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Introdução
Objectivo geral
Objectivos específicos
1.1.1. Pedagogia
1.1.2. Educação
1.1.3. Formação
1.1.4. Sociopolítica
Neste caso, passaria a haver um "curso natural" e seus possíveis "desvios", sem atenção
efectiva para os processos históricos que particularizam a forma de expansão da
cidadania em cada sociedade. Ao contrário, o que nos parece fecunda no "paradigma da
cidadania.
Portanto, os dois conceitos pressupõem o uso diferenciado do poder pelos membros dos
grupos preocupados com a direcção que essas metas prossigam. Refere-se aos cientistas
políticos como indivíduos que inclinam-se a dar uma definição mais vasta de política,
considerando o carácter formal e informal destas formulações e o modo como elas
afectam a natureza, cultura e comportamentos de indivíduos e instituições. É um
processo único, associado quase sempre à escola.
2.1.Carácter formal
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2.1.1.Carácter informal
Há muito mais a aprender e desde muito cedo: a língua materna, tarefas domésticas,
normas de comportamento, rezar, caçar, pescar, cantar e dançar – sobreviver, enfim. E,
para tanto, sempre existiu, também desde muito cedo, uma educação informal, a escola
da vida, de mil milénios de existência. No carácter informal, não há lugar, horários ou
currículos. Os conhecimentos são partilhados em meio a uma interacção sociocultural
que tem, como única condição necessária e suficiente, existir quem saiba e quem queira
ou precise saber. Nela, ensino e aprendizagem ocorrem espontaneamente, sem que, na
maioria das vezes, os próprios participantes do processo deles tenham consciência.
2.1.2.Formação de Professores
De acordo com o trecho acima citado, podemos dizer que no período colonial, a
educação procurou responder os interesses do colonizador; depois da Independência,
tempo do Socialismo, a mesma procurou estar de acordo com a ideologia política do
momento e o mesmo aconteceu, depois de 1990 quando o Estado moçambicano abraçou
o liberalismo político e económico, tornando-se necessário convidar a educação para dar
cobro as necessidades da sociedade actual.
Neste trabalho também pretendemos mostrar as três finalidades que a educação teve em
Moçambique desde o período colonial até hoje. Teve três finalidades “sociais”, ou seja,
procurou responder as três necessidades da “sociedade moçambicana”. Colocamos entre
aspas a sociedade moçambicana, pois esta foi representada pelo poder político de
momento, e em algum momento este poder esteve totalmente distante da cultura
moçambicana.
Ora, a “civilização” dos moçambicanos exigia uma compreensão dos indígenas por
parte dos europeus, como sugere (BECHIOR, 1951, p. 17),
No que respeita ao conhecimento dos elementos morais que podiam contribuir para a
compreensão dos moçambicanos por parte dos portugueses, Belchior apresenta a título
exemplificativo:
1) Superar o preconceito de que os valores da “civilização” portuguesa constituam
padrões absolutos e como consequência, a convicção de que a ausência de tais
valores em Moçambique, seja sinal de atraso e se reduzam os negros à animalidade.
Este preconceito inibiria a boa compreensão, pois afastaria os dois povos;
2) A linguagem metafórica ou comparativa que o indígena usava para expressar o seu
pensamento deveria ser bem valorizada pelos portugueses;
3) O sentido da justiça, isto é, o tratamento igual entre negros e brancos, seria
fundamental para o português obter a confiança e colaboração do negro;
4) A solidariedade que existia entre os negros;
5) O carinho que os negros têm pelas crianças e o respeito pelos velhos, enfim, como
valores capitais na vida dos indígenas.
Segundo BELCHIOR (1951, p. 47) diz que, “às Circunscrições coloniais a desenvolverem
políticas próprias tendentes a obter a melhor colaboração dos negros de forma a se
promover um rápido progresso moral e material de Moçambique.”
Segundo CASTIANO & NGOENHA (2013, p. 53) salienta que “em termos de quantidade,
basta notar que até 1975, ano da independência de Moçambique, o índice de analfabetismo
era de 98% da população nacional.”
Assim, percebe-se que todos os esforços dos portugueses durante a sua administração em
Moçambique foram para o ser próprio benefício e queriam manter o negro na condição
subalterna.
