A maioria das pessoas pode até pensar que há muito pouco no que essas áreas do conhecimento
interagem entre si, mas nesse super resumo que preparamos, você vai ver que há sim muita
conexão.
A enfermagem ao longo de sua história, tem sido solicitada a reagir a evolução
das forças tecnológicas e sociais. As novas responsabilidades administrativas, que são
parte dos serviços de enfermagem requerem enfermeiros administradores com
conhecimentos, habilidades e competências em vários aspectos administrativos.
Quais as principais teorias administrativas de enfermagem?
Teoria Cientifica
Criada por Taylor (1903), caracteriza-se por considerar a administração uma
ciência aplicada na racionalização e no planejamento das atividades operacionais.
Ênfase nas tarefas. Nesta teoria o trabalhador sabia cada vez menos do todo que
constituía o seu trabalho restringindo e focando seu saber somente na tarefa que lhe
cabia. Ainda nesta teoria se propunha o incentivo salarial e o prêmio compatível com a
produção.
Qual a influência da teoria científica na enfermagem atual?
Sua influência para a enfermagem atual reside na existência de locais que
utilizam a divisão de tarefas na realização do cuidado em detrimento ao atendimento
integral. Em ambos as situações o enfermeiro tem papel norteador, ou seja, de
direcionar sua equipe o mais complacentemente possível focando em quaisquer uns dos
casos de prestação de cuidado (parcial ou integral) para o resultado do trabalho como
um todo e não apenas na atividade desenvolvida naquele momento pelo profissional.
Teoria Clássica
Corrente iniciada por Fayol (1916) para o tratamento da administração como
ciência na formatação e na estruturação das organizações. Ênfase na estrutura. Uma das
principais características dessa teoria estabelecida por Henry Fayol era a divisão do
trabalho em órgãos, não havia uma preocupação da divisão individual, mas sim
organizacional.
A partir disso que surgiu a divisão horizontal do trabalho que pressupunha o
agrupamento por atividades e a divisão vertical estabelecendo uma hierarquia
(KURCGANT, 1991). Fayol descrevia a empresa segundo seis funções: técnicas,
comerciais, financeiras, de segurança, contábeis e administrativas.
Qual a influência da teoria clássica na enfermagem atual?
Remetendo aos dias atuais nas empresas onde a enfermagem atua, observa-se a
estruturação de segmentos ou órgãos que atuam individual e hierarquicamente de
maneira distinta. Nesta concepção da teoria clássica a divisão por departamentos e
consequentemente por autoridades responsáveis deve servir para organizar o serviço da
empresa em sua totalidade e não separá-lo de seus objetivos.
No cotidiano dos hospitais que em sua maioria trabalham com organogramas
onde há a divisão vertical e horizontal das atividades e gerências, cabe enfocar os tantos
conflitos vivenciados entre um setor e outro, uma gerência e outra, ocasionando uma
falta de resolutividade e consequentemente desmotivação do funcionário ao trabalho.
Teoria das Relações Humanas
Desenvolvida por Chester Barnard (1932), a teoria das relações humanas possui
como característica principal a visão do homem como social e não apenas um ser
econômico como vinha sendo suposto pelas teorias científica e clássica. Não se opõe
totalmente ao modelo da teoria de Taylor, entretanto engloba fatores como a motivação
humana e o trabalho grupal para se atingir o nível de produção esperada pela empresa.
Essa visão foi idealizada em 1930 e adveio juntamente com o desenvolvimento de
algumas ciências humanas, cita-se psicologia e sociologia.
Qual a influência da teoria das relações humanas na enfermagem atual?
A liderança é um aspecto que começa a ser trabalhado por esta teoria e emprega
aos dirigentes a maneira pela qual irá se relacionar com os empregados. Entretanto, uma
das maiores dificuldades encontradas é a manutenção de uma liderança não paternalista,
que consiga demonstrar os erros, sem, contudo, ferir a pessoa humana. Na época de sua
iniciação essa era uma das dificuldades, visualizada até hoje, liderar, sem omitir erros.
A teoria das relações humanas possui como característica principal a visão do
homem como social e não apenas um ser econômico como vinha sendo suposto pelas
teorias científica e clássica. Essa teoria engloba fatores como a motivação humana e o
trabalho multiprofiossional para se atingir os objetivos esperados.
