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© SENAI-SP, 1994.
Trabalho elaborado e editorado pela Divisão de Recursos Didáticos da Diretoria de Educação, SENAI-SP,
para o projeto “Assessoria a docentes para o desenvolvimento e uso de material didático” – Projeto
estratégico Regional – DN SD 007, 1994.
Equipe responsável
Coordenação geral Arlette Azevedo de Paula Guibert
E-mail senai@sp.senai.br
Home page http://www.sp.senai.br
S umário
Apresentação 5
Planejamento 7
Construção do texto 25
Editoração 47
Questões gramaticais 65
Referências bibliográficas 125
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Manual de elaboração de material didático impresso
A presentação
Porém, nem sempre o professor encontra, prontos, os meios didáticos que necessita.
Cabe a ele a tarefa de elaborar esses recursos, tarefa para qual poucos estão
devidamente preparados.
Não é fácil escrever de forma simples sem ser pobre, ser breve e claro, ser conciso e
pertinente, transmitir ao aluno, na sua justa medida, as informações que ele necessita
para compreender o mundo e desenvolver-se.
Este manual não abriga a pretensão de ensinar a escrever. Sua finalidade é servir
como fonte de consultas, na qualidade de instrumento facilitador do processo de
elaboração de material didático impresso. Assim, sua organização reproduz os
momentos desse processo: planejamento, construção do texto, editoração. Faz parte,
ainda, deste volume uma seção referente àquelas questões gramaticais que, com
freqüência, provocam dúvidas.
Espera-se com este trabalho contribuir com os docentes para amenizar a tarefa, às
vezes árdua, de preparar textos que comuniquem com eficiência.
É importante lembrar que nesta empreitada o docente não esta sozinho. Seus alunos,
aos quais o material se destina, são os melhores parceiros para avaliá-lo e ajudar o
professor a encontrar seu caminho.
Com paciência e persistência, chega-se lá.
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AP
lanejamento
Análise de tarefas
Termo utilizado no âmbito da tecnologia educacional para designar a O material didático
elaborado a partir de
descrição detalhada das ações e habilidades necessárias à consecução de análise de tarefas
permite que o aluno
um objetivo final. aprenda todas as
etapas necessárias
ao alcance do
objetivo final,
Por exemplo, se o objetivo final for a tarefa Confecção de poltronas, para analisando seus
desempenhos
chegar a sua consecução, sabemos que há necessidade de passar pelas durante o processo
de aprendizagem.
seguintes etapas (objetivos intermediários):
• fazer armação;
• preparar forro e forrar a armação;
• fazer a amarração;
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Análise ocupacional
Processo de análise desenvolvido no âmbito da formação profissional que
envolve a decomposição de uma ocupação em termos de conhecimentos,
atitudes e atividades operacionais.
Apostila
Termo que designa, indistintamente, qualquer tipo de material didático O acesso direto aos
livros leva o aluno a
impresso utilizado para introduzir, complementar, ilustrar ou aprofundar os criar o hábito de ler e
pesquisar, ampliando
assuntos tratados em sala de aula. e aperfeiçoando seus
conhecimentos.
Avaliação de entrada
Avaliação realizada no início de um curso ou programa, visando medir os É aconselhável não
utilizar o mesmo
domínios ou conhecimentos dos alunos acerca do conteúdo proposto. instrumento de
avaliação como pré e
pós-teste para evitar
que a avaliação
É realizada por meio de um pré-teste. O resultado obtido no pré-teste inicial interfira nos
resultados da
orienta o professor quanto aos aspectos do conteúdo que devem ser mais avaliação final.
explorados ou enriquecidos e permite, ao final do curso ou programa, que se
comparem os resultados de entrada e saída, fornecendo informações sobre
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Avaliação de saída
Avaliação realizada ao final do curso ou programa, por meio da aplicação de
um pós-teste em forma paralela ao instrumento de avaliação de entrada
que é o pré-teste.
Avaliação diagnóstica
Avaliação voltada para a obtenção de informações sobre as características
de um objeto (livro, vídeo, curso, etc.), de um fato (por exemplo, inovação
a ser introduzida numa instituição qualquer), de uma situação em que se
pretende interferir, bem como sobre a natureza de algum tipo de problema
que venha ocorrendo nessa situação, visando, com isso, estabelecer um
quadro e traçar as linhas de ação para a intervenção pretendida.
Avaliação formativa
Avaliação realizada ao longo do processo de ensino-aprendizagem, durante
o desenvolvimento de um curso, de um programa ou da produção de
material didático, de modo a fornecer elementos que possibilitem reformular,
corrigir ou recuperar eventuais falhas do processo, do programa, da
estratégia ou do material, aperfeiçoando-os.
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didático.
Avaliação somativa
Avaliação realizada ao final de um processo, seja de produção de um
material didático ou de ensino-aprendizagem, que determina a eficácia do
material produzido ou do curso ou programa desenvolvido, bem como o grau
de aproveitamento dos alunos ao fim desse curso ou programa. V. avaliação
de saída.
Conteúdo
Tratando-se de recursos didáticos, o conteúdo é o conjunto de informações Hempel em “Filosofia
das Ciências
e conceitos referentes a campos específicos de uma área de Naturais” mostra que
é muito tênue a
conhecimentos, científicos ou não. delimitação das áreas
das ciências naturais
e humanas e, mais
especificamente, de
Um conteúdo pode ser comum a duas ou mais áreas do conhecimento. cada ciência.
Conteúdo programático
Refere-se ao conjunto de informações e conceitos estabelecidos para um
programa.
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Ensino a distância
Modalidade educativa em que o processo de ensino-aprendizagem se dá O material
instrucional para o
principalmente por meio de recursos instrucionais. ensino a distância
deve incluir
orientação precisa
para o aluno.
Esses recursos, quando materiais, apresentam-se sob a forma de textos
impressos, fitas de áudio e de vídeo, programas computadorizados que
dispensam ou reduzem a necessidade de situações presenciais de ensino,
permitindo que alunos com diferentes idades e antecedentes elejam o seu
ritmo, tempo, local e outras condições para o estudo. V. recurso didático.
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Ensino presencial
Modalidade educativa em que o processo de ensino-aprendizagem acontece
por meio de contato direto entre professores e alunos.
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Estratégia
Organização de meios disponíveis para a consecução de um ou mais Uma boa estratégia
integra o uso de
objetivos. vários recursos e
técnicas combinadas.
Etapas do planejamento
Estágios de um processo que resulta na obtenção de um plano de ação.
Esses estágios podem variar de acordo com o objeto do planejamento.
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Fascículo
Cada uma das partes de uma obra publicada seqüencialmente e em
intervalos não necessariamente regulares.
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Ilustração
Imagem que acompanha um texto para fornecer, esclarecer ou enfatizar Deve-se ter o
cuidado de não poluir
alguma informação. Deve contemplar aqueles aspectos impossíveis de o material com
excesso de
serem descritos verbalmente ou que se tornam mais rapidamente ilustrações ou com
ilustrações
apreensíveis e de forma mais completa quando visualizados por meio de desnecessárias, que
nada a mais
uma imagem apropriada. acrescentam ao que
já está escrito.
Uma ilustração pode ser mais adequada do que um texto escrito se, por
exemplo, o objetivo é apresentar uma máquina com indicação de suas
partes componentes. Se o objetivo é descrever as vantagens que uma
máquina oferece, é preferível enunciá-las por escrito. V. ilustração, em
Editoração.
Instrumento de avaliação
Recurso ou meio empregado para obter um resultado de avaliação. O teste,
por exemplo, é um instrumento de avaliação.
Item de teste
Unidade independente de um teste: questão, exercício ou problema.
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Material didático
Em sentido abrangente, é qualquer produto usado no ensino. Em sentido
específico, material didático ou material instrucional é aquele elaborado
intencionalmente com fins didáticos.
Meios didáticos
Referem-se a suportes de informações, utilizados de forma independente ou Uma imagem pode
substituir uma
complementar no processo de comunicação didática. extensa gama de
palavras. Um filme de
vídeo pode informar
mais e melhor que
Em geral fala-se em: uma aula expositiva,
uma apostila ou outro
• meio impresso: livro, apostila, folheto, prospecto, catálogo técnico; material impresso.
• meio audiovisual: filmes, fitas de vídeo, fitas de áudio, diapositivos,
transparência;
• meio de informática: coursewares;
• multimídia: combinação de múltiplos meios. V. seleção de meios . Cf.
material didático.
Módulo instrucional
Unidade pedagógica autônoma e completa em si mesma, composta de um Um ensino modular
atende ao ritmo
ou mais elementos que se articulam de modo a permitir ao seu usuário, a individual de
aprendizagem, às
apropriação do saber científico, técnico, tecnológico, etc., bem como o necessidades e aos
interesses do
desenvolvimento de habilidades e atitudes em relação a um determinado aprendiz.
campo de conhecimentos.
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Objetivo
É um fim a alcançar, um alvo que se pretende atingir. Qualquer ação que
não seja puramente mecânica é orientada por um ou mais objetivos.
Por exemplo, trabalha-se para obter boa produção, sentir-se útil, receber um
salário... Estuda-se para obter conhecimentos, preparar-se para uma
profissão.
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Planejamento
Processo de previsão de necessidades e racionalização do emprego dos
Planejar é não
recursos humanos e materiais necessários para o alcance de objetivos improvisar.
Um plano deve sempre ser flexível, pois, durante a execução das ações nele
estabelecidas, pode haver necessidade de ajustes e replanejamento para
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Plano
Produto do planejamento. Registra as decisões tomadas no processo de
planejamento. É um instrumento elaborado para nortear as ações em busca
dos objetivos propostos. Alguns autores usam os termos plano e projeto
como sinônimos.
Processo ensino-aprendizagem
Processo único em permanente movimento onde ensinar e aprender são
passos inseparáveis: quando há alguém que ensina tem que haver outro
que aprende.
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como apoio à ação docente, como elemento estimulador e, ainda, como Dependendo da
qualidade, resultado
fonte de consulta (às vezes, a única disponível para os alunos) e de de planejamento
correto e execução
orientação. adequada, o material
didático pode ser um
bom aliado ou até
mesmo um
Tratando-se de ensino a distância, em que o processo ensino-aprendizagem adversário das ações
docentes.
decorre principalmente da interação do aprendiz com recursos instrucionais,
na maioria das vezes um material impresso, evidencia-se a necessidade de
aplicar a esse material cuidados especiais no seu planejamento minucioso,
na sua execução e nas orientações de uso que devem sempre acompanhá-
lo.
Recurso didático
Todo e qualquer recurso, material ou não, que possa auxiliar as atividades
formais de ensino, como uma aula (ensino presencial), uma situação auto-
instrutiva (ensino a distância) e também as atividades informais ou não
intencionais da mesma natureza, a fim de vitalizar e enriquecer a
experiência da aprendizagem.
Seleção de meios
Refere-se à escolha do meio didático que será utilizado numa situação de A escolha de um
meio didático
ensino. Essa escolha depende do responsável pelo ensino, pois, antecede a
elaboração do seu
conhecendo os alunos e o conteúdo que pretende ensinar, pode encontrar plano de execução,
porém o processo
as melhores maneiras de facilitar as condições de aprendizagem. que leva a
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Tecnologia educacional
Consiste na abordagem dos problemas educacionais que busca, em outras
áreas de conhecimento, princípios, processos, produtos e instrumentos que
possam ser aplicados à educação, tanto em nível amplo, enquanto objeto do
planejamento do serviço educacional de uma nação, quanto no tratamento
mais restrito da questão educacional, isto é, em nível do processo ensino-
aprendizagem.
Teoria de aprendizagem
Denominação geral para as teorias psicológicas que estudam, pesquisam e
explicam a forma como o ser humano aprende, adquire informações,
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habilidades e destrezas.
Tratamento pedagógico
Processo que visa tornar qualquer recurso destinado à comunicação de uma
mensagem, apropriado também à facilitação da aprendizagem.
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C onstrução de texto
Adjetivos e advérbios
Adjetivos e advérbios acompanham nomes e verbos na frase. São termos
acessórios. Seu uso deve ser cuidadoso já que, algumas vezes, podem ser
dispensados por não trazerem nenhuma informação.
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Exemplo:
Fundamentalmente, o princípio básico de uma simples transferência
assemelha-se completamente ao da injeção de plástico flexível.
Artigos
Com o uso dos artigos definidos e indefinidos, precisa-se ter muito cuidado: A palavra ambos
exige artigo: ambos os
o exagero de artigos prejudica a fluência da frase, e a falta pode trazer casos e não ambos
casos.
confusão ou fazer com que a frase fique telegráfica.
Exemplo:
(As) ligas metálicas podem ser submetidas a (um) tratamento especial de
têmpera por (um) tempo determinado.
Assunto e tema
Distingue-se tema de assunto pela abrangência das informações. O tema é
mais amplo e genérico, enquanto o assunto é uma delimitação do tema.
Exemplos:
Tema: animais – assunto: aves
Tema: metais – assunto: metais preciosos
Autor
No sentido originário da palavra, autor é o agente diretamente responsável
pela redação de um texto, a partir de idéias próprias. Este conceito evidencia
o cuidado que se deve ter com a indicação da autoria em textos didáticos.
Geralmente, esses textos são um compósito de conceitos e informações
compilados de várias fontes bibliográficas. O responsável por este tipo de
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redação não pode ser intitulado autor, ainda que ele tenha o cuidado de citar
fontes de citações e referências bibliográficas. Trata-se, no caso, de um
trabalho de elaboração. Se for assim, é preferível o termo elaborador ao de
autor.
Coerência
Um texto é coerente quando liga harmonicamente as idéias entre si; o
conteúdo dispõe-se numa seqüência lógica.
Coesão
É comum o uso indistinto dos termos coesão e coerência. Entretanto, a A coesão corresponde
à unidade da obra.
coerência refere-se à conexão das idéias e a coesão diz respeito à união
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íntima das partes da obra como um todo: capa, sumário, introdução, títulos e
subtítulos, parágrafos, conclusão conteúdo e seqüência lógica.
Reescrevendo:
Título: Tecidos felpudos
Conceito: Os tecidos felpudos pertencem à classe dos tecidos especiais.
Apresentam anéis em toda a superfície. Portanto, são diferentes dos tecidos
simples.
