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CONTROLE DO
PROJETO
Professora:
Me. Marcela Gimenes Bera Oshita
DIREÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
•• Ensinar o discente sobre como controlar prazos e custos.
•• Orientar sobre como controlar mudanças no escopo e gerenciar a qualidade.
•• Preparar o aluno para gerenciar as partes interessadas e a comunicação.
•• Ensinar ao discente como controlar o risco e gerenciar a aquisição.
PLANO DE ESTUDO
Caro(a) aluno(a),
É função do gerente de projeto coordenar os recursos para que aconteça o que
foi planejado, bem como variações ocorridas, por meio da comparação do realiza-
do versus o planejado, analisando o prazo, custo e escopo inicialmente acordado.
Veremos que é função do gerente de projetos certificar que as entregas
estejam alinhadas com o escopo definido, tal como a qualidade do trabalho que
está sendo executado. Assim, para um bom andamento do projeto, a equipe
deve informar o gerente do projeto sobre o desenvolvimento e o progresso de
suas atividades. E o gerente do projeto irá relatar todo o processo de desenvol-
vimento para as partes interessadas.
Agora veremos a parte de execução monitoramento e controle do projeto,
que são um dos fatores críticos para o sucesso. No entanto, é importante que
todos os envolvidos tenham uma clara definição dos objetivos do projeto e
que o plano seja detalhado e disponível para os envolvidos no projeto e que a
equipe esteja comprometida com as entregas e os principais marcos.
Pense que o gerente do projeto terá que ter uma grande capacidade de
comunicação, motivação e negociação entre os integrantes da equipe de de-
senvolvimento, visto que ele terá que monitorar e controlar os prazos e custos,
além de gerenciar mudanças no escopo e gerenciar a qualidade.
Aprenderemos que, ao gerenciar mudanças de escopo, vamos interferir nos
requisitos das partes interessadas e isso vai envolver negociação, troca, visto
que as pessoas têm dificuldades de mudanças. Ainda veremos como controlar
risco e gerenciar as aquisições de forma com que os recursos estejam disponí-
veis para os envolvidos no projeto, no tempo certo e com qualidade e preço
previsto no escopo do projeto.
Assim, a pró-atividade do gerente do projeto, assim como a análise de de-
sempenho periódico do projeto, o comprometimento dos membros da equipe
são fatores que influenciarão o bom andamento do projeto.
introdução
6 Pós-Universo
Controle
de prazos
e custos
Pós-Universo 7
CONTROLAR PRAZOS
Controlar o cronograma é “o processo de monitoramento do andamento das ativi-
dades do projeto para atualização no seu progresso e gerenciamento das mudanças
feitas na linha de base do cronograma para realizar o planejado” (PMI, 2013, p.140).
Assim, o principal benefício desse controle é reconhecer o desvio do planejado para
tomar medidas corretivas e preventivas, visando minimizar o risco (PMI, 2013).
Para controlar o cronograma, é necessário o cronograma inicialmente planeja-
do, tanto quanto os dados de desempenho do trabalho desenvolvido no projeto,
o calendário do projeto e dados do cronograma. Nessa perspectiva, a atualização
do cronograma exige o conhecimento do desempenho real até a presente data do
projeto. Contudo, qualquer mudança no cronograma base só pode ser aprovada por
meio do controle integrado de mudança (PMI, 2013).
Controlar o cronograma está relacionado com a determinação da situação atual
do cronograma - e se houve mudanças no do projeto - a influência dos fatores que
criam mudanças e o gerenciamento das mudanças à medida que elas ocorrem.
Contudo, se qualquer abordagem ágil for utilizada, o processo controlar o cronogra-
ma está relacionado, conforme o Quadro 1.