Teoria Burocrática
A teoria burocrática, idealizada por Max Weber (1940), surgiu em clara
oposição a suas antecessoras, ou seja, à Teoria Clássica e Teoria das Relações Humanas.
A primeira era criticada pelo seu excesso de mecanicismos e a segunda pelo seu
ingênuo romantismo. A teoria burocrática de Max Weber é uma espécie de organização
humana baseada na racionalidade, ou seja, os meios devem ser analisados e
estabelecidos de maneira totalmente formal e impessoal, a fim de alcançarem os fins
pretendidos.
A proposta burocrática visa à eficiência organizacional como objetivo básico, e
para tanto detalha pormenorizadamente como as coisas deverão ser feitas, ou seja, prevê
em detalhes o funcionamento organizacional. Desse modo, mantém um caráter racional
e uma sistemática divisão de trabalho.
Qual a influência da teoria Burocrática na enfermagem atual?
Caracteriza-se ainda pela impessoalidade nas relações humanas, considerando
os indivíduos apenas em função dos cargos e funções que exercem na organização. Na
organização do serviço de enfermagem nas instituições hospitalares ou mesmo nos
postos de saúde, há a regulamentação dos procedimentos de enfermagem por meio da
descrição de normas e rotinas como forma de programar um serviço de melhor
qualidade.
Teoria Comportamental
Datada de 1947, esta teoria teve como base principal a inserção de uma
preocupação nos processos organizacionais e não na estrutura. Enfatizou a motivação
humana por meio do conhecimento da teoria da Motivação de Maslow e a Teoria sobre
os dois fatores de Hertzberg.
Diante do estudo das teorias da administração e reportando o cotidiano da
enfermagem nas organizações é possível identificar preceitos de teorias diversas sendo
aplicadas por administradores e consequentemente ao pessoal de enfermagem que
integra o grupo de colaboradores. É importante obter conhecimento frente às teorias da
administração para que na aplicação do trabalho diário de enfermagem, se utilize os
meios mais adequados para o funcionamento.
Qual a influência da teoria comportamental na enfermagem atual?
Baseado na percepção desta teoria, atualmente educação continuada deve ser
vista como parte geradora de todo um sistema e focalizada igualmente na motivação
profissional. Pois, como já foi citado anteriormente, apenas a especialização não confere
a empresa um aumento de produtividade; então ao inserir um programa de educação
continuada aos profissionais de saúde é imprescindível que os mesmos estejam
interagindo de maneira motivadora, para obtenção de resultados.
Teoria Contingencial
De autoria da Mary Follett (1926), corrente mais recente e que parte do princípio
de que a administração é relativa e situacional, isto é, depende de circunstâncias
ambientais e tecnológicas da organização.
Nesta teoria se enfatiza o fato do ambiente externo ocasionar as modificações de
estruturação e organização de uma empresa. Também enfoca a tecnologia como um
alicerce que influencia nos resultados da empresa. A empresa deve ser ajustada e
adaptada ao ambiente e à tecnologia, assim como seus processos regulamentadores,
como meio de se manter ativa e eficiente.
Qual a influência da teoria Contingencial na enfermagem atual?
Diante do estudo das teorias da administração e reportando o cotidiano da
enfermagem nas organizações é possível identificar preceitos de teorias diversas sendo
aplicadas por administradores e consequentemente ao pessoal de enfermagem que
integra o grupo de colaboradores. É importante obter conhecimento frente às teorias da
administração para que na aplicação do trabalho diário de enfermagem, se utilize os
meios mais adequados para o funcionamento.
Nesta percepção a educação continuada deve ser vista como parte geradora de
todo um sistema e focalizada igualmente na motivação profissional. Pois, como já foi
citado anteriormente, apenas a especialização não confere a empresa um aumento de
produtividade; então ao inserir um programa de educação continuada aos profissionais
de saúde é imprescindível que os mesmos estejam interagindo de maneira motivadora,
para obtenção de resultados.
