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Introdução

O trabalho aborda sobre carácter histórico - social da educação caso de Moçambique.


Neste tema encontra-se os seguintes conteúdos que são: as informações sociopolíticas e
o carácter ou função da educação, finalidades e objectivos da educação de Moçambique
em diferentes momentos históricos e desafios da educação contemporânea desde o
período colonial até hoje. Teve três finalidades “sociais”, ou seja, procurou responder as
três necessidades da “sociedade moçambicana”. Colocamos entre aspas a sociedade
moçambicana, pois esta foi representada pelo poder político de momento, e em algum
momento este poder esteve totalmente distante da cultura moçambicana.

Objectivo geral

 Demonstrar as formações sociopolíticas e seus cárteres.

Objectivos específicos

 Caracterizar os caracteres das formações sociopolíticas;


 Explicar as finalidades da finalidade da educação de Moçambique;
 Apontar os objectivos da educação de Moçambique;
 Explicar a ocorrência da educação contemporânea.

A metodologia do trabalho, para a realização do trabalho o grupo baseou-se nas obras


físicas, electrónicas (Internet). O trabalho esta estruturado da seguinte maneira, Capa,
folha de Rosto, Índice, Introdução, Desenvolvimento, citações, Conclusão e sua
respectiva referência bibliográfica.
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1. Carácter histórico social da educação caso de Moçambique

1.1. As formações sociopolíticas e seu carácter

1.1.1. Pedagogia

Segundo LIBÂNEO (2002:87), diz que “o universo da pedagogia é uma integração


entre diferentes formas de conhecimento e acções voltadas ao científico, sendo que a
proposta educacional é a de facilitar a educação humana.”

A pedagogia passa a ser factor essencial, pois, a formação do pedagogo no processo de


desenvolvimento educacional humano se torna uma característica de aquisição de
conhecimentos e envolve teoria e prática. Tendo o desenvolvimento social adequado o
indivíduo passa a ser um ser humano mais sociável.

1.1.2. Educação

Para MARTINS (1990:86) “a educação é um processo de acção da sociedade sobre o


educando, visando entregá-lo segundo seus padrões sociais, económicos, políticos, e
seus interesses.”
Reconhece-se aqui a necessária preparação para a vida, já referida em outras definições
e que só se logra a através de convicções fortes e bem definidas de acordo com esses
padrões. A educação que é apresentada com um conceito amplo, que podemos sintetizar
como uma modalidade de influências e inter-relações que convergem para a formação
da personalidade social e o carácter, sendo assim uma instituição social.

1.1.3. Formação

Para Severino (2006, p 621) formação é um processo de dever humano.


Mediante o qual o indivíduo natural devém um ser cultural, uma
pessoa – é bom lembrar que o sentido dessa categoria envolve um
complexo conjunto de dimensões que o verbo formar tenta expressar:
constituir, compor, ordenar, fundar, criar, instruir-se, colocar-se ao
lado de, desenvolver-se, dar-se um ser. É relevante observar que seu
sentido mais rico é aquele do verbo reflexivo, como que indicando que
é uma acção cujo agente só pode ser o próprio sujeito. Nessa linha,
afasta-se de alguns de seus cognatos, por incompletude, como
informar, reformar e repudia outros por total incompatibilidade, como
conformar, deformar.

De acordo com o trecho supracitado digam respeito à dimensão profissional,


consideramos adequadas essas reflexões mais amplas sobre o conceito, uma vez que em
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Moçambique, actualmente, utilizamos mais a expressão “formação de professores”, que


as constituídas por outros substantivos como educação, treinamento, etc.

1.1.4. Sociopolítica

Segundo MARSHALL (2006:54), algo que podemos considerar como


essencialmente problemático (o surgimento de instâncias de igualdade
em uma sociedade desigual) acaba sendo 'desproblematizado', vindo a
ser tratado como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Neste caso, passaria a haver um "curso natural" e seus possíveis "desvios", sem atenção
efectiva para os processos históricos que particularizam a forma de expansão da
cidadania em cada sociedade. Ao contrário, o que nos parece fecunda no "paradigma da
cidadania.

2. As formações sociopolíticas e seu carácter

A formação sociopolítica consiste em um projecto do Desabafo Social que busca


trabalhar conteúdos que vão além dos muros da sala de aula. É fundamentada no
processo de formação de estudantes para desempenhar actividades políticas que
intensificam a relação entre o aprender, o pensar e o fazer.

O conceito de Política, formação de professor e de currículo, tem evoluído de forma a


permitir uma melhor compreensão dos mesmos. Nesta perspectiva, para fazer referência
ao conceito de Política, recorre-se a uma comunicação de STROMQUIST proferida em
Captawn, 2008,
No qual ele refere que no mundo real, política (‘policy’) é precedida e
seguida pela política (‘politics’), uma vez que a política (‘politics’) é o
processo envolvido na determinação e implementação das metas de
políticas públicas. Numa sociedade democrática as políticas procuram
o bem comum, mas o bem comum é determinado pela política
(‘politics’).

