa.
Neste caso era 164º/4/a): logo há culpa
No segundo caso: 168/6 não é aplicável, pelo desconhecimento de ser sem culpa, mas sim pelo
facto de ter uma vantagem ou ter danos anormais?
Problema de como a AP iria justificar esta anulação: teria de haver uma ilegalidade, ter violado os
indicadores e para a AP a violaçao dos indicadores ela própria viola a adoção do AA.
O ato torna-se ilegal supervenientemente, a causa de invalidade é posterior ao próprio ato.
Ex: Pedro quer tornar-se agricultor, vai para Monsaraz, pede subsidio de 1 milhao de €, não pode
onerar a propriedade durante 10 anos, vender a maquinaria etc. o AA foi praticado agora daqui a 4
anos temos 2 problemas: descobre-se que o órgão que praticou o ato não e competente, e pedro
tem de vender tratores violando o que lhe foi imposto. O ato vai ser anulado nos termos do
168º/4/c), este regime de anulação vai à boleia do regime de atribuição de indemnização/
restituição.
O legislador aproveita o facto que o particular não pode invocar o regime da confiança, pois
durante 5 anos não pode violar o regime que lhe foi imposto pelo subsidio.
No caso: a AP anulou o ato mal. Pela violaçao do regime a AA pensa poder anular, mas da alínea c)
do 168º não decorria esta situação. Não tínhamos uma violaçao do regime de fiscalização.
Não sabíamos se:
- AP esta a anular se a lei permite para alem de 1 ano anular
- a lei não prevê isso, e a 168º/4/c) pode-se anular nos termos gerais
Na hipótese, a AP não anulou por ter encontrado um vicio geral, mas sim uma violaçao de lei
superveniente não dando a alínea c) este poder. So pelo regime da fiscalização é que seria possível
anular.
Portanto não haveria invalidade superveniente, não se podendo aplicar o artigo 168º/6
4) teria de se reconstituir a situação atual hipotética nos termos do artigo 172º/1. Por um lado nos
termos do artigo 172º/2, há uma restrição do direito de propriedade legalmente protegido se se
demolir ou desmontar a esplanada. Por outro lado esta é incompatível com a situação de facto
que existiria se o ato anulado não tivesse sido praticado portanto deveria ser demolida. Contudo
nos termos do artigo 172º/3 se fosse demolida, não haveria lugar a indemnização pelos danos a
Adão e Berta pois estes se encontravam de má-fé por Berta ter forjado a licença.
Correção: 171º/3 a regra é da retroatividade,
A pergunta não fala de indemnização, so queremos saber se se desmonta ou não. Tínhamos um
ato consequente.
172º/3: o ato consequente pode ser destruído desde que indemnizado, mas em alguns casos pode
não ser destruído.
Os últimos 2 requisitos são cumulativos.
5) Nos termos do artigo 172º/3 os fornecedores têm o direito a receber indemnizações pelos
pagamentos que não iram receber pela anulação do subsidio, pois se encontravam de boa-fé e o
ato anulado tinha sido praticado há mais de um ano.

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