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Formadora: Patrícia Ervilha
Índice --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------2
I. Introdução -------------------------------------------------------------------------------------------------------3
BIBLIOGRAFIA--------------------------------------------------------------------------------------------------------6
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Formadora: Patrícia Ervilha
Emoção é uma palavra que deriva do latim e movere, ou seja, pôr em movimento. Esta palavra
encerra então em si o conceito de movimento. Então, emoção é algo que nos prepara para a
acção, algo que nos obriga a agir. Estudar as emoções é um objectivo muito antigo, já os
Durante a última década temos assistido a um grande surto de estudos científicos relacionados
com a emoção. A ideia de que as emoções ajudam a reagir com rapidez, tomar decisões e
comunicar de forma não verbal e, de que a sua ausência, altera decisões supostamente
As nossas emoções, afirmam e servem nos de guia quando temos de enfrentar situações e
tarefas demasiado importantes para serem deixadas apenas a cargo do intelecto. Cada
emoção representa uma diferente predisposição para acção, cada uma delas aponta-nos numa
direcção que já noutras ocasiões resultou bem para enfrentar o mesmo tipo de problema.
Neste contexto surge o conceito de Inteligência Emocional, que engloba “a capacidade de ler
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inteligência; esta deve ter um âmbito mais lato que a capacidade de abstracção, a lógica
carácter geral. Deverá incluir méritos como a criatividade, o talento para organizar, o
A definição de Inteligência Emocional embora seja uma definição já clássica, ganhou novos
contornos com os trabalhos de Daniel Goleman (1999), que desenvolveu o conceito mas
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Daniel Goleman, 1997
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introdução do SENTIR.2
A primeira questão a colocar é de facto: será que ter um QI elevado é condição necessária e
Goleman afirma mesmo que “na melhor das hipóteses o QI contribui com 20% do sucesso na
O sentimento de qualquer emoção é a coisa mais natural no ser humano. Mesmo as emoções
que geralmente olhamos como negativas, como o medo, têm uma função específica e vital,
como a sobrevivência: nós sentimos medo para nos defendermos de determinada situação que
nos assusta. Nós ficamos tristes para ultrapassarmos um desgosto que tivemos. Sentirmos a
tristeza é a melhor forma de não cairmos em depressão, essa sim, um estado não natural.
Isabelle Filliozat
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António Damásio, 1999
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Daniel Goleman, 1997
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Este quadro revela-nos algo de Gramática Emocional, explicando os cinco elementos que
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Assim, para que serem as emoções? As emoções, todas elas, têm uma utilidade que é
interpessoais.
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RELACIONAMENTO
INTERPESSOAL
Desenvolvimento com os outros
Dimensão de AUTO-CONTROLO Influência
Regulação Honestidade Comunicação
Adaptabilidade Gestão de conflitos
Iniciativa Liderança
Controlo emocional Catalisador da mudança
Definição de fronteira
Trabalho colaborativo
analisá-los.
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Ÿ Que acontecimentos e que pessoas estão presentes quando me sinto dessa maneira?
pensar emocionalmente.
empatia.
ASSERTIVIDADE é o conceito por detrás deste objectivo. Ser ASSERTIVO é, sem dúvida,
causa os dos outros. É ser claro na expressão oral mas também na expressão de sentimentos,
próprios direitos, sem nos deixarmos manipular e sem manipular os sentimentos dos outros4.
A pessoa assertiva sabe dizer que não; sabe mostrar a sua opinião; sabe mostrar
A assertividade pode ser vista no olhar, na postura, na expressão facial, nos gestos, em todos
reside em perceber porque nem todos somos assertivos? Porque não o aprendemos ou
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Assertividade, Olga Castanyer
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adequado de comportamento mas a nossa ansiedade não nos permite aplicá-lo (por exemplo,
simplesmente não conhece ou rejeita os seus próprios direitos. (Ver tabela de direitos
Ilustração 2 - Assertividade
reagimos face a situações determinadas, importa termos a noção de como controlar as nossas
próprias emoções. Será que eu sei controlar as minhas emoções? Como é que o posso fazer?