Portanto, os dois conceitos pressupõem o uso diferenciado do poder pelos membros dos
grupos preocupados com a direcção que essas metas prossigam. Refere-se aos cientistas
políticos como indivíduos que inclinam-se a dar uma definição mais vasta de política,
considerando o carácter formal e informal destas formulações e o modo como elas
afectam a natureza, cultura e comportamentos de indivíduos e instituições. É um
processo único, associado quase sempre à escola.

2.1.Carácter formal
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Educação, entendida como um processo de desenvolvimento da capacidade intelectual


da criança e do ser humano, tem um significado tão amplo e abrangente que, em geral,
prescinde de adjectivos. No entanto, para que esse processo e a discussão que dele
apresentamos sejam melhor compreendidos, algumas distinções ou adjectivações devem
ser feitas a educação com reconhecimento oficial, oferecida nas escolas sem cursos com
níveis, graus, programas, currículos e diplomas, costuma ser chamada de educação
formal. É uma instituição muito antiga, cuja origem está ligada ao desenvolvimento de
nossa civilização e ao acervo de conhecimentos por ela gerados.

2.1.1.Carácter informal

Há muito mais a aprender e desde muito cedo: a língua materna, tarefas domésticas,
normas de comportamento, rezar, caçar, pescar, cantar e dançar – sobreviver, enfim. E,
para tanto, sempre existiu, também desde muito cedo, uma educação informal, a escola
da vida, de mil milénios de existência. No carácter informal, não há lugar, horários ou
currículos. Os conhecimentos são partilhados em meio a uma interacção sociocultural
que tem, como única condição necessária e suficiente, existir quem saiba e quem queira
ou precise saber. Nela, ensino e aprendizagem ocorrem espontaneamente, sem que, na
maioria das vezes, os próprios participantes do processo deles tenham consciência.

2.1.2.Formação de Professores

Para GARCÍA (1999, p. 22) significa “um processo de desenvolvimento individual


destinado a adquirir ou aperfeiçoar capacidades”.

Nesta perspectiva, a formação de professores diferencia-se de outras actividades de


formação, pelo facto de ser dupla em que se tem de combinar, a formação académica e
profissionalizante.
A formação de professores é um ensino profissionalizante, portanto, não representa
senão outra dimensão do ensino como actividade intelectual, que se desenvolve para
contribuir para a profissionalização dos sujeitos encarregados de educar as novas
gerações.
Refere que deve-se levar em conta para a formação de professores um
apanhado de estudos considerados no contexto social, económico,
político e cultural no qual ele está inserido, visto que o exercício
profissional docente está sempre relacionado aos fins e às práticas do
sistema escolar mais amplo e ao contexto social. (LIBÂNEO
2003:24).
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Nesse contexto, merece atenção os chamados “velhos problemas” em relação à


formação de professores, que evidenciam desarticulações em diferentes níveis, sendo
considerado como o mais preocupante deles, a desarticulação entre teoria e prática e
entre o discurso e a acção. Sendo assim, vale ressaltar a importância da formação desses
profissionais na construção de um currículo que contemple as novas demandas da
sociedade moçambicana, hoje voltadas para a promoção da equidade social e a atenção
para a diversidade cultural.

3.Finalidades da educação em Moçambique

A educação constitui um direito fundamental de cada cidadão e é o instrumento central


para a melhoria das condições de vida e a elevação do nível técnico e científico dos
trabalhadores. Ela é o meio básico para a compreensão e intervenção nas tarefas do
desenvolvimento social, na luta pela paz e reconciliação nacional.

A educação como produto duma cultura sempre visa responder as


necessidades das pessoas proprietárias desta cultura. Por isso,
lançando um olhar profundo e largo sobre a educação (ensino) que se
desenvolveu em Moçambique desde o período colonial até hoje, posso
dizer que ela não pretendeu responder a mesma necessidade, pois os
conhecimentos, as habilidades e os valores que vêem a ser
transmitidos pela educação (REBOUL, 2000, p. 18).

De acordo com o trecho acima citado, podemos dizer que no período colonial, a
educação procurou responder os interesses do colonizador; depois da Independência,
tempo do Socialismo, a mesma procurou estar de acordo com a ideologia política do
momento e o mesmo aconteceu, depois de 1990 quando o Estado moçambicano abraçou
o liberalismo político e económico, tornando-se necessário convidar a educação para dar
cobro as necessidades da sociedade actual.