Concisão
Deve-se informar o estritamente necessário. Ser conciso é dizer tudo com
poucas palavras. O contrário é redundância. Após escrever um texto, é
preciso relê-lo várias vezes para eliminar palavras supérfluas.
Exemplos:
O oxigênio permite (o) corte dos metais devido à (sua propriedade de
produzir) oxidação.
Exemplo:
O supervisor deve acompanhar o planejamento da produção e interferir no
seu nível de custo (nível de custo do planejamento? Da produção? De
ambos?).
Eliminando a ambigüidade:
O supervisor deve acompanhar o planejamento e a produção e interferir no
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Comunicação e expressão
É sutil a distinção entre o dois termos. Comunicação é o ato intencional de Um texto escrito só é
comunicável se for
pôr em comum idéias, desejos, emoções. Já a expressão é, em princípio, a compreendido pelo
leitor.
pura exteriorização de idéias, desejos, emoções. Neste caso, não existe a
intenção deliberada de comunicar algo a alguém.
Exemplo de comunicação:
— Você precisa aquecer antes a barra de aço.
— Por quê?
— A barra aquecida fica flexível para ser curvada.
Exemplo de expressão:
Alguém exclama para si mesmo: — Que calor insuportável!
Simplificando:
Antes da soldagem de metais, devem-se aplicar decapantes no local da
solda. As superfícies ficam limpas e não se oxidam. Obtém-se, assim, solda
com boa adesão.
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oxidação dos metais. E eis o que obtenho: solda perfeita. Adesão excelente!
Denotação e conotação
Numa frase denotativa, a mensagem indica diretamente o objeto ou assunto Um texto literário é,
geralmente, carregado
a que ela se refere: O Sol é uma estrela. O contrário de denotação é a de conotações. Um
texto técnico (com
conotação: O Sol é o verão. informações
tecnológicas ou
científicas) deve ser
escrito somente em
O texto didático com objetivo de apresentar informações técnicas deve linguagem denotativa.
conter apenas enunciados denotativos. Seria errônea, por exemplo, a frase:
A folha de flandres é lata.
Discurso
Conjunto de enunciados que representam um pensamento completo. Num A redação de
informação técnica
material didático impresso, um discurso pode corresponder a uma consiste sempre numa
descrição ou
dissertação de caráter técnico, tecnológico, científico ou literário. explicação; nunca
comporta exortação.
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de persuasão.
Escrita
Cada pessoa tem uma forma própria de escrever, às vezes, dificultando a
leitura. Por isso, os originais devem ser datilografados ou digitados,
respeitando-se as normas de distância entre palavras e linhas. V. lauda e
original, em Editoração.
Estrutura do texto
Um texto bem estruturado deve conter: O que caracteriza um
texto bem estruturado
• introdução; é a sua coerência: as
idéias principais de
• desenvolvimento das idéias em parágrafos; cada parágrafo se
inter-relacionam numa
• conclusão – síntese das principais idéias abordadas; seqüência lógica.
• e, se for o caso, bibliografia e/ou referências bibliográficas.
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Fala e escrita
A fala é um dos meios de comunicação e expressão mais usados no dia-a- A língua falada possui
recursos expressivos -
dia. A fala pode ser representada por meio da escrita. Mas falar e escrever acentuação,
entonação, pausas,
são dois sistemas distintos. fluência – que
facilitam a
comunicação.
A fala geralmente é descontraída, recorrente e conta com a força de Como representar
uma mensagem oral
expressão dos gestos, dos olhos, da entonação. na escrita? Valendo-
se, principalmente, da
pontuação,
empregando-se um
A escrita, na maioria das vezes, é formal e exige linguagem correta, precisa, estilo direto.
objetiva, clara, simples, concisa e coesa. Quem escreve, portanto, deve rever
várias vezes o texto e consultar dicionário para usar palavras precisas,
escritas corretamente. V. níveis de linguagem.
Num texto técnico não existe preocupação com a expressividade e sim, com
o estilo direto. Ficaria deslocado, por exemplo, o uso de recursos
expressivos, conforme ilustra o texto:
Um produto de boa qualidade segue o princípio dos 4B: Bom! Bem
produzido! Barato! Bonito!
Corrigindo:
Um produto de boa qualidade deve ser bem produzido, barato e de boa
aparência (já que bom e bonito referem-se a conceitos subjetivos).
Fonema e letra
Fonema é a unidade mínima da fala que exerce a função de distinguir
significado entre palavras.
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Funções da língua
Roman Jakobson (1989) distingue, com base no esquema da comunicação,
seis funções da língua:
• função emotiva ou expressiva............. emissor ou destinador;
• função fática........................................ canal de comunicação;
• função metalingüística........................ código;
• função poética..................................... mensagem;
• função apelativa.................................. receptor ou destinatário;
• função referencial................................ referente.
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Esquema de comunicação.
Impropriedade
Na maioria das vezes, existe uma única palavra para expressar com exatidão
o que se deseja dizer. Por isso deve-se ter cuidado com sinônimos.
E não:
O lubrificante de silicone possui maior resistência à oxidação porém seu
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Manual de elaboração de material didático impresso
preço é elevado.
Indefinidos
Não use pronomes indefinidos (muito, pouco, vários, alguns) na redação de
texto didático. Procure sempre determinar o número exato.
Exemplo:
A operação de afinagem exige 15 minutos (e não pouco tempo) para ser
realizada.
Informação
Entende-se, comumente, por informação, a mensagem contida num texto. No ensino, o nível de
informação de um
Na Teoria da Informação, este termo tem um sentido mais preciso: medida texto escrito vai
depender do nível de
da redução de incerteza num conhecimento apresentado. Quanto mais uma conhecimento do
leitor. Isto constitui
mensagem for previsível, menos informação ela contém e vice-versa. uma das causas da
preocupação em
dosar o conteúdo e
desenvolvê-lo numa
Por exemplo na frase: seqüência gradativa
de dificuldades.
A casa é um lugar em que se mora – a mensagem tem pouquíssima ou
nenhuma informação porque é muito previsível.
Ao contrário, a frase:
A casa é moradia do botão – apresenta alta taxa de informação porque não é
previsível.
Inteligibilidade
As características de um texto inteligível consistem numa linguagem clara,
concisa, precisa, simples, adequada à clientela-alvo. Além disso, a
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Intertextualidade
Segundo Robert Jauss (1977), precursor da “Estética da recepção”, não
existe um texto puro. Um texto apresenta sempre informações contidas em
outros textos. Este aspecto tem relação com o leitor. Ele compreende melhor
um texto quando lê informações ligadas a suas experiências prévias.
Leitor
A caracterização do leitor é importante para quem escreve texto a ser usado
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Ao escrever um texto
em situação de ensino. usa-se a língua
escrita. Se o texto
escrito contiver
ilustração – desenhos,
O conceito de bom leitor é relativo porque depende de vários aspectos: tabelas, gráficos
pode-se classificá-lo
• características do leitor: experiências prévias, interesses, tipo de como um material de
linguagem. Caso
raciocínio, capacidade de concentração, entre outras; contrário é um
material de língua
• características do texto: nível de linguagem, clareza, concisão, coerência escrita.
lógica, precisão, coesão, forma de apresentação.
Linguagem e língua
É comum usar estes termos como sinônimos. Isto é um erro do ponto de
vista da Lingüística. Linguagem compreende todos os meios verbais e não
verbais – desenho, cores, música, dança, pintura, etc. – de que o homem se
vale para se comunicar e expressar. A língua é um desses meios. É verbal
porque se concretiza na fala e na escrita.
Lugar-comum
Sinônimo de chavão e clichê. Se o inusitado dá leveza ao texto e atrai o
leitor, o uso de lugares-comuns deve ser evitado.
Exemplo:
Não se deve fazer um cavalo de batalha para fechar o texto com chave de
ouro. V. metáfora.
Metáfora
Consiste na associação das características de uma palavra a outra palavra, a
partir de uma analogia de caráter subjetivo. É recomendável evitar
dois tipos de metáfora
– clichê e sinestesia –
na redação de texto
Exemplos: coração de pedra, olhar bovino. didático.
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Exemplo de clichê:
A liberdade de ação consiste, no bom significado do seu termo, na força
impulsiva das atividades do círculo de controle de qualidade.
Retirando os clichês:
As atividades do círculo de controle se tornam consistentes quando os
participantes têm liberdade de ação.
Exemplo de sinestesia:
As fagulhas da usinagem têm cheiro de cola. Observe-se que as fagulhas
são vistas (percepção visual) e cheiro decorre da percepção olfativa.
Modismo
O modismo é o lugar-comum intensificado especialmente pelos meios de
comunicação. Deve ser evitado para não prender o texto didático a um tipo
de linguagem que varia com as circunstâncias.
Níveis de linguagem
De acordo com a circunstância, a pessoa usa um nível próprio de linguagem:
• o formal – usado em situações que exigem formalidade como numa
solenidade, numa entrevista em que se candidata a um emprego, por
exemplo;
• o informal ou descontraído – usado em situações como as do meio
familiar, de um jogo com os amigos, etc.
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Palavra aportuguesada
Empregam-se, no texto didático, palavras aportuguesadas que já constam
dos dicionários: recorde e não record; náilon e não nylon; leiaute e não
layout.
Palavra estrangeira
Deve-se evitar o uso de palavra estrangeira no texto didático a não ser quem
seja absolutamente indispensável.
Exemplo:
Desempenho e não performance. No caso de usá-la, lembre-se de explicar
sempre o seu significado.
Palavra inexistente
Não invente palavras. Antes de usá-las, certifique-se de que elas existem.
Parceirização, adesivação, descupinização, pretensiosidade, entre outras,
não constam em nenhum dicionário da língua portuguesa.
Paralelismo gramatical
Significa coordenar elementos do mesmo tipo dentro da frase. A falta desse
paralelismo compõe frases sem fluência.
Exemplo:
O aço fundido é facilmente trabalhado por ser resistente e porque é tenaz.
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Observe:
O aço fundido é facilmente trabalhado não só por ser resistente mas também
por ser tenaz.
Ou:
O aço fundido é facilmente trabalhado não só porque é resistente mas
também porque é tenaz.
Polissemia
Uma palavra pode ter vários significados. A esta ocorrência se dá o nome de
polissemia.
Exemplo:
Contar uma piada.
Contar laranjas na feira.
Contar com a ajuda de alguém.
Pontuação/entonação
A comunicação oral dispõe de diversos recursos além da fala, para se
concretizar:
• gestos;
• expressão do olhar;
• expressão corporal;
• entonação na própria fala.
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Manual de elaboração de material didático impresso
Uma frase como A marquesa chegou às seis horas pode ser enunciada com
diversas entonações que podem ser aproveitadas para a aprendizagem da
pontuação e, conseqüentemente da leitura expressiva:
A marquesa chegou. Às seis horas!
A marquesa? Chegou às seis horas.
A marquesa chegou? Às seis horas?
A marquesa chegou... Às seis horas!
A marquesa chegou às seis horas...
A marquesa chegou às seis horas?
A marquesa! Chegou. Às seis horas!
Precisão
A redação de um texto técnico requer o uso da língua na função referencial
(v. funções da língua) e o uso preciso das palavras. Devem ser evitados
termos de gíria, termos populares dados a termos técnicos e excesso de
sinônimos.
Corrigindo:
Um equipamento com desgaste físico produz menos, exige mais
interrupções para reparos e eleva custos de manutenção.
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Manual de elaboração de material didático impresso
Redação
Segundo Calkins (1990), o ato de redigir passa por quatro etapas: ensaio,
esboço, revisão, edição.
Fazendo a revisão:
Chapas finas são placas metálicas com espessura de até 1/8’’. Por exemplo:
chapa preta, chapa de cobre, latão, ferro, silício.
Texto revisto:
Embora não seja freqüente, o serralheiro pode se defrontar com a
necessidade de dobrar chapas.
Exemplo:
Primeiro rascunho – A leitura se realiza e se enuncia de forma individual.
Isso ocorre devido às práticas cotidianas que lhe são associadas, mas,
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42 AA237-05
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Resenha
É um texto informativo sobre situações reais (reunião, jogo esportivo, fato Uma resenha deve
ser precisa e fiel ao
social, etc.) ou sobre textos (romance, filme, revista, artigo, etc.). A resenha objeto da descrição.
Fazer resenhas de
é, geralmente, uma descrição breve. fontes bibliográficas
facilita a preparação
do elaborador para
redigir qualquer
Exemplo de resenha de um artigo: material, didático ou
não.
Linguagem
O autor conceitua linguagem segundo a teoria de Charles S. Peirce,
salientando, a importância da língua como meio de comunicação e situando,
no mesmo nível de importância, a possibilidade comunicativa dos meios não-
verbais.
Resumo
Um resumo deve apresentar com fidelidade idéias ou fatos essenciais de um
texto, mantendo-se sua estrutura.
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Ruído e redundância
Ruído é tudo o que afeta a transmissão da mensagem. Ele pode ocorrer no Na escrita, nem
sempre convém
canal de comunicação, no emissor ou receptor, na mensagem ou no código. manter redundâncias.
Elas devem ser
Para evitar ruído, comumente recorre-se à redundância. empregadas apenas
no caso de se
evitarem
ambigüidades.
Exemplo de redundância necessária:
A vítima disse que o ladrão foi preso em sua casa (na casa dele, ou, na casa
da vítima).
Signo lingüístico
Combinação de um conceito com uma imagem sonora, que são o significado
e o significante. O signo casa, por exemplo, é um enunciado numa seqüência
de sons (significantes) juntamente com uma idéia, um conceito de moradia
(significado).
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Termo técnico
Cada área do conhecimento tem uma terminologia específica que deve ser Um texto com
informação técnica,
respeitada. Na prática, é comum o uso de termos técnicos fora do seu tecnológica ou
científica deve conter
contexto e, às vezes, substituindo esses termos por sinônimos de criação termos precisos e
claramente
popular. conceituados.
Por exemplo:
Pé-de-cabra como alavanca, sargento como grampo de carpinteiro, cálibre
como paquímetro, brucutu como escavadeira, bulim como punção de bico,
etc.
Exemplo:
O grampo de carpinteiro (sargento) é uma ferramenta manual usada para
fixar peças de grande dimensão.