Não se pretende aqui afirmar que o nosso comportamento deve ser “estilo robot”, altamente
emocional, evitando escaladas do tipo: eu grito com o meu colega porque estou a sentir raiva e
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Tudo somado, compensa a profissão que tenho, compensam as relações pessoais que
desenvolvo?
Controlar as nossas emoções não é mais do que ter capacidade para assumir os nossos
mensagens convincentes. Passa pela gestão de conflitos, por lidar com pessoas e situações
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Luís Neto, 2002
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relações interpessoais; odeia conflitos; gosta de ouvir e aplaude facilmente; é fraco a definir
objectivos; é fraco a auto disciplinar-se; é excelente a obter ajuda dos outros; as pessoas
gostam dele embora não o valorizem muito; trabalha devagar mas faz equipa; procura
reflectidas; gosta de grupos, de estar rodeado de pessoas; detesta estar só; exagera e
generaliza; sonha e leva os outros a sonhar; salta incansavelmente de uma actividade para
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Um líder de estilo condutor (extremos) toma decisões reflectidas, firmes e bem sustentadas;
gosta de controlar o grupo mais do que pertencer-lhe; odeia a inactividade; quer liberdade para
agir e dirigir; é frio e competitivo; é intolerante com as atitudes e erros alheios; trabalha bem
O estilo analítico (nos extremos) decide e executa com cautela; gosta de organização e
estrutura bem definidas; detesta comprometer-se; procura conhecer todos os detalhes; prefere
trabalhar sabendo exactamente o que se espera dele; quer estar do lado da lei; colecciona
coisas; trabalha melhor sozinho; procura segurança; procura aumentar o seu património
termos organizacionais, pode ser definido como a capacidade que uma pessoa tem de fazer
com que outras se comportem de determinadas maneiras. Existem cinco bases de poder que
desejam
evitar
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social, que lhe dá o direito de requerer obediência e que obriga os seus subordinados a
obedecer-lhe
Os arrivistas
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Impõe as suas ideias e têm prazer em encurralar os outros, até mesmo aqueles que por
motivos óbvios (doença, deficiência ou falta de experiência) tenham menos capacidades.
Os preguiçosos
Os conflituosos
Também denominados de fora da lei e indisciplinados são, à primeira vista, autenticas bombas
relógio, muito difíceis de controlar.
Têm respostas agressivas e rudes acompanhadas, muitas vezes, por actos violentos.
Quando não entendem as atitudes dos outros pensam imediatamente que estas têm o intuito
de os prejudicar.
No entanto, o seu potencial de trabalho é grande.
Outros tipos:
Os Mafiosos
As Cunhas
Os Incompetentes
Os Desorganizados
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Arrivistas
Definir claramente os seus papéis
Não atribuir funções que impliquem controlo e muito poder
Pedir um feedback constante do seu trabalho
Adverte-los sempre que façam comentários depreciativos ou não fundamentados em relação
aos colegas.
Preguiçosos
Definir diariamente os objectivos a cumprir
Controlar os progressos em 3 alturas do dia (meio da manhã; antes do almoço, tarde);
Atribuir-lhes funções em que tenham que colaborar com outros colegas;
Conflituosos
Demonstrar que os ouvimos e que os entendemos;
Valorizar e incentivar o seu trabalho;
Inseri-los em equipas com elementos calmos e tranquilos;
Intervir e esclarecer a situação sempre que se detecte um conflito latente ou iminente;
Após um conflito, perguntar sempre se a questão ficou resolvida.
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Assertividade6
Estilo de comunicação que se define quando um indivíduo se expressa de uma forma firme e
diplomática.