8 Pós-Universo
fatos e dados
Empresas adotam metodologias ágeis: ano de 2017 voltado para in-
teligência logística
Com a crise, o ano de 2016 não foi fácil para muitas empresas, que acabaram
por tirar lições aprendidas, como otimizar custos por meio de uma logística
que funcione de forma eficiente. Visto que, conforme o Instituto de Logística
e Supply Chain (Ilos), os custos logísticos no Brasil influenciam o faturamen-
to das empresas brasileiras. Assim, pelo momento vivido durante a crise de
2015 e 2016, muitas empresas continuarão a buscar eficiência operacional
e isso traz oportunidades para operação logística em que a tecnologia é
forte aliada de processos ágeis.
Nesta perspectiva, o setor logístico que tem que acompanhar cada etapa da
cadeia em tempo real, o uso da tecnologia é fundamental. Ainda, uma das
tendências será a busca de players logísticos que faça a gestão de todos os
processos da cadeia logística, como armazenagem e distribuição.
Fonte: <http://logserviceltda.com.br/2017-o-ano-da-inteligencia-logistica/>.
saiba mais
O gráfico e/ou cronograma de Gantt permitem-nos controlar os prazos.
Pensada em meados de 1800 pelo engenheiro polonês Karol Adamiecki e
reformulada por Henry Gantt em 1910, é uma ferramenta que tinha como fi-
nalidade acompanhar o trabalho nas fábricas para evitar atrasos na produção,
sendo ainda extremamente atual quando o assunto é gerir um projeto com
eficácia, visto que permite mostrar de forma visual e de fácil entendimen-
to como se desenvolve o cronograma completo dos trabalhos. Destaca-se
ainda que não se limita ao cronograma de tempo, mas auxiliar a organiza-
ção do projeto e permite promover um gerenciamento da qualidade, pois
permite o desmembramento das atividades do projeto em tarefas menores
e definir responsabilidades.
Essa ferramenta facilita o entendimento e também a análise de desempenho
do cronograma do projeto, uma vez que possibilita um ordenamento das ativi-
dades, assim como uma visão global do desenvolvimento do projeto. Por isso
deve ser compartilhado com toda equipe, para que as mesmas monitorem
os avanços do projeto. Assim, conforme as tarefas forem sendo concluídas,
é importante sinalizar o no gráfico, para atualizar o status do projeto.
Fonte: Project Builder (2017, online).
Para saber mais, acesse o link abaixo.
Disponível em :<https://www.projectbuilder.com.br/blog/
grafico-de-gantt-como-e-por-que-utiliza-lo-para-gerenciar-projetos/>.
CONTROLAR CUSTOS
Controlar custos é o processo que monitora o andamento do projeto para atualiza-
ção no seu orçamento, bem como o gerenciamento das mudanças feitas na linha
de base dos custos (PMI, 2013). O principal benefício é reconhecer orçado do plane-
jado, a fim de tomar medidas que minimizem os riscos do projeto. Assim, quando
o projeto estiver em execução, entra em ação o processo de controle de custos
10 Pós-Universo
reflita
O poder de negociação poderia levar a equilíbrio no orçamento, visto que
pode ocorrer eventuais aumentos de custos não planejados em atividades.
saiba mais
O gerenciamento de custos tem como objetivo entender o quanto de recur-
sos que precisamos ter para executar um projeto, garantindo o máximo para
que o mesmo fique dentro do orçamento, realizado na fase de planejamen-
to. Assim, as principais falhas nessa gestão ocorre por erro de interpretação
do trabalho a ser realizado, omissão de informações na definição do escopo,
falhas na avaliação de riscos, EAP mal definida e fracassos na estimativa de
custos indiretos no projeto.
Assim, o gerenciamento de custos deve ser prioridade no projeto, visto que,
de acordo com os dados do The Standish Group, 44% dos projetos enfrentam
problemas de atrasos ou por estarem acima do orçamento e 24% fracas-
sam e são cancelados. Neste contexto, as empresas e os projetos devem
realizar o melhor com o menor custo possível. Durante a fase de planeja-
mento, surge dificuldades e obstáculos que podem servir para o gerente
do projeto visualizar, prever e a corrigir, evitando situações de maior fora de
controle no seu projeto.
Fonte: Midias (2014, online).
