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14 de agosto de 2009
0.1 Resumo histórico
De maneira rápida vejamos os antecedentes da ESTRUTURA MÉTÁLICA por meio
de algumas datas significativas:
0.2.2 Cargas
Os sistemas de forças que atuam nas estruturas são chamados de “SISTEMAS DE
CARGAS” .
2
0.2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
2. Cargas acidentais: podem estar atuando nas estruturas ou não. Exemplo: peso das
pessoas numa laje, peso dos veículos numa ponte, etc.
• cargas concentradas
Atuam em uma área tão pequena que se considera aplicada num ponto (Figura 4).
Figura 4: viga simplesmente apoiada submetida a uma carga concentrada no meio do vão.
• cargas distribuídas
Atuam ao longo de um carregamento e podem ser:
NOTA1 : todas as cargas distribuídas podem ser substituídas por cargas concen-
tradas de valor v. Este valor v é numericamente igual a área do diagrama de cargas
aplicado no centro de gravidade.
3
0.2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
• Carga momento: atua como ação de uma parte da estrutura sobre outra (Figura 7).
NOTA2 : numa estrutura em equilíbrio, os esforços solicitantes que atuam em uma
seção genérica, equilibram as ações externas que atuam à esquerda ou à direita dessa
seção. Nas estruturas planas, são três os esforços solicitantes atuantes, a saber:
momento fletor (M); força normal (N) e força cortante (Q). Portanto, teremos:
ΣFx = 0; ΣFy = 0 e ΣMp = 0, onde o índice p é o ponto escolhido como centro de
redução de momentos.
4
0.3. TELHADOS
0.3 Telhados
0.3.1 Tipos de telhados
O tipo de telhado deve atender:
• Estética;
• à redução dos esforços pelos ventos. É indicado um acréscimo de 50% nos valores
das isopletas eólicas da NB 6123.
5
0.3. TELHADOS
6
0.4. TESOURAS E TERÇAS
Figura 14: Galpão tipo Shed (Neste tipo, as vigas principais são transversais e as tesouras, do tipo
alpendre (shed) se dispõem longitudinalmente, ligando-se às vigas principais). Notem-se a
penetração da luz natural e a redução de altura.
Figura 15: Esta tesoura é usada na construção de telhado de meia-água. Também serve para unir treliças
em telhados SHED.
7
0.4. TESOURAS E TERÇAS
(a)
(b)
Figura 16: a) Telhados SHED são usados em coberturas muito grandes. As flechas inclinadas indicam
o sentido e por onde a luz natural penetra, que é através das treliças verticais. As flechas,
verticais e para cima, representam as colunas em que as vigas se apóiam. Este tipo de tesoura
geralmente é trocado pelo tipo (b) abaixo e b) Tipo de tesoura preferível nos telhados SHED,
pois unem as treliças verticais (T), contraventam-nas, recebem as terças e também a calha.
Na peça superior inclinada estão marcadas 4 bolinhas pretas, locais em que se apóiam as
terças.
Figura 17: Tesoura do tipo alpendre. Não usa escora na extremidade. A peça superior também é inclinada
para que, do lado do ancoramento, seja colocada uma calha. O ancoramento deve ser suficiente
para evitar que caia.
Figura 18: Tesoura tipo alpendre sem escora na extremidade. (Usada em galpões em que se necessite
cargas e descargas sob cobertura externa).
8
0.4. TESOURAS E TERÇAS
Figura 19: Terça de telhado (A) com espaçamento entre tesouras de 5 m (B).
Exercício 01: Uma terça de telhado (14×20 cm) é apoiada nas suas extremidades e
é carregada verticalmente com 1 tf concentrada no ponto médio. A inclinação da perna
da tesoura é de 35◦ e o vão de 4 m, conforme Figura 20. Calcule as tensões nos quatro
vértices da seção transversal, traçando o croqui da Linha Neutra (LN).
Figura 20: Terça de seção retangular carregada verticalmente com 1 tf , concentrada no ponto médio.
kgf kgf
Resposta : σ1 = 175, 6 2
; σ2 ∼= 0; σ3 = −175, 6 2 ; σ4 ∼ =0
cm cm
Exercício 02: determinar as tensões nos quatro vértices da seção transversal trapezoidal
de uma terça de madeira (Figura 21), quando solicitada pelo momento fletor 50 tf .cm,
positivo.