Vocabulário
Numa comunicação oral, o próprio contexto da situação em que se fala Apesar de a concisão
ser um dos critérios
contribui para a economia do vocabulário: não é necessário identificar o da redação, o texto
escrito é sempre
local, a hora, a data, o ambiente e os elementos que estão no circuito da menos econômico que
o texto falado porque
comunicação. para tornar claras e
precisas as
mensagens escritas é
necessário um
Já na comunicação escrita, o emissor precisa fazer referências precisas vocabulário mais
amplo.
sobre o contexto da situação. A língua escrita é, portanto, menos econômica
que a oral; o vocabulário é mais extenso e preciso.
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46 AA237-05
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E ditoração
Abreviatura
Forma de escrever uma palavra, suprimindo as letras finais e substituindo-as Abrevie as palavras
sempre do mesmo
por um ponto (.). Nas publicações em que é grande a quantidade de modo no texto, para
evitar ambigüidades.
abreviaturas, costuma aparecer uma lista delas no começo ou no final da
obra. V. lista de abreviaturas, em Questões gramaticais.
Acabamento
Fase final da confecção de uma publicação, como alcear, colar, costurar
folhas impressas, colocar capas, grampear, espiralar, etc.
Advertência
Observação que aparece nas primeiras páginas da obra, cuja função é
chamar a atenção do leitor para algum ponto importante que esclareça a
leitura.
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Manual de elaboração de material didático impresso
Agradecimento
Reconhecimento público do autor a pessoas e/ou instituições que O agradecimento
pode vir incorporado
contribuíram para a realização da obra. Elemento pré-textual, o na apresentação.
Alceamento
Trabalho que consiste em agrupar ordenadamente folhas de um impresso.
Alinhamento
Modo como as linhas se apresentam na página. É possível fazer o
alinhamento à esquerda, à direita, à esquerda e à direita simultaneamente
(justificado) ou centralizado:
• O alinhamento à esquerda facilita a legibilidade.
• O alinhamento à direita em grande massa de texto faz com que o leitor
tenha dificuldade em achar, rapidamente, o começo da linha seguinte.
• Com o alinhamento justificado e hifenizado é possível concentrar maior
número de palavras em uma página.
• O alinhamento centralizado deve ser usado em pequena massa de texto
para não dificultar a leitura.
Anexo e apêndice
Matéria relevante (tabelas, gráficos, figuras, notas explicativas longas, etc.) O anexo pode ter
numeração própria,
acrescida a uma obra para esclarecer ou complementar o assunto. É anexo, diferente da
paginação contínua
quando extraída de outro autor. É apêndice, quando elaborada pelo próprio do texto.
Na publicação, o
autor da obra. Entram na obra depois do texto e antes das referências apêndice deve figurar
depois do anexo.
bibliográficas e do índice.
Apostila
Publicação didática para uso restrito aos alunos de um curso. É formada por
capas, créditos, sumário, introdução, bibliografia e glossário.
Apresentação
Considerações sobre a obra (agradecimentos, importância do tema, contexto
em que se situa a publicação) e que não entram no mérito do conteúdo.
Chama-se também prefácio e localiza-se antes do sumário. V. introdução.
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Arte-final
Conjunto de páginas compostas, diagramadas e peistapadas, prontas para Antes de ser
encaminhada à
serem encaminhadas à reprodução. reprodução, a arte-
final deve ser
cuidadosamente
revisada.
Autor
Responsável pela criação do todo ou parte de uma obra. Quando uma
publicação tem mais de um autor, a posição dos nomes indica o grau de
autoria. Para indicar que todos tiveram a mesma participação, usa-se a
ordem alfabética.
Bibliografia
Lista de livros, revistas e outras obras recomendados pelo autor para leitura Para facilitar a
consulta, a
ou consulta do leitor. Constitui-se basicamente de três elementos: autor, bibliografia deve vir
em ordem alfabética.
obra e imprenta. A bibliografia pode aparecer tanto ao término dos capítulos Veja a referências
bibliográficas deste
como no final da obra. Sua forma de apresentação é a mesma da referência manual.
bibliográfica.
Boneco
Protótipo da publicação. Com o auxílio do boneco é possível ter uma idéia de
como ficará a obra impressa: formato, tipologia, capas, número de páginas,
lombada, etc. Este boneco servirá de parâmetro a quem elabora o conteúdo,
normaliza o texto, diagrama, produz as artes-finais, etc.
Branco
Área vazia na mancha gráfica, ou seja, área sem impressão. Serve para
enquadrar, dividir, arejar massas de texto e agrupar elementos gráficos e
textuais. Cria contrastes, chama a atenção e estabelece pontos de descanso
para o leitor. Pode aparecer entre as letras, entre as linhas (branco
interlinear) e nas margens (branco marginal).
Bullet
Recurso gráfico (•, ►, ■, ♦) usado para destacar elementos de uma lista.
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Cabeçalho
Informação que aparece no alto das páginas e consiste numa linha de
identificação (autor, título do capítulo, título da obra, assunto, etc.). Serve
para facilitar a leitura, permitindo a localização rápida de um capítulo ou de
um tópico na obra. É chamado também de cabeça ou cabeço.
Capa
Proteção externa de um impresso (livro, apostila, folheto, revista), formada
pela:
• primeira capa – nome do autor, título da obra e editora;
• segunda e terceira capas – geralmente sem impressão;
• quarta capa – sem impressão ou com texto divulgativo da obra ou dados
sobre o autor.
Capitular
Letra inicial que se destaca pelo tamanho superior ao restante do texto,
podendo ser posicionada livremente. E ste texto começa
com capitular.
Capítulo
Seção primária ou as principais divisões de uma obra. O capítulo pode ou
não ter título. Em material didático, recomendam-se capítulos com títulos
para facilitar a leitura.
Caractere
Qualquer sinal usado na escrita manual, mecânica, eletrônica, etc. (letra,
número, sinais de pontuação, símbolos, etc.) e que forma as diversas fontes
para a composição de textos.
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50 AA237-05
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Chamada
Recurso usado no texto para situar uma palavra ou um conceito que requer
explicação, sob a forma de nota de rodapé ou, ainda, para indicar uma
referência bibliográfica. O sinal empregado na chamada (asterisco,
algarismo, letra ou outro qualquer) repete-se de forma idêntica no início da
nota de rodapé ou da referência.
Citação
Inserção, no texto, de palavra, frase, trecho ou informação extraída de obras
de outros autores. A citação pode ser textual ou conceitual. As fontes de
onde são tiradas as citações devem ser identificadas no texto, em notas de
rodapé ou no final de capítulos.
Citação conceitual
Denominada também de citação livre, é a reprodução fiel, mas com outras
palavras, de idéias e conteúdo de um autor.
Citação textual
Transcrição literal, entre aspas, das palavras de outro autor, ou seja, cópia,
palavra por palavra, de frases ou trechos de uma obra. Numa citação que
engloba mais de um parágrafo, podem-se colocar aspas no início de cada
parágrafo, que são fechadas apenas no final da transcrição.
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Colofão
Último elemento impresso do miolo de um livro, localizado no anverso da
última página, que contém os dados da casa impressora e a data de término
da impressão.
Copirraite
Direito exclusivo de reprodução de uma obra, que não pode ser publicada,
na parte ou no todo, sem prévio consentimento do detentor do copirraite.
Simbolizado por ©, o copirraite deve constar na parte superior do verso da
folha de rosto.
Corpo
Tamanho dos caracteres gráficos. Cada família de tipos tem vários tamanhos
de corpos. Por exemplo, o corpo usado no texto desse manual é corpo onze.
Crédito
Referência aos nomes dos participantes na elaboração e confecção da obra
(autor, ilustrador, planejador visual, diagramador, editorador-de-texto, etc.).
Na publicação, pode aparecer em forma de lista no verso da folha de rosto
ou, na falta desta, na segunda capa.
Dedicatória
Texto, geralmente breve e afetivo, em que o autor oferece a obra que
escreveu. Elemento pré-textual, normalmente a dedicatória figura em página
ímpar, depois da página de rosto.
Destaque
Recurso para ressaltar palavras ou partes importantes de um texto. Consiste O uso indiscriminado
de destaque
em usar brancos marginais e interlineares, recuos, bullets, fios, caixa alta, prejudica a leitura do
texto.
caixa baixa, estilos e corpos diferentes, etc.
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Diagramação
Planejamento e distribuição de títulos, textos, ilustrações, tabelas, quadros,
etc. numa página.
Direitos autorais
Conjunto de leis que protege uma obra como propriedade literária e regula as
transações comerciais estabelecidas entre autor e editora.
Edição
Produto (livro, apostila, fascículo, etc.) pronto para ser oferecido ao público.
Esgotada, a obra pode ser reimpressa ou reeditada. É reedição, quando o
texto e a apresentação gráfica sofrem mudanças. Quando nada é alterado na
primeira edição, é reimpressão. O número da edição ou da impressão deve
aparecer na folha de rosto, ou no seu verso, ou na segunda capa.
Editoração
A editoração de um
Trabalho que consiste em dar forma gráfica a um original, baseado em um material didático deve
ser definida e
projeto gráfico. detalhada juntamente
com o planejamento
geral.
Editoração eletrônica
Processo de produção editorial por meio de microcomputadores e programas
de aplicação (processadores de texto e de imagens).
Editoração-de-texto
Preparação-de-texto que consta de duas operações básicas:
• A normalização textual assegura a correção gramatical, a coerência, a
clareza e a objetividade do texto. Assegura também a adequação de
linguagem e padronização de títulos, ilustrações, destaques, tabelas.
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AA237-05
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Manual de elaboração de material didático impresso
Elementos extra-textuais
Partes de uma publicação formada pela:
• sobrecapa;
• capa;
• folha de guarda;
• orelha.
Elementos pós-textuais
Partes de uma publicação que entram depois do texto, como:
• apêndice e anexo;
• glossário;
• referência bibliográfica;
• bibliografia;
• índice;
• colofão.
Elementos pré-textuais
Partes de uma publicação que entram antes do texto: No caso de livro, a
folha de rosto e a
• falsa folha de rosto; falsa folha de rosto
são elementos
• folha de rosto; essenciais.
• errata;
• dedicatória;
• agradecimento;
• apresentação;
• sumário;
• lista de tabelas, de ilustrações, de abreviaturas, de siglas, de símbolos.
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54 AA237-05
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Endentação
Brancos usados para destacar itens ou textos e equilibrar a massa de texto Os verbetes acima
mostram
numa página. Serve também para criar áreas de descanso durante a leitura. endentações com
bullets e recuos de
parágrafos.
Errata
Lista de erros tipográficos ou conceituais, encontrados no livro depois da
impressão, com as respectivas correções e remissão a páginas e linhas em
que aparecem. É acrescida à obra depois de impressa.
Fascículo
Parte de uma publicação editada a intervalos regulares. Os fascículos de
uma mesma publicação podem ser reunidos e constituir um volume.
Ficha catalográfica
Resumo de identificação de uma obra registrada na Câmara Brasileira do Normalmente as
fichas catalográficas
Livro (CBL), de São Paulo, ou no Sindicato Nacional dos Editores de Livros das publicações
didáticas do Senai
(SNEL), do Rio de Janeiro. têm sido elaboradas
no Núcleo de
Documentação de
Recursos Didáticos
Folha de rosto (Biblioteca).
Folha que antecede o sumário e apresenta os elementos essenciais para a
identificação de uma obra:
• autor;
• título;
• editora;
• lugar de publicação;
• ano.
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Manual de elaboração de material didático impresso
Fólio
Número que indica a ordem das páginas. Pode aparecer alinhado à direita, à
esquerda ou centralizado, na cabeça ou ao pé da página de publicação.
Fonte
Família de tipos que apresentam sempre o mesmo desenho, a mesma forma
básica, variando apenas de corpo e de estilos (normal, itálico, negrito,
expandido, etc.)
Famílias de tipos.
Fotolito
Acetato (película, filme transparente) usado para reproduzir artes-finais
visando à reprodução em larga escala.
Gabarito
Consiste numa folha em que as áreas dos componentes gráficos e textuais O gabarito é
conhecido também
estão previamente delimitadas (formato, tamanho de mancha gráfica, como diagrama,
página padrão,
margens, fólios, espaços para ilustrações, etc.). Trabalho executado pelo malha, grid, página
básica ou mestre.
diagramador.
Glossário
Lista de termos técnicos ou científicos, com seus respectivos significados,
inserida no final da publicação. O glossário é apresentado em ordem
alfabética, depois do apêndice ou anexo e antes da referência bibliográfica.
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Manual de elaboração de material didático impresso
Ilustração
Qualquer representação gráfica, como desenho, fotografia, vinheta,
fluxograma, gráfico, mapa, excetuando-se quadros e tabelas. Cada ilustração
deve ser numerada (quando for mais de uma), titulada, legendada e inserida
no texto, próxima ao trecho que ilustra, possivelmente limitada a uma única
página.
Imprenta
Informações sobre local da impressão de uma obra, editora e data,
normalmente impressas ao pé da folha de rosto.
Índice
Lista de assuntos tratados na obra, em ordem alfabética, e com a indicação
das páginas em que se encontram na publicação. É parte opcional de uma
obra. Cf. sumário.
Intertítulo
Cada um dos títulos que subdivide um texto. Os intertítulos podem ser
primários, secundários ou terciários. Por meio de diferentes corpos,
assinalam para o leitor as seções e tópicos principais e suas subdivisões no
texto.
Introdução
Considerações sobre a obra, situando-a na sua área de conhecimento e A introdução faz
parte do texto da
entrando no mérito de seu conteúdo. Consiste na formulação simples, clara obra.
Lauda
Folha pautada, com cerca de vinte a trinta linhas de setenta toques cada
uma, espaço duplo de máquina, utilizada na apresentação de originais. Essa
padronização varia de empresa para empresa e visa facilitar a diagramação.
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AA237-05
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Manual de elaboração de material didático impresso
Legenda
Texto curto que identifica ou explica uma ilustração, quadro ou tabela e liga As legendas
sintetizam
estes elementos ao texto a que se refere. informações e são as
partes mais lidas de
uma publicação.
Lista de abreviaturas
Relação das abreviaturas (siglas, símbolos, medidas) empregadas numa
obra, em ordem alfabética e seguidas das palavras correspondentes, escritas
por extenso. Elemento pré-textual, deve aparecer em página própria antes do
sumário. V. lista de abreviaturas, em Questões gramaticais.