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Para desenvolvimentos veja-se a obra de Olga Castanyer
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Crítica e Elogio
► Criticam-se e elogiam-se comportamentos, actos, tarefas, palavras… mas não se critica nem
se elogia um indivíduo no geral.
► A crítica e o elogio pessoal devem ser feitos em privado.
► Quando se critica deve-se definir e identificar a emenda.
► Nos dois casos, ser-se objectivo e concreto.
Alegria
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Vamos agora perceber para que servem as emoções, como se manifestam e porquê existem?
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A raiva manifesta-se por tensão muscular, rubor, aceleração cardíaca. Surge normalmente
devido a um acontecimento indesejado, contrário aos nossos valores ou interesses e sobretudo
A tristeza manifesta-se com algumas rugas na testa, pela posição oblíqua das sobrancelhas ou
com os cantos da boca para baixo. A tristeza surge devido a um sentimento de perda, seja de
alguém que nos é querido, de um objecto que valorizamos, de estatuto ou de valores. A tristeza
surge para evitar as situações que a provocam, surge para reflectirmos sobre os nossos erros,
surge para atrair a atenção dos outros, para nos protegermos da agressividade dos outros e,
muito importante, a tristeza PROTEGE DA DEPRESSÃO.
Finalmente a vergonha, manifesta-se com rubor na face, com o baixar do olhar, com o inclinar
da cabeça para a frente, serve para mostrarmos aos outros que não conseguimos atingir as
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O que é que as pessoas dizem quando acham que estão sob o efeito do stress:
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STRESS E DESAFIO
O stress pode ser positivo
Stress positivo - desafio Stress negativo
Elevado
desempenho
Desempenho máximo
quando há um grau
de exigência máximo
adequado às
capacidades
Concentração Ansiedade
Baixo
desempenho Apatia Exaustão
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optimiza o nosso desempenho. Ao passar de pressão baixa pela alta então é que o stress se
desempenho.
Assim, importa que cada um de nós compreenda onde se encontra o seu ponto óptimo e ao
atingi-lo tenha consciência de que terá que abrandar pois a partir daí pode começar a sentir
OS CONFLITOS: são sempre situações desagradáveis, pois causam mau estar interior,
desgastam energias podendo condicionar o relacionamento futuro dos conflituantes, se não
forem bem geridos.
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Com chefias
Com colegas
Com clientes (externos)
Com fornecedores (externos)
Com colaboradores
Com subordinados
Quando os conflitos são internos à organização, eles são intra transmissores, ou seja,
propagam-se de indivíduo para indivíduo; são inter papéis, ou seja, não há compreensão dos
diferentes papeis que cada colaborador desempenha ou são ainda conflitos do tipo papel –
pessoa, conflitos onde é o próprio colaborador que não se revê no papel ou nos papéis que se
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Quando enfrentamos uma situação de conflito, como agir: em primeiro lugar, é necessário
manter a postura adequada, ou seja, a postura normal em contexto profissional; essa postura
deve mesmo ser reforçada com gestos, ou sinais corporais, que reforcem a percepção de
calma no interlocutor.
comunicação deve ser acompanhada com o olhar, deve ser manifestada total disponibilidade,
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Tendo já escutado activamente, agora é tempo para sermos ouvidos e esse é um direito que
temos que conquistar junto do nosso interlocutor. Como? Nunca utilizando expressões que
potenciam o conflito, tais como, “o que diz é falso”. Expondo as nossas ideias, devemos
agressiva.
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2002, in www.eiconsortium.org
BRANDES, Donna e PHILLIPS Howard, Manual de Jogos Educativos, Moraes Editora, 1977
DAMÁSIO, António, Review of The felling of what happens: body, emotion and the making of
GOLEMAN, Daniel, An EI-Based Theory of Performance, from the book The Emotionally
NETO, Luís Miguel e MARUJO, Helena Águeda, Optimismo e Inteligência Emocional – Guia
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