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FACULDADE MERIDIONAL - IMED

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL


AÇÃO DO VENTO NAS ESTRUTURAS

Prof. Msc. Engª Marinês Silvani Novello


NORMA TÉCNICA BRASILEIRA AÇÃO DE VENTO EM ESTRUTURAS
Forças devidas ao vento

Vento:
movimento das massas de ar decorrente das diferenças de pressões
na atmosfera;
fluxo de ar médio sobreposto a flutuações de fluxo, estas flutuações
denominam-se rajadas ou turbulências.
É intuitivo pensar que o ar sendo um fluído e estando em movimento
ao encontrar um obstáculo exercerá uma ação sobre este obstáculo.
O vento tem caráter aleatório na sua intensidade, duração e direção.
Principal Causa do Vento Natural

Aquecimento não uniforme da atmosfera, a partir da energia solar


absorvida pela crosta terrestre e irradiada sob a forma de calor.

Sistemas meteorológicos que dão


Tormentas origem a ventos de alta velocidade,
independentemente do mecanismo
de formação.

Fraco 0 ~ 9 km/h
Leve 10 ~ 40 km/h
Moderado 41 ~ 60 km/h
Forte (Vendaval) 61 ~ 90 km/h
Muito Forte (Tempestade) Acima de 91 km/h
Furacão Acima de 115 km/h
Ref.: UWO, Ontario, Canada
ESCALA DE BEAUFORT
GRAU VELOCIDADE DESCRIÇÃO EFEITO
MÉDIA(km/h)

0 1 (0,5-1,7m/s) calmaria

3 15(3 - 5) brisa fraca movem-se as folhas da árvores

5 30(7 - 10)brisa viva movem-se ramos maiores

7 50(12 - 15) ventania fraca flexionam-se galhos de árvores

9 70(18 - 21) ventania objetos leves são deslocados,


partem-se arbustos e galhos
grossos, avarias em chaminés

10 80(21 - 25)ventania forte árvores são arrancadas

11 95(25 - 29) ventania destrutiva

12 105(>29) furacão
Perfis de velocidade média do vento
Perfis de velocidade média do vento

Variam em acordo com a altura dos terrenos e


obstáculos que circundam a edificação.
A velocidade aumenta com a altura acima do terreno.
Esse aumento depende da rugosidade do terreno e do
intervalo de tempo.
O intervalo de tempo está relacionado com as dimensões
da edificação.
Edificações pequenas são mais afetadas por rajadas de
curta duração do que grande edificações.
Medição de velocidade de vento

Anemômetro de
Robinson

A ação do vento nas edificações depende de dois aspectos:


Aerodinâmicos;
Metereológicos
Os aspectos meteorológicos são os responsáveis por definir qualquer velocidade do
vento a considerar no projeto.
Medição de velocidade de vento

Essa velocidade será avaliada a partir de fatores que influenciam tais como:
1. Intervalo de tempo e dimensão espacial da edificação
2. Altura acima do terreno
3. Rugosidade de terreno
4. Situação topográfica
5. Tipo de ocupação
6. Local da edificação
1 -Intervalo de tempo e dimensão espacial da edificação

Turbilhão de curta duração

∆t para Dimensão
cálculo de U espacial
3s 20 m
5s 50 m
10 s > 50 m Turbilhão de longa duração
2 - Altura acima do terreno

Camada Limite Atmosférica = Camada junto à superfície terrestre na qual o


movimento do ar é retardado pelas forças de arrasto.

Força de arrasto: componente da força global devido ao vento na direção do vento.


Fa = ca.q.Ae
Coeficiente de arrasto: aplicados a
Fa= força de arrasto;
corpos de seção constante ou
Ca = Coeficiente de arrasto
fracamente variável.
q = pressão dinâmica do vento
Ae = Área frontal efetiva
(área de sombra)
Altura da camada limite ou
altura gradiente: 250~600m

Dentro da camada limite


atmosférica a turbulência de
origem mecânica é
preponderante. A turbulência de
origem térmica pode ser
desprezada.
3 – Rugosidade do terreno

Rugosidade do terreno: classificação em categorias


4 – Situação topográfica

Alteração do perfil de velocidades


5 – Tipo de ocupação
Considera o grau de segurança requerido para a vida útil da edificação.
O nível de probabilidade (0,63) e a vida útil (50anos) adotados são
considerados adequados para a edificação normais destinadas a moradias,
hotéis, escritórios, etc.
Climatologia Estatística de Ventos Extremos
Para a engenharia estrutural, fornece as informações sobre ventos extremos
que poderão afetar uma estrutura durante sua vida útil.