Lista de ilustrações
Relação das ilustrações na ordem em que aparecem no texto. Esta relação
só se justifica quando a quantidade de ilustrações ultrapassa a dez.
Elemento pré-textual, deve aparecer em página própria antes do sumário.
Lista de tabelas
Relação das tabelas na ordem em que aparecem no texto. Elemento pré-
textual, deve aparecer em página própria antes do sumário.
Livro
Publicação não periódica que reúne num só volume 49 ou mais páginas, Os elementos
essenciais de um
sem as capas. O livro compõe-se de uma parte física e de uma parte textual. livro são:
capa,
falsa folha de rosto,
folha de rosto,
A parte física consta de: sumário e
texto.
• sobrecapa; Os demais elementos
são opcionais ou
• orelhas; condicionados à
necessidade da
• capas; publicação.
• lombada;
• miolo.
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58 AA237-05
Manual de elaboração de material didático impresso
• lista de tabelas;
• sumário;
• texto;
• nota;
• apêndice;
• anexo;
• glossário;
• referência bibliográfica;
• bibliografia;
• índice;
• colofão.
Logotipo
Marca que identifica uma instituição ou seus produtos/serviços. A figura
abaixo mostra os logotipos ou assinaturas do Sistema FIESP/CIESP.
Lombada
Conhecida como dorso ou lombo da capa ou da sobrecapa, é a parte
posterior de uma publicação. Na lombada devem constar o nome do autor, o
título da obra, logotipo da editora, ano de publicação, número do volume,
sempre que possível grafados horizontalmente ou, no caso de lombadas
finas, de baixo para cima.
Mancha gráfica
Espaço de página a ser utilizado pela massa de texto e definido em função
de página.
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Manual de elaboração de material didático impresso
Manual
Livro de consulta, com instruções práticas ou técnicas sobre um produto,
uma arte, ciência ou disciplina.
Margem
Área da página que não pertence à mancha gráfica.
Miolo
Conjunto de páginas impressas e reunidas para formar uma publicação, sem
a capa.
Negrito
Caractere que se destaca pela tonalidade forte. Por ser mais carregado que
o caractere normal, é utilizado para destacar palavras no texto. Seu uso deve
ser feito sem excessos.
Normalização
Trabalho que consiste na padronização e uniformização do texto e da forma
de apresentação gráfica de uma publicação. No nível textual, a preocupação
é com a correção gramatical, concisão, clareza, objetividade, precisão
semântica e hierarquização dos conteúdos. No nível técnico, a atenção é
com o uso das normas para referência bibliográfica, bibliografia, citação, nota
de rodapé, quadro, tabela, etc.
Nota de rodapé
Informação adicional ao texto e que aparece ao pé da página. Pode ser Quando se usam
asteriscos, a segunda
explicativa (observações, remissão do leitor a outras partes do trabalho, e a terceira notas são
indicadas por ** e ***
etc.), ou bibliográfica. As notas de rodapé podem ser indicadas por respectivamente.
asteriscos (*) (quando não ultrapassa a três em cada página), por números
arábicos, contínuos da primeira à última página.
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Manual de elaboração de material didático impresso
Original
Material pronto para ser editorado. Este material pode ser um texto
manuscrito, datilografado, impresso ou em disquete, fotografia, desenho.
Página
Cada uma das faces da página de uma publicação.
Peistape
Montagem de textos e ilustrações numa página. Esta montagem é feita com
o auxílio de gabarito onde estão indicadas as áreas para a massa de texto,
ilustração, quadro, tabela, etc.
Projeto gráfico
Estudo sobre a apresentação gráfica do material a ser publicado, que resulta
num boneco. Supõe a prévia escolha de formato, tipologias, sistema de
composição, cores, formas de acabamento, etc.
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Manual de elaboração de material didático impresso
Quadro
Configurações de sínteses, fechada nos quatro lados, não admitindo
acréscimo de informação. Os quadros devem ser numerados (se for mais de
um) e titulados.
Configuração de um quadro.
Referência bibliográfica
Fonte bibliográfica consultada, no todo ou na parte, e usada pelo autor para
escrever sua obra. Geralmente a referência bibliográfica aparece em ordem
alfabética, no final de cada capítulo ou da obra.
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62 AA237-05
Manual de elaboração de material didático impresso
Capítulo de livro:
COLLARO, A.C. Princípios de diagramação. In:---. Projeto gráfico: teoria e
prática da diagramação. São Paulo, Summus, 1987. p. 13-27.
Revista:
INFORMÁTICA EXAME. São Paulo, Abril, 1986. Mensal.
Artigo de revista:
BOSISIO JÚNIOR, A. Editoração: normalização e vernaculidade. Boletim
técnico SENAC, Rio de Janeiro, v. 13, n. 2, p. 111-129, maio/ago. 1987.
Artigo de jornal:
MACHADO, P. C. Atendimento médico rural. O Estado de São Paulo, São
Paulo, 30 ago. 1971. Caderno B, p. 24.
Sumário
Enumeração de partes de capítulos e subcapítulos de uma obra, na ordem
de ocorrência no texto e com remissão de páginas. Normalmente aparece
antes da introdução. É parte essencial da obra. Cf. índice.
Tabela
Configuração de dados estatísticos. Na tabela é possível concentrar a Limite, quando
possível, as tabelas a
informação, economizar espaço e tempo. A tabela é aberta nos lados (o que uma única página.
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AA237-05
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Manual de elaboração de material didático impresso
Texto
Parte escrita em que se desenvolve o assunto da obra. Consta de três
elementos intimamente relacionados: introdução, corpo ou desenvolvimento
e conclusão. Deve entrar depois do sumário.
Tipologia
Conjunto de caracteres gráficos, utilizados numa publicação. A tipologia pode
ajudar ou atrapalhar
a leitura
Título
Palavra ou frase que indica resumidamente o assunto tratado e serve para
chamar a atenção do leitor para o texto. O tamanho do corpo e os espaços
entre títulos e o texto mostram a hierarquia dos assuntos na obra.
Evite:
• títulos com mais de três linhas;
• títulos centralizados com mais de duas linhas;
• títulos compridos em caixa alta.
Volume
Qualquer publicação impressa avulsa (completa em si) ou as unidades
físicas em que foi secionada uma obra de conteúdo extenso (enciclopédias,
dicionários).
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64 AA237-05
Manual de elaboração de material didático impresso
Q uestões gramaticais
Este capítulo esclarece, sob a forma dos verbetes, essas e outras questões
gramaticais. Os verbetes, em ordem alfabética, não se demoram nas
explicações. São objetivos e respondem rapidamente a dúvidas.
Abreviaturas
V. lista de abreviaturas.
A algum lugar
Com os verbos de movimento (ir, voltar, chegar, levar) use a algum
lugar: Foi à escola. Voltou à oficina para pegar outras ferramentas.
Chegou à cidade tarde da noite. Levou os filhos ao cinema.
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Manual de elaboração de material didático impresso
Acentuação
Em português, o acento tônico (sílaba mais forte) pode ocupar três posições,
recaindo na última sílaba (oxítona), na penúltima sílaba (paroxítona) ou na
antepenúltima sílaba (proparoxítona). O acento gráfico (sinal) sempre recai
na sílaba tônica mas nem sempre a sílaba tônica recebe acento gráfico. As
regras a seguir mostram em que situações usa-se o acento gráfico.
Paroxítonas – acentuam-se
• todas as paroxítonas terminadas em: i(s), l, us, ão, n, ã, ps, r, x, um: lápis,
horrível, vênus, benção, hífen, imã, bíceps, revólver, tórax, álbum.
• os ditongos ói, éi: jóia, idéia.
• i e u quando formam hiato com vogal anterior e estão sozinhos na sílaba
ou acompanhados de s: raízes, saída, saúde, faísca, ruína, heroína,
balaústre. Exceção se faz quando a sílaba seguinte começar por nh:
rainha, tainha, bainha.
• As flexões verbais terminadas em êem, ôo: crêem, lêem, dêem, vêem (3ª
pessoa do plural), vôo, enjôo (1ª pessoa do singular).
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Manual de elaboração de material didático impresso
Acerca de
Significa sobre, a respeito: O professor discorreu acerca de metais e suas
ligas. V. cerca de e há cerca de.
À custa de
E não às custas de: Conseguiu se formar à custa de muito esforço.
Adentro
Palavra invariável: noites adentro.
Afim/a fim de
Afim significa semelhante: Idéias afins.
Alguém
Use em frase afirmativas ou interrogativas: Alguém está lhe chamando. Há
alguém aí? V. ninguém.
Algum
Antes do substantivo, significa um certo, um qualquer: Toda redação supõe
algum conhecimento de gramática. Depois do substantivo e precedido de
negativa, algum significa nenhum: não possuía conhecimento algum de
gramática. V. nenhum.
Alternativa
Alter em latim significa outra, assim observe as construções das frases: Ele
não tinha outra saída (e não outra alternativa). Ele tinha uma única opção. (e
não uma única alternativa). Assinale as frases corretas (e não as alternativas
corretas).
Alto-forno
Com hífen: O ferro-gusa é obtido no alto-forno.
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Manual de elaboração de material didático impresso
A meu ver
E não ao meu ver: A meu ver, esta situação pode ser mudada.
Amoral/imoral
Amoral é indiferente à moral: Viveu sempre isolado, sem conhecer regras
sociais, era um amoral.
A moral/o moral
A moral são regras de conduta válidas, quer para toda sociedade, quer para
grupo ou pessoa determinada: Sua atitude foi contrária à moral cristã. A moral
é também a conclusão que se tira de um fato ou obra: Afinal, ficamos sem
saber a moral da história.
Anexado
Use anexado tanto com ter e haver como com ser e estar: Tinha anexado os
documentos à carta. Os documentos estavam anexados à carta.
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Manual de elaboração de material didático impresso
Anexo
Use como adjetivo e não como advérbio: A peça anexa à máquina estava Não use: Em anexo
envio a carta.
com defeito. Assim, são incorretas as formas em anexo envio a carta, Use: envio a carta
anexa.
anexo envio a carta.
Ante o/a
Use ante o, ante a (e não ante ao, ante à): Desanimou ante ao resultado.
A partir de
Significa a começar de: As matrículas poderão ser feitas a partir da próxima Não use a partir de
com o verbo
semana. Não use a partir de com o verbo começar, use: O torneio começará começar.
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Manual de elaboração de material didático impresso
Aquele
Refere-se a pessoa ou coisa distante de quem fala e de quem houve: Pegue,
por favor, aquela ferramenta. Refere-se também, a um tempo passado:
Aqueles dias nos deixaram saudade. Refere-se, ainda, ao termo mais
distante: Estudou Física e Matemática; nesta, teve poucas dificuldades e,
naquela (em + aquela), nenhuma. V. Esse e Este.
Aspas
Usam-se: Nas obras impressas,
podem-se substituir,
• Para indicar uma citação textual: Targino (1986) escreveu: “Numa citação em alguns casos, as
aspas por itálico.
aspeada e que engloba mais de um parágrafo, colocam-se aspas no
início de cada parágrafo, que são fechadas no final da transcrição."
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70 AA237-05
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Assistir
No sentido de presenciar ou ter direito pede a preposição a: Assisti ao
filme. Os alunos assistiram à aula ontem. Assistia aos alunos todo o direito
de reclamar. – No sentido de prestar assistência, não pede nenhuma
preposição: O médico assistiu o doente.
Atender
Pode ser empregado como transitivo direto (não pede preposição) ou como
transitivo indireto (pede preposição), indiferente ao fato de o objeto ser coisa
ou pessoa: Atendeu ao telefone. Não atendia súplicas. Atendeu ao paciente.
Não atendeu o filho.
Até o
Até é preposição. Não a use seguida de outra preposição (para, a, em, com,
de). Use até o, até a: O metal deve ser aquecido até o limite máximo. Até as
oito horas.
Atingir
Não pede preposição: A temperatura obtida nesse processo atinge o ponto
de fusão.
À-toa/à toa
À-toa é sem valor: Preocupou-se com um problema à-toa.
Através de
Através de equivale a por dentro de, de um lado a outro, ao longo de: O Não use através de
no lugar de
líquido passa através da tubulação. A claridade passa por através da janela. por meio de,
por intermédio de.
Audio
Prefixo que se liga sem hífen à palavra seguinte: audiovisual, audiometria,
audiofreqüência.
À uma hora
Uma, neste caso, está indicando hora, por isso o a recebe crase: A aula tem
início à uma hora. V. crase.
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AA237-05
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Manual de elaboração de material didático impresso
À vista de
E não às vistas de: A peça deve ficar no balcão, à vista de todos.
Barato
Não use preço barato. O preço é alto ou baixo. Como adjetivo, a palavra
varia: A oficina só tem ferramentas baratas. Como advérbio, não varia: As
máquinas foram vendidas barato.
Basta
Concorda com o sujeito: Para projetar um molde, bastam alguns critérios
baseados nas características do produto.
Bastante
Como advérbio significa muito, suficientemente e não varia: Os Bastante não pode
ser usado como
lubrificadores por névoa são bastante eficientes. – Como adjetivo é variável e pronome indefinido,
portanto não use
significa suficiente, que basta: Dois homens são bastantes para operar um bastante no sentido
de muitos: Foram
guindaste. inauguradas muitas (e
não bastantes)
escolas este ano.
Beneficência
E não beneficiência.
Beneficente
E não beneficiente.
Bimensal/bimestral
Bimensal é o que acontece duas vezes por mês: pagamento bimensal.
Bochincho
E não bochicho ou buxixo.
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72 AA237-05
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Cerca de
Equivale a aproximadamente: Cerca de cinco pessoas não foram à
comemoração.
Cessão
V. sessão/cessão.
Champanhe
Sempre no masculino: O champanhe estava muito gelado.
Chão
Como adjetivo admite feminino, chã: arquitetura chã, idéias chãs, palavras
chãs, linguagem chã.
Chassi
Singular. Plural: chassis.
Chegar a
Chega-se a algum lugar e não em algum lugar: Devemos chegar a Bento
Quirino ao anoitecer. – Do mesmo modo, chegada a e não chegada em: A
chegada a Belo Horizonte foi tumultuada. – Apenas nas locuções de tempo
se chega em: Chegará em um quarto de hora.
Coleção
Vai para o plural apenas o objeto da coleção: coleção de borboletas, coleção
de quadros, coleção de carros.