Referencia : https://cienciasdeenfermagem.wordpress.com/administracao-em-enfermagem/
Administração em Enfermagem
Conteúdo Programático
Processo de Trabalho de Enfermagem;
Funções Adminstrativas;
Teorias Administrativas;
Teorias da Administração;
Teorias das Relações Humanas;
Teoria Estruturalista;
Teoria Neoclássica;
Teoria Comportamental ou Teoria Behaviorista da Administração;
Teoria Geral dos Sistemas;
Teoria Contingêncial;
Missão, Visão, Cultura, Organização e Valores.
O QUE É ADMINISTRAR????
A necessidade da administração existe desde as mais antigas sociedades, todavia foi com a
expansão do processo de produção industrial na Inglaterra, França e EUA que as mudanças na
organização do trabalho, com a separação entre a concepção, execução e controle, fizeram com que
a prática e a teoria da administração/gerência do trabalho ganhassem impulso.
FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS
PLANEJAR-ORGANIZAR-DIRIGIR-EXECUTAR-CONTROLAR
Atualmente a palavra administração sofreu uma transformação radical, sua tarefa passou a ser de
interpretar os objetivos propostos pela organização e transformá-lo em ação organizacional. Isto é
feito através de:
• Planejamento
• Organização
• Direção
• Execução
• Controle
A finalidade é de alcançar os objetivos da maneira mais adequada à situação e garantir a
competitividade de um mundo de negócios altamente concorrencial e complexo.
Planejamento
É a primeira das funções administrativas. Uma das mais importantes, pois serve de base para as
demais.
O processo de planejamento é a ferramenta para administrar as relações com o futuro. O
planejamento consiste na tomada antecipada de decisões sobre o que fazer, antes da ação ser
necessária.
Planejar consiste em simular o futuro desejado e estabelecer previamente os cursos de ação
necessários e os meios adequados para atingir os objetivos.
Organização
Para que os objetivos possam ser alcançados, os planos executados e as pessoas possam trabalhar
eficientemente, as atividades precisa ser agrupadas de maneira lógica e autoridade distribuída de
maneira a evitar conflitos e confusões.
Organização é o processo de dispor recursos em uma estrutura que facilite a realização dos
objetivos.
• É o processo de dispor de qualquer coleção de recursos (ou conjunto de partes) em uma
estrutura, classificação ou ordem;
• É um conjunto de partes, classificadas ou ordenadas, é um conjunto organizado;
• É um processo (como todas as funções administrativas) de tomar decisões: dividir o
trabalho, atribuir responsabilidades a pessoas e estabelecer mecanismos de comunicação e
coordenação.
Principais etapas ou decisões do processo de organização
Analisar os objetivos e o trabalho a ser analisado;
Dividir o trabalho de acordo com os critérios mais apropriados para a realização dos objetivos;
Definir as responsabilidades pela realização do trabalho;
Definir níveis de autoridade;
Desenhar a estrutura organizacional (organograma).
Direção
Para que o planejamento e a organização sejam eficazes, eles precisam ser dinamizados e
completados pela orientação a ser dada às pessoas por meio de uma adequada comunicação e
habilidade de liderança e motivação.
• Dirigir é comandar e orientar o pessoal;
• Dirigir é acionar e dinamizar a empresa;
• Dirigir está diretamente relacionado com a atuação sobre recursos humanos da empresa;
• Relaciona-se diretamente com a maneira pela qual os objetivos devem ser alcançados por
meio de atividade das pessoas que compõem a organização.
• Refere-se às relações interpessoais dos administradores em todos os níveis da organização e
seus respectivos subordinados.
Execução
O processo de execução consiste em realizar atividades planejadas, por meio da aplicação de
energia física e intelectual.
É fazer e saber o que está fazendo.
Controle
Enquanto o planejamento abre o processo administrativo, o controle serve de fechamento.
Irá verificar para que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as ordens dadas.