Neste trabalho também pretendemos mostrar as três finalidades que a educação teve em
Moçambique desde o período colonial até hoje. Teve três finalidades “sociais”, ou seja,
procurou responder as três necessidades da “sociedade moçambicana”. Colocamos entre
aspas a sociedade moçambicana, pois esta foi representada pelo poder político de
momento, e em algum momento este poder esteve totalmente distante da cultura
moçambicana.

Para apresentar as três finalidades da educação moçambicana, divido o trabalho em três


partes: a primeira onde procuro mostrar pretensão de “civilizar o negro” por parte do
regime colonial português, como a educação esteve organizada para responder a este
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projecto colonial; na segunda em que a Frelimo logo depois da independência com o


objectivo de restaurar a identidade dos moçambicanos, por um lado, e por outro lado,
desenvolver uma revolução socialista na sociedade moçambicana, confiou à educação
para forjar o “homem novo” e; na última, onde o país vive um liberalismo tanto
económico, como político, a escola deve educar integralmente, desenvolvendo as
competências do homem actual.

Para clarificar as diferentes finalidades da educação moçambicana, a saber: para a


“civilização”, a emancipação e o desenvolvimento das competências, que correspondem
aos três grandes momentos que Moçambique passou, vamos explicá-las nas partes que
se seguem.

3.1.Educar para “civilizar” o indígena

A “civilização” foi um fim que a educação procurou alcançar no período colonial.

O projecto educativo no período colonial, concretamente durante o


Estado Novo de Salazar tinha como meta a “civilização” dos
africanos. Esta “civilização” deve ser vista em duas dimensões: dum
lado, comportava a “desmoçambicanização”das mentes indígenas e,
doutro lado a integração dos moçambicanos na cultura e “civilização”
portuguesas. (TAVARES, 2011, p. 259).

Assim, duma e doutra maneira, a “civilização” tinha como intuito transformar os


moçambicanos em trabalhadores obedientes e conformados com a condição de
colonizados. Em última análise, a educação no período colonial tinha como objectivos
económicos na medida em que ela pretendia produzir mão-de-obra que respondesse às
necessidades da metrópole e ao mesmo tempo ter mercado para os seus produtos.

Ora, a “civilização” dos moçambicanos exigia uma compreensão dos indígenas por
parte dos europeus, como sugere (BECHIOR, 1951, p. 17),

No seu livro “Compreendamos os Negros”, Manuel Dias Belchior


escreve para os seus compatriotas portugueses a não julgarem o negro
segundo os seus padrões, sob o risco de produzirem uma imagem
deturpada do negro, e desta forma, não obterem a sua colaboração no
projecto civilizacional.

É preciso perceber que os portugueses desejavam suscitar um progresso seguro e rápido


para Moçambique, como sua colónia. Mas, o progresso não devia ser implementado
sem o nativo e muito menos contra ele. O progresso deveria acontecer na mais estreita
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associação com o negro. Esta associação seria proveitosa e sustentável (duradoura)


quando os associados se conhecessem e se compreendessem bem.

Para assegurar a colaboração entre os dois povos (português e moçambicano), cabia ao


português compreender o moçambicano. Nestes termos, compreender significa estimar, isto
é, respeitar o modo de ser dos moçambicanos dum lado, e doutro lado, desenvolver uma
afeição ao indígena, sem o complexo de superioridade do português.

No que respeita ao conhecimento dos elementos morais que podiam contribuir para a
compreensão dos moçambicanos por parte dos portugueses, Belchior apresenta a título
exemplificativo:
1) Superar o preconceito de que os valores da “civilização” portuguesa constituam
padrões absolutos e como consequência, a convicção de que a ausência de tais
valores em Moçambique, seja sinal de atraso e se reduzam os negros à animalidade.
Este preconceito inibiria a boa compreensão, pois afastaria os dois povos;
2) A linguagem metafórica ou comparativa que o indígena usava para expressar o seu
pensamento deveria ser bem valorizada pelos portugueses;
3) O sentido da justiça, isto é, o tratamento igual entre negros e brancos, seria
fundamental para o português obter a confiança e colaboração do negro;
4) A solidariedade que existia entre os negros;
5) O carinho que os negros têm pelas crianças e o respeito pelos velhos, enfim, como
valores capitais na vida dos indígenas.

Segundo BELCHIOR (1951, p. 47) diz que, “às Circunscrições coloniais a desenvolverem
políticas próprias tendentes a obter a melhor colaboração dos negros de forma a se
promover um rápido progresso moral e material de Moçambique.”