Para saber mais, acesse o link abaixo.
Disponível em: <http://pmkb.com.br/artigo/a-dificil-missao-de-gerenciar-
-os-custos-do-seu-projeto/>.
Pós-Universo 13
Controlar
mudanças
no escopo e
gerenciar a
qualidade
14 Pós-Universo
saiba mais
Temos que perceber que nós não podemos controlar a mudança, mas sim
controlar o impacto das mudanças no projeto. Assim, é importante que do-
cumente tudo, visto que há a necessidade de clareza e entendimento entre a
equipe e outras partes interessadas. Ainda ao documentar, cria-se um históri-
co de mudanças solicitadas e as migrações dos requerimentos, tanto quanto
das expectativas e compromissos ao longo do ciclo de vida do projeto.
É necessário manter a simplicidade à complexidade, uma vez que estamos
interessados em controlar o impacto das mudanças e, para isso, precisamos
incentivar os envolvidos a solicitar alterações antes que comece a afetar o
projeto. Outro fator importante é dizer a todos; precisamos dizer a todos
que conhecem o processo de mudança, visto que não se pode respon-
sabilizar os envolvidos por um processo que eles não entendem ou não
conhecem. Por fim, tem que aplicar a mudança de forma consistente, com
o princípio da coerência e compromisso, com as posições ou compromis-
sos que assumiram.
Fonte: Stakeholder (2014, online).
Para saber mais, acesse o link.
Disponível em: <http://stakeholdernews.com.br/artigo/mudancas-no-projeto/>.
Caro(a) aluno(a), conforme a Figura 2, a opinião especializada pode estar além da equipe
do projeto, que pode buscar opinião das partes interessadas, inclusive de patrocina-
dores, e ainda pedir que as mesmas participem do comitê de mudanças. Além disso,
podem buscar opinião de consultores, associações profissionais e técnicas, especialis-
tas no assunto e ainda consultar um escritório de gerenciamento de projetos (PMO).
As reuniões são normalmente chamadas de reuniões de controle de mudanças e
o comitê de controle de mudanças (CCM) é responsável por se reunir e revisar as so-
licitações de mudança e aprovar ou rejeitar as mesmas. E as ferramentas de controle
de mudanças podem ser manuais ou automatizadas para facilitar o gerenciamento
de configuração e mudança.
Assim, o processo de realizar o controle integrado de mudanças é conduzido durante
todo ciclo de vida do projeto e é de responsabilidade final do gerente de projetos. O
plano de gerenciamento do projeto tanto quanto o escopo do projeto e as demais en-
tregas são mantidas por meio do gerenciamento cuidadoso das mudanças, garantindo
que somente as mudanças aprovadas sejam incorporadas à linha de base revisada.
Destaca-se que as mudanças podem ser solicitadas por qualquer parte interessada
envolvida no projeto, devem ser sempre registradas por escrito e lançadas no sistema
de gerenciamento de mudanças e precisam ser aprovadas ou rejeitadas pelo patroci-
nador ou gerente do projeto. Assim, realizar o controle integrado de mudanças incluirá
Pós-Universo 17
GERENCIAR A QUALIDADE
Caro(a) aluno(a), o gerenciamento da qualidade do projeto envolve os processos, de
forma que o projeto satisfaça às necessidades para as quais foi empreendido, ou seja,
garanta a qualidade do mesmo. Para isso, é necessário usar as ferramentas e técnicas
dos processos de planejamento e gerenciamento da qualidade e controlar a quali-
dade. Assim, realizar a garantia da qualidade é “o processo de auditoria dos requisitos
de qualidade e dos resultados das medições do controle de qualidade para garan-
tir o uso da qualidade e das definições operacionais apropriadas” (PMI, 2013, p. 227).
O gerenciamento da qualidade envolve processos que são necessários para garan-
tir que o projeto vai satisfazer às exigências para as quais foi desenvolvido (VARGAS,
2005). Pense que o processo de realizar a garantia da qualidade implementa um con-
junto de ações e processos planejados no plano de gerenciamento da qualidade do
projeto, visando assegurar que o trabalho em andamento seja concluído, de forma
a garantir os requisitos especificados no projeto (PMI, 2013).