Começar
Antes de infinitivo, use começar a: O vereador começou a cochilar. Ele
começou a pintar outro quadro.
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AA237-05
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Comemoração
Use sempre em comemoração de: Discursou em comemoração do
aniversário de morte da poeta.
Comentar
Alguém comenta alguma coisa, mas não comenta sobre alguma coisa:
Todos comentaram as peripécias do vereador.
Concertar/consertar
Concertar significa ajustar, conciliar: concertar opiniões conflitantes,
concertar posições díspares.
Concerto/conserto
Concerto indica um espetáculo de música ou um acordo: concerto da
sinfônica, concerto das nações, concerto de vozes, concerto de louvores.
Concordância nominal
É a concordância do artigo, numeral, pronome, adjetivo com o
substantivo. As normas de concordância válidas para o adjetivo
aplicam-se também aos outros elementos:
• O adjetivo concorda com o substantivo em gênero e número:
cadeiras pequenas, vela acesa, livro caro.
• O adjetivo vai para o plural masculino quando um dos
substantivos for masculino: meninos e meninas travessos,
homens e mulheres subnutridos.
• O adjetivo colocado antes de dois ou mais substantivos pode concordar
com o substantivo mais próximo: lenta fala e gesto, excelente trabalho e
atitudes.
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Concordância verbal
O verbo concorda com o sujeito em número e em pessoa: vendem-se casas, Os verbos fazer e
haver quando indicam
o cão voltou, o menino sorriu. tempo passado não
se flexionam: Faz dois
anos que ele voltou a
estudar. Havia dez
Casos especiais de concordância verbal: anos que não se viam
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Confraternizar
Sem pronome: Confraternizou com os alunos no final do ano (e não
confraternizou-se...).
Contendo/com
Não use contendo no lugar de com: Ganhou uma coleção com (e não
contendo) cinco fascículos. Danificou um molde com (e não contendo) duas
cavidades.
Continuar
Continue. V. ue, ui.
Cor
Os nomes de cor sofrem flexões de gênero e número de acordo com
algumas regras:
Adjetivo simples:
• Quando o nome da cor for um adjetivo, ele flexiona-se: olhos azuis,
sapatos marrons, nuvens amarelas.
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Adjetivos compostos:
• Adjetivo + adjetivo – somente o segundo varia: olhos verde-claros,
bandeiras verde-amarelas, garrafas azul-escuras.
• Adjetivo + substantivo (ou vice-versa) – o composto não varia: camisas
amarelo-canário, blusas rosa-claro, carros verde-abacate, caixotes azul-
turquesa, olhos verde-mar.
Casos especiais:
• Azul-marinho e azul-celeste são invariáveis: calças azul-marinho, cortinas
azul-celeste.
Cozer/coser
Cozer é cozinhar.
Coser é costurar.
Crase
É a contratação da preposição a com o artigo feminino a: Ele jamais voltará à Para verificar se há
crase, mude a palavra
(a preposição + a artigo) cena do crime. Assim, não existe crase antes de feminina por uma
masculina. Se no
palavra masculina: Na fazenda, sempre andam a cavalo. lugar de a aparecer
ao, há crase.
Existe crase:
• no caso de nomes geográficos ou de lugar, quando substituindo o a por
para, aparecer para a: Foi à Inglaterra (para a Inglaterra). Foi a Jundiaí
(para Jundiaí); ou usando a forma voltar de, se o de se transformar em
da: Chegou à Argélia (voltou da Argélia).
• nas formas àquela, àquele, àquilo, quando substituídas por essa, esse,
isso, apareçam antecedidas de preposição: O novo promotor chegou
àquela (a essa) cidade.
• nas indicações de horas, desde que especificadas: Partiu às dez horas.
• nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas tais como: às
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Dali/daqui
Use sempre com a: Dali a dois quilômetros. Daqui a cinco semanas.
De
Use para definir o material de que alguma coisa é feita: parafuso de (e não
em) alumínio, mesa de (e não em) madeira, telhado de palha.
De...a
Use de...a e não de...e em frases como: O aço de baixo teor de ligas possui
um teor de carbono de 0,8% a 1,7%. O ferro-gusa possui um peso específico
7,0kg/dm3 a 7,5kg/dm3. V. de...com e entre...e.
De até/em até
Use apenas até: O material terá seu tamanho reduzido até cinco vezes. O
fluído de corte aumenta até 10% a durabilidade da ferramenta.
De...com
Use de...com e não entre...com em frases como: A liga de
alumínio com cobre pode ser submetida a um tratamento especial
de têmpera.
Demais/de mais
Demais equivale a muito, além disso, restantes: Comeu demais.
Não pôde comparecer à confraternização; demais nunca gostara de
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Dentre/entre
Dentre significa do meio de: Dentre a multidão, saiu uma criança correndo.
O bombeiro surgiu dentre a fumaça.
Nos demais casos o correto é entre: Entre os alunos, não houve consenso.
Dentro de
Use dentro de apenas como equivalente a no interior de, no íntimo de, no
espaço de: Guardava os documentos dentro da gaveta. Havia, ainda, muita
mágoa dentro de mim. O livro será impresso dentro de alguns dias. – Não
use com outros sentidos: Dentro da filosofia da empresa, esse procedimento
é inadequado. (Prefira: De acordo com a filosofia da empresa...).
Descarrilar
E não descarrilhar.
Descrição/discrição
Descrição é exposição, narração: Descreveu a viagem com detalhes. Descrição relaciona-
se a descrever.
Discrição, a discreto.
Descriminar/discriminar
Descriminar é absolver de crime: O júri descriminou o réu.
Desmistificar/desmitificar
Desmistificar equivale a desmascarar: O escândalo causado pela
corrupção desmestificou o presidente.
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Despensa/dispensa
Despensa é lugar onde se estocam alimentos: O menino armou
uma ratoeira na despensa.
Despercebido/desapercebido
Despercebido é o que não é notado: Passou despercebido pelos
guardas.
Devido a
Quando funciona como locução prepositiva é invariável e significa por causa
de, em virtude de: As lojas foram fechadas devido à passeata. – Quando
funciona como predicativo é variável e equivale a causado por, decorrente
de: Os acidentes foram devidos à falta de sinalização.
Dia-a-dia/dia a dia
Com hífen, é substantivo e aceita artigo: O dia-a-dia ajuda-nos a
conhecer as pessoas.
Dignar-se
Usa-se dignar-se ou dignar-se de (e não dignar-se a): Não se dignou
convidá-lo a entrar. Não se dignou de convidá-lo a entrar.
Dinamite
Não faz plural.
Dó
É sempre masculino quer referindo-se ao sentimento de compaixão Dó, quando equivale a
compaixão, é
quer referindo-se à nota musical: Sentiu muito dó de si mesmo. substantivo
masculino.
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Do que
Nas comparações use do que ou simplesmente que: Gosta mais de
eletrônica do que de mecânica. Gosta mais de música clássica que música
popular.
Em
Não use para definir o material de que uma coisa é feita. V. de.
Embora
Não deve preceder verbos no gerúndio: Embora seja (e não sendo) o
objetivo da lubrificação reduzir o atrito, sua finalidade última é reduzir o
desgaste.
Em cima/embaixo
Em cima é uma locução (duas palavras).
Em cores
O correto é em cores e não a cores: televisão em cores, desenho em cores.
– Não use em antes de nome de cor: detalhes azuis (e não em azul).
Em face de
Use em face de e não face de. Em face de significa ante ou em virtude de:
O que o salvou, em face do perigo, foi sua calma. Em face do vazamento de
óleo, o compressor foi desligado.
Emergir/imergir
Emergir é vir à tona: A peça emergiu assim que foi colocado o
líquido no tanque.
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Manual de elaboração de material didático impresso
Em se tratando
Não use em mais gerúndio. Prefira a forma: tratando-se de. V. gerúndio.
Emigrar/imigrar
Emigrar é sair de um país para viver em outro: Centenas de
brasileiros emigraram para o Chile.
Eminente/iminente
Eminente é elevado, ilustre: morro eminente, escritor eminente.
Em via de
E não em vias de: Já estava em via de conseguir sua promoção.
E nem
Use e nem quando não há negativa anterior: Lia muito todas as tardes e nem
percebia quando já havia anoitecido. – Quando houver negativa anterior, use
somente nem: Não comia verduras nem legumes.
Enquanto
Use enquanto e não enquanto que: Alguns alunos podem estudar na
oficina, enquanto os outros alunos estudam na sala de aula.
Ensinar
O verbo ensinar, quando forma locução com outro verbo no infinitivo, exige a
preposição a: O tempo ensina a ver o mundo de forma diferente. V. gerúndio.
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Manual de elaboração de material didático impresso
Entre...e
Use entre...e e não entre...a, em frases como: Os aços ao cromo possuem
um teor de carbono entre 0,08% e 0,25%. O aço ao carbono possui uma
resistência a tração entre 320N/mm2e 840N/mm2. V. de...a.
Usa-se entre eles como complemento verbal: O assunto foi discutido entre
eles.
É proibido
É invariável quando o sujeito for indeterminado: É proibido entrada. – É
variável quando o sujeito for determinado por artigo, adjetivo, pronome: É
proibida a entrada. – A regra é válida para outras locuções semelhantes: é
necessário, é bom, é feio.
É que
É uma locução expletiva pois pode ser suprimida da frase sem comprometer
a clareza nem a construção: Ele (é que) deve fazer isso.
Esse
Refere-se a pessoa ou coisa um pouco afastada de quem fala ou próxima do Esse remete-nos a
fato já mencionado no
interlocutor: A pasta é essa que está ao seu lado. – Remete a pessoa ou texto.
Este remete-nos a
coisa já mencionada uma vez: Assim, para esses tipos de tratamentos já fato que ainda não foi
mencionado no texto.
mencionados, a temperatura a ser atingida estará no campo austenítico. --
Refere-se a alguma coisa que já passou: Estudem, em casa, essa lição que
vimos hoje, pois retomaremos esse assunto na próxima aula. V. este e
aquele.
Este
Refere-se a pessoa ou coisa próxima de quem fala: Esta revista é minha. –
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Etc.
Use vírgula antes de etc. conforme o Acordo Ortográfico em vigor: Os
tratamentos térmicos dos aços podem corrigir defeitos causados por:
laminação, forjamento, fundição, etc.
Face de
Não existe. V. em face de.
Faltar
Ao contrário de outros, esse verbo vai para o plural também quando indica
tempo: Faltam três horas para o início do próximo turno de trabalho. – Faltar
não varia quando ligado a um infinitivo: Falta fazer com que as partículas
sólidas sejam retidas pelo filtro.
Fazer
V. concordância verbal.
Ferro-gusa
Com hífen.
Fim de semana
Sem hífen.
Flagrante/fragrante
Flagrante é evidente, é ato surpreendido no momento em que é
praticado: Foi pego em flagrante.
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casais de namorados.
Fluido (úi)/fluído
Fluido pode ser substantivo ou adjetivo: O fluido (substantivo) passa através Seu estilo de escrever
era corrente, límpido,
do duto principal. Um óleo fluido (adjetivo) é um óleo pouco espesso. fluido (adjetivo).
Fluído é o particípio do verbo fluir e deve ser usado com os verbos ter e
haver: O prazo já havia fluído. O trânsito tem fluído com regularidade.
Fluir/fruir
Fluir equivale a proceder, correr, manar: O líquido fluía da parede
de pedra.
Forma/fôrma
O acento diferencial nesse caso foi abolido pela lei 5765, de 18/12/1971.
Portanto, só existe uma grafia para as duas palavras: forma.
Fortuito
Sem acento. Pronuncia-se fort(úi)to.
Frente a
Não existe. Substitua por em frente de, diante de, ante, perante, defronte
de: Continuava imóvel diante do prédio. Ante a nova situação, não soube
como reagir.
Gasto/gastado
Gasto pode ser usado com ser, estar, ter e haver: O eixo da
manivela estava gasto.
Gastado deve ser usado com ter e haver: Tinha gastado seu último tostão.
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Geminado/germinado
Geminado é ligado: Sobrados geminados.
Gerúndio
É uma das formas nominais do verbo e possui a desinência ndo: estudando,
trabalhando, lendo, rindo, brincando, vivendo. – As outras formas nominais
do verbo são o infinitivo (estudar) e particípio (estudado).
Gostar
Exige a preposição de, gostar de: As pessoas gostam de atenção. Este é o
esporte que os alunos mais gostam.
Grama
No masculino para indicar unidade de peso: O grama da platina teve seu
preço aumentado. – No feminino para indicar mato: A grama do jardim está
alta.
Gratuito
Sem acento. Pronuncia-se grat(úi)to.
Grosso modo
Dessa forma e não a grosso modo.
Há/a
Há pressupõe passado: Os barcos partiram há (faz) dias.
Há/atrás
Há dispensa o uso de atrás quando se refere a tempo: Há quinze anos
(atrás) ele deixou Ribeirão Preto.
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AA237-05
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Há cerca de
Equivale a faz aproximadamente: Eles se mudaram há cerca de dois anos.
V. acerca de e cerca de.
Haja vista
Invariável: Haverá uma campanha para reduzir os gastos com energia; haja
vista o alto consumo dos últimos meses.
Há tempo/a tempo
O há de há tempo pode ser substituído por faz ou existe: O padre
chegou há (faz) tempo. Há (existe) tempo de ficar calado.
Em a tempo, o a pode ser substituído por uma preposição, mas nunca por
faz: Não chegou a (com) tempo de ver o espetáculo.
Haver
V. concordância.
Hífen
Os prefixos, algumas vezes, unem-se com hífens a palavras iniciadas por
vogal, h, r, s. A seguir é apresentada uma relação de prefixos que orienta
esse uso.
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88 AA237-05
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Prefixos vogal h r s
auto contra extra1 infra intra neo
proto pseudo semi supra ultra
ante anti arqui sobre
hiper inter super
ab ad ob sob sub2
circum com mal pan
entre mini
com hífen
1
não se grafa com hífen: extraordinário.
2
prefixo sub exige hífen também diante de palavras iniciadas por b.
História/estória
Use história.
Hora extra
Sem hífen.