Confiabilidade dos Registros de Vento

Instrumentação calibrada e eventual ajuste de dados, se necessário;


Anemômetros afastados de obstruções que possam produzir efeitos locais,
documentar possíveis alterações;
Atmosfera neutra (Velocidade do vento da ordem de 10m/s na cota 10m e
em terreno aberto).
Homogeneidade dos Registros de Velocidade do Vento
Altura sobre o Rugosidade do Tempo de
Terreno Terreno Amostragem

Erros de Amostragem: Conseqüência do tamanho limitado da amostra.

Erros de Modelagem: Escolha inadequada do modelo probabilístico pode


levar ao projeto de estruturas com probabilidade de falha elevada e irreal.
Estimativa de Ventos
Extremos em Regiões de
Ventos bem
Comportados

Mapa de Isopletas

NBR6123:1988
Ação do vento nas estruturas: propriedades dos fluidos

2 fatores: Pressão de vento


Geometria da construção
Viscosidade cinemática
μ Coef. de viscosidade dinâmica ou, simplesmente, viscosidade
υ=
ρ Massa específica do fluido “ar”

U = velocidade média de referência

Compressibilidade
T constante, lei Boyle-Mariotte: p V = p1 V1

Coef. Compressibilidade: k = - (dV/V) / dp; k varia com p

Para fluido ar, no âmbito das velocidades naturais do vento


nas proximidades do solo Ar imcompressível
Pressão N
Pressão estática: p = lim (∆a 0) ∆N/∆A Área A

Teorema de Bernouilli (fluido sem viscosidade, escoamento


permanente):

½ ρ u2 + p + ρ g z = constante

Aplicável entre 2 pontos em escoamento irrotacional

Para ar ( ρ pequeno): ½ ρ u2 + p = constante

pressão dinâmica = ½ ρ u2
pressão estática = p
pressão total = ½ ρ u2 + p
Medidas em túnel de vento
Tubo de Pitot (1732)

Medida da pressão total Medida da pressão dinâmica


do escoamento: q= ½ ρ u02
½ ρ u02 + p0 = pe q= pe – p0
Coeficientes Aerodinâmicos:Medição da pressão efetiva
Tunel de vento UFRGS

Tunel estrutura
de vento

Vista interna

pm − p0 = q c pe Modelo
reduzido
Modelo reduzido do edifício Brascan
Century Staybridge Suites no interior
do túnel de vento.

Medidas da velocidade do vento, no


nível térreo, para condições de
conforto de pedestres.

Escala do
modelo:
1/350
Coeficientes de pressão

Externo cpe
Interno cpi

cúpula
Coeficientes de pressão
Externo cpe
Interno cpi

Efetivo cp = cpe - cpi

Coeficientes de forma
Externo Ce
Interno Ci
Efetivo C = Ce - Ci
1
Ce = ∫ c pe dA
AA
Coeficientes Aerodinâmicos

Componentes de força num corpo arbitrário imerso em


escoamento bidimensional.

FL CL =
FL
sustentação 1 2
ρU B
2

M FD
FD CD =
arrasto 1 2
ρU B
2
M
CM =
momento 1 2 2
ρU B
2
ρ = massa específica do ar
U = velocidade média de referência
B = dimensão característica da estrutura
Coeficientes Aerodinâmicos

Coeficientes de Força

Coeficiente de arrasto Ca = Fa / (q A)

Coeficiente de sustentação Cs

Coeficiente lateral CL

A = área de referência
Norma NBR
6123:1988
Forças devidas ao
vento em edificações

Mapa de Isopletas
Norma NBR 6123:1988 Forças devidas ao vento em edificações

Isopletas baseadas nas


seguintes condições:
velocidade básica para
uma rajada de três
segundos (3s);
período de retorno de 50
anos;
probabilidade de 63% de
ser excedida pelo menos
uma vez em 50 anos;
altura de 10m;
terreno plano, em campo
aberto sem obstruções.
Norma NBR 6123:1988
Forças devidas ao vento em edificações

Correções da velocidade básica

Vk = V0 S1 S2 S3

Vk = Velocidade característica do vento

V0 = Velocidade básica o vento

S1 – fator topográfico: leva em consideração as variações


do relevo do terreno.