9
0.5. TRELIÇAS
Figura 21: Terça de seção trapezoidal solicitada por um momento fletor de 50 tf .cm.
Resposta : a = 100mm
0.5 Treliças
0.5.1 Conceitos fundamentais
Treliças são estruturas formadas por barras ligadas por articulações, as quais traba-
lham predominantemente sob a ação de forças normais. Por exemplo, se partirmos de
sistemas estáveis e acrescentarmos duas barras não-alinhadas, ligadas por rótulas, estare-
mos construindo sistemas também estáveis. São esses sistemas estáveis e os esforços que
surgem nas barras, quando qualquer força estiver atuando sobre um nó, que são chamados
de treliças.
10
0.5. TRELIÇAS
Figura 23: Representação de uma treliça simples com nome das barras
(a)
(b)
Figura 24: a) Treliça Pratt com apoio no banzo superior (Diagonais tracionadas e montantes com-
primidos) e b) Treliça Pratt com apoio no banzo inferior (Diagonais externas e montantes
comprimidos; diagonais internas tracionadas).
(a)
(b)
Figura 25: a) Treliça Warren com apoio no banzo inferior (Algumas diagonais comprimidas e outras tra-
cionadas; alguns montantes comprimidos e outros tracionados) e b) Treliça Warren com apoio
no banzo superior (Não tem montantes; algumas diagonais comprimidas e outras tracionadas.
Triângulos isóceles).
11
0.5. TRELIÇAS
(a)
(b)
Figura 26: a) Treliça Howe com apoio no banzo inferior (Diagonais comprimidas; montantes tracionados)
e b) Treliça Howe com apoio no banzo inferior (diagonais cruzadas onde o momento flector é
máximo).
(a)
(b)
Figura 27: a) Treliça com banzo superior em partes inclinadas (Conhecida como tesoura de duas meias-
águas) e b) Treliça com banzo superior em partes inclinadas e sem montantes. (Tesoura de
duas meias-águas).
(a)
(b)
(c)
Figura 28: a) Treliça K com apoio no banzo inferior (Painéis subdivididos para conseguirem-se diagonais
com ± 45◦ ; menores esforços secundários); b) Treliça Pettit. (Banzo superior curvo; painéis
subdivididos; apoio no banzo inferior) c) Treliça Baltimore (Apoio no banzo superior; painéis
subdivididos para que as diagonais tenham ângulos de ± 45◦ ; barras comprimidas mais curtas).
12
0.5. TRELIÇAS
(a) (b)
1. Ter em mãos um desenho em que o calculista indicou o tipo de cada barra que será
empregada.
3. Conseguir uma superfície plana, nas dimensões necessárias para que seja construída
uma treliça plana lateral. Deixar uma contraflecha à razão de 1 mm por metro de
comprimento. Em cima da primeira, para a face oposta, construir outra treliça, com
as cantoneiras viradas.
4. Colocar em pé as duas treliças, separadas pela distância igual à largura das treliças
inferior e superior. Prendê-las, com grampos e pedaços de cantoneiras ou madeira,
para manter a posição. Usar calços para manter a contraflecha. Construir, agora,
estas treliças (superior e inferior) usando os banzos das primeiras. Cuidar, durante a
soldagem para que não haja torceduras, ou que não forme uma helicóide. Evita-se a
formação de torceduras e de helicóide montando-a apenas ponteando alternadamente
as peças ao invés de soldá-las. Depois de toda montada, então fazem-se todas as
soldas.
13
0.5. TRELIÇAS
o cálculo começa pelas solicitações externas; continua pela determinação das telhas;
do suporte das telhas, as terças; do apoio para as terças; etc. até chegar às fundações.
Hipóteses admitidas nos processos de cálculo:
Figura 30: Nó formado por duas barras com α assumindo qualquer valor, sem carregamento externo.
Observe que quando α = π teremos F1 = F2 .
Figura 31: Nó formado por duas barras com α assumindo qualquer valor, possuindo carregamento externo
na direção de uma ou das duas barras.
Figura 32: Nó formado por três barras, sendo duas na mesma direção, sem carregamento externo e com
com α assumindo qualquer valor.