Imergir
V. emergir.
Imigrar
V. emigrar.
Iminente
V. eminente.
Imoral
V. amoral/imoral.
Implicar
Quando equivale a causar, acarretar, envolver é transitivo direto (não pede Implicar, no seu uso
mais comum, não
preposição): Uma obra desse porte implica meses de trabalho. – Implicar pede a preposição
em: Um estudo
pode ser regido pela preposição em quando for pronominal e equivaler a profundo desse tema
implica muito trabalho.
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AA237-05
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Incipiente/insipiente
Incipiente é principiante: Erros desse tipo só podem ser de
administração incipiente.
Inclusive
Opõe-se a exclusive: Todos foram convidados, inclusive ele. – Não use
inclusive como sinônimo de até, até mesmo, ainda, o próprio, além de, a
ponto de: Gostou da obra do pintor a ponto de convidá-lo a participar de
uma exposição (e não inclusive convidou-o a...).
Independentemente/independente
É o advérbio independentemente, e não o adjetivo independente, que se
deve usar sempre que a palavra puder ser substituída por sem levar em
conta, sem contar com, à parte ou equivalente: Seu esforço,
independentemente (e não independente) de ações externas, é o que poderá
lhe ajudar.
Infligir/infringir
Infligir significa aplicar castigo, repreensão, pena: A vida lhe infligiu
castigo merecido pelo seu crime.
Intercessão/interseção
Intercessão equivale a intervenção: Todos esperavam a intercessão
da diretoria em favor dos professores.
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90 AA237-05
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Intervir
Conjuga-se com o verbo vir. V. vir.
Ir a/ir para
Ir a indica transitoriedade (ir e voltar logo): Vamos a Curitiba no sábado e Ir a Curitiba é
diferente de ir para
voltaremos no domingo. Curitiba.
Ir melhor/ir pior
Melhor e pior, quando precedidos do verbo ir, não se flexionam: Com o novo
plano, os negócios vão melhor que no ano passado.
Irrequieto
E não irriquieto.
Já
Use já e não mais como advérbio de tempo: Ele já não é o representante
dos trabalhadores (e não ele não é mais...).
Junto
Como adjetivo, varia com o substantivo: Os gatos estavam juntos num canto. A palavra junto ora
flexiona-se ora não se
– Fica invariável como advérbio: Envio junto a página do jornal. – Enquanto flexiona dependendo
de sua função na
locução (junto a, junto de, junto com), não varia: As fábricas ficavam junto do frase: As ferramentas
estavam juntas sobre
rio. Foram à praça junto com os primos. a mesa. As salas de
leitura ficavam junto
da biblioteca.
Junto a
Significa adido e só deve ser usado nesse sentido: embaixador junto à Itália.
– Assim, não use junto a nestes casos: Fazia negócios ilícitos com a
prefeitura (e não junto a prefeitura).
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Justo agora
Evite. Use justamente agora, logo agora.
Latinismos
Segue-se uma relação de palavras latinas de uso corrente, algumas com a
forma aportuguesada entre parênteses.
Latinório ocorre quando
A posteriori.......................... julgar pela experiência. expressões latinas são
mal usadas ou
A priori................................. julgar anteriormente à experiência. aplicadas fora de
propósito. Latinismo é o
Caput................................... parágrafo, capítulo. bom uso dessas
expressões. Mesmo
Data venia........................... forma de cortesia com que se começa uma assim, o latinismo deve
ser evitado em material
argumentação para discordar do interlocutor. didático.
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92 AA237-05
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Lembrar
É transitivo direto (não pede preposição): Lembrei o sonho. – É transitivo
direto e indireto: O advogado lembrou o réu do compromisso. – É transitivo
indireto quando pronominal (lembrar-se): Lembrou-se do sonho.
Lhe (s)
Substitui a ele(s), a você(s) e funciona como objeto indireto: Rogo-lhe (a ele,
a você) que venha depressa. – Não use lhe quando o verbo pede objeto
direto: Não o vi (e não Não lhe vi). – Alguns verbos não admitem a forma lhe
como objeto indireto: assistir a ele (ao filme), aspirar a ela (à reeleição),
presidir a ela (à reunião), recorrer a ele (ao empréstimo).
Limite
Use hífen para ligar limite a outro substantivo: condição-limite, situações-
limite.
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Limpo/limpado
Com os verbos ser e estar use limpo: O tapete do carro não era
(estava) limpo.
Com os verbos ter e haver use limpado: O homem já havia (tinha) limpado a
rua.
Lista de abreviaturas
Segue-se uma relação de abreviaturas de uso corrente.
A ampère kV quilovolt
A. autor kW quilowatt Evite o uso de
abreviaturas no texto
AA autores kWh quilowatt-hora corrido, elas podem
Ae ampère-espira K Kelvin dificultar o
bibl. biblioteca l litro entendimento.
bibliogr. bibliografia lb libra
biogr. biografia m metro
C capacitância M torque nominal ou conjunto ou
C comprimento momento
CA corrente alternada m/mim metro por minuto
cap. capítulo m/s metro por segundo
2
CC corrente contínua m metro quadrado
3
cd candela m metro cúbico
cg centigrama mg miligrama
cl centilitro MHz megahertz
cm centímetro min minuto
cm/s centímetro por segundo ml mililitro
2
cm centímetro quadrado mm milímetro
3 2
cm centímetro cúbico mm milímetro quadrado
3
cv cavalo-vapor mm milímetro cúbico
d densidade mV milivolt
d deslocamento N newton
d distância N.m newton metro
D diâmetro P potência
dg decigrama p. página(s)
Emáx tensão máxima p. ex. por exemplo
ex. exemplo pol polegada
F força pp. páginas
f freqüência Pp potência de perdas
f.c.em força contra-eletromotriz pps polegada por segundo
f. em força eletromotriz Pr potência reativa
g grama r rotação
h hora rpm rotação por minuto
HP horse-power rps rotação por segundo
hl hectolitro s segundo
Hz hertz sd. ou s.d. sem data
Imáx corrente máxima SI Sistema Internacional de
J joule Unidades
J/s joule por segundo t tempo
kA quiloampère T trabalho
kg quilograma V volt
kgf quilograma-força vs versus (contra)
kgf. m quilogrâmetro w watt
kgf.m/s quilogrâmetro por segundo W watt internacional
kHz quilohertz ºC grau centígrado ou Celsius
km quilômetro ºF grau farenheit
km/h quilômetro por hora
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94 AA237-05
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Macro
Prefixo que se liga sem hífen à palavra seguinte: macroanálise,
macroeconomia, macrossistema.
Maior/menor
Tanto maior quanto menor são formas comparativas ou superlativas de Não escreva frases
como: O dispositivo é
adjetivação: Esta casa é maior que a sua (grau comparativo). – Sua casa é maior. Afinal, maior
em relação a quê?
a menor do bairro (grau superlativo).
Mais de
O verbo concorda com o complemento de mais de: Mais de 20 litros caem
no recipiente. Mais de uma peça saiu com defeito. – Essa regra também se
aplica a menos de.
Maiúsculas e minúsculas
Use maiúsculas:
• no início de período;
• nos substantivos próprios;
• nas unidades de medidas que recebem nomes de pessoas:
Celsius, Joule;
• nas datas oficiais e nomes de fatos históricos e importantes, de atos
solenes e de grandes empreendimentos públicos: Sete de Setembro,
Guerra do Paraguai, Proclamação da República;
• nos nomes dos corpos celestes: Sol, Lua, Saturno, Júpiter;
• nos títulos de livros, jornais, revistas, artigos e produções artísticas,
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AA237-05
95
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Use minúsculas:
• para designar as estações do ano, os meses, e os dias da semana;
• na designação das profissões e dos ocupantes de cargo: presidente,
ministro, prefeito, rainha, princesa, diretor, advogado, professor. – No
entanto, as instituições vão em maiúsculas: Presidência da República;
• na designação de festas profanas: carnaval;
• nos compostos em que o nome próprio se torna parte integrante
em um substantivo comum: castanha-do-pará;
• nos nomes próprios que se tornaram sinônimos de outros comuns: Era o
cristo da escola;
• nos adjetivos pátrios e gentílicos e nos nomes de tribos indígenas:
japoneses, gregos, xavantes.
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96 AA237-05
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Mal/mau
Mal é advérbio e se opõe-se a bem: Ele estava muito mal ontem (bem).
Mau é adjetivo e opõe-se a bom: Ele estava de mau humor (bom humor).
Mal-estar
Com hífen.
Malfeito
Sem hífen.
Mandado/mandato
Mandado é ordem judicial: Invadiu a casa dizendo que tinha um mandado do
juiz.
Máquina-ferramenta
Plural: máquinas-ferramentas.
Marcha à ré
Com crase.
Mas...no entanto
Não use mas e no entanto na mesma frase pois têm sentido igual: Estudou
muito mas (ou no entanto) não conseguiu a aprovação no exame final.
Matiz
Palavra masculina: o matiz.
Meio
Como numeral é variável, concorda com o substantivo e significa a metade: Use meio-dia e meia,
meia-noite e meia.
Ele usou meia lata de óleo. – Como advérbio, é invariável e significa um
pouco, mais ou menos: A situação ficou meio confusa.
Melhor
V. mais bem... e mais bom...
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AA237-05
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Menos
Menos não se flexiona, quer funcione como advérbio quer funcione como
pronome adjetivo: Mais amor, menos confiança.
Mesmo
Como pronome demonstrativo, flexiona-se normalmente concordando com o
substantivo ou o pronome pessoal: Eles mesmos arrumaram a sala. –
Como advérbio, permanece invariável: Ela não quer vir mesmo.
Metade de
V. concordância.
Muito
Como pronome indefinido, flexiona-se concordando com o substantivo:
Muitas pessoas compareceram à palestra. Trouxe muitas boas novas. –
Quando advérbio, fica invariável: A maioria dos alunos estuda muito.
Muito obrigado(a)
Homem deve dizer muito obrigado. Mulher deve dizer muito obrigada.
Mim/eu
Quando o pronome não for sujeito do verbo, usa-se mim: Esse livro
é para mim. Entre mim e ela, criou-se a amizade.
Quando o pronome for sujeito do verbo, usa-se eu: Esse livro é para eu ler.
Nada
Quando o pronome indefinido nada vem depois do verbo, pede outra Não use frases como:
Fizeram nada naquele
negativa: Não fizeram nada naquele dia. – Quando vem antes, dispensa dia. Comeram nada
durante horas.
outra negativa: Nada fizeram naquele dia.
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98 AA237-05
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Não
Liga-se com hífen ao termo seguinte quando forma uma palavra de sentido
completo: não-metal, não-aliado, não-ferroso.
Nenhum
Vem, normalmente, antes do substantivo precedido por uma negativa: Não
havia nenhum problema com aquele material. – Quando vem depois do
substantivo, dá ênfase à negativa: Não havia problema nenhum com aquele
material. – Quando estiver precedido de negativa, usa-se nenhum e não
qualquer: Não havia nenhum (e não qualquer) problema com aquele
material.
Nenhum/nem um
Nenhum é o contrário de algum: Nenhum ponto de parada refere-se a uma
mudança da estrutura cristalina do ferro. (Em oposição a: Alguns pontos de
paradas referem-se a uma mudança da estrutura cristalina do ferro.).
Nem um equivale a nem sequer um: Não deixe que a temperatura aumente
nem um grau a mais do recomendado.
Ninguém
Pode combinar-se com não, jamais, nunca, nem, sem: Não falou com
ninguém. Ninguém jamais falou com ele. Saiu sem falar com ninguém.
Nomes de cor
V. cores.
Números
Segue-se uma orientação de uso corrente:
• De um a dez, escreva os números por extenso (um menino, dois
parafusos, três arruelas); a partir de 11, inclusive, em algarismos (11
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AA237-05
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Obedecer/desobedecer
São transitivos indiretos e pedem a preposição a: Agia por conta própria e
nunca obedecia aos pais. Desobedeceu a todas as regras. – Embora
indireto, admite a voz passiva: Apesar de tudo, foram obedecidas as leis.
Obrigado
Como forma de cortesia, flexiona-se em gênero e número: muito obrigadas
pela gentileza (mulheres). – Como substantivo, fica apenas no masculino e
no singular: o meu obrigado, o nosso obrigado.
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100 AA237-05
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Óculos
Não se flexiona quando se refere às lentes usadas na frente dos olhos,
permanecendo sempre no plural: Meus óculos estão quebrados. – No
singular óculo designa instrumento de ótica: binóculo, microscópio,
telescópio, periscópio.
Onde
Significa em que lugar: Mora ainda na casa onde (ou em que) nasceu. – Onde indica
permanência: Onde
Entretanto, onde e em que só se equivalem quando se referem a lugar está meu livro?
Aonde indica
físico. Em outros casos, somente em que deve ser usado: Distribuiu movimento: Aonde
nos leva esta
memorando em que (e não onde) expunha sua opinião. estrada?
Óptico/ótico/ótica
Óptico é relativo à visão e ótico é relativo ao ouvido.
Quanto a ótica, pode-se usar tanto como referência ao estado da luz quanto
como definir ponto de vista: A Ótica é uma parte da Física. A minha ótica é
diferente da sua.
O qual
Use o qual para evitar ambigüidade ou quando o pronome relativo está
afastado do antecedente. Observe: A borracha do canal circular, que sofre
muitas pressões durante o trabalho, pode-se danificar (não se sabe se a
borracha ou o canal sofre muitas pressões). A borracha do canal circular, a
qual sofre muitas pressões durante o trabalho, pode-se danificar.
Otimização/otimizar
Não use. Prefira: desempenho ótimo, tornar ótimo, tornar o melhor possível.
Ou
Quando indicar exclusão, alternância ou sinonímia, o verbo fica no singular:
Pedro ou Paulo conseguirá a vaga. O azoto, ou nitrogênio, é gasoso, incolor,
inodoro, e pouco ativo. – Quando a ação cabe a todos os sujeitos, o verbo
vai para o plural: O óleo de mamona ou óleo de baleia são óleo graxos.
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AA237-05
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Padrão
Liga-se sem hífen a outro substantivo: preço padrão, tipo padrão, desconto
padrão, desvios padrão.
Pago/pagado
Pago, particípio irregular de pagar, pode ser usado tanto com ser e estar A locução tinha
pagado, embora
como com ter e haver: A despesa já foi paga. Ele já havia pago a despesa. correta, está em
desuso.
Para1
Como prefixo significa semelhante, proximidade, elemento acessório e se
liga sem hífen ao elemento seguinte: paramédico, parapsicologia,
parassíntese, paraestatal.