S2 – dimensões da edificação, rugosidade do terreno e


altura acima do terreno

S3 – fator estatístico
Norma NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edificações
Terreno plano S1 =1
Correções da velocidade básica: Fator S1 Taludes e morros:
pontos A e C: S1 =1
Norma NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edificações

Taludes e morros
Correções da velocidade básica: Fator S1
ponto B : S1 = f(z)
Norma NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edificações
Correções da velocidade básica:
Fator S1

Taludes e morros
ponto B : S1 = f(z)
Onde:
Z = altura medida a partir da
superfície do terreno no ponto
considerado.
d = diferença de nível entre a
base e o topo do talude ou moro.
Θ = inclinação média do talude
ou encosta do morro.

Para vales profundos, protegidos de ventos de qualquer direção: S1 = 0,9


Norma NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edificações

Correções da velocidade básica: Fator S2

Considera o efeito combinado da rugosidade do terreno, da variação da


velocidade do vento com a altura acima do terreno e das dimensões da
edificação ou parte da edificação em consideração.
Rugosidade do terreno: Categorias I a V
Dimensões da edificação (cálculo de ∆t): Classes A , B, C
Altura acima do terreno: lei potencial

p
b , p : correção de rugosidade do terreno
 z 
S 2 = b Fr   Fr : fator de rajada:sempre categoria II
 10 
Norma NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edificações
p
Correções da velocidade básica Fator S2  z 
S 2 = b Fr  
 10 
I II

V
III IV
Norma NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edificações
Correções da velocidade básica Fator S2: Categoria I

Superfície lisas de grandes dimensões, com mais de 5KM de extensão,


medida na direção e sentido do vento incidente. Exemplos:
• mar calmo;
•Lagos e rios;
•Pântanos sem vegetação.
Norma NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edificações
Correções da velocidade básica Fator S2: Categoria II

Terrenos abertos em nível ou aproximadamente em nível, com poucos


obstáculos isolados, tais como árvores e edificações baixas.

Exemplos:
• zonas costeiras planas;
• campos com vegetação
rala;
• campos de aviação;
• pradarias e charnecas;
• fazendas sem sebes ou
muros.

Cota média do topo dos obstáculos é considerada inferior ou igual a 1,0m.


Norma NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edificações
Correções da velocidade básica Fator S2: Categoria III

Terrenos planos ou ondulados com obstáculos, tais como sebes e muros,


poucos quebra-ventos de árvores, edificações baixas e esparsas. Exemplos:

• granjas e casas de
campo, com exceção
das partes com matos;
•Fazendas com sebes e
ou muros;
• subúrbios a
considerável distância
do centro, com casas
Cota média do topo dos obstáculos é considerada
baixas e esparsas.
inferior ou igual a 3,0m.
Norma NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edificações
Correções da velocidade básica Fator S2: Categoria IV

Terrenos cobertos por obstáculos numerosos e pouco espaçados, em zona


florestal, industrial ou urbanizada. Exemplos:
• zonas de parques e
bosques com muitas
árvores;
•Cidades pequenas e seus
arredores;
• subúrbios densamente
construídos de grandes
cidades;
• áreas industriais plen a
ou parcialmente Cota média do topo dos obstáculos é
desenvolvidas. considerada igual a 10m.
Norma NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edificações
Correções da velocidade básica Fator S2: Categoria V

Terrenos cobertos por obstáculos numerosos, altos e pouco espaçados.


Exemplos:

• florestas com árvores altas, de


copas isoladas;
•Centros de grandes cidades;
• complexos industriais bem
desenvolvidos.

Cota média do topo dos obstáculos é considerada igual ou superior a


25m.
Norma NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edificações
Correções da velocidade básica:Fator S2 Tabela 1 NBR 6123 p
 z 
Toda edificação onde a S 2 = b Fr  
maior dimensão horizontal  10 
ou <20m Entre 20 e 50 >50m
I m
vertical seja:

II

III

IV

V Fr : fator de rajada:sempre categoria II


p
Valores de S2 para diversas categorias de rugosidade  z do
 terreno
S 2 = b Fr  
e classes de dimensões das edificações 10 
Norma NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edificações
Correção da velocidade básica: Fator S3
Baseado em conceitos estatísticos e considera o grau de segurança
requerido e a vida útil da edificação.
Norma NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edificações
Linhas de fluxo do vento – coeficiente de pressão externa

Sucção: pressão efetiva abaixo


da pressão atmosférica de
referência (sinal negativo).