De acordo com MAZULA, (1995, p. 140), “no âmbito qualitativo da educação formal, as
escolas foram espaços de excelência na reprodução da cultura portuguesa, ignorando por
completo a história e a cultura nativas dos moçambicanos.”
Enquanto os negros estavam nas escolas indígenas, estas ministradas pelos missionários
católicos (colaboradores da colonização) e por professores com fraca formação e quando
muito aprendendo as artes e ofícios, os brancos e os poucos assimilados aprendiam nas
escolas oficiais, desenvolvendo conteúdos intelectuais. Esta segregação, em termos práticos,
tinha consequências políticas, económicas e sociais, na medida em que os indígenas
estavam condenados a estarem perpetuamente subordinados e a serem mão-de-obra para os
vários trabalhos da administração colonial.
Ao nível social, os negros deveriam se manter no seu status quo, desenvolvendo complexos
de inferioridade. Os brancos por seu lado, eram educados para governarem, a
desenvolverem trabalhos administrativos e a manterem o seu complexo de superioridade.
Este estrato ilustra que a acção educativa do regime colonial, para além de ser uma
reprodução cultural portuguesa, constituía uma verdadeira violência simbólica por impor
valores – o lucro que se sobrepõe à dignidade da pessoa humana – da “civilização” europeia
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aos moçambicanos. A educação escolar no regime colonial, não teve outra finalidade
senão a produção e reprodução da força de trabalho com vista à exploração económica
do território moçambicano.
Por isso, a escola deveria ser um instrumento emancipador de todo o povo. O poder
conquistado pelo povo devia ser entendido em várias vertentes:
No princípio orientador da acção educativa do regime colonial tinha como fim último
“desaculturar” os moçambicanos da sua própria cultura e sua consequente integração na
“civilização” europeia por meio da assimilação e apropriação da cultura do colonizador
(Portugal).
Para este propósito – emancipar o moçambicano – era imperioso para a Frelimo criar um
sistema de ensino onde se formulasse uma nova mentalidade livre de todos os vestígios do
colonialismo. Em outras palavras, a educação deveria estar assente em princípios
pedagógicos com a função essencial de educar o moçambicano para servir a sua sociedade e
contribuir criadoramente para o desenvolvimento do país.
Para o novo quadro histórico-social, económico, político e cultural que se abre com a
proclamação da Independência de Moçambique, tornou-se urgente uma reforma curricular
consentânea com a realidade endógena dos educandos.
Nesta perspectiva, a escola actuou como agente transformador da
sociedade e como centro difusor do conhecimento científico e duma
nova mentalidade, ajudando a sociedade moçambicana a superar as
dificuldades existentes e a melhorar os métodos de trabalho e de
produção colectivo e familiar (MAZULA, 1979, p. 19).
Por outras palavras, quando a Frelimo decretou a língua portuguesa como a única de ensino
em todo o território nacional e também quis eliminar as culturas para a construção da nação
moçambicana, no fundo continuamos ignorantes tanto das nossas línguas, como das nossas
culturas.
De acordo SEVERINO (2011, pp. 269-270), Paulo Freire diz que” é impossível
remoçambicanizar a cultura, utilizando o meio que nos desmoçambicanizou.”
Por competência, pretendo referir ao saber bem (RIOS, 2001, p. 46). O saber bem, em
outras palavras, “é o domínio que o aluno deve ter nas três dimensões: epistemológica,
axiológica e pragmática (laboral).”
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Hoje mais do que nunca, torna-se pertinente que o aluno tenha um conhecimento sólido
sobre o mundo e sobre a vida humana tanto ao nível individual, como no campo
colectivo, para a sua melhor inserção na sociedade onde vive. O conhecimento passa
primeiro pelo domínio da escrita e da leitura e, mais tarde, pela interpretação de todos
os fenómenos sociais e naturais, instrumentos que permitam ao aluno a contribuir
melhor na resposta das necessidades da sociedade. A falta do saber, como conhecimento
cria ignorância no aluno e viver ignorante não marca a diferença entre existir e não
existir numa sociedade.
sob o pretexto de não ser seu pai ou avó e que mesmo se fosse, acusá-lo-ia de estar
ultrapassado. Assim, ninguém aconselha ao outro para uma boa conduta social, ou
mesmo, é difícil julgar mal as acções dos outros. Por isso, cada um procede como se os
outros não existissem – um individualismo ético absoluto.