Assim, a política deveria basear-se em factos, isto é, o conhecimento das possibilidades


e preferências do indígena e também das suas dificuldades. Para operacionalizar esta
política adequada tanto para o conhecimento, como para atender as dificuldades do
indígena, só seria possível se fortalecesse a autoridade do administrador da
Circunscrição, pois ele constituía o espelho das virtudes e defeitos do “civilizador”. Daí
a necessidade do administrador ser coerente em palavras e actos que mobilizassem a
confiança do indígena para a sua posterior colaboração para o projecto “civilizacional”.
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Segundo CASTIANO & NGOENHA (2013, p. 53) salienta que “em termos de quantidade,
basta notar que até 1975, ano da independência de Moçambique, o índice de analfabetismo
era de 98% da população nacional.”

Assim, percebe-se que todos os esforços dos portugueses durante a sua administração em
Moçambique foram para o ser próprio benefício e queriam manter o negro na condição
subalterna.

De acordo com MAZULA, (1995, p. 140), “no âmbito qualitativo da educação formal, as
escolas foram espaços de excelência na reprodução da cultura portuguesa, ignorando por
completo a história e a cultura nativas dos moçambicanos.”

Portanto, a escola no período colonial, conjugava uma dupla função:

 Destituir os nativos da sua cultura e integrá-los num modelo colonial dominante,


porque se ensinava os conteúdos da sociedade europeia, como a história, a
geografia e os textos de leitura.

Enquanto os negros estavam nas escolas indígenas, estas ministradas pelos missionários
católicos (colaboradores da colonização) e por professores com fraca formação e quando
muito aprendendo as artes e ofícios, os brancos e os poucos assimilados aprendiam nas
escolas oficiais, desenvolvendo conteúdos intelectuais. Esta segregação, em termos práticos,
tinha consequências políticas, económicas e sociais, na medida em que os indígenas
estavam condenados a estarem perpetuamente subordinados e a serem mão-de-obra para os
vários trabalhos da administração colonial.

Ao nível social, os negros deveriam se manter no seu status quo, desenvolvendo complexos
de inferioridade. Os brancos por seu lado, eram educados para governarem, a
desenvolverem trabalhos administrativos e a manterem o seu complexo de superioridade.

As línguas africanas estão proibidas nas escolas. O homem branco é


sempre apresentado como um ser superior e o africano como um ser
inferior. Os conquistadores coloniais são descritos como santos e
heróis. As crianças africanas adquirem um complexo de inferioridade
ao entrarem na escola primária. Aprendem a temer o homem branco e
a ter vergonha de serem africanos. A geografia, a história e a cultura
de África são mencionadas, ou são adulteradas e a criança é obrigada a
estudar a história da Europa (CABRAL, apud PINA, 2011, p. 262).

Este estrato ilustra que a acção educativa do regime colonial, para além de ser uma
reprodução cultural portuguesa, constituía uma verdadeira violência simbólica por impor
valores – o lucro que se sobrepõe à dignidade da pessoa humana – da “civilização” europeia
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aos moçambicanos. A educação escolar no regime colonial, não teve outra finalidade
senão a produção e reprodução da força de trabalho com vista à exploração económica
do território moçambicano.

É preciso perceber que o objectivo de Portugal consistia em assegurar a sua


continuidade como nação e difundir o mais possível os valores da vida portuguesa nas
suas colónias.

3.2. Educar para emancipar

A independência e administração políticas dos moçambicanos foram as ideias que


nortearam a Frelimo para a Luta de Libertação Nacional no período que decorreu entre
1964 a 1974. Assim, 1975, ano da Independência de Moçambique, inaugura-se uma
nova fase na história política, económica e cultural do povo nativo.

Segundo MAZULA, (1995, pp.143-145), diz que, a ideologia de “Formar o Homem


Novo” foi a palavra de ordem nos discursos políticos dos dirigentes da Frelimo, logo
após a proclamação da Independência.”

O “Homem Novo” na visão da revolução da Frelimo, seria o homem livre do tribalismo,


do individualismo, do obscurantismo, da ignorância enfim, livre de todos os vestígios
colónias (o 67 capitalismo). Em última análise, o “Homem Novo” devia ser o
conhecedor da ciência e da técnica; utilizaria estas duas ferramentas (ciência e técnica)
para colocar a natureza ao serviço do homem para transformar as condições de vida de
todo o povo. Para tal, a educação deveria assentar-se em princípios pedagógicos com a
função essencial de educar o homem para servir a sociedade e contribuir para o
desenvolvimento de Moçambique.

Por isso, a escola deveria ser um instrumento emancipador de todo o povo. O poder
conquistado pelo povo devia ser entendido em várias vertentes:

 Histórico - social: doravante os moçambicanos deveriam ser donos da sua


história, actores ou sujeitos do seu próprio desenvolvimento;

 Cultural: orgulhosos dos seus valores culturais, transmitidos de geração para


geração quer através dos ritos de iniciação, quer da criação artística, como:
música, dança, pintura, escultura, etc.;
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 Económica: desenvolver relações de produção que beneficiassem a todo o povo


e;

 Política: os moçambicanos deveriam ser autónomos em decidir os destinos da


sua própria vida.