Pára2
Como prefixo, significa que protege contra, quem apara. Liga-se com hífen
ao elemento seguinte: pára-brisa, pára-choque, pára-lama, pára-quedas,
pára-raios.
Pára3
Como forma verbal, corresponde à 3a pessoa do singular do presente do
indicativo do verbo parar: Ele pára. – O acento agudo foi mantido em pára
(verbo) para diferenciá-lo de para (preposição): Ela pára (verbo) sempre no
mesmo lugar, olha para (preposição) todos os lados e só depois segue em
frente.
Para as
A preposição para mais o artigo definido as dispensam a crase: A reunião foi
adiada para as 14 horas.
Para eu fazer
V. mim/eu
Particípio duplo
O particípio duplo ocorre quando um verbo tem a forma regular e a irregular:
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102 AA237-05
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Pedir1
O verbo pedir é transitivo direto e não exige preposição: Pediu um favor.
Pediu que os alunos permanecessem na sala mais dez minutos (e não pediu
para que os alunos permanecessem). – Quando, porém, depois do verbo
pedir subentende-se a palavra permissão, a preposição para é solicitada:
Pediu para sair (Pediu permissão para sair.).
Pedir2
Presente do indicativo: peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem. Presente
do subjuntivo: peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam. Imperativo
afirmativo: pede tu, peça você, peçamos nós, pedi vós, peçam vocês.
Imperativo negativo: não peças tu, ... não peçais vós, não peçam eles. (Os
demais tempos são regulares.).
Pegado/pego
Use pegado (forma regular) com os verbos ter e haver e pego (forma
irregular) com ser e estar: Já tínhamos pegado todo o material necessário.
Ele foi pego de surpresa. V. particípio duplo.
Perante
Perante é preposição. Logo, não a use seguida de outra preposição: Mudou
de idéia perante o diretor. Perante aquela gente toda, não sabia o que fazer.
Persuadir
Conforme o sentido que é empregado, sofre algumas mudanças na regência.
Assim, quando significa induzir a aceitar, sua regência é persuadir alguém a
alguma coisa: É preciso persuadi-lo destas verdades. – Quando significa
instigar, sua regência é persuadir alguém a alguma coisa: Quero persuadi-lo
a ir amanhã.
Pleito/preito
Pleito pode referir-se a eleição ou a demanda: pleito de novembro, pleito
judicial.
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AA237-05
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Plural
São apresentadas a seguir algumas regras de formação de plural:
• Nos adjetivos compostos, somente o último elemento vai para o plural:
Estudos histórico-geográficos, acordos luso-brasileiros.
Exceção: surdo-mudo (os dois elementos são flexionados).
• Nas letras, flexionam-se: Está na hora de colocar os pingos nos is. Falou
sem pestanejar com todos os efes-e-erres.
Exceção: xis não varia.
• Nas locuções, ligadas por de, o segundo elemento fica no singular,
quando se tratar de matéria contínua: aros de metal, tubos de borracha. –
O segundo elemento vai para o plural se a palavra indicar variedades,
unidades, indivíduos: caixas de ferramentas, exposições de fotografias. –
Fica no singular o segundo elemento que tiver caráter abstrato: níveis de
conhecimento, planos de saúde. – O segundo elemento vai para o plural
se o sentido for específico: quadros de avisos.
• Nos nomes próprios, os pronomes e sobrenomes fazem plural: As Tânias
os Edsons, os Almeidas.
• As entidades, os órgãos públicos, empresas, e qualquer nome de
produtos industriais e comerciais fazem plural: os Bradescos, dez
Chevetes, dois Cinzanos.
• Os nomes geográficos ou de vias públicas vão para o plural: os dois
Brasis, as duas Alemanhas.
• As siglas, vão para o plural, acrescentando um s: RDBs, TREs, DERs,
URVs, UFIRs, IPVAs.
• Nos substantivos compostos, os dois elementos vão para o plural
quando os dois são variáveis: couves-flores, guardas-civis, redatores-
chefes. – Só o segundo elemento vai para o plural quando o primeiro é
invariável e o segundo variável: vice-diretores, guarda-chuvas, (verbo
não varia), mal-entendidos, recém-nascidos, pára-quedas, pára-choques.
– Só o segundo elemento vai para o plural quando os dois elementos são
palavras iguais: reco-recos, tico-ticos. – Só o primeiro elemento vai para
o plural quando o segundo elemento dá idéia de finalidade ou
semelhança ou limita o primeiro: turmas-piloto, postos-chave. – Só o
primeiro elemento varia quando uma preposição une os dois
substantivos: pés-de-galinha, câmaras-de-ar. – Nenhum dos elementos
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104 AA237-05
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Poli
Sempre sem hífen: polissemia, policromia.
Ponto
Indica término de uma oração: A ductilidade é o oposto da fragilidade.
Ponto de exclamação
Usa-se quando se quer dar ênfase a uma frase: Que beleza!
Ponto de interrogação
Introduz uma pergunta: Quem está aí?
Ponto e vírgula
É um sinal intermediário entre o ponto e a vírgula e deve ser empregado:
• Para separar as partes principais de um período que já tem as
secundárias separadas por vírgula: As ruas Afonso Celso, Neto de Araújo
e Vergueiro ficam na Vila Mariana; as ruas Silva Bueno, Agostinho Neto e
Bom Pastor, no Ipiranga.
• Quando duas orações são independentes, têm certa extensão e
possuem partes já divididas por vírgula: Os meninos, ontem à tarde,
entraram na sala assim que começou a chover; a chuva intermitente caiu
até o final do dia.
• Para separar diferentes itens de documentos, leis, enumerações,
portarias, regulamentos, decretos, etc.
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Pôr/por
Pôr é verbo e recebe acento para diferenciar-se da preposição por: Ele
disse-me para pôr tudo em ordem. Não sabe por onde anda?
Porcentagem
V. concordância.
Por isso
Sempre separado: Partículas de chumbo podem penetrar no organismo; por A palavra porisso não
existe.
isso lave bem as mãos após o trabalho com esse metal.
Por que
Usa-se por que (separado e sem acento):
• Em perguntas: Por que você não veio?
• Em frases onde estejam expressas ou subentendidas as palavras motivo
ou razão: Não sei por que ele não veio.
• Quando puder ser substituída por para que ou pelo(a) qual: Estavam
ansiosos por que (para que) ele voltasse. Este é o caminho por que (pelo
qual) ele veio.
Por quê
Usa-se por quê (separado e com acento): Quando aparece em fim de frase:
Você não veio. Por quê? Ele não apareceu e ninguém sabe por quê .
Porque
Usa-se porque (junto e sem acento): Sempre que se está respondendo,
justificando ou explicando algo ou propondo uma resposta em uma pergunta:
Ela se atrasou porque choveu muito naquela manhã. Ela se atrasou porque
choveu muito?
Porquê
Usa-se porquê (junto e com acento): Quando exerce a função de substantivo
e equivale a motivo, razão, causa: O porquê ninguém sabe.
Possível
Flexiona-se de acordo com o artigo quando acompanha as locuções o(s)
mais, o(s) menos, o(s) maior(es), o(s) menor(es): A falha foi a menor
possível. As falhas foram as menores possíveis. – A expressão quanto
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106 AA237-05
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Precaver
Significa prevenir: Cuidava da alimentação para precaver o organismo contra
doenças. – É verbo defectivo por isso não possui algumas formas. No
presente do indicativo, só existem as formas precavemos e precaveis. O
presente do subjuntivo não existe.
Preferir
Quem prefere, prefere alguma coisa a outra: Prefere estudar Português a
Matemática. − Preferir dispensa reforços do tipo mais ou antes: Prefiro sair a
ouvir calado (e não antes sair a ouvir calado).
Presa
Quando equivaler a vítima, é invariável: O rapaz, presa do seu próprio medo,
não conseguiu fazer o exame.
Preso/prendido
Use preso (particípio irregular) com ser e estar: O fio já estava
preso na corrente.
Use prendido (particípio regular) com ter e haver: Já havia prendido o fio na
corrente.
Prever
Conjuga-se como ver.
Privilégio
E não previlégio.
Proliferar
E não proliferar-se: Alguns micróbios proliferam rapidamente.
Pronome de tratamento
São as palavras e expressões que substituem a 3a pessoa gramatical:
fulano, a gente, você, Vossa Excelência, Vossa Senhoria, Sua Majestade.
Assim:
• Não se pode redigir uma carta usando Vossa Senhoria e depois tratar o
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108 AA237-05
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Escolheram a eles.
Pronome possesivo
Quando o possesivo vem antes do substantivo, indica o todo. Quando vem
depois do substantivo, indica parte do todo: O professor indicou seus (todos)
alunos para a prova. – Há frases onde o possesivo é dispensável: Machucou
a cabeça (e não a sua). – Quando o possesivo sugere duplo sentido, podem-
se usar as formas: dele, delas, do senhor, de você: O professor garantiu aos
alunos que seu esforço seria recompensado. O professor garantiu a seus
alunos que o esforço deles seria recompensado.
Prover
Pretérito perfeito indicativo: provi, proveste, proveu, provemos, provestes,
proveram. Mais-que-perfeito do indicativo: provera, proveras, provera,
provêramos, provêreis, proveram. Futuro do subjuntivo: prover, proveres,
prover, provermos, proverdes, proverem. Particípio: provido (Os outros
tempos seguem ver).
Provir
Conjuga-se como vir.
Próximo
Como adjetivo, flexiona-se normalmente: Elas estavam mais próximas da
porta. Os quartos ficam próximos do jardim. (Observe a presença do verbo
de ligação, onde próximo exerce uma função predicativa.) – Em locução
prepositiva (próximo a, próximo de), fica invariável: Próximo dessa escola, há
uma biblioteca. Acompanhamo-la até próximo do altar. (A mesma situação
dá-se com junto.)
Pseudo
É prefixo e jamais se flexiona, pois não tem função de adjetivo. Exige hífen
antes de vogal, h, r, s: pseudo-história, pseudodiamante.
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Qualquer
Qualquer não significa nenhum, por isso é incorreto dizer: A peça não
apresentou qualquer problema. – Em frases negativas use nenhum: A peça
não apresentou nenhum problema. Qualquer pode ser usado em frases
negativas se o sentido não for o de nenhum: Não se deve acreditar em
qualquer pessoa (toda, uma qualquer). Plural: quaisquer.
Quantia
Sempre se refere a dinheiro. Assim, é redundante a forma quantia de
dinheiro: Ele recebeu uma boa quantia.
Quanto
É dispensável a presença do artigo antes de quanto: Nunca soube quanto
era amado (e não o quanto).
Quantum
É uma unidade de energia e o seu plural é quanta: Teve dificuldade em
entender a teoria dos quanta.
Que/quem
As duas formas estão corretas: Sou eu que pago. Sou eu quem paga.
Querer
Conjugação.
Presente do indicativo: quero, queres, quer, queremos, quereis, querem.
Pretérito imperfeito do indicativo: queria, querias, queria, queríamos,
queríeis, queriam.
Pretérito perfeito do indicativo: quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes,
quiseram.
Pretérito mais-que-perfeito: quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quiséreis,
quiseram.
Presente do subjuntivo: queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram.
Pretérito do subjuntivo: quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos,
quisésseis, quisessem.
Futuro do subjuntivo: quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes,
quiserem.
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110 AA237-05
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Particípio: querido.
Gerúndio: querendo.
Quilo
Liga-se sem hífen ao termo seguinte: quiloampère, quilograma, quilômetro,
quilowatt, quilohertz. − O k só aparece nas abreviaturas: kA (quiloampère),
kg (quilograma), kHz (quilohertz), km (quilômetro).
Quilômetro
Use por extenso no texto e abreviado em tabelas e quadros: 40 quilômetros,
40km.
Quite
O plural é quites: Estou quite com você. Estamos quites com ele.
Quota
Prefira cota.
Rasgar-se
Exige a partícula se: A capa do livro rasgou-se.
Ratificar/retificar
Ratificar é confirmar: Ratifico minha decisão de apoiar a reeleição do diretor.
Reaver
Conjuga-se como haver, mas só tem as formas onde aparece a letra v. No lugar das formas
inexistentes do verbo
reaver (reavê,
reaveja), use os
Reclamar verbos recuperar
(recupera, recupere)
No sentido de exigir, é transitivo direto: Reclamava mudanças. – No sentido ou recobrar (recobra,
recobre).
de protestar, é transitivo indireto: Reclamou contra o aumento das
mensalidades. – No sentido de implorar, é transitivo direto e indireto:
Reclamava mudanças ao professor.
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Recorde
Re(cór)de. Como adjetivo, não se flexiona: velocidades recorde. Jamais use
(ré)corde ou record
(em inglês).
Referir/referir-se a
Referir é contar: Referiu o caso daquela noite ao professor.
Refletir-se
No sentido de incidir, exige a partícula se: A lua não se reflete nas águas
turvas. A crise do café refletiu-se na crise mundial.
Remediar
Conjugação.
Presente do indicativo: remedeio, remedeias, remedeia, remediamos,
remediais, remedeiam.
Presente do subjuntivo: remedeie, remedeies, remedeie, remediemos,
remedieis, remedeiem.
Imperativo afirmativo: remedeia, remedeie, remediemos, remediai,
remedeiem.
Imperativo negativo: não remedeies, não remedeie, não remediemos, não
remedieis, não remedeiem.
Os demais tempos são regulares. Seguem o mesmo modelo: odiar, ansiar,
incendiar, intermediar, mediar.
Repelir
Conjugação.
Presente do indicativo: repilo, repeles, repele, repelimos, repelis, repelem.
Presente do subjuntivo: repila, repilas, repila, repilamos, repilais, repilam.
Imperativo afirmativo: repele, repila, repilamos, repeli, repilam.
Imperativo negativo: não repilas, não repila, não repilamos, não repilais, não
repilam. - Os demais tempos são regulares.
Réptil
Plural: répteis.
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112 AA237-05
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Requerer
Conjugação.
Presente do indicativo: requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis,
requerem.
Pretérito perfeito do indicativo: requeri, requereste, requereu, requeremos,
requerestes, requereram.
Presente do subjuntivo: requeira, requeiras, requeira, requeiramos,
requeirais, requeiram. - Os demais tempos são regulares.