Sobrepressão: pressão efetiva


acima da pressão atmosférica
de referência (sinal positivo).

Barlavento: região de onde sopra o vento, em relação a edificação.


Sotavento: Região oposta àquela de onde sopra o vento em relação a edificação
Norma NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edificações

Tabelas de
coeficientes
aerodinâmicos
externos (pressão
e de forma):

para paredes
de edificação
retangular
Norma NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edificações
Tabelas de coeficientes aerodinâmicos externos (pressão e forma): para paredes de
edificação retangular
Norma NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edificações

Tabelas de
coeficientes
aerodinâmicos
externos (pressão e
forma):

Telhados em 02
duas águas
simétricos -
edificação
retangular
Norma NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edificações
Tabelas de coeficientes aerodinâmicos externos (pressão e forma):
Telhados em 02 duas águas simétricos - edificação retangular
Norma NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edificações
A NBR 6123 apresenta também coeficientes aerodinâmicos externos (pressão
e forma) para:
telhados em 01 água de planta retangular para h/b<2;
para telhados múltiplos simétricos de tramos iguais com h≤a’;
para telhados múltiplos assimétricos de tramos iguais com água menor
inclinada de 60º e com h ≤ a’;
Para edificações cilíndricas de seção circular;
Para coberturas curvas.
Norma NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edificações

Pressão dinâmica: q= 0,613 (Vk)2 , Sendo: q em N/m2 e Vk em m/s


Coeficientes de pressão e de forma ( Cpe, Cpi)
Força devidas ao vento - F = |Cpe -Cpi| q

Valores positivos dos coeficientes de forma externo


correspondem a sobrepressões;
Valores negativos correspondem a sucções.
Um valor positivo para F indica que está força atua para o
interior
Um valor negativo indica que esta atua para o exterior da
edificação.
Norma NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edificações
Pressão dinâmica: q= 0,613 (Vk)2 , Sendo: q em N/m2 e Vk em m/s
Coeficientes de pressão e de forma ( Cpe, Cpi)
Força devidas ao vento - F = |Cpe -Cpi| q
NBR 6123: Coeficientes de pressão internos
Edificações totalmente impermeável ao ar: pressão no seu interior é
invariável no tempo e independente da velocidade da corrente de ar
externa
Geralmente as edificações possuem aberturas nas paredes e ou cobertura
que mesmo consideradas fechadas permitem a passagem de ar
modificando-se as condições ideais supostas nos ensaios.
A norma permite considerar os valores de CPI abaixo desde que o
índice de permeabilidade de nenhuma parede ou água de
cobertura pode ultrapassar 30%.
Abertura dominante: abertura cuja área é igual ou superior à área total
das outras aberturas que constituem a permeabilidade considerada sobre
toda a superfície externa da edificação (incluindo a cobertura, se houver
forro permeável ao ar ou na ausência de forro).
NBR 6123: Coeficientes de pressão internos
Observar sentido das forças
para resultado do cpe – cpi;

Ex.: -0,8 - 0,3 = -1,1

Ex.: -0,8 + 0,3 = -0,5

Sentido do cpi:
•Positivo: de dentro para fora
•Negativo: de fora para dentro
NBR 6123: Coeficientes de pressão internos
NBR 6123: Coeficientes de pressão internos
NBR 6123: Coeficientes de pressão internos
NBR 6123: Coeficientes de pressão internos
NBR 6123: Coeficientes de pressão internos
NBR 6123: Coeficientes de pressão internos
NBR 6123: Coeficientes de pressão internos
NBR 6123: Coeficiente de pressão interno
Anexo D

A equação para determinação do CPI é:


NBR 6123: Coeficiente de pressão interno
Anexo D: Exemplo de cálculo
NBR 6123: Coeficiente de pressão interno
Anexo D: Exemplo de cálculo

Como arbitrar o 1º cpi: soma (Ce.A) / soma A


Valores da Velocidade do Vento para Passo Fundo
A seguir, são apresentadas as principais características do regime de ventos em
Passo Fundo, RS.
Determinadas com base em observações realizadas na estação meteorológica
da Embrapa Trigo, no período 1977-1994
Tem como referência a altura de 10 m, adotada, em todo o Brasil, pelo Instituto
Nacional de Meteorologia.
Velocidade média (m/s) e direção predominante

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Velocidade 4,1 3,9 3,8 4,0 3,9 4,2 4,7 4,4 4,7 4,5 4,3 4,2
Direção NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE

Velocidade máxima (m/s) e direção da velocidade máxima

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Velocidade 28,0 27,2 26,5 31,0 34,1 28,7 40,0 24,8 41,3 38,8 39,0 27,2

Direção N NW NW N S N NW W N S SW W

N = Norte, NW = Noroeste, S = Sul, W = Oeste e SW = Sudoeste, NE = Nordeste.


