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‘Dona Conceição, arrumei outra pessoa para pôr no seu lugar, já que a senhora não veio mais, a minha
casa tá toda suja porque as paredes foram pintadas’ - Yasuyoshi Chiba/AFP
Na última terça-feira (), uma idosa de anos morreu depois de ter sido
infectada pelo novo coronavírus. Ela trabalhava como empregada doméstica
para uma mulher, cujo resultado para o teste de coronavírus deu positivo
após retornar da Itália.
“Mesmo falando sobre os riscos do coronavírus, ela não tem como faltar
com risco de ser demitida. As domésticas estão correndo grandes riscos e
também são uma grande possibilidade de contágio, principalmente nos
transportes nas metrópoles”, afirmou Marcelo Rocha, em um relato
divulgado na internet.
“Há anos nossas mães, avós, tias, primas dedicam suas vidas a outras
famílias, somos todas (os) afetadas (os) por essa "relação trabalhista " de
retrocesso e modo escravistas. Tivemos nossas vidas marcadas por esse
contexto, que precisa ser repensado por toda sociedade, sobretudo, pelos
empregadores”, afirmam no manifesto.
“No meu caso, minha avó trabalhou anos em uma casa de família. Ela tinha
seus anos, chegava lá às h duas vezes na semana, depois passou a
cozinhar, a passar, a lavar terraço… Ganhando apenas R, sem a
passagem. Em janeiro, ela veio a óbito e a mensagem recebida pelo
WhatsApp foi: ‘Dona Conceição, arrumei outra pessoa para pôr no seu
lugar, já que a senhora não veio mais, a minha casa tá toda suja porque as
paredes foram pintadas’”, afirmou Nicole Nascimento, de Japeri, no Rio de
Janeiro, em mais um dos relatos dados no manifesto.
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