É um processo cíclico composto de quatro fases:
1. Estabelecimento de padrões (representam o desempenho desejado) ou critérios
( representam as normas que guiam as ações). Os padrões podem ser expressos em tempo,
dinheiro, qualidade, unidades físicas, custos, por meio de índices;
2. Observação do desempenho. O processo de controle atua no sentido de ajustar as operações
e determinados padrões previamente estabelecidos e funciona de acordo com a informação
que recebe; busca obter informação precisa a respeito daquilo que está sendo controlado;
3. Comparação do desempenho com o padrão estabelecido. Toda atividade proporciona algum
tipo de variação, erro ou desvio, sendo assim, é importante determinar os limites dentro dos
quais essa varição poderá ser aceita como normal ou desejável. A comparação com o padrão
desejável, geralmente é feito através de gráficos, relatórios, porcentagens, índices e medidas
estatísticas;
4. Ação corretiva. Visa fazer com que aquilo que é feito seja feito exatamente de acordo com o
que se pretendia fazer. As variações, erros ou desvios devem ser corrigidos para que as
operações sejam normalizadas.
Teorias Administrativas
Cronologia das Teorias da Administração
1903 Administração Científica
1916 Teoria Clássica da Administração
1932 Teoria das Relações Humanas
1940 Teoria da Burocracia
1947 Teoria Estruturalista
1951 Teoria dos Sistemas
1954 Teoria Neoclássica da Administração
1957 Teoria Comportamental na Administração
1962 Desenvolvimento Organizacional
1972 Teoria da Contingência
1990 Novas abordagens
Referências:
ALFARO-LEFEVRE, R. Pensamento crítico em Enfermagem: um enfoque prático. Porto Alegre:
Artes Médica, 1996.
GRECO, ROSANGELA MARIA. ADMINISTRAÇÃO E ENFERMAGEM – como se deu esta
parceria.
MARQUIS, B. L.; HUSTON, C. J. Administração e Liderança em Enfermagem. ArtMed: Porto
Alegre, 2010.
teoria das relações humanas
A Burocracia é um conceito administrativo amplamente usado, caracterizado principalmente por um
sistema hierárquico, com alta divisão de responsabilidade, onde seus membros executam
invariavelmente regras e procedimentos padrões, como engrenagens de uma máquina. A Teoria da
Burocracia como proposta para Weber, inclui a sua mãe na minha vida de impessoalidade, a
concentração dos meios da administração, um efeito de nivelamento entre as diferenças sociais e
econômicas e a execução de um sistema da autoridade que é praticamente indestrutível. A análise de
Weber da burocracia relaciona-se a:
• as razões históricas e administrativas para o processo da burocratização (especialmente na
civilização ocidental)
• o impacto do domínio da lei no funcionamento de organizações burocráticas
• a orientação pessoal típica e a posição ocupacional dos oficiais burocráticos como um grupo
de status
• os atributos e as consequências mais importantes da burocracia na organização burocrática
no mundo moderno
Índice
• 1 Origens
• 2 Principais características
• 2.1 Caráter legal das normas e regulamentos
• 2.2 Caráter formal das comunicações
• 2.3 Racionalismo e divisão do trabalho
• 2.4 Impessoalidade e Hierarquia
• 2.5 Rotinas e procedimentos padronizados
• 2.6 Meritocracia
• 2.7 Profissionalização
• 2.8 Previsibilidade
• 3 Vantagens da Burocracia
• 4 Racionalidade Burocrática(dilemas)
• 4.1 A Burocracia é baseada em
• 4.2 Consequências previstas
• 4.3 Objetivos
• 5 Disfunções da burocracia
• 5.1 Internalização das regras e exagerado apego aos regulamentos
• 5.2 Excesso de formalismo e de papelório
• 5.3 Resistência às mudanças
• 5.4 Despersonalização do relacionamento
• 5.5 Categorização como base do processo decisório
• 5.6 Superconformidade às rotinas e procedimentos
• 5.7 Exibição de sinais de autoridade
• 5.8 Dificuldade no atendimento aos clientes e conflitos com o público
• 6 Apreciação crítica
• 7 Referências
Origens
A Teoria da Burocracia desenvolveu-se dentro da administração ao redor dos anos 40,
principalmente em função dos seguintes aspectos:
1 - A fragilidade e parcialidade tanto da Teoria Clássica como Teoria das Relações Humanas, que
não possibilitam uma abordagem global, integrada e envolvente dos problemas organizacionais;
2 - a necessidade de um modelo de organização racional capaz de caracterizar todas as variáveis
envolvidas, bem como, o comportamento dos membros dela participantes, é aplicável não somente
à fábrica, mas a todas as formas de organização humana e principalmente às empresas;
3 - o crescente tamanho e complexidade das empresas passam a exigir modelos organizacionais
bem mais definidos;
4 - o ressurgimento da Sociologia da Burocracia, a partir da descoberta dos trabalhos de Max
Weber, o seu criador.