No princípio orientador da acção educativa do regime colonial tinha como fim último
“desaculturar” os moçambicanos da sua própria cultura e sua consequente integração na
“civilização” europeia por meio da assimilação e apropriação da cultura do colonizador
(Portugal).

Com a proclamação da Independência – libertar a terra e o homem – a escola teve que


assumir como tarefa mais importante “a descolonização’’ e a “remoçambicanização” das
mentes nativas.

Para este propósito – emancipar o moçambicano – era imperioso para a Frelimo criar um
sistema de ensino onde se formulasse uma nova mentalidade livre de todos os vestígios do
colonialismo. Em outras palavras, a educação deveria estar assente em princípios
pedagógicos com a função essencial de educar o moçambicano para servir a sua sociedade e
contribuir criadoramente para o desenvolvimento do país.

Foi nesta atmosfera, que foram reformulados os programas de geografia, de história e de


língua portuguesa, mudando os textos de leitura que estavam imbuídos da ideologia colonial
para conteúdos com o cunho da cultura moçambicana.

Para o novo quadro histórico-social, económico, político e cultural que se abre com a
proclamação da Independência de Moçambique, tornou-se urgente uma reforma curricular
consentânea com a realidade endógena dos educandos.
Nesta perspectiva, a escola actuou como agente transformador da
sociedade e como centro difusor do conhecimento científico e duma
nova mentalidade, ajudando a sociedade moçambicana a superar as
dificuldades existentes e a melhorar os métodos de trabalho e de
produção colectivo e familiar (MAZULA, 1979, p. 19).

A “descolonização” das mentalidades moçambicanas que correspondia a sua


“remoçambicanização cultural”, pressupõe por um lado, a emancipação política e, por
outro lado, a “revolução cultural” que deveriam traduzir-se na valorização e inclusão da
língua e cultura nativas no sistema de ensino.

Não obstante esforços e iniciativas empreendidas pelo Governo da Frelimo na promoção e


democratização do acesso à educação e emancipação dos moçambicanos, as escolas
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continuaram a perpetuar a alienação cultural dos seus utentes em Moçambique, ao ignorar


as línguas e as culturas nacionais do sistema de ensino.

Por outras palavras, quando a Frelimo decretou a língua portuguesa como a única de ensino
em todo o território nacional e também quis eliminar as culturas para a construção da nação
moçambicana, no fundo continuamos ignorantes tanto das nossas línguas, como das nossas
culturas.

De acordo SEVERINO (2011, pp. 269-270), Paulo Freire diz que” é impossível
remoçambicanizar a cultura, utilizando o meio que nos desmoçambicanizou.”

Como pode-se depreender, a educação moçambicana logo após a Independência Nacional,


onde o Estado foi socialista, a educação teve como finalidade formar o homem novo, livre
dos valores capitalistas (ligados ao regime colonial) com conhecimentos técnicos e
científicos para contribuir para o desenvolvimento económico, social e político da
sociedade moçambicana.

3.3. Educar para desenvolver as competências

Devido a dissolução da antiga União Soviética em 1989 e ao conflito


interno entre a Renamo (Resistência Nacional de Moçambique) e a
Frelimo (Frente para a libertação de Moçambique), notou-se a saída
do país do Socialismo e a sua consequente adesão ao Liberalismo em
1990 (CASTIANO & NGOENHA, 2013, pp. 108-112).

Esta mudança político-económica abre novos desafios para a sociedade moçambicana,


desafios estes que requeriam a liberalização do sistema educativo.

 A liberalização da educação deve ser entendida em duas vertentes: como acesso


ao ensino para todos os moçambicanos e como abertura aos agentes privados
para o desenvolvimento do ensino para colaborarem com o Estado que antes era
centralizador de todo o sistema educativo.

 Para responder aos vários desafios com que a sociedade moçambicana se


confrontava foi confiada à escola a missão de desenvolver uma tripla
competência: conhecimento, saber - ser/estar e saber - fazer.

Por competência, pretendo referir ao saber bem (RIOS, 2001, p. 46). O saber bem, em
outras palavras, “é o domínio que o aluno deve ter nas três dimensões: epistemológica,
axiológica e pragmática (laboral).”
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3.3.1. Saber ou conhecimento

Hoje mais do que nunca, torna-se pertinente que o aluno tenha um conhecimento sólido
sobre o mundo e sobre a vida humana tanto ao nível individual, como no campo
colectivo, para a sua melhor inserção na sociedade onde vive. O conhecimento passa
primeiro pelo domínio da escrita e da leitura e, mais tarde, pela interpretação de todos
os fenómenos sociais e naturais, instrumentos que permitam ao aluno a contribuir
melhor na resposta das necessidades da sociedade. A falta do saber, como conhecimento
cria ignorância no aluno e viver ignorante não marca a diferença entre existir e não
existir numa sociedade.