Assim, a garantia de qualidade é a certeza sobre a qualidade do projeto ou produto,
ao eliminar os defeitos nos processos de planejamento e implementação. Contudo,
eventualmente, as empresas alcançam os resultados comprometidos com qualidade
e com o planejamento antecipado das necessidades, visto que ocorrem mudanças
à medida que o projeto avança (KERZNER, 2010).
18 Pós-Universo
saiba mais
A verificação do escopo se trata da formalização da aceitação formal pelas
partes interessadas das entregas do projeto finalizadas, em que inclui a revisão
das entregas para garantir que cada uma delas foi terminada de acordo com
as expectativas. Destaca-se que a verificação do escopo é diferente do con-
trole da qualidade, porque este trata principalmente do atendimento aos
requisitos de qualidade especificados para as entregas, enquanto aquele trata
principalmente da aceitação das entregas. Assim, a verificação do escopo
abrange a documentação de apoio recebida do cliente e o conhecimen-
to da aceitação das entregas do projeto pelas partes interessadas. Nesta
perspectiva, as mudanças solicitadas podem ser realizadas a partir do pro-
cesso de verificação do escopo e são processadas para revisão e destinação
pelo processo de controle integrado de mudanças. Desta forma, as ações
corretivas recomendadas são atualização dos documentos, verificar os do-
cumentos que definam o produto e o progresso da conclusão do produto.
Fonte: Torres ([2017], on-line).
Para saber mais, acesse o link abaixo. Disponível em:
<http://www.devmedia.com.br/o-gerenciamento-do-escopo-do-proje-
to/28418>.
reflita
Gerenciar a qualidade de forma eficaz, permite que as entregas aceitas e
processos aperfeiçoados?
20 Pós-Universo
Gerenciar
as partes
interessadas e
a comunicação
Pós-Universo 21
GERENCIAR AS PARTES
INTERESSADAS
Caro(a) aluno(a), identificar e gerenciar as expectativas das partes interessadas, durante
o ciclo de vida de um projeto, são um desafio para os gestores (DIAS, 2016), pois geren-
ciar as partes interessadas é um processo de se comunicar e trabalhar com as mesmas,
promovendo o engajamento, buscando atender às necessidades e expectativas e
abordando questões à medida que elas ocorrem (PMI, 2013). De acordo com Solberg
(2011), em diversas organizações, os gerentes de projetos têm treinamentos no de-
senvolvimento do projeto como planejamento, execução monitoramento e controle.
Contudo, o autor salienta ainda que se faz necessário uma abordagem para o ge-
renciamento das partes interessadas, visto que a probabilidade do sucesso aumenta,
posto que a equipe do projeto é a principal ferramenta para atingir o êxito do projeto.
Nesta perspectiva, o principal foco desse gerenciamento é aumentar o nível de apoio
das partes interessadas durante todo ciclo de vida do projeto, reduzindo, assim, re-
sistências e aumentando a chance de êxito do mesmo.
Assim, o processo de engajamento das partes interessadas envolve gerenciar
as expectativas destas por meio da comunicação, confirmar o compromisso con-
tinuado da equipe com o êxito do projeto, desenvolver o processo de negociação
e comunicação em caso de mudanças, para evitar conflitos, esclarecer e solucionar
problemas sempre que ocorrem.
reflita
Pense que, normalmente, durante as fases iniciais, é comum ter uma maior
influência das partes interessadas e isso vai declinando conforme o projeto
avança, visto que o gerenciamento ativo das partes interessadas diminui o
risco do projeto não atingir seus objetivos.
Fonte: PMI (2013).
22 Pós-Universo
Para que o gerente tenha êxito no gerenciamento do engajamento, ele deverá utili-
zar métodos de comunicação identificado para cada parte interessada. Ainda deverá
utilizar-se de habilidades interpessoais para o estabelecimento de confiança, solução
de conflitos, escuta ativa e superação da resistência à mudança (PMI, 2013).