Segundo essa teoria, um homem pode ser pago para agir e se comportar de certa maneira
preestabelecida, a qual lhe deve ser explicada, muito minuciosamente e, em hipótese alguma,
permitindo que suas emoções interfiram no seu desempenho. A Sociologia da Burocracia propôs um
modelo de organização e os administradores não tardaram em tentar aplicá-los na prática em suas
empresas. A partir daí, surge a Teoria da Burocracia na Administração.
Então a burocracia é uma forma de organização que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação
dos meios aos objetivos (fins) pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência possível no
alcance dos objetivos.
Weber identifica três fatores principais que favorecem o desenvolvimento da moderna burocracia:
• O desenvolvimento de uma economia monetária: Na Burocracia, a moeda assume o lugar da
remuneração em espécie para os funcionários, permitindo a centralização da autoridade e o
fortalecimento da administração burocrática;
• O crescimento quantitativo e qualitativo das tarefas administrativas do Estado Moderno;
• A superioridade técnica – em termos de eficiência – do tipo burocrático de administração:
serviu como uma força autônoma para impor sua prevalência.
O desenvolvimento tecnológico fez as tarefas administrativas tenderem ao aperfeiçoamento para
acompanhá-lo. Assim, os sistemas sociais cresceram em demasia, as grandes empresas passaram a
produzir em massa, sufocando as pequenas. Além disso, nas grandes empresas há uma necessidade
crescente de cada vez mais se obter um controle e uma maior previsibilidade do seu funcionamento.
Segundo o conceito popular, a burocracia é visualizada geralmente como uma empresa, repartição
ou organização onde o papelório se multiplica e se avoluma, impedindo as soluções rápidas e
eficientes. O termo é empregado também com o sentido de apego dos funcionários aos
regulamentos e rotinas, causando ineficiência à organização. O leigo passou a dar o nome de
burocracia aos defeitos do sistema.
Entretanto para Max Weber a burocracia é exatamente o contrário, é a organização eficiente por
excelência e para conseguir esta eficiência, a burocracia precisa detalhar antecipadamente e nos
mínimos detalhes como as coisas devem acontecer.
Principais características
Caráter legal das normas e regulamentos
É uma organização ligada por normas e regulamentos previamente estabelecidos por escrito. É
baseada em legislação própria que define com antecedência como a organização deve funcionar.
• São escritas.
• Procuram cobrir todas as áreas da organização.
• É uma estrutura social racionalmente organizada.
• Conferem às pessoas investidas da autoridade um poder de coação sobre os subordinados e
também os meios coercitivos capazes de impor a disciplina.
• Possibilitam a padronização dentro da empresa.
Impessoalidade e Hierarquia
Essa distribuição de atividade é feita impessoalmente, ou seja, é feita em termos de cargos e funções
e não de pessoas envolvidas:
• considera as pessoas como ocupantes de cargos e de funções;
• o poder de cada pessoa é impessoal e deriva do cargo que ocupa;
• obedece ao superior não em consideração a pessoa, mas ao cargo que ele ocupa;
• as pessoas vêm e vão, mas os cargos permanecem;
• cada cargo abrange uma área ou setor de competência e de responsabilidade.
A burocracia estabelece os cargos segundo o princípio de hierarquia:
• cada inferior deve estar sob a supervisão de um superior;
• não há cargo sem controle ou supervisão;
• a hierarquia é a ordem e subordinação, a graduação de autoridade correspondente às diversas
categorias de participantes, funcionários e classes;
• os cargos estão definidos por meio de regras limitadas e específicas.
Rotinas e procedimentos padronizados
A burocracia fixa as regras e normas técnicas para o desempenho de cada cargo:
• O ocupante do cargo não pode fazer o que quiser, mas o que a burocracia impõe que ele
faça;
• a disciplina no trabalho e o desempenho no cargo são assegurados por um conjunto de regras
e normas, que tentam ajustar o funcionário às exigências do cargo e das organizações;
• todas as atividades de cada cargo são desempenhadas segundo padrões claramente definidos.