Segundo MAZULA, (2005, p. 73), diz que, “outros valores que precisamos de
desenvolver nas instituições educativas são a honestidade.”
Pois, com este valor é possível ter a boa governação (livre da corrupção), dedicação de
todos os moçambicanos, tanto no seu local de trabalho, como no processo de
aprendizagem escolar.
Esse valor torna-se necessário tanto para melhorar as nossas relações interpessoais,
como para dinamizar a capacidade produtiva pelo nosso trabalho.
Assim MAZULA (2006, pp. 41- 46), afirma que “a escola moçambicana tem o desafio
de formar técnicos e profissionais em diversas áreas para que contribuam para o
desenvolvimento económico e social que o país precisa agora.”
O saber - fazer que é exigido à escola hoje em Moçambique passa pelo domínio técnico-
científico e pelo gosto ao trabalho de todos que frequentam a escola.
Para desenvolver esta competência, é necessário que haja laboratórios e acordos entre
as escolas e as empresas de modo que as escolas no seu processo formativo, consigam
habilitar bem os alunos nas suas especialidades.
Como se pode distinguir, nesta escola com interesses meramente socialistas, projectada
pelo governo moçambicano, recairia naquilo que TEIXEIRA (1977:93) anunciou como
sendo:
“ (...) uma transformação radical, com a criação da nova escola
comum para todos, em que a criança de todas as posições sociais iria
formar a sua inteligência, a sua vontade e o seu carácter, os hábitos de
pensar, de agir e de conviver socialmente. Essa escola formaria a
inteligência, mas não formaria o intelectual. O intelectual seria das
especialidades de que a educação posterior iria cuidar, mas não
constituía objecto dessa escola de formação comum a ser, então,
inaugurada” (s/p).
Nesse período a capacidade de manobra do Governo moçambicano torna-se cada vez mais
estreita, devido á guerra e a entrada massiva de ONGs internacionais que começam a
“ocupar” vários campos sociais, dos quais a educação é destacável.
E concordando com TEIXEIRA (1977, S/P) a própria autoridade dos livros “começa a
ser posta em dúvida. Há, pelo menos, uma porção de livros, e de opiniões adversas,
todos sendo igualmente compulsados e lidos.”
Critica-se tudo e tudo se questiona. Nada é sagrado. Diante de coisa alguma para a
coragem corrosiva e insolente desses pensamentos adolescentes e vivazes. Estranhas
teorias percorrem as escolas - de autodisciplina e auto governo, de programas
voluntários, de liberdade de escolha e de recusa, de expressão das próprias
personalidades, de respeito por essas personalidades, e de subordinação dos interesses
reais da vida, - que são os dos adultos - aos das crianças e dos jovens, que
evidentemente não podem deixar de serem caprichos e extravagâncias.
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Conclusão
Referência Bibliográfica
MISHRA R., Soci ety and social policy: theories and pratice ofwelfare. 2a.ed., Londres,
GARCIA, Carlos Marcelo, A formação de professore para uma mudança educativa,
Aniceto Amisse
Janito Calisto Machai
Néstia Manuel Varivano
Quinito Hortêncio
Razak Sufo
Salimo Tauria
Universidade Rovuma
Montepuez
2020
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Aniceto Amisse
Janito Calisto Machai
Néstia Manuel Varivano
Quinito Hortêncio
Razak Sufo
Salimo Tauria
Universidade Rovuma
Montepuez
2020
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Índice
Introdução......................................................................................................................3
1.1.1. Pedagogia.............................................................................................................4
1.1.2. Educação..............................................................................................................4
1.1.3. Formação.............................................................................................................4
1.1.4. Sociopolítica........................................................................................................5
2.1.Carácter formal........................................................................................................5
2.1.1.Carácter informal..................................................................................................6
2.1.2.Formação de Professores......................................................................................6
Conclusão.....................................................................................................................18
Referência Bibliográfica..............................................................................................19