As habilidades de gerenciamentos também são bem-vindas para coordenar e
harmonizar o grupo a atingir os objetivos, mas para isso, o gerente de projetos deve
facilitar o consenso, ter capacidade de influenciar pessoas, negociar acordos e modifi-
car o comportamento da organização para aceitar os resultados do projeto (PMI, 2013).
Para tanto, o PMI (2013) destaca algumas ferramentas e técnicas, como: sistemas
de gerenciamento de informações para coletar, armazenar e distribuir informações;
busca de opinião especializada para assegurar a identificação abrangente e listagem
de novas partes interessadas; e o desenvolvimento de reuniões constantes para trocar
e analisar informações sobre o comprometimento das partes interessadas.
saiba mais
Ao pensarmos no desenvolvimento de um projeto, verificamos que as
pessoas são o centro de projetos, ou seja, são elas que vão determinar o
sucesso ou fracasso do mesmo. Pense que as pessoas tomam decisões, ao
determinarem o projeto, assim como os seus objetivos, ao planejarem, or-
ganizarem, direcionarem, coordenarem e monitorarem as atividades. Diante
disso, o gerente de projetos passa a ser peça fundamental no direcionamen-
to do projeto, bem como sua equipe. Assim, o maior desafio em gerenciar
um projeto é gerenciar as pessoas envolvidas, pois elas representam o pilar
de qualquer empresa, além de ser seu mais importante recurso.
Fonte: Salgado (online).
Para saber mais, acesse: <http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/
detalhe_artigo/663>.
Pós-Universo 23
GERENCIAR A COMUNICAÇÃO
Caro(a) aluno(a), gerenciar comunicação é o processo de disponibilizar as informa-
ções necessárias às partes interessadas no projeto no tempo adequado. Assim, o
gerenciamento das comunicações consiste nas atividades necessárias para assegu-
rar o fluxo coerente de informações sobre e no projeto (MONTEIRO, 2015).
Nesta perspectiva, “gerenciar as comunicações envolve as atividades requeridas
para a criação, distribuição, recebimento, confirmação e compreensão das informações”
(PMI, 2013, p. 301). Nesta lógica, a comunicação está muito além do intercâmbio de
informações, mas nas habilidades cotidianas do gerente de projeto (HELDMAN, 2006).
O PMI (2013) destaca que as comunicações do projeto podem incluir, mas não se
limitam à situação das entregas, a relatórios de desempenho, progresso do cronogra-
ma e custos incorridos. Também as comunicações podem variar significativamente e,
normalmente, são influenciadas por fatores que não se limitam à urgência e ao impacto
da mensagem, bem como seu método de entrega e nível de confidencialidade.
Assim, controlar as comunicações é um processo de monitoramento, de forma
a garantir que as informações estejam disponíveis de modo eficiente às partes in-
teressadas no tempo adequado. Diante disso, gerenciar as comunicações envolve a
execução da comunicação definida no plano do projeto, responder às solicitações,
desenvolver reuniões com os envolvidos, apresentando o relatório de desempenho
do trabalho que foi ou está sendo desenvolvido e também o status do projeto no
momento atual.
Pense que controlar as comunicações é um processo que deve ser feito em todo
decorrer do ciclo de vida do projeto, para garantir que as necessidades de informa-
ções dos interessados sejam atendidas. Dessa forma, o gerente do projeto tem como
responsabilidade passar o maior número de informações possíveis, sendo priorida-
de durante todo o projeto a atividade de comunicar-se com a equipe.
Para isso, o PMI (2013) destaca como ferramenta que o gerente de projeto tenha
sistemas de gerenciamento de informações para que o mesmo possa coletar, armaze-
nar e distribuir de forma eficiente as informações às partes interessadas sobre custos,
andamento do cronograma e desempenho geral do projeto. A busca por opinião es-
pecializada para tentar avaliar o impacto da comunicação dentro do projeto também
pode ser necessária, bem como o desenvolvimento constante de reuniões.