O conhecimento surge como resposta à curiosidade humana perante a sua vida e o


mundo.

A tripla competência que é fundamental na educação actual deve estar


bem articulada no processo educativo, pois ninguém pode trabalhar
bem ou dominar o seu ofício ou ser bom profissional enquanto for
ignorante tanto do conhecimento, como dos valores éticos aceites pela
sociedade moçambicana. Por isso, torna-se necessário o
desenvolvimento do pensamento complexo para a formação integral
do aluno (MORIN, 2003, p. 32).

Para o desenvolvimento do conhecimento o aluno mobiliza capacidades intelectuais quer ao


nível individual, quer colectivo para conhecer o mundo e a vida humana.

3.3.2. Saber ser/estar

Ao lado do conhecimento do mundo e da vida humana, hoje o aluno é chamado a


conhecer os valores culturais historicamente construídos pela sociedade moçambicana e
a viver segundo estes valores. O saber ser/estar visa criar melhores relações entre todos
os moçambicanos. Para este propósito é fundamental a contribuição de professores,
pais/encarregados de educação e toda a sociedade.

Esta competência surge pelo facto de se reconhecer hoje um


desfasamento entre os valores da sociedade Ocidental – liberdade e
igualdade – (da qual Moçambique herdou através da educação formal)
e os valores tradicionais da sociedade moçambicana – respeito aos
mais velhos, preservação da criança, veiculados pelos ritos de
iniciação, histórias, etc. (GOLIAS, 1993, pp. 12-18).

A prova desta discrepância entre a axiologia Ocidental e a moçambicana é o facto de


por exemplo, quando alguém chama atenção sobre o mau comportamento de uma
pessoa na via pública, esta em vez de agradecer e procurar emendar-se, questiona-lhe
sobre a legitimidade da sua chamada de atenção ou mau juízo das acções constatadas
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sob o pretexto de não ser seu pai ou avó e que mesmo se fosse, acusá-lo-ia de estar
ultrapassado. Assim, ninguém aconselha ao outro para uma boa conduta social, ou
mesmo, é difícil julgar mal as acções dos outros. Por isso, cada um procede como se os
outros não existissem – um individualismo ético absoluto.

Outra situação que periga as boas relações de convivência entre os moçambicanos é a


intolerância das nossas diferenças culturais, políticas, religiosas, etc., que influenciam a
maneira de agir de todos nós. Diante destas situações opostas – relativismo e
dogmatismo axiológicos – a escola deve ser um lugar de respeito mútuo onde os alunos
respeitem os valores socialmente aceites. Estes valores de tolerância (respeito mútuo) e
de obediência devem ser desenvolvidos tanto pelos professores nas suas relações com os
alunos, como pela sociedade, pois a escola deve reflectir a vida social.

Segundo MAZULA, (2005, p. 73), diz que, “outros valores que precisamos de
desenvolver nas instituições educativas são a honestidade.”

Pois, com este valor é possível ter a boa governação (livre da corrupção), dedicação de
todos os moçambicanos, tanto no seu local de trabalho, como no processo de
aprendizagem escolar.

Nas palavras de MAZULA, (2013, p. 118) salienta que, “a lisura é um valor


aglutinador de tantas virtudes: sinceridade e franqueza, dignidade e honestidade,
disciplina e dedicação ao trabalho.”

Esse valor torna-se necessário tanto para melhorar as nossas relações interpessoais,
como para dinamizar a capacidade produtiva pelo nosso trabalho.

3.3.3. Saber - fazer

Uma das funções da educação em Moçambique é formar cidadãos capazes de responder


as necessidades de toda a sociedade. E uma das necessidades é o desenvolvimento
económico e social. Para que a sociedade moçambicana se desenvolva em termos
económicos e sociais é necessário que todos os moçambicanos tenham a capacidade de
produzir bens alimentares, monetários, infra-estruturais, etc.
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Assim MAZULA (2006, pp. 41- 46), afirma que “a escola moçambicana tem o desafio
de formar técnicos e profissionais em diversas áreas para que contribuam para o
desenvolvimento económico e social que o país precisa agora.”

O saber - fazer que é exigido à escola hoje em Moçambique passa pelo domínio técnico-
científico e pelo gosto ao trabalho de todos que frequentam a escola.

Para desenvolver esta competência, é necessário que haja laboratórios e acordos entre
as escolas e as empresas de modo que as escolas no seu processo formativo, consigam
habilitar bem os alunos nas suas especialidades.