Meritocracia
Na burocracia a escolha das pessoas é baseada no mérito e na competência técnica:
• admissão, transferência e a promoção dos funcionários são baseadas em critérios válidos
para toda a organização;
• necessidade de exames, concursos, testes e títulos para a admissão e promoção dos
funcionários.
Profissionalização
A burocracia é uma organização que se caracteriza pela profissionalização dos seus participantes.
Cada funcionário é um profissional pelas seguintes razões:
• é um especialista, ou seja, cada funcionário é especializado nas atividades do seu cargo;
• é assalariado - os funcionários da burocracia participam da organização e recebem salários
correspondentes ao cargo que ocupam;
• é nomeado por superior hierárquico;
• seu mandato é por tempo indeterminado;
• segue carreira dentro da organização;
• não possui a propriedade dos meios de produção, o administrador profissional administra a
organização em nome dos proprietários;
• é fiel ao cargo e identifica-se com os objetivos da empresa, o funcionário passa a defender
os interesses do seu cargo e da sua organização.
Previsibilidade
O modelo burocrático de Weber parte da pressuposição de que o comportamento dos membros da
organização é perfeitamente previsível:
• os funcionários devem comportar-se de acordo com as normas e regulamentos da
organização;
• tudo na burocracia é estabelecido no sentido de prever todas as ocorrências e transformar em
rotina sua execução.
Vantagens da Burocracia
Weber viu inúmeras razões para explicar o avanço da burocracia sobre as outras formas de
associação.
• Racionalidade em relação ao alcance dos objetivos da organização;
• Precisão na definição do cargo e na operação, pelo conhecimento exato dos deveres;
• Rapidez nas decisões, pois, cada um conhece o que deve ser feito, por quem e as ordens e
papéis tramitam através de canais preestabelecidos;
• Univocidade de interpretação garantida pela regulamentação específica e escrita. A
informação é discreta, já que é passada apenas a quem deve recebê-la;
• Uniformidade de rotinas e procedimentos que favorece a padronização, redução de custos e
de erros, pois os procedimentos são definidos por escrito;
• Continuidade da organização através da substituição do pessoal que é afastado;
• Redução no nível de atrito, entre as pessoas, pois cada funcionário conhece aquilo que é
exigido dele e quais os limites entre suas responsabilidade e as do outro;
• Constância, pois os mesmos tipos de decisão devem ser tomados nas mesmas circunstâncias;
• Subordinação dos mais novos aos mais antigos dentro de uma forma estrita e bem
conhecida, de modo que o supervisor possa tomar decisões que afetam o nível mais baixo;
• Confiabilidade, pois o negócio é conduzido de acordo com regras conhecidas. As decisões
são previsíveis e o processo decisório elimina a discriminação pessoal;
• Benefícios sob o prisma das pessoas na organização, pois a hierarquia é formalizada, o
trabalho é dividido entre as pessoas de maneira ordenada, as pessoas são treinadas para se
tornarem especialistas em seus campos As pessoas podem fazer carreira na organização em
função de seu mérito pessoal e competência técnica.
Racionalidade Burocrática(dilemas)
A racionalidade é um conceito muito ligado à Burocracia para Weber e implica na adequação dos
meios aos fins. No contexto burocrático, isto significa eficiência.
A Burocracia é baseada em
• caráter legal das normas.
• caráter formal das comunicações.
• a impessoalidade no relacionamento.
• a divisão do trabalho.
• hierarquização de autoridade.
• rotinas e procedimentos.
• competência técnica e mérito.
• especialização da administração.
• profissionalização.
• previsibilidade do funcionamento.
Consequências previstas
• previsibilidade do comportamento humano.
• padronização do desempenho dos participantes.
Objetivos
eficiência da organização:
• uma organização é racional se os meios mais eficientes são escolhidos para a implementação
das metas,
• a racionalidade funcional é atingida pela elaboração – baseada no conhecimento cientifico –
de regras que servem para dirigir, partindo de cima, todo comportamento de encontro à
eficiência.
Weber usa o termo burocratização em um sentido mais amplo, referindo-se também às formas de
agir e de pensar que existem não somente no contexto organizacional, mas que permeiam toda a
vida social.