24 Pós-Universo
saiba mais
Durante a fase de execução do projeto, o planejamento é colocado à prova,
visto que é o momento de colocar tudo em ação para atingir os resultados
almejados. Assim, é importante o gerente de projetos gastar entre 70% a
80% do tempo com a comunicação entre os envolvidos no projeto, evitando
desentendimentos, equívocos e gerenciando possíveis conflitos. Outra dica
é confiar nas pessoas para executarem as atividades, buscando conhecê-
-las. Explore também os recursos tecnológicos para manter a comunicação,
como vídeo conferências, mensagens, chats, redes sociais entre outros.
O gerente do projeto precisa ser um líder atento a tudo e a todos, buscando
sempre orientar a equipe, resolver conflitos e motivar o time a dar o melhor,
estabelecendo relações mais seguras e confiantes entre os membros. Não
se pode esquecer também de delegar tarefas, uma vez que é impossível
fazer tudo sozinho. E ainda quando delega tarefas, responsabilidades, as
pessoas se sentem mais motivadas e comprometidas, garantindo resulta-
dos melhores. Lembre-se sempre de valorizar as pessoas do seu time, para
que as mesmas se sintam realizadas ao desenvolver o projeto.
Fonte: Project Builder (2015, online).
Para saber mais, acesse o link abaixo.
Disponível em: <https://www.projectbuilder.com.br/blog-pb/entry/projetos/
serie-dicas-para-cada-etapa-do-projeto-5-dicas-para-o-planejamento-do-
-projeto>.
Pós-Universo 25
Colocar os
riscos e
gerenciar
aquisições
26 Pós-Universo
CONTROLAR OS RISCOS
Caro(a) aluno(a), controlar riscos durante todo projeto é “o processo de implemen-
tação de planos de respostas aos riscos, acompanhamento dos riscos identificados,
monitoramento dos riscos residuais, identificação de novos riscos e avaliação da eficá-
cia do processo de riscos” (PMI, 2013, p.349). Assim, o principal benefício em controlar
os riscos é otimizar continuamente as respostas aos riscos, uma vez que as respos-
tas planejadas aos riscos são executadas durante o ciclo de vida do projeto e ainda
devem ser continuamente monitorados em busca de novos riscos (PMI, 2013).
Ainda, o autor destaca que quando há monitoramento de riscos, verifica-se se as
premissas do projeto ainda são válidas, bem como a análise constante mostra se o risco
avaliado foi modificado ou pode ser desativado e as reservas de contingências de custos
ou cronograma devem ou não ser modificadas de acordo com a avaliação atual dos riscos.
reflita
Porque o risco representa também a ideia de oportunidade?
Pós-Universo 27
fatos e dados
Silva e César (2016) desenvolveram uma pesquisa para a avaliar e medir os
riscos em um projeto logístico com utilização da intermodalidade do trans-
porte interno entre o porto e a planta. Para isso, foram atribuídos indicadores
em escala de 1 a 4, sendo um o menor impacto e quatro o maior impacto,
conforme observado no quadro a seguir.
GERENCIAR AQUISIÇÕES
Caro(a) aluno(a), as aquisições têm como base o escopo do projeto e a EAP. Assim, o
processo de gerenciamento de aquisições tem por objetivo otimizar as aquisições, a
fim de atingir a finalidade e entregar o produto ou serviço determinado no escopo
do projeto (MONTEIRO, 2015). Assim, o gerenciamento das aquisições do projeto
envolve o gerenciamento de contratos e controle de mudanças necessários emiti-
dos por membros autorizados da equipe do projeto (PMI, 2013).
O PMI (2013) destaca que, inicialmente, é necessário planejar as aquisições, por
meio das decisões de compras, salientando a necessidade para o projeto e identi-
ficando fornecedores em potencial. O segundo passo é conduzir as aquisições em
que se obtém as respostas de fornecedores, bem como a seleção do fornecedor e
desenvolvimento o contrato.