14
0.5. TRELIÇAS
Figura 33: Nó formado por três barras, sendo duas na mesma direção, possuindo carregamento externo
na direção da barra 1 e com com α assumindo qualquer valor.
SOLUÇÃO
Calculo das reações de apoio:
X
Fx = 0 =⇒ XA = 0
X
MA = 0 =⇒ −8 × 1, 5 + YC × 2 = 0 =⇒ YC = 6kN
X
MC = 0 =⇒ YA × 2 − 8 × 0.5 = 0 =⇒ YA = 2kN
Equilíbrio do nó A:
√
X −4 3
FY = 0 = 2 + N2 sen60 =⇒ N2 =
3
√ √
X −4 3 1 2 3
FX = 0 = N2 cos60 + N6 = × + N6 =⇒ N6 =
3 2 3
15
0.5. TRELIÇAS
Equilíbrio do nó D:
√
X 4 3
FY = 0 = −N2 cos30 − N3 cos30 =⇒ N3 = −N2 =
3
√
X −4 3
FX = 0 = N1 + N3 cos60 − N2 cos60 =⇒ N1 =
3
Equilíbrio do nó C:
X √
FY = 0 = +N5 sen60 + 6 =⇒ N5 = −4 3
X √
FX = 0 = N7 + N5 cos60 =⇒ N7 = 2 3
Equilíbrio do nó E:
X √
FY = 0 = −N4 sen60 − N5 cos30 − 8 =⇒ N4 = −4 3
Observações:
1) A seção pela qual se separa o sistema reticulado ou treliça não precisa ser retilínea (a
seção pode ser uma curva qualquer, desde que seja contínua).
2) Este método é muito útil quando se quer conhecer os esforços apenas em algumas
barras.
16
0.5. TRELIÇAS
X √
FY = 0 = 2P − P − −F8 cos45 =⇒ F8 = P 2
X
MH = 0 = −2P × 2a + P × a + F2 × a =⇒ F2 = −3P
X
MB = 0 = −2P × a + P × a + F15 × a =⇒ F15 = 2P
Exemplo numérico proposto 01: determinar as reações externas e os esforços nas
barras 2-4, 5-7 e 6-8 da treliça (Figura 37) abaixo:
√ √
Resposta : V1 = −3t; V2 = 6t; H = 0; F2−4 = −3 2t; F5−7 = +3t; F6−8 − 3 2t
Exemplo numérico proposto 02: uma torre de uma linha de transmissão é mode-
lada pela treliça mostrada (Figura 38). Calcule as forças induzidas nas barras AB, DB,
CD e FC pelas cargas de 1,8 kN mostradas. Suponha que os elementos cruzados nas
seções centrais da treliça suportam apenas tração.
Resposta : FAB = 3, 89kN (C); FDB = 0; FCD = 0, 932kN (C); FF C = 4, 41kN (C)
17
0.5. TRELIÇAS
18
0.5. TRELIÇAS
Resposta : S = 0, 5cm2
Exemplo numérico proposto 02: determinar o coeficiente da mola (k) no sistema
da figura para o qual a tensão no tirante BD seja o triplo da tensão no tirante CE. São
dados: E= 1500 cmt 2 ; S= 5cm2 ; l= 1000cm.
Figura 40: Chapa rígida sustentada por tirantes e apaiada por mola
tf
Resposta : k = 1
cm2
19
0.6. EMENDAS E SOLICITAÇÃO POR CORTE—REBITES OU PARAFUSOS
• Relação dos possíveis tipos de ruptura de uma ligação por rebites ou parafusos:
N
τ̄ ≥
Sf
Ruptura da chapa (ou da cobrejunta) na seção transversal mais crítica:
seja σ̄= tensão normal admissível do material; Su = área útil da seção transver-
sal da chapa; P= esforço solicitante axial na chapa.
P
σ̄ ≥
Su
Su = S − (d × e)
Ruptura da chapa (ou da cobrejunta) por cisalhamento:
este tipo de ruptura é evitado guindo-se as especificações, de distâncias mínimas
estre rebites, recomendadas pela Norma Brasileira.
Ruptura da chapa (ou da cobrejunta) por esmagamento:
O esmagamento da chapa ocorre nos pontos onde o fuste do rebite aplica
pressão sobre a parede cilíndrica do furo.