Disfunções da burocracia
Consequências imprevistas são oito:
Resistência às mudanças
O funcionário acostumado com a repetição daquilo que faz, torna-se simplesmente um executor das
rotinas e procedimentos. Qualquer novidade torna-se uma ameaça à sua segurança. Com isto a
mudança passa a ser indesejável.
Despersonalização do relacionamento
A burocracia tem como uma de suas características a impessoalidade no relacionamento entre os
funcionários, já que enfatiza os cargos e não as pessoas levando a uma diminuição das relações
personalizadas entre os membros da organização.
Apreciação crítica
Weber, citado em Chiavenato (2003), considera a burocracia como a forma mais eficiente e racional
para atingir os objetivos organizacionais. Perrow, defende a burocracia como um fator importante
para a eficiência da estrutura organização. Segundo ele, as disfunções da burocracia são apenas
consequências do fracasso de uma burocracia mal adequada.
Katz e Kahn defendem que a burocracia é uma organização super-racionalizada, e não considera o
ambiente e a natureza organizacional. Ambos defendem que as pessoas tornam as vantagens
maiores do que realmente são. Para eles, o sistema burocrático só sobrevive por que as exigências
do ambiente são óbvias e as exigências das tarefas individuais são mínimas, não necessitando de
grandes processos.
Bennis, segundo Chiavenato (2003), critica a burocracia sob o ponto de vista de que seu sistema de
controle já está ultrapassado e não é capaz de resolver os conflitos internos. Na verdade ele define a
burocracia de Weber como mecanicista, acreditando que ela tende a desaparecer devido às rápidas
transformações ambientais, além do aumento e da complexidade das organizações que vão
surgindo.
Por fim, Chiavenato (2003) descreve uma cuidadosa crítica na qual diz que a burocracia é talvez
seja uma das melhores alternativas, porque levando em consideração as teorias anteriores, que são
prescritivas e normativas, ela preocupa-se em descrever e explicar as organizações, dando ao
administrador a escolha de que considera mais apropriada.
Uma das descriçoes da teoria da burocracia cita a mesma é a mentalidade e comportamento presos a
formalismos, o que dificulta, paralisa ou faz morosa a prestação dos serviços públicos. Uma das
primeiras aplicações do termo "burocracia" data do século XVIII , quando o termo era carregado de
forte conotação negativa, designando aspectos de poder dos funcionários de uma administração
estatal aos quais eram atribuídas funções especializadas, sob uma monarquia absoluta. Essa
definição se encaixa de forma muito próxima àquela hoje utilizada na linguagem comum: a
burocracia como sinônimo de excesso de normas e regulamentos, limitação da iniciativa,
desperdício de recursos e ineficiência generalizada dos organismos estatais e privados. Há uma
influência recíproca entre capitalismo e burocracia. Sem a organização burocrática, a produção
capitalista nunca teria sido realizada. Por outro lado, a base econômica capitalista é essencial para o
desenvolvimento da administração burocrática. Portanto, a palavra "burocracia" tem, no nosso dia-
a-dia, um sentido pejorativo. Chamamos de burocracia o exagero de normas e regulamentos, a
ineficiência administrativa, o desperdício de recursos. No entanto, para a sociologia, esse termo tem
um sentido especial. Desde que passou a ser usado por Max Weber (1864?1920), designa um
modelo específico de organização administrativa, para tanto o que se vê em sua contextualização
inicial é que, a mesma servira de molde fundamental para a chamada "Nova Administração Pública"
ou "Gerencial".
Referências
• CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente
da moderna administração das organizações. Revisada e atualizada. Rio de Janeiro: Elsevier,
2003.
• WEBER, Max. Sociologia. São Paulo: Ed. Atlas, 1979. Cap. 3: A "objetividade" do
conhecimento nas Ciências Sociais;
• WEBER, Max. Ciência e política: duas vocações. São Paulo: Martin Claret, 2003.
• WEBER, Max. Ciência e Política: duas vocações. São Paulo: Ed.Cultrix, 2000.
• WEBER, Max. A ética protestante e o espírito capitalista. São Paulo: Martin Claret, 2003.
• WEBER, Max. A ética protestante e o espírito capitalista. São Paulo: Companhia das Letras,
2004.