3.3.4. Desafios da educação contemporânea

No sistema marxista, vigente desde 1975, aquando da independência de Moçambique, a


educação tinha sido estabelecida como sendo um direito fundamental de cada cidadão e
era um instrumento fundamental para a formação e elevação do nível técnico-científico
dos trabalhadores. Acreditava-se que a educação seria um meio básico para a aquisição
da consciência social requerida para as transformações revolucionárias e para as tarefas
de desenvolvimento socialista. Sendo que na construção da sociedade socialista o
sistema de educação devia no seu conteúdo, estrutura e método, conduzir á criação do
homem novo.

Nesse período de tentativa de construção do socialismo, o Sistema Nacional de


Educação fundamentava-se nas experiências da educação desde a luta armada, baseada
nos princípios universais do marxismo-leninismo e no património comum da
humanidade – esta conjuntura foi projectada para responder às exigências do momento e
as estratégias do desenvolvimento socialista, por isso, perspectivou-se uma planificação
que contribuísse para a consolidação da aliança operário - camponesa e, a ser agente
potenciador das transformações que se previa com a socialização do campo, a
mecanização da agricultura e a industrialização do país.

Sendo, portanto, prioridades do sistema de educação a erradicação do analfabetismo, a


introdução da escolaridade obrigatória, a formação de quadros para as necessidades de
desenvolvimento económico e social e da investigação científica e cultural.
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Como se pode distinguir, nesta escola com interesses meramente socialistas, projectada
pelo governo moçambicano, recairia naquilo que TEIXEIRA (1977:93) anunciou como
sendo:
“ (...) uma transformação radical, com a criação da nova escola
comum para todos, em que a criança de todas as posições sociais iria
formar a sua inteligência, a sua vontade e o seu carácter, os hábitos de
pensar, de agir e de conviver socialmente. Essa escola formaria a
inteligência, mas não formaria o intelectual. O intelectual seria das
especialidades de que a educação posterior iria cuidar, mas não
constituía objecto dessa escola de formação comum a ser, então,
inaugurada” (s/p).

Para fraseando Teixeira, a aderência ao mercado livre pelo governo moçambicano


demandou a necessidade de uma total inovação das políticas educacionais, que
representavam a escola para todos, dado que a própria educação escolar marxista-
leninista e ainda existente na época teria de se transformar, para atender à multiplicidade
de vocações, ofícios profissões em que a nascente sociedade liberal e progressiva
começou a desdobrar-se.

No entanto, o sonho marxista-leninista, fundamentado na tentativa de construção do


socialismo viu-se frustrado no período que vai de 1987 a 1992, pois, dado o “colapso”
verificado na esfera política, Moçambique teve de abrir mão às instituições da Breton
Woods – precisamos lembrar que para estas instituições, a visão socioeconómica
fundamenta-se no livre mercado.
A reforma do quadro geral da educação justificou-se com aquilo que
KILPATRICK (apud TEIXEIRA: 1967) designou de movimento
progressista, caracterizado por uma sociedade de mudanças
permanentes. Neste caso, estávamos perante uma transformação da
escola, o que exigiu a aplicação de novos conhecimentos, fins e meios
que justificassem o sistema liberal.

Nesse período a capacidade de manobra do Governo moçambicano torna-se cada vez mais
estreita, devido á guerra e a entrada massiva de ONGs internacionais que começam a
“ocupar” vários campos sociais, dos quais a educação é destacável.

Para CASTINANO e NGOENHA (2005:56) foi nos finais de 1980


que surgiram as primeiras escolas privadas, justificadamente porque a
escola pública não oferecia lugares em quantidades suficientes e nem
a qualidade era a mais desejável. A proliferação das escolas privadas
passou a ser a avenida encontrada pelas elites moçambicanas para
garantir uma educação separada para os filhos e parentes.

Nessa sequência, através da lei 6/92 de 6 de Março, o governo passou a admitir no


quadro da lei a participação de outras entidades incluindo comunitárias, cooperativas,
empresariais e privadas no processo educativo.
18

Os princípios pedagógicos passaram a concorrer para a necessidade de desenvolvimento


da personalidade de uma forma harmoniosa, equilibrada e constante, que confira uma
formação integral e iniciativa criadora, da capacidade de estudo individual e de
assimilação crítica de conhecimento. Essa visão liberal compunha-se para iniciativas
que garantissem a ligação entre a teoria e prática, que se traduzisse no conteúdo e
método de ensino das várias disciplinas, no carácter politécnico do ensino conferido na
ligação entre a escola e a comunidade.

Concorria igualmente para nova visão da educação a ligação do estudo ao trabalho


produtivo socialmente útil como forma de aplicação dos conhecimentos científicos á
produção e a participação no esforço de desenvolvimento económico e social do país, bem
como a ligação estreita entre a escola e a comunidade, em que a escola participa
activamente na dinamização do desenvolvimento socioeconómico e cultural da comunidade
e, recebe desta a orientação necessária para a realização de um ensino e formação que
respondam as exigências do desenvolvimento do país.