Seja σesm
¯ = tensão de esmagamento admissível do material; Sesm =área da seção
transversal da chapa; N= esforço solicitante no rebite.
N
¯ ≥
σesm
Sesm
Nota: a área de esmagamento é definida como Sesm = d × e
Eemplo numérico proposto 01: Calcular: (a) O diâmetro máximo do rebite; (b) O
número de rebites da ligação esquematizada pela Figura 41 e (c) O comprimento mínimo
das cobrejuntas.
1
Elementos de ligação da AÇOMINAS (1989)
20
0.7. COLUNAS
0.7 Colunas
Colunas são elementos estruturais lineares de eixo reto, usualmente dispostos na ver-
tical, em que as forças normais de compressão são preponderantes e cuja função principal
é receber as ações atuantes nos diversos níveis e conduzi-las até as fundações.
π 2 EI
Pf l =
4l2
Chamada carga crítica de Euler. A tensão de flambagem passa a ser:
21
0.7. COLUNAS
π2E
σf l =
4λ2
π 2 EI π 2 EI
Pf l = =
4( 2l )2 l2
A tensão de flambagem passa a ser:
π2E
σf l =
λ2
π 2 EI 4π 2 EI
Pf l = =
4( 4l )2 l2
4π 2 E
σf l =
λ2
22
0.7. COLUNAS
23
0.7. COLUNAS
π 2 EI π 2 EI
Pf l = = 1, 78
( 43 l)2 l2
π2E
σf l = 1, 78 2
λ
24
0.8. AÇOS ESTRUTURAIS
(a) (b)
25
0.8. AÇOS ESTRUTURAIS
Obs.: o aço SAE 1045 não é usado na estrutura propriamente dita, mas somente nos
esticadores de tirantes dela.
Só indicar aos clientes material de indústrias que procedam análises de seus produtos.
Lojas que comercializam produtos de qualidade duvidosa devem ser evitadas, mesmo que
o preço seja menor.
Para aços usados em estruturas metálicas não são desejáveis teores de carbono médios
ou altos. Os teores devem estar entre 0,10 a 0,30% de C, por permitirem solda elétrica
sem cuidados especiais.
26
0.8. AÇOS ESTRUTURAIS
27
0.8. AÇOS ESTRUTURAIS
impacto são os mais empregados para o estudo de fratura frágil. O ensaio de impacto
mais usado, pela sua simplicidade, é o que utiliza corpos de prova Charpy. O corpo
de prova é padronizado e provido de um detalhe para localizar a sua ruptura e
produzir um estado triaxial de tensões, quando ele é submetido a uma flexão por
impacto, produzida por um martelo pendular. A energia que o corpo de prova
absorve, para se deformar e romper, é medida pela diferença entre a altura atingida
pelo martelo antes e depois do impacto, multiplicada pelo peso do martelo. quanto
menor for a energia absorvida, mais frágil será o comportamento do material àquela
solicitação dinâmica. A energia absorvida varia sensivelmente com a temperatura
de ensaio. Define-se como temperatura de transição a temperatura (ou faixa de
temperatura) onde ocorre uma mudança no caráter de ruptura do aço, passando
de dúctil para frágil, ou vice-versa. Logo, em regiões onde podem ocorrer baixa
temperaturas, deve-se exigir o ensaio Charpy para verificar o tipo de fratura que o
aço pode proporcionar.
• Tenacidade: é a energia total (pástica ou elástica) que o material pode absorver até
a ruptura. Assim, pode-se concluir que um material ductil com a mesma resistência
de um material frágil irá requerer maior energia para ser rompido e, portanto, é
mais tenaz.
28
0.8. AÇOS ESTRUTURAIS
Observações:
2. Os aços CA-50 e CA-60, para concreto, são de soldagem dificílima, exigem preaque-
cimento e recosimento. Não são indicados para estruturas.
29
0.8. AÇOS ESTRUTURAIS
1. Maior área útil: as seções dos pilares e vigas de aço são substancialmente mais
esbeltas do que as equivalentes em concreto, resultandoem melhor aproveitamento
do espaço interno e aumento da área útil, fator importante em garagens de empresas
de transportes.
4. Antecipação de ganho:
Em função da maior velocidade de execução da obra, haverá um ganho adicional
pela ocupação antecipada do imóvel e pela rapidez no retorno do capital investido.