Programa de cálculo de vento: Visual Ventos
Programa de cálculo de uso livre para cálculo de esforços de vento considerando
edificações retangulares.
Para demais modelos de cobertura é necessário calcular manualmente e ou
desenvolver planilha de cálculo utilizando excel, etc..

Esse programa está


disponível no site da UPF -
ETOOLS: necessário se
cadastrar e após instalar no
computador.

O programa possui Manual


do usuário
Programa de cálculo de vento: Visual Ventos

O programa é simples, orientativo durante a entrada de dados.


Possui um Manual básico, mas é importante o entendimento da Norma para
aplicar corretamente os conceitos.

O Manual básico
está disponível no
Material de apoio
da disciplina
Fórmula “atingir metas”
=(C4-Ci)/ABS(C4-Ci)*RAIZ(ABS(C4-Ci))*B4

Devem ser analisadas todas as alternativas de


aberturas móveis (fechadas ou abertas)
Aberturas fixas devem ser consideradas abertas
Passo a passo conf. NBR 6123 Anexo D – Exemplo 01
Passo a passo conf. NBR 6123 Anexo D – Exemplo 02
Exemplo 01:
Determinar os coeficientes de pressão do vento para o galpão mostrado
abaixo.
• O galpão localiza-se em Passo Fundo e será usado como depósito;
• Os fechamentos laterais e cobertura são em chapa zincada.
• Galpão com duas faces opostas igualmente permeáveis e outras faces
impermeáveis;
• Galpão localizado em terreno plano e fracamente acidentado.
• Condições de entorno da edificação: poucos obstáculos, zona com
edificações baixas e
• cota média dos
• obstáculos de 3
• metros.
• Distância entre
• Pórticos (vigas de
• Cobertura e pilares) =
• 5 metros
Terreno plano
fracamente acidentado

cota média dos obstáculos de 3 metros.

Classe C
tg α = co/ca
tg α = 1,76/10
α = 9,98° = 10°

tg 10° = co/10
Co = 1,76m

Z = 1,76m + 6m = 7,76m

Classe A B C
Fr 1,00 0,98 0,95
Fr = fator de rajada.
sempre correspondente a
categoria II e a classe
correspondente da obra.

Velocidade característica do vento Vk:


0,3 < 0,5 2< 3 <4
Vórtices

Para vento a 90°, rebater os


coeficientes de pressão
Cpe = -2,0
Cpe = -2,0
V0
Ponto A
(morro) e no
ponto A e C
(talude): S1=
1,0
Cp = (cpe – cpi ) = (-0,80-0,20) = -1,0 P/calcular cpe = usar sentido das forças
=q.(cpe – cpi).distância entre pórticos
= 825N/m2 . (-1,0) .5 = 4125 N/m = 4,13 KN/m
Exemplo 02 : para resolver
Determinar Coeficientes de pressão externa para a edificação da figura
localizada em Belo Horizonte, em terreno plano com cota média dos obstáculos de 3metros
e que será usado para área da saúde.
Calcule o coeficiente de pressão interna pelo Anexo D da NR 6123para as paredes.
A cobertura é considerada permeável sendo:
• Alternativa 01: cobertura não possui aberturas no telhado
• Alternativa 02: cobertura possui lanternim de 20metros com 0,50m de abertura livre para passagem
• do ar sendo 0,25m para cada lado.
• Aberturas das paredes:
• em cada oitão: 01 portão de 4x5 metros;
• 25,2m2 de aberturas móveis tipo janelas basculantes com 50% de passagem de ar ao longo de
• cada lateral
• Distância entre pórticos (vigas e pilares de cobertura) = 5,6 metros
• Pé-direito = 5,3 metros

• Considere V0 = 30m/s

Θ = 8,53°

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