E concordando com TEIXEIRA (1977, S/P) a própria autoridade dos livros “começa a
ser posta em dúvida. Há, pelo menos, uma porção de livros, e de opiniões adversas,
todos sendo igualmente compulsados e lidos.”

Critica-se tudo e tudo se questiona. Nada é sagrado. Diante de coisa alguma para a
coragem corrosiva e insolente desses pensamentos adolescentes e vivazes. Estranhas
teorias percorrem as escolas - de autodisciplina e auto governo, de programas
voluntários, de liberdade de escolha e de recusa, de expressão das próprias
personalidades, de respeito por essas personalidades, e de subordinação dos interesses
reais da vida, - que são os dos adultos - aos das crianças e dos jovens, que
evidentemente não podem deixar de serem caprichos e extravagâncias.
19

Conclusão

Chegando a conclusão do trabalho o grupo entende que o carácter histórico social da


educação caso de Moçambique compõe-se em um esboço que a Frelimo logo depois da
independência com o objectivo de restaurar a identidade dos moçambicanos, por um
lado, e por outro lado, desenvolver uma revolução socialista na sociedade
moçambicana, confiou à educação para forjar o “homem novo” e; na última, onde o país
vive um liberalismo tanto económico, como político, a escola deve educar
integralmente, desenvolvendo as competências do homem actual. Em última análise
para que a educação desenvolvida em Moçambique seja significativa, ou seja, tenha
interesse para a vida real dos moçambicanos é necessário por um lado que esteja
fundamentada em valores próprios dos moçambicanos, que passam pelo respeito das
identidades culturais, Ampliar a consideração recíproco, a honradez, por outro, colabore
para o saber fazer, isto é, o desenvolvimento não só do conhecimento técnico e ciêntico,
mas também, a cultura de trabalho, quer para a produção de bens e serviços úteis a vida
dos moçambicanos.
20

Referência Bibliográfica

BELCHIOR, Manuel Dias. Compreendamos os Negros. 2ª ed., Lisboa: Agência Geral


do Ultramar, 1951.

CASTIANO, José P. e NGOENHA, Severino E. A Longa Marcha duma Educação para


todos em Moçambique. 3ª Ed., Maputo: PubliFix, 2013.

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MAZULA, Brasão. A Utopia de Pensar a Educação. Maputo: Alcance, 2013. Pensar a


MAZULA, Brasão “Educação Perfeita: Comemorando Einstein 100 Anos Depois.
Maputo: Imprensa Universitária, 2006.

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Epistemológica. 2ª edição, Maputo: Imprensa Universitária, 2005.
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GARCIA, Carlos Marcelo,   A formação de  professore para uma mudança educativa,

Porto, Porto Editora, 1999, 270 p.


21

Aniceto Amisse
Janito Calisto Machai
Néstia Manuel Varivano
Quinito Hortêncio
Razak Sufo
Salimo Tauria

Carácter histórico social da educação caso de Moçambique


Licenciatura em Ensino de Matemática com habilidades em Física

Universidade Rovuma
Montepuez
2020
22

Aniceto Amisse
Janito Calisto Machai
Néstia Manuel Varivano
Quinito Hortêncio
Razak Sufo
Salimo Tauria

Carácter histórico social da educação caso de Moçambique

O trabalho de carácter avaliativo a ser entregue


ao docente da cadeira de Fundamentos de
Pedagogia, no curso de Licenciatura em Ensino
de Matemática com habilidades em Física, 1o
Ano.

Docente: MEd. Domingos Mindú

Universidade Rovuma
Montepuez
2020
23

Índice
Introdução......................................................................................................................3

1. Carácter histórico social da educação caso de Moçambique.....................................4

1.1. As formações sociopolíticas e seu carácter.............................................................4

1.1.1. Pedagogia.............................................................................................................4

1.1.2. Educação..............................................................................................................4

1.1.3. Formação.............................................................................................................4

1.1.4. Sociopolítica........................................................................................................5

2. As formações sociopolíticas e seu carácter................................................................5

2.1.Carácter formal........................................................................................................5

2.1.1.Carácter informal..................................................................................................6

2.1.2.Formação de Professores......................................................................................6

3.Finalidades da educação em Moçambique.................................................................7

3.1.Educar para “civilizar” o indígena...........................................................................8

3.2. Educar para emancipar..........................................................................................11

3.3. Educar para desenvolver as competências............................................................13

3.3.1. Saber ou conhecimento......................................................................................13

3.3.2. Saber ser/estar....................................................................................................14

3.3.3. Saber - fazer.......................................................................................................15

3.3.4. Desafios da educação contemporânea...............................................................15

Conclusão.....................................................................................................................18

Referência Bibliográfica..............................................................................................19

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