Observe que a estrutura é fabricada em paralelo com a execução das fundações,
30
0.9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Planta baixa em que ficam indicadas as paredes, janelas, portas ou portões, colunas
e o que mais o piso deva conter.
• Um ou dois cortes verticais, feitos em separado, de tal forma que ajude a compreen-
são.
• Por último, o desenho da estrutura como se o observador a visse por cima. Deta-
lhamentos são em desenhos ampliados.
31
0.9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
32
0.10. ANEXOS
0.10 Anexos
0.10.1 Aços para armaduras
Conforme já dito anteriormente o aço é uma liga metálica composta principalmente
de ferro e de pequenas quantidades de carbono (em torno de 0,002% até 2%). Os aços
estruturais para construção civil possuem teores de carbono da ordem de 0,18% a 0,25%.
Entre outras propriedades, o aço apresenta resistência e ductilidade, muito importantes
para as Engenharias Civil, Elétrica (especialmente em torre de linha de transmissão) e
Mecânica. Como o concreto simples apresenta pequena resistência à tração e é frágil, é
altamente conveniente a associação do aço ao concreto, obtendo-se o concreto armado.
Este material, adequadamente dimensionado e detalhado, resiste muito bem à maioria
dos tipos de solicitação. Mesmo em peças comprimidas, além de fornecer ductilidade, o
aço aumenta a resistência à compressão.
Matéria prima
Para a obtenção do aço são necessárias basicamente duas matérias-primas: minério de
ferro e coque. O processo de obtenção denomina-se siderurgia, que começa com a chegada
do minério de ferro e vai até o produto final a ser utilizado no mercado. O minério de
ferro de maior emprego na siderurgia é a hematita (Fe2 O3 ), sendo o Brasil um dos grandes
produtores mundiais.
Coque é o resíduo sólido da destilação do carvão mineral. É combustível e possui
carbono. Em temperaturas elevadas, as reações químicas que ocorrem entre o coque e
o minério de ferro, separam o ferro do oxigênio. Este reage com o carbono do coque,
formando dióxido de carbono (CO2 ), principalmente. Também é utilizado um fundente,
como o calcário, que abaixa o ponto de fusão da mistura. Minério de ferro, coque e
fundente são colocados pelo topo dos altos-fornos, e na base é injetado ar quente. Um alto
forno chega a ter altura de 50m a 100m. A temperatura varia de 1000◦ C no topo a 1500◦ C
na base. A combinação do carbono do coque com o oxigênio do minério libera calor.
Simultaneamente, a combustão do carvão com o oxigênio do ar fornece calor para fundir o
metal. O ponto de fusão é diminuído pelo fundente. Na base do alto forno obtém-se ferro
gusa, que é quebradiço e tem baixa resistência, por apresentar altos teores de carbono e de
outros materiais, entre os quais silício, manganês, fósforo e enxofre. A transformação de
gusa em aço ocorre nas aciarias, com a diminuição do teor de carbono. São introduzidas
quantidades controladas de oxigênio, que reagem com o carbono formando CO2 .
Tratamento mecânico
O aço obtido nas aciarias apresenta granulação grosseira, é quebradiço e de baixa
resistência. Para aplicações estruturais, ele precisa sofrer modificações, o que é feito
basicamente por dois tipos de tratamento: a quente e a frio.
a) Tratamento a quente:
O aço obtido nessa situação apresenta melhor trabalhabilidade, aceita solda comum,
possui diagrama tensão-deformação com patamar de escoamento, e resiste a incêndios
moderados, perdendo resistência, apenas, com temperaturas acima de 1150◦ C (Figura
49). Estão incluídos neste grupo os aços CA-25 e CA-50.