Após a condução das aquisições, tem-se o controle que é o processo de monito-
ramento e desempenho do contrato e realização de alterações e correções conforme
o necessário. Por fim, tem-se o processo de finalizar cada uma das aquisições, que é
o encerramento dos contratos (PMI, 2013), conforme apresentado na figura 3.
Assim, o mapa de aquisições é fundamental para o projeto, pois nele você poderá
inserir os itens a serem adquiridos, os prováveis fornecedores, o orçamento disponí-
vel, bem como o prazo que o produto ou serviço deve estar à disposição do projeto
(MONTEIRO, 2015). Destaca-se que o processo Planejar o gerenciamento das aqui-
sições identifica também as “necessidades do projeto que podem, ou devem ser
melhor atendidas com a aquisição de produtos, serviços ou resultados fora da orga-
nização do projeto, em comparação com as necessidades do projeto que podem ser
efetuadas pela equipe do projeto” (PMI, 2013, o. 359).
Pense que, durante o processo de aquisição, é necessário ter um responsável por con-
trolar todas as autorizações de compras. Entretanto, quando o projeto obtém todos os
itens necessário para seu desenvolvimento, é a hora de encerrar as aquisições, uma a uma.
reflita
Realizar negociação com fornecedor, buscando reduzir o preço do produto,
pode ser uma ótima estratégia para reduzir os custos do projeto? Outra es-
tratégia de aquisição é a utilização da logística na gestão dos estoques.
atividades de estudo
a) V, F, V, V.
b) V, F, F, V.
c) V, V, V, V.
d) F, F, F, V.
e) V, V, F, V.
Caro(a) aluno(a), vimos que é função do gerente de projeto coordenar os recursos para que a
execução do projeto aconteça conforme o planejado. Aprendemos que é sua função acompa-
nhar variações ocorridas, por meio da análise de desempenho, dos itens do projeto inicialmente
acordado.
Ensinamos que é função do gerente de projetos certificar que as entregas estejam alinhadas
com o escopo definido inicialmente, bem como a qualidade do trabalho que foi ou está sendo
executado. Você aprendeu que, para um bom andamento do projeto, a equipe deve informar o
gerente do projeto sobre o desenvolvimento e o progresso de suas atividades. E que o gerente
do projeto é responsável por comunicar todo o processo de desenvolvimento do para as partes
interessadas.
Vimos como funciona toda parte de execução, monitoramento e controle, que são um dos fatores
críticos para o sucesso. Aprendemos que é importante que todos os envolvidos tenham uma
clara definição dos objetivos do projeto, que o plano seja detalhado e disponível para os envol-
vidos no projeto e a equipe esteja engajada com projeto.
Ensinamos que o gerente do projeto terá que ter uma grande capacidade de comunicação,
motivação e negociação entre os integrantes da equipe de desenvolvimento e ainda gerenciar
mudanças no escopo e gerenciar a qualidade. Aprendemos também que gerenciar mudanças
de escopo interfere nos requisitos das partes interessadas e isso envolve a negociação, troca.
DIAS, A. M. M. Gestão das Expectativas das Partes Interessadas: Um Estudo da Percepção dos
Profissionais em Gestão de Projetos. Dissertação. Mestrado Profissional em Administração da
Fundação Pedro Leopoldo. 2016. Disponível em: <http://www.fpl.edu.br/2013/media/pdfs/mes-
trado/dissertacoes_2016/dissertacao_alessandro_marcio_martins_dias_2016.pdf>. Acesso em:
01 maio 2017.
HELDMAN, K. (2006). Gerência de projetos: guia para o exame oficial do PMI. Rio de Janeiro:
Elsevier.
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PROJECT BUILDER. Série: Dicas para cada etapa do projeto: 5 dicas para o planejamento do
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entry/projetos/serie-dicas-para-cada-etapa-do-projeto-5-dicas-para-o-planejamento-do-proje-
to>. Acesso em: 6 dez. 2017.
3. c) V, V, V, V.