Residir em
Reside-se em algum lugar e não a algum lugar: Residia na Avenida Brasil.
Resistir
Quem resiste resiste a alguma coisa. Portanto resistir é verbo transitivo
indireto, não aceitando a forma resisti-lo. Use resistir-lhe. O lhe pode ser
complemento de verbo indireto.
Responder
Quando se quer declarar a quem ou a que se dá a resposta, responder é
transitivo indireto: respondeu à carta, respondeu às perguntas, respondeu ao
irmão – Quando se quer declarar o que se profere como resposta, responder
é transitivo direto: Respondeu sim.
Restringido/restrito
Use restringido com ser e estar, ter e haver: O acesso à oficina foi
restringido. O governo tinha restringido uso de carros oficiais.
Restrito deve ser usado com ser e estar: O uso das ferramentas estava
restrito.
Reticências
As reticências ou pontos de reticências significam interrupção, hesitação ou
supressão de um pensamento: Mas... deixe para lá. Para bom entendedor...
Romper-se
Exige a partícula se: A tabulação rompeu-se.
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Rubrica
Sem acento gráfico. Pronuncia-se ru(brí)ca.
Se
A partícula se, dependendo do verbo a que se prende, funciona ora como Na frase vendem-se
casas, o verbo esta
apassivadora ora como partícula de indeterminação do sujeito e pode, na voz passiva
sintética. Para saber
algumas vezes, ser dispensada: se o verbo se flexiona
ou não, passe a frase
• Como partícula apassivadora, o verbo concorda com o sujeito: Vende-se para a voz passiva
analítica: Casas são
casa. Vendem-se casas. Alugam-se apartamentos. Consertam-se vendidas.
Seção/secção
Use seção para indicar setor, divisão, repartição.
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114 AA237-05
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Segurado/seguro
Use seguro com ser e estar: O operador deve verificar se a presilha está
segura.
Use segurado com ter e haver: O operador tinha segurado a presilha para a
peça não soltar.
Sem (prefixo)
Com hífen quando entra na composição de outras palavras: sem-fim, sem-
cerimônia. – Algumas palavras não têm plural: sem-fim (roscas sem-fim),
sem-casa, sem-dinheiro, sem-família, sem-lar, sem-luz, sem-pão, sem-par,
sem-sal, sem-terra, sem-teto, sem-trabalho, sem-vergonha. – Outras
admitem plural: sem-nomes (barbaridades sem-nomes), sem-números, sem-
cerimônias. - Exceção: sensabor.
Semi
V. hífen.
Sem-fim
Com hífen: rosca sem-fim.
Sem-número/sem número
Sem-número é um número indeterminado: Fez a lição um sem-número de
vezes.
Sem número significa inumeráveis: Viveu alegrias sem número depois que o
filho nasceu.
Se não
Se (conjunção) não (advérbio) é separado quando:
• Equivale a caso não: Viria sozinho, se não tivesse tanto medo.
• Equivale a quando não: Deveremos comprar três máquinas, se não
quatro.
• Introduz um objeto direto: Pergunta-lhe se não era cedo. (Pergunta-lhe o
quê? Se não era cedo.).
Senão
Constitui uma só palavra quando equivale a:
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Senão a
Use sempre antes de pronome: Não tinha a quem recorrer, senão a ela.
Senão quando
Equivale a de repente, eis que: Caminhávamos, senão quando se
apresentou um andarilho.
Sequer
Usado apenas em frases negativas. Equivale a ao menos, pelo menos: Os
alunos não foram sequer consultados. A escola não tinha sequer uma
biblioteca.
Ser
V. concordância.
Sessão/cessão
Sessão é tempo de duração de uma reunião, espetáculo: sessão de cinema.
Siglas
Regras para o uso:
• Não use pontos intermediários ou pontos finais nas siglas: ONU
(Organização das Nações Unidas).
• Explique a sigla a primeira vez que aparece no texto: CFP (Centro de
Formação Profissional).
• Escreva com maiúscula todas as siglas até três letras: USP.
• Siglas com quatro letras ou mais têm apenas a inicial maiúscula quando
são pronunciáveis: Senai.
• Siglas com quatro letras ou mais vão em maiúsculas quando todas as
suas letras forem pronunciadas separadamente: BNDES.
• Se a sigla passou a ter força de palavra, é possível o acompanhamento
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116 AA237-05
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Simpatizar
É simpatizar com e não simpatizar-se com: Ele simpatizou com os alunos.
Simpatizo com ele.
Situado/sito
As duas formas são equivalentes e exigem preposição em: Situado na (em + Atenção: residente e
morador pedem a
a) Avenida Paulista. Sito na Avenida Paulista. preposição em: Era
residente em
Botafogo. Foi por
anos morador na Rua
Soar (horas) João Leme.
Sobressair
Use sem a partícula se: Ele sobressai entre os colegas (e não sebressai-se).
Socio
Sem hífen: sociopolítico, sociolingüístico, sociocultural.
Somatório
É substantivo masculino. Somatória não
existe. Para indicar
uma soma, use
sempre somatório.
Sortir/surtir
Sortir é abastecer: Sortiu a dispensa.
Surtir é resultar: Suas palavras não surtirão efeito esperado.
Suar/soar
Suar é transpirar: Eu suo muito.
Soar é produzir som: A campainha soou.
Tacha/taxa
Tacha é prego pequeno: Deveria ter fixado a peça apenas com tachas.
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Tachar/taxar
Tachar é acusar: Sem ao menos analisar o trabalho, tachou-o de
incompetente.
Tal
Como pronome demonstrativo, varia de acordo com o substantivo a que se
refere: Tais métodos estão ultrapassados.
Tampouco/tão pouco
Tampouco significa também não, devendo aparecer em frases negativas:
Não saiu, tampouco estudou.
Tão pouco é muito pouco: Tenho tão pouco tempo para terminar o trabalho.
Tele
Sempre sem hífen: telecomunicação, teleobjetiva.
Tem/têm
Tem é a 3a pessoa do singular do presente do indicativo do verbo ter: Ele
tem.
Temperatura
A temperatura é baixa ou alta e não fria ou quente.
Tenção/tensão
Tenção significa intenção, intuito: Não tinha tenção de ficar.
Tensão indica rigidez, estado de que é tenso: A tensão que aquela situação
lhe causava era enorme.
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Ter
Não pode ser usado como verbo impessoal e não equivale a existir, por isso
evite frases como: Não tem mais lugar na sala. Não tem de quê. – O correto
é: Não há mais lugar na sala. Não há de quê.
Todo/todo o
Antes do substantivo, todo seguido ou não de artigo pode significar de
qualquer ou inteiro: Todo a leitura tem seu significado (qualquer). Todo o
texto esta confuso (inteiro). Todo texto esta confuso (inteiro).
Trans
Sem hífen: transreceptor, transecular, transplatino.
Transistor
Pronuncia-se transis(tôr)
Trás/traz
Com s é preposição ou advérbio: Ficou para trás. Veio por trás de todos.
Travessão
Sinal de pontuação que indica mudança de interlocutor nos
diálogos:
— Quem chegou?
— Seu professor.
Pode também substituir os parênteses ou vírgulas nas orações interferentes
explicativas: Mandril — disse o instrutor— é uma ferramenta usada para
retificar e calibrar furos.
Treinar/treinamento (regência)
Treinar é transitivo direto: Ele treina basquetebol.
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Trema
É obrigatório toda a vez que o u das sílabas que, qui, gue, gui for
pronunciado: freqüência, tranqüilo, agüentar, lingüiça.
Turbo
Sem hífen: turboacionado, turbobomba, turboelétrico, turboélice, turbojato,
turborreator.
Ue/ui
Verbos terminados em uar fazem a 3a pessoa do singular do presente do
subjuntivo em ue: continue, recue, atue, acue, atenue, sue.
Ultravioleta
Invariável: cores ultravioleta.
Uni
Sempre sem hífen: unicelular, unilateral, uniaxial, uniocular.
Valer
Conjugação.
Presente do indicativo: valho, vales, vale, valemos, valeis, valem.
Presente do subjuntivo: valha, valhas, valha, valhamos, valhais, valham.
Imperativo afirmativo: vale, valha, valhamos, valei, valham.
Imperativo negativo: não valhas, não valha, não valhamos, não valhais, não
valham.
Valorizar-se
Exige a partícula se: O terreno valorizou-se mais do que o esperado.
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Ver1
Conjugação.
Presente do indicativo: vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem.
Imperfeito do indicativo: via, vias, via, víamos, víeis, viam.
Perfeito do indicativo: vi, viste, viu, vimos, vistes, viram.
Mais-que-perfeito do indicativo: vira, viras, vira, víramos, víreis, viram.
Futuro do presente: verei, verás, verá, veremos, vereis, verão.
Futuro do pretérito: veria, verias, veria, veríamos, veríeis, veriam.
Presente do subjuntivo: veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam.
Pretérito do subjuntivo: visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem.
Futuro do subjuntivo: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem (cf. vir).
Infinitivo pessoal: ver, veres, ver, vermos, verdes, verem.
Gerúndio: vendo.
Particípio: visto.
Ver/vir3
O infinitivo pessoal do verbo vir é idêntico ao futuro do subjuntivo do verbo
ver (vir, vires, virmos, virdes, virem). Existe, no entanto, diferença na
aplicação: Quando você me vir chegando, pode sair (futuro do subjuntivo de
ver). É louvável seu desejo de vir amanhã (infinitivo pessoal do verbo vir).
Viagem/viajem
Viagem é substantivo: Fizemos uma ótima viagem.
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Vice
Exige hífen: vice-líder, vice-secretário, vice-campeão.
Video
Liga-se sem hífen: videoteipe, videocassete, videoclipe.
O termo correto é
viger e não vigir.
Viger
Viger significa vigorar: Esta lei do século passado vige ainda hoje.
Viemos/vimos
Viemos é a 1a pessoa do plural do verbo vir no pretérito perfeito do indicativo.
Nós viemos de ônibus ontem.
Vir
Conjugação.
Presente do indicativo: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm.
Imperfeito do indicativo: vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vinheis, vinham.
Pretérito perfeito do indicativo: vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram.
Futuro do presente do indicativo: virei, virás, virá, viremos, vireis, virão.
Futuro do pretérito do indicativo: viria, virias, viríamos, viríeis, viriam.
Presente do subjuntivo: venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham.
Imperfeito do subjuntivo: viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem.
Futuro do subjuntivo: vier, vieres, vier, viemos, vierdes, vierem.
Infinitivo pessoal: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem (cf. ver).
Particípio : vindo.
Gerúndio: vindo.
Vírgula
Separa palavras, símbolos e orações de função idêntica: Tenacidade, Evite a virgulação
excessiva. A ordem
fragilidade, ductilidade, são algumas propriedades dos materiais. direta da frase
geralmente contorna
esse problema. Toda
vez que há vírgula, há
Use vírgula: pausa. Porém não é
em toda pausa que há
• Para separar o vocativo: Pedro, por que tanto barulho? vírgula.
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Visar
Quando equivale a dar o visto não pede preposição: Visou o cheque. –
Quando equivale a ter em vista ou ter por objetivo, pede preposição: Visou
a seus interesses. – Visar antes de infinitivo pode não aparecer seguida de
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Vultoso/vultuoso
Vultoso é volumoso, importante: Vendeu a casa por vultosa soma.
Zero
Zero hora, zero grau e não zero horas, zero graus.
Ziguezague
Sem hífen. Plural: ziguezagues.
Zunzum
Nos substantivos formados por palavras repetidas, apenas o último elemento
vai para o plural: zunzuns, lengalengas, lufalufas.
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Manual de elaboração de material didático impresso
R eferências bibliográficas
Planejamento
FARIA, Wilson de. Teorias de ensino e planejamento pedagógico. São Paulo, EPU,
1987. 109 p.
MEC & INEP & CBPE. Glossário de audiovisuais. Rio de Janeiro, 1971. 177 p.
MOLINA, Olga. Quem engana quem? Professor X Livro didático. Campinas, SP,
Papirus, 1987.
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Manual de elaboração de material didático impresso
Construção do texto
HEMPEL, Carl G. Filosofia da ciência natural. Rio de Janeiro. Zahar Editores, 1970.
SASSURE, F. Curso de lingüística geral. 6ª. ed., São Paulo, Cultrix, 1976.
Editoração
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Manual de elaboração de material didático impresso
EROLES, Emil. Diccionario histórico del libro. Barcelona, Editorial Millà, 1981.
NAHUS, C. dos Santos et alii. Manual para normalização de monografias. São Luís,
CORSUP/EDUFMA, 1989.
NETO, M. Carramillo. Contato imediato com produção gráfica. São Paulo, Global,
1987.
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Manual de elaboração de material didático impresso
REIS, Marcos Luesch. Comunicação didática e design. Boletim técnico SENAC, Rio
de Janeiro, v. 17, n. 2, p. 85-106, maio/ago. 1991.
RIBEIRO, Milton. Planejamento visual gráfico. 3. ed. rev. aum. Brasília, Linha, 1993.
464 p. il.
Questões gramaticais
_____. Gramática metódica da língua portuguesa. 30a ed. São Paulo, Saraiva,
1981.
_____. Erros e dúvidas de linguagem. 6a ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro, Francisco
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Manual de elaboração de material didático impresso
Alves, 1986.
EDITORA ABRIL. Manual de estilo Editora Abril. 6a ed. Rio de Janeiro, Nova
Fronteira, 1990.
FOLHA DE S. PAULO. Manual geral da redação. 2a ed. rev. e ampl. São Paulo, Folha
de S. Paulo, 1987.
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. 12a ed. rev. e atual. Rio de
Janeiro, Ed. da Fundação Getúlio Vargas, 1985.
GONDIM, Nailson. Manual padrão para redações com português bem português.
São Paulo, Página Aberta, 1993.
O GLOBO. Manual de redação e estilo. Organizado e editado por Luiz Garcia. 5a ed.
São Paulo, Globo, 1992.
OLIVEIRA, Cândido de. Revisão gramatical. 13a ed. ampl. São Paulo, Gráfica Biblos,
sd.
RÓNAI, Paulo. Não perca o seu latim. 4a ed. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1984.
SACCONI, Luiz Antonio. Gramática essencial da língua portuguesa. São Paulo,
SENAI-SP INTRANET
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Manual de elaboração de material didático impresso
Atual, 1987.
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