Na Figura 49 tem-se: P: força aplicada; A: área da seção em cada instante; A0 :
área inicial da seção; a: ponto da curva correspondente à resistência convencional; b:
33
0.10. ANEXOS
34
0.10. ANEXOS
35
0.10. ANEXOS
36
0.10. ANEXOS
37
0.10. ANEXOS
38
0.10. ANEXOS
39
0.10. ANEXOS
40
0.10. ANEXOS
41
0.10. ANEXOS
42
0.10. ANEXOS
43
0.10. ANEXOS
44
0.10. ANEXOS
45
0.10. ANEXOS
46
0.10. ANEXOS
47
0.10. ANEXOS
48
Lista de Figuras
1 Apoio do 3◦ gênero . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2 Apoio do 2◦ gênero . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
3 Apoio do 1◦ gênero . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
4 viga simplesmente apoiada submetida a uma carga concentrada no meio
do vão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
5 viga simplesmente apoiada submetida a uma carga uniformemente distribuída 3
6 viga simplesmente apoiada submetida a uma carga distribuída variável . . 4
7 viga submetida a uma carga momento aplicada no ponto A. . . . . . . . . 4
8 Estrutura metálica submetida a uma carga concentrada na extremidade
direita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
9 viga metálica submetida a vários carregamentos . . . . . . . . . . . . . . . 5
10 viga metálica submetida a vários carregamentos . . . . . . . . . . . . . . . 5
11 Telhado de duas meias-águas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
12 Telhado geminado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
13 Telhado Germinado com meias-águas no sentido transversal . . . . . . . . 6
14 Galpão tipo Shed (Neste tipo, as vigas principais são transversais e as
tesouras, do tipo alpendre (shed) se dispõem longitudinalmente, ligando-se
às vigas principais). Notem-se a penetração da luz natural e a redução de
altura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
15 Esta tesoura é usada na construção de telhado de meia-água. Também
serve para unir treliças em telhados SHED. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
16 a) Telhados SHED são usados em coberturas muito grandes. As flechas
inclinadas indicam o sentido e por onde a luz natural penetra, que é através
das treliças verticais. As flechas, verticais e para cima, representam as
colunas em que as vigas se apóiam. Este tipo de tesoura geralmente é
trocado pelo tipo (b) abaixo e b) Tipo de tesoura preferível nos telhados
SHED, pois unem as treliças verticais (T), contraventam-nas, recebem as
terças e também a calha. Na peça superior inclinada estão marcadas 4
bolinhas pretas, locais em que se apóiam as terças. . . . . . . . . . . . . . 8
17 Tesoura do tipo alpendre. Não usa escora na extremidade. A peça superior
também é inclinada para que, do lado do ancoramento, seja colocada uma
calha. O ancoramento deve ser suficiente para evitar que caia. . . . . . . . 8
18 Tesoura tipo alpendre sem escora na extremidade. (Usada em galpões em
que se necessite cargas e descargas sob cobertura externa). . . . . . . . . . 8
19 Terça de telhado (A) com espaçamento entre tesouras de 5 m (B). . . . . . 9
20 Terça de seção retangular carregada verticalmente com 1 tf , concentrada
no ponto médio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
21 Terça de seção trapezoidal solicitada por um momento fletor de 50 tf .cm. . 10
22 Tesoura de madeira com carga de 18kN no centro. . . . . . . . . . . . . . . 10
49
LISTA DE FIGURAS LISTA DE FIGURAS
50
Lista de Tabelas
51
Referências
1 http://www.abcem.com.br.
2 http://www.csn.com.br.
3 http://www.abnt.org.br.
4 http://www.acesita.com.br.
5 http://www.acominas.com.br/portug/host.htm.
6 http://www.usiminas.com.br.
7 http://www.dionisio.eng.br/Metalica/EM01.html.
8 http://www.cosipa.com.br/Secao/0,1576,17-843,00.html.
9 ——————. Edifícios de andares múltiplos, volume I. Aço Minas Gerais S.A., 1989.
(Coletânia técnica do uso do aço).
10 ——————. Princípios de projeto de estruturas em aço, volume VI. Aço Minas Gerais
S.A., 1989. (Coletânia técnica do uso do aço).
11 ——————. Metaleiro, sim senhor, volume 2391, p. 6-8. Construção Metálica, 1993.
12 ——————. O filósofo do aço, volume 2391, p. 6-7. Revista Construção São Paulo,
1993.
15 A. HIGDON et al. Mechanics of Materials. John Wiley & Sons. Inc., 1981.
16 V. CHIAVERINI. Aços e ferros fundidos. Associação brasileira de metais, São Paulo-SP,
1994.
17 S. DAL BELO. As estruturas com perfís e painéis de aço a frio. Projeto, 80:114–115,
1995.
52
REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS
53
Sumário
54